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A Parábola das dez virgens

Eternidade

Uma das parábolas de Jesus mais conhecidas é a Parábola das dez virgens, descrita em Mateus 25:1-13. Essa parábola está localizada entre outras duas – a parábola do servo bom e do servo mau e a parábola dos talentos. Como a Bíblia está dividida em capítulos e versículos, temos a impressão que há um corte na narrativa entre a parábola dos dois servos e a parábola das dez virgens. Porém, essa interrupção não acontece, e precisamos ler a narrativa destas três parábolas em sequência, pois elas são complementares e enfatizam aspectos diferentes da mesma lição que Jesus está ensinando.

O que a Parábola das dez virgens nos ensina

Ao longo da história da Igreja, muitas teorias surgiram (e ainda surgirão) sobre a descoberta do período específico em que acontecerá a Segunda Vinda de Cristo. Na sequência dessas três parábolas o próprio Jesus reafirma o que está escrito um pouco antes em Mt 24:36 – que o dia e a hora do seu retorno ninguém sabe – e nos proíbe de fazermos tal presunção.

Enquanto a parábola do servo bom e do servo mau nos ensina que não devemos supor que Cristo voltará de forma antecipada ao que esperamos, mas que devemos estar prontos para Ele a qualquer momento, a parábola das dez virgens nos ensina o contrário, ou seja, que não devemos ser pegos de surpresa se, de fato, Ele se atrasar. Isso nos ensina que devemos estar com a nossa expectativa ajustada e equilibrada, vivendo em prontidão, enquanto aguardamos o Seu retorno.

Viver em prontidão, significa que precisamos permanecer pacientes, fiéis e diligentes por mais que nos pareça que Cristo possa estar adiando o seu retorno. A parábola das dez virgens nos ensina que precisamos estar preparados, quer ele volte agora quer espere outros mil anos. E enquanto esperamos, precisamos permanecer fiéis às nossas responsabilidades.

 A festa nupcial

Jesus conta a história de um casamento grandioso, que terá um grande banquete nupcial, sugerindo que os noivos provêm de famílias nobres e que se trata de um evento muito importante. Esse é um casamento judaico – é muito diferente do casamento que conhecemos em nossa cultura – e acontece em três fases: a promessa (firmado entre os pais dos noivos mediante um contrato), o noivado (promessa pública e troca de presentes entre os noivos, a partir daí o casamento só seria desfeito mediante divórcio) e a festa nupcial (é a celebração do casamento, que poderia acontecer até 1 ano após o noivado, podendo durar vários dias).

A história relata o primeiro dia da festa nupcial. A chegada do noivo marcaria o início e o ápice da celebração do casamento, o momento mais glorioso. Na tradição judaica, as dez virgens são as madrinhas (afinal, era um casamento judaico e não um casamento poligâmico –as virgens não são para o noivo – aliás, você reparou que a noiva não aparece na história?). Cabe aqui uma desmistificação: a palavra “virgens” utilizada no texto, era utilizada na época de Jesus para indicar castidade e pureza, mas também tinha seu uso muitas vezes em referência a jovens solteiros, a exemplo de 1 Corintios 7:25.

O papel das madrinhas na festa nupcial

As madrinhas têm uma função muito nobre: sairiam para receber o noivo e acompanhá-lo com as suas lâmpadas em seu trajeto pelas ruas até o seu destino, iluminando a sua entrada triunfal na festa nupcial. As madrinhas deveriam trazer glória para o noivo!

Geralmente, não se sabia qual a hora que o noivo chegaria ao casamento. A responsabilidade das virgens era muito grande, pois o casamento acontecia à noite, e era iluminar a chegada do noivo ao casamento garantiria a honra e a glória dele. Entretanto, cinco delas não se prepararam adequadamente para este dia, e não levaram óleo extra, o que seria óbvio, pois para manter uma tocha acesa era necessário o óleo. Elas não fizeram o óbvio, não usaram o senso, foram insensatas. Ora, o que poderíamos esperar de uma madrinha de casamento? Que ela, ao menos, vestisse uma roupa adequada à cerimônia. Mas a atitude dessas madrinhas, seria equivalente a elas irem ao casamento vestindo pijamas! Ou seja, não cumpriram com o mínimo que era esperado delas!

O resultado da insensatez

Mas, voltemos à história. Algo acontece, e o noivo se atrasa muito. As virgens apagam suas lâmpadas e adormecem. Ao ouvirem o anúncio de que o noivo estava a caminho, elas despertam e preparam as suas lâmpadas para sair ao encontro do noivo. Neste momento, a realidade é dura com as cinco madrinhas insensatas. Elas percebem que não poderão cumprir com sua responsabilidade e poderiam atrapalhar toda a cerimônia! Elas saem em busca de óleo e acabam perdendo o cortejo e a oportunidade de honrar e glorificar o noivo.

Agora, nada mais poderia ser feito. O noivo chega, entra na festa nupcial, juntamente com as virgens prudentes, e a porta foi fechada. Porém, a história nos relata que as cinco madrinhas insensatas retornam, e batem à porta, suplicando para que o noivo as deixasse entrar. Porém, elas perderam sua chegada, por isso, foram excluídas da festa nupcial. Elas deveriam ter se preparado para um possível atraso, mas foram insensatas, e descumpriram seu único dever como madrinhas, e agora, estavam atrapalhando a celebração.

A resposta do noivo

A resposta do noivo é assustadora: “A verdade é que não as conheço”. Isso é um eco assombroso daquilo que Jesus dirá aos hipócritas religiosos no juízo final: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” conforme o que está escrito em Mateus 7:23. A resposta dele também remete a Lucas 13:24-28, onde Jesus fala sobre a porta estreita. Nesta parábola Jesus fala sobre o Reino que será semelhante às dez virgens, nos mostrando que há uma sentença de juízo para aqueles que são infiéis quando chegar o dia do retorno do nosso Senhor.

É uma resposta à pergunta dos discípulos – “quando Senhor?”. Por fim, Jesus deixa claro:

“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.

Pode ser que Sua vinda seja rápida, pode ser que demore. O fato é que precisamos estar preparados. As parábolas enfatizam a justiça e o juízo contra os infiéis, as também revelam que, para aqueles que foram fiéis, há um reino que foi preparado como herança desde a criação do mundo! Não há somente juízo na mensagem das parábolas! Há também um banquete preparado pelo noivo!

A grande questão é: será que somos como as madrinhas prudentes?

Nossa vida e nossos frutos atestam nossa prudência ou a nossa tolice? O apóstolo Pedro conclui o que aprendeu neste dia – ele foi um dos que fez a pergunta a Jesus – e registra em 2 Pedro 3:11-12 que tipo de pessoa devemos ser enquanto aguardamos a vinda do nosso Senhor: “vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda”.

Que nossos corações anseiem enquanto aguardamos o Grande Dia do Senhor, e que estejamos empenhados para sermos encontrados por Ele em paz, imaculados e inculpáveis. Estejamos preparados!

A história das Parábolas

As parábolas de Jesus revelavam histórias extremamente simples, e por meio destas metáforas, Ele transmitia lições espirituais profundas. Havia motivos pelos quais Jesus falava por meio de parábolas, e em Mateus 13:10-15, temos a explicação do próprio Cristo acerca disso. Nesta passagem Jesus nos traz a informação de que havia uma profecia feita em Isaías 6:9-10 e que seria cumprida através das suas parábolas. Em 1 Corintios 2:7-8, Paulo nos traz uma informação que está intimamente ligada ao uso de parábolas: Jesus falou em parábolas, também, para que os poderosos não entendessem a sua mensagem, pois se a compreendessem, não o teriam crucificado.

Portanto, elas ilustravam e traziam a verdade para aqueles que tinham ouvidos para ouvir, mas tinham o efeito contrário para aqueles que se opunham e rejeitavam a Cristo. As parábolas traziam o juízo divino para os descrentes, o que continua sendo válido nos dias de hoje. E também demonstram a grande misericórdia de Deus ao viabilizar a nossa redenção através da sua graça, mediante a obra da cruz.

Em muitas oportunidades Jesus explicou as suas parábolas justamente porque aqueles que ouviam não conseguiam compreendê-las. E quantos questionamentos e interpretações diferentes surgem acerca delas até os dias de hoje! Atualmente, temos uma barreira ainda maior para a compreensão das parábolas, pois vivemos na contemporaneidade, em uma grande distância cultural e histórica do texto, dificultando ainda mais a sua interpretação. Por isso, é muito importante ao lermos as parábolas, buscarmos compreender o que elas realmente estão informando, pesquisando o seu contexto histórico-cultural e sua mensagem.

 

Temos a consciência de que os sentimentos de insatisfação e descontentamento são pecados. 

Leia:

Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”.

Podemos, pois, dizer com confiança: “O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens? “Hebreus 13:5,6 “

É possível crescermos em contentamento ao fazermos comparações saudáveis. Comparações essas que vão nos ajudar no crescimento do contentamento.

Observe algumas dessas comparações que pode ajudá-lo a crescer em contentamento: 

1- Compare a sua condição com o que você merece

Quando se trata da misericórdia e bondade de Deus é nos dado mais do que merecemos dEle. E quando se trata de dores e aflições, sabemos que o Senhor nos deu menos do que merecemos. (Esdras 9:13)

2- Compare a sua condição com os que têm menos

Quando olhamos para aqueles que têm mais, automaticamente a insatisfação cresce dentro de nós, então ao invés disso devemos olhar para os que têm menos, então agradecimento e ação de graças entre em nosso coração e isso nos fará gerar misericórdia e compaixão com relação aos que tem menos. 

3- Compare a sua condição com a de Cristo na Terra

Você está descontente com as coisas que você tem? Olhe para Jesus, ele não tinha nem onde reclinar a cabeça. (Mateus 8:20) Por isso, sempre que estivermos enfrentando dificuldades o que nos  ajudará  será  olharmos para Jesus e percebermos que Ele sabe muito mais sobre sofrimento do que nós jamais conheceremos. 

4- Compare a sua condição com o que você era antes

Nós éramos herdeiros de sofrimento eterno, juízo de inferno e essa era a nossa condição quando chegamos à Terra. Essa pode não ser a nossa condição de hoje, mas materialmente não tínhamos nada. Se nós não temos o que queremos deste mundo, certamente já temos muito mais do que quando entramos entramos neste mundo.

5- Compare a sua condição hoje com o que será muito em breve

Tudo o que você sempre quis, chegará em um momento que isso não será mais útil, não será mais satisfatório. Existe um reino vindouro, existe um tempo que logo se aproxima, logo o amanhã vem e então nada do que almejamos fará sentido algum. Nada teremos como herança daqui. Por isso, devemos colocar a nossa mente, coração, desejos e satisfação nas coisas de cima, nas coisas do alto onde Cristo está. Devemos sempre esconder nossa vida, coração em Deus e libertos do amor ao dinheiro. 

Por fim, existe uma promessa de que Ele nunca nos deixaria, nunca nos abandonaria e essa é a nossa motivação. Devemos manter a nossa vida livre da insatisfação e do descontentamento porque há um motivo maior: Ele disse que nunca nos deixaria, por isso o motivo e o poder está nesta promessa. Onde quer que nós estejamos, Deus não nos abandonará. Cristo foi abandonado na cruz para que não fôssemos abandonados na vida. Em Jesus nunca ficaremos sozinhos, buscaremos força e coragem em sua palavra. Deus sempre estará ali, e a presença de Cristo é a resposta cristã ao medo, ansiedade e preocupação. 

O Senhor é o nosso ajudador, e por isso não teremos medo, porque o espírito santo está dentro de nós. E por isso, o convite que Deus nos faz hoje é para sairmos da zona de conforto, caminharmos em fé, para vivermos uma vida livre do descontentamento, a partir de algumas das comparações e do entendimento de que encontremos satisfação naquilo que nós já temos. 

Jesus, o filho de Deus, veio ao mundo e resolveu ensinar contando simples histórias. Durante o tempo em que esteve fisicamente na Terra, Jesus, com toda a sua sabedoria, poderia ensinar de diversas formas, você concorda? O curioso é que, na maioria das vezes, ele se expressava por meio de histórias, conhecidas como parábolas, que eram carregadas de simplicidade e profundeza.

Vamos, com muito cuidado, afirmar que as parábolas de Jesus eram simples metáforas bem formuladas. Entretanto, mesmo sendo simples, elas transmitiam grandes lições espirituais de uma forma compreensível para o público da época. E ao contrário do que a maioria dos leitores das parábolas definem, nunca foi sobre explicar algo complexo de forma simples, mas aprofundar uma história simples em um ensinamento muitas vezes complexo, reflexivo, e acima de tudo, contendo a verdade do cristianismo em suas diversas aplicações.

Jesus com certeza é um mestre em elaborar parábolas e em expor as mesmas. Qualquer assunto ou ensinamento, por mais complexo que fosse, seria passível de Jesus transformar em uma simples parábola, de fácil compreensão, que gerasse curiosidade para o seu ouvinte, retendo a sua sabedoria e profundidade sobre o assunto. Isso é com certeza fascinante! Ao ler e ouvir as parábolas você é atraído pela simplicidade, porém, mergulha em um oceano profundo de verdades que te levam a moldar o seu comportamento a partir dessa reflexão inicialmente simples. 

O conceito popular sobre o ensino através de parábolas

Sem dúvidas, as parábolas ensinadas por Jesus são bastante conhecidas. Certamente, ao pensar rapidamente sobre elas, você provavelmente lembrará do nome de pelo menos uma delas, e virá à sua mente aquela que mais lhe chamou a atenção. Porém, infelizmente, existe um engano muito comum acerca do motivo pelo qual Jesus ensinou por meio de parábolas, que expõe um pensamento incompleto sobre o assunto.

Muitas pessoas falam que o único motivo pelo qual Jesus ensinou por meio das parábolas foi para tornar a compreensão dos seus ensinamentos mais fáceis e agradáveis para o ouvinte. Esta informação não está completamente equivocada, até porque elas realmente eram de fácil compreensão, e repletas de características comuns da época: metáforas agrícolas, pastorais, pessoas comuns, etc.  Contudo, a fácil compreensão não era o único, nem o principal, objetivo das parábolas. 

Mas afinal, por que Jesus ensinava por parábolas?

Antes de entrar na resposta, se você compartilha do mesmo pensamento que foi exposto acima não se sinta mal, ele não está totalmente errado, porém, está incompleto. Dito isso, a resposta para essa pergunta não está tão oculta, como alguns podem imaginar. Pois esta também foi uma pergunta feita pelos discípulos, e que o próprio Jesus respondeu no evangelho de Mateus, na conhecida Parábola do Semeador: 

“Então os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: — Por que o senhor fala com eles por meio de parábolas? Ao que Jesus respondeu: — Porque a vocês é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles isso não é concedido.  Pois ao que tem, mais será dado, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, falo com eles por meio de parábolas: porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Assim, neles se cumpre a profecia de Isaías: “Ouvindo, vocês ouvirão e de modo nenhum entenderão; vendo, vocês verão e de modo nenhum perceberão. Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram com os ouvidos tapados e fecharam os olhos; para não acontecer que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.” Mateus 13:10-15

Para alguns, que “tem ouvidos para ouvir”, as parábolas esclarecem a verdade. Ao passo que, para outros, que rejeitam a Cristo e não dão ouvidos à elas, as parábolas têm efeito contrário no entendimento da verdade. As metáforas presentes nas parábolas escondem a verdade daqueles que não desejam procurar o real significado delas ao serem expostas por Cristo. Foi por isso que Jesus adotou essa forma de ensinar. Era uma forma de trazer juízo divino instantâneo para àqueles que não recebiam seus ensinamentos com o devido respeito e crença. Era uma forma de chegar a todos, não simplificando, mas identificando a real intenção do coração de cada ouvinte.

Neste texto de Mateus vemos a maior prova de que as parábolas não são somente uma simplificação dos mistérios do Reino dos Céus. Mas sim um convite a reflexão e a oportunidade da iluminação do coração ao ler e ouvir as parábolas. Ofereça atenção ao versículo 13, onde Jesus diz “Por isso, falo com eles por meio de parábolas: porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem”.  Ora, as parábolas não eram histórias que simplificam os ensinamentos? Ao atentarmos para esta afirmação de Jesus percebemos que ele torna a parábola complexa aos ouvidos dos que não creem.

O mistério das parábolas

Os que não querem ouvir e não querem aprender, simplesmente as receberão como histórias rotineiras e fictícias. Mas os “que tem ouvidos”, ou seja, os que reconhecem a voz do mestre e estão atentos, ouvirão, e serão aperfeiçoados à luz da palavra de Deus. Richard Chenevix Trench (1878) disse em sua obra:

Se o nosso Senhor tivesse falado a verdade espiritual nua e crua, muitas de suas palavras, em parte devido à falta de interesse por parte dos seus ouvintes, em parte devido à falta de compreensão, teriam desaparecido de seus corações e de suas memórias, sem deixar qualquer traço. Mas por ter sido compartilhada com eles na forma de alguma imagem vívida, de alguma sentença sucinta e aparentemente paradoxal ou de alguma narrativa breve, mas interessante, ela chamou atenção, incentivou curiosidade e encontrou, mesmo que a verdade não fosse entendida de imediato, com a ajuda da ilustração usada, uma entrada para a mente, e as palavras assim se fixaram em sua memória e permaneceram ali. (Richard Chenevix Trench. Noteson the Parables of Our Lord. Nova York: Appleton, 1878, p. 26).

O duplo propósito das Parábolas

Está claro que os seus ensinamentos através das parábolas tinham um propósito duplo: elas escondiam as verdades dos incrédulos e infiéis, ao passo que revelavam os ensinos às pessoas que tinham ouvidos prontos para ouvir e que eram fiéis. Como dito anteriormente, essa característica não foi obra do acaso. Mas foi uma estratégia do próprio Jesus Cristo, que adotou esse estilo de ensino para esconder a verdade dos descrentes e dos que queriam apenas gerar ambiguidades em seus ensinamentos, beneficiando a si mesmos, assim como faziam com a interpretação dúbia da lei.

As parábolas são imensamente profundas e complexas, porém apaixonantes. Elas são aplicáveis em várias situações do nosso cotidiano, e ao lermos elas em nossos dias, precisamos extrair das mesmas toda a sabedoria contida. Para isso, temos a graça de poder contar com o Espírito Santo, que hoje nos ilumina, para entender e absorver dessa revelação que é a Palavra de Deus ministrada a nós por meio das parábolas.

Quando falamos a respeito da vitória por meio de Jesus Cristo, celebramos o fato de não termos que pagar pelos nossos pecados. Celebramos a vitória sobre a morte!

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão imperecíveis, e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que perece se revista do que é imperecível, e o que é mortal se revista do que é imortal. Mas, quando o que perece se revestir do que é imperecível e o que é mortal se revestir do que é imortal, então se cumprirá a palavra escrita: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil. 1 Co 15:52-58

Nós, cristãos, somos anunciadores de boas novas

O nosso Rei venceu, está vivo e está voltando para cuidar de seu reinado. Todos aqueles que colocarem sua fé e esperança neste Rei, desfrutarão de dias de paz. 

Ao declarar “Está consumado”, Jesus declara que, através de sua morte na cruz, foi totalmente cumprido o necessário para haver reconciliação entre o homem e Deus

Jesus Cristo redefiniu o significado de morte

Cristo venceu a morte, removendo o seu ferrão venenoso, anulando a sua picada mortal.

 Muitos pensam na morte apenas como o fim da vida, o fim da dor e do sofrimento. Alguns podem vê-la como um “amigo” em dias maus; porém, a Bíblia afirma que a morte é um inimigo (1Co 15:26). A morte é o preço que sobreveio ao homem após a queda; é o preço pela desobediência, pelo pecado (Gn 2:17). 

Celebramos a Cristo pois Ele pagou o preço da morte por nós. Na cruz, Ele assumiu a dívida pelos nossos pecados. 

Porém, se morrermos ainda em nossos pecados, não estando cobertos pelo sangue de Cristo, ao sermos julgados por um Deus poderoso e justo, a morte eterna irá nos alcançar. O aguilhão da morte atingirá a muitos que morrerem sem Cristo (Jo 8:24). 

A morte que é referida como o salário do pecado não é o falecimento do corpo físico, mas a separação eterna da presença de Deus. Esta segunda morte não será experimentada por aqueles reconhecem Cristo como seu Senhor e Salvador. 

Jesus Cristo redefiniu o significado de ressurreição. Teremos vida eterna pois seremos ressuscitados com Cristo. Ele trocará nosso corpo corruptível por um corpo incorruptível (2 Co 5:6,8). 

Aqueles que colocam sua fé em Cristo morrerão, mas não em seus pecados; eles terão júbilo e alegria por saberem que logo habitarão na presença do Senhor. 

Devemos ter a ressurreição como a esperança da vida cristã, o fundamento seguro da fé (1Co 15:14). Depositar nossas esperanças na ressurreição de Cristo traz estabilidade à nossa fé. 

Tão importante quanto aceitar a morte de Cristo é celebrar a sua ressurreição. Se morremos com Ele, também com Ele seremos ressuscitados (Rm 6:5).

 

Hoje não é uma sexta-feira qualquer. De hoje até domingo, são dias em que para nós, cristãos, têm um peso central para nossa fé. A Cruz e a ressurreição são dois eventos centrais pelos quais baseamos nossa Esperança e que compreendem os mistérios no coração da fé cristã. Neste dia, Cristo se tornou o “Cordeiro Pascal” da nossa salvação. A sexta-feira santa nos lembra a escuridão experimentada por Cristo em nosso favor.

Agora pense comigo, se para o nosso tempo ainda é loucura pensar sobre a morte de Jesus Cristo, imagina naquela época. Ele era a esperança dos judeus que Nele acreditaram. Um rei tão aguardado. Mas, o que se espera de um rei? Que ele os liberte dos tiranos romanos, que esse rei seja justo, que traga uma saída, uma salvação. Não se espera que ele seja julgado e condenado. Qual a acusação sobre Jesus? De que Ele era Filho de Deus. (João 19:7) Blasfêmia! Gritavam os fariseus. Talvez para nós, ocidentais, isso não traga a seriedade e o peso ao pensarmos nessa acusação. Fato é que, isso fez com Jesus fosse condenado ao nível mais baixo de crime. A crucificação era uma penalidade tão extrema que chegava a ser dito que quem fosse crucificado, era maldito. Tanto que o lugar da crucificação era afastado da cidade, pois era impuro.

Ele, que era a vida, como está descrito em João 14:6: “o doador da vida, sujeitou-se à morte”. Ele, que não havia cometido pecado algum, sofreu a consequência ou o “salário” do pecado. Ao vir habitar entre nós, se tornando humano, Jesus se tornou mortal. E Ele não só sofreu a morte, como experimentou uma morte humilhante. Veja, escreveram em sua cruz: “Este é o Rei dos Judeus”.

A mensagem da Cruz nos ofende

Igualmente, Jesus teve que suportar os deboches e as zombarias ao ser questionado pelas autoridades: “Salvou os outros, então salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus” ( Lucas 23:35). Mas, veja como é difícil entender, Jesus não estava ali para salvar a si mesmo, mas para cumprir seu propósito e salvar os seus. Para nossa Salvação, era necessária uma intervenção externa, um resgate. E para isso Jesus que estava ali, como resgatador. O homem não tem condição de se salvar, então nós fomos resgatados por meio do sacrifício de Jesus. Sim, a mensagem Cruz é loucura, porque em um mundo egocêntrico é difícil aceitar esse caminho de pensar no próximo, como Jesus fez.

A mensagem da Cruz é escândalo

Temos dificuldade com a Cruz por conta disso. Somos individualistas. A Cruz é um escândalo, é a identificação de Deus com o sofrimento. Agora, perceba como isso não é para qualquer divindade. Veja, como homem, Ele veio de maneira simples, em uma manjedoura e foi sepultado em um túmulo emprestado. O que aprendemos com isso? Ele viveu entre nós, inaugurou o reino de Deus na terra, mas como Ele viveu enquanto esteve aqui? Viveu de maneira simples, “Ele veio para servir e não para ser servido” ( Mateus 20:28). Por isso, a mensagem da Cruz não é atrativa. Queremos um Rei que demonstre força e esmague seus inimigos. Mas, aqui está o rei de Israel, o rei do mundo, um rei crucificado.

Admita, o que nós cremos é um escândalo e um absurdo. Talvez, as expectativas dos discípulos e até às nossas não foram superadas por Jesus. Mas, que possamos aprender com Ele, a cumprir a vontade do Pai e agradar somente a Ele. Jesus estava cumprindo um plano muito maior e mais elevado do que todos podiam perceber.

“Deram-lhe uma sepultura com os ímpios, e ficou com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano em sua boca”. (Isaías 53:9)

Aguardamos a Bendita Esperança que virá em Glória

Por certo, precisamos aprender com Jesus. Sua primeira vinda não foi em glória, mas foi em graça. Veja esse versículo: ” Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens e ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus…” Tito 2: 11-13

Portanto, vemos que por meio da primeira vinda de Jesus, foi manifestada a graça, trazendo salvação. Aqui nós, gentios, entramos na história. A salvação nos alcançou também. Mas essa vinda de Jesus não foi reconhecida pelos judeus. Eles esperavam que Jesus os salvassem da tirania do Império Romano, mas Jesus tinha um propósito muito maior.

Certamente a morte de Jesus trouxe reconciliação, pôs fim à inimizade e à alienação que separava Deus do seu povo e o Judeu do Gentil. Trouxe perdão, redenção e a reconciliação, não apenas aos homens, mas com toda criação. A mensagem Cruz trouxe uma transformação de realidade e de vida. Aquele de quem os profetas na antiguidade tanto anunciaram e Aquele que fluirá toda a história subsequente. Mas veja, o versículo citado acima continua, a segunda vinda de Jesus Cristo, a nossa Bendita Esperança, virá em glória. Sim, seu retorno será em glória. Ele morreu, mas a sua morte foi só o começo, a ressurreição o aguardava.

Nossa Esperança é Viva

Por fim, nós cremos na sua morte e ressurreição. Sabemos que nosso caminho não será fácil, pois a Cruz é o nosso caminho e não existem atalhos. Somos exilados, aguardando o novo céu e a nova terra com Jesus conosco.

Nós não tínhamos condições de nos salvar, mas Cristo nos resgatou. Que privilégio nós temos. Somos tão gratos a Deus pois, esse final de semana não acaba em luto, Jesus ressuscitou, e a nossa Esperança é viva. Graças à ressurreição podemos contemplar o sofrimento de Cristo sem ser algo em vão, pois mesmo que o sofrimento faça parte da nossa existência, não é a palavra final. 

Nosso exílio terá fim e esse fim é por causa da obra da Cruz, onde o exílio termina, a esperança retorna. Com Jesus, a esperança futura é antecipada para o presente. Estamos unidos com ele na Cruz e unidos estaremos na ressurreição. Obrigada Deus, pois nossas vidas só são possíveis pelo seu sangue. A verdadeira Páscoa é a Salvação de nossas vidas conquistadas na cruz de Cristo.

“Contudo , foi da Vontade do senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer; apesar de ter sido dado como oferta pelo pecado, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo justo justificará a muitos e levará sobre si as maldades deles”. Isaías 53:10-11

Estamos vivendo tempos inimagináveis até então. Uma crise de saúde que se alastra e afeta tudo e todos, por todo o mundo. Muitos vivem suas vidas acreditando que há esperança em si mesmos, em seus trabalhos, em suas capacidades de gerar recursos, em seus potenciais, em seus prazeres, em seus corpos saudáveis, em suas famílias, etc…

O fato é que, em momentos como este, somos chocados com a nossa própria fragilidade e incapacidade de mudar certas circunstâncias da vida. Um vírus invisível, está derrubando tudo que é visível, e em muitos poucos dias já não teremos mais em que nos apegarmos para nos sentirmos seguros.

De repente, somos tomados pelo medo, pelo desespero, pela angústia. Para onde correr? Como escapar desta situação lastimável?

Existe esperança?

Quando falo de esperança, digo mais do que a certeza de que em breve uma vacina irá surgir, ou que em alguns meses vamos voltar a normalidade, retomar nossas vidas e tentar reconstruir aquilo que perdemos durante esse período difícil.

Eu falo de uma esperança que vai além disso. Uma esperança que vai além da expectativa não ser infectado por um vírus, uma esperança maior do que o alívio de não correr risco de vida. Falo de uma esperança eterna, que não se acaba, que não se move com os ventos de calamidade que possam vir a assolar a terra e as nossas vidas.

A esperança que eu falo, se chama Jesus Cristo. Todo aquele que crê em Cristo, é cheio (ao menos deveria ser) da esperança de que um dia Ele voltará, e que quando Ele voltar, os mortos ressuscitarão, e junto dEle todos os justos habitarão na terra, sim, aqui mesmo. Serão novos céus e uma nova terra, a terra será transformada. Ele estabelecerá sua justiça e retidão, reinará de forma perfeita e enxugará nossas lágrimas. Não haverá mais choro, nem dor, nem sofrimento, nem morte, nem angústia, nem pecado, nem desespero. Seu reino será um reino perfeito, cujo a base é o amor, é a justiça, onde tudo será transformado e junto com Ele viveremos por toda eternidade.

Para muitos isso é apenas um conto de fadas, uma mentira, uma ilusão, uma fantasia, a final já se passou tanto tempo não é mesmo? Mas que esperança há em colocar sua confiança em coisas tão volúveis como essas que estão desmoronando agora?

Depositando a confiança em Jesus

Minha perspectiva é que, se já se passou muito tempo e ainda assim há tempo, então é tempo de se arrepender, é tempo de tirar nossa esperança dessas coisas passageiras, onde temos depositado nossa confiança. É hora de colocarmos nossa fé e nossa esperança em Cristo, o único que pode verdadeiramente corresponder nossa esperança, se crermos nEle.

Nós somos como a relva do campo, um dia estamos aqui e no outro não mais. Nós sempre voltamos ao pó, se ainda não aconteceu, nossa hora vai chegar. Essa é a única certeza que todo homem tem após o seu nascimento: um dia vamos morrer.

Eu estou aqui porque quero lembrar que existe uma outra certeza. É a certeza de que Ele voltará, Ele ressuscitará os mortos, todos irão prestar contas diante dEle, Ele tomará a terra por herança, Ele governará por toda eternidade e todos que colocam sua esperança nEle, estarão com Ele em um reino perfeito.

Por isso, vivemos hoje não com a esperança de que não pegaremos um vírus, ou que pegaremos, mas sobreviveremos, ou que não vamos morrer. Mas sim, que essa vida é passageira, porém, existe uma realidade eterna que será estabelecida no retorno de Jesus. Ele é o Rei, o líder perfeito que todas as nações gostariam de ter. Ele é o único que pode saciar nosso desejo por justiça, Ele é o único que pode nos dar a paz que tanto ansiamos ter.

Te convido a refletir sobre isso. Te convido a colocar sua esperança em alguém que não lhe decepcionará. Se você já depositou sua confiança em Cristo, não esqueça qual é nossa esperança última! Pois nEle encontramos vida e vida eterna, nEle a morte é passageira e, consequentemente, com Ele viveremos para sempre!

Esperar em Deus. O que, de fato estamos esperando em Deus? Quando dizemos isso, será que estamos pensando sobre respostas de orações, desejos, e que Deus realize nossos sonhos e vontades? Não estou dizendo que Ele não o faça, Ele é o Emanuel sim, Ele é um Deus presente e pessoal. Mas quero te ajudar a mudar a perspectiva  dessa espera hoje.

Sim, existe mais, existe uma obra sendo realizada, apesar de nós e além de nós. Deus, em toda narrativa Bíblica, nos deixa claro que existe uma história com começo – Criação – existe um meio –  Queda e Redenção – e existe um fim – Consumação. Então, o que realmente vale a pena esperar em Deus? Esperar essa obra se completar, confiantes em um Deus Criador, que está sustentando Tudo conforme seus propósitos. E que, por sua infinita graça, nos permite ser participantes.

Entendendo a narrativa da espera 

Primordialmente, o início dessa história, a Criação, nos mostra que Deus não fez separação, mas que tudo que Ele criou era bom. Em Gênesis 1, conhecemos sobre um Deus único e ali vemos que tudo é obra de suas mãos. Ele dá origem à criação ex nihilo, “a partir do nada”. Mostrando assim uma fundamental distinção entre Criador e criação. Logo, apreciar as coisas da terra é um exercício espiritual onde, através da visão cristã, desfrutamos dessas coisas sem as idolatrar. Há bondade de Deus ao desfrutarmos da vida. Somos mordomos de Deus, não com a ausência Dele, mas sim em constante comunhão com Ele. Assim, temos a criação como dádivas vindas Dele que devemos responder em amor, gratidão e alegria. (Gênesis  2:15)

Semelhantemente, o meio dessa história, onde estamos atualmente, é também onde ainda sofremos pelos efeitos que a Queda causou não só aos homens, mas também sobre toda a realidade criada. Ao lermos Gênesis do capítulo 3 ao 11, vemos como o mundo tornou-se tão rapidamente sombrio como resultado do pecado de Adão e Eva. Temos a tendência em diminuir o alcance que o pecado tem. Mas ele contamina e desfigura cada milímetro da criação. O pecado é a nossa recusa em reconhecer a bondade e o amor de Deus. Somos nós dizendo que sabemos o que é melhor para nós mesmos. Mas, graças a Deus, nós também hoje experimentamos da Redenção, que é a obra de Cristo na nossa salvação. A centralidade de Jesus na Redenção é contínua, pois estamos sendo transformados e santificados. Estamos vivendo o “já” da redenção, pois Cristo já morreu e ressuscitou, mas “ainda não” estamos totalmente redimidos. Há um processo, uma jornada que nos levará ao final, ao Grande Dia da Consumação.

Existe fé ao esperar em Deus

Bom, esse é o ponto que quero trazer a sua memória, para que entenda que é para esse dia que vivemos. Nossa fé nos manterá até esse dia. Por isso, esperamos  em Deus. Pois sabemos que Ele é o único governo confiável, e Ele tem sido imutável de geração em geração. Ele pretende retomar nada menos que a criação inteira, o mundo inteiro como seu reino.

Por certo, as Escrituras nos deixam claro que a redenção não diz respeito só a pessoas isoladas, mas ela abrange também a criação não humana. Veja o que Paulo disse: “Porque foi da vontade de Deus que nele habitasse toda a plenitude e, havendo feito paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão no céu”.    ( Colossenses  1:19-20). A ressurreição de Jesus foi o Alvorecer da era vindoura em que Deus transformará todo o cosmo. Nele, iniciou o domínio de Deus sobre toda a criação.

Por isso, sim, confie nEle sobre suas questões pessoais, mas também amplie seu conhecimento sobre o que Deus está fazendo, além de nós, Ele é maior e muito mais poderoso. Nós experimentamos a salvação de modo concreto na obra presente do Espírito Santo. Saber e buscar conhecer o todo, traz a nós, meros mortais, uma fé inabalável, uma confiança não vacilante de que Ele está não só no controle de nossas vidas, mas também no controle de TUDO.

Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus, para o louvor da sua glória”. (Efésios 1:13-14.)

Provavelmente, esse título chamou a sua atenção e espero profundamente que, ao ler esse texto, o seu entendimento sobre profetizar seja ampliado. Nada de místico. Nada de complicado. Simples e fácil, é assim que  gosto de pensar no profético. Acessível a todos, prático para todos que desejam caminhar nos mistérios do Espírito. 

“Sempre que fazemos Seu coração apaixonado ser conhecido, profetizamos” – Mike Bickle

Você deseja saber quem pode profetizar?

Bom, em Atos 2 menciona que todos nós podemos profetizar e que toda a carne assim o faria. Você, portanto, pode profetizar e deve profetizar. Você quer motivos suficientes para fazer isso? Olhe ao seu redor, os tempos e as estações estão gritando pela manifestação daqueles que abrirão as suas bocas e que falam as verdades do Reino de Jesus. 

Você pode olhar ao seu redor? Por favor, faça isso, note como as coisas estão terríveis. Ainda pensa que precisa de mais motivos para profetizar sobre a nossa geração? 

Você tem o Espírito Santo dentro de você, Ele é real e conhece o coração de Deus. Há poder habitando em seu interior, você sabe o que Ele clama? Sabe o que Ele diz? Ele clama maranata, ora vem, maranata. 

“O Espírito e a noiva dizem: “Vem! ” E todo aquele que ouvir diga: “Vem! ” Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida”. Apocalipse 22:17

Ele clama, junto com a noiva de Cristo, para que Ele volte. Clama para que nós, os filhos de Deus, profetizem por nossa geração para que corações se voltem a Deus, o Pai, e ao seu Filho. 

Por que profetizamos?

Para que o coração do Pai seja liberado aos seus filhos. Eu e você somos aqueles que ouvem a voz de Deus, através de uma vida de oração, através de uma vida direcionada pela bíblia, somos aqueles que jejuam. 

Somos os amigos de Deus que se movem por meio do seu Espírito, direcionando a nossa geração em um caminho de amor. Falamos e vivemos em um único propósito: manifestar a vida de Cristo nessa terra e levar a sério a jornada em busca do amor. 

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”  2 Pedro 1:21

Algo interessante e importante que precisamos entender é que o Espírito Santo fala ao nosso coração, que as palavras proféticas não são produzidas por homens, e sim, através do relacionamento constante com o Espírito. 

A palavra profética é a interpretação humana de algo revelado pelo Espírito Santo em nossas mentes, corações; para uma pessoa, nação e situação. Uma das definições que mais trouxe clareza em minha jornada é de que a Profecia é o testemunho de Jesus e o que está em Seu coração para Seu povo. 

  “…Adora a Deus, pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.”  Ap 19:10

Quando você compreende que profecia está relacionada a Jesus, as coisas mudam, não é mesmo? Você entende que o “eis que te digo”, que o “assim diz o Senhor”, precisa ser carregado do temor de Deus.

Existem muitos que, no calor da emoção, profetizam palavras totalmente equivocadas, e meu papel aqui não é falar quem profetiza certo ou quem está fazendo errado, quero apenas trazer clareza que nós não devemos falar aquilo que Jesus não falaria a uma determinada pessoa. 

Você deseja profetizar?

Faça como Jesus faria. Você deseja liberar uma palavra que edifica? Faça como Jesus e libere aquela palavra a uma pessoa. Você já imaginou Jesus liberando uma palavra profética? Bom, Ele era palavra de vida, Ele mesmo era o caminho, a verdade e a vida para gerar transformação na vida das pessoas.

E o nosso papel é fazer a vida de Jesus conhecida, fazer o amor Dele conhecido as pessoas. Você acha mesmo que Jesus brigaria ou falaria palavras que machucaria a sua amada noiva? Não! Então por que nós, muitas vezes, denegrimos e machucamos com as supostas “palavras proféticas” ?As nossas palavras devem carregar amor de Deus, sim, precisam carregar verdade, mas jamais palavras de condenação. 

Foi-nos deixado o livro mais poderoso, foi-nos deixado instruções e ferramentas. Você precisa de inspiração? Bom, mergulhe nas escrituras que é a palavra de Deus. Lemos e estudamos as palavras do Senhor para colocá-las em prática. Para que sejamos cartas vivas e escritas do amor de Deus para as pessoas. Se alimente daquilo que te fará cheio, para que, assim, você libere sobre a nossa geração sedentas palavras de vida eterna.

Foi-nos deixado o Espírito da verdade que convencerá o mundo sobre o pecado.  Entre em parceria com o Espírito do vivo Deus, ouça o que Ele tem a ministrar em seu interior e libere os mananciais de águas vivas que estão dentro de ti.

O mundo precisa escutar sobre as verdades do amor sacrificial de Cristo

O amor de Deus precisa ser experimentado por todos, a vontade de Deus é que todos sejam salvos, que todos tenham a revelação do seu filho Jesus. Então, meus amigos, está na hora de nos levantarmos como os conhecedores do amor de Deus, como filhos do soberano. Está na hora de profetizarmos sobre o vale dos ossos secos, para que eles venham a ter vida. 

“Mas o que profetiza, fala aos homens para edificação, encorajar e consolação.” 1Cor 14:3

As palavras proféticas precisam liberar essas três definições: O edificar, o encorajar e o consolar. É necessário que as nossas palavras sejam sempre carregadas com amor genuíno. 

Você foi chamado para viver para Deus, seja no seu trabalho, em sua universidade e até mesmo estando em ministério integral. Você tem tudo o que precisa dentro do seu interior. E tem o Espírito de ousadia, de amor, equilíbrio, o Espírito de poder. Então, libere as palavras de vida em abundância. 

“Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia.” –  1 Coríntios 14:1

 

Começo esse texto afirmando que Jesus, o Rei, em breve voltará. Nunca pensei sobre a volta de Jesus, como o tenho feito nestes últimos anos. E, diante da perspectiva de um novo ano que está para começar, isso se torna algo que enche meu coração de esperança.  

Então, quero que você entenda que todas as vezes que se finda um ciclo, é para que comece outro, e que assim como é no mundo natural, também é no espiritual. 

Ademais, não pense somente nas batalhas que você e eu iremos enfrentar neste próximo ano. Com este texto, meu desejo é  que seu coração se encha de esperança e fé.

Esperando a sua volta 

Sabe, sempre penso em como os discípulos se sentiram ao ver Jesus uma última vez quando Ele foi levado aos céus.Observe o versículo abaixo: 

“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.

E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco,

que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos 1:9-11

Sempre penso que cada um desses homens esperaram Jesus até o seu último dia nesta terra, com a mesma esperança e a mesma até o fim. 

Contudo, a verdade de que Ele voltará, tem que ser uma das nossas maiores certezas. Pois nisto está a nossa esperança!

Inegavelmente, eu sou da parte dos que o aguardam ansiosamente, pois meu amor a Ele me garante que tenho parte na sua volta. 

Existe um anseio em meu coração em estar neste dia e poder fazer parte deste tempo no qual veremos justiça de um Rei que reina sobre tudo. 

Renove sua esperança, o Rei voltará

O começo e o fim, Aquele que uniu o que é humano e o que é glorioso. 

Definitivamente, o novo ciclo que está adiante de você não é apenas mais um ano, mas significa que estamos mais perto da volta de Jesus. 

Ele voltará para aqueles que ansiosamente clamam por sua volta. 

Neste último dia do ano, eu, mais uma vez, me uno a tantas vozes de tantas línguas nas nações e digo as palavras finais deste versículo: 

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve! ” Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20 

Por isso, te incentivo a manter seus olhos fixos Naquele que chamou você para seu Reino de Amor e Justiça. 

Minha oração por você que está lendo este texto são as palavras do Salmos 121.

Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?

O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,

sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!

O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita.

De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.

O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.

O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre. Salmos 121: 1-8

Deus te abençoe e Feliz 2020! 

 

 

Onde está sua fé? Ela pode estar ancorada em você mesmo, nas suas próprias habilidades, ou em Deus. O que tenho para dizer é para que não construa um castelo de areia

“Você pode ter tudo o que você quiser!” 

“Sonhe alto!” 

“Pense grande!” 

Esses são imperativos comuns em nossos dias e, de certa forma, não estão errados. O próprio Deus colocou o anseio por grandeza em nossos corações. Porém, se você pensa em ser grande fora da dependência de Deus, permita-me dizer que é apenas uma questão de tempo para ver o seu belo castelo de areia desmoronar.

Não é que Deus nos boicote ou fique zangado por deixá-lo fora dos nossos planos. A verdade é que todo projeto de vida que não está alicerçado Nele já inicia programado para ruir. A areia é maleável, fácil de manipular e em pouco tempo podemos construir o que quisermos. Mas, por mais que desejemos uma solução mágica para realizar nossos sonhos, não é assim que a vida funciona. Para edificar uma casa segura é necessário esforço e persistência, porque não é a fachada que sustenta a casa quando os ventos vêm. É o seu alicerce, e para isso, precisamos bem mais do que um balde e uma pá.

Perseverando em Deus

Da mesma forma, possuir uma fé sólida demanda tempo, relacionamento com Deus e uma vida de devoção. As soluções rápidas e instantâneas que nos são oferecidas aos montes, não são sustentáveis. Precisamos da verdade pura e sem mistura. E se a fé vem pelo ouvir, também é fato que a ação do evangelho em nós não pára por aí. Uma vez que a verdade é plantada em nossos corações precisamos perseverar até que sua raiz rompa o solo do nosso coração de pedra, se espalhe e torne o sustento da nossa vida cristã.

Para permanecer firme não basta apenas ter uma teologia saudável e dominar o conhecimento das Escrituras. É necessário viver à luz daquilo que você crê. Pois o maior insensato é aquele que ouvindo a verdade da Palavra não permite que ela abale suas estruturas e reconfigure o seu estilo de vida. Da mesma forma que sua fé não pode estar baseada em suas emoções, a revelação de quem Deus é não pode ocupar apenas a superfície do seu intelecto. Deixe o Evangelho habitar em você, permita que as verdades da Bíblia afetem o seu dia a dia. Leva tempo lançar os fundamentos de uma casa. Custa um longo processo até que desponte à vista de todos, o que está sendo produzido no subsolo. Mas uma coisa é certa: aqueles que confiam no Senhor e Nele depositam toda sua vida, jamais serão abalados.

Não construa um castelo de areia, mas esteja fundamento nas verdades de Deus.