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Brilhando a Luz de Cristo por meio das Bem Aventuranças

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“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.” Mateus 5:13-14

Nós, cristãos, somos a luz do mundo. Sim, eu e você, através do nosso testemunho, brilhamos a luz de Cristo nesse mundo que, subentendemos, está coberto de densas trevas. Após esse versículo citado acima, Jesus disse: “Eu Sou a luz do mundo”(João 8:12) e por derivação, nós também somos.

É interessante perceber que Jesus está chamando a atenção de pessoas simples que o estão ouvindo nesse Sermão. Assim como uma luz de uma casa da época de Jesus, sem todas as centenas de watts de energia elétrica como temos hoje, consegue tornar as trevas das noites escuras mais suportáveis, assim também o cristão deve deixar sua luz brilhar diante dos homens e reduzir as trevas ao seu redor.

Mas, que luz é essa? Como podemos iluminar um mundo em trevas? Jesus responde ao dizer: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus” Mateus 5:16. Ou seja, as nossas obras são as nossas ações. Como seguidores de Jesus, realizaremos essas obras a fim de glorificarmos a Deus, com o nosso modo de viver. Hoje talvez, não vemos tantos exemplos bons de cristãos praticando o bom testemunho, mas precisamos recuperar essa prática. Por isso, como cristãos professos, devemos nos preocupar menos com nossa reputação pessoal e dar mais atenção aquilo que importa para o reino de Deus. E, como faremos isso?

Somos Luz do Mundo Por Meio das Bem-Aventuranças

Jesus nos deixou oito “bem-aventuranças” como diretrizes para termos aprovação de Deus. Essas “bem-aventuranças” são bênçãos de Deus e quando Deus nos abençoa Ele está nos aprovando. Vamos analisar rapidamente essas diretrizes.

1ª – “Bem aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino do céu.” Mateus 5.3

Como ser pobre de espírito? Leia o que diz em Isaías 66:2: “Para esse homem olharei, a saber, ao humilde e contrito de espírito e que treme diante da minha palavra”. É sobre nosso arrependimento mais profundo em reconhecer nossa própria indignidade diante de Deus. É quando chegamos diante de Deus e nos esvaziamos de nosso senso de justiça própria, autoestima moral e vanglória pessoal e nos submetemos em devoção sincera esperando que Ele nos encha e nos cubra com sua graça e misericórdia.

2ª – “Bem aventurados os que choram, pois serão consolados”. Mateus 5.4

Aqui podemos entender como um complemento emocional da pobreza de espírito. Esse choro é um pesar que devemos sentir por reconhecer quão deplorável é o nosso pecado. À medida que conhecemos mais a Deus, mais sobre sua santidade e pureza, quanto mais somos expostos a sua luz, mais reconheceremos nossa sujeira. Como Paulo disse: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24.

É essa consciência da realidade que o rodeia, chorar pelos pecados e pelas blasfêmias de nossa nação por exemplo, pelo ceticismo, pela avareza e pela falta de integridade. Mas há consolo, assim aprendem a confiar no sacrifício de Jesus e aprender a descobrir a alegria de ser respondido por meio de suas orações.

3ª – “Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5.5

Se a pobreza de espírito diz respeito a sua opinião de si mesmo, a mansidão diz respeito a seu relacionamento com Deus e com os outros. É querer conscientemente colocar o interesse dos outros na frente dos nossos. Em um mundo materialista que diz o contrário disso, pensar nisso é quase contraditório. Mas, se você já é pobre de espírito e logo não tem uma opinião muito elevada sobre si, ser manso já é um caminho acessível. Só alguém manso se sente satisfeito. Seu ego não é vaidoso a ponto de achar que sempre tem que ter mais, pois ele já se vê possuindo tudo (2 Coríntios 6:10).

4º – “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Mateus 5.6

Esse indivíduo não pode sobreviver sem justiça. É como a fome e a sede, ou seja, é tão essencial quanto comer e beber. Talvez, nós nunca sentimos fome e sede profundamente para compreendermos isso. Mas, aqui ele está falando de alguém que tem fome e sede por viver conforme a vontade de Deus. Esse alguém não está distraído com futilidades ou à deriva. Todo o seu ser ecoa. Seu prazer é a Palavra de Deus, pois onde mais encontraria claramente a vontade expressa de Deus?

5º – “Bem aventurados os misericordiosos, pois a eles se mostrará misericórdia.” Mateus 5.7

A pessoa que reconhece o próprio desamparo e desgraça é grata por toda misericórdia que a alcança e consequentemente, aprende a ser misericordiosa com os outros. Reconhecendo sua falência espiritual que encontra satisfação em Deus e sua justiça e assim o resultado é plena misericórdia para com o próximo.

6º – “Bem aventurados os puros de coração, pois verão a Deus”. Mateus 5.8

Quando houver novo céu e nova terra, em um reino só de justiça e Jesus se manifestar, nós seremos como Ele. O cristão que tem essa esperança se purifica, assim como Ele (Cristo) é puro (I Jo 3:3). Seu esforço presente corresponde com sua esperança futura. O discípulo de Jesus que anseia pela consumação do reino em perfeição já está decidido a se preparar para ele agora. “Quem subirá ao monte santo do Senhor? Aquele de mãos limpas e coração puro, que não entrega a alma a vaidades, nem jura enganosamente”. (Salmos 24:3-4)

7ª – “Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5.9

Jesus é o príncipe da Paz e o maior pacificador. Ele traz paz entre Deus e os homens. Nós, como seus discípulos, temos que ser aqueles que não só propagam o evangelho, mas que acalmam tensões, buscam soluções e garantem que a comunicação seja eficiente. Em algum debate acalorado, devemos ter atitudes calmas, escutar cada ponto de vista com respeito, equidade e educação. Essa deve ser a conduta de um discípulo pacificador.

8ª – “Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu”. Mateus 5.10

Essa bem aventurança é como um teste para as outras, pois se não enfrentarmos algum tipo de perseguição, podemos perguntar onde se mostra a justiça na nossa vida. Se não há justiça, não há conformidade com a vontade de Deus. Em II Timóteo 3:12 diz: “Na verdade, todos os que querem viver uma vida piedosa em Cristo Jesus serão perseguidos”.

As Bem Aventuranças Expressam a Luz de Cristo

Como resultado, ao sermos luz por meio das diretrizes dadas por Jesus, glorificamos ao nosso Pai, dando glória ao seu nome e anunciamos o testemunho do seu reino. Não escondendo a verdade de quem somos e a verdade que conhecemos. Mas, devemos ser cristãos genuínos, viver abertamente e dar testemunho por meio das bem aventuranças, sem nos envergonharmos de Cristo. As nossas boas obras é fazermos tudo aquilo que faz brotar a glória e a sabedoria de Deus no mundo, por meio da nossa totalidade de vida. Assim, as pessoas reconhecerão por meio de nossas obras que é pela graça de Deus que somos assim.

Por fim, temos que ter em mente que a jornada cristã não é sobre nós e a nossa virtude não é para nós. Por isso, ao praticarmos essas bem aventuranças estaremos trazendo faíscas de luz que sinalizarão para a verdadeira Luz que é Jesus. A luz que brilha no cristão não é para chamar atenção para si, mas para que, através de um caráter amoroso e generoso, onde o seu eu não está no centro, Deus e o seu reino sejam o centro desse foco de luz. É para isso que brilharemos em meio às trevas, para apontar para a verdadeira Luz do Mundo: Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

E verão a sua face, e na testa deles estará o seu nome. Não haverá mais noite, e não precisarão de luz de lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará; e eles  reinarão para todo o sempre”. Apocalipse 22: 4-5.

 

 

“Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo”. Salmos 27:4

Contemplar a beleza de Deus e inquirir no seu templo deve ser o objetivo central de nossas vidas. Neste lugar de fascínio e contemplação é onde temos diálogos com o Senhor e entramos em um relacionamento com Ele.

No verso acima, vemos riquezas nas palavras declaradas pelo rei Davi. O poder desta passagem está em sua simplicidade. Trata-se de um texto muito simples, mas que requer uma mudança de vida radical. Mesmo em meio às nossas imperfeições, devemos buscar inspiração na Palavra de Deus e Sua instrução para corrigir o nosso caminhar.

Neste texto, Davi não falava apenas dos anos em que viveu, mas também da era vindoura em que Cristo
irá reinar. Ele fala de uma realidade eterna para o povo de Deus. Portanto, ao contemplar a beleza de Deus e ser fascinado por Ele, estaremos focando agora naquilo que iremos fazer por toda a eternidade adiante de nós.

Contemplar a beleza de Deus

Em Apocalipse 4, João é levado aos céus e adentra a sala do trono de Deus, onde seres viventes contemplam o divino hora após hora, minuto após minuto, e o adoram sem cessar (Ap 4:8).

A realidade à qual Davi responde é uma realidade experimentada ao redor do trono de Deus constantemente. E é ali que se encontram os nossos destinos.

Assim como João contemplou o trono de Deus, nós também contemplaremos a beleza e o fascínio que, por milhões de anos, fascinam anjos.

Quando afirmamos que o nosso desejo é contemplar a beleza de Deus, estamos colocando os nossos olhos em algo eterno. Hoje podemos experimentar parcialmente aquilo que faremos por toda a eternidade.

A confissão de Davi em Salmos 27:4 é o resultado de uma vida inteira de escolhas e decisões. Davi não afirma que este era um único desejo do seu coração, mas expressa que o seu objetivo principal era viver uma vida sincera de devoção e piedade diante de Deus. É então que essas palavras deixam de ser apenas um objetivo e se tornam uma realidade.

Íntimos da Palavra

Não há como conhecer a Deus sem conhecer o Deus da Bíblia. Aqueles que querem sinceramente ser pessoas que buscam “uma coisa”, devem embarcar na jornada de conhecê-Lo através da Sua Palavra – ela é a principal ferramenta e uma dádiva do Senhor para que o conheçamos.

Não podemos substituir o estudo rigoroso da Bíblia. É preciso ler e permitir que as palavras se tornem vida dentro do coração. Muitos mantém um relacionamento simplesmente místico com Deus, falando palavras bonitas e românticas, mas se esquecem que contemplá-Lo é de fato conhecer o Deus que está por trás das Escrituras.

Um lugar de fascínio não é um suplemento nutricional da vida espiritual. Viver o reino de Deus em primeiro lugar exige uma total reorganização da vida inteira em torno deste objetivo.

Jesus prometeu algo para aqueles que buscam primeiro o Seu reino e a Sua justiça, em outras palavras, aqueles para quem a busca pelo fascínio e a beleza são o ponto central de suas vidas, e a promessa é que Ele cuidaria de acrescentar todas as demais coisas (Mt 6:33).

Essa é a experiência do reino de Deus: somos servos do Rei quando nossas prioridades e decisões são centradas na sua orientação, e nossas vidas são vividas em prol do Seu reino.

O que fazer, orar ou ir?

Isso não é um paradoxo! 

Ao mesmo tempo que o Senhor nos chama para o lugar de devoção, Ele também nos comissiona para ir para fora e pregar o Evangelho. Pode até parecer que esses são dois movimentos opostos, mas na verdade um não é possível sem o outro. Uma devoção saudável necessariamente se expressa em obras e, da mesma forma, o “Ide” jamais deverá ser feito às custas da nossa comunhão com Deus. Desligados da Videira não podemos realizar nada.

Então, o que fazer?

Imagine a realidade de ministrar a Deus (lugar secreto) e ministrar aos homens (evangelismos e atos de justiça) como uma porta giratória. No lugar de oração nós conhecemos a Deus e o Seu coração pela humanidade, e então, com o entendimento correto e um coração queimando, nós cruzamos essa porta e vamos de encontro aos perdidos.

Quando vemos a realidade do mundo, o pecado e a injustiça que o degrada, precisamos entrar por essa porta e dialogar sobre isso com o Senhor. Nós não somos a régua sobre o que é certo e errado, precisamos alinhar o que sentimos com o que a Palavra declara, para que o nosso coração não se ofenda contra os homens e contra Deus.

 

ORAR E IR⠀

Como Igreja, esse precisa ser o nosso movimento contínuo, ORAR E IR, não como dois passos diferentes, mas como duas faces da mesma ação. Nos dedicar ao Senhor no lugar de devoção e estudo das Escrituras não nos exime do dever e do privilégio de fazer parte da Grande Comissão e vice-versa.

Nós somos a Luz do Mundo e o Sal da Terra. Temos a essência, porém, precisamos nos posicionar da maneira correta, para que a nossa vida reflita Aquele que nos chamou.

 

Originalmente publicado em 20 de fevereiro de 2020

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” MT 5:14 – 16 (NVI)

Foi no monte das bem-aventuranças que Jesus fez tal declaração aos discípulos e o povo que estava ali reunido. No início do capítulo 5, Jesus começa ensinando o famoso Sermão do Monte, explicando uma série de condutas que os seguidores de Cristo deveriam ter como prática de vida. Interessante observar que, logo após Jesus nos desafiar a termos tal estilo de vida, Ele define Seu povo como sal da terra e luz do mundo.

O que é ser luz do mundo?

Hoje, nessa breve reflexão, quero me deter ao que Jesus fala sobre sermos luz do mundo, nos versos 14 a 16. Convido você a pensarmos juntos sobre o que de fato significa ser luz em nossa sociedade? O que outros versículos da Bíblia falam sobre isso? De onde vem tal Luz? E como podemos expressá-la?

Ao pesquisar no dicionário Strong o termo luz, expresso nos versos do capítulo, encontramos as seguintes definições: brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios; fogo: porque brilha e espalha luz.
Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura e brilhante.

Em tua Luz vemos a luz

O que podemos compreender do significado da palavra luz empregado nos versos é que o próprio Senhor é a Luz que se manifesta através de nós. Em dezenas de trechos da Bíblia encontramos versículos que definem o próprio Deus como Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago 1:17).

“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1 João 1:5

Observamos em Gênesis que a primeira criação de Deus foi a luz. Por meio da palavra de Deus, Ele disse: “Haja Luz, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão” (Gn 1:3-4). O escritor e pastor, Brian Schwertley, diz:“como a luz foi a primeira coisa na criação original, a luz de Cristo é o fundamento da recriação salvadora”. Por intermédio da Luz a condição do nosso coração é exposta. Ela revela o mais profundo do nosso interior, mostrando todos os nossos pecados e transgressões. A luz de Cristo também nos chama ao arrependimento e a trilhar o caminho da santificação.

A Luz que ilumina o entendimento

Além de Cristo ser a própria Luz, vemos que o termo também se refere a revelação escrita de Deus. As sagradas Escrituras são a luz que traz o conhecimento sobre quem Deus é, aprendemos através dela a Lei do Senhor e como devemos viver dignamente o propósito para o qual o Senhor nos designou.

“Das trevas resplandecerá a luz – Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.4-6).

Em nós mesmos não há nada de bom. Mas, como vimos o versículo de Tiago 1:17, toda boa dádiva vem do Senhor, o Pai das luzes. Conforme crescemos no entendimento dessa verdadeira Luz, começamos a compreender o Seu coração e seus planos. Dia após dia, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós e o fruto do Espírito começa a transbordar em nossas atitudes e palavras.

Manifestando a Sua Luz

A Palavra de Deus se torna tão viva em nós, mediante a graça do Senhor, que buscamos a ter uma vida reta e obediente aos olhos dele. A Palavra de Cristo precisa encarnar em nossos sentidos e afetar toda a nossa existência, a ponto de que aqueles que estão ao nosso redor possam sentir o perfume de Cristo. No versículo de Mateus 5:14b, Jesus diz que “é impossível escondermos uma cidade construída no alto de um monte” e “ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha”
Ele utiliza tais frases justamente para reforçar a ideia de que é inevitável, impossível, escondermos do mundo a Luz de Cristo que habita em nós.

Nós manifestaremos a Luz de Cristo ao mundo, através da proclamação das boas-novas de salvação, por meio das nossas atitudes e palavras que demonstrem o fruto do espírito em nós – bondade, mansidão, amor, fidelidade, amabilidade, alegria, paz, paciência e domínio próprio – por meio do serviço ao próximo e nos locais que estamos inseridos; sabendo que tudo é para a glória dele, até que o mundo reconheça que Jesus Cristo é o Senhor.

Originalmente publicado em 19 de fevereiro de 2020

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.

Como é possível brilhar a luz de Cristo sendo servos em um mundo que está cheio de maldade? Você já imaginou andar em uma rua escura e não saber o que você pode encontrar pela frente? Isto acontece com muitos missionários que vão às ruas fazer missões à noite e se deparam inúmeras vezes com indivíduos em vulnerabilidade e em prostituição. E tudo o que eles podem oferecer naquele momento é esperança ou apenas ouvir a história daquelas pessoas que desejam desabafar.

Os cristãos não passam despercebidos pelo mundo, sendo missionário em tempo integral, patrão ou empregado no mercado de trabalho. Independente da posição, a sua vocação e a dessas pessoas é cumprir o propósito de Deus enquanto viverem nesta Terra.

Encontrar valor em Cristo é a principal maneira para você brilhar a luz que fala a respeito de esperança e verdade

Como brilhar a luz de Cristo

Jesus ensinou os seus discípulos no Sermão do Monte a serem a luz do mundo. Mas o que é ser luz? Veja como Ele ensina:

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu.” Mateus 5:16

A luz do cristão é o seu bom testemunho. Este deve ser regado de boas obras e de uma mensagem verbal clara. Os discípulos de Jesus precisam transmitir o evangelho através de suas vidas. Isto se dá através de atitudes e palavras.

As palavras e as obras devem ter coerência entre si e, ambas, coerência bíblica. Por isso, é importante que o cristão esteja embasado na Palavra de Deus para ser a imagem e semelhança de Cristo.

Boas obras glorificam o Pai

As atitudes do cristão são os sinais de que Deus é real e pode ser verdadeiro na vida de alguém. As atitudes de bondade, verdade, misericórdia e amor mostram ao mundo quem é o Senhor da vida do cristão. 

Imagine uma cultura que preza pelo bem estar do outro. O normal seria condenar o roubo, a violência, etc. Agora, imagine que as leis mudassem e fosse lícito roubar e ofender as pessoas. Você seria capaz de roubar uma velhinha só porque todo mundo está fazendo?

Provavelmente, se você responder que não seria capaz, denota que você se colocaria no lugar da pessoa tendo empatia por ela. A sua moral, certamente, indicaria que aquela atitude estaria errada.

Então, isto é ser cristão. Deus ensina os seus filhos como viver e como administrar as preocupações da vida. Ele instrui pessoalmente os seus filhos e também em comunidade. Ensina-os a viver entre irmãos e não sozinhos, buscando a vontade de Deus em todo o tempo.

Brilhar a luz de Cristo

Quando as pessoas verem em você sinais do evangelho, elas entenderão que você serve um Deus verdadeiro e diferente dos outros. Talvez elas sirvam o deus falso do poder, do dinheiro, do amor. 

As pessoas estão buscando alívio para as suas almas ao buscarem todas essas coisas e se dedicarem completamente a isto. Mas, a Bíblia ensina o cristão a se dedicar em algo, porque aquilo glorifica a Deus. Ele tem consciência que a vida dele não depende daquilo, mas sim de Deus.

O cristão ao se relacionar, ao se importar com a criação (meio ambiente), ao prezar por um caráter correto e ao amar as pessoas que o odeiam, ele está exalando o evangelho. Ele está sendo espiritual e fiel a Deus naquilo que está ao seu alcance.

Por isso, se dedique em ser discípulo de Cristo, aproximando as pessoas dele para que elas conheçam aquele que estende a mão a elas, assim como Ele fez com você.

Você deve esta se perguntando, o que é Coram Deo? O que isso significa? 

Muitos cristãos não conhecem, ouviram, ou mesmo tiveram contato com a palavra Coram Deo. Isso acontece devido há muitos fatores, um deles, é o distanciamento de uma geração de crentes do cristianismo histórico, da sua própria história e da tradição intelectual da igreja, fazendo de suas experiências empíricas a única forma de entender a vida e a realidade de Deus.  Mas esse não é foco desse pequeno artigo. Quero aqui, de uma forma direta, te ajudar a descobrir e entender o que de fato significa Coram Deo.  

Afinal, o que é Coram Deo?

Coram Deo é uma palavra em latim, usada principalmente durante a reforma protestante no século XVI. A sua tradução significa “diante de Deus”. Mas o que nos impressiona é fato do quão profundo é o conteúdo filosófico e teológico por trás das palavras. Seu foco principal é promover a consciência do que é uma vida cristã, sua essência e consequências. Porque viver na presença de Deus, perante Deus, sob a autoridade de Deus e para a glória de Deus vai muito além do “lugar secreto”.

A história cristã é marcada por muitas lutas e controvérsias. Irmãos que deram suas vidas – seguindo exemplo do seu Senhor, Jesus – para que a verdade pudesse ser transmitida e permanecesse. Das “grandes” lutas travadas por esses irmãos, está a noção do Senhorio de Cristo. Às vezes, até uma forma honesta, irmãos pensavam que a vida cristã era uma guerra entre dois mundos, de luta do bem contra o mal. E de dois reinos e dois reis. 

Sagrado e o profano

No período medieval era muito comum a ideia de dividir a vida e a realidade entre o sagrado e o profano; entre o religioso e o não religioso. A distorção dessa verdade promoveu um tipo de espiritualidade, mas parecida com neoplatonismo, aristotelismo e muitos outros “ismos” da filosofia clássica. E no período do iluminismo isso foi de fato “sistematizado” pelos cristãos, como uma forma de reação a tudo que estava acontecendo, diante de uma espiritualidade que não conseguia conectar a mensagem do evangelho com a vida, foi quase que inevitável a prática dessa dicotomia da vida, fazendo da vida cristã, da vida sacra “o mundo separado dos cristãos”. Então, foi contra esse tipo de pensamento reducionista que os reformadores protestaram afirmando que todos nós vivemos na presença de Deus, e que a vida é Coram Deo.

Lutero afirmava que:

“A existência humana é vivida coram deo, diante de Deus ou na presença de Deus.” Perguntaram a Lutero:  “O que um sapateiro convertido poderia fazer para servir melhor à Deus e ser um cristão melhor.” Lutero respondeu: “Faça um bom sapato e venda por um preço justo”.

Calvino falou coisas muitos semelhantes. Destacou que em todas as dimensões da vida, os seres humanos têm “negócios com Deus”.  

Imago Dei

Precisamos ter a consciência de que todas as pessoas, apenas por serem humanos, são a imagem de Deus (Imago Dei). São responsáveis diante de Deus por tudo o que são, fazem e pensam. 

Cada pessoa vive coram deo, isto é, perante a face de Deus, e assim é responsável diante dele por todo pensamento e ação. Todos os homens vivem diante Deus, aceitam isso ou não, acreditam nisso ou não. Pense comigo, alguém regenerado pela obra Cristo, como deveria viver diante de tal realidade? 

Viver a vida inteira na presença de Deus é entender que absolutamente tudo o que estamos fazendo e onde quer que estejamos fazendo, nós estamos agindo debaixo do olhar fixo de Deus. Por isso, tudo que o homem faz, o faz para a glória de Deus ou para a sua desonra.

Deus: a referência de tudo

Por isso, o conhecimento de Deus tem que nos levar para uma vida coram deo. Conhecer a Deus não afeta só a nossa teologia, ela afeta todas as áreas do saber e do viver humano. Sendo Deus a referência para todas as coisas que nós conhecemos. Portanto, uma vida cristã precisa ser uma vida coram deo. Uma vida não apenas pautadas nas experiências empíricas ou “sobrenaturais”, mas porém, uma vida Teoreferente!  Isto é; ter a Deus como referência de tudo.  

Se Deus é referência de tudo que eu conheço, então a leitura que eu faço de todas as coisas tem um ótica teológica, ótica cristã, é coram deo. 

O teólogo holandês Herman Bavinck diz :

“Desta graça comum (a providência de Deus para todos, crentes e incrédulos)  procede tudo o que é bom e verdadeiro que ainda vemos no homem decaído. A luz ainda brilha nas trevas. O Espírito de Deus vive e trabalha em tudo o que foi criado. Logo, ainda permanecem no homem certos traços da imagem de Deus. Há ainda intelecto e razão; todas as espécies de dons naturais ainda estão presentes neles. O homem ainda tem percepção e uma impressão da divindade, uma semente da religião. A razão é um dom inestimável. A filosofia é um dom admirável de Deus. A música também é um dom de Deus. As artes e as ciências são boas, proveitosas e de alto valor.”

Dualismo

Concluo que, embora não estejamos na era medieval e nem na época do iluminismo, um olhar para grande parte da igreja hoje, vemos que o coram deo é algo que se perdeu. A maioria dos crentes de nossa geração vive um cristianismo que é totalmente divorciado da sua experiência de realidade. É um cristianismo subjetivo, que só é percebido, ou vivido, quando a pessoa está na igreja, servindo em algum ministério, ou quando está fazendo missões transculturais, fazendo da vida e da vida cristã uma dicotomia prática. É muito comum vermos cristãos, em geral novos convertidos, falando a seus pastores: “quero muito servir a Deus, há alguma vaga em algum ministério para mim?”

Assim, há uma supervalorização das atividades consideradas “espirituais” e uma negligência com relação às atividades chamadas “seculares”, como o estudo, o trabalho, a família e as outras responsabilidades que, em tese, não estão diretamente relacionadas à nossa fé.

Com o “sapateiro” perguntado a Lutero, poderia servir a Deus fazendo sapatos. Afinal, o que sapatos têm a ver com o Reino de Deus? A questão é que o Reino de Deus não se resume às atividades realizadas na igreja, mas envolve tudo o que fazemos, falamos e pensamos. Tudo deve estar debaixo do senhorio de Cristo. Toda nossa vida é para a glória de Deus, todo nosso ser, todas as áreas que possamos atuar ou vivenciar está debaixo da glória de Deus e devemos usá-las para honrar e glorificar a Deus!

Coram Deo: tudo para a glória de Deus

Como nos ensina Abraham Kuyper nessas duas falas históricas:

“Não há um único centímetro quadrado em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: É meu!”

Portanto, devemos viver para glória de Deus, por meio do que somos e do que fazemos. Como ensinaram os apóstolos Paulo e Pedro: 

“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)

“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Pedro 4.11)

Soli Deo Gloria!

Estamos a poucos dias de nos encontrarmos na Onething Brasil 2016. Nossas expectativas estão altas para o que Deus vai fazer e queremos que você esteja por dentro de todas as novidades, se mantendo conectado conosco nesses dias de conferência.

Nós já escolhemos a hashtag deste ano, então você pode postar suas fotos nas redes sociais e marcar #Onethingbr. Além disso, você pode curtir nossa página no facebook e mandar seu testemunho e seus melhores momentos para nós. Caso prefira, pode enviar os testemunhos também para nosso email [email protected] e responderemos em tempo real.

Uma super novidade para este ano é que, para a sua comodidade, teremos diversos food trucks deliciosos! Esperamos que durante esses dias você não tenha que se ocupar com nada além de manter seu coração preparado para encontrar Jesus.

Nossa bookstore também estará cheia de produtos exclusivos para você. Em nosso stand você encontrará canecas, copos, camisetas, lançamentos, livros e muito mais!

Além dessas, há muitas outras surpresas te esperamos. Se ainda não comprou o seu ingresso, adquira online aqui em nosso site.

Junte-se a nós em uma só voz e em um só clamor para vermos e contemplarmos aquele que primeiro nos amou!

Até breve!