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Sobre o autor

Marina Cases

Natural de Brasília, Marina serve a FHOP como missionária em tempo integral há um pouco mais de 1 ano. É tradutora por formação e ama estudar teologia, literatura e outros idiomas. Foi atraída ao lugar de intercessão e, desde então, vive para colaborar com o que Deus deseja fazer nas nações.

Nesse mês estamos falando sobre as disciplinas espirituais aqui no blog. Já tratamos sobre algumas delas, mas hoje quero falar sobre a disciplina espiritual da solitude.

 

Solidão vs. Solitude

Vivemos em um mundo frenético, barulhento e apressado. De certa forma, parece que as únicas alternativas são ou sermos engolidos pela ansiedade ou fugirmos dela e nos isolarmos de tudo. Mas não precisa ser assim, pois Deus nos convida a ouvi-lo através da oração e da Palavra e encher o nosso interior da presença dele. A solitude não depende da quantidade de pessoas ao nosso redor ou das circunstâncias, pois é o estado interior de quem está sempre conectado com Deus, mantendo a chama acesa, estando rodeado de pessoas ou sozinho.

 

“A solidão é o vazio do lado de dentro. A solitude é o interior preenchido”

Richard Foster

 

A disciplina espiritual da solitude, ao contrário da solidão, é onde nos encontramos com o silêncio do nosso interior, e no silêncio encontramos a Deus. Mas atenção, essa disciplina deve ser praticada em um contexto de comunhão, submissão e serviço no corpo de Cristo. Sem a vivência com a igreja de Cristo, deixa de ser solitude e se torna isolamento. Mas não deixemos de praticar essa disciplina, pois é quando tiramos tempo para ficar com Deus e ouvi-lo no silêncio que podemos servir melhor a Deus e uns aos outros.


Jesus praticava a solitude

Vejamos o exemplo de Jesus. Ele era um homem extremamente ocupado, pois realizava milagres, curas, pregava, estudava e gastava tempo com as pessoas. Ainda assim, Jesus não era estressado, ansioso ou impaciente. Como será que Ele conseguia?

Lembre-se que Ele era homem, e como nós, ele deveria sentir cansaço, dores no corpo, e todas as consequências físicas de uma rotina agitada. Mas Jesus tinha um segredo: Ele se retirava para falar com o Pai. E podemos ver um pouco disso na disciplina da oração, que de certa forma complementa a disciplina espiritual da solitude.

Antes de começar seu ministério, Jesus passou 40 dias no deserto orando, jejuando e praticando a solitude. Em Marcos 1:35, depois de uma longa noite de trabalho, curando enfermos, Jesus se retira de madrugada para orar. Em várias situações, antes ou depois de uma tarefa exaustiva e/ou importante, Jesus se retirou para ouvir o Pai. Então, o que nos faz pensar que podemos viver as nossas vidas sem fazer o mesmo?

 

A solitude na prática

A presença de Deus no nosso interior está sempre ali, esperando para ser acessada. Porém, como vivemos uma vida agitada geralmente não conseguimos acessar esse lugar com tanta facilidade. Por isso a importância de buscarmos praticar a disciplina espiritual da solitude. Como podemos aplicá-la no nosso dia a dia?

  • Praticar o silêncio

Se calar para ouvir a voz de Deus e as pessoas. Além disso, ser aquele que não fala o tempo todo, mas tem as palavras certas, nas horas certas.

  • Não fugir das “noites escuras da alma”

Muitas vezes, o convite à solitude vem nos momentos difíceis. A nossa tendência é fugir desse lugar, se ocupando de afazeres, evitando encarar nossa própria alma. Porém, abraçar esses dias maus e levá-los aos pés de Cristo é praticar a solitude.

  • Aproveitar os pequenos momentos de solitude

Podemos praticar encher nosso interior enquanto lavamos a louça, no silêncio da manhã antes de todo mundo acordar, ou no silêncio da noite, quando todos já foram dormir. Podemos aproveitar o trânsito para meditar e conversar com Deus. Se observarmos, nosso dia nos oferece várias oportunidades de praticarmos a disciplina da solitude.

  • Ter um “lugar silencioso”

Apesar de podermos ficar a sós com Deus independente de um lugar específico, por que não investir em separar um lugar só para isso? Investimos em nossa sala para receber as pessoas ou no nosso quarto, para dormirmos bem. Que tal pensar onde e como você poderia criar um um “lugar silencioso” na sua casa para estar com Deus?

  • Encontrar lugares fora de casa

Pode ser que na sua casa não tenha como separar um lugar para praticar a disciplina da solitude. Porém, na sua cidade talvez tenha um parque, um lago, uma praia, enfim, um lugar ao ar livre ou um lugar mais reservado onde você possa se conectar com Deus.

  • Faça pequenos retiros ao longo do ano

Crie a tradição de se retirar por alguns dias apenas para ouvir a Deus, ler a Bíblia, jejuar e descansar. Não deixe para fazer isso apenas quando estiver esgotado, mas busque investir e separar tempo para isso.

 

Assim como todas as disciplinas espirituais, dependemos da graça de Deus para praticar a solitude. Além disso, não é uma forma de medir a nossa espiritualidade, é apenas o meio pelo qual somos libertos e cheios. O fruto de praticar a disciplina espiritual da solitude é ter mais sensibilidade e compaixão pelas pessoas. Afinal, somos libertos de estarmos cheios de nós mesmos, para estarmos cheios de Deus e poder transbordar isso para o nosso próximo.

 

Fonte: Celebração da Disciplina – Richard Foster

O escândalo da humanidade de Jesus permanece sendo algo a ser lembrado sempre que nos aproximamos da celebração do seu nascimento. Mas, afinal de contas, por que Jesus veio ao mundo?

Se Jesus fosse apenas mais um profeta, mais um mestre, realmente não teria sido necessário que viesse ao mundo. Além disso, as coisas que Ele declarou seriam consideradas loucura se Ele não fosse realmente o Filho de Deus. Porém, Jesus é um homem judeu, mas também é o Filho de Deus e isso implica algumas verdades sobre a sua missão no tempo em que Ele habitou entre nós.

A lista de motivos para Jesus ter vindo ao mundo pode ser muito extensaafinal, esse é o assunto de toda a Bíblia. À medida que nos aproximamos do Natal, vamos relembrar alguns dos principais objetivos para a encarnação de Jesus na terra.

 

Ele veio para cumprir a promessa

“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15)

Em Gênesis, muito antes de sua encarnação, o homem se rebela contra Deus em pecado. Diante da queda da humanidade, Deus transforma a maldição em bênção; Ele promete que da mulher pecadora viria uma semente ou, em algumas traduções, o descendente, que pisaria na cabeça da serpente. Essa promessa é reafirmada por Deus em várias passagens bíblicas. Ao morrer na cruz e ressuscitar, Jesus cumpre a promessa, anunciando a derrota definitiva da morte.

 

Ele veio para servir os propósitos do Senhor

“Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas”. (Isaías 42:6-7)

Jesus realizou muitos sinais e maravilhas no meio do seu povo. Era importante que Ele fizesse isso para mostrar que Ele era o Messias prometido por quem os judeus aguardavam e para mostrar que era o Filho de Deus.

 

Ele veio para ser o sacrifício definitivo

“E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus.” (Hebreus 10:11-12)

A humanidade tentou em vão se achegar a Deus por meio de sacrifícios, ofertas e do seu próprio esforço. A sua natureza pecaminosa a impedia de ter um relacionamento próximo de um Deus completamente santo. Por isso, apenas um homem sem pecado com uma natureza divina poderia ser o sacrifício perfeito para romper o véu que separava o homem de Deus. Como João Batista reconheceu, Jesus é o Cordeiro de Deus que tomou sobre si o pecado de todo o mundo. 

 

Ele veio para sermos seus imitadores

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus (…) achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:5,8)

Saber que Jesus viveu a sua humanidade, nos consola e nos dá esperança. Assim como nós, Ele trabalhou, comeu, bebeu, se alegrou, chorou e sofreu. Nos evangelhos, podemos ler sobre o Seu relacionamento com o Pai e a Sua obediência à vontade de Deus. Com a sua vida na Terra, Ele mostrou que é possível também seguirmos pelo mesmo caminho de relacionamento e obediência. Não há nada que possamos passar na terra que Jesus já não tenha passado. Por isso e pela graça de Deus, podemos trilhar o caminho do discipulado, porque sabemos que antes foi trilhado por Jesus de Nazaré.

 

Ele veio para nos incluir na família

“Rogo também por aqueles que creram em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti.” (João 17:20)

O amor de Deus é transbordante e se manifestou ao entregar seu próprio Filho para morrer em nosso lugar. Ele deseja adotar uma grande família para si. Assim, não somos mais chamados apenas servos, mas também filhos. Através do Espírito Santo, podemos ser um com o Pai, nos relacionarmos com Ele, conhecer Seu coração e a Sua vontade, assim como Jesus.

 

Ele veio para anunciar o evangelho do Reino

“Daí em diante Jesus começou a pregar: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo’. (Mateus 4:17)

Desde o início do seu ministério, Jesus tinha uma única mensagem: a boa notícia do Reino de Deus. Ele não era somente o Messias prometido, como também o Rei prometido. Porém, esse reino não se daria exatamente da forma que pensavam. O seu Reino não é deste mundo, mas está por vir. Ele deixou uma mensagem clara sobre o seu Reino de paz, justiça e alegria. Cabe a nós crermos, nos arrependermos e anunciarmos essa boa notícia.

Neste Natal, ao meditarmos sobre o nascimento de Jesus, que possamos ter em mente essas verdades. Nada do que Ele fez foi por acaso ou sem propósito, Deus enviou Seu Filho no momento certo e nas circunstâncias ideias para que Seu plano se cumprisse.

Desde a quarta-feira de cinzas até a Páscoa, estamos vivendo o período da quaresma no calendário litúrgico. Aqui no blog, temos refletido sobre o significado da quaresma e como podemos adotar essa prática em nossa vida devocional e em comunidade. Além dos aspectos de se aquietar, se arrepender e meditar na Palavra, durante esse período somos convidados a refletir sobre o significado da cruz e da ressurreição. Pois antes de celebrarmos em comunidade a vida que encontramos em Cristo, nós participamos do seu sofrimento para também participar da sua ressurreição.

A espera pela nossa ressurreição

Na quaresma, somos lembrados da nossa esperança na ressurreição dos mortos. Porque Cristo já ressuscitou na Páscoa, nós podemos esperar que ressuscitaremos um dia com Ele. Ou seja, a quaresma na verdade tem a ver com um tempo de espera entre a ressurreição de Jesus e a nossa própria ressurreição.

Porém, nós não temos controle sobre esse tempo, pois ele pertence ao Senhor. Nós apenas estamos inseridos no calendário divino e precisamos aprender a esperar n’Ele, como o salmista nos encoraja em Salmos 27:14:

“Espera pelo Senhor; anima-te e fortalece teu coração; espera, pois, pelo Senhor.”

O Senhor da história

A nossa história está inserida na história de um Deus que é Senhor do tempo. Um elemento dessa história é o sofrimento, pelo qual todos iremos passar se quisermos ter parte da cruz de Cristo e da sua ressurreição. O Senhor do tempo divinamente escolheu nos trazer redenção e esperança ao longo de uma história e não em um piscar de olhos. Então, precisamos aprender a confiar no processo de transformação que Ele está fazendo em nós enquanto vivemos nesta era.

Esperar em Deus é saber que é Ele quem sustenta nossas vidas e a nossa existência. Hoje, nossa cultura do imediatismo muitas vezes nos rouba esse tempo de espera. Haverá um dia em que, sim, num piscar de olhos teremos nossos corpos glorificados e ressuscitaremos para a vida eterna. Porém, enquanto esse dia não chega, é necessário lembrar, ano após ano, que não somos os senhores de nossas vidas e que precisamos esperar no Senhor.

Esperar é caminhar

Se a nossa vida hoje é uma história sendo escrita dia após dia pelo nosso Senhor, a forma como vivemos importa e deve apontar para a nossa esperança n’Ele. Contudo, esperar não é ficar parado, mas observar como administramos nosso tempo e nossos relacionamentos. Afinal, será que nossa agenda está girando em torno de nós mesmos ou estamos permitindo o senhorio de Cristo afetar nossa história hoje mesmo? A realidade da cruz e da ressurreição deve manter nossa esperança viva e atuante em nossa vida.

Esperar é caminhar com a certeza de que podemos confiar no autor da história. Podemos ter a certeza de que a ressurreição acontecerá porque Ele é confiável. Essa esperança mantém nossa força e nosso ânimo, mesmo em meio ao sofrimento ou à incerteza do futuro. Portanto, nesta quaresma, vamos aproveitar para nos lembrar que o tempo pertence a Deus e Ele nos faz um convite à esperamos n’Ele todos os dias.

Para encerrar a nossa série de textos sobre a vida prática de oração, gostaria de falar sobre uma dimensão da oração onde poucas pessoas ousam entrar: a intercessão regada por lágrimas. Não posso dizer que já alcancei este lugar, porém, quanto mais estudo a Palavra e a vida de grandes homens e mulheres de oração, vejo que este é o caminho a ser trilhado por quem deseja ser amigo de Deus.

Quando falamos de intercessão , estamos falando de sermos parceiros naquilo que Deus deseja fazer (e prometeu que faria) na terra. Porém, há um lugar mais profundo de intimidade ao qual Deus nos chama, onde conhecemos o seu coração.

Jesus, quando estava perto de ser levado para ser entregue à morte, chamou seus três amigos, Pedro, Tiago e João, para vigiarem e orarem com ele (Mc 14:33-34). A passagem relata que assim que eles se achegaram mais perto dele, Jesus começa ficar aflito e agoniar-se. É nesse lugar de intimidade que Ele quer nos levar, pois amigos íntimos acessam o coração um do outro. Jesus se fez acessível e vulnerável ali naquele momento, pedindo que estivessem com ele.

Entretanto, logo mais na passagem, vemos que os discípulos não são capazes de vigiar e orar com Jesus, pois adormecem. É de se admirar que eles conseguiram dormir em um momento tão importante, mas quantos de nós não faríamos o mesmo?

VIGIAI E ORAI

O coração de Deus chora por tanta iniquidade, injustiça e maldade que há no mundo. Ele não está indiferente a todas essas situações, mas Ele procura aqueles que se achegarão ao Seu trono de graça e misericórdia para vigiar e orar. Deus quer compartilhar o seu choro conosco, mas enquanto estivermos distraídos, ocupados e insensíveis ao seu chamado, não iremos chegar neste lugar de intimidade.

Uma vida de oração também envolve sensibilizarmos nossos corações por aquilo que toca o coração de Deus. Podemos sim orar a Palavra, mas Deus quer corações disponíveis acima de tudo. Ele não precisa saber que suas palavras são bonitas ou gramaticalmente corretas. Ele quer um coração que está chorando pelo o que Ele chora, amando o que Ele ama. A partir desse lugar, e não o contrário, fluímos em oração, lembrando de suas promessas e da Sua Palavra.

Ainda que o lugar de intercessão pareça solitário muitas vezes, devemos ter a dimensão do privilégio que é ser chamado para estar neste lugar. Ao redor do Brasil e do mundo, Deus está levantando os seus amigos e os chamando para mais perto, para vigiar e orar com Ele.

Deus deseja compartilhar o seu coração conosco, por isso, podemos descansar sabendo que não choramos sozinhos.

É nesse lugar de intimidade coletiva, de Deus com a Sua Igreja, que tocamos o Seu coração. O convite ao choro com Jesus está estendido a nós, mas será que estamos sensíveis para ouvi-lo nos chamando?

Que possamos ser aqueles que vigiam e oram com Jesus.

Ao longo da semana temos conversado aqui no blog sobre sermos casa de oração. Neste devocional, vamos falar um pouco sobre a relação entre a nossa identidade eterna como casa de oração e o fim dos tempos.

Em Isaías 56:6-7 diz assim:

“E os estrangeiros que se unirem ao SENHOR para cultuá-lo e amar o nome do SENHOR, tornando-se assim seus servos, todos os que guardarem o sábado, sem profaná-lo, e os que abraçarem a minha aliança, eu os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”

Somos casa de oração

Como dissemos nos devocionais anteriores, uma das identidades primárias da igreja no Novo Testamento é como casa de oração. A igreja nunca foi feita para existir separada da sua identidade eterna de casa de oração. Inclusive, o próprio Jesus falou sobre isso em Mateus 21:13, citando a promessa de Isaías:

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;

Todo este movimento que tem surgido na igreja global, de resgatar o espírito profético de oração e intercessão do tabernáculo de Davi, não é algo novo e não é exclusivo de alguns ministérios. Segundo Mike Bickle, Deus está estabelecendo um novo paradigma em sua igreja, que na verdade é tão antigo quanto Isaías 56. É uma resposta da igreja ao que o Espírito Santo está gerando no lugar de intimidade, jejum e oração.

A igreja está despertando para a sua identidade eterna de casa de oração. Não é algo somente para esta era, mas algo que faremos no Milênio e na eternidade: a comunhão com Deus e a participação nos seus planos. Isso é o que Deus sempre desejou para Sua Igreja.

O lugar de oração no fim dos tempos

Qualquer cristão atento percebe que estamos vivendo em tempos próximos do fim. Porém, não precisamos nos desesperar, pois fazemos parte de um povo que não será pego de surpresa. À medida que a perversidade, a iniquidade e as trevas aumentam, Deus chama a sua igreja para ser a luz na escuridão e participar do que Ele deseja derramar sobre a terra nos últimos dias. E como faremos isso?

Nosso primeiro impulso como seres frágeis e amedrontados é tentar buscar soluções humanas para a crise. Isto é, queremos respostas práticas, queremos encontrar uma nova abordagem ou uma nova solução. Queremos algo inédito e que nos ajude a sair dessa crise vitoriosos.

Entretanto, quanto mais lemos as Escrituras, vemos que Deus tem a mesma ideia desde Isaías. Ele deseja que a sua igreja caminhe em jejum e oração, vigiando e sendo sentinela sobre os muros. Seremos luz na escuridão, sustentando a Grande Comissão a partir de uma vida de intimidade como casa de oração.

Quando o próprio Deus promete que seremos casa de oração, Ele não está falando sobre algumas igrejas locais ou ministérios específicos. Deus estava falando sobre toda a sua igreja, o corpo de Cristo, profetizando que caminharíamos em um estilo de vida de profunda intimidade e cooperação com o Espírito Santo na terra.

A igreja no fim dos tempos estará vigilante às profecias bíblicas e à voz do Senhor, não se desesperando, mas buscando a Deus intimamente e acima de tudo. Além disso, Deus nos promete que encontraremos alegria neste lugar. Ou seja, é caminhando em nossa verdadeira identidade como igreja que experimentamos a alegria do Senhor. Essa alegria nos sustentará para permanecermos com Ele até o fim.

Onde quer que fosse, uma grande multidão seguia Jesus. No entanto, esta multidão não tinha os mesmos privilégios dos discípulos. Apenas os discípulos tinham o privilégio de pedir explicações mais profundas, de ouvir sobre seus planos, de vê-lo se alegrar em uma refeição, ou chorar com o Pai em uma oração.

Poucos eram os que de fato deixavam de ser multidão e eram chamados discípulos. Isso porque, ao chamar seus discípulos, Jesus tinha uma condição um tanto difícil e até ofensiva para alguns. O chamado de Jesus era para seguir o caminho da cruz, o mesmo que Ele iria trilhar.

E disse: “É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia”.
Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará. (Lucas 9:22-24)

 

Aquele que chama já carregou a cruz

O peso da cruz pode parecer esmagador, mas Aquele que chama a carregá-la o torna leve. Sendo assim, só conseguimos trilhar o caminho do discipulado, porque estamos imitando o Mestre. Apesar de falar como e se parecer com os mestres judeus, esse Mestre não é qualquer um, é o Filho de Deus encarnado. Aquele que através da sua morte e ressurreição tornou possível trilhar o mesmo caminho.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus 11:29-30)

Jesus tem um jugo a ser levado por aqueles que são chamados, mas Ele afirma que seu jugo é suave e seu fardo é leve. De fato, é leve à medida que nos apropriamos da sua graça para percorrermos o caminho da cruz. O que nos faz capazes de carregar a nossa cruz não é a nossa força de vontade, mas a graça que Ele nos dá ao obedecermos e respondermos ao chamamento.

 

A liberdade do discipulado

Na Bíblia, vemos que Jesus chamou seus discípulos a renunciar aquilo de mais precioso para eles, mas principalmente, renunciar a si mesmos. A liberdade oferecida pelo discipulado está em nos submetermos ao senhorio de Cristo. Jesus é nosso Mestre, mas também é nosso Senhor. Ainda assim, na sua natureza plenamente divina e plenamente humana, Ele serviu a todos. Seu jugo não é escravizante, mas libertador. Logo, encontramos a verdadeira liberdade e graça quando nos submetemos ao jugo e ao fardo do nosso Senhor: a cruz. 

Pode parecer contraditório dizer que estamos livres ao nos submetermos. Mas o verdadeiro discípulo de Jesus entende que para encontrar a vida deve perdê-la. Ou seja, Jesus nos oferece uma vida que não busca seus próprios interesses e sim os interesses do Pai e do próximo. O discípulo encontra vida dessa forma, pois é para esta vida que ele foi criado. A cruz não é pesada quando nela se encontra o verdadeiro sentido da existência.

Portanto, o convite de Jesus é para encontrar a redenção pelo caminho da cruz. É um caminho mais estreito e difícil, pois participamos do sofrimento de Cristo. Porém, é também nessa participação que encontramos alegria e temos revelação da Sua glória (1 Pedro 4:13). Que pessoa ao encontrar tamanha alegria pode guardá-la para si mesma?

 

Ensinar a obedecer

Sendo assim, faz parte do discipulado também ensinar outras pessoas a obedecer ao Mestre. Disto se trata a Grande Comissão: fazer discípulos de todas as nações. Um discípulo faz outros discípulos batizando-os e ensinando-os a obedecerem tudo o que nosso Senhor Jesus nos ensinou (Mateus 28:18). A promessa é que Ele estará conosco todos os dias. Que belo é esse caminho de redenção a ser trilhado, na companhia daquele que já o trilhou e daqueles que estão dispostos ao mesmo!

Abraçar o discipulado significa carregar a nossa cruz e negarmos a nós mesmos. Assim, encontramos a graça para praticar seus mandamentos e ensinar outros a fazê-lo. A promessa da leveza e da suavidade não está na cruz em si, mas naquele que trilhou este caminho primeiro, nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.

Este mês no blog estamos falando sobre a vida de oração de alguns personagens bíblicos. Neste post, quero falar sobre uma mulher que aparece rapidamente em Lucas 2:36-38, a profetisa Ana. Não sabemos muito sobre toda a vida dela, mas o pouco que é relatado nos versículos é o suficiente para entendermos como era a vida de oração dessa grande mulher.

 

O contexto de Ana

O texto nos mostra que Ana tinha quase oitenta e quatro anos e era viúva. Não somente isso, mas ela foi casada apenas 7 anos com seu marido e desde então não tinha se casado novamente. Podemos inferir, então, que ela era viúva há muitos anos. A Bíblia a chama de “profetisa Ana”, ou seja, ela provavelmente servia no templo e às pessoas com o seu dom de profecia.

A cena em que a conhecemos é muito marcante. Não é um dia qualquer, mas o dia em que o bebê Jesus é apresentado no templo, conforme era exigido na tradição judaica. Perceba a tensão desse momento. O povo esperava pelo Messias, pois eles sabiam que havia uma promessa de que Ele viria. O profeta Zacarias, alguns capítulos atrás, tinha sido o primeiro profeta a trazer uma mensagem de Deus ao seu povo depois de 400 anos de silêncio e espera.

 

Ana esperava pela redenção

Imagine fazer parte de um povo que espera por uma promessa se cumprir e parece que ela nunca se concretiza. Anos se passam, gerações nascem e morrem, e o povo não vê a promessa se cumprindo. Quantos devem ter desistido de esperar pelo Messias! Muitos devem ter se distraído com suas famílias, suas vidas, seus afazeres e parado de vigiar e ansiar pela vinda do Rei.

Ana, porém, continuou esperando pela redenção de Jerusalém. Lendo o versículo 38, imagino que havia um grupo de pessoas que permaneceram esperando. Então, depois de anos indo diariamente no templo, depois de anos de jejum e oração, Ana contemplou o cumprimento da promessa.

Quando Jesus foi apresentado no templo e Simeão profetiza sobre a vida dele, Ana reconhece que aquele era o Messias pelo qual ela esperava e rende graças ao Senhor. A Bíblia também relata que “ela falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Ou seja, o momento tão aguardado havia chegado e ela não se conteve em compartilhar essa mensagem.

 

O chamado dos cristãos da última hora

Assim como Ana, nós fazemos parte de um povo que não perdeu a esperança. Por isso, somos chamados a vigiar e orar pela segunda vinda do Rei Jesus. A vida de oração de Ana nos ensina como se parecem os intercessores da última hora. Não sabemos os detalhes da sua rotina, mas o texto nos conta que “ela não se afastava do tempo, cultuando a Deus dia e noite com jejuns e orações”. Somente por essa frase, podemos ver que a vida de oração da profetisa Ana era intensa e constante.

Nem todos irão viver no templo como ela, que era viúva e cuidava das coisas do Senhor. Porém, todos somos chamados a não sermos pegos de surpresa pela vinda do nosso Messias. Precisamos ser constantes e vigilantes, sem nos esquecermos da nossa grande promessa.

Eu quero fazer parte do grupo daqueles que esperam pela redenção de toda a humanidade e de todo o cosmos. Não somente isso, mas espalhar essa mensagem para que mais pessoas também esperem. Minha oração é que o Senhor levante uma igreja que é constante em sua espera. Uma igreja que ensina a cada geração sobre onde deve estar a nossa esperança, para que no grande dia sejamos encontrados esperando nosso Messias.

 

Continuando nossa meditação no livro de Colossenses, hoje vamos refletir sobre o capítulo 4, mais especificamente os versículos 5 e 6. Em sua carta aos colossenses, Paulo traz muitos ensinamentos da vida prática cristã que podemos aplicar até o dia de hoje. Era necessário que Paulo ensinasse os colossenses sobre o senhorio de Cristo. E trouxesse alguns fundamentos para que eles não seguissem o sincretismo religioso de sua cidade.

Vivendo entre os de fora 

O apóstolo inicia o capítulo 4 pedindo que a igreja persevere em oração, com ações de graça, e logo em seguida fala sobre orar para que haja o abrir das portas para a pregação da Palavra. Nos versículos 5 e 6 ele fala sobre como devemos proceder para com “os de fora”. É interessante como ele se preocupa com a pregação do evangelho para os incrédulos não somente em sermões, mas na forma que vivemos nossas vidas.

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.Cl 4:5-6

Comportando-se com sabedoria

Paulo pede que sejam sábios em seu procedimento – ou comportamento, dependendo da tradução. Ou seja, ele se preocupa com a forma que a igreja deve viver diante de todos, cristãos ou não. Há uma relação clara entre o abrir das portas para a Palavra (versículo 3) e o nosso comportamento diante daqueles que não são da igreja.

Como vimos nos textos anteriores sobre a carta de Colossenses, ter sabedoria não é acumular conhecimento ou saber todas as respostas. Sabedoria é conseguir aplicar o conhecimento adquirido de forma prática. Além disso, a sabedoria parte do princípio do temor ao Senhor, como vemos em Provérbios 9:10. É sobre viver uma vida íntegra, sabendo que aquilo que conhecemos a respeito de Deus deve afetar o nosso comportamento ou nosso procedimento na esfera pública.

Aproveitando as oportunidades

Paulo enfatiza essa sabedoria no comportamento para com “os de fora”, ou seja, aqueles que não eram cristãos. Isso porque a igreja de Colossos vivia em um contexto muito parecido com o que temos atualmente: uma igreja multiétnica, que convivia com pessoas de outras crenças, outras práticas e filosofias.

Naquela época, o pensamento que influenciava toda a cidade tinha grande influência do sincretismo religioso. A filosofia predominante era uma junção de várias correntes filosóficas (uma mistura dos melhores aspectos de cada uma), inclusive algumas doutrinas judaicas.

Os colossenses estavam sendo chamados a viver de acordo com o que pregavam, assim dando testemunho da Verdade. Do contrário, eles seriam apenas mais uma religião, mais uma vã filosofia, que não impactaria a vida de ninguém. 

Paulo os aconselha a aproveitar bem cada oportunidade para dar testemunho da Palavra. Aplicar sabiamente o que cremos no nosso dia a dia gera oportunidades de pregação – e essa é uma das formas de abrir as portas para o anúncio do evangelho.

Como responder

No versículo 6, Paulo mostra como devemos aproveitar essas oportunidades: com palavras amáveis, temperadas com sal, sabendo como responder. Ele subentende que essas oportunidades surgirão, a grande questão é como responderemos a elas. Será que estamos fundamentados o suficiente na Palavra para conseguirmos reconhecer como o evangelho pode tocar realidades e filosofias tão diferentes e ao mesmo tempo sabermos responder de forma amável?

Quem somos nós para os de fora?

Que possamos ser aqueles que se comportam com sabedoria e integridade, dando testemunho daquilo que pregamos. Que a Palavra habite em nós tão ricamente para que, quando a oportunidade surgir, saibamos reconhecê-la e responder de forma amável e apropriada a cada um.

Neste mês, a FHOP está se juntando à campanha Maio Laranja para dar voz aqueles que não tem voz. A campanha conscientiza o Brasil sobre o abuso infantil, trazendo estatísticas e informações para prevenção. Como igreja, enfatizamos a importância de trazer este assunto à luz e nos posicionarmos corretamente. E se preciso for, podemos discar 100 para denunciar a favor das vítimas. Sei que muitas vezes nos sentimos impotentes diante de números assustadores, mas cremos que cada pequeno passo é importante para avançarmos no combate ao abuso infantil. Também podemos peticionar com ousadia na certeza de que temos um Pai assentado no trono. Com certeza, seus ouvidos estão atentos a cada oração feita a favor dos mais vulneráveis. Por isso, neste post queremos te ajudar a se posicionar em oração em favor daqueles que não podem se defender.

 

Oração por proteção – 1 Tessalonicenses 3:1-5

1 Por fim, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor seja divulgada e glorificada, como também aconteceu em vosso meio,

2 para que nos livremos de homens perversos e maus; pois a fé não é para todos.

3 Mas o Senhor é fiel e vos fortalecerá e guardará do Maligno.

4 E, quanto a vós, confiamos no Senhor que não só estais fazendo como também fareis o que vos ordenamos.

5 Que o Senhor guie o vosso coração no amor de Deus e na perseverança de Cristo.

Tendo em mente os pequeninos, peça ao Senhor:

  • Que eles sejam protegidos dos homens perversos e maus que os atormentam.
  • Por fortalecimento;
  • Por proteção do maligno;
  • Que o Senhor direcione seus corações para a revelação do amor de Deus por eles.
  • Que eles tenham a mesma perseverança que havia em Cristo.

 

Oração por justiça – 1 Timóteo 2:1-4

1 Antes de tudo, exorto que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,

2 pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade.

3 Isso é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador,

4 que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

O Senhor é o maior interessado em fazer justiça em favor daqueles que não podem se defender. Inclusive, existe um dia reservado para o Senhor vingar toda a injustiça feita aos seus (Is 34:8). Mas enquanto sua justiça ainda não se manifesta em plenitude, podemos clamar para que Ele intervenha, ainda nessa era, sobre as autoridades, os governantes e sobre aqueles que fazem as leis, para que todos tenham uma vida tranquila. Peça ao Senhor:

  • Pela vida de todos aqueles que exercem algum tipo de autoridade no Brasil, que eles sejam cheios da sabedoria que vem do alto (Tg 3:17);
  • Que as autoridades brasileiras sejam instrumentos na mão do Senhor para Ele exercer justiça na vida dos indefesos;
  • Para que ele intervenha com justiça a favor dos pequeninos, e eles tenham uma vida tranquila.

 

Oração por esperança – Romanos 15:13

13 Que o Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz na vossa fé, para que transbordeis na esperança pelo poder do Espírito Santo.

Nossa esperança está em Deus e Ele é poderoso para restaurar a alegria, a paz e a esperança de todas as vítimas de abuso. Tendo essas pessoas em mente, peça ao Senhor:

  • Que os encha de alegria e paz;
  • Por um transbordar de esperança;
  • Que pelo poder do Espírito Santo eles tenham sua esperança, alegria e paz restaurados.

 

Oramos a um Deus compassivo

Posicione seu coração a favor daqueles que não podem se defender e interceda com fé e ousadia. Talvez não pareça fazer muito, orar um versículo da Bíblia. Entretanto, não oramos a um Deus que está indiferente, mas a um Deus que é atraído em compaixão pelo sofrimento dos seus pequeninos. Como igreja, podemos tomar atitudes práticas para combater o abuso infantil, mas podemos e devemos nos colocar em oração e intercessão pelos mais vulneráveis.

Um dos atributos de Deus é a sua fidelidade e podemos associá-la a vários aspectos de nossas vidas. Entretanto, podemos resumir a fidelidade de Deus como o seu compromisso em cumprir suas promessas. Por isso, gostaria de meditar com vocês sobre uma das promessas mais belas nas Escrituras: Cristo apresentará para Ele mesmo uma Igreja gloriosa. Ainda que para nós pareça impossível a tarefa, Ele prometeu que quando voltasse, buscaria uma Igreja santa e irrepreensível, lavada e purificada pela Palavra (Ef 5:25-27). Nos dias mais difíceis e desafiadores, me lembro dessa promessa e creio que Ele cumprirá o que prometeu.

 

“Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem será removida a minha aliança de paz”, diz o Senhor , que tem compaixão de você.” (Is 54:10 NVI)

O significado do noivado

Para nós, cristãos pós-modernos ocidentais, o noivado não tem um peso tão forte quanto o casamento. Mas para o judeu, dizer que Cristo é o Noivo da Igreja traz muitos significados. Isto é, o noivado para eles não era meramente um período de espera antes do casamento, mas quando eles firmavam o noivado já estabeleciam uma aliança o noivo e a noiva já estavam comprometidos um com o outro. Nesse contexto, o dia do casamento era apenas a celebração e consumação desse compromisso. Sendo assim, todo cristão está teologicamente comprometido com e prometido a um Noivo, aguardando o grande dia da consumação e celebração desse casamento.

Não importa quanto tempo esperemos ou o quanto a sua Igreja pareça estar distante dessa realidade, o Senhor mesmo garante que essa aliança não será quebrada. Porque Ele é um Deus fiel, e Ele não é homem para mentir. Porém, se nós somos inconstantes e infiéis, como vamos manter uma aliança tão importante? A resposta está em Gálatas 5:22, onde podemos ver que uma das virtudes do fruto do Espírito é a fidelidade. Ou seja, Ele mesmo, pelo seu Espírito Santo, frutifica em nós a fidelidade para respondermos em amor, para perseverarmos até a sua volta, e nos atermos às suas promessas.

 

“Porque tenho ciúme de vós, e esse ciúme vem de Deus, pois vos prometi em casamento a um único marido, que é Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura.” (2 Co 11:2, AS21)

Ele irá cumprir

Como Paulo já dizia, que grande mistério é esse de Cristo e a Igreja. Isso me empolga e ao mesmo tempo me consola. Afinal, quem somos nós para um Deus tão perfeito e fiel fazer um relacionamento de aliança? Porém, mesmo nos dias em que me deparo com a minha natureza pecaminosa, posso crer e pedir que Ele me purifique, me lave pela Sua Palavra, porque Ele disse que o faria.

O futuro é brilhante porque nele Cristo vem buscar a Sua Noiva. E ela não estará afogada na lama dos seus pecados, mas pronta e vestida para o grande banquete. Por mais que pareça impossível aos nossos olhos, Jesus virá buscar e se casará com uma Igreja gloriosa. Não somente isso, mas essa Igreja será encontrada fiel e amadurecida, porque Ele mesmo vai garantir que isso aconteça. Por isso, nos dias bons e nos dias maus, eu me lembro da sua fidelidade e confio no seu interesse em nos preparar.