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Sobre o autor

Miriã Oliveira

Miriã Oliveira é advogada e já foi missionária intercessora em tempo integral atuando também no departamento de ensino na casa de oração Fhop. Hoje é seminarista e fundou o Cristãos Urbanos buscando fortalecer todos aqueles que desejam serem convictos e fortalecidos na fé em Cristo e a não se corromperem diante da cultura.

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.

Você já se questionou sobre a soberania de Deus? Como Deus pode ser soberano se coisas ruins acontecem com pessoas boas e coisas boas acontecem com pessoas ruins?

Uma certeza é que, apesar do pecado e da maldade existirem, Deus é soberano, é justo e a sua bondade vai muito além do que se pode imaginar.

Como, então, pode-se afirmar que coisas ruins poderiam acontecer mesmo Deus sendo extremamente bom? Você verá como confiar na soberania do Senhor. 

Quando você olhar para os momentos difíceis e não entender o que Deus está fazendo ou onde ele está, tente se lembrar que é necessário alinhar a sua visão com a sabedoria e com a Palavra do Senhor.

 

Confiar em Deus pelo que Ele é

Crer em Deus quando tudo ao redor não faz nenhum sentido, o conselho é confiar pelo que Ele é. Você deve acreditar em Deus simplesmente pelo que ele é, e então você compreenderá que Ele é sábio.

E o que isto quer dizer? Isto quer dizer que os atributos de Deus são inseparáveis. Ao mesmo tempo em que Ele é soberano, Ele também é justo e amoroso.

É verdade que Deus é soberano sobre todas as coisas e manifesta a sua vontade por si mesmo e não é induzido por ninguém. A Bíblia dá a direção correta, dizendo que:

“Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A ele seja a glória eternamente! Amém.” Romanos 11: 36

A soberania do Senhor se manifesta em sua vontade. E ao exercer sua vontade sobre toda a vida, propósito, presente e futuro, Ele o faz porque governa segundo os conselhos da sua vontade.

O bom de saber isso é poder sempre confiar que Deus está no controle. Ele continua governando e oferecendo providência. Mas então, por quê pessoas precisam sofrer?

 

A soberania de Deus na morte de Cristo

Se Deus está no controle, por quê pessoas boas sofrem? Na realidade, “houve apenas uma pessoa boa a quem coisas ruins aconteceram: Jesus. Surpreendentemente, ele se voluntariou para ser maltratado e desprezado pela humanidade.” (Livro Deus é, de Mark Jones).

Você e Deus, certamente, acreditam que foi para um bem maior Jesus ter sofrido e ter morrido na cruz. Se Deus permitiu que a maldade recaísse sobre seu único filho para redimir toda a criação e salvar a muitos, Ele realmente sabe o que está fazendo. Ele não poupou nem o seu próprio filho!

Deus conhece as dores que as pessoas passam. E ele está governando e dominando todas as coisas da forma mais bela.

O homem é o verdadeiro autor da maldade, e se as dificuldades levarem-no a reconhecer sua necessidade de Deus, você verá que Deus o ama, mesmo passando por situações que lhe pareçam injustas.

 

Há esperança na soberania de Deus

Se Deus não fosse soberano sobre todas as coisas, de fato não haveria esperança para ninguém. Mas porque Ele está no controle, a certeza de que Ele distribui providência e graça é verdade confiável.

As obras do Senhor são boas mesmo as nossas sendo más. Mas como Cristo, você também pode encontrar conforto em Deus quando os tempos difíceis lhe sobrevierem. Mark Jones novamente ajuda a perceber o seguinte:

“Cristo encontrou conforto na vergonhosa cruz porque cumpria os gloriosos propósitos de seu Pai para redimir a humanidade do pecado e da miséria.”

Ficar bravo contra Deus não adiantará em nada, porque Ele é a resposta que você precisa. As pessoas sempre precisaram conhecer a Deus para entender que sem Ele não há esperança para o presente, nem para o passado, nem para o futuro. 

Então utilize de sua fé para glorificar a Deus em tempos difíceis, e assim você verá com alegria a soberania e a sabedoria do Senhor se manifestando, enquanto a sabedoria deste mundo se mostrará ineficiente.

Provavelmente, você tem acompanhado nas recentes crises as atitudes de generosidade que têm acontecido ao redor do mundo nos lugares afetados pelo coronavírus. São muitas pessoas se comovendo e mobilizando uma força-tarefa de solidariedade incrível.

As pessoas estão vivendo algo diferente de tudo o que poderiam imaginar e as inevitáveis limitações e restrições fazem parte da vida de todos em algum nível hoje. E apesar não existirem respostas para todas as perguntas, há pessoas que têm visto oportunidade para oferecer ajuda.

Os cristãos carregam a revelação de Deus ao mundo e são transformados nas tribulações a operarem ainda mais alegres e perseverantes na fé.

 

Suportem as fraquezas uns dos outros nas crises

A Palavra diz aconselha a ajudar uns aos outros em suas fraquezas. É dessa maneira que vivemos em comunidade, é sendo igreja primeiro para os dento de casa. Ajudar os da comunidade da fé e a própria família. 

“Nós, que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas dos fracos, em vez de agradar a nós mesmos.” Romanos 15:1

Devido à pandemia, os idosos são o grupo mais vulnerável. Eles estão mais limitados do que os demais, e portanto mais isolados também. A necessidade de atenção e de respaldo, seja para deslocamento ou ajuda em alguma outra área diminuiria o risco de saúde e de vida.

Neste momento, os idosos e o restante das pessoas que se encontram no grupo de risco são aqueles cujas fraquezas estão expostas e as ações de benevolência a essas pessoas faz toda a diferença na sociedade.

 

As tribulações revelam sua verdadeira espiritualidade

Na vida cristã, passar por tribulações e crises é um meio de Deus trabalhar no interior do cristão. Além disso, nesses momentos em que as pessoas se sentem mais frágeis, impotentes e limitadas é quando elas percebem o quanto precisam de Deus.

É nas tribulações que a verdadeira espiritualidade é revelada. As dificuldades mostram onde a fé realmente está. Deus quer moldar nos seus filhos o caráter de Cristo por meio da perseverança

É nesses momentos que a fé é testada, de ver se sua fé está sendo colocada em prática, se você está vivendo-a o tempo todo. Esta é a verdadeira espiritualidade.

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. Tiago 1:2-4

A Igreja foi chamada para brilhar. Isto significa que Deus está separando uma igreja que se alegra em meio às tribulações e que resplandece a graça de Deus em um mundo de trevas.

 

Compaixão e bondade como respostas do amor de Deus

Jesus teve um testemunho impecável diante dos homens e diante de Deus e ensinou os seus discípulos a viverem e propagarem as boas novas, que envolvia conhecer a vontade de Deus. E durante todo o Antigo Testamento os profetas também alertaram o mesmo. 

O que Deus queria não eram sacrifícios como um fim em si mesmos, mas que os corações fossem convertidos a Ele e estendessem misericórdia aos necessitados.

O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Isaías 58:6-8

Jesus veio àqueles que eram necessitados e cujas vidas passavam por crises. Ele alcançou e continua operando a partir de sua poderosa misericórdia. A bondade de Deus é real mesmo em meio às dificuldades. E sua bondade pode ser vista através de uma Igreja que ama como Ele amou primeiro.

Esta Igreja é capaz de iluminar o mundo com alegria, porque ela vive na presença do seu Senhor e pode demonstrar a sua fé em compaixão e bondade, como agrada a Deus. Isto é viver uma fé que é praticada o tempo todo, provando e testemunhando que Deus existe e que é poderoso e continua interessando pelas pessoas e por suas dores.

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que enfrentaram situações de sofrimento e esses exemplos podem nos ensinar muito. Mas, afinal, como permanecer perseverante quando as dificuldades parecem gritar mais alto do que as respostas para elas? E como a Bíblia pode transformar o coração em meio aos momentos de desespero?

Saiba, a Bíblia continua infalível e poderosa para operar na vida das pessoas. Em meio a tantas preocupações ou mesmo à falta de vontade de perseverar na fé, a Bíblia revelará quem é Deus e as verdades que Ele coloca dentro do coração do cristão.

É por causa desta verdade que permanece em nós e que estará conosco para sempre. 2 João 2,3.

É necessário selar a Palavra do Senhor no coração. É necessário guardá-la profundamente no seu interior. Entender quem realmente o ser humano é, dói, mas é importante para este depender do Senhor e se manter alerta.

 

A verdade é eterna

A Bíblia revela que sua verdade não é passageira. Ela não se limitou ao passado, mas continua autêntica, infalível e com a mesma autoridade até os dias de hoje. Jesus disse a respeito de si mesmo se revelando como a resposta que o coração humano precisa para viver. 

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. João 14:6

Jesus é a verdade à respeito do que a vida deveria realmente ser: verdadeira e eterna.

E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3

Este versículo mostra que a vida eterna é conhecer a Cristo, o único Deus verdadeiro enviado ao mundo. Portanto, a verdade da Bíblia não é um paliativo para as situações de dores, porém ela estabelece a vida no seu interior. 

Se trata do caminho que a cultura não é capaz de lhe proporcionar. Se trata da verdade que não será necessário criar para si. E do mesmo modo, se trata da vida que a liberdade por si só não é capaz de lhe suprir. Mas a vida eterna está em conhecer a Cristo, e portanto, conhecer sua obra na cruz. Para isso é importante crer no que Deus fez ao vir ao mundo e em quem Ele é.  

 

A verdade da Bíblia é viva e eficaz

Se não fosse a verdade da Palavra de Deus, a fé não teria valor. Ela não é passageira como os sentimentos humanos, mas é viva e poderosa para falar à alma humana. 

Porquanto a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

É um privilégio poder contar com a verdade de Deus todos dias e saber que as suas misericórdias são eternas e incontáveis. Elas permanecem como jóias sobre o interior, são mais preciosas do que o ouro que perece (1 Pedro 1:7).

E a ressurreição de Cristo é a comprovação de que Jesus tem poder até sobre a morte e que o fato de Ele ter vindo ao mundo e morrer, Ele, sim, é capaz de amar como ninguém nunca já fez.

A ressurreição e a vida estão nas mãos dele, e portanto, Ele é a salvação para o perdido.

 

A verdade produz novidade de vida

A Palavra de Deus, a bíblia, produz vida abundante. Deus promete bem aventuranças por meio de um arrependimento sincero. A comunhão e intimidade com Deus são possíveis através de uma vida de oração fundamentada na Palavra, tendo-a como alicerce.

Por isso, mesmo em meio às aflições ou também aos momentos alegres, Jesus continua a ministrar sua vontade aos relacionamentos, e continua suprindo as necessidades do coração humano frágil. Mesmo diante de uma sociedade cética, Ele continua a despejar graça comum.

Mas esta mesma sociedade carece de referência cristã em amor e em atitudes que exalam a graça de Cristo ao mundo, pessoas que vivem uma nova vida em Cristo Jesus.

O mais importante na vida é conhecer a Cristo. É conhecer seu caminho, a fonte de todo o caminhar, para que seja possível uma vida em comunidade e em abundância. Não existe outro caminho melhor, então, continue sempre estudando e meditando nas Escrituras até o dia do Seu retorno. A Bíblia sempre terá muito a ensinar.

Como é possível brilhar a luz de Cristo sendo servos em um mundo que está cheio de maldade? Você já imaginou andar em uma rua escura e não saber o que você pode encontrar pela frente? Isto acontece com muitos missionários que vão às ruas fazer missões à noite e se deparam inúmeras vezes com indivíduos em vulnerabilidade e em prostituição. E tudo o que eles podem oferecer naquele momento é esperança ou apenas ouvir a história daquelas pessoas que desejam desabafar.

Os cristãos não passam despercebidos pelo mundo, sendo missionário em tempo integral, patrão ou empregado no mercado de trabalho. Independente da posição, a sua vocação e a dessas pessoas é cumprir o propósito de Deus enquanto viverem nesta Terra.

Encontrar valor em Cristo é a principal maneira para você brilhar a luz que fala a respeito de esperança e verdade

Como brilhar a luz de Cristo

Jesus ensinou os seus discípulos no Sermão do Monte a serem a luz do mundo. Mas o que é ser luz? Veja como Ele ensina:

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu.” Mateus 5:16

A luz do cristão é o seu bom testemunho. Este deve ser regado de boas obras e de uma mensagem verbal clara. Os discípulos de Jesus precisam transmitir o evangelho através de suas vidas. Isto se dá através de atitudes e palavras.

As palavras e as obras devem ter coerência entre si e, ambas, coerência bíblica. Por isso, é importante que o cristão esteja embasado na Palavra de Deus para ser a imagem e semelhança de Cristo.

Boas obras glorificam o Pai

As atitudes do cristão são os sinais de que Deus é real e pode ser verdadeiro na vida de alguém. As atitudes de bondade, verdade, misericórdia e amor mostram ao mundo quem é o Senhor da vida do cristão. 

Imagine uma cultura que preza pelo bem estar do outro. O normal seria condenar o roubo, a violência, etc. Agora, imagine que as leis mudassem e fosse lícito roubar e ofender as pessoas. Você seria capaz de roubar uma velhinha só porque todo mundo está fazendo?

Provavelmente, se você responder que não seria capaz, denota que você se colocaria no lugar da pessoa tendo empatia por ela. A sua moral, certamente, indicaria que aquela atitude estaria errada.

Então, isto é ser cristão. Deus ensina os seus filhos como viver e como administrar as preocupações da vida. Ele instrui pessoalmente os seus filhos e também em comunidade. Ensina-os a viver entre irmãos e não sozinhos, buscando a vontade de Deus em todo o tempo.

Brilhar a luz de Cristo

Quando as pessoas verem em você sinais do evangelho, elas entenderão que você serve um Deus verdadeiro e diferente dos outros. Talvez elas sirvam o deus falso do poder, do dinheiro, do amor. 

As pessoas estão buscando alívio para as suas almas ao buscarem todas essas coisas e se dedicarem completamente a isto. Mas, a Bíblia ensina o cristão a se dedicar em algo, porque aquilo glorifica a Deus. Ele tem consciência que a vida dele não depende daquilo, mas sim de Deus.

O cristão ao se relacionar, ao se importar com a criação (meio ambiente), ao prezar por um caráter correto e ao amar as pessoas que o odeiam, ele está exalando o evangelho. Ele está sendo espiritual e fiel a Deus naquilo que está ao seu alcance.

Por isso, se dedique em ser discípulo de Cristo, aproximando as pessoas dele para que elas conheçam aquele que estende a mão a elas, assim como Ele fez com você.

O maior dos nossos problemas não é aquilo de que sentimos falta no momento que precisamos. O maior dos nossos problemas é nos tornarmos tão sedentos por nossos anseios como se este fosse o único meio de solucionar todos as adversidades e de salvar a nossa vida. 

O pior não é ansiar por alguma coisa, mas acreditar que somente aquilo que esperamos que aconteça seja a única alternativa e esperança que nos resta em nossa vida.

Veremos que a Bíblia nos ensina que esperar corretamente em Deus é o melhor caminho para percorrermos em vida. E esperar resultados e satisfações somente daquilo que vemos e compreendemos como bom é sinal de disfunção em nosso interior, que causará em nós, futuramente, consequências desastrosas.

 

Deixe que seus anseios demonstrem sede por Deus

“Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7:37-38)

Jesus estava falando àqueles que têm sede de Deus. Somente aqueles que reconhecem que sentem sede de Deus é que compreenderão a mensagem de Jesus. E do que se trata esta sede? 

A sede por Jesus nos mostra que não somos auto suficientes, necessitamos de Jesus para termos esperança nesta vida. Se o nosso coração se encontra dividido, colocando as esperanças em resultados imediatos ou em capacidades humanas, por exemplo, estamos nos enganando à respeito daquilo que é a realidade acerca de nós mesmos, de Deus e de tudo o mais.

Quando fazemos isso, excluímos um elemento da realidade importantíssimo e que não pode ser desconsiderado. Se trata do fato de existirem determinadas coisas e situações que fogem do nosso controle e que não dependem de nós para acontecer. 

 

Sob o controle de Deus

Entender que somos criaturas necessitadas de Deus é um caminho de humildade e de sabedoria. Reconhecer que nossos anseios são ecos da nossa mente desesperada por respostas e soluções que precisam descansar em Jesus é a única forma de saciar a sede. 

Aquilo que foge do nosso controle pode ser muito difícil de encarar, como querer controlar situações que não está em nossa alçada. Mas na tentativa de buscar resultados, podemos encontrar em nós uma imagem de ser humano capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer, até de manipular e se corromper para chegar ao resultado esperado. 

“É da natureza humana fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor.” Provérbios 16:1

Precisamos colocar os nosso anseios sob o controle de Deus, porque somos desenfreados e facilmente manipulados por nossos desejos. Por isso, necessitamos acreditar em Deus como a única resposta que o mundo precisa, porque esta é a esperança verdadeira, que não nos engana.

 

Anseios convertidos para a glória de Deus

Os anseios que possuímos são genuínos, como por exemplo, por beleza, por deixar um legado. Eles indicam que carregamos características genuínas de um Deus verdadeiro e bondoso, que preserva a nossa vida. Ao buscarmos tudo o que é belo, bom e verdadeiro estamos exalando as características do Deus que criou o universo e que faz tudo com excelência.

Jesus, porém, é o ponto chave que precisamos para que esses anseios não sejam corrompidos por nossa maldade. Enquanto os anseios nos dominarem, podermos transformar até aquilo que é mais genuíno em desastres e corrupção. 

A bondade que há em nós continuará sendo apenas um sinal da existência de um Deus verdadeiro, mas com a fé em Cristo somos reformados em nosso interior para a medida certa os nossos propósitos servirem ao Deus e dono verdadeiro da história. A esperança correta em Deus nos levará a viver os anseios não como um objetivo final, mas um meio para glorificarmos a Deus.

 

Os anseios de um futuro ou de algo que desejamos realizar geralmente nos inclinam para a dúvida e a tristeza. Os anseios geralmente controlam a nossa vida e tudo o que valorizamos. 

Jesus, por outro lado, revela o coração humano do público de seu tempo através de suas parábolas e ensinos. O ministério dele era comunicar o Reino de Deus como eles nunca imaginaram, por mais que fossem até mestres.

Muitos ali estavam sob o jugo de suas próprias práticas religiosas. Precisavam ser aceitos e bem vistos na sociedade para talvez, conseguirem oportunidades entre os nobres. Mas seus corações eram corrosivos, antídotos para que outros frutificassem. Os procedimentos deles não eram coerentes o suficiente com o interior de seus corações, ou seja, com o que acreditavam. 

E quando Jesus trouxe à tona os pensamentos desses mestres, também se apresentou como resposta verdadeira para a alma humana necessitada.

 

Os anseios tanto podem, quanto não podem ser respondidos 

É interessante pensar que os planos e vontades estão no coração, mas não possuem veredicto máximo para serem respondidos. Eles apenas fazem parte da vida das pessoas. As pessoas sentem ausência de algo que elas desejam, almejando-o como objeto capaz de valorizar suas próprias vidas.

Mas como cristãos é importante ter em vista que a única coisa capaz de ser realizada por sua simples existência é a vontade de Deus. A vontade de Deus é a única que prevalece, e, portanto, é a única que alguém pode ter a certeza de que irá se cumprir. 

O teólogo Karl Barth elucida isto perfeitamente neste trecho de sua obra (Comentário da Carta aos Romanos):

A vontade de Deus tem a primazia; a realização do desejo humano tanto pode ser como deixar de ser concedida. O que deverá acontecer em conformidade com a vontade de Deus virá quando essa vontade for cumprida. E enquanto ou se Deus não conceder segundo o desejo dos corações de seus servos, a estes compete cultivar a confiança mútua e buscar a vontade de Deus com singeleza de coração; quando a situação interna e a externa coincidirem genuinamente com a visão cristã do que seja reto; então o cristão compreenderá qual seja a vontade de Deus. (12. 2).

 

Com isto, os anseios humanos revelam a necessidade que o ser humano possui de Deus e da sua graça. A falta de poder controlar o tempo e as situações impedem as pessoas de serem donas da história de suas vidas e de outras, porém ensina sobre quem é o verdadeiro Senhor. 

Enquanto aquilo que se almeja não é tangível, o mais eficaz é se curvar em entender e buscar conhecer o Senhor e seus propósitos, independente da nobreza de seus objetivos humanos.

 

Provem a perfeita vontade de Deus

O cristão é convidado a fazer o quê diante das tristezas e ansiedades no tempo presente? Ele é convidado por Jesus a descansar nEle todos os seus temores e fardos para que não se sobrecarregue com as mentiras e ímpetos do próprio coração humano e da maldade do mundo.

Em contrapartida, o coração humano encontrado por Jesus é engrandecido pela paz e alegria desfrutadas nele. Jesus é a resposta para seus corações vazios. 

A Palavra de Deus afirma que o coração humano possui caminhos tortuosos por si só. Assim, só o poder de Deus é capaz de freá-los. Por isso, é importante não lutar contra a vontade de Deus, mas se submeter em obediência a Jesus. 

 

Deus tem um compromisso pessoal com os seus 

O compromisso de Deus é visível na cruz e ressurreição de Cristo. Deus está interessado em transformar os corações dos homens em corações misericordiosos, não em robôs que fazem barganhas para conseguir algo de Deus. 

Portanto, provem do Senhor como filhos que são, confiando no Senhor de todo o coração, não se apoiando em seu próprio entendimento, mas reconhecendo-O em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. (Provérbios 3:5-6)

O compromisso de Deus é genuíno e belo com seu povo. Apenas o Senhor pode transformá-los pela renovação da mente, para que então seja possível compreender sua boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2) 

Fica aqui o ensinamento: em meio às ansiedades, submeta-se ao Senhor.

 

De que forma podemos ser Igreja de Cristo fora das quatro paredes? A igreja possui uma função fundamental na sociedade, pois ela revela a glória e a sabedoria de Deus. Isto é possível porque Jesus separou discípulos que ouvem as suas palavras e fundamentam suas vidas por elas. O ato de considerar a vida em Jesus mais valiosa que qualquer ambição é o tesouro dessas pessoas.

Por isso, revelar a glória de Deus é a atuação mais preciosa da igreja, pois nela está a resposta que o mundo precisa. Ainda mais diante da evidência de que presenciamos tempos difíceis, mesmo sendo uma época em que a democracia, os direitos e deveres têm mais espaço nas legislações do que nunca antes, o papel da Igreja extravasa o ambiente dos cultos.

E isto não significa a necessidade de mais eventos e reuniões, nem debates públicos sobre religião. Mas tem a ver com a influência que cada cristão exerce em seu lugar de trabalho e ambiente social.

Qual a nossa vocação como Igreja?

Somos chamados para duas funções importantes, como indivíduos e como Igreja. Como cristãos, somos chamados a sermos coerentes enquanto amamos a Deus e às pessoas, e como Igreja, a compartilharmos da mesma fé e adorarmos a Deus. Nos reunimos pelo mesmo propósito e ajudamos uns aos outros para que sejamos igualmente edificados.

Podemos frequentar a universidade, apreciar artes, e habitar em um mundo cheio de regras onde as pessoas tentam ser boas e corretas. Mas o que há de diferente em quem somos? Todo mundo não está tentando agir com bondade, pelo simples e convincente fato da necessidade do bem-comum e da vida em sociedade?

As pessoas buscam ser boas e fazer as coisas corretamente, por isso entendemos que a moralidade não existe só nas leis, mas também intrinsecamente em cada indivíduo. Entretanto, as leis por si só não detém o impulso de desobediência das pessoas. Em Cristo, porém, já fomos perdoados, e só Nele podemos viver não mais buscando sermos bons e aprovados, porque Nele já fomos aceitos. Nele podemos viver o verdadeiro amor e exercer misericórdia por simplesmente apreciarmos fazer isso. 

Cristãos com uma missão

Como indivíduos atuamos na sociedade, vivemos, cozinhamos, respeitamos as regras e temos opiniões. A nossa vocação como cristãos é expressar a glória de Deus enquanto existimos e somos úteis em uma área específica. Anunciar o amor e a misericórdia de Cristo deve ser o nosso intuito, por serem frutos que correspondem à salvação em Cristo.

Deste modo, não buscamos a aprovação das pessoas, mas os títulos que obtemos são dados pela graça de Deus. Com eles exercemos funções que cooperam com a edificação da Igreja e com a vontade de Deus para a sociedade e o local em que estamos inseridos.

Portanto, como discípulos de Cristo, nossa presença na sociedade deve ressaltar o valor da graça e da misericórdia de Cristo como uma luz que não pode ser escondida, por ser diferente de tudo o que a rodeia. Esta luz será revelada por meio da excelência, da honestidade, do serviço às pessoas, do fazer amizades e de demonstrar o amor de Cristo. E tudo isso, não seria possível desacompanhado da vida particular de devoção.

Igreja que revela a bondade de Deus 

Como Igreja precisamos identificar a bondade de Deus no mundo, o que faz com que a humanidade, as cidades e a vida como um todo sejam preservadas. Juntos, manifestamos a vida de Deus enquanto ajudamos com sabedoria os necessitados, visitamos os enfermos, discipulamos enquanto acompanhamos a vida de famílias, dentre outros.

Como Igreja, não apenas respondemos a causas emergenciais, nos sentindo com o dever cumprido, mas precisamos conhecer aquele a quem estamos alcançando, entrar no mundo dele e nos relacionar através de uma amizade que edifica. O intuito é discipular e levar essa pessoa ao amadurecimento da fé. Muitas vezes, apenas sanar as suas necessidades momentâneas não será o suficiente. Alguns casos são problemas crônicos, que exigirão maneiras diferentes de apresentar o evangelho, e demandarão um discipulado e acompanhamento efetivo.

A parábola do bom samaritano de Lucas 10:25-37 é um exemplo bem interessante de um amor extravagante: 

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? ” “O que está escrito na Lei? “, respondeu Jesus. “Como você a lê? ” Ele respondeu: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes.

Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? ” “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo”. Lucas 10:25-37

A parábola nos conta uma história de alguém que amou além do mínimo, e que isso é o esperado de alguém que ama Jesus. Isso pode ocorrer de diferentes maneiras, mas a mensagem principal é a de amar sem reservas. 

A criação aguarda a revelação dos filhos de Deus

E assim, entendemos que este processo de nos tornar parecidos com Jesus, e portanto, de juntos sermos Igreja, revela a glória e a sabedoria de Deus no momento presente, onde vivemos. Até o momento de Sua volta, anunciaremos a eternidade que virá, o grande dia em que os filhos de Deus serão de fato filhos, e não mais dominados pelos desejos deste mundo.

Ser Igreja nos exigirá a semelhança a Cristo, e esta nos demandará crescer em conhecimento de Deus através da Palavra e revelar este conhecimento em nossas vidas. A nossa certeza é que esta semelhança será efetivada na ressurreição dos mortos, no retorno de Jesus, ainda que isso hoje acarrete em sofrimento. Enquanto isso, a criação aguarda com expectativa a revelação dos filhos de Deus.

A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Romanos 8:19

E nós continuaremos revelando Sua sabedoria e glória através de uma expressão individual coerente e expressão de amor coletivo.

 

Você já pensou a respeito do que move os seus dias? É comum pessoas viverem no automático sem questionarem o por quê fazem o que fazem. Mas, mesmo vivendo dessa forma, existe um anseio intenso por um propósito. E sentir essa necessidade de “cumprir um propósito” é normal e humano, pois está atrelada ao “querer ser útil”. É a vontade constante de fazer a vida valer a pena.

O que acontece então é a busca pela felicidade, seja a longo ou a curto prazo. E quanto mais hoje em dia, em que as pessoas desejam um significado para as suas vidas, algo que direcione suas ações. Isto porque a felicidade é uma busca genuína e que tem relação íntima com a alma e a ambição subjetiva.

Neste sentido, você já pensou que este anseio por propósito é um sinal de que Deus é real e que a vida tem algo a mais?

“Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.” Eclesiastes 3:11

Este versículo provoca a questionarmos as motivações diante do entendimento bíblico e da cultura atual. E, como consequência, entender o fundamento cristão para alicerçar todos os objetivos e ajudar a descobrir seu propósito pessoal.

E será que é certo pensar assim?

O sentimento de fazer a vida valer a pena e de fazer o possível para sentir que não está perdendo tempo, é natural. Até é comum ouvir os conselhos como “dar a volta por cima” ou “fazer o que outros não fazem”. Mas, a busca pelo sentido da existência não começou a ser definida na época atual.

A filosofia tenta tapar o buraco que essa incógnita causa desde a antiguidade. E ela, desde o começo, se concentra em enfatizar sobre a necessidade do conhecimento de si mesmo. Isso resulta em uma busca interna que não pode ser definida por nada que é externo.

A felicidade ganha espaço e passa a ser o propósito absoluto da vida e, portanto, desvinculado de regras ou de interferências. E o que se desenvolve ao longo do tempo é que você é livre para se definir e definir tudo a sua volta, tendo por base a sua razão, o seu próprio sentido, as suas experiências pessoais e as idealizações do que você consideraria perfeito. Isso é tão forte ainda, que este pensamento molda a cultura até hoje. O sentimento cultivado resulta sempre na expressão de si mesmo.

A fé cristã como resposta ao anseio por propósito

Já o cristianismo fez uma releitura de toda a realidade, inclusive da realidade interior, o que predominou na Europa e moldou inclusive sua arquitetura durante muitos séculos. A fé em Cristo revelou o sentido abrangente e coletivo da vida humana, não apenas individual. Com isso, a fé cristã trouxe o verdadeiro sentido à vida terrena como alguém que se prepara para a vida eterna. Cuidar do que está disponível hoje por ser dádiva de Deus.

A Bíblia dá o ponto de referência de como se viver. Isto porque ela proporciona a experiência da vida a partir do relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus Cristo. E esta fé é o chamado crucial de todo propósito. É onde a motivação é gerada em dois aspectos importantes a destacar aqui: primeiro em uma expectativa, e segundo, em um compromisso pessoal e coletivo com o que Deus criou. 

O cristão tem um compromisso com o próximo, e consequentemente, com a sociedade. E a expectativa em Deus de que Ele está conduzindo a história. 

John Piper, em um sermão, por exemplo, expressa muito bem o motivo do cristão:

“Nós existimos para expressar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para a alegria de todas as pessoas em Jesus Cristo.”

Descobrindo o seu propósito

O propósito está muito atrelado ao que você é. Mas, se a expressão de si mesmo for sua única motivação, talvez você está buscando definir o sentido da sua vida. Isso resultará em ansiedade e outros problemas. Também resultará em uma perspectiva pequena dos propósitos de Deus para a terra.

Mas, a Bíblia revela a existência de Deus, bem como a proximidade e o relacionamento do Senhor com toda sua criação. Porque a revelação de Jesus Cristo, como Senhor da vida e de tudo que existe, é o suporte suficiente e abundante para a alma. Ele é o significado de tudo o que você faz, porque glorificá-lo é o seu maior e mais relevante objetivo.

Por isso, é importante se perguntar se conhecer a Deus é algo que você tem sentido de urgência? Será que a Bíblia não exagera um pouco nesse ponto? E por fim, será que isso não interfere na sua vida mais do que você imagina?

Esses são os tipos de perguntas que confrontam qualquer cristão. Não importa o cargo que você exerça em sua igreja local, refletir sobre a sua jornada com Deus é um caminho benéfico que o faz rever muitas de suas ações. 

Imagina que o conhecimento que Deus tem a seu respeito não muda o fato de ele te amar e buscar se relacionar com você. A diferença está que ser conhecido por Deus é também saber que ele fala como um amigo sobre aquilo no qual ele se sentiu ofendido,  e o perdoa como alguém muito famoso que abre o coração para deixar você participar de tudo como membro da casa, parafraseando J. Parker em Conhecimento de Deus.

 

O que você deseja quando está buscando conhecer a Deus?

 

Jeremias registra o sentimento de Deus em relação ao seu povo: “O meu povo é tolo, eles não me conhecem. São crianças insensatas que nada compreendem. São hábeis para praticar o mal, mas não sabem fazer o bem.” Jeremias 4:22

A questão aqui não é sobre saber fazer o bem, muito menos sobre fazer o bem sem precisar de Deus. Esse pensamento apenas revela as reais motivações do coração humano, de continuar vivendo autônomo, sem Deus. E também, retrata uma tentativa de justificação própria.

Por outro lado, a questão é que se você está buscando amar a Deus, pois em algum momento você precisará amá-lo mais que a si mesmo. Porque conhecer a Deus é entender que as coisas giram em torno de Deus e não de si próprio.

 

Tenha consciência de seus desejos

 

É fácil nascer esforços quando a sua imagem está em jogo. E muito acontece que as pessoas amam a sua própria imagem, mas vivem como insensatas. Amam sua posição, mas não são aptas a lidar com as consequências de sua ganância. 

É verdade, amar a si próprio é mais fácil. E com isso, amar a Deus de graça é impossível. Não há freios que o parem. O ser humano é como uma locomotiva desgovernada. E é verdade que ele é governado pelos seus desejos. Porém, Deus afirma que são desejos maus.

Amplie a sua compreensão da graça de Deus

 

Já as Escrituras apresentam Deus como aquele que merece toda a glória, e que se importou com a humanidade ao encontrá-la desse jeito. Ela estava devastada por sua própria avareza e falta de freios.

E deste mesmo modo, as Escrituras nos mostram que comparado a Deus, tudo é insignificante. Mas, ele, mesmo assim, continua a dar coisas boas para o seu prazer e gozo, porque ele sabe que você é capaz de honrá-lo com essas coisas.

 

Faça tudo para a glória de Deus

 

Então a vida não precisa ser pesarosa. Pois fazer muitas coisas não melhora a sua imagem diante de Deus. No entanto, conhecer a Deus e ser conhecido por ele, melhora tudo o que você sabe a respeito dele. Deste modo, conhecê-lo é motivo de glorificá-lo, e sim, glorificá-lo passa a ser sua missão de vida.

Saber quem Deus é interfere na sua identidade

 

Deus ama você por pura graça e misericórdia. Ele se inclinou a você para ouvi-lo e para considerar a sua existência. Mesmo que ninguém o conheça, ele o conhece profundamente, e também está ciente de seus desejos maus. Mas a verdade é que ele deseja transformar os seus maus desejos em pensamentos que percebam a graça dele presente em toda parte de sua vida. Se arrepender e buscá-lo de todo coração é a melhor oferta.

Não deixe a vida passar sem perceber o quanto Deus o ama. Não só isso, mas também, o quanto ele é fiel, bom, justo, misericordioso e o quanto nos falta entendê-lo melhor para o amar mais e da melhor forma possível. Pois, disso depende a sua vida, conhecer a Deus e ser conhecido por Ele.