Deus é o Senhor do tempo, Ele é aquele que nos ouve e nos responde no momento oportuno. Muitas coisas das quais tornamos conhecidas ao Senhor por meio da oração são prontamente atendidas, outras porém, aguardamos um pouco mais, aguardamos pelo de repente de Deus.
Vamos entender isso melhor a partir da descrição que Lucas faz sobre a igreja primitiva. Após a ressurreição de Jesus os discípulos receberam uma ordem e uma promessa: Permanecerem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24:49) . Os discípulos passaram a se reunir dia após dia aguardando o cumprimento da promessa que haviam recebido do mestre. Acontece então, que um dia, em uma reunião de oração de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2:2-4).
O mesmo acontece com Ana e Simeão, ambos aguardavam com grande expectativa a chegada do Salvador de Israel. Ana ficara viúva ainda em sua mocidade e desde então decidiu dedicar todos os seus dias ao Senhor, ela não se afastava do templo cultuando a Deus dia a noite com jejuns e orações. Até que um dia, não um dia qualquer mas o dia do de repente de Deus, Jesus é levado ao templo por seus pais e Ana tem um encontro com a recompensa de sua permanência. Seus olhos agora estão contemplando o Messias que fora tão aguardado e a respeito de quem os profetas falaram. De repente, o redentor está nos braços de Simeão, o mesmo que recebeu a promessa por meio do Espírito de que não morreria antes de ver o Cristo da parte do Senhor.
Eles experimentaram uma alegria indizível, provaram a fidelidade de Deus. Cada dia de espera valeu a pena para Ana, Simeão e os discípulos. Nós sabemos que Jesus virá outra vez e aguardamos ansiosamente por esse dia, mas Ele nunca mais será visto como O viram Ana e Simeão. Toda a expectativa e peso de Israel estavam sobre ombros de uma pequena criança, e a medida que seus braços seguravam o redentor de Israel, seus olhos se encontravam com a inocência daquele que ainda descobriria tanto a respeito de Si mesmo. O que dizer dos discípulos que vivenciaram o evento histórico da descida do Espírito Santo profetizado por Joel mais ou menos 800 anos antes desse episódio. Se há algo precioso ser aprendido com esses é a persistência, ela é a chave de aceso para o de repente de Deus.
Se há uma promessa que meu coração aguarda com grande expectativa é o avivamento em nossa nação, quando homens e mulheres que tem permanecido no lugar de oração serão incendiados pelo fogo do Espírito e manifestarão o reino em todas as esferas da sociedade. Espero quando essas tochas acesas se levantarão transformando os lugares por onde passarem, dispostos a ir onde ninguém deseja ir para proclamar a Verdade, não buscando sua própria glória mas a glória do Unigênito de Deus. Já ouvimos que o Brasil será um celeiro para as nações da terra e eu tenho aguardado em oração pelo de repente de Deus, despertando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, restaurando em nós o amor por Jesus.
E para aqueles que receberam a aguardam a promessa de Deus, eis uma notícia: Ela virá de repente os surpreenderá, porque Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Nm 23:19). Para os que permanecem em oração um dia então, não será mais um simples dia, mas entrará para a história como o dia do de repente de Deus, onde Ele mostrará a Sua fidelidade àqueles que permaneceram fiéis.