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O som da casa de oração: Qual a importância de cantar a Palavra? 

Casa de Oração

Quando nos referimos a um contexto eclesiástico em nos reunir com os santos e cantar as verdades a respeito de quem Deus é, isso é muito importante, porque necessitamos cantar a partir de um lugar de entendimento de quem Deus é. 

Qual a importância de cantar a Palavra?

Não são apenas as nossas emoções ou simplesmente fazer arte. Por mais que a arte seja válida, Deus aprecia a arte, Ele faz arte e nos deu criatividade. Mas, é diferente quando nos reunimos como igreja para cantar para Ele a respeito de quem Ele é. Precisa ser a partir de um lugar da revelação da Palavra, pois podemos cair na tentação de cantar as nossas emoções e impressões sobre quem o Senhor é. 

Tudo começa no lugar secreto 

Ao compormos uma canção, uma letra e melodia, não é somente na técnica musical que devemos nos apegar. 

Tudo começa na busca pelo Senhor no lugar secreto. E de repente, aquilo que recebemos no lugar secreto, o Senhor nos dá inspiração para traduzir através de canções. 

Quando ninguém está olhando, em nosso quarto, nos alimentamos das Escrituras. E essas canções, que carregam as verdades da Palavra, surgem e tem o real poder de alcançar os corações. 

Então, quando cantamos, não estamos colocando nossa subjetividade no centro, mas tentamos focar nas verdades da Palavra. 

Escrevemos letras a partir desse entendimento bíblico. 

O canto congregacional 

Quando estamos reunidos como corpo de Cristo em torno da palavra, independente se tivemos um dia bom ou mal, se estamos seguros ou com muitas dúvidas no coração, a Palavra de Deus é o que nos trará para o centro da vontade Dele novamente.  

Nós alinhamos o nosso coração com o coração de Deus. Assim, conectamos nossas emoções com a verdade da Palavra. 

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.” Salmo 45:1 

O que seriam essas boas palavras?

Podemos pensar que essas boas palavras não são só as nossas propriamente. Mas, são aqueles que o próprio Deus coloca dentro de nós. 

No restante do versículo o salmista continua declarando que “a minha língua, que a minha boca seja pena como um habilidoso escritor”. Deus está nos atraindo, levando líderes de adoração e compositores a compor a partir do entendimento das Escrituras. Não apenas histórias pessoais, que também é válido, mas de um lugar de ensino. 

Como disse o apóstolo Paulo: ensine uns aos outros com cânticos, com hinos, então cada canção deve carregar um ensino.

Por isso é importante entender o que Salmo 45 diz; Deus está trazendo essa habilidade para nós. 

Portanto, cabe nos esforçamos e permitir sermos esticados neste lugar de amar a Palavra. Entender que não existe nada mais profundo do que a própria palavra. 

Nós conhecemos Ele, por isso cantamos 

A medida que vamos conhecendo Deus, seus atributos, os seus feitos e planos, fica mais fácil de cantarmos sobre Ele. Quando mergulhamos nas Escrituras vemos o quão bom Ele é, santo, digno, e isso gera em nosso coração confiança  e entendimento. 

Assim, ao cantarmos nos lembramos quem é o nosso Deus para a nossa mente e coração. Quando as situações adversas surgirem, nós lembramos da sua bondade e o do seu caráter soberano. Então, é fundamental conhecermos o nosso Deus e Sua Palavra. São peças básicas para começarmos a compor. 

A nossa geração precisa crescer no amor as Escrituras, só assim nossas canções terão impacto. Não é o nosso nome sendo espalhado, mas a revelação de quem Cristo é, enchendo os corações e a nossa nação. Isso gerará a real transformação.

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.

Você já ouviu a história de Davi, quando ele foi chamado para tocar a harpa enquanto o rei Saul era atormentado por um espírito mau? Davi tocava notas e melodias, e então Saul sentia alívio, e o espírito mau se retirava dele (1 Samuel 16:23). Vemos nessa história que a pessoa indicada para ajudar o rei deveria ser alguém que tocasse bem e que fosse de Deus. Davi era um músico com muita habilidade e ele era ungido pelo Senhor. E parecia entender que a música, através de notas e melodias, pode ser usada para profetizar e libertar. 

“E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios…” 1 Crônicas 25:1

Profetizando por meio de notas e melodias

Portanto, Davi quando se tornou rei, ele trouxe a Arca da Aliança para Jerusalém e separou homens para o ministério que pudessem profetizar com harpas, címbalos e com saltérios (1 Cr. 25:1). Esses músicos eram chamados para profetizar, e não para entreter, e como músicos, esse é o nosso chamado.

É evidente que profetizar significa trazer uma mensagem da parte de Deus, mas o que isso significa quando a minha mensagem é liberada através de melodias e não de palavras? Como músico, profetizar, é passar através de notas e melodias aquilo que o Senhor está falando ao nosso coração. Aquilo que Ele deseja liberar sobre paz, justiça, alegria. Um músico precisa buscar entender em momentos de intimidade com o Senhor o que Ele está dizendo e transmitir isso através de sons e melodias.

Por exemplo, quando estou com meu instrumento, sinto como se o Senhor soprasse algo sobre mim. Às vezes uma melodia, e muitas vezes uma palavra como: “refrigério”, “estar sensível”, “abrir o coração”, “se humilhe diante do Senhor”, “temor”, “graça”. E eu busco traduzir isso com uma melodia. Muitas vezes sinto algo bem forte do Senhor, como se meu coração queimasse, enquanto tocava algo mais forte, mais intenso, mas também já senti algo como um choro profundo dentro de mim, e eu sabia que deveria tocar de uma forma mais suave e leve. 

Por onde começar?

Primeiramente, você precisa ter domínio da ferramenta que você está usando, no caso, o seu instrumento, dominar é conhecer totalmente algo. Por exemplo, para quem toca guitarra, isso significa que é preciso conhecer toda a região do braço da guitarra, fazer qualquer tipo de acorde para quando o Senhor falar algo ao meu coração, eu não ter que ficar pensando: “Ah, aqui é onde fica o dó, não, é, espera..”. Então, eu preciso estudar ao ponto de poder tocar sem ter que ficar pensando muito, como pilotar no “modo automático”. 

É muito importante e primordial que o músico também saiba ouvir a voz do Senhor. Para isso é preciso ter intimidade com Ele. Enquanto você estiver tocando, o Senhor pode soprar algo ao seu coração, e é preciso discernir o que Ele está querendo dizer, às vezes o profetizar naquele momento pode significar não tocar nada, que é o mais difícil. É preciso entender o ambiente e servir, sabendo que Deus sopra sobre os outros integrantes do time também, e pode ser o momento de outro instrumento liberar algo, e não o seu. É uma jornada até encontrar esse lugar, e para isso deve existir muito tempo com a Bíblia e oração (aprofundando em intimidade com Deus), e também estudando o instrumento, são duas coisas caminhando juntas, é por aí que começa.

“Cantem-lhe uma nova canção; toquem com habilidade ao aclamá-lo.” Salmos 33:3

Começo o texto dizendo que não existe um passo a passo exato sobre como compor uma música. Você pode estar pensando: “O que vem primeiro a letra ou a melodia?” Todo compositor já deve ter ouvido essa pergunta, e nem sempre a resposta será a mesma. Eu mesma já escrevi canções fazendo a melodia para só depois encaixar uma letra. Como também, já escrevi letras e só depois coloquei uma melodia, mas já fiz os dois processos ao mesmo tempo. Porém, independente do processo envolvido, escrever uma música é deixar transbordar em palavras e melodias aquilo que está dentro do seu coração. E, para dirigirmos nossa canção ao Senhor, nosso coração precisa estar cheio de suas boas palavras. E para isso, portanto, há um caminho a ser percorrido.

“Meu coração transborda de boas palavras; consagro ao rei o que compus; minha língua é como a pena de um escritor habilidoso” Salmos 45:1 (S21)

Meditando na Palavra para compor

O rei Davi, um dos maiores compositores da história, era um estudante da beleza de Deus e alguém que tinha o seu prazer na Lei do Senhor. Ele pediu “uma coisa” ao Senhor:

“…que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do Senhor e meditar no seu templo” (Salmos 27:4).

Se você deseja compor canções para o Senhor, considere ser alguém que medita na sua Palavra, que busca conhecer profundamente ao Deus a quem você eleva a sua voz. Seja alguém que coloca como prioridade uma vida no lugar secreto com o Senhor, meditando em sua Palavra, declarando as verdades de quem Ele é. Portanto, Sua palavra, inspirada pelo Espírito, é inspiração suficiente para que as canções mais belas possam nascer.

“As palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, minha rocha e meu redentor” Salmos 19:14

Contemplando as obras do Criador

Já olhou para o céu quando o dia está nascendo, ou quando o sol está se pondo? Ou enquanto estava viajando, na estrada, conseguiu perceber as árvores e a beleza da natureza ao redor? Eu acredito que existe algo naquele calor do entardecer, no silêncio, no cantar dos pássaros que toca nosso coração e nos faz sentir maravilhados diante de tanta perfeição.

“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” Salmos 19:1

As obras do Senhor são perfeitas. Assim, quando as contemplamos estamos diante da grandeza do poder de Deus, aquele que criou tudo que existe. Com o coração cheio da Palavra da verdade, você pode se sentar com seu instrumento e um caderno ao final de um dia, contemplar a natureza, respirar fundo e assim, você prepara um ambiente para que a criatividade te encontre. Anote frases, grave suas melodias, talvez você não tenha uma música pronta ali na hora, mas você estará exercitando isso e desenvolvendo o seu lado criativo. 

Tocando com habilidade

“Cantai-lhe um cântico novo, tocai com habilidade e alegria” Salmos 33:3

Para compor boas canções, é importante desenvolver habilidades musicais. O caminho para isso é se dedicar aos estudos e se aperfeiçoar musicalmente, pois sem dúvida, o Senhor é digno de que façamos tudo que nos foi proposto de todo o coração (Cl. 3:23). Se aprofundar no estudo de teoria musical pode alargar suas fronteiras na música, você poderá se aventurar em ritmos que você não tocava ou cantava antes, aumenta as possibilidades de melodias que você pode criar. Precisamos ser diligentes com o que o Senhor colocou dentro de nós e desenvolver nossos talentos tocando com habilidade e fazendo isso com alegria.

Não tenha medo de começar. Se você deseja compor canções para o Senhor, que falem das verdades sobre quem Ele é comece dando pequenos passos. Estude a Bíblia, escreva o que está no seu coração, escreva sobre quem o Senhor é para você, o que Ele fez na sua vida. Pare para contemplar a beleza do Senhor em sua Palavra e em sua criação, e cresça musicalmente também. Seja fiel naquilo que o Senhor tem colocado em suas mãos e que o seu coração transborde de boas palavras a Ele.

Jesus, o filho de Deus, veio ao mundo e resolveu ensinar contando simples histórias. Durante o tempo em que esteve fisicamente na Terra, Jesus, com toda a sua sabedoria, poderia ensinar de diversas formas, você concorda? O curioso é que, na maioria das vezes, ele se expressava por meio de histórias, conhecidas como parábolas, que eram carregadas de simplicidade e profundeza.

Vamos, com muito cuidado, afirmar que as parábolas de Jesus eram simples metáforas bem formuladas. Entretanto, mesmo sendo simples, elas transmitiam grandes lições espirituais de uma forma compreensível para o público da época. E ao contrário do que a maioria dos leitores das parábolas definem, nunca foi sobre explicar algo complexo de forma simples, mas aprofundar uma história simples em um ensinamento muitas vezes complexo, reflexivo, e acima de tudo, contendo a verdade do cristianismo em suas diversas aplicações.

Jesus com certeza é um mestre em elaborar parábolas e em expor as mesmas. Qualquer assunto ou ensinamento, por mais complexo que fosse, seria passível de Jesus transformar em uma simples parábola, de fácil compreensão, que gerasse curiosidade para o seu ouvinte, retendo a sua sabedoria e profundidade sobre o assunto. Isso é com certeza fascinante! Ao ler e ouvir as parábolas você é atraído pela simplicidade, porém, mergulha em um oceano profundo de verdades que te levam a moldar o seu comportamento a partir dessa reflexão inicialmente simples. 

O conceito popular sobre o ensino através de parábolas

Sem dúvidas, as parábolas ensinadas por Jesus são bastante conhecidas. Certamente, ao pensar rapidamente sobre elas, você provavelmente lembrará do nome de pelo menos uma delas, e virá à sua mente aquela que mais lhe chamou a atenção. Porém, infelizmente, existe um engano muito comum acerca do motivo pelo qual Jesus ensinou por meio de parábolas, que expõe um pensamento incompleto sobre o assunto.

Muitas pessoas falam que o único motivo pelo qual Jesus ensinou por meio das parábolas foi para tornar a compreensão dos seus ensinamentos mais fáceis e agradáveis para o ouvinte. Esta informação não está completamente equivocada, até porque elas realmente eram de fácil compreensão, e repletas de características comuns da época: metáforas agrícolas, pastorais, pessoas comuns, etc.  Contudo, a fácil compreensão não era o único, nem o principal, objetivo das parábolas. 

Mas afinal, por que Jesus ensinava por parábolas?

Antes de entrar na resposta, se você compartilha do mesmo pensamento que foi exposto acima não se sinta mal, ele não está totalmente errado, porém, está incompleto. Dito isso, a resposta para essa pergunta não está tão oculta, como alguns podem imaginar. Pois esta também foi uma pergunta feita pelos discípulos, e que o próprio Jesus respondeu no evangelho de Mateus, na conhecida Parábola do Semeador: 

“Então os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: — Por que o senhor fala com eles por meio de parábolas? Ao que Jesus respondeu: — Porque a vocês é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles isso não é concedido.  Pois ao que tem, mais será dado, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, falo com eles por meio de parábolas: porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Assim, neles se cumpre a profecia de Isaías: “Ouvindo, vocês ouvirão e de modo nenhum entenderão; vendo, vocês verão e de modo nenhum perceberão. Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram com os ouvidos tapados e fecharam os olhos; para não acontecer que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.” Mateus 13:10-15

Para alguns, que “tem ouvidos para ouvir”, as parábolas esclarecem a verdade. Ao passo que, para outros, que rejeitam a Cristo e não dão ouvidos à elas, as parábolas têm efeito contrário no entendimento da verdade. As metáforas presentes nas parábolas escondem a verdade daqueles que não desejam procurar o real significado delas ao serem expostas por Cristo. Foi por isso que Jesus adotou essa forma de ensinar. Era uma forma de trazer juízo divino instantâneo para àqueles que não recebiam seus ensinamentos com o devido respeito e crença. Era uma forma de chegar a todos, não simplificando, mas identificando a real intenção do coração de cada ouvinte.

Neste texto de Mateus vemos a maior prova de que as parábolas não são somente uma simplificação dos mistérios do Reino dos Céus. Mas sim um convite a reflexão e a oportunidade da iluminação do coração ao ler e ouvir as parábolas. Ofereça atenção ao versículo 13, onde Jesus diz “Por isso, falo com eles por meio de parábolas: porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem”.  Ora, as parábolas não eram histórias que simplificam os ensinamentos? Ao atentarmos para esta afirmação de Jesus percebemos que ele torna a parábola complexa aos ouvidos dos que não creem.

O mistério das parábolas

Os que não querem ouvir e não querem aprender, simplesmente as receberão como histórias rotineiras e fictícias. Mas os “que tem ouvidos”, ou seja, os que reconhecem a voz do mestre e estão atentos, ouvirão, e serão aperfeiçoados à luz da palavra de Deus. Richard Chenevix Trench (1878) disse em sua obra:

Se o nosso Senhor tivesse falado a verdade espiritual nua e crua, muitas de suas palavras, em parte devido à falta de interesse por parte dos seus ouvintes, em parte devido à falta de compreensão, teriam desaparecido de seus corações e de suas memórias, sem deixar qualquer traço. Mas por ter sido compartilhada com eles na forma de alguma imagem vívida, de alguma sentença sucinta e aparentemente paradoxal ou de alguma narrativa breve, mas interessante, ela chamou atenção, incentivou curiosidade e encontrou, mesmo que a verdade não fosse entendida de imediato, com a ajuda da ilustração usada, uma entrada para a mente, e as palavras assim se fixaram em sua memória e permaneceram ali. (Richard Chenevix Trench. Noteson the Parables of Our Lord. Nova York: Appleton, 1878, p. 26).

O duplo propósito das Parábolas

Está claro que os seus ensinamentos através das parábolas tinham um propósito duplo: elas escondiam as verdades dos incrédulos e infiéis, ao passo que revelavam os ensinos às pessoas que tinham ouvidos prontos para ouvir e que eram fiéis. Como dito anteriormente, essa característica não foi obra do acaso. Mas foi uma estratégia do próprio Jesus Cristo, que adotou esse estilo de ensino para esconder a verdade dos descrentes e dos que queriam apenas gerar ambiguidades em seus ensinamentos, beneficiando a si mesmos, assim como faziam com a interpretação dúbia da lei.

As parábolas são imensamente profundas e complexas, porém apaixonantes. Elas são aplicáveis em várias situações do nosso cotidiano, e ao lermos elas em nossos dias, precisamos extrair das mesmas toda a sabedoria contida. Para isso, temos a graça de poder contar com o Espírito Santo, que hoje nos ilumina, para entender e absorver dessa revelação que é a Palavra de Deus ministrada a nós por meio das parábolas.

Diante de uma leitura rápida as parábolas parecem simples e de fácil interpretação — mas esta é apenas a primeira impressão e não é totalmente a verdade. Para pastores, mesmo sendo experientes, traduzi-las em sermões é uma grande dificuldade. Já para os estudiosos, ao se dedicarem sobre o tema da interpretação das parábolas, percebem que se encontram no meio de um grande desafio.

Pregar uma parábola é o sonho de pregador novato, mas, com frequência, o pesadelo do pregador experiente. Thomas O. Long

Tipos de interpretação

Duas linhas principais de interpretação surgiram já no fim do século 19: alegorização de cada detalhe de uma parábola e a interpretação da parábola à luz de uma única ideia central. As parábolas de Jesus apresentam uma ideia central para cada personagem principal da história.

A palavra parábola é “parabole” (em grego) – e significa dizer “colocar de lado”. Portanto, nas escrituras, uma parábola compara ou contrasta uma realidade natural com uma verdade espiritual. É assim quando lemos os evangelhos e vemos Jesus dizendo coisas como: “O Reino dos céus é semelhante…” (Mateus 13:24) ou “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei?” (Lucas 13:18).

Temos a impressão de ter sido Jesus quem criou as parábolas, mas não, por mais que em grande parte dos seus discursos ele tenha utilizado de parábolas, elas já existiam no Antigo Testamento. Os rabinos já usavam este método de ensino, mas suas parábolas só se assemelham às de Jesus no formato. Os religiosos usavam parábolas para explicar a Lei, os versículos das Escrituras ou uma doutrina, ou seja, para falar de questões que haviam sido estabelecidas, enquanto Cristo utilizava as parábolas para ensinar novas verdades.

Mas por que Jesus fez uso de parábolas?

Uma explicação popular, ainda que equivocada, é que Jesus as usou para que seus seguidores compreendessem as verdades espirituais de forma mais fácil. Porém, afirmar isto não está correto.

E sabemos disso, pois as escrituras nos revelam que os próprios discípulos não entendiam nem mesmo a parábola que fundamentava as demais. Após contar-lhes a parábola do semeador em Marcos 4:2-9, seus discípulos chegaram até ele e, no versículo 10, pediram a interpretação: “Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas”. Eles simplesmente não compreendiam o que Jesus lhes falava.

Mas qual o propósito das parábolas, se nem mesmo seus discípulos entendiam?

Haviam duas reações principais das pessoas diante das parábolas de Jesus: a primeira era a rejeição, as pessoas se voltavam contra o ensinamento (Marcos 12:12); “Então começaram a procurar um meio de prendê-lo, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado aquela parábola”. A segunda reação era a transformação: as pessoas aprendiam o ensinamento, passando a enxergar que poderiam mudar de vida e seguir Jesus.

Em Marcos 4:12, Jesus diz: “aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.” Possivelmente, isso é acerca das pessoas que demonstraram incredulidade e endureceram o coração perante os ensinamentos. Dessa forma, não conseguem extrair a lição das parábolas, mesmo que as escutem.

As parábolas contadas por Jesus possuem características marcantes: elas mencionavam elementos do cotidiano, como natureza e costumes populares. Jesus também recorria ao suspense, provocando os ouvintes a pensarem nas atitudes dos personagens com antecedência ao relato. Conflitos eram recorrentes em suas narrativas. Assim como uma soma de personagens principais na mesma história, como a parábola do filho pródigo. Algumas parábolas apresentavam alguma vantagem no início, porém, na sequência Jesus demonstrava que existia uma inversão de valores. O mais importante das parábolas de Jesus sempre surgia no final; utilizando-se de perguntas retóricas que usava para confrontar os ouvintes fazendo-os pensar sobre o assunto, seu discurso é direto e sua conclusão é enfática.

Jesus costumeiramente usava de hipérbole

Hipérbole: as histórias que parecem ser situações comuns no início, mas que se revelam algo surpreendente e fora do comum no final. E fazia isto com exagero: como por exemplo, a soma astronômica de dinheiro usada na parábola dos dez mil talentos (Mateus 18:24). Há uma característica muito importante a ser considerada na interpretação das parábolas: elas não possuem muitos detalhes, por isso precisamos manter o princípio de nunca questionar o que a parábola não responde para nos mantermos livres de interpretações erradas. Para tanto, busque sempre pensar no que Jesus quis dizer, não no que as pessoas querem ouvir.

Seguir alguns critérios podem aumentar sua compreensão e auxiliar sua interpretação de forma coerente:
– A primeira delas é buscar a verdade. Não permita que preconceitos interfiram na sua avaliação e comprometam seu resultado;
– Estude o contexto histórico da parábola, considerando a vida social, religiosa, política e geográfica; não deixe de fora a cultura, afinal as parábolas são histórias a respeito de pessoas que viveram em determinado tempo e lugar; analise o texto original (exegese) e não somente qualquer versão traduzida;
– Leve em conta a estrutura literária e gramatical do texto; e nunca perca de vista o foco central que Jesus quis ensinar naquela narrativa.

Por fim, te encorajo a estudar acerca das parábolas de Jesus, pois não existe forma mais estimulante de conhecer a sua teologia sobre o reino dos céus do que examinando sua coleção de parábolas. Cada parábola apresenta um aspecto desse reino. Por vezes Jesus fala do reino como uma realidade presente (parábola do grão de mostarda) e outras como uma realidade futura (a parábola da rede). Algumas parábolas apontam para a pessoa e a obra do rei Jesus (parábola dos lavradores maus); outras expressam a atitude cristã dos súditos do seu reino (bom samaritano; do tesouro e da pérola). Suas histórias expressam verdades acerca do reino dos céus. E muito do seu tempo foi gasto na pregação do evangelho do reino. E, definitivamente, em Sua pessoa e obra, o reino dos céus se manifestou entre os homens.

O que você pensa a respeito de oração? Será que você sabe orar?

Dependendo do contexto no qual você cresceu coisas diferentes podem vir à sua mente quando se pensa em oração. A senhorinha do coque, saia até o joelho e palavras de conhecimento tão certeiras que você tinha até medo de olhar nos olhos dela diretamente… Por que, vai que ela diz algo, né? Ou, talvez, aquele grupo que se reunia todas as quarta-feiras, às 6 da manhã, e que orava incansavelmente item por item da lista (interminável).

Seja qual tenha sido sua experiência, e sejamos sinceros, usei exemplos extremos aqui, a oração é um assunto que gera muitas emoções. Mas, será que essas emoções e noções se alinham com as verdades bíblicas? Será que nossas experiências têm mostrado a realidade eterna da oração?

Jesus ensina orar

Jesus veio para trazer salvação e a esperança de um futuro brilhante. Em seu período na terra participou da experiência humana de forma plena (Filipenses 2) e viveu como um de nós. Hebreus 4:15 diz que foi tentado em todas as coisas, porém, não pecou. Pense nisso! Jesus, o homem, experimentou as dificuldades, desafios e frustrações que você e eu passamos… E NÃO PECOU!

E algo que sempre me fascinou foi que na sua vida humana – não quando estava no céu, não quando tinham conferências, não quando havia uma campanha especial – no seu dia a dia havia sempre oração. Fossem momentos íntimos quando Ele se retirava, quando levava alguns mais próximos com Ele ou ensinando sobre isso, acima de tudo, a oração estava presente. Assim, Jesus, o filho de Deus, Estrela da Manhã, Primogênito dos Mortos, Testemunha Fiel (devo continuar?) acha relevante ensinar sobre algo em específico, e não apenas ensinar com palavras, mas ser modelo vivo disso, eu acredito que devemos prestar atenção. Portanto, vemos nos evangelhos seus exemplos de dia a dia, mas também, observamos momentos nos quais escolheu ensinar sobre isto. 

Em Mateus 6:6:

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Orando no secreto

Ele nos fala sobre o princípio de ter uma vida de oração e usa um adjetivo meio incomum: secreta. Porém, isso não significa apenas trancar-se no quarto (mesmo isso sendo muito legal e, às vezes, mais produtivo para evitar distrações), mas ter um diálogo interior entre você e Deus. Algo que ninguém tem como medir ou contabilizar na sua vida – algo secreto entre você e Aquele que sonda e conhece o coração.

E Jesus no seu ensino não para por aí! Ele fala sobre recompensa.

Se você viver um diálogo contínuo com Deus e falar com Ele no teu coração durante o dia, antes daquela reunião, depois daquela prova de 28 questões que te deixou até sem saber o seu próprio nome. Se você orar em línguas (ou tomar frases de versículos e declarar de volta para Ele), se você conversar com Ele parado no “maravilhoso” trânsito, Ele diz que haverá uma recompensa. E não é qualquer tipo de recompensa – ela será PÚBLICA, visível e externa. Não para jogar na cara de ninguém ou para demonstrar a sua profundidade, mas a tua vida se torna tão irresistível para Deus que as bênçãos que Ele derramará e as mudanças que serão geradas no teu interior, pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, serão visíveis. Então, você quer crescer? Ore. Você quer aquela ideia de um milhão de dólares? Ore. Você quer ver transformação real? Ore.

Orar sem cessar

Por isso tudo, as regras do jogo forma mudadas. Dessa forma, a oração passa a ser parte do meu dia a dia e não apenas uma tarefa semanal eclesiástica. De repente, Deus está em todo momento, e eu não mais deixo-o para trás no domingo na Igreja ou no meu quarto depois da minha leitura bíblica… E, sem perceber, vivo orar sem cessar. Chocante? Sim, e totalmente alcançável. Como eu sei disso? Foi dica de Jesus.

Nos últimos anos, várias igrejas em diferentes estados do Brasil têm respondido ao chamado do Senhor para entrar em parceria com Ele no lugar de oração. Nesse processo, algumas dúvidas podem surgir em nossas reuniões de oração. Então, como orar de forma intencional e que reflita o anseio de uma Noiva que está aguardando o retorno de Cristo?

Orar a palavra

Na cruz, Jesus nos resgatou e nos livrou da morte. Como diz o texto bíblico:

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.”  Romanos 8:1 

Ao orarmos, devemos nos focar em Deus e não no pecado ou nos demônios. Este é o modelo das orações do Novo Testamento, feitas pelos apóstolos. Assim, precisamos desejar maior liberação do ministério do Espírito Santo sobre nossas comunidades de fé e cidades. E centrar nossas declarações em virtudes como paz, alegria, unidade, santidade e esperança. De maneira prática, é importante que nossas orações estejam centradas em versículos bíblicos. Orar a palavra é declarar as verdades de quem Deus é, e o que Ele pensa sobre nós, sua Igreja, as cidades e países. É concordar com o que Ele diz em suas Escrituras e profetizar isso mais uma vez sobre nossa igreja local.

Alguns tópicos sobre o que orar pela Igreja local a partir das orações apostólicas:

-Unidade entre os cristãos e suas famílias (Jo 17:21-23);

-Por um derramamento do Espírito profético sobre pregadores, pastores e equipes de louvor (At 2:17);

-Pela manifestação da presença de Deus em todos os departamentos da igreja local. E que as pessoas possam ser salvas, libertas e reavivadas pelo Espírito (At 2:17);

-Por amor entre os cristãos e que o espírito de santidade prevaleça (Fl 1:9-11), ansiar que os cristãos possam ser fortalecidos no íntimo do seu interior (Ef 3:16-19);

-Por convicção sobre a pregação da Palavra para que todos sejam profundamente impactados (Jo 16:8);

-Para que seja liberado sobre as igrejas e graça para orarem de forma intensa (Zc 12:10);

-Propagação do Evangelho e o despertar dos cristãos para a proclamação das boas novas (Mt 9:37-38);

-Pela manifestação e liberação dos dons do Espírito Santo (At 2:17);

-Pelo Espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento de Deus sobre todos os líderes e membros das comunidades de fé (Ef 1:17);

-Para que haja oportunidades de pregação do evangelho e aqueles que ainda não creem possam ser convencidos através do Espírito Santo (Cl 4:3; 2Ts 3:1);

Assim, ao orarmos de forma intencional por nossa igreja local, podemos em fé confiar que o Senhor escuta nossas petições. E, no seu devido tempo, veremos transformação. O Senhor chama sua Noiva para que esteja preparada para a Sua volta, conectada com Ele através da oração.

Por que devo ler a Bíblia? Se você já foi honesto consigo mesmo eu aposto que esse tipo de pergunta já lhe passou pela cabeça. Quer dizer, é possível amar a Deus sem ler a Bíblia? Ou mesmo que eu já a tenha lido toda, por que continuar lendo?! Sobre isso eu gostaria de dar três motivos para se envolver com a leitura bíblica.

Hábito de Leitura

A primeira coisa que eu queria falar não parece ser muito espiritual mas de fato é. Antes de mais nada, eu pessoalmente acho que as pessoas deveriam ler livros e sempre reler os melhores. Não é uma regra, mas se você parar pra pensar, poder ler e se conectar com o autor através de uma obra por si só já é algo extremamente incrível. Pense nas descrições que Moisés dá em Êxodo capítulo 19 sobre a Glória do Senhor no monte Sinai. Ler com o coração, no mínimo deveria nos “transportar” para aquele dramático espetáculo. Só o hábito da leitura mesclado com um coração desejoso em amar a Deus já é capaz de produzir alguns frutos.

A Palavra de Deus

Indo um pouco mais fundo e usando alguma lógica, eu preciso argumentar que devo ler a Bíblia simplesmente porque eu posso lê-la. Eu quero dizer, é um privilégio! Pense que o próprio Deus decidiu se comunicar a humanidade usando homens de várias épocas em vários estilos literários. Deus falou e se fez conhecido. Eu posso conhecê-Lo porque Ele falou e se revelou. Hoje eu vejo muitas pessoas acessando conteúdo de vários autores de livros, filmes e isso tudo é muito legal. Porém, se o Autor da criação também tem algo a dizer eu quero muito saber o que é!

Autoridade

Paulo falou da natureza das Escrituras ao seu amado discípulo Timóteo:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2 Tm 3:16-17)

O cristão de fato, digo aquele que verdadeiramente crê, é o único homem que consegue desfrutar do propósito das Escrituras. Em certo ponto, qualquer um pode ler muitas vezes a Bíblia. Em certa medida, qualquer um até mesmo pode levar em consideração que Deus tenha falado através dela. Porém, o cristão vai além. Ele toma as Escrituras como autoridade sobre todos os aspectos da sua vida: seja a sua moral, ética, seu cotidiano, etc. “As escrituras são os óculos que nos permitem ver e focalizar coisas, e sem os quais tudo será confuso.”  João Calvino

Eu poderia enumerar várias outras motivações, mas todas elas se concentram na verdade de que você nasceu para conhecer o Deus das Escrituras. Ele está querendo comunicar algo pra esse tempo, mas também está comprometido em forjar raízes profundas no seu coração. Lembre-se: as maiores árvores têm raízes mais profundas.

“Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!” (Sl 1:2-3)

Existe poder na oração individual, naquela que fazemos no secreto. Muitas vezes ela nasce sem palavras, em nosso coração, e se revela ao mundo exterior na lágrima que escorre livremente.

Ninguém duvida da importância que um clamor sincero tem diante dos ouvidos atentos de Deus. No entanto, desconhecemos numa certa medida, o poder e a importância da oração coletiva.

O coração de Deus se relaciona com nosso coração. Já que, é dele que nascem nossos desejos e anseios mais secretos. Por isso, os ouvidos de Deus são atraídos pelas motivações corretas e pelos desejos sinceros.

Quando isso acontece no coletivo, a unanimidade presente no que almejamos, potencializa a resposta. Existem estudos neurocientíficos recentes que demonstram que quando adoramos em conjunto, nossos corações passam a bater no mesmo ritmo. Existe um poder que nos conecta e que não é visível aos olhos.

Se a ciência comprova que a adoração promove isso em nosso organismo, isto é, que existe unanimidade inclusive no batimento cardíaco enquanto adoramos, o que dizer das orações unânimes que apresentamos diante do Pai? Que tipo de poder existe por trás delas?

O compromisso de Deus com a nossa oração

“Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. Porque agora escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias.” 2 Crônicas 7:15,16

“Que os teus olhos estejam dia e noite abertos sobre este lugar, de que disseste que ali porias o teu nome; para ouvires a oração que o teu servo orar neste lugar.” 2 Crônicas 6:20

Na antiga aliança, que sabemos que é sombra do que se revelou em Jesus, Deus prometeu estar atento a oração feita no lugar de reuniões de seu povo. Inegavelmente, não é diferente na nova aliança. Pelo contrário, Ele ratifica seu compromisso conosco.

“E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração?” Marcos 11:17a

Certamente, Deus espera que seu povo ore, que clame, que interceda, que se coloque na brecha. Esse é nosso papel, como corpo dEle, nesta terra. Já que, fomos comissionados pelo próprio Deus à ocupar este lugar.

A importância da unanimidade da oração

Existe orientação na palavra sobre a importância de buscar unanimidade no que fazemos e pedimos. Porquanto, o próprio Deus preocupou-se em respaldar o papel do Filho na Trindade, em sua missão de salvador. Por isso, menciona o testemunho que o Espírito dá a respeito dEle.

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.” 1 João 5:8,9

Igualmente, em Romanos, somos alertados para a importância de viver em unidade. Pressupõe-se, que como corpo, funcionemos em harmonia. Porque nosso papel será efetivo e eficaz quando atentarmos para importância da unidade.

“Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; Sede unânimes entre vós; Romanos 12:15

A igreja precisa crescer no entendimento de como exercer seu papel de sal e luz em meio a uma geração que anela por respostas. Por isso, quando nos reunimos e oramos, em concordância, movemos os céus. O poder necessário para trazer a existência o que não existe é liberado.

Precisamos ser portadores de boas novas. Temos acesso a fonte de toda sabedoria. Que sejamos ousados ao acessar Seu trono em busca de solução para os problemas que nos afligem. Que a igreja cumpra integralmente seu papel no meio da sociedade em que está inserida.