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A Fidelidade de Deus

Intimidade com Deus

“O que vem à mente de uma pessoa quando pensa em Deus é a coisa mais importante sobre ela.” – A.W. Tozer, O Conhecimento do Santo

Ter uma visão correta a respeito de Deus é fundamental para a jornada cristã! Só podemos adorar aquilo que de fato conhecemos. Portanto, é importante saber quem Deus realmente é para que possamos adorá-Lo verdadeiramente e nos relacionarmos com Ele a partir de Sua real natureza. Caso contrário, criaremos um ídolo em Seu lugar.

Entender que Deus quer ser conhecido e que Ele se revela através das escrituras é o ponto de partida para a nossa jornada.

E hoje vamos mergulhar um pouco mais fundo no que talvez seja um dos atributos mais famosos de Deus.

Deus é Fiel

Se você nunca ouviu alguém falando que Deus é fiel, certamente já leu isso no para-choque de algum caminhão ou em um adesivo colado em um carro!

Mas o que significa dizer que Deus é fiel? Fiel a quem? Fiel a quê?

📖 2 Timóteo 2:11-13 (NVI):

“Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele também viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar a si mesmo.”

Primeiramente, precisamos compreender que a fidelidade é a natureza de Deus.

📖 Salmos 33:4 (NVI):

“Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz.”

Leia também: Deuteronômio 7:9, 1 Coríntios 1:9, Hebreus 10:23, Lamentações 3:22-23, Salmos 36:5

Inegavelmente, a Bíblia inteira é uma grande história a respeito da fidelidade de Deus.

A história da fidelidade de Deus

Em Gênesis 3, logo após a queda do homem, o Senhor faz uma promessa: do ventre da mulher viria aquele que pisaria a cabeça serpente. Ele está dizendo ali que nasceria um homem que salvaria toda a humanidade e seria capaz de destruir o inimigo das nossas almas.

No nascimento de Jesus temos o cumprimento parcial dessa promessa, que seja completamente consumado com o Seu retorno.

O Salmo 100:5 diz que Sua fidelidade permanece por todas as gerações. E é exatamente isso que a Bíblia está nos mostrando. Um Deus que tinha todos os motivos do universo para falar: “Quer saber, deixa pra lá… Eu vou criar uma outra raça que seja mais obediente que vocês.” Mas Ele não faz isso. Por quê? Por Sua fidelidade. Ele não pode e não vai negar a Si mesmo. Não vai mudar de ideia, não vai voltar atrás em Suas palavras.

Sobre a fidelidade de Deus está alicerçada toda a nossa esperança de um futuro abençoado. É em consequência da fidelidade divina que suas alianças permanecem, e suas promessas serão cumpridas. É unicamente por termos completa certeza da fidelidade do Altíssimo que vivemos em paz e esperamos com segurança a vida vindoura. – A.W. Tozer

Fiel a quê?

Sabemos então que o Senhor é fiel, mas precisamos nos perguntas: fiel a quê? Este talvez seja o ponto de maior confusão para o cristão contemporâneo quando falamos da fidelidade. Estamos tão acostumados a falar que Deus é fiel que nos esquecemos de perguntar fiel a quê e simplesmente assumimos que é a nós, ao nosso bem-estar.

Para conseguirmos respostas para essa pergunta, precisamos mais uma vez olhar para as escrituras:

Ele é fiel à Sua Palavra

📖 Isaías 46:10-11 (NVI):

“Eu anuncio o fim desde o começo, desde os tempos antigos, o que ainda está por vir. Digo: ‘O meu propósito permanecerá em pé, e farei tudo o que me agrada.’ Do leste convoco uma ave de rapina; de uma terra distante, um homem para cumprir o meu propósito. ‘O que eu disse, isso eu realizarei; o que eu planejei, isso farei.’”

Leia também: Ezequiel 12:25, Números 23:19, Salmos 89:34, Mateus 24:35, Hebreus 6:17-18

Deus é fiel à Sua própria palavra, ao que Ele prometeu que faria. Ele é fiel às Suas alianças.

📖 Hebreus 6:13-14 (NVI):

“Quando Deus fez a sua promessa a Abraão, jurou por si mesmo, visto que não havia ninguém superior a ele por quem jurar, dizendo: ‘Esteja certo de que o abençoarei e farei numerosos os seus descendentes.’”

Portanto, dizer que Deus é fiel não é um sinônimo de que tudo vai dar certo em nossa vida. Não significa que todas as portas estarão abertas, que teremos um emprego ou que vamos casar. A fidelidade de Deus é com a Sua palavra, não com a minha ideia de como as coisas deveriam ser.

E eu com isso?

Se Deus é fiel à Sua palavra e não a mim, o que entender a fidelidade de Deus significa para mim?

Mais uma vez, voltemos para as Escrituras. Sua palavra diz o seguinte:

📖 Colossenses 1:22-23 (NVI):

“Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.”

A promessa do Senhor nesse texto é clara: Ele estará conosco em nossa jornada de santificação. Sua fidelidade é nos tornar mais parecidos com Cristo, até o dia de Cristo.

A jornada de santificação

O problema aqui é que, na grande maioria das vezes, a santificação não vem no pacote que esperamos. Normalmente, ela é aparente sucesso, emprego novo, grandes promoções, carro novo ou, em resumo, tempos fáceis.

Por mais difícil que seja admitir, somos muito mais desafiados a ser como Cristo na hora da demissão, da doença, do carro quebrado ou da espera. Assim, é nos “nãos” e nas frustrações que devemos nos apegar à verdade de que Deus é fiel, independentemente dos nossos sentimentos.

Ele não é fiel ao que parece melhor para mim. Ele é fiel à Sua palavra, e Sua palavra diz que Ele está comprometido em me tornar mais parecido com Cristo.

Ainda que seja desconfortável e, às vezes, até mesmo triste, podemos descansar no fato de que Ele é fiel ao que prometeu. É sobre isso que o autor de Romanos está falando no capítulo 8, quando diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

Finalmente, diante da Sua fidelidade, não precisamos temer más notícias ou andar ansiosos pelo dia de amanhã. Ainda que no futuro enfrentamos frustrações e tempos difíceis, podemos descansar na confiança de que, no grande dia do Senhor, seremos apresentados santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.

Na teologia existem alguns conceitos a respeito dos atributos de Deus que nos auxiliam na jornada por esse estudo.

Alguns deles são simples de serem compreendidos, enquanto outros desafiam completamente nossa lógica e capacidade cognitiva!

E antes de mergulharmos mais fundo em atributos específicos de Deus, precisamos colocar as bases para o nosso entendimento.

Por que estudar os atributos de Deus?

Nosso ponto de partida sempre será a importância de conhecer ao Deus que dizemos servir. Se o adoramos, mas não o conhecemos, estamos adorando uma imagem criada pela nossa imaginação. E, ainda que tenhamos boas intenções, estamos caindo no pecado da idolatria.

Conhecer a Deus nos dará a firmeza que precisamos para concluirmos nossa jornada cristã com sucesso!

Sem dúvidas, existe muito para se conhecer a respeito do Senhor e nossa mente (humana e limitada) nunca seria capaz de compreender em plenitude sua magnitude.

No entanto, a fim de “facilitar” o estudo dos atributos de Deus, vamos conversar sobre alguns conceitos importantes!

Deus é o que é

Primeiramente, precisamos estabelecer que Deus simplesmente é o que é. Tudo o que Ele é, Ele o é por completo.

Quando dizemos que Deus é misericordioso, não podemos assumir que Ele atua com misericórdia em determinadas situações. Que, às vezes, quando necessário, Ele diminui sua misericórdia para exercer justiça. Não! Ele é 100% misericordioso, assim como é 100% justo.

Seus atributos não estão em conflito uns com os outros e Ele não escolhe alguns atributos em alguns momentos.

Tudo o que Deus é, Ele o é por completo. E, ainda que esse conceito desafie a nossa lógica, a verdade não é refém do nosso entendimento.

“Disse Deus a Moisés: ‘Eu Sou o que Sou’. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós’.” – Êxodo 3:14

Atributos Comunicáveis e Incomunicáveis de Deus

Em seguida, para tornar o estudo dos atributos de Deus mais didático, a teologia os divide em duas categorias: comunicáveis e incomunicáveis. Mas o que isso significa?

Basicamente, os atributos comunicáveis de Deus são aqueles que Ele compartilha conosco em certa medida. Estes atributos nos permitem refletir, de maneira limitada, o caráter de Deus em nossa própria vida. São qualidades que Deus possui e que, de alguma forma, podemos também possuir.

Aqui precisamos ressaltar que o Senhor é infinitamente superior a qualquer coisa que conhecemos. Nem em nossos melhores dias seremos capazes de demonstrar esses atributos em plenitude, como Ele o faz. Mas, por sua graça e misericórdia, podemos provar e crescer, à medida que nos tornamos mais parecidos com Cristo.

Alguns exemplos de atributos comunicáveis de Deus são: amor, sabedoria, justiça e misericórdia. Embora nossa expressão desses atributos seja imperfeita, eles nos aproximam do caráter divino.

Os atributos incomunicáveis, por sua vez, são exclusivos a Ele. Não podem ser encontrados na humanidade. Estes atributos destacam a infinita diferença entre Deus e Suas criaturas.

São atributos que pertencem somente a Deus. Eles incluem onipotência, onisciência, onipresença e imutabilidade. Esses atributos demonstram a majestade e supremacia de Deus sobre toda a criação.

A Imanência de Deus

Outro aspecto teológico que nos ajuda na nossa compreensão dos atributos de Deus é a Sua imanência e transcendência.

A imanência de Deus refere-se à Sua presença ativa e contínua na criação. Deus não é distante, não é apenas um observador; Ele é acessível, íntimo e atuante em todas as partes do mundo. Ele está presente em todos os aspectos da vida, sustentando e interagindo com Sua criação.

Um exemplo claro da imanência de Deus é a ideia de que Ele está envolvido em nossas vidas, ouvindo orações e agindo no mundo.

“O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” – Salmo 145:18

A Transcendência de Deus

A transcendência de Deus, por outro lado, significa que Ele está acima e além de toda a criação. Deus é grandioso, majestoso e infinitamente superior a tudo o que existe. Ele é infinito, eterno e completamente distinto de tudo o que criou. Ele não está limitado pelo tempo, espaço ou qualquer outra dimensão da realidade física.

A transcendência de Deus enfatiza Sua grandeza, poder e santidade, mostrando que Ele é incomparável e além da compreensão humana total.

“Porque assim diz o Alto e Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” – Isaías 57:15

Aplicação prática

Finalmente, de que forma essa compreensão altera o nosso estudo a respeito dos atributos de Deus?

Sempre que nos aproximamos do Senhor e nos esforçamos para compreendê-lo, podemos nos lembrar:

Ele é imanente, ou seja, está presente. Quer ser conhecido, fez questão de se revelar, está conosco a cada passo dessa jornada.

Por outro lado, Ele é transcendente. O que significa que Ele é diferente de tudo o que conhecemos e nunca seríamos capazes de compreendê-lo por completo.

Sua bondade é imanente, podemos provar dela e até mesmo expressá-la, porém ela é transcendente, completamente diferente da nossa: superior e perfeita.

O mesmo pode ser dito sobre Sua misericórdia, graça, justiça. Todas elas, ainda que estejam presentes na nossa vida, são maiores do que nosso intelecto é capaz de compreender.

Entender os atributos de Deus, tanto comunicáveis quanto incomunicáveis, junto com Sua imanência e transcendência, nos ajuda a apreciar a complexidade e a maravilha do caráter divino. Deus é ao mesmo tempo próximo e envolvido conosco, enquanto também é grandioso e infinitamente além da nossa compreensão.

“Os mistérios de Deus são profundos e inescrutáveis, além da nossa compreensão.” – John Wesley

“O que vem à mente de uma pessoa quando pensa em Deus é a coisa mais importante sobre ela.” – A.W. Tozer, O Conhecimento do Santo

Ter uma visão correta a respeito de Deus é fundamental para a jornada cristã! Afinal, só podemos adorar aquilo que de fato conhecemos. Portanto, é importante saber quem Deus realmente é para que possamos adorá-Lo verdadeiramente e nos relacionarmos com Ele a partir de Sua real natureza. Caso contrário, criaremos um ídolo em Seu lugar.

Se digo que adoro a Deus, mas não O conheço, estou adorando um ídolo que é uma projeção de mim mesmo.

Portanto, conhecer a Deus é o coração da jornada cristã. Nas próximas semanas, iremos olhar mais de perto o que as Escrituras dizem sobre o Senhor e quais são alguns de Seus atributos. Vamos juntos?

Entretanto, antes de nos aprofundarmos nesse assunto, precisamos destacar algumas verdades das Escrituras que nos ajudarão nessa jornada:

Deus Quer Ser Conhecido

📖 “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” – Hebreus 1:1

No texto de Hebreus, podemos ver como desde sempre o Senhor se fez conhecido. Inicialmente, revelando-Se aos profetas e, em seguida, por meio do Filho.

Deus não está assentado em um trono distante, olhando para nós com indiferença, esperando que nos aproximemos. Ele é ativo em Se revelar. Desde o Éden, em Gênesis 3:8, quando Deus vinha ao jardim para se encontrar com o homem, até Apocalipse 21, que descreve que o Tabernáculo de Deus está com os homens, Ele será o seu Deus e eles serão o Seu povo.

A Bíblia inteira é a história de um Deus que quer ser conhecido. Portanto, é importante que nós O conheçamos e possamos contar com Ele nessa jornada.

O Conhecimento de Deus é Revelado em Cristo, nas Escrituras

Tudo o que sabemos sobre quem Deus é está escrito. Nada além disso.

📖 2 Timóteo 3:16-17 (NVI):

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.”

📖 2 Pedro 1:20-21 (NVI):

“Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura surgiu de interpretação particular, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.”

Deus inspirou as Escrituras e Ele se faz conhecido através delas. Ele não é definido pelo que eu sinto, pelo que eu penso, ou pelas minhas ideias e noções de quem Ele é. Não é pelo que eu ouvi do meu pai quando era pequena ou pelo pastor da minha igreja.

A verdade está neste livro e, a partir dele, vamos caminhar. Independentemente dos meus sentimentos ou da minha lógica – e, acreditem, muitas vezes a Bíblia desafia a minha lógica – ela é o fundamento, não eu.

O Conhecimento de Deus Precisa Gerar uma Mudança em Mim

📖 Tiago 1:22:

”Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.”

Se eu ouço a respeito de Deus, entendo quem Ele é, mas isso não muda absolutamente nada na minha vida, estou enganando a mim mesma. Todos os encontros com Deus na Bíblia geraram mudanças profundas nas pessoas. Mudanças em suas percepções da realidade, de si mesmos e de seu futuro.

Portanto, quero desafiá-lo a ouvir tudo o que ainda vamos conversar com a pergunta em mente: E eu com isso? De que forma essa verdade vai afetar a minha vida?

Que possamos caminhar juntos nessa jornada de conhecer a Deus mais profundamente, transformando nossas vidas à luz de Sua verdade.

Para dar início a esta conversa é preciso saber que Igreja, ou ekklesia, é descrita na Bíblia de duas formas: Uma em seu aspecto universal, destacando sua unidade, ou seja, refere-se a toda a igreja de Cristo na Terra. A outra, no sentido de sua pluralidade nas comunidades locais. “igrejas” nesse caso são os muitos grupos de pessoas reunidas em diferentes localidades ao redor do mundo. Ambas as descrições, se referem a pessoas e não a templos ou prédios.

Infelizmente, antes de definirmos o que é ser parte do corpo de Cristo, precisamos desconstruir algumas ideias erradas sobre a Igreja nos dias atuais.

Muitas pessoas enxergam a igreja de uma forma completamente distorcida e totalmente distante da sua realidade bíblica. Por exemplo, a igreja não é um lugar de entretenimento e consumo, onde cada um escolhe aquilo que pensa ser melhor para si e procura ser beneficiado, como muitos pensam. Esta é uma imagem distorcida resultante do individualismo, fruto da cultura em que vivemos, e que vê a igreja como um meio para o seu próprio benefício.

A igreja não é um lugar para frequentarmos, mas um corpo para, caminharmos juntos, pertencermos e nos entregarmos em amor à Cristo e uns para com os outros.

Cristo é o cabeça de todas as coisas para a Igreja, que é o seu corpo

E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,
Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Efésios 1:22,23

Dessa forma, a igreja não é um fim para nós mesmos, mas existe primariamente para a glória de Cristo. Como igreja, nós seguimos Cristo, caminhamos em unidade com Ele, uns com os outros e vivemos conforme a Sua vontade.

No livro Discipulado, Dietrich Bonhoeffer diz que “o corpo de Cristo é a continuação da presença física de Jesus na terra, porque o próprio Cristo se move por meio dela”. Isso significa que o ministério da Igreja na história é tão relevante quanto os três anos em que Jesus viveu seu ministério na Terra.

O Senhor escolhe uma diversidade de pessoas, cada uma com suas falhas e dificuldades, mas que caminham em unidade e é por meio desta Igreja que Jesus escolheu se fazer presente e agir na Terra.

O Senhor revela a Sua glória e a Sua vontade por meio do corpo 

Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus. Efésios 3:10

Em sua sabedoria, Ele mesmo estipulou que fosse assim para que o seu poder fosse conhecido. Nós somos chamados à comunhão. O desejo de Jesus é que vivamos a unidade no corpo, para que o mundo saiba que Deus O enviou. Viver em comunhão com o corpo testemunha para o mundo sobre quem Jesus é (João 17:23). Portanto, se alguém afirma que a igreja não é boa ou necessária, está indo contra algo estabelecido pelo próprio Deus.

É pela graça de Deus que somos chamados a viver essa comunhão em comunidades imperfeitas. Comunidades formadas pessoas com defeitos não tira a responsabilidade de sermos igreja, e nem deve ser uma desculpa para não nos envolvermos; pelo contrário, é motivador que um grupo de pessoas cheias de falhas tenha a oportunidade de servir a Deus e uns aos outros. Se a igreja fosse formada por “pessoas perfeitas”, nenhum de nós teríamos espaço nela.

A responsabilidade de edificar o corpo não é somente dos líderes

Estes devem equipar e ensinar os santos, mas a edificação do corpo é responsabilidade de todos (Efésios 4:1-13). Cada pessoa possui um dom e propósito específicos, não havendo um dom melhor que o outro. Todos os membros do corpo têm responsabilidades uns para com os outros e com o Senhor e são importantes para que o corpo viva de forma saudável.

A pergunta que fica para nós aqui é a seguinte: como viver de uma forma que edifique o corpo? A respostas é, sendo humildes e pacientes, apoiando e servindo uns aos outros em amor. A unidade é gerada à medida que isso é feito. Servir o corpo tem um custo. Isso pode exigir recursos, tempo, que compartilhemos o que temos, até mesmo gerar cicatrizes em nós. Fazer parte do corpo exige morrer para nós mesmos. Mas este custo tem uma recompensa.

Experimentamos as recompensas do corpo nos dias de hoje, a medida que somos encorajados uns pelos outros, nos ajudamos nas necessidades e nos amamos como família. Porém, lembre-se que existe uma recompensa eterna. Um dia, os santos serão glorificados e se unirão a Cristo, por toda a eternidade.

Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros,
mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. 1 Coríntios 12:12-14

 

Texto originalmente postado em 11 de nov de 2020

Quando cito a Igreja aqui, são os cristãos em todas as épocas e lugares da terra, chamados à salvação para adorar o Redentor. Esse é o objetivo final de toda a Igreja ao redor dos quatro cantos da terra.

Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. Romanos 12.1

Em Apocalipse 21, vemos a imagem da Igreja gloriosa que estará com o Senhor para sempre. O tabernáculo de Deus estará entre os homens, ou seja, o próprio Deus habitará em nosso meio. Hoje, somos chamados a viver um estilo de vida de adoração, como acontece no céu, pois assim viveremos por toda a eternidade.

Sobre a adoração na Igreja

A adoração é um dos costumes eclesiásticos mais importantes que vemos na construção e no estabelecimento da Igreja. Na época da Reforma Protestante, os hinos atuavam como veículos de propagação do Evangelho. Martinho Lutero deu a centralidade ao ensino da Palavra, mas valorizou a adoração em forma de música como ferramenta de instrução e edificação da Igreja. Nós somos, por definição, os verdadeiros adoradores que o Pai busca.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4:23,24

Nossas emoções são parte da nossa adoração, mas elas por si só não são suficientes; elas precisam estar conectadas e em concordância com a Verdade que liberta e transforma. O sacrifício de Cristo demanda uma resposta de adoração diária dos nossos corações. Podemos adorar tendo os olhos espirituais abertos, mas precisamos estar conectados com a Palavra diariamente (Cl 3:16).

Nossa responsabilidade é oferecer sacrifícios espirituais a Deus, pois somos sacerdócio real (1 Pe 2:9). O sacrifício de louvor de nossos lábios é o ponto alto de nossos sacrifícios espirituais.

A postura do coração adorador

Paulo chama a atenção para a postura de coração esperada de todo aquele que está em Cristo: apresentar-se como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele (Rm 12:1), por causa das Suas eternas misericórdias.

Deus chama o ajuntamento dos santos de ekklesia. Toda vez que Deus chamava o povo para se reunir para orar e adorar, ali estava a ekklesia. Portanto, não há como ser Igreja separados, assim como não há como a adoração corporativa acontecer por meios virtuais. As transmissões são ferramentas para que o povo receba a Palavra, mas não substituem o ajuntamento dos santos.

A aliança que temos em Cristo faz com que possamos nos achegar ao trono da graça e isso não fazemos de forma individual, mas em família (Hb 10:22-23). Existe poder na confissão dos santos reunidos.

Como estimular uns aos outros a amar e fazer boas ações?

Encorajando uns aos outros, por meio da adoração. A adoração do nosso irmão pode servir de ânimo e força, apontando para Aquele que nos dá esperança.

Qual a importância da música para o culto? A música é essencialmente a única coisa que fazemos juntos coletivamente e que faz sentido. Quando cantamos, nos unimos em um só coração e um só espírito, entoamos em uma só voz as verdades sobre quem Deus é. Porém, a música por si só não é adoração, mas ela é o veículo pelo qual nós adoramos a Deus. A adoração vem de um coração que experimentou as infinitas misericórdias do Senhor, e aquilo que flui de cada coração é único.

A ekklesia que adora usa a música como veículo corporativo para que sacrifícios de adoração fluam para o Senhor. Essa adoração tem um efeito vertical, que é tocar o coração de Deus, e horizontal, que é fortalecer a Igreja, o corpo de Cristo.

Leia mais textos sobre ekklesia clicando aqui.

 

Texto originalmente postado em 9 de nov de 2020

No antigo testamento Deus estabeleceu para o povo de Israel, que eles oferecessem sacrifício a fim de que obtivessem perdão dos pecados ou em sinal de gratidão. Mas através dessa prática, também vemos o desejo do coração de Deus em manter um relacionamento íntimo, uma cultura de intimidade com seu povo. Dessa forma, uma das funções do altar era ser o lugar onde eram oferecidos os sacrifícios e as ofertas voluntárias. De uma forma simples, eles eram separados em: Holocaustos, Manjares, Ofertas Pacíficas, Oferta pelo Pecado, Oferta pela Culpa (Levítico 7:37-38).

No entanto, vemos que Deus é quem provê o fogo para esse altar, mas agora nossa responsabilidade é mantê-lo aceso continuamente. Como vemos neste versículo, o sacerdote todos os dias pela manhã tinha o encargo de providenciar lenha para que o fogo permanecesse queimando. Em nosso tempo não é diferente. Além do mais, Deus está em busca dos sacerdotes dessa geração que vão estabelecer uma cultura de intimidade em suas vidas, de forma que seus corações apaixonados jamais se apagarão.

“O fogo permanecerá aceso sobre o altar; não poderá ser apagado. Ali o sacerdote acenderá lenha todos os dias pela manhã, arrumará o holocausto sobre ele e queimará a gordura das ofertas pacíficas. Levítico 6:12

 

O que significa “o fogo arderá continuamente sobre o altar”?

Na Lei do Holocausto dada por Deus aos sacerdotes levíticos, o fogo do altar arderia ininterruptamente. Logo, tal ação servia como um lembrete da presença contínua de Deus e da necessidade do povo de uma expiação contínua.

Talvez, caro leitor, a pergunta que passe pela sua mente seja a seguinte: Por que, então, não oferecemos mais sacrifícios de animais? Os sacrifícios de animais terminaram porque Jesus Cristo foi o sacrifício final e perfeito. Por isso, não há e nunca haverá necessidade de um outro cordeiro. Assim, hoje temos acesso direto a esse lugar de intimidade com Deus graças a Jesus que abriu o caminho e nos convida ao lugar de relacionamento todos os dias.

Paulo em suas cartas nos adverte dizendo “não apagueis o Espírito (1Ts 5.19)”. Após a morte de Jesus, já não era necessário sacrifícios para manter a chama acesa ou termos acesso a presença do Eterno. Além do mais, com a nova aliança nos tornamos o santuário do Espírito Santo sua habitação (1 Cor.6:19).

A pergunta é: Como manter essa chama acesa já que somos esse altar? Ou então, como estabelecer uma cultura de intimidade? A palavra cultura deriva de duas palavras: “cultivo” e “culto”. Tudo o que continuamos “cultivando” e “adorando” ao longo dos anos estabelece UMA CULTURA. Temos que estabelecer hábitos para que mantenhamos a chama acesa. Pequenas atitudes diárias constroem uma cultura.

 

Não apague o fogo!

Portanto, temos a responsabilidade de manter a chama acesa dia e noite, zelando por uma cultura de intimidade. Se trata de permanecer em um relacionamento profundo com a pessoa do Espírito Santo e Ele espera muito mais do que intensidade, Ele deseja constância.

Ademais, Paulo nos incentiva a sermos fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm. 12:11). A esse respeito João Calvino também comenta:

Por que, pois, diria alguém, Paulo nos exorta a continuar este fervor? Eis minha resposta: embora este zelo seja divino, estes deveres são destinados aos crentes a fim de que destruam sua indiferença e fomentem aquela chama que Deus lhes acendeu. Pois, geralmente, sucede que, ou abafamos, ou mesmo extinguimos o Espírito em razão de nossas próprias mazelas”.

Não apagueis o Espírito é a ordem de Deus!

 

Como manter a chama acesa?

Sendo assim, necessitamos encontrar ferramentas que nos ajudem a manter o altar de intimidade com Deus. E então, desenvolver nosso próprio ritmo. Não corra a maratona de outra pessoa, desfrute da estrada, e dê o primeiro passo! Você deve encontrar prazer em sua vida de intimidade com Deus, se quiser mantê-la ao longo do tempo.

Deus nos convida hoje a permanecer nesse lugar de intimidade, a sermos esses sacerdotes que cultivam uma vida que queima pela sua presença, que ama se relacionar com ele, e o busca constantemente. Faça de Salmos 51:17 um “pontapé” para começarmos a estabelecer uma cultura de intimidade, deixar a chama acesa diariamente.

“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.”

Salmos 51:17 NVI

 

Alguns pontos práticos para permanecer com a chama acesa:

  • Ore diariamente: Todos os dias.
  • Jejue semanalmente: Enfraquece a carne e fortalece o espírito.
  • Tenha pontos de intercessão: Parceiro de Deus, o que está em seu coração?
  • Adore o tempo todo: De acordo com sua natureza e essência.
  • Estude a Palavra: O homem não viverá só de pão, mas da Palavra que sai da boca dele.

 

Jeferson Duarte Leal – Aluno do Fascinação Turma 19

Meditando sobre a igreja de Éfeso em Apocalipse 2, podemos refletir sobre a figura de um casamento que chega a um triste fim como o divórcio. Afinal, o que faz um casal chegar ao divórcio não é uma perda repentina do amor (mesmo que para alguns pareça que seja). Mas sim, um amor que se desvanece aos poucos.

É como uma pequena embarcação que tem sua rota mudada apenas alguns milímetros para o lado. No final, ela acaba chegando totalmente perdida do destino que deveria estar. Logo, é necessário escolher amar diariamente. Pois, afinal, são as pequenas coisas que fazem com que um casal se afaste e o amor se perca. Dessa forma, o resultado pode ser o rompimento do relacionamento.

“Entretanto, tenho contra ti o fato de que abandonaste o teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras. Porquanto, se não te arrependeres, em breve virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2:4-5)

 

Uma decisão

Seguindo essa analogia, aquela decisão de se esforçar para amar e ser amado do começo do relacionamento pode acabar sendo engolida. O passar dos anos, as rotinas, distrações, filhos, contas a pagar, trabalho e tantas outras coisas boas e ruins. Portanto, essas coisas fazem dois corações que um dia se encontraram, se perderem um do outro. Mas aonde queremos chegar com essa reflexão? Se pararmos para pensar, nosso relacionamento com o Senhor é exatamente assim! Além do mais, Ele nos chama e nos lançamos Nele (primeiro amor), mas é necessário cuidado, zelo e cultivo desse amor, pois o nosso coração é enganoso e dia após dia. Portanto, muitas vezes com pequenas escolhas, pequenos ídolos ou outras prioridades, podemos nos perder Dele.

 

O que é amar?

Amar é e sempre será uma escolha. Ele escolheu nos amar e ao recebermos essa revelação  escolhemos amar a Ele de volta ou escolhemos viver longe dele. Todavia, independente da escolha, ela acontece de forma gradativa. Pois amar é uma construção! Logo, a partir do momento que temos uma revelação do amor de Deus, nos dedicamos a conhecer mais desse amor e dessa revelação. Fazemos isso gastando mais horas do dia orando, buscando por mais do Senhor, queimando pela sua palavra, adorando sua majestade ou simplesmente desfrutando desse amor que encontramos. À medida que amadurecemos, Deus nos chama a parcerias com Ele, muitas vezes por meio de atividades e ações, que envolvem os planos do Seu reino.

Assim, nos tornamos obedientes e temos prazer em aprender da sua lei e praticá-la. No entanto, todas as nossas movimentações precisam ser diligentes no que diz respeito a manter o lugar do cultivo do amor diário, pois isso ainda está sendo construído dentro de nós. E, aos poucos, se isso não for mantido, podemos cair no erro de movimentar coisas (até mesmo grandiosas no reino) vazias de amor. O amor cresce aos poucos, mas cuidado: aos poucos ele também se vai!

 

Em que ponto caímos?

É neste contexto que a igreja de Éfeso se encontrava quando João escreve esta carta: uma igreja marcada por relatos da sua fé, perseverança e boas obras. A igreja de Éfeso se encontrava em uma queda gradativa do lugar de amor dos primeiros dias que lhes foi revelado. No capítulo 2 de apocalipse, são tecidos vários elogios para essa igreja que, mesmo depois de cerca de quarenta anos de sua fundação, seguia com boas obras e perseverantes na fé.

Mas existia um pecado que estava colocando tudo aquilo que foi elogiado ao chão: o tempo passara e eles acabaram transmitindo à nova geração da igreja apenas o trabalho, a fé e a perseverança, mas sem o primeiro amor que os havia encontrado. A cada serviço prestado à igreja é natural desenvolvermos habilidades para executá-lo com cada vez mais facilidade e isso pode nos conduzir para um lugar de “costume”, um lugar ritualístico onde fazemos as coisas no automático e, por vezes, acabamos perdendo o sentido do por que estamos fazendo.

Perseverar em meio a perseguições e adversidades é difícil, cansativo, doloroso e até mesmo exaustivo. Persevera-se em fé, mas ela não está ao todo ligada ao amor, pois podemos crer sem necessariamente estar intimamente ligados em amor ao Deus que cremos. No entanto, à medida que os sofrimentos aumentam essa fé se torna frágil caso não esteja firmada em um amor profundo e acaba não resistindo na caminhada. Além disso, como Paulo fala para a igreja de Corinto: o único que permanece para sempre é o amor.

 

Como manter o primeiro amor em chamas?

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria (…) O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:1,2,4-7)

 

Em 1 Coríntios 13 Paulo menciona que o amor nunca morre, ou nunca acaba. Quando pensamos neste amor, pensamos em um amor profundo, forte e verdadeiro que é o do Senhor por nós. No entanto, como podemos ver em Éfeso, um descuido pode nos fazer deixar o amor ir gradativamente se acabando, se enfraquecendo, acostumado com um nível raso até que desaparece sem que se perceba. Mas as escolhas diárias nos direcionam ou para um lugar de amor mais profundo, ou para o apagar da chama. Podemos escolher colocarmos o Senhor como prioridade em nossos dias e escolhermos a boa parte, mas todas as escolhas exigem certas renúncias. Será que estamos dispostos a renunciarmos outras coisas em prol de mantermos essa chama acesa?

Nós temos um mandamento muito claro e específico: ‘’Amar o Senhor teu Deus sobre TODAS as coisas.’’ (Lucas 10:27). Se TODAS as coisas tomam o tempo e o lugar Dele, estamos desobedecendo um mandamento, estamos abandonando um amor, deixando de lado uma prioridade. Em resumo: PECAMOS! Por este motivo o versículo 5 do capítulo 2 de apocalipse solicita que a igreja de Éfeso se arrependa, se LEMBRE de onde caiu e VOLTE ao amor das primeiras obras. Volte a fazer tudo com amor, volte a perseverar nisso, volte a AMAR de todo coração, alma e entendimento.

 

 

Lembre-se do primeiro amor

A chave de tudo está nisso: ‘’Lembre-se de onde caiu’’. Lembre-se do amor!

A igreja de Éfeso estava caminhando como igreja, mas seu amor desaparecia a cada dia que passava. Assim, dia após dia tudo se tornava um costume ao invés de uma devoção. E Deus adverte que se eles não mudassem seu percurso logo já não seriam igreja do Senhor. Ele removeria seu candelabro, pois afinal de contas, para que serve um candelabro se ele está apagado, não é mesmo?

Por isso “lembre-se disso, Éfeso” reacenda a chama dos primeiros dias, gaste tempo queimando novamente e em TUDO que fizer lembre-se do amor. Na nossa caminhada não é diferente, nos distraímos tão facilmente, nos acostumamos tão facilmente e nos deixamos apagar tão facilmente. Que possamos renunciar aquilo que nos afasta do Senhor, trazendo à memória o que traz esperança e nos lembrando de quem é o amor que incendeia nossos corações. Por este motivo, nossa busca é sermos selados num amor que é como o fogo. Aquele que águas não podem apagar nem afogar, e queimar até sermos achados enfermos de amor por Ele.

Nossa oração é por um amor que permanece e que não se esquece dos primeiros dias, não deixa o primeiro mandamento sair do primeiro lugar e não coloca outros amores como prioridade em seu lugar. Que por toda nossa vida peçamos, busquemos, desejemos e ansiamos apenas uma coisa: amar ao Senhor de todo o coração!

 

Luana Mathia – Aluna do Fascinação Turma 19

 

No Intensivo Fascinação, nossos alunos têm a oportunidade de compartilhar suas meditações na “track de proclamadores” como uma forma de se desenvolverem no estudo e na interpretação da Palavra. Leia mais outros textos dos nossos alunos:

Rendição: uma resposta de adoração e louvor

O altar que estamos construindo

 

 

A persistência no lugar secreto. Não faz parte de quem somos produzir coisas que não gere resultados, e ficamos muito impacientes quando estes tardam. Não gostamos de nada que demore para acontecer e é por isso que amamos fast foods; acredito que em nossa mente já criamos várias vezes um fast clean, fast hair, fast vet, e tantos fast quanto pudermos imaginar.

Geralmente preferimos empréstimos e financiamentos do que planejar nossa vida financeira e nos habituarmos a investimentos, ações que exigem disciplina, planejamento e tempo, que é uso demasiado de nossa paciência.

Por isso somos conhecidos como a geração micro-ondas. Faz todo sentido, quando se trata da realidade de querermos que em instantes tudo fique pronto. Em ligações telefônicas em empresas é bem comum uma única resposta quando é feita a pergunta: “qual é o prazo?”, ou “para quando seria?”. Temos a resposta na ponta da língua: “para ontem!”

Permanecendo no lugar de oração

Olhando para tudo isso, me lembro de uma parábola ensinada por Jesus, a respeito de uma mulher que foi um exemplo de persistência que insistia todos os dias para que um juiz julgasse sua causa. E por algum tempo ele não quis atende-la, mas depois disse consigo: “Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia como esta viúva me importuna tanto, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune mais”. Esse texto ilustra a importância de não desistirmos tão facilmente, ou pelo menos não até recebermos o que temos buscado. O interessante é a forma como essa parábola termina: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”  – Lucas 18:8.

Sabe, o que Jesus está querendo ensinar desde o início desse texto é que se nós estivermos dispostos a permanecer no lugar de oração, com certeza obteremos a resposta, ainda que demore. E sim, muitas vezes vai demorar, mas devemos continuar e se ainda não vermos nada, então precisamos voltar lá e insistir um pouco mais. Isso além de gerar fé, aprofundará nosso relacionamento com Ele; afinal, é muito mais fácil conhecermos uma pessoa a nível mais profundo quando falamos com ela todos os dias.

 

Amigos de Deus

Deus ama ter amigos, Ele simplesmente ama pessoas “de graça” (eu ouvi isso de uma amiga esses dias, e é coerente sabendo que não se trata dos nossos acertos ou erros). Ele simplesmente nos ama sem que tenhamos dado motivo algum para isso. Quando entramos em nosso quarto e fechamos a porta, Deus já está lá, Ele espera por nós no lugar secreto.

E à medida que confiamos a Ele os nossos segredos, Ele confia a nós os Seus. Por quê? Porque Ele gosta de relacionamentos, mesmo sendo pleno Nele mesmo. Isso é quase inacreditável, eu sei, mas ouse experimentar e você não será mais o mesmo. Muito mais do que você gosta de orar, Deus gosta de responder.

Se você orou uma vez, duas ou três e não aconteceu o que você queria, não significa que você não foi ouvido. Significa apenas que Ele quer que você volte até que seja respondido. E desse lugar de persistência surge uma amizade com o Criador do universo, simplesmente porque você decidiu romper a barreira da resposta rápida. A base do Éden era o relacionamento de Deus com o homem, Ele nunca falhou em estar lá, mesmo quando Adão e Eva falharam.

Mas quem voltará ao jardim? Ou quem permanecerá nele? Haverá fé na terra? Que sejamos nós a resposta à pergunta de Jesus. Sim, haverá fé, seremos aqueles que voltarão ao jardim vez após vez, sabendo que não se trata de uma simples resposta, mas de um relacionamento. Temos um Pai e Ele nos vê, nesse lugar nenhuma oração é esquecida ou perdida. E para aqueles que buscam no lugar secreto, esses tem a promessa de serem recompensados publicamente. Ele nos revelou o segredo e a chave que abre muitas portas: se chama persistência; é contra cultural, mas vale a pena.

A perda do “primeiro amor” é uma situação em que muitos cristãos se deparam diante da sua jornada. Por muitas vezes, a falta de compreensão sobre alguns pontos referentes ao nosso coração faz com que venhamos a reagir de forma equivocada perante a esta questão. Talvez, a pergunta mais gritante desta exortação do Senhor se trata sobre “o que é o primeiro amor?” – em conjunto a isso, vemos mais questionamentos nascendo ao meditarmos, afinal, primeiro amor é o amor que temos quando nos convertemos? Por que eu o perdi? E no final chegamos à pergunta que se relaciona com a ordem de Cristo: “como voltar ao primeiro amor?”. 

 

“Tenho contra ti, porém, o fato de que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta às obras que praticavas no princípio. Se não te arrependeres, logo virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2:4-5)

 

Uma exortação de Cristo

No final do primeiro século, João escreve as Revelações que recebera quando exilado na Ilha de Patmos durante o governo de Domiciano. Então, ele escreve às 7 igrejas da Ásia menor sob a ordem de Cristo, sendo a primeira carta para a Igreja de Éfeso. Esta cidade foi uma cidade em que o Evangelho cresceu de forma exponencial. Além disso, Paulo foi responsável pela fundação e pela manutenção da comunidade, descrita no livro de Atos (Atos 19).

Contudo, sabemos que o próprio João também foi Bispo desta igreja. A cidade era a mais importante da província romana da Ásia, nela havia o templo de Diana e também havia se tornado o centro bancário mais rico. Devido a estes fatores, os efésios eram independentes. Porém, Paulo, quando escreve a carta a esta Igreja, por volta de 60 d.C., ele afirma que era conhecido por ele a fé que havia entre os membros e também o amor para com os santos. (Ef 1:15).

Assim, quando olhamos para a exortação de Cristo a Éfeso percebemos pontos a seres ressaltados, tais como: Deus sabia tudo o que eles faziam. Eles foram críticos demais em relação a pseudoapóstolos. Eles haviam sofrido por conta de Jesus, mas, eles abandonaram o primeiro amor e era necessário que tomassem alguma atitude, e assim, voltar ao primeiro amor.

 

O que é o primeiro amor?

O primeiro amor não é de caráter temporal, ou seja, o amor que havia no início da minha conversão. É, portanto, o quanto que Cristo ocupa na minha vida. João discorre muito sobre este assunto em suas cartas. Em sua primeira epístola, ele nos apresenta que Deus é amor (1Jo 4:8) e que “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.” (1Jo 4:19). Sendo assim, o primeiro amor é a resposta do nosso coração ao amor que nos amou primeiro.

Em Confissões, Agostinho admite que Deus havia ferido o seu coração com sua Palavra, e então ele amou ao Senhor, mas na continuação de seu livro (Livro X), ele indaga: “o que eu amo quando te amo?” – Esta pergunta nos leva a questão sobre o porquê acabamos partindo para um lugar onde perdemos este amor.

 

Por que o perdemos?

Calvino nos diz que “o coração do homem é uma fábrica de ídolos”. Assim, durante a história percebemos que o povo de Israel, chamado para serem construtores de altares a YHWH, passam a ter olhos para deuses falsos e assim, começam a erguer altares em devoção a eles. Isso demonstra como nosso coração SEMPRE ADORA ALGO. Logo, perdemos o primeiro amor porque começamos a nos saciarmos com outras coisas, porque nossos olhos começam a ser fascinados com algo que não é o Senhor e Idolatria é justamente isso. Além disso, é buscar em outro lugar algo que apenas Deus pode ser.

 

O homem está em constante amor a algo

Então, voltando ao questionamento que Agostinho havia feito (o que amo quando te amo?), isto nos alerta sobre a imagem que nós temos de Deus. Levando no contexto geral, Deus fez o homem para si, o pecado o cegou e agora o homem busca preencher esta lacuna. Logo, é assim que nasce a adoração a outros deuses e a adoração da imagem do Senhor de forma deturpada.

Portanto, o homem está sempre construindo altares e está em constante amor a algo. Sendo assim, quando estamos destituídos da imagem clara do Senhor, acabamos nos movendo através do que há em nosso coração pecaminoso. Quantas vezes amamos a um deus ao qual nós criamos? Quantas vezes servimos e adoramos a um deus ao qual está muito mais próximo da nossa personalidade do que do Deus verdadeiro? Um deus criado à minha imagem e semelhança? 

 

Somos feitos por Ele e para Ele

O coração da Igreja de Éfeso havia sido corrompido e perdido este lugar de completude e satisfação, pois se Cristo não estava em primeiro lugar, algo estava ocupando esta posição. Este lugar é o da perda do primeiro amor. O próprio Agostinho nos fala que “fizeste-nos para Ti e nosso coração só encontrará repouso se estiver em Ti”. Ou seja, só viveremos esta verdade ao voltar ao primeiro amor e se o primeiro amor do nosso coração for o Senhor. 

Éfeso operava boas obras, mas o coração estava distante, por isso, após comunicar o problema da igreja, Jesus continua a exortação para que eles lembrassem de onde haviam caído e se arrependessem. A perda do primeiro amor não é apenas uma situação, mas um pecado. Como falado anteriormente, a perda do primeiro amor se dá por conta da idolatria em nosso coração. Como F.F. Bruce diz: “nem as obras e a sã doutrina podem tomar o lugar do amor na comunidade cristã.”

O questionamento a ser respondido aqui é: se não estamos amando a Deus, o que estamos amando em seu lugar?

Voltando ao primeiro amor

Devemos voltar ao primeiro amor, isto é, voltar ao lugar em que somos fascinados e satisfeitos pela Beleza de Cristo. É o lugar onde não somos definidos que fizemos ou pelo que apresentamos em nossas mãos, mas somos definidos na pessoa de Cristo. É o lugar de “uma só coisa” (Sl 27:4). 

Voltar ao primeiro amor configura-se no primeiro mandamento, expresso por toda a história de Israel: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, toda alma e de todo seu entendimento (Mc 12:30). É a partir deste lugar que nossas mãos devem fluir.

Basicamente, Jesus já nos demonstra o que devemos fazer. Relembrar em que lugar caímos e nos arrepender, Jesus não está condenando o feitio das obras, mas aonde está o coração, por isso, precisamos nutrir o nosso coração em um lugar de intensidade e devoção ao Senhor.

 

3 ferramentas para cultivar o primeiro amor 

Oração – lugar de intimidade e relacionamento com o Senhor. Momento em que nos colocamos diante do Senhor a fim de que Ele venha a nos moldar e mudar para que a cada passo venhamos a nos tornar mais semelhantes a Ele. 

Leitura da Palavra – É através da sua Palavra que conhecemos este Deus ao qual nos relacionamos. Jesus nos convida a amar a Deus com todo entendimento. Isso parte de um lugar da revelação da Palavra do Senhor. É nos 31.000 versos, 66 livros que conhecemos ao Deus Criador, que há 2 mil anos atrás invadiu a história como um bebê indefeso, sofreu, morreu, ressuscitou, voltará para Reinar e encontrará a sua Noiva num lugar de Primeiro Amor. 

Jejum – Expressando a saudades do Noivo! Mostrando que nós vivemos para algo acima dos nossos prazeres. 

O primeiro amor precisa ser regado na vida cristã ordinária. Assim como nos altares levantados, era necessário que os sacerdotes mantivessem o fogo aceso (Lv 6:12-13). Era preciso que eles cuidassem daquele lugar para que a chama não se apagasse – precisamos nutrir o primeiro amor neste lugar com uma vida de beleza e fascínio ao Senhor. Compreender que Cristo é o nosso bem supremo é uma chave essencial para voltarmos a lugar que Éfeso havia caído. 

 

Guilherme Henrique Joanella – Aluno Fascinação Turma 18

 

Meditando no Salmo 141:2,  a frase que veio ao meu coração foi essa “o altar que estou construindo aponta para o Deus que Sirvo”:

“Que a minha oração suba como incenso a tua presença, e o levantar das minhas mãos seja como sacrifício da tarde” (Salmos 141:2)

 

No contexto em que vivemos hoje, podemos observar diversos estilos de vida. Além disso, cada um aponta para a maneira que faremos nossas escolhas e tomaremos as nossas decisões. Logo, ao ler este verso imagino que Davi estivesse pensando em um altar, pois nele apresentava orações e sacrifícios. Afinal, o altar é um lugar onde o sacrifico era elevado, ou seja, se tornava evidente, visível e distinto ao Senhor. Portanto, de muitos pontos que podemos observar neste texto, considero dois indispensáveis. 

 

Todos nós estamos construindo um altar

O primeiro é que todos nós estamos construindo um altar, e isso não se trata apenas de uma escolha, mas sim o reflexo daquilo que vivemos. Quando falamos sobre o estilo de vida de uma pessoa, nos referimos ao altar que ela está construindo. Ou seja, a partir deste estilo de vida e altar, se tornará evidente ao Senhor suas prioridades, seus amores e quem de fato é o deus que o altar serve. 

 

O que estamos colocando no altar

O segundo ponto fala a respeito do que estamos colocando sobre o altar da nossa vida e a forma que o estamos construindo. O fato é que a minha oração é reflexo daquilo que vivo e a minha resposta à oração é reflexo do deus que sirvo. Diante disso, somente uma conclusão é possível tomar forma: todos nós somos construtores de altar. Por esta razão, construir não se trata de querer ou não, mas sim o que nossa vida tem construído. Portanto, como vivemos importa, e assim, viver será a matéria prima para construir o altar. E por conseguinte, responder aos fatos da vida desenhará a planta de nossa construção e a soma disso trará forma ao altar construído.

 

A vida de Davi era um altar de devoção sincera ao Senhor

O salmo 141 foi escrito por Davi, este salmo traz um lamento pessoal de Davi que mostra uma oração sincera para que Deus o proteja contra toda falta de sinceridade e transigência entre tais perigos, fala a respeito de uma proteção em sua boca e lábios e para que a justiça de Deus seja feita contra os injustos, Davi ainda afirma que seus olhos permaneceram no Senhor, pois sua confiança Nele está. 

Observando com atenção o versículo 2, percebemos que Davi cita elementos que apontam para a sala do trono onde o incenso gerado através das orações são levados até aos céus e depositado nas taças diante de Deus (Ap 5:8).

 

Abraão foi um construtor de altar

A Bíblia é clara em diversos momentos ao falar sobre orações, altar e oferta diante do Senhor, porém olhando para o ponto que se refere a construção de altar, temos um homem que foi considerado amigo de Deus, o pai da fé, aquele a quem Deus disse que não esconderia o que faz (Gn 18:17) este homem é Abraão, vemos sua vida como alguém que construiu altares diante do Senhor em vários momentos, perceba comigo e observe como ele escolher viver. 

  • Chega a Canaã (Siquém) e constrói um Altar “Atravessou Abraão a terra até Siquem, até ao Carvalho de Moré… Apareceu o Senhor a Abraão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abraão um Altar ao Senhor.” (Gênesis 12:6-7)

 

  • Vai a Betel, constrói um Altar ali “Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; Ali edificou Abraão um Altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor.” (Gênesis 12:8

 

  • Problemas com Ló: vai ao Altar que ele havia levantado, invoca ao Senhor a situação se resolve: “Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até o lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até o lugar do Altar, que outrora tinha feito, e alí Abraão invocou o nome do Senhor.” (Gênesis 13:3-4

 

  • Vai para os Carvalhos de Manre e constrói um Altar ali. “E Abraão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um Altar ao Senhor.” (Gênesis 13:18

 

Construindo um altar diante do Senhor

Então, depois de mais de 10 anos entre o ultimo altar construído até Gênesis 22, Deus pede para que Abraão sacrifique seu filho Isaque e o entregue a Deus. E assim, Abraão como um bom amigo de Deus, prepara a lenha pega seu filho e sobe ao monte para sacrificá-lo. Portanto, quando Abraão prepara o altar e coloca seu filho sobre ele, pronto para entregar ao Senhor, Deus provê um cordeiro, pois ali o Senhor viu o coração de Abraão. Neste momento Abraão volta a fazer o que foi criado para ser, um construtor de altar diante do Senhor. 

Neste momento Abraão é atraído de volta a sua essência e entende que construir altar, passou de uma escolha para um consequência de como vive sua vida, ele não deixou de amar o Senhor, mas deixou de fazer aquilo que foi chamado para fazer e Deus em sua infinita misericórdia trouxe-o de volta ao foco.

 

Josué foi um construtor de altar

Além de Abraão, temos o exemplo de Josué que constrói dois altares para o Senhor. Primeiramente, ele constrói um altar no meio do rio Jordão durante a travessia. Depois, ao atravessar o rio ele constrói outro altar ao Senhor como memorial deste dia onde Deus fez com que o povo atravessasse o rio com vida. 

Naquela época o altar era construído com pedras e para representar as 12 tribos de Israel cada altar era composto de 12 pedras. Desta forma, o que nos chama atenção neste trecho é que primeiro Josué constrói um altar dentro do rio, o qual ele construiu sem a ajuda de seus companheiros. Esse altar ficou no fundo do rio após eles terem passado.

Logo, somente após atravessar é que Josué constrói o outro altar onde todos veem e com a ajuda de seus companheiros. Mas o que ninguém sabia é que antes de fazer o altar sob a vista de muitos, Josué já havia construído um altar somente diante do Senhor sem que ninguém o visse. A conclusão que chego partindo deste ponto é que, construir altar não se refere ao que as pessoas verão apenas, mas primariamente ao altar interno que construo na audiência de um, fazendo conforme a orientação dada por Jesus em Mateus 6:6.

 

Construir um altar está relacionado com a maneira que vivemos

Diante de tantos exemplos que temos na Bíblia, mencionamos dois deles e podemos ver que construir altar está associado com a maneira que vivemos. No contexto que vivemos, o tempo parece cada vez menor. Mas a verdade é que se não formos zelosos em construir um altar com nossas vidas diante do Senhor, o tempo passará.

E assim, o resultado daquilo que construímos enquanto caminhamos será apenas a revelação de que tipo de deus tem governado nosso coração. E além disso, qual senhor nós estamos servindo. Construir altar é um resultado daquilo que fazemos diariamente e do que temos como prioridade em nossas vidas.

 

Um altar para elevar as orações e sacrifícios

Em Salmos 141:2, Davi estava procurando um altar para elevar suas orações e sacrifícios diante do Senhor. Assim, em meio a sua aflição clamou e ofertou no altar aquilo que lhe coube entregar. E portanto, ele deixa evidente que internamente o Deus verdadeiro governava seu coração, pois também os seus olhos estavam no Senhor.

Além disso,  o levantar das suas mãos era em gratidão e certeza de que Deus estava ouvindo. O altar interno já estava construído até que externamente todos vissem suas mãos levantadas diante da majestade de Deus.

 

A maneira como vivemos importa

Dessa forma, é possível concluir que a maneira como vivo é extremamente importante, pois viver é construir um altar para o Senhor, nossas atitudes e reações diante de circunstâncias desfavoráveis revelam o quem tem sido prioridade em nosso coração. De fato, construir um altar não é uma tarefa fácil, mas o verdadeiro sucesso de uma construção só é visto ao fim dela.

Portanto, o altar que minha vida está construindo deve revelar o Deus soberano sobre todas as coisas, que recebe as orações como incenso e as mãos levantas como uma oferta de gratidão, pois Deus é digno de que vivamos uma vida justa e reta diante dele. Além do mais, nossa vida é a construção de um altar e esse altar aponta para o deus que meu coração tem servido.

 

Fabio Henrique Gonçalves dos Santos – Aluno Fascinação Turma 18