Fhop Blog

Parceiros na jornada

Não categorizado

É só pensar em amizade que algumas pessoas já vêm a sua cabeça, não é mesmo?! Mas afinal, como você pode ver quem é um verdadeiro amigo? Ou como diferenciar um colega de um amigo? Ao longo dessa jornada tenho descoberto a importância de verdadeiras amizades, aquelas que você pode ser tão vulnerável a ponto de ser escutado e confrontado em amor. Amizades que têm sido construídas com fundamentos verdadeiros, e essas verdades tem me tornado livre e me dado o gás que preciso. Onde o principal foco é uma “troca de impulsões” e mais do que uma boa amizade, tenho encontrado parceiros nessa jornada.

Fui para o dicionário pesquisar o significado de parceria, e segundo ele, parceria é um ajuntamento de indivíduos para alcançar um objetivo comum. Então basicamente, você sabe quem precisa que esteja ao seu lado. Ao olhar para a vida de Davi e Jônatas, ao meu entender, é um dos maiores exemplos de amizade e parceria na bíblia, podemos ver claramente que houve fidelidade e parceria.

“E Jônatas disse a Davi: o Senhor, Deus de Israel, seja testemunha!

Depois que eu sondar meu pai amanhã a estas horas, ou depois de amanhã,

se houver algo favorável para Davi, certamente mandarei te avisar” (1 Sm) 20:12

Jônatas e Davi tornaram a jornada um do outro mais tranquila no sentido de encorajar e impulsionar com força, a viver o seu destino. Na estrada da vida podemos escolher pessoas que estarão conosco nas horas difíceis, como também nas horas de lazer. Desta forma, é importante que cultivem um lugar verdadeiro de confiança, assim terão a certeza de que esse é o “amigo para se guardar do lado esquerdo do peito”. Mas não só queira ter amigos, seja um amigo! Seja aquele que se posicionará a favor de seus amigos e lutará por eles, pois acredita no que Deus depositou sobre suas vidas. Seja aquele que lutará junto suas batalhas e se não puder ir com as mãos, irá com os joelhos. E também, não se esqueça de vibrar com as suas conquistas. Afinal, Deus confiou eles a você e também você a eles.

No versículo 42, quando Jônatas relembra Davi do juramento que foi feito um ao outro em nome do Senhor, que mesmo distante estariam de certa forma “ligados”. Deste modo, ter amigos é também querer que eles vivam a plenitude do chamado em Deus e se for longe, apoie, impulsione e sonhe junto. Tenho certeza que você tem aquele amigo que mesmo longe, permanecem juntos em oração e propósito. Amizades não são baseadas em o quão perto ou longe você está daquele amigo.

Particularmente, eu tenho bons amigos e parceiros nessa jornada. Aqueles que eu sei que estão me impulsionando a viver os meus sonhos e meu ministério em Deus. E sou grato a eles, grato por também se fazerem vulneráveis para que cresçamos e alcancemos cada um a plenitude daquilo que foi chamado. Afinal, o olhar amigo alegra o coração, as boas novas fortalecem até os ossos.

Como você tem construído sua história? Quando olhamos para a história de Jesus, aquele que é Deus conosco e foi enviado para a salvação da humanidade, percebemos que temos um modelo a seguir. Já no começo da vida de Jesus podemos ver em Lucas 2, onde Jesus com 12 anos estava no templo junto a doutores (aqueles que ensinam a respeito das coisas de Deus e dos deveres do homem) escutando-os e questionando-os naquilo que estava sendo dito. E então Jesus crescia em sabedoria (inteligência ampla e completa), estatura (idade; maturidade; tempo de vida) e graça (aquilo que dá alegria; deleite; prazer) diante de Deus, e dos homens. E todos se maravilhavam com as palavras que diziam sobre o menino. Quando olhamos para Hebreus 11 vemos que desde a fundação do mundo, homens e mulheres tem marcado os dias (ou deixado marcas através do tempo) obedecendo e vivendo a plenitude daquilo que eles foram chamados. Podemos olhar para a história de Abraão e ver o quão ousado ele foi em “sair da tua terra, do lugar onde vivem os teus parentes para ir até a terra onde o Senhor o mostraria”. Abraão não guardou aquela promessa em seu caderninho de palavras proféticas, ele agiu. A ordem era clara: deixe o que você tem e vá para o lugar que eu vou te mostrar. E assim fez Abraão, e sabendo de toda a história podemos ver que é possível. Ele é um modelo para que possamos seguir.

“Não, não construa sua casa na areia/ Não, não construa na beira do mar/ Mesmo que pareça chique, é impossível que ela fique. A tempestade a vai derrubar” – É engraçado, mas essa música infantil é tão verdadeira! Onde estamos construindo a nossa história? Se você daqui 10 anos olhar para a sua vida, o que você vai ter construído? Qual é o legado que você vai deixar para essa geração? Construa algo que é eterno. Olhe para Jesus e permaneça olhando, não importa a situação. Permaneça. Apenas permaneça. Construa uma história que você verá os frutos aqui nessa jornada e também na eternidade.

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. E a chuva caiu, os rios se encheram, os ventos sopraram e bateram com força contra aquela casa, contudo ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha” Mt 7:24-25.

Estar alicerçado é estar estabelecido. Quando estabelecido você consegue olhar para a sua caminhada e se lembrar das promessas que o Senhor disse a teu respeito, e perceber que tudo o que Ele tem dito sobre você são verdades. Você foi escolhido para construir algo que é eterno. Você foi chamado para ser uma voz nas esferas da sociedade e assim como Jesus, um modelo para a sua geração. Construa raízes na videira verdadeira e olhe para o futuro sabendo que verá os frutos. Não desista! Permaneça! Porque aquele que é fiel e justo cumprirá toda boa promessa.

 

As coisas nem sempre acontecem como queremos ou idealizamos. Nós até planejamos e somos intencionais em obter determinados resultados, mas não conseguimos controlar algumas variáveis e então, somos surpreendidos com situações que não imaginávamos. Mas apesar de tudo, nossa fé está depositada no fato de que Jesus, o nosso Senhor, esta no controle de tudo. Ele é um grande estrategista!

Pelo fato de estarmos tão perto do natal e também do fim de ano, isso me leva a uma reflexão sobre a pessoa de Jesus, no sentido que Ele é tão sábio, tão cheio de conhecimento e um líder tão bom e que por isso tem a capacidade de conduzir minha vida muito melhor do que eu mesmo.

Olhemos para a bíblia e sobre as diversas histórias que relatam o jeito simples, mas maestral com que Jesus lidou.

Quantas vezes ele dava algumas direções para seus discípulos sobre como se mover nos dons, mas também em como comprar comida ou até como conseguir hospedagem (Mt 10). E quanto a multiplicação? Será mesmo que aquela situação pegou Jesus desprevenido, ou será que de maneira inteligente Ele mostrou Seu poder e ainda aplicou um grande aprendizado aos seus seguidores?! O que pensar sobre as diversas vezes que Ele fez declarações como: “Ainda não é chegado o tempo”, ou até como Ele dizia e fazia coisas para que se cumprisse o que profetas tinham dito anteriormente?!

No livro de João, o autor relata que “era necessário que Jesus passasse por Samaria” (Jo 4:4), vejo assim que Jesus não errou o caminho nem quis fazer outra rota apenas para “sair da rotina”. Ele sabia o que estava fazendo.

Ele esperou 30 anos para iniciar seu ministério. Procrastinação? Estava fugindo do chamado? De maneira nenhuma! Ele sempre soube o que fez! Todas suas ações e palavras eram extremamente conscientes e cheias de sabedoria!

 Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou seu conselheiro? (Rm 8:34)

Querido leitor, digo-vos estas coisas para que a vossa fé cresça nEle! Olhe para Jesus e para o modo como ele viveu. Reflita sobre cada relato de Jesus. Veja como Ele é minucioso e perfeito.

No mundo realmente teremos aflições, e isso é extrema verdade, mas preste atenção e tenha bom ânimo, pois Jesus venceu o mundo! Não caiamos no engano de enxergar as nossas vidas e acharmos que as coisas são por acaso e que estão perdidas. NÃO! Mas em TUDO Ele tem um desfecho que não imaginamos. Em tudo crescemos e em tudo aprendemos. Tenhamos alegria em passarmos por provações… estamos nos desenvolvendo em perseverança.

“Afinal, os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e os vossos caminhos não são os meus caminhos!” (Is 55:8)

Você pode até pensar que algumas situações que enfrentamos são consequência dos nossos erros, e realmente o são, mas eu creio em um Mestre que transforma as cinzas em belezas, e que faz superabundar a graça a partir de um lugar de pecado abundante. Não desanime, não pare, mas creia que há um grande Mestre estrategista, e que se nos submetermos ao Seu senhorio, não seremos mais vítimas da vida mas passaremos a ser parceiros que confiam em Jesus e em Seus planos para nós. As vítimas só consomem, mas os parceiros agregam.

Por fim, que possamos elevar nosso coração e entregar nossa confiança Àquele que tudo sabe, que é a própria sabedoria e que tem todo o poder em Suas mãos.

Mas bendito é o homem cuja confiança está totalmente depositada em Yahweh, cuja fé está no SENHOR. Ele será como uma árvore plantada junto às boas águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Uma árvore que não se afligirá quando chega o calor, porque as suas folhas estão sempre viçosas; não sofre de ansiedade durante o ano da seca nem deixará de dar seu fruto!” (Jr 17:7-8).

Existem muitas coisas dentro de nós, e uma das formas de expressarmos é através de palavras. Temos tantos pensamentos e reflexões a respeito de nós mesmos e do mundo e precisamos externá-los. Contudo, são tantas coisas boas para dizer, mas mesmo assim precisamos de um ROMPER EM GRATIDÃO

Pare e ouça!

Se fôssemos alimentados apenas pelo que ouvimos, o quanto do nosso “cardápio” seria feito de reclamações, críticas, desmotivações e palavras negativas em geral? E se ainda a nossa saúde fosse determinada de acordo com essa “dieta”, qual seria o nosso estado físico? Mas e se eu te disser que nossa saúde realmente é definida, também, pelo que ouvimos? Será que mudaremos as nossas palavras e escolheremos melhor a que dar ouvidos?

Ainda pensando nessa perspectiva de saúde, e confrontando com verdades bíblicas vemos que o próprio Jesus disse que a “boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12:34), já Salomão nos orienta que “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23), ou seja, se falarmos apenas palavras negativas então significa que nosso coração não está guardado e comprometemos a vida que está em nós.

Gosto quando Davi chega ao entendimento, e que mesmo em meio as suas aflições, clama a Deus dizendo “Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor” (Sl 51:15), e se olharmos para o significado original da expressão “Abre os meus lábios…” vemos que se trata de um romper, como um destravar, onde aquilo que estava retido encontra a liberdade. Percebo então, que inclusive o louvor da gratidão se encontra retido por diversas vezes na nossa vida!

Nós somos tão naturalmente atraídos à facilidade de reclamar e criticar. No entanto temos tanta coisa boa para dizer, temos tanto para reconhecer de Deus e do nosso próximo, mas isso se torna quase que um grito sufocado, preso dentro de nós.

Pare e olhe!

Note quanta graça e misericórdia foram estendidas a nós. Perceba como somos diariamente cuidados e direcionados ao caminho da vida por Jesus. Veja como Deus colocou pessoas especiais ao nosso lado, que nos confrontam, que nos amam e que nos “empurram” para o propósito.

Se atente para todas suas conquistas e aprendizados. Enganado é o homem que acredita que suas conquistas são apenas por esforço próprio. Deus se alegra em nos fazer vitoriosos!

Querido leitor, eu não conheço sua vida, e muito menos posso sentir suas aflições e desafios, assim como também você pode não conhecer as minhas, mas acima de tudo, continuamos lutando, firmes e esperançosos, crendo que em Jesus está nossa esperança de Glória!

Por sua misericórdia fomos alcançados e podemos adentrar no reino da luz! Nós recebemos o direito de sermos chamados filhos de Deus!

Por fim, te encorajo a agora mesmo olhar para dentro de si e dar o valor devido a tudo que se merece ser reconhecido. Abra sua boca, fale e viva o ROMPER EM GRATIDÃO!

Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração. (Sl 100:1-5)

Muitas vezes olhamos para a jornada da nossa vida e vemos que temos falhas e fraquezas, e como isso é doloroso. Logo assumimos que por nós mesmos não aguentamos prosseguir. Somos envolvidos pelo medo de fracassar e pelo receio de não conseguir. A cada passo que damos, parece que a esperança é abafada. Olhamos para frente e enxergamos a derrota como nosso destino. Mas então somos SURPREENDIDOS NO CAMINHO!

João conta no seu livro a história de quando Jesus estava ensinando no templo, no momento em que os escribas e os fariseus trouxeram até Ele uma mulher apanhada em adultério, afim de que Ele a condenasse ao apedrejamento, segundo a lei dada por Moisés.

A bíblia não conta, mas imagine comigo quais foram os pensamentos daquela mulher desde o momento em que foi apanhada em adultério até a hora que estava diante de Jesus. Quais seriam os pensamentos durante aquele caminho de acusação? Talvez ela pensou consigo mesma: “eles descobriram minha vergonha”; “eu mereço a punição”; “não há o que fazer, este é o fim”. Tudo isso poderia estar passando em sua mente enquanto, provavelmente, muitos a maldiziam.

João descreve que Jesus, ao ser desafiado e induzido a acusar aquela mulher, se inclina ao chão e escreve na terra, como se não tivesse ouvidos (Jo 8:6). Veja, Jesus não se inclina ao chão para se “rebaixar” ao nível da mulher, até porque a bíblia nos diz no verso três que eles forçaram a mulher a ficar em pé no meio de todos, numa posição de exposição e vergonha. Mas Ele se direciona a terra, onde escrevia com o próprio dedo! Não sabemos o que Ele escreveu na terra, mas o que isso significa para você? Tenho para mim que enquanto aqueles homens acusavam a mulher, Jesus olhava e mexia na terra se lembrando que aquela era a matéria prima de toda humanidade, e penso que Ele se lembrava do momento quando criou aquela mulher com suas próprias mãos, e que para ela escreveu uma linda história.

Enquanto os homens nos acusam pelo que fazemos, Jesus nos ama pelo que somos. Ele mesmo nos criou.

Depois disso Jesus enfrenta a todos que estavam ali, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (Jo 8:7). A partir daí aqueles que estavam condenando a mulher foram saindo um por um, condenados pelas suas próprias consciências, e quando todos saíram Jesus olhou para aquela mulher e perguntou: “Mulher onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”, e a mulher respondeu: “Ninguém Senhor”, então Jesus afirmou sobre ela: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8:10-11).

Isso é lindo! Talvez ela pensasse que aquele era o fim do caminho (até porque ela conhecia a lei), mas ela foi surpreendida ao encontrar a misericórdia, a qual permitiu um novo começo de vida.

Querido leitor, escrevo tudo isso porque desejo intensamente me encontrar todos os dias com esse mesmo Jesus misericordioso, e se isso também move o seu coração então, que possamos unir nossas orações afim de clamar pela verdadeira revelação, que nos fará crescer em entendimento do nosso Deus e assim nos levará a um lugar de maturidade.

E se você se encontra desencorajado, não entendendo o porquê de suas fraquezas ou até mesmo pensando que é o fim, não desista de caminhar em direção a verdade de Deus, pois certamente você será surpreendido pela misericórdia durante o caminho. Essa misericórdia, que é o começo de um sorriso de esperança surgindo entre as lágrimas do aparente fracasso.

Desde o início da minha conversão ao Senhor, por graça e misericórdia Dele, empreendi uma busca incessante em servi-lo, reunindo todas as minhas forças em prol das tarefas ministeriais que Ele me confiara e até em prol daquelas que eu abraçava por vontade própria. Eu usava o serviço como maneira de afirmação e vivia sob a austera e avassaladora sensação de me sentir útil e bem somente quando servia, ao contrário disso, sentia culpa e acusação.

Sob essa mesma ótica “jurídica” avaliava meu irmão, se não servisse na mesma intensidade que eu entendia que eu servia, desferia golpes de desamor por meio de cobranças incoerentes e incompatíveis, ainda que tais golpes não se ouviam e não se viam mas estavam lá, escondidos dentro de mim, e por isso me separavam do outro impedindo-me de amar e consequentemente de ser amado.

O mais trágico é que isso também alcança e influencia nossa perspectiva a respeito do próprio Deus, esse código deformado nos leva a enxergar o Senhor apenas em sua essência servil, que quando não se manifesta da maneira que nós entendemos que deveria, nos ofendemos e nos afastamos nutrindo assim uma perspectiva equivocada do Senhor, do outro e de nós mesmos.

Ocorre que, mesmo na nossa imaturidade espiritual o Pai ama os corações zelosos e desejosos por mais Dele, e ainda que esse desejo seja pequeno aos nossos olhos é o suficiente para Ele nos arrebatar e nos conduzir a iluminação do entendimento, a fim de ajustar nossos conceitos e nos presentear com a suprema fonte de prazer e revelação do Seu Amor.

Creio que todo Cristão zeloso passa por esse processo de descoberta, que os leva a feliz conclusão de que o nosso real chamado consiste em desfrutar do Amor que o Senhor tem por nós e a partir daí compartilhar desse amor com o próximo. O que faremos para ele em nosso ministério deve ser o mero resultado dessa relação de profundo amor. O que achamos ser o nosso chamado é na verdade nosso destino profético, que é a linha pontilhada a ser preenchida pelos sucessivos passos de amor. As escrituras testificam disso quando Jesus condensou tudo em Dois grandes mandamentos: amar ao Senhor sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Em seu evangelho, João nos ensina que o Senhor Jesus enquanto estava cumprindo sua missão a cumpriu de forma perfeita, amando os seus que estavam no mundo e os amando até o fim. (Jo 13:1).  Esse enfim, é o nosso chamado: Amar sempre. É a partir do amor que carregamos que o mundo conhecerá Jesus; nosso amor pelo Senhor traduzido e reproduzido em nosso amor pelas pessoas, convencerá o mundo de que Jesus é vivo, que é real e que somos seus discípulos (Jo 13:35).

É válido lembrar que o nosso Deus deu a si mesmo a definição de amor (1 Jo 4:8b). Ele nos amou primeiro; Dele foi a iniciativa e dele vem a graça que precisamos para continuar O amando e amando uns aos outros; é esse amor que validará se de fato O Conhecemos ou não; e a nossa resposta deve ser cumprir o voto solene do Amor.

Quando tornamos essa revelação nossa cosmovisão todo o resto faz sentido, tudo se encaixa. É partir da busca dessa revelação que receberemos doses sucessivas e progressivas de plenitude (Ef 3:14-21). Pessoalmente amados, posso dizer que essa revelação provocou uma revolução dentro de mim e me introduziu a um processo de amadurecimento que perdura até hoje. Considero que tudo foi importante a fim de que eu alcançasse o ponto de transição. Fato é, que quando nosso entendimento é iluminado nos encontramos com o propósito da nossa existência e somos muito mais eficazes naquilo que nos é confiado como serviço.

Dentre as últimas instruções do Senhor Jesus aos seus discípulos,estava a de que eles tinham que permanecer no seu amor (Jo 15:9). Esse é o nosso voto solene: PERMANECER NO AMOR DO NOSSO MESTRE, DO NOSSO AMADO.

Eu creio numa geração que permanecerá nessa revelação, uma geração selada com o selo de amor ardente.

Já foi ensinado que naquele dia é o tamanho do nosso coração que importará; já foi ensinado que é a nossa capacidade de amar como Ele amou que importará; já foi dito que eu posso ter tudo na terra, mas se não tiver amor, não serei nada.

Concluo lembrando da cena de Jesus com Pedro após a ressurreição (Jo 21). Pedro depois de ter jurado fidelidade até a morte a Jesus e tê-lo negado três vezes como predito pelo Mestre, é interpelado pelo Senhor por três perguntas inesperadas. Pedro esperava tudo, menos que Jesus o perguntasse: Pedro, tu me amas? Sim, o modo de reintroduzir Pedro no seu destino profético foi reformando as bases do amor no seu coração. O Mestre continua fazendo a mesma coisa comigo e com você. E quem escreveu essa cena foi aquele discípulo a quem Jesus amou, assim como quem escreve esse texto é o discípulo a quem Jesus ama (…)

 

Fomos criados para relacionamento. Deus sempre foi pleno Nele mesmo, a família já era completa com o Pai, Filho e Espírito. Ainda assim, Ele criou todas as coisas conforme a sua perfeita vontade: as aves, animais, sol, lua… e a melhor parte (como sempre) fica para o final. Então Ele diz: “Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Isso é absolutamente incrível para mim, visto que Ele nunca precisou que o homem existisse, apenas o desejou. E o fez para se relacionar com Ele.

Somos a melhor parte, obra prima de Deus. A nós Ele sujeitou a sua criação, nos colocando em parceria com Ele em um lugar de governo. Não sei se já paramos para pensar a respeito de quem somos de fato. Talvez só precisemos nos lembrar de  que Deus entregou seu único filho, para nos levar de volta a esse relacionamento que havia sido perdido por causa do pecado, restaurando o domínio que fora tomado, nos fazendo retornar ao lugar de amigos de Deus.

Tenho aprendido quão importante é entendermos quem somos, ou pelo menos, quem fomos criados para ser. A imagem e semelhança de Deus! E aprender sobre quem Ele é, me leva a entender quem eu sou. Pois a imagem que temos de Deus determina a forma como vivemos, estabelece  nossas prioridades, organiza nossa agenda e é manifesta em nossas ações, ou seja, ela nos define.

Há tantos aspectos ou facetas de Deus que me fascinam, mas eu gostaria de falar sobre o Deus que se relaciona. Ele sempre quis habitar conosco, desde o Éden, e quando houve a queda por causa do pecado, ergueu-se então o tabernáculo de Moisés, para que Ele pudesse estar entre os homens.

Há muitos nomes que eu poderia citar, como Moisés, que não somente viu a glória de Deus, mas a refletiu, Enoque a quem Deus amava a ponto de toma-lo para si, Abraão a quem Ele chamou de amigo. Aquele a quem chamamos de Senhor e Pai também é Amigo, e Ele colocou em nós o seu DNA. Fomos criados a Sua imagem e semelhança. Portanto, o fato de ser e ter amigos, estão impressos em nós.

Nesses últimos dias, temos recebido muitas pessoas em nossa casa (o que me levou a escrever esse texto). É verdade que momentos de solitude são necessários, estarmos a sós com nós mesmos e com Deus gera amadurecimento e é uma estação essencial em nossa jornada. Porém estar com pessoas e saber ama-las em suas diferenças e sermos também amados em nossas, nos desfia em paciência, amor, bondade e tantas outras virtudes . Podermos nos assentar juntos à mesa (com muito café), conversar até altas horas sem ver o tempo passar, saber o que cada um deles carrega através do partilhar de histórias.  Eu posso celebrar com meus amigos suas vitórias, pois a mim foi confiado suas dificuldades. Eu posso me alegrar quando eles se alegram, porque eu chorei com eles.

Somos essenciais na vida uns dos outros, o rei Salomão nos ensina em provérbios que como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu companheiro. Você é importante na vida dos seus amigos, independente de quantos sejam. Se você já ouviu algum segredo, é porque foi digno da confiança de alguém, então valorize isso, valorize pessoas, valorize seus amigos. Eles são relevantes em sua caminhada. Sozinho você pode chegar a algum lugar, mas nunca tão longe como chegaria se houvesse com você alguns valentes para te encorajar quando você se cansar, para te fazer lembrar as promessas que já recebeu, fortalecendo sua fé.

Tenha amigos que te levem para mais perto do coração de Deus, que “estiquem” sua fome por conhece-Lo, e não somente os tenha, mas seja também esse. Abra a porta da sua casa, sirva com sua atenção, se você parar para ouvir, se surpreenderá com a história das pessoas que te cercam. Carregue o peso deles em oração até que esse peso se torne uma resposta. Encoraje, fortaleça. Chore com eles suas dores e dance com eles suas vitórias. Tirando os olhos de nós mesmos, veremos quantos “mundos” nos rodeiam.

Esse é um convite a conhecer novas facetas de Deus expressas através da singularidade de alguém. Podemos não nos dar conta de que estamos cercados de presentes em forma de pessoas, através das quais, Deus deseja demonstrar o Seu amor. E que você pode carregar algo, dado por Deus, que alguém ao  seu lado precisa. Portanto seja hoje a resposta da oração de alguém, cerque-se de pessoas. Deus tem amigos, é nós fomos feitos a imagem e semelhança Dele, criados para relacionamentos.