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A igreja imperfeita

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Se a igreja não fosse nada além de pessoas perfeitas, então quem se sentiria bem-vindo? Ninguém. O fato de a igreja ser imperfeita é, na verdade, graça de Deus para que pessoas imperfeitas sejam parte do que Ele está fazendo.

Por isso, não vou dizer que a igreja que você está, não vai decepcionar você. De fato, ela vai, e se ainda não aconteceu, aguarde um pouco mais de tempo. O tempo vai chegar. Apenas dê mais alguns meses, ou apenas mais uns dias. Você será desapontado. Alguma coisa que vai deixar você chateado. É possível que se decepcione ainda hoje. 

A igreja não é uma instituição para pessoas perfeitas

A igreja não é uma instituição para pessoas perfeitas. É um santuário para os pecadores salvos pela graça, uma creche para os doces filhos de Deus serem nutridos e fortalecidos. É o rebanho das ovelhas de Cristo, o lar da família de Cristo. A igreja é o lugar mais precioso da terra. Entregue-se à Igreja. Vocês que são membros da Igreja certamente não a encontraram perfeita e eu espero que vocês fiquem felizes com isso. Se eu nunca tivesse me filiado à uma Igreja até ter encontrado uma que fosse perfeita, eu nunca teria me juntado a nenhuma!

E se eu achasse uma que fosse perfeita, no momento em que eu me juntasse a ela, eu certamente estragaria tudo, pois ela deixaria de ser uma Igreja perfeita depois que eu me tornasse um membro dela. Mas ainda assim, por mais imperfeita que ela seja, ela é o lugar mais precioso da Terra para nós. Todos os que primeiro se entregaram ao Senhor devem, o mais rapidamente possível, entregar-se ao povo do Senhor. De que outra forma poderia existir uma Igreja na terra? Se fosse a solução correta alguém se abster de ser membro da Igreja, seria a melhor opção para todos, e então o testemunho de Deus seria perdido para o mundo! Charles H. Spurgeon

 

A Igreja imperfeita

A frase “o lugar mais precioso na terra” está sendo tirada de uma confissão de que somos um povo imperfeito; portanto, não deve ser uma surpresa que você tenha ficado desapontado com a igreja. Todos os envolvidos na Igreja são pecadores. Então, o que Spurgeon disse é verdade. A Igreja é um lugar imperfeito, e ainda assim é precioso e insubstituível para o Cristão. Não vamos fingir que a igreja é perfeita. Ela não é.

 

Nós precisamos ver Deus por quem Ele é e se reunir com o povo de Deus pelo que ele é, por mais imperfeitos que somos, e deixar Jesus fazer o que Ele faz através da Igreja.  

 

Hoje vivemos dias onde a palavra conexão está em alta!

Na era da revolução tecnológica, vivemos conectados com muitas pessoas, coisas, novidades e tendências. Não existem limites, podemos nos conectar com quem quisermos a hora que quisermos.

Entretanto, há uma conexão em especial na qual eu quero falar, uma que se faz necessária e essencial para a nossa jornada cristã!

CONEXÃO COM DEUS

Deus é um Deus relacional! Vemos Deus, no início da história da criação, não apenas fazendo o homem, mas também, tendo comunhão com a criatura que foi feita à Sua própria imagem e semelhaça!

Sendo assim, precisamos perder a imagem errada que muitas vezes é colocada em nossas mentes, de que Deus é um Deus irado com seu povo. Ou que está pronto para castigá-los. Isso não é a realidade! Afinal, Deus é nosso Pai, e qual o pai que, ao ver o filho pequeno vindo ao seu encontro com passos fracos e falhos e caindo em meio ao caminho, vai desprezar esse filho e acusá-lo de não andar em perfeição? Deus é o Pai que ama nos ver vindo de encontro a Ele, mesmo em meio as nossas lutas, fraquezas e vacilos.

A verdade é que Deus nos ama como ama o Seu Filho Jesus, e esse amor nos atrai para perto!

Portanto, essa é a maior conexão que podemos viver! Sim, nós podemos nos conectar com o nosso Criador! Ele mesmo quer que estejamos conectados a Ele, conforme vemos em: João 15:4 parte A do versículo: “Estai em mim, e eu em vós (…)”.

E  isso acontece na medida em que O buscamos, e buscamos viver uma vida de comunhão, entrega, parceria e intimidade com o Deus que nos salvou através do seu Filho.

 BENEFÍCIOS DE SE CONECTAR

Decerto, são incontáveis são as recompensas que obtemos ao viver uma vida de proximidade e devoção à Deus. Porém, podemos citar alguns exemplos:

– Cresceremos no amor por Jesus;

– Cresceremos em amar o nosso irmão;

– Teremos mais segurança no caminhar pois sabemos que Ele nos guia;

– Conheceremos mais sobre o propósito eterno e consequentemente sobre o nosso propósito individual;

– Não teremos medo do futuro;

– Conheceremos como somos conhecidos;

– Daremos frutos;

– Nossas orações serão respondidas;

E, para mim, uma das maiores recompensas:  seremos reconhecidos como seus AMIGOS!

“Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.”João 15:14,15

Certamente, ao desenvolvermos uma amizade com Deus, nós ficaremos sabendo de seus planos, ouviremos os seus segredos, e assim conheceremos as suas vontades para vivermos em parceria com Ele.

CONVITE A PERMANECER – MANTENHA A CONEXÃO

Concluímos então que na medida que O conhecemos, expandimos a nossa capacidade de ama-lO, com isso,  devemos permanecer nessa busca por mais, como bem declarou o profeta Oséias:

 “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.” Oséias 6:3

Então, como medida prática, devemos perseverar no lugar de oração. É ela que vai nos manter firmados, ligados à Deus. É o nosso maior elo de conexão com o Deus eterno. Através dela, certamente, permaneceremos em Cristo e no Seu amor.

O significado de permanecer em Cristo é essencialmente viver em união com Jesus. É o diálogo regular que preenche o coração.

(Dwayne Roberts)

Escrito por: Thaís Neves – Facilitadora Fhop School

Em uma geração onde o imediatismo e a velocidade de resultados se tornam cada vez mais valores essenciais para o desenvolvimento da sociedade, certamente não é de se admirar que a ansiedade, manifesta em medo, tenha se tornado o transtorno do século.

Tomando nossas noites, paralisando nossas atitudes, precipitando nossas decisões, a ansiedade é como um parasita. Este, que se não for lidado de forma apropriada, aos poucos consome nossa energia e mina o nosso potencial. Além disso ela rouba o nosso foco e pode nos roubar de nosso destino.

Mas será que precisamos viver vitimizados por este mal? Como podemos combatê-lo?

A raiz da ansiedade

Primeiramente, precisamos definir a ansiedade pelo que ela é: a ansiedade é, em essência, o próprio medo.
Sim! Resumindo, a ansiedade nada mais é do que uma manifestação de medo sobre aquilo que está fora do nosso controle, ou que é desconhecido para nós.

A partir desta definição, podemos então descobrir quais as ferramentas que a Palavra nos oferece para combatermos este inimigo na batalha pelo nosso destino. Assim, nos possibilitando a vivermos na plenitude do que Deus tem para nós na experiência humana.

A arma que combate o medo

Assim, uma dessas ferramentas, e uma das mais importantes, podemos encontrar nas Escrituras em 1 João 4:18, que diz:

“No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo supõe castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor.”

O perfeito amor AFASTA o medo! Quão poderosa é esta verdade?
Sabemos que Deus é, em sua própria natureza, o Amor (1 Jo.4:8). Então o que é que esta verdade nos comunica?
Que a revelação da própria natureza divina é para nós, uma arma contra o medo.

“Ok. Mas como isso funciona?”, talvez você se pergunte.

O equívoco sobre a natureza de Deus

Bom, vamos dar uma olhada na segunda parte do versículo: “o medo supõe castigo…”

Quem nunca fez alguma arte quando era criança e ouviu alguém tentar te corrigir dizendo, “Não faça mais isso! Olha, que Deus castiga!” ?!
Nós muitas vezes, crescemos ouvindo declarações equivocadas a respeito da natureza de Deus. E isso acaba gerando em nós conclusões, da mesma forma, equivocadas, a respeito de como Ele lida conosco. E o fruto destes equívocos é justamente, o medo.

Constantemente, temos medo que aquele projeto não vai dar certo, ou que as finanças não vão ser o suficiente. Tememos que nossos filhos não terão boas oportunidades, ou que nossos casamentos não sobreviverão às crises.  Ou ainda, que não seremos bons o suficiente para aquele trabalho, ou que aquela mudança será algo ruim pra nós, etc, etc.

Temos medo de tudo o que não podemos ter certeza. Simplesmente porque não temos a única certeza que realmente nos importa: de que Deus se importa conosco o suficiente para nos dar suporte em todas as coisas; seja qual for o resultado das situações que vivemos.

Deus está envolvido com a nossa história

Partimos do pressuposto de que Deus não está envolvido com a nossa história o suficiente para cuidar de nós, mesmo quando as coisas não vão bem. Vivemos como se Deus fosse esse carrasco, assistindo nossas decisões e esperando para nos colocar de castigo quando nossa performance não vai bem. Ou simplesmente vivemos como se as nossas vidas estivessem entregues ao mero acaso.

Mas se pudéssemos simplesmente parar por um instante e considerarmos a realidade de quem Deus é e de que nós somos o objeto de Suas afeições por escolha. Talvez então, obteríamos a única realidade invariável, imutável e necessária para combater a nossa ansiedade, medos e inseguranças. Deus é amor, e por isso em toda sua essência Ele está intimamente envolvido conosco. E seja o que for que aconteça em nossa história, Ele sempre sabe a melhor maneira de cuidar de nós e transformar nossas circunstâncias para o nosso bem, mesmo que nada saia como esperávamos.

Não há motivos para temer

Considerar o caráter de Deus e confiar em Sua imutável natureza é, certamente, a certeza que precisamos contra as incertezas da vida, e nossa arma mais poderosa contra a ansiedade.

Concluindo, Deus é amor, e Seu perfeito cuidado para conosco é o suficiente para nos certificar que não há motivos para ter medo.

Escolha confiar na natureza de Deus hoje, e descanse em saber que a sua vida está em boas mãos.

Escrito por: Nany Onomichi

Pensando sobre o cenário brasileiro e mundial, para onde quer que olhamos, encontramos motivos para nos desesperarmos e sermos tomados por uma falta de esperança pelo futuro ou por uma melhora no caráter do ser humano. É comum ouvir comentários sobre como está cada vez mais difícil acreditar na humanidade. De fato, enquanto nossa confiança estiver no ser humano, estaremos sempre nos frustrando.

Como Paulo disse, todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus (Rm 3:23), logo estamos propensos a falhar continuamente. Isso significa que nenhum esforço nosso pode nos levar a atingir algum tipo de perfeição, justiça ou bondade ideal. Até mesmo aqueles que tiveram seus corações regenerados precisam do Espírito Santo para darem bons frutos e fazerem boas escolhas.

Onde devemos depositar nossa confiança

Quando vemos tamanhas injustiças que ocorrem no mundo e em nosso país, começamos a projetar soluções. Muitas vezes, depositamos toda a nossa esperança em uma instituição, em uma pessoa, ou em um sistema de justiça. No entanto, por mais eficientes que esses sejam, em algum momento irão falhar. Nesses momentos que nosso coração é posto à prova e vemos em quem realmente temos depositado nossa confiança.

Davi declara que é melhor se refugiar em Deus do que depositar nossa confiança na humanidade (Sl 118:8). Acostumado com guerras, ele sabia na prática o que era depender completamente de Deus para que a justiça fosse estabelecida.

Jesus é a resposta que precisamos

Em momentos de crise como a que estamos vivendo no país e no mundo, podemos lembrar que quem realmente retém todo o poder de estabelecer a justiça na terra é Jesus. E é com essa esperança que te encorajo a orar para que a justiça seja feita ainda nesse tempo, enquanto aguardamos a sua vinda. A crescente crise nos faz reconhecer que a oração é uma maneira de não só intercedermos pelas injustiças que estão ocorrendo. Mas também de mantermos nosso espírito fortalecido para lidarmos com situações difíceis e emocionalmente pesadas.

Por isso, te convido a confiar que Ele é refúgio para nós, os que o buscam. Podemos depositar nossa esperança em Deus e orar sabendo que somente Ele trará a justiça plena e guardará nossos corações de toda ansiedade e medo em relação ao hoje e ao amanhã.

Ser à imagem de Deus independe de ser cristão. Isto é, todos os seres humanos carregam características daquele que os criou. Ninguém está isento de qualidades que pertencem a Deus e são provenientes dele. Deste modo, a bondade, virtude que qualquer um pode exercer, vem de Deus.

Isso é visível em como os seres humanos são capazes de se organizar, se relacionar, se perdoar, agir com ética, sendo cristãos ou não, acreditando ou não em Jesus Cristo. Certamente, todos são capazes, mas isto não quer dizer que todos são justificados pelos atos de bondade que praticam.

O intuito aqui é que entender que ser imagem de Deus é um ponto de partida para encarar a vida, as pessoas e os propósitos de Deus. Isto pode se dar já que, segundo a Bíblia, a história começou neste ponto. Além disso, é importante entender que após o início do pecado, a revelação de Jesus foi essencial para o sentido da vida do homem.

Então, aqui se verá a construção de um raciocínio, e é importante que você acompanhe todos eles.

 

Todos têm traços de bondade

Inicialmente, é intrigante que ao mesmo tempo em que existe a maldade, decorrente do pecado e está por toda a parte, a graça de Deus também atua e está preservando a raça humana e a sua criação. E isso ocorre em todos os aspectos da vida, da sociedade, do conhecimento e da história.

Todos possuem traços de bondade, porque são imagem de Deus. Então, a bondade que as pessoas praticam são a prova de que Deus existe, senão não haveria o porquê de elas serem boas. E por que, de certa forma, elas obedecem uma ética e regras?

Além do fato de que não seria possível viver em sociedade sem ética, isso nos mostra que existe uma lógica sobre todas as coisas. Todos obedecem uma lógica. E isso é porque todos são criados por um Deus que organizou as coisas de forma inteligível, estabelecendo sentido. 

 

Você consegue se relacionar com pessoas diferentes de você?

Muitos de nós têm a infelicidade de não saber se relacionar com pessoas que não são cristãs, muito por não compartilharem interesses em comum. Entretanto, a imagem de Deus está refletida naquela pessoa, assim como também está na criação.

A imagem de Deus está presente naquela pessoa. Mas o ponto é que cada um vive sob a influência de uma determinada filosofia ou cultura. Então, as pessoas têm dificuldade de enxergar a vida sob a perspectiva cristã, porque estão presas em seu entendimento.

Isto não quer dizer que a conversão a Jesus Cristo é só pelo entendimento. Ela se dá só por meio da fé. Mas, sem perceberem, essas convicções filosóficas são abraçadas pelas pessoas como uma razão de fé. A raiz se encontra no motivo de que o modo de pensar de alguém pode o levar a uma cegueira acerca de Deus.

Então, uma pessoa com um pensamento diferente do evangelho deveria remeter à igreja a expressão de amor a elas, pelo fato dessas pessoas serem ignorantes com relação às boas novas de Cristo.

 

Deus pode ser visto em tudo

Sim, isso é possível pelos óculos do cristianismo. A centralidade da Bíblia é o próprio Deus e não o homem. Então, é necessário lermos a Bíblia pela perspectiva de que Deus se revelou. E que tudo é dele e que o restante é criatura. Em meio a tudo isso ele fez os seres humanos de modo especial.

Duas coisas são importantes aqui, a criação revela que existe um Deus presente guiando a lógica de todas as coisas. E segundo, a graça comum de Deus está presente na humanidade e na criação em todas as áreas, em todos os níveis.

Mas, certamente, a criação não é suficiente para evidenciar o rumo que a humanidade tomou. O homem sem Deus é mal. Apenas a revelação de Jesus, descrita na Bíblia, é capaz de dizer especificamente que a estrutura é boa. Mas sem Deus as coisas tomaram uma direção completamente oposta ao propósito principal de Gênesis.

 

O chão de todas as coisas

Diante disso, se vê que mesmo em um mundo habitado pelo pecado, pela maldade, Deus continua promovendo o desenvolvimento e assessorando o homem na evolução da ciência, da preservação da moral e da boa conduta.

Deus é o autor da história. E disto decorre que, Deus pode ser visto em todo lugar, mesmo onde o pecado está presente. Com isso, é importante esclarecer que Ele não se alia ao pecado. Mas preserva a humanidade e a sua criação, mesmo com a presença do pecado.

Dentre muitas convicções filosóficas ou de crença, estas pairam no ar, enquanto o chão é o evangelho. O fundamento mais firme e sólido que a humanidade pode conhecer está na revelação de Deus no Filho.

E o homem, por mais que carregue sinais de criatura sonhada por Deus, portadora de sua imagem, ele precisa da revelação presente na divindade e humanidade de Cristo.  A bondade de uma pessoa não é tudo, e desassociada de Deus, perde o sentido. Porque, no fim, o que se espera de alguém, não é que a pessoa tenha apenas atitudes de bondade, mas que abra os olhos para a verdadeira realidade.

Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”

Todos responderam: “Crucifica-o!”

“Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!” (Mt. 27:20-26)

Lemos isso e pensamos como essas pessoas poderiam ser tão más e cruéis em desejar a morte do único homem verdadeiramente justo e perfeito que já pisou nessa terra. O que não percebemos é que esse mesmo pecado nós também cometemos, pois rejeitamos Jesus. Essa é a condição dos nossos corações quando somos cheios de descrença: rejeitamos Deus, seu Filho e seu sacrifício. Todos nós pecamos e fomos destituídos da  glória de Deus (Romanos 3). Essa é a nossa realidade longe de Cristo. Nós gritamos “crucifica-o!” com nossa desobediência e rebeldia declaramos junto com aqueles que o condenaram “Ele não é nosso Rei!”, “Ele não é nosso Messias!”, “que o seu sangue esteja sobre nós!”

Nosso grito é tão raivoso quanto o deles. Nosso grito ressoou junto com o deles, enquanto caminhamos desprezando Cristo e seu sacrifício. Não temos como nos defender disso, pois somos indesculpáveis!

Ele se entregou por nós

Cristo se entregou e morreu pelos nossos pecados. A morte que nós merecíamos Ele tomou sobre si. A ira de Deus destinada a nós por causa do nosso pecado, foi derramada sobre Ele (Romanos 5). O único justo foi julgado como o maior dos pecadores, pois foi do agrado dEle entregar a sua vida.

A boa notícia do Evangelho é que a história não acaba aqui.

“No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galiléia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’“. (Lucas 24:1-7)

A morte não pôde contê-lo. Ao terceiro dia Ele ressuscitou. Por isso, proclamamos e nos regozijamos na morte e na ressurreição dEle, porque no seu sangue somos justificados, redimidos e transformados.

“Onde está, ó morte, a sua vitória?

Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Cor. 15:55)

O sangue de Jesus está sobre nós

Deus, sendo cheio de misericórdia, amor e paciência tem aberto os nossos olhos através do Espírito Santo, fazendo-nos ver nossos pecados e nos levando ao arrependimento. Por isso nos apegamos e nos inclinamos para a cruz onde nosso Salvador morreu. É por meio de seu sangue que somos perdoados e libertos da morte eterna e da separação que havia entre nós e Deus.

Agora podemos dizer com um significado totalmente diferente “Que o seu sangue esteja sobre nós!”. E não em rebeldia, desafiando-o como antes, mas clamando desesperados em arrependimento, cheios de esperança, cheios de gratidão e em adoração, sabendo que somos frutos de seu sacrifício.

Jesus, que o seu sangue esteja sobre nós! O sangue que fluiu de sua cabeça, suas mãos, seus pés, nos limpa de todas nossas iniquidades.

Por isso adoramos ao Cordeiro que se entregou, foi morto, ressuscitou e nos libertou. Sua morte é a nossa vida, sua ressurreição é a nossa esperança. Com Ele ressuscitaremos e com Ele viveremos por toda eternidade, pois seu sangue está sobre nós!

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.

É fato que Deus ama as mulheres! Ele as criou de forma única, bela, forte. Deu características especiais que fazem a mulher se destacar onde quer que ela esteja. E é sobre isso que vamos falar aqui. Por tudo que passaram e por tudo que conquistaram, mulheres precisam ser valorizadas e lembradas do seu propósito.

Mulheres tem um valor incalculável e o maior desejo do coração de Deus é que elas entendam isso. É um amor que nada nem ninguém pode oferecer, apenas Ele. Deus ama em qualquer circunstância e situação. E é um amor sem fim. Deus cuida das mulheres desde sempre. Assim, há uma preocupação especial dEle por cada uma delas para que saibam o quanto são especiais. As vezes existe um distanciamento da realidade de Deus e por essa razão, mulheres vivem distante do que o Senhor tem para elas. Mas o Espírito Santo sempre as lembrará quem elas são. Dignas, muito dignas.

Em provérbios 31 são ditas algumas características marcantes da mulher segundo o coração de Deus.

Provérbios 31:10 – 31

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho.

Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos.

É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.

Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.

No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra.

Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.

Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.

Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.”

História desse provérbio

O contexto em que esse texto foi escrito é de uma mãe que fala para seu filho sobre o que seria uma esposa virtuosa. Assim, o rei Lemuel recordou e anotou o que sua mãe havia dito. Talvez você nunca tenha parado para analisar esse provérbio. Ou ao contrário disso, talvez você leu, refletiu e concluiu que essa não é sua realidade. Ou ainda, você leu e orou para ser como essa mulher. Muito já foi discutido sobre essa mulher. Utopia?

Algumas características da mulher de provérbios 31

Caráter – a mulher de provérbios 31 é considerada um tesouro. Ela é uma mulher de bom caráter, ética, moral, confiável. Ela é correta e vive de acordo com a realidade de Deus. Assim, ela sabe o seu papel na sociedade, na vida das pessoas, no trabalho, por onde ela passa. Ela tem grande censo de responsabilidade.

Sábia – ela tem uma vida de caminhada com o Espírito Santo. Dessa maneira, é pautada por sabedoria e pode ser uma fonte na vida daqueles que a rodeiam. Assim, não toma decisões importantes por impulso e não fala sem antes pensar.

Habilidade – essa mulher tem inúmeras habilidades especiais. Em resumo, ela sabe administrar sua casa, sua vida, seu trabalho e é proativa. Assim, ela faz várias coisas com as próprias mãos. Dessa maneira, é criativa e talentosa.

Pura – tem um coração puro, que observa sempre o melhor de cada um. Portanto, não toma atitudes precipitadas e tem muito cuidado com o próximo. Dessa maneira, ama de coração aberto e é verdadeira.

Bondosa – tem atitudes bondosas. Desse modo, ela é atenciosa e ajuda o próximo, estendendo a mão aos necessitados. Assim, não mede esforços para ver sua família, amigos e o próximo bem. É preocupada com as pessoas que estão ao seu redor.

O significado das mulheres para Deus

Mulheres tem características únicas porque Deus as fez assim. São sonhadoras, sensíveis, ao mesmo tempo que são muito fortes. Sem dúvida, a mulher é alguém especial para Deus. E com certeza Ele sempre as vê com olhos carinhosos.

Assim, não importa qual a sua interpretação para provérbios 31, o que importa é a forma como Deus a criou. As características ditas nesse provérbios são dadas desde a criação. Portanto,  não servem só para mulheres que irão casar ou são casadas. Mas naturais de todas que vivem para a glória de Deus.

Crescer em amor  

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21

Todos nós precisamos ter uma visão de amadurecimento e para tanto, devemos permanecer fiéis na nossa busca por Deus. Jesus resumiu toda a Lei quando trouxe a visão do primeiro e do segundo mandamento e para sermos cristãos maduros, temos que estar conscientes da prioridade de vivermos diante do Senhor seguindo estes mandamentos. O texto de João 14:21 nos dá uma visão clara de como devemos amar a Deus. Nos mostra que nossa maior expressão de amor ao Senhor é guardarmos seus mandamentos e assim, nos parecermos com Jesus. Logo, o nosso desejo sincero de amar a Deus precisa evidenciar o nosso desejo de amadurecer.

Muitas vezes falta-nos entendimento sobre a graça, por isso deixamos que nossa vida diante de Deus se torne uma “lista” daquilo que podemos ou não fazer. E essa mentalidade deturpa nossa motivação nos levando a um lugar de justiça própria. Portanto, se olhamos para a Cruz e o amor de Cristo, percebemos que não podemos fazer nada para sermos aceitos e justificados. Pois, Ele é quem faz isso por nós, nos foi dado como um presente e a nossa justiça própria não pode nos levar a lugar algum.

Quando olhamos para o amor e o sacrifício de Cristo podemos reconhecer que precisamos Dele para nos aproximarmos de Deus. Logo, uma visão de amadurecimento não vem da nossa justiça própria. Mas, precisa vir a partir de um ponto onde desejamos responder ao amor Dele por nós. Porque só podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro.

Olhando para Ele

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. ” Mateus 5:48

O Pai olha para nós e vê Jesus e a obra da salvação que Seu Filho realizou. Então, toda vez que me volto a Ele e me arrependo o Pai vê a perfeição. Através da revelação dessa verdade o Senhor nos convida a trilharmos esse caminho da perfeição. Pois, expressamos o amor a Deus quando posicionamos nosso coração buscando um lugar de obediência perfeita a Ele. É um convite de sermos perfeitos como Ele é. Em Salmos 36:9 vemos que olhar para a luz traz revelação e entendimento das áreas onde precisamos crescer.

A visão de guardar os ensinamentos de Deus gera impacto no céu. Podemos olhar para a vida de Enoque (Gn. 5:22), que, no meio de uma geração perversa, caminhou com Deus e O agradou, por isso, Deus o tomou para si. Enoque viveu sua vida de um modo que o céu sorriu para ele. Tornou-se um herói da fé e, assim como ele, devemos viver uma vida nessa visão de agradarmos a Deus, crescendo e sendo aperfeiçoados em nossa fé.

Desafios

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” Tiago 1:25

Essa declaração nos dá uma perspectiva diferente sobre a tribulação. Mostra que os desafios devem ser encarados como uma oportunidade de sermos aperfeiçoados em nossa fé. As provações produzem profundidade em nossas vidas. Através delas nos tornamos cada vez mais parecidos com Cristo. E essa não é uma jornada que temos que encarar sozinhos, pois o Senhor nos chama a pedirmos por sabedoria. Desse modo, se não soubermos o que fazer em meio aos desafios podemos pedir que Ele nos mostre o caminho que devemos trilhar.

Um coração perseverante

“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ” Filipenses 3:1214

Precisamos viver com entendimento de que há uma recompensa eterna nos aguardando. Quando vierem as distrações, dificuldades e as dores, não devemos deixar que elas definam nossa jornada. Temos que prosseguir para o alvo. Olhando para o autor e consumador da nossa fé a fim de nos parecermos com Ele. A maior expressão de amor é ser provado, continuar prosseguindo e sair desse teste mais parecido com Jesus.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2Timóteo 4:8

Paulo diz: “eu vivo uma vida de sabedoria, então há uma recompensa me esperando por causa da forma como eu vivi. Eu amei a Deus com todo meu coração, guardei Seus mandamentos, logo, a coroa da justiça está guardada.” Nossa vida deve ser  para agradar a Deus. É a opinião Dele que realmente importa. Estamos em uma jornada de amadurecimento e, é necessário, compreendermos o papel das tribulações e dificuldades nesse processo. Acima de tudo, precisamos nos lembrar de que nosso principal objetivo é amar a Deus de todo o nosso coração, alma, força e entendimento, entregando nossas vidas àquele que deu a Sua vida por nós.

Corey Russell, em seu livro Oração, apresenta quatro principais barreiras que impedem de nos entregarmos à vida de oração. Todas essas barreiras estão relacionadas com o nosso interior.

Orgulho

O orgulho impede de reconhecer nossa condição de dependência diante de Deus. Quando Jesus diz que “bem-aventurados são os pobres de espírito” (Mateus 5:3), ele mostra a importância de reconhecer que há falta em nós. E que encontramos o que nos falta n’Ele. Assim, apenas quando enxergamos esse vazio que só pode ser preenchido por Ele, conseguimos ultrapassar a barreira do orgulho e nos achegar a Ele. Nossa autossuficiência e independência nos dá a sensação de que conseguimos sozinhos. Mas apenas Ele é a fonte de tudo o que precisamos para viver. Sobretudo, é no lugar de oração que depositamos nossas necessidades mais íntimas. E nos humilhamos reconhecendo que ele é o único que pode supri-las.

Incredulidade

O autor de Hebreus diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Pois precisamos acreditar que Ele existe e recompensa quem o busca (Hebreus 11:16). Ele tem prazer em ter comunhão conosco e não dispensa um coração quebrantado. Ainda assim, muitas vezes a falta de fé e conhecimento sobre quem Deus é nos impede de os achegarmos a Ele. Começamos a inventar um Deus distante. Que não tem interesse na nossa vida, que nos acusa e nos afasta da sua presença. A incredulidade afasta o homem do principal motivo de orarmos ao Senhor: declarar a nossa fé nas verdades sobre quem Ele é. Assim, precisamos ter fé que Ele deseja nos encontrar no lugar de oração, e que nos recompensa com a sua própria presença.

Como não são coisas externas, essas barreiras são difíceis de reconhecer. Elas têm nos impedido de ter a vida de oração como deveríamos. Principalmente, temos que estar constantemente sondando nossos corações para que se encontrem completamente limpos de todo orgulho e incredulidade. Para nos achegarmos com liberdade e humildade diante de Deus.

Como cristãos, sabemos que devemos orar. Entendemos que é algo importante para ter comunhão com Deus. Sabemos que só nos traz benefícios e cremos na sua eficácia. Ainda assim – sejamos sinceros – não oramos. Dentre as coisas que Deus nos pediu para fazer, a oração é a que menos exige nosso esforço físico, mental e emocional. É algo que só depende de nós e não conseguimos colocar em prática como deveríamos.

Nossa identidade

A falta de revelação sobre nossa identidade como sacerdotes nos impede de exercermos o nosso papel como intercessores diante de Deus. Antes de termos
qualquer outra função no Corpo de Cristo, o chamado principal do cristão é a oração. E esse é um chamado para todos. Não precisamos ser do ministério de intercessão, ou fazer parte da reunião de oração para nos sentirmos aptos a esse chamado. Imediatamente quando aceitamos Jesus, nos tornamos participantes do seu ministério sacerdotal e da comunhão que Ele tem com o Pai (Hebreus 3:1). Assim, não precisamos esperar pelo pastor ou o líder de louvor orar por nós para nos encontrarmos com Deus. Todos somos chamados igualmente a estar nesse lugar de intimidade.

O impacto da oração

A quarta barreira que nos impede de orar é a falta de revelação quanto ao impacto da oração. É muito fácil cair no erro de pensar que nossa oração não tem efeito quando não vemos o resultado imediato ou não quando não temos a resposta de um interlocutor. A impressão que temos é que estamos perdendo tempo. Para nós faz mais sentido tentar estabelecer o Reino pelas nossas próprias forças e nossos recursos. Mas Jesus foi claro ao dizer que devemos buscar em primeiro lugar o Reino e todas as outras coisas nos seriam acrescentadas (Mateus 6:33). Nossa mente humana não consegue entender que ajoelhar e orar dia e noite, deixando Deus resolver o problema, seria mais eficaz do que tentar resolvê-lo por conta própria. Nos sentimos inúteis quando dizemos que estamos “só orando” por algo. Entretanto, ao orar, na verdade fazemos a única coisa realmente necessária.

Deus nos chama ao lugar de oração para cumprirmos nosso chamado principal. Que possamos sondar nossos corações e rever as verdades sobre nossa
identidade, reconhecendo o que tem nos impedido de nos achegar nesse lugar. Precisamos ter a convicção de que Ele é tudo o que precisamos, de que Ele deseja se encontrar conosco, nos deu liberdade para nos encontrarmos com ele e que há poder em nossa comunhão com Ele.