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A esperança que o natal nos oferece

Natal

Levanta a mão quem ama o Natal! Provavelmente, você está com as mãos para cima. Aliás, eu garanto que você não vê a hora de poder sentar-se à mesa juntamente com seus familiares. E se porventura eles estiverem geograficamente distantes, a saudade será imensa.

Esse momento de estar à mesa me faz lembrar de que todos pertencemos a uma família ainda maior. Somos participantes de uma festa vindoura, um grande banquete de celebração.

Você já parou para pensar que quando se está à mesa na festividade natalina outras milhares de pessoas pelo mundo também estão? Portanto, mesmo todos sendo de famílias distintas partilham e compartilham das maravilhas da ceia de Natal? Assim, todos juntos ali têm o mesmo objetivo e estarão saciados e alegres. Logo, o natal tem uma razão. É não apenas o nascimento de um menino mas também um renascimento da esperança para os que creem na vida gloriosa de Jesus Cristo.

 

Eu não gostava do natal, mas…

Mas antes preciso confessar um pequeno detalhe: eu aqui, que vos escrevo, não gostava do natal. Vocês acreditam?!

O Natal me parecia uma data para gastar dinheiro, passar calor em comércios e novamente, passar calor. Até que ele me foi apresentado como um momento diferente e único de reflexão profunda que aponta para uma bendita ESPERANÇA.

E você deve se perguntar:

“Como assim esperança?! Irmã Elô, me desculpe a sinceridade, mas Jesus não nasceu em dezembro. Esperança? Muito provavelmente, você não passou o natal na minha casa. Quando nos reunimos há discordâncias, muito amigo secreto e discussão sobre política (risos).”

Amigos, certamente não os conheço pessoalmente e não tive o prazer de passar essa festividade com vocês. Bem sei que mesmo diante das peripécias que temos com as nossas famílias, há espaço para pensarmos sobre porque o natal nos oferece uma esperança. Gostaria de compartilhar essa porção das escrituras:

“O povo que andava em trevas viu uma grande luz sobre os que habitavam na terra da sombra da morte.

(…) Porque um menino nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. O seu domínio aumentará, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para estabelecê-lo e firmá-lo em retidão e em justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso”.

Isaías 9:2, 6-7.

Vejam, são as boas novas! Um deleite está preparado para os que creem. O Cristo, o Deus Encarnado, nasceu. Agora uma esperança foi dada a toda humanidade. Por meio do nascimento do Filho de Deus, que deixou toda sua Glória e majestade, podemos hoje experimentar uma sublime esperança. Uma grandiosa bênção nos foi concedida.

 

A bendita esperança

O Deus vivo que desceu dos céus veio para a salvação. Por esse motivo comemoramos. Por essa razão deveríamos estar com nossos irmãos e amigos, todos juntos no Natal, sentados à mesa para a celebração da vida, e além disso, nos lembrando que a luz dos homens, o primogênito de toda criação, Ele está nos mais altos céus e que um dia retornará.

Irmãos, certamente haverá um dia que estaremos à mesa e nos satisfazemos Nele.. Naquele dia, meus amigos, o Cristo ressurreto não terá de ir. Pelo contrário, o veremos face a face assim como Ele é e estaremos unidos para sempre. Essa é a esperança cristã. Ela é viva e celebra a vida de Jesus.

 

Gostaria de convidá-los para que neste Natal possamos trazer à memória a única certeza que temos: que Jesus veio a terra para nos dar vida e uma vida em abundância. Junto com sua família sente-se à mesa lembrando que estamos celebrando o Deus Emanuel,  e que um dia estaremos sentados com Ele em seu grande banquete.

Glórias nas alturas! Sejam a honra, a glória pelos séculos dos séculos a Jesus Cristo, a esperança viva!

O nosso Redentor vive!

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concedeu o seu favor.” Lucas 2:14

Feliz natal e boas festas!

Quero trazer uma reflexão de natal aqui e falar de uma pessoa que há muitos anos tenho compartilhado sobre sua vida. Não é uma personagem muito comum de se falar na época do natal. Por isso, eu quero trazer aqui um ângulo diferente da vida e do testemunho de Ana, a partir de Lucas 2.

Talvez a pergunta mais feita no período do natal é “Por que Jesus veio ao mundo?”, ou “Qual é o sentido e o motivo do natal?”. Logo, se você é pai de uma criança, com certeza já se deparou com alguma variação dessas perguntas aqui. Obviamente a resposta para nós é que o Natal tem tudo a ver com Cristo e precisa ter a ver com Ele.

Nesse tempo, temos a oportunidade de convidar Jesus para as nossas mesas e nossas conversas como em nenhum outro momento. Não podemos deixar nenhuma outra “magia” roubar do nosso coração ou dos nossos filhos o verdadeiro sentido do natal: o nascimento de Jesus.

 

Testemunhos de natal

Algumas pessoas testemunharam dos eventos em torno do nascimento de Jesus. Como Isabel, prima de Maria, por exemplo. Ela afirma que Jesus é o Senhor dentro de um contexto onde a expectativa messiânica descansava no coração de um povo aparentemente desamparado e esquecido por Deus.

Ela chama um bebê de “meu Senhor” (Lucas 1:42-43). E eu pergunto, quem alguma vez tratou uma criança com tanta honra, com tanta dignidade? Assim como os pastores que afirmaram que Jesus, aquele bebê, – não haveria de ser – mas que Ele era o Salvador.

Em Lucas 2:26 Simeão também afirma que Jesus é o Cristo. Portanto, foi lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não veria a morte antes de ter visto o Cristo. Dessa forma, falar desses temas no período do Natal nos traz de volta ao nosso diálogo: “Por que devemos saber quem é Jesus e não só o que Ele fez por nós?”

 

Quem exatamente é Ana?

³⁶ Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar
³⁷ e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite.
³⁸ Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Em Lucas 2, José e Maria estão levando o menino Jesus, de acordo com a lei mosaica, para apresentá-lo no templo no oitavo dia para ser circuncidado. Portanto, a Bíblia diz que Ana servia no templo dia e noite durante décadas. Ela chega ali no momento exato em que Maria e José estão com o menino no colo.

A Bíblia diz que essa mulher era uma profetiza, filha de Fanuel da tribo de Aser. Essa tribo fazia parte das 10 tribos que foram para o norte e foram expulsas da terra. E se dispersaram quando Babilônia invade Israel.  De alguma forma, Ana encontra de volta o seu caminho até Jerusalém.

Contudo, Ana era viúva há muitos anos. Aproximadamente 60 anos, aliás. E desde que ficou viúva ela nunca se afastou do templo. Ela se dedicava à oração dia e noite e assim, toda sua vida girava em torno desse lugar. Além disso, era piedosa, tinha zelo pela casa de Deus e amava o povo de Deus. Ela simplesmente vivia para adorar e servir a Deus.

 

O testemunho de Ana

Outra coisa interessante que nos é dito sobre Ana, é que ela tinha um dom profético. Sendo assim, ela era alguém que recebia uma revelação direta da parte de Deus. O Senhor deu esse presente especial para Ana, que foi cultivado através do seu caminhar próximo com Ele. Dessa forma, sua mente podia ser iluminada pelo Espírito de Deus, e ela tinha discernimento do que estava acontecendo e podia transmitir a outras pessoas.

Quando Ana chega no templo e se depara com Maria, José e o menino Jesus ela dá “graças a Deus”. Eu imagino que haviam muitas pessoas ali. Os sacerdotes que trabalhavam no templo, outros meninos que seriam apresentados também. Porém, Ana chegou e discerniu que aquele não era um menino qualquer.

Aquela mulher entendeu o que o Senhor estava fazendo naquele templo. Muitos não perceberam, embora eram pessoas que afirmavam falar em nome de Deus. Eles não viram e não sentiram Deus. Um homem comum, como Simeão – que não era um sacerdote e ninguém importante – que reconheceu que Deus estava no meio deles. E além dele, Ana que chega ali, e é revelado para ela que o menino era aquele a quem eles esperavam há séculos.

De profetiza a evangelista

Ali, diante dos olhos de Ana, o menino que a Bíblia profetizou que haveria de vir. E assim, diferente de todos os outros testemunhos que falamos antes aqui, Ana diz que Ele é o redentor. Ela proclama e conta a todos a respeito da redenção de Israel.

Ana era uma profetiza, e agora se torna uma evangelista. Ela assume esse papel de anunciar sobre o Salvador. Assim, a Bíblia nos diz que a mensagem de Ana era essa: Ele é o redentor, o resgatador que nos comprará de volta do domínio do mal, o que nos resgatará das mãos dos inimigos de Deus.

No primeiro natal, ao ver Jesus, Ana dá graças a Deus e testemunha dele a todos que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

O que é um redentor?

Redenção é uma palavra que todo cristão deveria conhecer e ser capaz de explicar o que significa. Além do mais, Ana poderia ter saído para testemunhar e ter falado tantas outras características de quem Ele era. Todavia, no contexto do primeiro natal, o testemunho de Ana foi dizer ao povo de Israel que o Redentor chegou.

Quando ela disse que a redenção de Israel chegou, ela está dizendo que o resgatador disposto a pagar o preço para tirá-los debaixo do domínio que eles estavam e colocá-los debaixo de outro domínio. Afinal, um resgatador, no sentido bíblico, era aquele pagaria o preço do resgate.

 

Uma história de redenção

Muito se fala no Novo Testamento sobre a redenção, sobre sermos redimidos por Cristo. Portanto, Ana não tinha as palavras de Paulo e nem mesmo os Evangelhos. Logo, ela olhava para o Antigo Testamento e entendia “redentor” no contexto do que essa porção das Escrituras nos mostra sobre isso.

Neste caso, vemos no livro de Êxodo o grande propósito de Deus que é reunir um povo de cada tribo, nação que o ame, o adore, o glorifique e desfrute dele para sempre. E a história da redenção começa com um homem chamado Abraão e a partir de sua linhagem o redentor haveria de vir. Contudo, até então não se sabia qual seria o preço a ser pago pelo resgate. Além disso, toda a história do Antigo Testamento mostra um Deus redimindo o seu próprio povo.

 

O Redentor vive!

²⁵ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
²⁶ E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Jó 19:25,26

 

Ana estava esperando este Redentor. Ela viu e acolheu o menino Jesus pois ela sabia quem Ele era. Com seus 84 anos, talvez Ana não viveu tempo suficiente para ouvir os ensinamentos de Jesus 30 anos depois. Mas a sua esperança era que um dia viria o seu Redentor.

Portanto, nenhuma mente consegue entender perfeitamente como será o dia em que a profecia em que Jó declara se cumprirá. O dia em que Deus se levantará sobre a terra e seus olhos o veriam. Mas ele declarou tão profundamente que a obra do Redentor se estende além dessa vida. Hoje já podemos desfrutar de parte do que Cristo comprou, mas o melhor e a maior parte de tudo ainda está por vir.

Deus resgatará seus filhos e filhas e o mundo inteiro será redimido. Haverá novos céus e nova terra. Tudo será novo! Essa é a esperança que o Redentor trouxe!

Essa é a esperança do natal!

 

Pr. Vinicius Sousa

Palavra do culto da Fhop Church do dia 3 de Dezembro de 2021

 

Assista abaixo:

Culto Fhop Church: Reflexões de Natal: O testemunho de Ana

Essa semana dá início ao advento de natal, ou seja, o tempo de preparação para celebrarmos a vinda do nosso Senhor ao mundo. Durante esse tempo, traremos aqui no blog algumas reflexões sobre o natal para você meditar na importância dessa data para nós como cristãos. Dessa forma, quero começar falando sobre Aquele que é o mais importante: Jesus, a boa parte do natal.

A boa parte do natal é Cristo

Ok. Eu sei que é muito legal essa temporada do ano. Corremos de um lado para o outro em busca de presentes, fazemos compras para as diversas confraternizações, passamos tempo com nossos familiares, reencontramos pessoas. Tudo isso é importante. Portanto, é preciso trazer à memória que o natal é sobre Cristo. Então, tudo bem festejar e celebrar, mas nós celebramos e nos reunimos em torno de uma coisa: a boa parte que nunca nos será tirada.

Traga Cristo para a conversa. Lembre-se dele à mesa. Embora você saiba que esse não é realmente o “aniversário de Jesus”, essa é uma data para se lembrar. Mas se lembrar do que? De que Cristo veio ao mundo, Ele deixou Sua glória e se tornou um bebê. Logo, Ele foi o presente que o Pai deu ao mundo como uma resposta do Seu grande amor por nós.

 

A boa parte do natal é ser grato

Em meio às comemorações, e aos presentes –  e as sobremesas deliciosas – a boa parte do natal é ser grato pelo maior presente que o Pai nos deu. Por isso, nesse tempo, cultive em seu coração gratidão pelo que Cristo fez por mim e por você!

Existem tantas razões para derramarmos nosso coração com boas palavras a Cristo. Tente fazer uma lista de 10 motivos para ser grato e falhe miseravelmente, porque certamente você encontrará muito mais do que isso. Mesmo assim, louve-o, e agradeça-o com todo seu coração pela esperança que seu nascimento nos traz.

 

Nesse natal, escolha a boa parte

Quando Maria, mãe de Jesus estava prestes a dar à luz, não havia nenhum lugar em Belém que pudesse receber essa família. A cada porta que eles batiam, as cabeças se balançavam e tudo que eles recebiam era um não. A luz do mundo, rejeitada antes mesmo de nascer. Até que alguém disse: “Há um lugar ali no curral”. E foi ali, no lugar mais simples, aquele que sustenta todas as coisas pela Sua palavra, nasceu. Fico imaginando a glória e a simplicidade daquele momento que dividiu a história da humanidade.

Que grande oportunidade todos perderam! Ninguém na história de Belém poderá dizer: “foi na minha hospedaria que o Messias nasceu”. Ninguém, além de Maria, José e provavelmente alguns animais, pôde vivenciar a grandeza desse momento. Por isso, nesse natal, não perca a oportunidade de escolher Cristo mais uma vez. Não deixe que as tantas outras coisas deixe a sua vida e o seu coração lotado até que você seja capaz de dizer: “não há espaço para Cristo aqui”.

Escolha a boa parte. Encontre espaço para Ele. Se não tiver espaço para Cristo na sua vida, não é necessário ter espaço para mais nada, pois apenas uma coisa é necessária.

 

 

O cristianismo é um modo de vida no qual colocamos em prática a vida do próprio Cristo em ação no nosso dia-a-dia. Não um Cristo que se encaixe em nossos padrões ou sirva às nossas necessidades, um Cristo reciclado ou diluído. Precisamos conhecer Jesus e nos opormos contra as falsas ideias a respeito dele.

Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou? ” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas”. “E vocês? “, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou? ” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. Mc 8:27-29 

Jesus é o esplendor da glória de Deus e a expressão exata de sua natureza (Hb 1:3). Jesus é Deus, plenamente Deus e plenamente homem. Ele, como Deus, nos mostra quem Deus é; e como homem, Ele nos mostra quem nós deveríamos ser. Ele é o Verbo, o logos que traz sentido para todas as coisas (Jo 1:1). Através de Cristo, vemos a glória do Pai, cheio de graça e verdade.

Quem é Jesus?

Cristo é aquele que sempre existiu; Ele é desde sempre e para todo o sempre (Jo 8:56-58). Ao declarar isto, Jesus afirma que Ele é a realidade absoluta. O universo veio à existência a partir Dele e é inteiramente sustentado por Ele. Ele é Todo-poderoso e Sua palavra é o que preserva tudo que existe.

Assim, Jesus é imutável, Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. Por isso, Ele é constante e fiel em suas promessas. Ele é verdadeiro e não nega a si mesmo.

Jesus é o padrão da verdade. Tudo o que Ele faz está de acordo com a verdade de quem Ele é. Se nós conhecemos a Cristo, conhecemos a Deus porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9). Tudo o que é digno e admirável se resume na pessoa de Jesus. Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento; conhecê-Lo é conhecer as riquezas insondáveis do próprio Deus.

Ele é soberano sobre tudo, e haverá um dia em que Ele irá exercer sua autoridade e tudo será colocado debaixo da obediência de Jesus Cristo. Ele retornará com poder e glória. E naquele dia Ele nos servirá mais uma vez, porque Ele continuará sendo manso e humilde de coração (Lc 12:37).

Como reagir diante de descrição tão maravilhosa e grandiosa da realidade de quem é Jesus?

Como devemos viver a vida diante dessa realidade?

Devemos reconhecer o senhorio de Jesus Cristo sobre nós. Em meio a tantos afazeres e preocupações da vida, esquecemos que Ele é tudo o que importa e está no controle de todas as coisas. Por isso, devemos refletir que áreas da vida não temos submetido ao Seu senhorio. Coloquemos nosso ser mais uma vez diante Dele, pois Ele é digno de todo o nosso coração.

Devemos derrubar os ídolos do coração. Se Jesus não tem o senhorio dos nossos corações, então nós
temos levantado ídolos, colocando coisas acima Dele. Portanto, se colocamos nosso coração diante do
Senhor, Ele irá derrubar e quebrar todos os ídolos do nosso ser.

Precisamos conhecer a beleza de Jesus por meio da Palavra. Sendo assim, precisamos ler e meditar nas Escrituras,
onde temos a revelação de quem Ele é. Através da Bíblia, o Espírito Santo revela as verdades de Deus
para nós. Esse é o alimento diário que precisamos para manter o nosso coração aquecido.

Devemos clamar ao Espírito Santo que desperte nossos corações ao arrependimento. É necessário nos arrependermos para voltar a colocar Jesus como centro da nossa vida. Se Jesus não tem o seu lugar devido, então teremos desperdiçado os nossos dias.

Coloquemos o nosso coração diante do Senhor. Que o Espírito Santo abra os nossos olhos, brilhe Sua luz sobre os nossos corações e nos revele diariamente a beleza e a grandeza de quem Ele é.

Feliz natal!

A Esperança prometida

Vivemos um ano difícil, onde todos estamos cansados. Afinal, onde encontraremos a promessa do Natal de descanso?

O nascimento de Jesus não foi só um presente para os gentios, ele também foi um consolo e um conforto para os judeus.

A esperança prometida é Jesus. Em Isaías 40 há uma resposta para o cansaço coletivo:

“O que dizes, ó Jacó, e falas ó Israel, o meu caminho está escondido do Senhor e o meu direito passa despercebido ao meu Deus. Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da Terra não se cansa, nem se fatiga. O seu entendimento é insondável, ele dá força ao cansado, Ele fortalece o que não tem vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, os moços
cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão suas forças subirão como asas
como águias, andarão e não se fatigarão.” Isaías 40:27-31 

O Senhor quer e pode nos reencontrar em meio ao nosso cansaço e fortalecer a esperança de sermos renovados por meio dele.
O Senhor quer revelar a frustração do nosso coração. Acreditamos que só nós mantivemos a nossa parte da promessa, mas pensamos que Deus não manteve a dele.

Porém, no texto de Isaías 40 vemos que o tom do  diálogo do Senhor é de conversa, não de repreensão. Mas com o intuito de esclarecer as coisas.

O desejo do Pai é restaurar o nosso relacionamento com Ele.

Cremos no renovo da perspectiva da bondade e do amor de Deus na nossa casa. Pois o Senhor não tem limite de ânimo e de força. Ele não se fatiga.

Assim, aquele que não se cansa e sustenta todas as coisas, continua nos sustentando agora mesmo.

Você pode ficar cansado, exausto, mas o Senhor não fica.

O Senhor dá força. Ele não troca, vende, não põe condições a maneira que dá força para você. E ele faz isso doado-se a você.

Cair exausto é um sinal que nós temos corrido distantes de Deus, na nossa própria força e sozinhos. Hoje, admita para o seu próprio coração onde você se encontra e permita que o Senhor cresça sua força em você.

Sendo assim, vamos ser vulneráveis diante do Senhor e ter um diálogo tenro com Ele, pois Ele tem uma fonte inesgotável de ânimo para nós.

Entregue suas preocupações e deposite sua confiança no Senhor. Ele está pronto para ouvi-lo.

 

O Evangelho de Mateus inicia com uma longa genealogia até chegar em Jesus. Seria sobre sua humanidade? Mas qual é o motivo de falar de tantos descendentes logo no início do livro? Por que não começar com uma história de triunfo ou de glória?

Provavelmente, uma história de ficção começaria com um belo “Era uma vez”. E seu enredo focaria em descrever um cenário, sentimentos, suspense e expressões de modo que o leitor se contactasse desde o início.

Mateus parece preferir os registros históricos para retratar uma realidade espaço-temporal. Diferente dos contos de fada que não são reais, a genealogia apresenta ao público de Mateus, não uma história de ficção, mas uma novidade!

 

A má notícia!

A novidade de Mateus ao relatar a genealogia de Cristo era testemunhar a humanidade de Jesus. Porque o povo estava esperando não apenas um nascimento, mas uma vinda!

A vinda era a resposta que Israel precisava. Durante todo o Antigo Testamento, Israel era retratado como a videira, o exemplo para o mundo, o povo escolhido de Deus. Mas a história de Juízes, por exemplo, contrasta terrivelmente com o que Deus desejava construir. 

O livro de Juízes nos revela a humilhante condição da humanidade. Várias pessoas foram levantadas para liderar o povo, mas a corrupção do seu coração era o que realmente guiava as motivações e atitudes. Eles desejavam a bênção de Deus para continuarem em idolatria e pecado.

Isso nos mostra que não somos a resposta, não temos condições de com nossas próprias forças e intelecto tornar o mundo um lugar realizado e feliz. A má notícia é que não podemos salvar a nós mesmos!

 

A boa notícia à toda humanidade!

Quando Mateus traz, para o início da sua carta, a humanidade de Jesus, ele não está contando uma história fictícia, mas afirmando que uma nova realidade nos foi apresentada na nossa realidade espaço-temporal.

“É verdade! É uma boa notícia! Aquilo que é transcendente e espiritual veio até nós!” Nós nunca poderíamos alcançar a vida sobrenatural e nunca seríamos capazes de trazer a realidade transcendental para o nosso mundo se não fosse pela vinda de Jesus.

A vinda de Jesus é a resposta que o mundo precisava. Enquanto, nós buscamos a felicidade e o significado da vida por nosso próprio juízo e intelecto, Deus está estendendo a nós sua graça, dizendo: “Vocês não precisam fazer nada! Eu vou até vocês.”

 

O Natal 

A vinda de Jesus se concretizou. Ele era um bebezinho, quando veio ao mundo. As pessoas o reconheciam como Rei, mesmo estando em um estábulo.  

Quem conhece Jesus, não apenas o acha uma boa pessoa ou alguém interessante. Mas o reconhece como Rei, como Deus. Não é possível olhar para Jesus e não adorá-lo, porque Ele era aquele que estava com Deus desde o princípio e era Deus.

Quando você esperar uma realização, encontrar um significado para esta vida, lembre-se, neste Natal, que Jesus é a resposta que nenhum de nós foi capaz de oferecer nesta terra.

Esses anseios são sinais de que é verdade que existe alguém que resolve nEle todos os clamores do coração humano por redenção!

Hoje te convido a vir comigo para que possamos compreender o sentido da encarnação divina. Nós, cristãos, valorizamos muito a ressurreição de Jesus e sim, devemos mesmo dar tamanha relevância, pois ela é a nossa grande esperança e Jesus foi o primogênito entre os mortos. Mas vamos aproveitar esse período para nos lembrar da importância também da encarnação.

No Antigo Testamento Deus aparecia por meio de Teofanias. Ele era um Deus presente para seu povo. Abria o mar vermelho, trazia uma coluna de fogo para aquecer, trazia nuvem para amenizar o calor do dia. Teofanias são manifestações visíveis de Deus na Terra. Deus realmente aparece em alguns momentos do Antigo Testamento. Por isso, Natal não é teofania, pois Jesus encarnou e assim permaneceu.

Portanto, teofania não é concebida ou gerada. A teofania surge, aparece, ela é dada. Natal não é assim, natal é encarnação. A beleza do significado da encarnação está na compreensão disso. O sentido da encarnação então é Deus entrando corporalmente na história.

A dívida por trás da encarnação

Inegavelmente nós pecamos. Adão representa toda a humanidade, o erro dele nos torna agora devedores. Somente um homem justo poderia pagar essa dívida entre homens e Deus. Mas sabemos que nenhum homem desde Adão é justo, nenhum de nós conseguiria suportar a ira de Deus. Por isso, somente Deus poderia aplacar sua ira. Então, o filho de Deus se faz homem. Por isso confessar que Jesus Cristo é o Senhor e se fez carne é essencial para a nossa confissão de fé. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus(I João 4:2).

Sendo Deus, Jesus não poderia morrer por nossos pecados, mas como homem, Ele poderia. Jesus veio para morrer, por isso a sua morte e a sua ressurreição ao terceiro dia é razão para o Natal. Ele já existia antes da manjedoura. O mistério não é apenas o nascimento virginal, mas também a encarnação. O belíssimo fato de que Jesus existe desde os tempos antigos.

Olha o que Miquéias 5:2 diz: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Ele estava com Deus e era Deus, esse é o motivo de nossa fé e é também o que a Bíblia nos ensina.

A encarnação divina

Desse modo, Deus  se aproxima ainda mais de nós. Ele é Deus encarnado na figura do bebê de Maria. Isso mostra uma atitude de humildade da parte dele, de se abaixar até nós. Isso faz muita diferença, pois Ele se tornou homem e se manteve totalmente Deus. 

Com efeito, quando Jesus encarna ele não abre mão de sua natureza, não se esvazia de sua essência. A encarnação não tira dele sua divindade, agora ele passa a ter também forma de homem. Conforme lemos em Filipenses 2:8: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”.

Jesus possui duas naturezas, uma divina e uma humana. Ele é perfeito em sua divindade e humanidade. O mistério da encarnação é que em Jesus existe apenas uma pessoa e nessa união de sua natureza humana e divina não existe confusão, nem mudança, nem divisão e nem separação.

Observe essa citação de Agostinho no seu sermão 188:

Ele nos amou tanto que, por nossa causa, foi feito homem no tempo, por meio de Quem todos os tempos foram feitos; estava no mundo há menos anos do que seus servos, embora mais velho do que o próprio mundo em Sua eternidade; foi feito homem Quem  fez o homem; criado de uma mãe, a quem Ele criou; foi carregado pelas mãos que Ele formou; amamentou nos seios que Ele havia enchido; gritou na manjedoura na infância sem palavras, Ele, a Palavra sem a qual toda eloquência humana é muda.

A encarnação divina é humilhação

Podemos então também dizer que Natal é a comemoração da humilhação, do rebaixamento de Deus que assim o fez para nos elevar em Jesus. O Natal nos anuncia o sentido da encarnação divina, em nossa maior necessidade, salvação, e a forma com que Deus proveu o nosso Salvador, não só a nós humanos, mas também para toda realidade criada.

Ao passo que essa época do ano, que se repete ano após ano, serve justamente para nos trazer à memória esse grande feito de Deus. É necessário termos sempre viva dentro de nós a obra maravilhosa e o plano perfeito de Deus para restaurar tudo de volta nele.

Ou seja, Natal fala do presente de Deus em nos doar seu Filho. Fala da obediência de um Filho a ponto de se fazer homem, vir habitar conosco, experimentar do que experimentamos. E resolver o maior dos nossos problemas, o nosso drama como humanidade, a nossa alienação moral, ou seja, esse nosso afastamento e desinteresse moral. Nossa alienação e distanciamento primeiramente de Deus e como consequência temos esse pecado em nós.

Graças a Deus pela encarnação divina

Tudo isso que vemos hoje em forma de corrupções, de injustiças, esses problemas da convivência humana que são quase que insolúveis. Esse mal que reside no coração de cada um, fala desse nosso afastamento moral em relação a Deus. Mas é exatamente em Cristo, por meio dessa atitude acessível dele, de vir e se fazer como nós, que então Deus nos traz a solução para esse nosso drama interior. O perdão de nossos pecados e a reconciliação do nosso relacionamento com Deus que é a solução do nosso drama interno para ter acesso à vida eterna por meio de Jesus. Justificados e perdoados em Cristo.

Portanto, em todos os Natais, lembre-se sempre do motivo de Jesus ter vindo. Foi graças à encarnação que a Esperança hoje é uma realidade, Deus usou a encarnação para pôr fim ao abismo que havia entre nós e Ele. Você não vê isso acontecer em nenhuma outra história, lenda ou mitologia. Deus veio até nós, o verbo se fez carne. A encarnação nos lembra de reconhecermos a grandiosidade de Jesus Cristo que se rebaixou ao vir até nós. Ele encarnou para nos reconciliar, e está assentado a direita de Deus Pai e isso para nós é uma graça imerecida.

 

A humanidade de Jesus é um dos aspectos mais impressionantes do evangelho. Você já parou para pensar sobre isso? No que significa Deus se fazer homem e habitar entre nós? A Bíblia nos afirma que Jesus é a Palavra e que por meio dele todas as coisas foram feitas. Sem Ele, nada existiria. Mas, sendo Ele Deus, tomou a forma de servo e se despindo de sua glória, habitou entre os homens.

“Ele, a Palavra, estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas através dele, e, sem Ele, nada do que existe teria sido feito.” João 1.2-3

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, tendo plenamente a natureza de Deus, não reivindicou o ser igual a Deus, mas, pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo plenamente a forma de servo e tornando-se semelhante aos seres humanos. Assim, na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, entregando-se à obediência até a morte, e morte de cruz.” Filipenses 2.5-8

Tão pequenininho, Jesus se mexia no ventre de Maria. Tão pequeninho, ele crescia. Mas, havia um propósito ao vir. Ele veio para resgatar o homem pecador. Veio para trazer salvação. Jesus não é como o ladrão destruindo e roubando tudo à sua volta. Ele é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas. 

A humanidade de Jesus gera esperança

A humanidade de Jesus gera muita esperança em meu coração. Pois, aqueles que se encontravam presos, podem ser livres e dispor de uma vida abundante. Jesus nos afirma que Ele e a porta para salvação, e as ovelhas que entrarem pela porta serão supridas, pois encontrarão pastagens. (João 10.1-18)

Jesus dá a vida de forma generosa, sem nem um tipo de avareza para conosco. Seu coração é gentil e belo. O cuidar de suas ovelhas atravessa gerações. Ele não estava apenas preocupado com os seus 12 discípulos judeus. Ele disse que haveriam outras ovelhas que ouviriam a sua voz e elas também serão conduzidas.

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me provém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.” João 10.14-16

Sendo assim, existe esperança porque Jesus se tornou homem. Portanto, nós não estamos abandonados ao acaso. Mas temos um pastor para nos mostrar o caminho que devemos seguir. Há uma voz a nos guiar quando abrimos nosso coração para Jesus. Resta-nos perguntar: Temos ouvido a voz do Senhor? Temos sido conduzidos por Ele? Ou independentemente tomamos nossas próprias decisões sem nos importarmos com a vontade de Deus? A humanidade de Jesus nos dá esperança?

Em humanidade Jesus se identifica com o homem

Sim! Jesus sabe! De todas as nossas questões, Ele sabe! Nossas lutas internas, tentações, dores. Nossas emoções como seres humanos. Jesus sabe. Ele se identificou conosco quando se despiu de sua glória para se tornar um homem como nós. 

A humanidade de Jesus demonstra tal realidade, pois Ele sentiu fome (Mateus 4.2), sede (João 19.28) e cansaço (João 4.6). Ele chorou pela morte de seu amigo Lázaro (João 11.35) e lidou com rejeição e perseguição. Conheceu a morte ao derramar sua vida na cruz (João 23.46). 

Enfim, este é um motivo dele nos tocar tão profundamente. Mesmo quebrando paradigmas culturais Jesus tocava as pessoas literalmente, mesmo aqueles que não poderiam ser tocados como os leprosos por serem considerados impuros. Do mesmo modo, Jesus falava com as mulheres em uma época onde elas não eram contadas como parte da estatística de pessoas. Ele amou os samaritanos quando estes eram rejeitados pelos judeus. Jesus sabe como nos sentimos. Ele conhece a nossa história.

Deus enviou o seu filho

“Todavia, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido também debaixo da autoridade da Lei, para resgatar os que estavam subjugados pela Lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” Gálatas 4.4-5

No Éden, quando o homem pecou, Deus estabeleceu um rito porque não poderia admitir o pecado, pois Ele é Santo. “Trareis também um bode expiatório em sacrifício pelos pecados, para cumprir o rito de expiação por todos vós.” Números 28.22. Deus enviou o seu Filho para que, de uma vez por todas, o sacrifício fosse pago pelos nossos pecados. E por isso, nós obtemos liberdade, pelo sacrifício de Cruz de Jesus.

“Em verdade, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu por todos os ímpios.” Romanos 5:6

“Porquanto, aquilo que a Lei fora incapaz de realizar por estar enfraquecida pela natureza pecaminosa, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do ser humano pecador, como oferta pelo pecado. E, assim, condenou o pecado na carne,” Romanos 8:3

Se hoje somos livres é porque Jesus veio como um homem. Sua humanidade nos traz liberdade. Mesmo sendo Deus, se revelou em amor profundo assumindo nossa forma frágil de ser humano. Mas, Ele continua sendo 100% Deus assim como é 100% homem. 

Conclusão – Celebrando o Filho de Deus

“Eu vim para que as ovelhas tenham vida, e vida em plenitude.” João 10.10b

Afinal, agora que nos aproximamos do Natal, a data em que celebramos o Nascimento de Jesus, também celebramos a sua humanidade. Desde criança ouço muitas histórias sobre os natais. Sobre como podemos comemorá-lo e o que devemos excluir de nossas comemorações.

Os ciclos e rituais são importantes para os homens e simbologias fazem parte da cultura, mas eu quero uma revelação pessoal do Natal e do que significa a humanidade de Jesus para minha própria história. Então, fico pensando que: Deus amou tanto o mundo que deu o seu único filho para que os que creem não pereçam, mas tenham a vida eterna (João 3.16). Jesus é a porta para a salvação, Ele é o bom pastor que deu a vida pelas ovelhas e Ele as guia com sua voz. Ele ainda nos afirma que Ele dá a vida e a dá em abundância. 

Sendo assim, meu desejo neste tempo de recomeços e reflexões é que 2023 seja cheio da vida de Deus em nós. Que sua identificação conosco nos eleve à um novo nível de relacionamento e nos encha de esperança para prosseguir com muita alegria em nossa jornada na Terra. 

Feliz Natal!

Então o Natal está chegando… E você, realmente entende o que isso significa?

Essa é uma data valiosíssima para nós cristãos, sabe por quê? Eis que Deus se fez carne e veio habitar entre nós, tomou forma de homem e veio nos resgatar. 

Mesmo que a data certa de seu nascimento não seja essa, sabemos que é essa a data estabelecida para nos lembrar desse evento tão extraordinário que aconteceu na história e que dividiu o tempo em antes e depois de Cristo.

Entendendo o Significado do Natal

Natal é nascimento, é encarnação. Foi por causa do Natal que hoje podemos ver a face do Filho de Deus, e assim vemos ao Pai, pois Ele é a imagem do Deus invisível. Foi por meio da encarnação que Jesus se fez nosso represente para que as exigências da lei se cumprissem nEle e Ele se tornasse nosso substituto para morrer na Cruz e agora Ele é nosso mediador que nos reconcilia com Deus. E foi graças à encarnação que a Esperança hoje é uma realidade, Deus usou a encarnação para pôr fim ao abismo que havia entre nós e Ele. Você não vê isso acontecer em nenhuma outra história, lenda ou mitologia. Deus veio até nós, o verbo se fez carne.

E sabe o que é mais interessante? Vivemos nesse tempo tão louco onde tudo é imediatista, temos tantos meios, tecnologias e afins que facilitam nossas vidas, e que deveriam nos ajudar a ter mais tempo, mas ao contrário, nos deixam mais ocupados e cansados. Mas Deus, em meio a tudo isso, escolhe vir em forma de bebê. Essa é a forma mais demorada de cumprir algo tão extraordinário. E não só isso, Ele ainda vem contrariando toda nossa lógica, pois nasceu em uma cidade que pouco se espera de quem lá nasce. Lembra quando Natanael perguntou: “Pode vir algo bom de Nazaré?” (João 1:46). Ele ainda veio de uma família pobre e em uma nação fraca e uma raça pequena. Ou seja, em sua primeira vinda, Ele não veio como um Rei como se esperava.

Qual o sentido do Natal?

Enquanto outras religiões e filosofias morais dizem para você ser forte, que você tem forças para viver como se deve e que você é capaz de se recompor sozinho, Jesus diz: “Vim para o fraco”. Ele diz que nos salvará não pelo que fazemos, mas pelo que Ele faz. Sabe o que isso nos diz? Que devemos prestar atenção aos detalhes, aos processos. Se o nosso Salvador teve que viver o processo desde uma manjedoura até a Cruz, é porque há algo de valioso nisso.

Ele nos molda nesse processo, nas nossas lutas e nas nossas vitórias. Em cada dia, em cada mês e em cada ano, estamos sendo moldados por Ele. Na nossa obediência diária, nas nossas leituras da Bíblia, em nossas orações, quando servimos aos nossos irmãos, quando dependemos de Jesus em tempos difíceis. Em cada pequeno ou grande momento, nossa fé vai aumentando. Você deve estar pensando: “mas como pode um Deus infinito se tornar finito?” Ou ainda, “como algo tão extraordinário pode se tornar algo comum?”

Philip Yancey, em seu livro: “ O Jesus que eu não conheci”, diz o seguinte:

“parece que Deus preparou as circunstâncias mais humilhantes possíveis para a sua entrada, como se fosse para evitar qualquer acusação de favoritismo. Fico impressionado pelo fato de que o Filho de Deus, ao se tornar ser humano, jogou de acordo com as regras, severas regras: cidades pequenas não tratam com delicadeza os meninos que crescem sob paternidade questionável.”

Enxergando a beleza do Natal

Eis aí a beleza do Natal. O mundo não compreende, pois quer aplausos, glamour, fama e espetáculos. Quer rapidez, resultados imediatos, mesmo que não deem firmeza ou solidez. Mas a ironia do Natal é essa, o feriado cristão que todos parecem aderir, mas que contém a mensagem menos compreendida. Por isso, a mensagem do Natal é ofensiva, pois o mundo não compreende Deus na pessoa de Jesus.

O Messias se apresentou com um tipo de glória, mas era a glória da humildade. Ele se tornou acessível em Jesus, e assim Deus encontrou um meio de se relacionar com os seres humanos que não gerava medo.  Mas a julgar pelo modo como Deus planejou as circunstâncias nas quais ia nascer sem poder, nem riqueza, sem justiça e sem direitos, podemos concluir que suas preferências pelos desfavorecidos falam por si mesmas. E isso não parece muito lógico e aceitável para um Salvador. 

Celebre sim 

Então, meus irmãos e minhas irmãs, Natal é celebração sim! Nosso Salvador veio até nós. É uma graça imerecida, pois estávamos tão perdidos, e éramos incapazes de nos salvar. Mas a Luz do mundo atravessou as trevas e nos trouxe a maravilhosa luz divina. O Natal nos lembra de reconhecermos a grandiosidade de Jesus Cristo que se rebaixou ao vir até nós, nos amar. Ele desceu para se tornar grande e isso é a graça imerecida. Ali estava o Logos, Deus, homem, o Criador. O dono de tudo chegava em suas terras.

E nós aguardamos com expectativa seu retorno. Afinal, sabemos que a sua segunda vinda, nos reservará o que tanto aguardamos que é o retorno do nosso Rei. E enquanto aqui estamos, sendo moldados por Ele, nós anunciamos a esse mundo que existe um Rei, sim esse mundo tem um Rei e Ele é o Rei da Glória. Por isso, lembre-se sempre: Natal é o anúncio da nossa necessidade de salvação e de como Deus providenciou essa Salvação enviando seu Filho Jesus, nosso Salvador. Foi a partir do Natal que houve a Cruz, Ressurreição, Evangelho e Salvação. E que daqui mais um pouco de tempo, seu reino em plenitude estará aqui. Nós precisamos não estar apenas preparados para receber o Salvador, mas também preparados e prontos para o retorno do nosso Rei.

Portanto, em todos os Natais, lembre-se sempre do motivo de Jesus ter vindo.

Portanto, visto  que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse, aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” Hebreus 2:14-15 

Que grande presente de Natal de Deus para nós. Olhe para Jesus neste Natal, receba a reconciliação que Ele comprou, não a coloque em uma prateleira sem abrir. Mas abra e desfrute do presente, alegre-se  nele. Faça dele seu prazer. Faça dele seu tesouro.

O escândalo da humanidade de Jesus permanece sendo algo a ser lembrado sempre que nos aproximamos da celebração do seu nascimento. Mas, afinal de contas, por que Jesus veio ao mundo?

Se Jesus fosse apenas mais um profeta, mais um mestre, realmente não teria sido necessário que viesse ao mundo. Além disso, as coisas que Ele declarou seriam consideradas loucura se Ele não fosse realmente o Filho de Deus. Porém, Jesus é um homem judeu, mas também é o Filho de Deus e isso implica algumas verdades sobre a sua missão no tempo em que Ele habitou entre nós.

A lista de motivos para Jesus ter vindo ao mundo pode ser muito extensaafinal, esse é o assunto de toda a Bíblia. À medida que nos aproximamos do Natal, vamos relembrar alguns dos principais objetivos para a encarnação de Jesus na terra.

 

Ele veio para cumprir a promessa

“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15)

Em Gênesis, muito antes de sua encarnação, o homem se rebela contra Deus em pecado. Diante da queda da humanidade, Deus transforma a maldição em bênção; Ele promete que da mulher pecadora viria uma semente ou, em algumas traduções, o descendente, que pisaria na cabeça da serpente. Essa promessa é reafirmada por Deus em várias passagens bíblicas. Ao morrer na cruz e ressuscitar, Jesus cumpre a promessa, anunciando a derrota definitiva da morte.

 

Ele veio para servir os propósitos do Senhor

“Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas”. (Isaías 42:6-7)

Jesus realizou muitos sinais e maravilhas no meio do seu povo. Era importante que Ele fizesse isso para mostrar que Ele era o Messias prometido por quem os judeus aguardavam e para mostrar que era o Filho de Deus.

 

Ele veio para ser o sacrifício definitivo

“E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus.” (Hebreus 10:11-12)

A humanidade tentou em vão se achegar a Deus por meio de sacrifícios, ofertas e do seu próprio esforço. A sua natureza pecaminosa a impedia de ter um relacionamento próximo de um Deus completamente santo. Por isso, apenas um homem sem pecado com uma natureza divina poderia ser o sacrifício perfeito para romper o véu que separava o homem de Deus. Como João Batista reconheceu, Jesus é o Cordeiro de Deus que tomou sobre si o pecado de todo o mundo. 

 

Ele veio para sermos seus imitadores

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus (…) achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:5,8)

Saber que Jesus viveu a sua humanidade, nos consola e nos dá esperança. Assim como nós, Ele trabalhou, comeu, bebeu, se alegrou, chorou e sofreu. Nos evangelhos, podemos ler sobre o Seu relacionamento com o Pai e a Sua obediência à vontade de Deus. Com a sua vida na Terra, Ele mostrou que é possível também seguirmos pelo mesmo caminho de relacionamento e obediência. Não há nada que possamos passar na terra que Jesus já não tenha passado. Por isso e pela graça de Deus, podemos trilhar o caminho do discipulado, porque sabemos que antes foi trilhado por Jesus de Nazaré.

 

Ele veio para nos incluir na família

“Rogo também por aqueles que creram em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti.” (João 17:20)

O amor de Deus é transbordante e se manifestou ao entregar seu próprio Filho para morrer em nosso lugar. Ele deseja adotar uma grande família para si. Assim, não somos mais chamados apenas servos, mas também filhos. Através do Espírito Santo, podemos ser um com o Pai, nos relacionarmos com Ele, conhecer Seu coração e a Sua vontade, assim como Jesus.

 

Ele veio para anunciar o evangelho do Reino

“Daí em diante Jesus começou a pregar: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo’. (Mateus 4:17)

Desde o início do seu ministério, Jesus tinha uma única mensagem: a boa notícia do Reino de Deus. Ele não era somente o Messias prometido, como também o Rei prometido. Porém, esse reino não se daria exatamente da forma que pensavam. O seu Reino não é deste mundo, mas está por vir. Ele deixou uma mensagem clara sobre o seu Reino de paz, justiça e alegria. Cabe a nós crermos, nos arrependermos e anunciarmos essa boa notícia.

Neste Natal, ao meditarmos sobre o nascimento de Jesus, que possamos ter em mente essas verdades. Nada do que Ele fez foi por acaso ou sem propósito, Deus enviou Seu Filho no momento certo e nas circunstâncias ideias para que Seu plano se cumprisse.