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Conf’24 | Nossa carta de gratidão

Onething

Olhando para trás, quantos são os motivos de gratidão em nosso meio! Somos gratos porque, sem a menor sombra de dúvidas, até aqui nos ajudou o Senhor. Ele, de maneira soberana e admirável, guiou cada um dos nossos passos.

Somos gratos porque Ele não nos entregou aos nossos próprios desejos, ou seguiu os planos que para nós seriam os mais lógicos, adequados ou coerentes. Constantemente, Ele nos surpreendeu.

Somos gratos porque, nos momentos de dificuldade e durante as difíceis transições que enfrentamos, Ele não atendeu o nosso anseio de parar, mas nos visitou com sua infinita misericórdia trazendo sempre um novo ânimo e graça para cada estação.

Somos gratos por cada coração que Ele despertou para esse ministério. O ‘Sim’ de cada missionário intercessor que chegou à base apenas com um anseio de responder ao chamado do Senhor tem sido instrumentos valiosos nas mãos Dele para a construção da fhop.

Somos gratos porque hoje esse grupo já não se limita a 120 missionários, mas o Senhor tem acrescentado, por meio da nossa igreja local, irmãos e irmãs dispostos a colocar a mão no arado e entregar a Ele a adoração que lhe é devida.

Somos especialmente gratos por cada família que se formou em nosso meio nesses 10 anos. Podemos ver a bondade do Senhor em entrelaçar histórias e ter Seu nome glorificado em nosso meio.

Somos profundamente gratos pelas vidas de Dwayne, Jennifer, Sidney, Chloe e Elijah Roberts que ouviram o chamado do Senhor e responderam prontamente, dando início a essa linda jornada que estamos trilhando.

Somos gratos pela igreja local, porque temos visto o Senhor acrescentar irmãos à nossa família e nos forjar no lugar de discipulado e comunhão.

Somos gratos pelas provisões financeiras. Porque cada último dia do mês somos confortados ao ver milagres e saber que a mão do Senhor certamente fez isso.

Nossos corações transbordam de alegria e gratidão pelo privilégio de termos uma sala de oração. Cada oração respondida, cada milagre que vivemos, todas as vezes que o Senhor nos visitou de forma sobrenatural são lembranças que fazem nossos corações transbordar de alegria e gratidão e nos motivam a continuar.

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Junte-se a nós na edição 2025 da fhop conf. Estaremos juntos em São Paulo, nos dias 19, 20 e 21 de junho. Acesse agora conferencia25.com.br e inscreva-se!

O livro de Mateus, capítulo 6, versículo 33, nos diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Esta passagem nos ensina que devemos colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas e buscar Sua vontade acima de qualquer outra coisa. 

Para estabelecer essa nova rotina com Jesus, podemos começar com pequenos passos. Primeiramente, reservar um tempo todos os dias para estar na presença de Deus, seja através da leitura da Bíblia, da oração ou da adoração. É importante ter um momento de comunhão com Ele, colocando nossas preocupações, anseios e agradecimentos diante dEle.

Cultivando um Relacionamento Constante com Deus

Além disso, é fundamental cultivar um relacionamento constante com Deus ao longo do dia. Isso pode ser feito por meio de breves orações durante os diferentes momentos da jornada, buscando a orientação dEle em todas as decisões que tomamos. 

Outra maneira de priorizar nosso tempo com Jesus é buscar uma comunhão com outros cristãos. Participar de uma igreja e de um grupo de estudo bíblico, nos ajuda a fortalecer nossa fé e a compartilhar experiências com outros irmãos em Cristo. 

Além disso, é importante lembrar que priorizar nosso tempo com Jesus não significa negligenciar nossas responsabilidades diárias. Ao contrário, quando buscamos a orientação de Deus em todas as áreas de nossa vida, encontramos sabedoria e força para enfrentar os desafios e cumprir nossos compromissos.

Em resumo, estabelecer uma rotina com Jesus é essencial para nossa vida espiritual. Ao colocarmos Deus em primeiro lugar, buscarmos Sua vontade e alimentarmos nosso relacionamento com Ele diariamente, experimentaremos um crescimento espiritual significativo e veremos todas as outras áreas de nossa vida serem abençoadas. Portanto, vamos fazer dessa prática uma prioridade em nossas vidas e desfrutar dos benefícios de uma caminhada mais profunda com o nosso Salvador.

A Lição de Marta e Maria

Observe o texto abaixo de um exemplo claro sobre alguém que entendeu o poder de escolher a boa parte:

E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Lucas 10: 41 e 42 

No trecho de Lucas 10: 41 e 42, Jesus se encontra na casa de Marta e Maria, duas irmãs que o receberam em sua residência. Marta está ocupada com os afazeres domésticos e preocupada em servir o Senhor da melhor forma possível. Enquanto isso, Maria se senta aos pés de Jesus, ouvindo suas palavras.

A Boa Parte: Viver na Presença de Deus

Marta, sobrecarregada com as tarefas que precisam ser feitas, aflita pelo serviço que julga necessário, se aproxima de Jesus e lhe diz: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir sozinha? Diz-lhe que me ajude!”

Jesus, por sua vez, responde à Marta: “Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas. Entretanto, quando se trata de uma coisa, Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”

Nessa passagem, Jesus nos exorta a refletir sobre nossas prioridades e atitudes no serviço ao próximo. Marta, com sua atitude zelosa, estava correta em servir o Mestre. No entanto, sua atitude preocupada e ansiosa estava roubando sua paz e a verdadeira comunhão que ela poderia desfrutar ao lado de Jesus.

A visão de Maria

Por outro lado, Maria compreendeu que a presença do Senhor era mais importante do que qualquer tarefa ou ato. Ao se assentar aos pés de Jesus, ela demonstrou humildade e sede de aprender, valorizando a oportunidade de ouvir suas palavras e estar em sua presença.

Ao destacar a escolha de Maria como “boa parte”, Jesus nos convida a direcionarmos nosso coração para as coisas que realmente importam: nosso relacionamento com Deus e a atenção às suas palavras. Devemos buscar a comunhão com Ele, priorizando a adoração, o estudo da Palavra e a comunhão com outros irmãos em Cristo.

O convite de Jesus é que, em meio às atividades da vida cotidiana, não nos percamos nas preocupações e ansiedades que nos afastam d’Ele. Ele nos chama a viver uma vida equilibrada, colocando Deus em primeiro lugar e confiando que nossas necessidades serão supridas. Afinal, Ele é quem nos capacita e nos guia em todas as áreas de nossa vida.

Precisamos e devemos pautar toda a nossa vida tendo Jesus como o centro, dando a Ele o lugar em nossas vidas que foi conquistado na Cruz. 

Portanto, ao refletirmos sobre essa passagem, somos convidados a buscar a presença de Deus em cada momento. Que possamos aprender com Maria a valorizar a “boa parte”, cuidando do nosso relacionamento com o Senhor e desfrutando da sua graça e sabedoria em todos os aspectos de nossa existência.

Salmo 27:8

Precisamos entender e viver o que diz no salmo 27:8

Uma coisa pedi ao Senhor

e a buscarei:

que eu possa habitar na casa do Senhor

todos os dias da minha vida,

para contemplar a bondade do Senhor

e buscar a sua orientação no seu templo.

 

Minha oração por você é que priorize ao seu relacionamento com Jesus, viva para audiência de um, encontre consolo e vida aos pés do Mestre e escolha a boa parte, pois essa jamais lhe será tirada. 

O capítulo 6 do evangelho de Mateus é parte do maior sermão dado por Jesus: O sermão do monte. Além disso, é conhecido como a constituição do reino. Assim, Jesus chama Seu povo à perfeita obediência e a ter isso como alvo principal em sua vida. Portanto, naquela época, haviam grupos de pessoas, como os fariseus. Eles eram líderes que queriam ser vistos pelos outros como santos, como impecáveis perante a lei. Por isso, oração em público era uma maneira de obter atenção e admiração. No entanto, Jesus via e sabia o que havia por trás desses “atos de fé”. Por isso, ensinou ao seu povo que a essência da oração não é fazer em público somente, mas sim em viver para apenas um olhar. E assim, ter um relacionamento íntimo e privado com o Pai.

“Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê o que é secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)

Deste modo, orar somente onde somos vistos indica que o público verdadeiro não é o Senhor. Cristo estava chamando a atenção dos motivos por trás dos atos expostos. Portanto, a questão não é o local em si em que oramos ou a escolha entre a oração pública e privada, mas sim entre a oração sincera e hipócrita. Assim, Jesus nos conduz de volta ao relacionamento íntimo e sincero com Ele. 

 

 

O Senhor enxerga a sinceridade do coração 

O que seria então a oração secreta e sincera? Nas escrituras podemos observar diversos exemplos de homens e mulheres que eram intencionais em buscar ao Senhor no lugar secreto. Logo, é para esse lugar que somos chamados: o lugar da oração, onde permanecemos conectados com Deus. Dessa forma, o próprio Jesus é o nosso maior exemplo de comunhão pois Ele mantinha uma vida constante de oração e de busca ao Pai. 

No versículo 6, a palavra grega traduzida por “quarto” é tameîon, que significa despensa, câmara de armazenamento. Logo, esse termo é usado, porque se refere ao único cômodo da casa que tinha uma porta que podia ser fechada, o que não havia nos outros. Assim, isso nos remete à um local privado, solitário, de intimidade, um lugar que era íntimo e escondido. É portanto, nesse quarto, ao fechar a porta, que podemos nos expor ao Senhor. Nesse lugar podemos viver para apenas um olhar. Pois ali, ninguém nos assiste, ninguém nos olha, a não ser o próprio Deus.

 

O Deus que nos conhece

Salmos 139 nos mostra que o Senhor conhece o íntimo do nosso ser, Ele é o Criador, logo não há nada em nós que Ele não saiba. É a partir de um relacionamento com o Pai que o lugar de oração. Ali, é possível conhecê-lo e ser conhecido por Ele. O próprio Cristo instrui a buscá-lo no secreto, pois nesse lugar não é preciso provar nada, não existe performance, não existe hipocrisia. Isso é viver para apenas um olhar.

 

 

Edificando um altar de intimidade com Deus 

É isso que Davi diz nos Salmos 27:4. Ele entendeu que a única coisa que importava e tinha valor era habitar nesse lugar de relacionamento com Deus. Em Mateus 6:6, a palavra secreto é dita a respeito do Pai e associado a forma com que Ele nos vê, mas não é associada a recompensa. Ou seja, a recompensa que Deus promete para quem vive para apenas um olhar, não é material e nunca é dada aqueles que buscam somente a recompensa.

No verso anterior, (Mateus 6:5) o Senhor fala a respeito dos que oram em público para serem vistos e afirma que a recompensa deles é justamente a visibilidade. Eles fazem para os homens, logo recebem a recompensa que lhes é devida. Porém, se eu vivo realmente para a audiência e o olhar apenas do Senhor, vai chegar um momento em que Ele trará a recompensa eterna. 

É automático para nós seres humanos associarmos recompensa com visibilidade, e infelizmente essa é uma concepção muito errada. Antes de qualquer outra coisa, nossos olhos precisam estar fixos em Jesus, em nos tornarmos um lugar de oração para que no momento certo, Ele possa nos recompensar da maneira devida.

 

 

Josué tinha um coração voltado para o lugar secreto

Quando olhamos para as escrituras, vemos o exemplo de Josué. O texto de Josué 4:3-9, menciona 2 altares que são construídos para o Senhor, um interno e um externo, os dois constituídos por 12 pedras. O altar externo é construído pelo povo, como um memorial para que todos que vissem aquele altar, lembrassem do Deus de Israel e dos seus feitos. Já o outro, o interno, foi feito por Josué, sozinho, no meio do rio Jordão, um local escondido e que ninguém vê. 

Na cronologia dos fatos, vemos que o altar interno foi construído primeiro. Ou seja, Josué antes de construir o que seria visível para todas as pessoas, ele se preocupou em erguer algo somente para Deus. Antes de fazer algo para ser visto publicamente, ele se importou com a audiência mais importante. Se observarmos o texto, vemos que o altar externo foi totalmente proporcional ao interno, ou seja, não podemos querer desfrutar de algo que não conquistamos na intimidade com o Pai. 

Isso é um apelo a voltarmos ao lugar em que somos vistos pelo Senhor e nos importarmos apenas em agradá-lo, precisamos nos preocupar apenas em construir nosso altar interno, e deixar que no momento certo, o próprio Deus erga o altar externo, como consequência do que vivemos. 

 

 

Viver para apenas um olhar

O Senhor nos convida a todo tempo ao lugar de intimidade, o lugar da oração. Ele nos ouve no secreto e após nos encontrar nesse lugar, Ele expõe de forma pública, para que as pessoas vejam quem o Cristo é. A nossa recompensa não é e nunca deve ser o nosso objetivo por trás da busca pelo Senhor, mas sim a consequência de uma vida devota e totalmente entregue. 

Que Cristo nos ensine a amá-lo verdadeiramente e a buscar o que realmente importa. Que através das disciplinas espirituais, a nossa revelação e entendimento de quem Ele é, cresçam. Precisamos entender que o Senhor é o maior interessado em se fazer conhecido, Ele quer se revelar, nós só precisamos parar para ouvi-lo e estudá-lo através da escrituras

 

Ana Stédile – Aluna do Fascinação Turma 18

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.” Mateus 5:13-14

Nós, cristãos, somos a luz do mundo. Sim, eu e você, através do nosso testemunho, brilhamos a luz de Cristo nesse mundo que, subentendemos, está coberto de densas trevas. Após esse versículo citado acima, Jesus disse: “Eu Sou a luz do mundo”(João 8:12) e por derivação, nós também somos.

É interessante perceber que Jesus está chamando a atenção de pessoas simples que o estão ouvindo nesse Sermão. Assim como uma luz de uma casa da época de Jesus, sem todas as centenas de watts de energia elétrica como temos hoje, consegue tornar as trevas das noites escuras mais suportáveis, assim também o cristão deve deixar sua luz brilhar diante dos homens e reduzir as trevas ao seu redor.

Mas, que luz é essa? Como podemos iluminar um mundo em trevas? Jesus responde ao dizer: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus” Mateus 5:16. Ou seja, as nossas obras são as nossas ações. Como seguidores de Jesus, realizaremos essas obras a fim de glorificarmos a Deus, com o nosso modo de viver. Hoje talvez, não vemos tantos exemplos bons de cristãos praticando o bom testemunho, mas precisamos recuperar essa prática. Por isso, como cristãos professos, devemos nos preocupar menos com nossa reputação pessoal e dar mais atenção aquilo que importa para o reino de Deus. E, como faremos isso?

Somos Luz do Mundo Por Meio das Bem-Aventuranças

Jesus nos deixou oito “bem-aventuranças” como diretrizes para termos aprovação de Deus. Essas “bem-aventuranças” são bênçãos de Deus e quando Deus nos abençoa Ele está nos aprovando. Vamos analisar rapidamente essas diretrizes.

1ª – “Bem aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino do céu.” Mateus 5.3

Como ser pobre de espírito? Leia o que diz em Isaías 66:2: “Para esse homem olharei, a saber, ao humilde e contrito de espírito e que treme diante da minha palavra”. É sobre nosso arrependimento mais profundo em reconhecer nossa própria indignidade diante de Deus. É quando chegamos diante de Deus e nos esvaziamos de nosso senso de justiça própria, autoestima moral e vanglória pessoal e nos submetemos em devoção sincera esperando que Ele nos encha e nos cubra com sua graça e misericórdia.

2ª – “Bem aventurados os que choram, pois serão consolados”. Mateus 5.4

Aqui podemos entender como um complemento emocional da pobreza de espírito. Esse choro é um pesar que devemos sentir por reconhecer quão deplorável é o nosso pecado. À medida que conhecemos mais a Deus, mais sobre sua santidade e pureza, quanto mais somos expostos a sua luz, mais reconheceremos nossa sujeira. Como Paulo disse: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24.

É essa consciência da realidade que o rodeia, chorar pelos pecados e pelas blasfêmias de nossa nação por exemplo, pelo ceticismo, pela avareza e pela falta de integridade. Mas há consolo, assim aprendem a confiar no sacrifício de Jesus e aprender a descobrir a alegria de ser respondido por meio de suas orações.

3ª – “Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5.5

Se a pobreza de espírito diz respeito a sua opinião de si mesmo, a mansidão diz respeito a seu relacionamento com Deus e com os outros. É querer conscientemente colocar o interesse dos outros na frente dos nossos. Em um mundo materialista que diz o contrário disso, pensar nisso é quase contraditório. Mas, se você já é pobre de espírito e logo não tem uma opinião muito elevada sobre si, ser manso já é um caminho acessível. Só alguém manso se sente satisfeito. Seu ego não é vaidoso a ponto de achar que sempre tem que ter mais, pois ele já se vê possuindo tudo (2 Coríntios 6:10).

4º – “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Mateus 5.6

Esse indivíduo não pode sobreviver sem justiça. É como a fome e a sede, ou seja, é tão essencial quanto comer e beber. Talvez, nós nunca sentimos fome e sede profundamente para compreendermos isso. Mas, aqui ele está falando de alguém que tem fome e sede por viver conforme a vontade de Deus. Esse alguém não está distraído com futilidades ou à deriva. Todo o seu ser ecoa. Seu prazer é a Palavra de Deus, pois onde mais encontraria claramente a vontade expressa de Deus?

5º – “Bem aventurados os misericordiosos, pois a eles se mostrará misericórdia.” Mateus 5.7

A pessoa que reconhece o próprio desamparo e desgraça é grata por toda misericórdia que a alcança e consequentemente, aprende a ser misericordiosa com os outros. Reconhecendo sua falência espiritual que encontra satisfação em Deus e sua justiça e assim o resultado é plena misericórdia para com o próximo.

6º – “Bem aventurados os puros de coração, pois verão a Deus”. Mateus 5.8

Quando houver novo céu e nova terra, em um reino só de justiça e Jesus se manifestar, nós seremos como Ele. O cristão que tem essa esperança se purifica, assim como Ele (Cristo) é puro (I Jo 3:3). Seu esforço presente corresponde com sua esperança futura. O discípulo de Jesus que anseia pela consumação do reino em perfeição já está decidido a se preparar para ele agora. “Quem subirá ao monte santo do Senhor? Aquele de mãos limpas e coração puro, que não entrega a alma a vaidades, nem jura enganosamente”. (Salmos 24:3-4)

7ª – “Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5.9

Jesus é o príncipe da Paz e o maior pacificador. Ele traz paz entre Deus e os homens. Nós, como seus discípulos, temos que ser aqueles que não só propagam o evangelho, mas que acalmam tensões, buscam soluções e garantem que a comunicação seja eficiente. Em algum debate acalorado, devemos ter atitudes calmas, escutar cada ponto de vista com respeito, equidade e educação. Essa deve ser a conduta de um discípulo pacificador.

8ª – “Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu”. Mateus 5.10

Essa bem aventurança é como um teste para as outras, pois se não enfrentarmos algum tipo de perseguição, podemos perguntar onde se mostra a justiça na nossa vida. Se não há justiça, não há conformidade com a vontade de Deus. Em II Timóteo 3:12 diz: “Na verdade, todos os que querem viver uma vida piedosa em Cristo Jesus serão perseguidos”.

As Bem Aventuranças Expressam a Luz de Cristo

Como resultado, ao sermos luz por meio das diretrizes dadas por Jesus, glorificamos ao nosso Pai, dando glória ao seu nome e anunciamos o testemunho do seu reino. Não escondendo a verdade de quem somos e a verdade que conhecemos. Mas, devemos ser cristãos genuínos, viver abertamente e dar testemunho por meio das bem aventuranças, sem nos envergonharmos de Cristo. As nossas boas obras é fazermos tudo aquilo que faz brotar a glória e a sabedoria de Deus no mundo, por meio da nossa totalidade de vida. Assim, as pessoas reconhecerão por meio de nossas obras que é pela graça de Deus que somos assim.

Por fim, temos que ter em mente que a jornada cristã não é sobre nós e a nossa virtude não é para nós. Por isso, ao praticarmos essas bem aventuranças estaremos trazendo faíscas de luz que sinalizarão para a verdadeira Luz que é Jesus. A luz que brilha no cristão não é para chamar atenção para si, mas para que, através de um caráter amoroso e generoso, onde o seu eu não está no centro, Deus e o seu reino sejam o centro desse foco de luz. É para isso que brilharemos em meio às trevas, para apontar para a verdadeira Luz do Mundo: Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

E verão a sua face, e na testa deles estará o seu nome. Não haverá mais noite, e não precisarão de luz de lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará; e eles  reinarão para todo o sempre”. Apocalipse 22: 4-5.

 

 

“Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo”. Salmos 27:4

Contemplar a beleza de Deus e inquirir no seu templo deve ser o objetivo central de nossas vidas. Neste lugar de fascínio e contemplação é onde temos diálogos com o Senhor e entramos em um relacionamento com Ele.

No verso acima, vemos riquezas nas palavras declaradas pelo rei Davi. O poder desta passagem está em sua simplicidade. Trata-se de um texto muito simples, mas que requer uma mudança de vida radical. Mesmo em meio às nossas imperfeições, devemos buscar inspiração na Palavra de Deus e Sua instrução para corrigir o nosso caminhar.

Neste texto, Davi não falava apenas dos anos em que viveu, mas também da era vindoura em que Cristo
irá reinar. Ele fala de uma realidade eterna para o povo de Deus. Portanto, ao contemplar a beleza de Deus e ser fascinado por Ele, estaremos focando agora naquilo que iremos fazer por toda a eternidade adiante de nós.

Contemplar a beleza de Deus

Em Apocalipse 4, João é levado aos céus e adentra a sala do trono de Deus, onde seres viventes contemplam o divino hora após hora, minuto após minuto, e o adoram sem cessar (Ap 4:8).

A realidade à qual Davi responde é uma realidade experimentada ao redor do trono de Deus constantemente. E é ali que se encontram os nossos destinos.

Assim como João contemplou o trono de Deus, nós também contemplaremos a beleza e o fascínio que, por milhões de anos, fascinam anjos.

Quando afirmamos que o nosso desejo é contemplar a beleza de Deus, estamos colocando os nossos olhos em algo eterno. Hoje podemos experimentar parcialmente aquilo que faremos por toda a eternidade.

A confissão de Davi em Salmos 27:4 é o resultado de uma vida inteira de escolhas e decisões. Davi não afirma que este era um único desejo do seu coração, mas expressa que o seu objetivo principal era viver uma vida sincera de devoção e piedade diante de Deus. É então que essas palavras deixam de ser apenas um objetivo e se tornam uma realidade.

Íntimos da Palavra

Não há como conhecer a Deus sem conhecer o Deus da Bíblia. Aqueles que querem sinceramente ser pessoas que buscam “uma coisa”, devem embarcar na jornada de conhecê-Lo através da Sua Palavra – ela é a principal ferramenta e uma dádiva do Senhor para que o conheçamos.

Não podemos substituir o estudo rigoroso da Bíblia. É preciso ler e permitir que as palavras se tornem vida dentro do coração. Muitos mantém um relacionamento simplesmente místico com Deus, falando palavras bonitas e românticas, mas se esquecem que contemplá-Lo é de fato conhecer o Deus que está por trás das Escrituras.

Um lugar de fascínio não é um suplemento nutricional da vida espiritual. Viver o reino de Deus em primeiro lugar exige uma total reorganização da vida inteira em torno deste objetivo.

Jesus prometeu algo para aqueles que buscam primeiro o Seu reino e a Sua justiça, em outras palavras, aqueles para quem a busca pelo fascínio e a beleza são o ponto central de suas vidas, e a promessa é que Ele cuidaria de acrescentar todas as demais coisas (Mt 6:33).

Essa é a experiência do reino de Deus: somos servos do Rei quando nossas prioridades e decisões são centradas na sua orientação, e nossas vidas são vividas em prol do Seu reino.

O que fazer, orar ou ir?

Isso não é um paradoxo! 

Ao mesmo tempo que o Senhor nos chama para o lugar de devoção, Ele também nos comissiona para ir para fora e pregar o Evangelho. Pode até parecer que esses são dois movimentos opostos, mas na verdade um não é possível sem o outro. Uma devoção saudável necessariamente se expressa em obras e, da mesma forma, o “Ide” jamais deverá ser feito às custas da nossa comunhão com Deus. Desligados da Videira não podemos realizar nada.

Então, o que fazer?

Imagine a realidade de ministrar a Deus (lugar secreto) e ministrar aos homens (evangelismos e atos de justiça) como uma porta giratória. No lugar de oração nós conhecemos a Deus e o Seu coração pela humanidade, e então, com o entendimento correto e um coração queimando, nós cruzamos essa porta e vamos de encontro aos perdidos.

Quando vemos a realidade do mundo, o pecado e a injustiça que o degrada, precisamos entrar por essa porta e dialogar sobre isso com o Senhor. Nós não somos a régua sobre o que é certo e errado, precisamos alinhar o que sentimos com o que a Palavra declara, para que o nosso coração não se ofenda contra os homens e contra Deus.

 

ORAR E IR⠀

Como Igreja, esse precisa ser o nosso movimento contínuo, ORAR E IR, não como dois passos diferentes, mas como duas faces da mesma ação. Nos dedicar ao Senhor no lugar de devoção e estudo das Escrituras não nos exime do dever e do privilégio de fazer parte da Grande Comissão e vice-versa.

Nós somos a Luz do Mundo e o Sal da Terra. Temos a essência, porém, precisamos nos posicionar da maneira correta, para que a nossa vida reflita Aquele que nos chamou.

 

Originalmente publicado em 20 de fevereiro de 2020

Uma coisa, essa mensagem poderosa e o dia a dia em uma casa de oração foi algo extremamente necessário para uma mudança em minha vida. 

Quando escutei Dwayne Roberts ministrar sobre Salmos 27:4 soube que o que tinha buscado durante toda minha vida era muito pequeno diante do que Deus tinha proposto para mim.

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Salmos 27:4 

Aliás, o ambiente que estava acostumada a viver dizia que sucesso e plataformas eram as provas de alguém que andava com Deus. 

Certamente esse conceito estava errado. 

Inegavelmente, a mensagem sobre uma coisa nos aponta claramente para Cristo e seu coração. 

Desejar uma coisa como Davi, buscar somente o coração do Pai e entender que tudo o mais se torna secundário diante da beleza e do esplendor de uma vida diante do altar do Rei dos Reis. 

Como resultado viver para a audiência de um mudou minha vida, ajustou minha ótica e transformou minhas perspectivas. 

Nosso Jesus não mede o mundo da mesma maneira que você e eu fazemos, Ele veio para quebrar paradigmas, veio para transformar nossa mente e nos dar uma nova maneira de viver.  

Portanto, o que vejo no versículo de Salmos 27 é um claro convite não somente para aqueles que vivem para o ministério, mas para cada um de nós. 

Colocar Jesus no lugar pelo qual Ele pagou um alto preço é algo que precisamos decidir, se queremos experimentar uma vida na qual Jesus é o centro de tudo. 

 O que exatamente é uma coisa?

Ademais, uma coisa fala sobre o desejo pelo Senhor, um anseio que somente será satisfeito em Cristo. 

Acima de tudo, Jesus se torna o inicio, meio e o fim de cada pequeno detalhe de todas as partes da sua existência.

 Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém. Romanos 11:36

Exemplos de homens e mulheres que viveram por uma coisa

Podemos citar tantos exemplos de homens de mulheres que entenderam isso e perseveraram.

Similarmente, além de Davi, Daniel foi outro exemplo de alguém que viveu para a audiência de um. 

Sobretudo, Daniel que escolheu não se contaminar, que não se atemorizou com circunstâncias contrárias. Ele estava vivendo por uma coisa. 

Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Daniel 6:10 

Além destes podemos citar também os profetas Isaías, Jeremias, Ezequiel e tantos outros. 

Da mesma forma, quero citar também Débora que foi uma profetisa e juíza em Israel. 

E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava Israel naquele tempo. Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. Juízes 4:4,5 

Ninguém consegue chegar a um lugar como este que ocupou Débora sem antes entender o poder de viver o Salmos 27:4. 

Maria a irmã de Lázaro também entendeu o que realmente era importante. 

“E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. Lucas 10: 38-42

 

Vivendo em plenitude 

Quando realmente entendermos que fomos criados para estar diante Dele e contemplar beleza como nunca antes imaginamos ser possível. 

Uma coisa é caminhar constantemente com Jesus, ansiar por Ele todos os dias, buscar sua face de todo o coração. Uma coisa é um estilo de vida e uma jornada. 

Minha oração hoje é para que se levantem mais adoradores sem face cujo único objetivo é que Jesus receba toda a glória, honra em tudo e para sempre. 

 

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” MT 5:14 – 16 (NVI)

Foi no monte das bem-aventuranças que Jesus fez tal declaração aos discípulos e o povo que estava ali reunido. No início do capítulo 5, Jesus começa ensinando o famoso Sermão do Monte, explicando uma série de condutas que os seguidores de Cristo deveriam ter como prática de vida. Interessante observar que, logo após Jesus nos desafiar a termos tal estilo de vida, Ele define Seu povo como sal da terra e luz do mundo.

O que é ser luz do mundo?

Hoje, nessa breve reflexão, quero me deter ao que Jesus fala sobre sermos luz do mundo, nos versos 14 a 16. Convido você a pensarmos juntos sobre o que de fato significa ser luz em nossa sociedade? O que outros versículos da Bíblia falam sobre isso? De onde vem tal Luz? E como podemos expressá-la?

Ao pesquisar no dicionário Strong o termo luz, expresso nos versos do capítulo, encontramos as seguintes definições: brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios; fogo: porque brilha e espalha luz.
Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura e brilhante.

Em tua Luz vemos a luz

O que podemos compreender do significado da palavra luz empregado nos versos é que o próprio Senhor é a Luz que se manifesta através de nós. Em dezenas de trechos da Bíblia encontramos versículos que definem o próprio Deus como Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago 1:17).

“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1 João 1:5

Observamos em Gênesis que a primeira criação de Deus foi a luz. Por meio da palavra de Deus, Ele disse: “Haja Luz, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão” (Gn 1:3-4). O escritor e pastor, Brian Schwertley, diz:“como a luz foi a primeira coisa na criação original, a luz de Cristo é o fundamento da recriação salvadora”. Por intermédio da Luz a condição do nosso coração é exposta. Ela revela o mais profundo do nosso interior, mostrando todos os nossos pecados e transgressões. A luz de Cristo também nos chama ao arrependimento e a trilhar o caminho da santificação.

A Luz que ilumina o entendimento

Além de Cristo ser a própria Luz, vemos que o termo também se refere a revelação escrita de Deus. As sagradas Escrituras são a luz que traz o conhecimento sobre quem Deus é, aprendemos através dela a Lei do Senhor e como devemos viver dignamente o propósito para o qual o Senhor nos designou.

“Das trevas resplandecerá a luz – Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.4-6).

Em nós mesmos não há nada de bom. Mas, como vimos o versículo de Tiago 1:17, toda boa dádiva vem do Senhor, o Pai das luzes. Conforme crescemos no entendimento dessa verdadeira Luz, começamos a compreender o Seu coração e seus planos. Dia após dia, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós e o fruto do Espírito começa a transbordar em nossas atitudes e palavras.

Manifestando a Sua Luz

A Palavra de Deus se torna tão viva em nós, mediante a graça do Senhor, que buscamos a ter uma vida reta e obediente aos olhos dele. A Palavra de Cristo precisa encarnar em nossos sentidos e afetar toda a nossa existência, a ponto de que aqueles que estão ao nosso redor possam sentir o perfume de Cristo. No versículo de Mateus 5:14b, Jesus diz que “é impossível escondermos uma cidade construída no alto de um monte” e “ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha”
Ele utiliza tais frases justamente para reforçar a ideia de que é inevitável, impossível, escondermos do mundo a Luz de Cristo que habita em nós.

Nós manifestaremos a Luz de Cristo ao mundo, através da proclamação das boas-novas de salvação, por meio das nossas atitudes e palavras que demonstrem o fruto do espírito em nós – bondade, mansidão, amor, fidelidade, amabilidade, alegria, paz, paciência e domínio próprio – por meio do serviço ao próximo e nos locais que estamos inseridos; sabendo que tudo é para a glória dele, até que o mundo reconheça que Jesus Cristo é o Senhor.

Originalmente publicado em 19 de fevereiro de 2020

Nessa breve reflexão vamos estudar um pouco sobre o Salmo 27 e o que a vida de Davi nos ensina sobre contemplar a beleza de Deus.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?
Quando os malfeitores me atacaram para me destruir,
eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, ficarei confiante.
Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois no dia da adversidade ele me esconderá na sua habitação;
no interior do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. (…) Salmos 27:1-14

Observando o contexto

Ao lermos o salmo 27, notamos que o coração de Davi está cheio de temores por causa dos grandes desafios pelos quais vinha passando. Mas ao elevar os seus olhos para o Senhor, ele encontrou a forma de ter um coração não temente às más notícias e tribulações. Assim, ele permaneceu confiante ao contemplar a beleza do seu Deus.

Davi possuía um histórico de contemplar a narrativa de Deus ao longo da história. Quando ele afirma que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes (v. 13), ele não tem em vista as suas circunstâncias, e sim, a ação do Senhor na história. Deste modo, ele põe a sua fé e confiança naquilo que Deus irá fazer.

Além disso, Davi não esperou a chegada dos momentos de crise para cultivar uma vida de devoção. Ele cultivou
esse estilo de vida desde sua juventude, ao estudar e meditar na história do seu povo. Ali ele contemplava a beleza da liderança de Deus.

Existe sempre uma oportunidade para começarmos a cultivar esta vida de contemplação.

Os diferentes aspectos da beleza de Deus

Existem várias facetas da beleza de Deus. Podemos contemplar a cruz e sermos fascinados pela beleza da sua obra nas nossas vidas. Gálatas 6:14 diz que devemos nos gloriar na cruz de Cristo; devemos nos fortalecer naquilo que foi conquistado na cruz, para assim perseverarmos até o fim.

Podemos contemplar a beleza da aparência física de Jesus, bem como o seu caráter. Apocalipse 5 descreve o Cristo glorificado que é adorado dia e noite por anjos fascinados pela Sua beleza.

Podemos contemplar a beleza da liderança do Senhor sobre nossas vidas. O salmo 23 nos revela que
Ele é um bom pastor que guia nossas almas, nos faz descansar e nos cerca de bondade e
misericórdia.

Como podemos perseverar?

Acima de tudo, contemplar a beleza de Deus é a chave para permanecermos fiéis até o fim, e perseverar em
tempos de crise e escuridão que ainda virão sobre a terra. Por isso, devemos escolher olhar para a beleza que
existe no Senhor, a beleza que existe na sua forma de liderar a história, e a beleza que Ele produz em
nós, mesmo em meio à dor, tribulação e perseguições.

Morar na casa do Senhor significa ter comunhão espiritual e pessoal com Ele, tendo garantia do Seu favor, do Seu amor e da Sua bondade. Devemos ansiar por habitar na Sua presença, habitar em comunhão com Ele. Como resultado, quando habitamos em Sua casa, nos tornamos familiares do Senhor e conhecemos o Seu coração. Ele está disposto a se revelar por meio de relacionamento com aqueles que desejam ser seus amigos.

Assim, a revelação de quem Deus é precisa ser real na nossa vida; precisa fazer parte do nosso dia a dia.
Em outras palavras, devemos diariamente nos examinar à luz de quem Ele é; à luz da Sua palavra e da Sua vontade. Essa é a única forma de conseguirmos caminhar na luz e perseverar até o fim: contemplando quem Ele é,
contemplando os seus feitos e contemplando a sua boa, perfeita e agradável vontade.

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.