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Conhecendo a Cristo e sendo Luz nas Nações

Onething

Desde o início as escrituras sempre apontaram que o nosso chamado é caminhar sendo luz sobre as nações da Terra. Deus chamou Abraão para se mover em direção ao desconhecido e lhe disse:

“Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:1-3

Jesus detém toda autoridade nos céus e na terra. Ele nos comissionou a ir pelo mundo fazendo discípulos de todas as nações (Mateus 28.18-20). A luz não deve ser escondida, mas precisa estar em um alto lugar para iluminar todo ambiente. E ela brilha onde há escuridão. Um povo sem o conhecimento de Deus não pode enxergar claramente.

Para ser salvo, o homem precisa invocar o nome do Senhor. Mas, como invocarão aquele que não conhecem e como o conhecerão se não há quem conte as boas novas da salvação?

“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? Como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” Romanos 10.13-15

Chamados para iluminar

Como foi sua experiência quando você foi encontrado por Cristo? Lembra-se como seu coração queimava de amor e irradiava a luz de Jesus? Talvez, já tenha até ouvido alguém lhe dizer que você é diferente e que tem uma luz no olhar. Deus nos libertou do império das trevas e nos trouxe para o reino do filho do seu amor (Colossenses 1.13).

Quando somos embriagados por esse amor tão profundo de Deus, sentimos um sol surgindo dentro de nós. Pois a própria luz de Cristo nos ilumina de dentro para fora. E quando somos iluminados também queremos iluminar.

Após um período de trevas em minha vida, Deus começou a me restaurar. E em momentos de oração nos meus devocionais eu via o mapa do mundo a minha frente. Mesmo de olhos fechados aquele mapa gritava. Meu coração queimava pelas nações (a verdade é que ainda queima). Eu sabia que Jesus me amava e agora ele estava compartilhando comigo seu coração amoroso pelas Nações.

Muitas vezes, vivemos um evangelho bairrista que só se preocupa com o seu entorno. Nosso bairro e cidade é o máximo que conseguimos pensar. Só conseguimos olhar evangelismo e discipulado da perspectiva de que nossa igreja local crescerá. Mas, Deus nos chamou para mirarmos as nações, seja: indo, orando e/ou contribuindo.

Somos a resposta que o mundo precisa

A Bíblia afirma que Deus é luz (1 João 1.5). E Jesus é manifestação plena da luz: “ele é a luz do mundo” (João 1.3). Jesus é a Palavra por qual todas as coisas foram criadas e subsistem. Ele é a verdade que liberta o homem das mentiras. E o que é a mentira se não escuridão? Porém, Jesus é a luz dos homens (João 1.9). Gosto muito da versão king James, diz assim: “A Palavra é luz verdadeira que, vinda ao mundo, ilumina a toda humanidade.”

O papel que está intrínseco em nós como Igreja é ser sal e luz. O sal, além de dar sabor também preserva os alimentos da putrefação. E a luz desfaz as trevas. Como cristãos, não devemos nos moldar ao sistema do mundo, mas nos opormos a ele em amor. As nações estão clamando pela manifestação dos filhos de Deus da mesma forma que a natureza. E, nós temos a resposta: Jesus.

Quando somos iluminados, só podemos responder iluminando. Quando amamos a Deus profundamente, também amamos revelá-lo ao mundo. O mundo não possui luz própria, sua fonte de luz é o sol. Da mesma forma, as nações precisam da luz de Deus. A luz que brilha e glorifica o Pai. Precisamos caminhar sendo luz e sal.

Sendo luz: Dicas práticas para quem deseja ser missionário nas nações

Quem sabe você é alguém que tenha sido chamado para servir na esfera da religião como um missionário. Existe várias formas de chegar as nações e cumprir o seu propósito pessoal. Pense um pouco em seus dons e talentos, habilidades e também no povo que você deseja servir? Pesquise sobre o povo, o local, o modo como eles vivem, sua língua e cultura.

Treinamento – é muito importante ser treinado em uma Agência Missionária. Então, busque pesquisar quais são relevantes e tem a ver com o projeto que você deseja desenvolver. Aqui no fhop, por exemplo, você servirá em diversas frentes tendo a Sala de Oração como coração do nosso trabalho. Algumas outras agências são:

JOCUM – Jovens Com Uma Missão tem levado o evangelho a todas as Nações e possuem uma gama de trabalho bem ampla (áreas de influência da sociedade).

Portas Abertas – é marcada pelo trabalho em países onde cristãos são perseguidos. Você pode saber mais sobre as histórias do irmão André e como ele contrabandeava Bíblia para países fechado da cortina de ferro. Já o

Povos e Línguas – atua como um movimento interdenominacional com a missão de mobilizar pastores brasileiros para o envio de missionários. Te dará informações que te ajudaram a orar pelos povos.

Enfim, há uma série de agências e bases missionárias para quem sente o desejo de ir às nações. Além de orar é muito importante pesquisar sobre elas. Além disso, é primordial estudar o idioma local do povo a quem você quer servir e se preparar para os possíveis choques de adaptação cultural.

Seja estratégico – Há países que não permitem a entrada de cristãos, então não temos acesso como missionários. Mas, é possível entrada através do mercado de trabalho e as mais diversas profissões. Você pode ir como profissional liberal, estudante, empresário ou algo do tipo. É importante pensar estrategicamente. Ouvi testemunho de irmãos que tem um café e trabalham como baristas em países fechados para o evangelho.

Outra forma de pensarmos estrategicamente é voltarmos nossos olhos para os refugiados e estrangeiros. Quantos refugiados e estrangeiros temos no Brasil? Eles podem ser alcançados. E quantos árabes, indianos e povos de todas as nações vivem fora de seu país de origem?

Conclusão: Sendo luz para as nações obedecendo ao IDE de Jesus

É preciso compreender que fazer discípulo de todas as nações é uma ordenança e não o que muitas vezes denominamos de chamado. Talvez, alguns nunca pisarão em outros países, mas sempre podemos adotar um povo em oração. Podemos ser parceiros desses missionários que são enviados por Deus aos quatro cantos da terra.

E devemos investir nossos recursos (financeiros e emocionais) e nosso tempo para que o evangelho seja pregado em todos os lugares do mundo e em todas as línguas. Só assim apontamos a luz de Jesus. Sendo luz, nos tornamos a manifestação do amor do Pai.

Você também deseja ser luz nas nações? Como você tem se envolvido com o trabalho missionário? 

Como é possível brilhar a luz de Cristo sendo servos em um mundo que está cheio de maldade? Você já imaginou andar em uma rua escura e não saber o que você pode encontrar pela frente? Isto acontece com muitos missionários que vão às ruas fazer missões à noite e se deparam inúmeras vezes com indivíduos em vulnerabilidade e em prostituição. E tudo o que eles podem oferecer naquele momento é esperança ou apenas ouvir a história daquelas pessoas que desejam desabafar.

Os cristãos não passam despercebidos pelo mundo, sendo missionário em tempo integral, patrão ou empregado no mercado de trabalho. Independente da posição, a sua vocação e a dessas pessoas é cumprir o propósito de Deus enquanto viverem nesta Terra.

Encontrar valor em Cristo é a principal maneira para você brilhar a luz que fala a respeito de esperança e verdade

Como brilhar a luz de Cristo

Jesus ensinou os seus discípulos no Sermão do Monte a serem a luz do mundo. Mas o que é ser luz? Veja como Ele ensina:

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu.” Mateus 5:16

A luz do cristão é o seu bom testemunho. Este deve ser regado de boas obras e de uma mensagem verbal clara. Os discípulos de Jesus precisam transmitir o evangelho através de suas vidas. Isto se dá através de atitudes e palavras.

As palavras e as obras devem ter coerência entre si e, ambas, coerência bíblica. Por isso, é importante que o cristão esteja embasado na Palavra de Deus para ser a imagem e semelhança de Cristo.

Boas obras glorificam o Pai

As atitudes do cristão são os sinais de que Deus é real e pode ser verdadeiro na vida de alguém. As atitudes de bondade, verdade, misericórdia e amor mostram ao mundo quem é o Senhor da vida do cristão. 

Imagine uma cultura que preza pelo bem estar do outro. O normal seria condenar o roubo, a violência, etc. Agora, imagine que as leis mudassem e fosse lícito roubar e ofender as pessoas. Você seria capaz de roubar uma velhinha só porque todo mundo está fazendo?

Provavelmente, se você responder que não seria capaz, denota que você se colocaria no lugar da pessoa tendo empatia por ela. A sua moral, certamente, indicaria que aquela atitude estaria errada.

Então, isto é ser cristão. Deus ensina os seus filhos como viver e como administrar as preocupações da vida. Ele instrui pessoalmente os seus filhos e também em comunidade. Ensina-os a viver entre irmãos e não sozinhos, buscando a vontade de Deus em todo o tempo.

Brilhar a luz de Cristo

Quando as pessoas verem em você sinais do evangelho, elas entenderão que você serve um Deus verdadeiro e diferente dos outros. Talvez elas sirvam o deus falso do poder, do dinheiro, do amor. 

As pessoas estão buscando alívio para as suas almas ao buscarem todas essas coisas e se dedicarem completamente a isto. Mas, a Bíblia ensina o cristão a se dedicar em algo, porque aquilo glorifica a Deus. Ele tem consciência que a vida dele não depende daquilo, mas sim de Deus.

O cristão ao se relacionar, ao se importar com a criação (meio ambiente), ao prezar por um caráter correto e ao amar as pessoas que o odeiam, ele está exalando o evangelho. Ele está sendo espiritual e fiel a Deus naquilo que está ao seu alcance.

Por isso, se dedique em ser discípulo de Cristo, aproximando as pessoas dele para que elas conheçam aquele que estende a mão a elas, assim como Ele fez com você.

Você deve esta se perguntando, o que é Coram Deo? O que isso significa? 

Muitos cristãos não conhecem, ouviram, ou mesmo tiveram contato com a palavra Coram Deo. Isso acontece devido há muitos fatores, um deles, é o distanciamento de uma geração de crentes do cristianismo histórico, da sua própria história e da tradição intelectual da igreja, fazendo de suas experiências empíricas a única forma de entender a vida e a realidade de Deus.  Mas esse não é foco desse pequeno artigo. Quero aqui, de uma forma direta, te ajudar a descobrir e entender o que de fato significa Coram Deo.  

Afinal, o que é Coram Deo?

Coram Deo é uma palavra em latim, usada principalmente durante a reforma protestante no século XVI. A sua tradução significa “diante de Deus”. Mas o que nos impressiona é fato do quão profundo é o conteúdo filosófico e teológico por trás das palavras. Seu foco principal é promover a consciência do que é uma vida cristã, sua essência e consequências. Porque viver na presença de Deus, perante Deus, sob a autoridade de Deus e para a glória de Deus vai muito além do “lugar secreto”.

A história cristã é marcada por muitas lutas e controvérsias. Irmãos que deram suas vidas – seguindo exemplo do seu Senhor, Jesus – para que a verdade pudesse ser transmitida e permanecesse. Das “grandes” lutas travadas por esses irmãos, está a noção do Senhorio de Cristo. Às vezes, até uma forma honesta, irmãos pensavam que a vida cristã era uma guerra entre dois mundos, de luta do bem contra o mal. E de dois reinos e dois reis. 

Sagrado e o profano

No período medieval era muito comum a ideia de dividir a vida e a realidade entre o sagrado e o profano; entre o religioso e o não religioso. A distorção dessa verdade promoveu um tipo de espiritualidade, mas parecida com neoplatonismo, aristotelismo e muitos outros “ismos” da filosofia clássica. E no período do iluminismo isso foi de fato “sistematizado” pelos cristãos, como uma forma de reação a tudo que estava acontecendo, diante de uma espiritualidade que não conseguia conectar a mensagem do evangelho com a vida, foi quase que inevitável a prática dessa dicotomia da vida, fazendo da vida cristã, da vida sacra “o mundo separado dos cristãos”. Então, foi contra esse tipo de pensamento reducionista que os reformadores protestaram afirmando que todos nós vivemos na presença de Deus, e que a vida é Coram Deo.

Lutero afirmava que:

“A existência humana é vivida coram deo, diante de Deus ou na presença de Deus.” Perguntaram a Lutero:  “O que um sapateiro convertido poderia fazer para servir melhor à Deus e ser um cristão melhor.” Lutero respondeu: “Faça um bom sapato e venda por um preço justo”.

Calvino falou coisas muitos semelhantes. Destacou que em todas as dimensões da vida, os seres humanos têm “negócios com Deus”.  

Imago Dei

Precisamos ter a consciência de que todas as pessoas, apenas por serem humanos, são a imagem de Deus (Imago Dei). São responsáveis diante de Deus por tudo o que são, fazem e pensam. 

Cada pessoa vive coram deo, isto é, perante a face de Deus, e assim é responsável diante dele por todo pensamento e ação. Todos os homens vivem diante Deus, aceitam isso ou não, acreditam nisso ou não. Pense comigo, alguém regenerado pela obra Cristo, como deveria viver diante de tal realidade? 

Viver a vida inteira na presença de Deus é entender que absolutamente tudo o que estamos fazendo e onde quer que estejamos fazendo, nós estamos agindo debaixo do olhar fixo de Deus. Por isso, tudo que o homem faz, o faz para a glória de Deus ou para a sua desonra.

Deus: a referência de tudo

Por isso, o conhecimento de Deus tem que nos levar para uma vida coram deo. Conhecer a Deus não afeta só a nossa teologia, ela afeta todas as áreas do saber e do viver humano. Sendo Deus a referência para todas as coisas que nós conhecemos. Portanto, uma vida cristã precisa ser uma vida coram deo. Uma vida não apenas pautadas nas experiências empíricas ou “sobrenaturais”, mas porém, uma vida Teoreferente!  Isto é; ter a Deus como referência de tudo.  

Se Deus é referência de tudo que eu conheço, então a leitura que eu faço de todas as coisas tem um ótica teológica, ótica cristã, é coram deo. 

O teólogo holandês Herman Bavinck diz :

“Desta graça comum (a providência de Deus para todos, crentes e incrédulos)  procede tudo o que é bom e verdadeiro que ainda vemos no homem decaído. A luz ainda brilha nas trevas. O Espírito de Deus vive e trabalha em tudo o que foi criado. Logo, ainda permanecem no homem certos traços da imagem de Deus. Há ainda intelecto e razão; todas as espécies de dons naturais ainda estão presentes neles. O homem ainda tem percepção e uma impressão da divindade, uma semente da religião. A razão é um dom inestimável. A filosofia é um dom admirável de Deus. A música também é um dom de Deus. As artes e as ciências são boas, proveitosas e de alto valor.”

Dualismo

Concluo que, embora não estejamos na era medieval e nem na época do iluminismo, um olhar para grande parte da igreja hoje, vemos que o coram deo é algo que se perdeu. A maioria dos crentes de nossa geração vive um cristianismo que é totalmente divorciado da sua experiência de realidade. É um cristianismo subjetivo, que só é percebido, ou vivido, quando a pessoa está na igreja, servindo em algum ministério, ou quando está fazendo missões transculturais, fazendo da vida e da vida cristã uma dicotomia prática. É muito comum vermos cristãos, em geral novos convertidos, falando a seus pastores: “quero muito servir a Deus, há alguma vaga em algum ministério para mim?”

Assim, há uma supervalorização das atividades consideradas “espirituais” e uma negligência com relação às atividades chamadas “seculares”, como o estudo, o trabalho, a família e as outras responsabilidades que, em tese, não estão diretamente relacionadas à nossa fé.

Com o “sapateiro” perguntado a Lutero, poderia servir a Deus fazendo sapatos. Afinal, o que sapatos têm a ver com o Reino de Deus? A questão é que o Reino de Deus não se resume às atividades realizadas na igreja, mas envolve tudo o que fazemos, falamos e pensamos. Tudo deve estar debaixo do senhorio de Cristo. Toda nossa vida é para a glória de Deus, todo nosso ser, todas as áreas que possamos atuar ou vivenciar está debaixo da glória de Deus e devemos usá-las para honrar e glorificar a Deus!

Coram Deo: tudo para a glória de Deus

Como nos ensina Abraham Kuyper nessas duas falas históricas:

“Não há um único centímetro quadrado em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: É meu!”

Portanto, devemos viver para glória de Deus, por meio do que somos e do que fazemos. Como ensinaram os apóstolos Paulo e Pedro: 

“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)

“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Pedro 4.11)

Soli Deo Gloria!

O foco do nosso coração determina os rumos de nossas vidas. Portanto, nossas escolhas são feitas, instintivamente, baseadas em onde está nosso foco. Estudos recentes da neurociência indicam que nossas reações, escolhas e linguagem baseiam-se em 10% de uma memória consciente e 90% no inconsciente.

Inegavelmente, desde o nascimento e até mesmo na gestação, acumulamos experiências, lembranças e aprendizado que formam quem somos. Decidir assumir o controle de nossa mente e emoções é tarefa que não conseguimos exercer sem a parceria do Espírito Santo.

Por isso, Paulo orientou sobre a importância da renovação da mente. O conhecido texto de Romanos 12.2 diz: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

A renovação da mente a que Paulo se refere, nada mais é do que manter o foco, ou seja, permanecer olhando para o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.2). A determinação deste ato define o quanto experimentaremos dEle nesta era.

Restabelecendo o foco

No entanto, não é incomum perdermos o foco. Já que, mais do que em outras gerações, as distrações são diversas e atraentes em nossos dias. Elas disputam nosso olhar e são apelativas. Salomão entendeu que sobre tudo o que devíamos guardar, nosso coração deveria receber maior atenção.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4.23

Portanto, quando perdemos o foco, o caminho de volta precisa ser trilhado. É importante reconhecer o que nos distraiu ou quiçá nos encantou mais do que o próprio Deus. O ponto de partida será sempre usar nosso livre arbítrio para escolher olhar para Ele novamente.

Certamente, o arrependimento é parte integrante de nossa jornada. Ele não acontece de uma única vez, como quando nos convertemos. Ao contrário, o ato de se arrepender será repetido inúmeras vezes ao longo de nossa jornada. Já que, faz parte do processo de santificação.

O processo de justificação é instantâneo e pode ser comparado a um elevador que nos eleva de uma posição inferior à posições superiores em segundos. Já o processo de santificação é diário e é como subir degraus de uma escada.

Na eternidade, a posição que adquirimos na conversão equivalerá a posição conquistada com a santificação. Até lá, nosso papel é vigiar em relação ao que permitimos que entre e ocupe lugar em nosso coração.

A beleza por trás de manter o foco

Saber que Deus está empenhado em chamar nossa atenção nos envaidece. Imaginar que o Criador do universo se importa conosco a ponto de saber quantos cabelos temos em nossa cabeça (Mateus 10.30) é assustador.

Quando entendemos que o Deus de Abrãao não deseja que Isaque ocupe um lugar que é só dEle no coração do patriarca, começamos a discernir o quanto esta disputa é séria. Portanto, não podemos negligenciar nosso papel de estar atento às distrações, eliminando-as sempre que necessário.

Ter o olhar capturado pela beleza e santidade de Jesus é permitir que Ele nos tome por completo. Os olhos dEle passeiam por toda terra buscando aqueles cujo coração é totalmente dEle (II Crônicas 16.9).

“Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.” Madre Teresa de Calcutá

Nosso foco estando nEle, e nEle somente, é garantia de felicidade verdadeira. Ele não se contenta com menos e não é sábio que desejemos menos que isso. Nosso olhar deve ser capturado pela audiência de um único homem: Jesus.