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Descanso: o que a bíblia ensina?

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O que a bíblia ensina sobre o descanso? Neste texto vamos conversar sobre isso!

Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Efésios 5:17

O trabalho é bom, benção e não uma maldição. O problema é quando colocamos o trabalho como a única coisa que devemos fazer. 

É importante saber que o descanso não é para os fracos ou para os mortos, o descanso é para os homens e foi o próprio Deus que estipulou isso. Portanto,  o descanso não deve vir com o sentimento de perda. 

Nosso tempo não é infinito nessa terra, por isso é importante aproveitarmos ele da melhor forma e da maneira que agrade ao Senhor. 

Usando o tempo de maneira sábia

Os tolos são os que vivem de qualquer maneira, não devemos ser assim. Devemos aprender a remir nosso tempo, usá-lo de forma sábia, porque os dias são maus. 

Shabbat é um tempo de descanso 

O princípio de descanso está presente na bíblia desde a criação do mundo 

Deus não descansou por estar cansado, Ele é todo poderoso, não precisa descansar. Ele estava nos ensinando um princípio. 

Descanso não é sobre preguiça. 

Deus não nos criou para sermos preguiçosos e ociosos, provérbios nos ensina muito a respeito disso. Mas não podemos negar que é necessário tempo de descanso. 

A falta de descanso pode indicar nossa falta de confiança em Deus. Por acharmos que temos o controle de tudo, pensamos que quando não estamos trabalhando, estamos perdendo. Não acreditamos que Deus está cuidando de nós. 

O homem precisa do descanso e entender que ele não é o Senhor da sua própria vida.  Se vivemos de uma forma que não conseguimos descansar, temos vivido como escravos.

Nosso sucesso não vem da nossa produção e daquilo que podemos fazer. Podemos ser ativistas dentro da igreja e não agradar a Deus com a nossa vida. 

Além disso, a maneira como gastamos nosso tempo, demonstra quem o nosso coração adora. Por isso, devemos refletir sobre as nossas atividades e discernir sobre como as exercermos.

Assim, neste início de ano reflita mais sobre o descanso e coloque como prioridade em sua rotina. Afinal, isso é um princípio o Senhor

Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Romanos 8:32

A vida é feita de transições. E se não soubermos lidar com isso, não saberemos lidar com a vida. Mudanças trazem o novo, desconhecido e incerto. E devemos ter total confiança Nele durante essas transições.

Muitas vezes, não queremos confiar em Deus, e sim na nossa vontade. Pois o desconhecido nos paralisa e nos deixa ansiosos. Por isso, a estratégia para transições é confiar no Senhor, fixar os olhos Nele.

2 Coríntios 2:5 – Paulo escolheu fazer-se fraco, apresentando Jesus aos Coríntios para
que Ele agisse no meio deles.

Apoiados na força do Senhor

Transição tem a ver com realizar a boa obra, segundo a vontade de Deus. Assim, Deus permite situações, para que o agir Dele prevaleça e Ele nos mostre que não é na nossa força, e sim por meio e estratégia Dele.

Deus permite transições para que os nossos olhos não fiquem por muito tempo nos homens, e sim Nele.

E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. Juízes 7:2

Gideão era estrategista de guerra, e pensou que tudo estava sob seu controle. Deus não permitiu que o exército completo fosse à guerra, pois Israel pensaria que a vitória foi por força deles, e não de Deus. Gideão recebeu uma estratégia sobrenatural de Deus e precisou confiar nisso.

Devemos lembrar que no final do dia, o Senhor dos Exércitos é Ele, a glória é somente Dele. Os pensamentos Dele são sempre maiores que os nossos. Se individualmente permanecermos Nele, então corporativamente estaremos Nele também.

Deus é o Senhor das transições

Assim, não devemos temer transições e o desconhecido. Porque é Jesus que edifica a igreja, e vai continuar edificando.

Sobre nós está a responsabilidade de discipular homens que se pareçam com Ele. O apóstolo Paulo pregava com eloquência, mas se Deus, que era o fator decisivo, não fosse a experiência real, a casa não seria edificada.

Em Mateus 16, Jesus disse que Ele edificaria sua igreja, abrindo o caminho de volta ao Pai.

Hebreus 3:6 – “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se
tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”.

Assim, fazemos parte de uma noiva que está sendo preparada por Jesus em meio à transições. Somos cooperadores da obra! Nos momentos de mudança, devemos voltar os nossos olhos para Deus, pois Ele está liderando a igreja.

Nessa breve reflexão vamos estudar um pouco sobre o Salmo 27 e o que a vida de Davi nos ensina sobre contemplar a beleza de Deus.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?
Quando os malfeitores me atacaram para me destruir,
eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, ficarei confiante.
Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois no dia da adversidade ele me esconderá na sua habitação;
no interior do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. (…) Salmos 27:1-14

Observando o contexto

Ao lermos o salmo 27, notamos que o coração de Davi está cheio de temores por causa dos grandes desafios pelos quais vinha passando. Mas ao elevar os seus olhos para o Senhor, ele encontrou a forma de ter um coração não temente às más notícias e tribulações. Assim, ele permaneceu confiante ao contemplar a beleza do seu Deus.

Davi possuía um histórico de contemplar a narrativa de Deus ao longo da história. Quando ele afirma que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes (v. 13), ele não tem em vista as suas circunstâncias, e sim, a ação do Senhor na história. Deste modo, ele põe a sua fé e confiança naquilo que Deus irá fazer.

Além disso, Davi não esperou a chegada dos momentos de crise para cultivar uma vida de devoção. Ele cultivou
esse estilo de vida desde sua juventude, ao estudar e meditar na história do seu povo. Ali ele contemplava a beleza da liderança de Deus.

Existe sempre uma oportunidade para começarmos a cultivar esta vida de contemplação.

Os diferentes aspectos da beleza de Deus

Existem várias facetas da beleza de Deus. Podemos contemplar a cruz e sermos fascinados pela beleza da sua obra nas nossas vidas. Gálatas 6:14 diz que devemos nos gloriar na cruz de Cristo; devemos nos fortalecer naquilo que foi conquistado na cruz, para assim perseverarmos até o fim.

Podemos contemplar a beleza da aparência física de Jesus, bem como o seu caráter. Apocalipse 5 descreve o Cristo glorificado que é adorado dia e noite por anjos fascinados pela Sua beleza.

Podemos contemplar a beleza da liderança do Senhor sobre nossas vidas. O salmo 23 nos revela que
Ele é um bom pastor que guia nossas almas, nos faz descansar e nos cerca de bondade e
misericórdia.

Como podemos perseverar?

Acima de tudo, contemplar a beleza de Deus é a chave para permanecermos fiéis até o fim, e perseverar em
tempos de crise e escuridão que ainda virão sobre a terra. Por isso, devemos escolher olhar para a beleza que
existe no Senhor, a beleza que existe na sua forma de liderar a história, e a beleza que Ele produz em
nós, mesmo em meio à dor, tribulação e perseguições.

Morar na casa do Senhor significa ter comunhão espiritual e pessoal com Ele, tendo garantia do Seu favor, do Seu amor e da Sua bondade. Devemos ansiar por habitar na Sua presença, habitar em comunhão com Ele. Como resultado, quando habitamos em Sua casa, nos tornamos familiares do Senhor e conhecemos o Seu coração. Ele está disposto a se revelar por meio de relacionamento com aqueles que desejam ser seus amigos.

Assim, a revelação de quem Deus é precisa ser real na nossa vida; precisa fazer parte do nosso dia a dia.
Em outras palavras, devemos diariamente nos examinar à luz de quem Ele é; à luz da Sua palavra e da Sua vontade. Essa é a única forma de conseguirmos caminhar na luz e perseverar até o fim: contemplando quem Ele é,
contemplando os seus feitos e contemplando a sua boa, perfeita e agradável vontade.

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de seu manto enchiam o templo. Acima dele havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. E clamavam uns aos outros: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E as bases das portas tremeram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou até mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz; e tocou-me a boca com a brasa e disse: Agora isto tocou os teus lábios; a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu disse: Aqui estou eu, envia-me.” Isaías 6:1-8

A visão de Isaías

A morte do rei Uzias veio acompanhada de tristeza e incertezas para o povo de Israel. No ano em que este grande rei morreu, Isaías teve uma visão do Senhor, o Rei dos reis, o Rei soberano cujo reinado jamais terá fim.

Aquele que Isaías viu era o próprio Jesus (João 12:41) em toda a sua glória. Jesus se assenta eternamente no trono como o Rei que reina sobre todas as coisas. Ele permanece sempre o mesmo.

As vestimentas do rei representam o seu poder e autoridade. O manto daquele que se assenta no trono dos céus é tão imenso que ocupa toda a sua habitação (v. 1); não há um único centímetro quadrado em toda a criação que não esteja sob o domínio e autoridade de Cristo.

Como seres celestiais criados para estar na presença de Deus, suas seis asas tinham sua finalidade (v.2):

a) a glória de Deus é intensa a ponto de ofuscar o brilho do sol (Apocalipse 21:3) e por isso os serafins
precisam cobrir os seus rostos.

b) como habitam no lugar da plenitude da glória de Deus, os serafins cobrem os seus pés, vigiando e cuidando onde eles os colocam.

c) eles voavam ao redor do trono, de modo que contemplavam todo o esplendor da glória de Deus.

Os serafins exaltam o Senhor a um lugar mais alto e separado de tudo e de todos, declarando a verdade suprema da Sua santidade (v. 3).

A Santidade de Deus

Santidade diversas vezes se refere a algo separado única e exclusivamente para o uso de Deus, tornando-o santo, sagrado. Porém, quando a Palavra se refere ao Senhor como Santo, significa que Ele é acima de tudo e de todos. Ele é incomparável.

A glória de Deus é a manifestação dos Seus atributos; é a forma como conseguimos contemplar aspectos do Seu caráter. Quando nós entendemos que o Senhor é bom, podemos dizer que vimos a Sua glória pois Ele nos revelou um aspecto da Sua santidade.

Ao olharmos para Cristo, também contemplamos a glória de Deus. Cristo é a imagem do Deus invisível, a expressão exata de quem Deus é.

Quando contemplamos a glória de Deus e compreendemos quem Ele é, somos constrangidos a ponto de gerar temor em nossos corações (v.5). Ninguém pode permanecer em Sua presença sem se tornar consciente da sua própria miséria e pecaminosidade.

Um chamado para nós: Rasgue o coração e não as vestes

Em Joel 2:12-14, o profeta exorta o povo a rasgar não as suas vestes, mas a rasgar o seu coração. Assim, o nosso encontro com o Senhor deve nos levar ao arrependimento, reconhecendo nossa pequenez diante dele e a necessidade de sermos transformados.

Então, a vida cristã se trata de conversão após conversão. À medida que o Senhor revela as áreas da nossa vida onde precisamos nos arrepender, nós vamos sendo transformados de glória em glória.

É impossível conhecer o Senhor e permanecer o mesmo (1 João 1:8-9). Porque  quando contemplamos Sua glória, somos constrangidos ao arrependimento; se não somos é porque não conhecemos a Deus. Se o Senhor tem nos visitado, isso deve gerar um santo temor nos nossos corações. O que resultará também em nós uma mudança interior e exterior.

O que a história de Bartimeu tem em comum com a nossa? Quais são as lições que podemos extrair dessa narrativa? Na reflexão de hoje vamos entender de que forma podemos crescer em intimidade e desejo por mais de Deus.

“…E Jesus lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu
volte a ver. Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi
seguindo Jesus pelo caminho. ” Mc 10:46-52 

A cura do cego Bartimeu foi a última realizada por Jesus, antes que ele subisse ao calvário. Jesus estava passando por Jericó, a caminho de Jerusalém, onde ele sabia que seria crucificado.

Na grande multidão havia não apenas seguidores de Jesus, mas outros judeus a caminho de Jerusalém para celebrarem a Páscoa, a fim de não passarem por Samaria. Nessa mesma cidade Jesus encontra-se com Zaqueu, o cobrador de impostos, assim como o cego Bartimeu.

Histórias semelhantes

Do mesmo modo que o cego Bartimeu, todos nós nascemos com uma cegueira espiritual. Até que o Senhor brilhou sua luz sobre nós e através do Espírito Santo recebemos a revelação de Jesus e do seu amor.  Nos trazendo a consciência de que antes éramos cegos e que não percebíamos que necessitamos de Deus.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” Romanos 3:23

Não somente cegos, mas também pobres, nascemos destituídos da glória de Deus. Fomos criados para um propósito específico. Porém, o pecado adentrou na humanidade e devido a ele fomos separados de Deus, o que nos coloca em um estado de pobreza.

Essa cegueira é “tratada” de glória em glória, por mais que nossos olhos tenham sido abertos pelo Senhor, ainda não o conhecemos em sua plenitude. Portanto precisamos que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento para que possamos conhecer mais de Deus.

Por mais que fisicamente ele fosse cego, Bartimeu espiritualmente via bem o suficiente para entender que era o próprio Messias que passava diante dele. Por entender quem estava ali, ele clamava.

Ao chamá-lo de “filho de Davi”, ele reconhecia que Jesus era o Messias, uma vez que está ligada a promessa de que o trono de Israel seria entregue a descendência de Davi. Foi a fé de Bartimeu que o fez clamar cada vez mais alto.

Como desejar por mais de Deus?

Assim como as pessoas que passavam, tentavam calar a voz de Bartimeu, muitas coisas na nossa vida tentam calar o nosso clamor, a fim de nos tirar do lugar de busca ao Senhor. Por mais que conheçamos a Cristo, muitas vezes nos vemos distantes de Jesus. Devido a situações e circunstâncias, pensamentos e ideias na nossa mente, o sentimento de vergonha ao nos sentirmos impuros, todas essas coisas nos fazem parar de clamar, nos afastando de Deus.

Bartimeu nos ensina em sua situação, que por mais que ele estivesse sujo, era a esse estado que ele se encontrava, era a necessidade que ele possuía que o fez clamar para que Cristo se revelasse a ele.

Da mesma forma que Bartimeu sabia que sua maior necessidade era ter os olhos abertos, precisamos acima de qualquer coisa que possamos pedir do Senhor, ter os nossos olhos abertos para que possamos ver a Ele e conhecê-lo.

Ao conhecermos quem Deus é, todas as outras coisas tomam o seu devido lugar.

Amém!

“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.”  Hebreus 11:7

Ter fé é temer a Deus. Mas, existem 2 tipos de temor descritos na Bíblia. Um desses tem pavor e terror do Senhor, este é um temor ruim que tem medo de Deus, que foge de Deus.

O que é verdadeiramente temer a Deus?

Se você está em Cristo, estamos falando de um temor reverencial. Para o justo, temer ao Senhor não é ter medo de Deus, mas ponderar como viver a vida com reverência.

Temer ao Senhor é ficar maravilhado com a grandeza de quem Ele é, nosso coração é tomado de reverência por sua santidade e majestade.

Noé foi temente à Deus. O Senhor havia anunciado a ele que iria julgar a terra, então Noé movido por santo temor acreditou naquilo que Deus falou.

A construção da arca durou por volta de 120 anos, Noé deu boa parte da sua vida para construir uma arca, porque Ele confiava em Deus.

A postura de Noé de reverência e obediência mostra que ele foi movido pelo temor do Senhor – e é isso que o sustentou todos esses anos a fazer a vontade Deus.
Noé temeu ao Senhor e em reverência cumpriu tudo o que Deus falou para que fosse feito, ele creu até o fim.

Jeremias 32.40 – O temor do Senhor é um presente de Deus, algo que Ele coloca em
nossos corações;
Filipenses 2.12 – É um presente que não tira nossa responsabilidade de continuar
caminhando com temor e tremor;
Salmos 130.3-4 – O temor divino é um fruto do perdão;

Por que temer?

O temor do Senhor nos ajuda entender quem Deus é e isso nos impede de caminhar no pecado. Ele é digno de reverência, e se eu estou pecando, eu não estou dando a reverência que lhe é devida.

Se não há o temor do Senhor, cada um vive segundo sua própria vontade, segundo aquilo que acha certo, é o temor do Senhor que nos ajuda a nos afastar do pecado.

O Senhor nos presenteia com a vida e nós temos a responsabilidade de viver de tal forma que iremos glorificá-lo, que iremos viver temendo a Ele numa fé verdadeira.

Se nós temermos a Deus, isso nos livrará de outros temores, outros medos. Noé não temeu estar errado, porque ele creu nas verdades de Deus. Porque se Deus prometeu algo, Ele irá fazer.

Precisamos do temor do Senhor aceso em nossos corações. Que nós vivamos uma vida que é governada pelo Senhor, com os joelhos prostrados diante dele, como sacrifícios vivos diariamente à Ele – porque nós tememos a ele
porque Ele é digno e nós sabemos quem Ele é.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11:1-6

Ter fé é caminhar com Deus

O que é fé? E o que implica na prática para nós, cristãos, caminharmos com Deus em fé? É sobre isto que vamos refletir no texto de hoje.

Como um patriarca da fé, Enoque é um exemplo de uma fé saudável. Ele foi um homem que não provou da morte, tendo sido arrebatado ainda em vida. Enoque foi uma prova, para a sua geração e para nós, de que aqueles que decidem caminhar com Deus não provarão da morte.

Ter paz com Deus é um dos aspectos de caminhar com o Senhor. A história de Adão é um reflexo da nossa história. Quando o pecado interfere em seu relacionamento com Deus, Adão perde a paz que ele tinha para com o Senhor.

A história de Enoque (Gênesis 5:21-24), entretanto, indica que é possível encontrar essa paz. Diferente de Adão e Eva, que se esconderam do Senhor, porém aqueles que caminham com Deus em transparência e arrependimento permanecem em Sua presença sem nada a esconder, tendo paz com Ele.

Andar com Deus significa que nós buscamos ir para onde Ele está indo, desejar o que Ele deseja e fazer o que Ele faz. Para isso, é necessário buscar nas Escrituras o entendimento do que Jesus faria.

As consequências de caminhar com Deus

Caminhar com Deus implica em constância e perseverança. O propósito da vida cristã é seguir avançando, crescendo no conhecimento de Deus, mesmo em meio a tropeços e adversidades. Este é o paradoxo da vida cristã: a alegria em meio ao sofrimento, a paz em meio à tribulação.

Caminhar com Deus em meio a uma geração perversa:

Em sua geração, Enoque profetizou a respeito da segunda vinda de Cristo, quando Ele executará juízo e convencerá o ímpio de suas impiedades (Judas 1:14-15). Assim como Enoque, nós sobreviveremos em meio a uma geração ímpia se decidirmos viver nossa jornada com o Senhor. A Igreja permanece firme quando, diante dos dias maus, ela reafirma o seu compromisso de caminhar com Deus, renovando seu foco e determinação.

“Depois que Enoque gerou Matusalém, Enoque andou com Deus.” Não temos em nós o necessário para fazer com que nossos filhos permaneçam nos caminhos do Senhor. A responsabilidade de ser pais nos faz perceber que a caminhada com Deus precisa ser levada mais a sério, de forma intencional e com temor no coração.

Adão e Enoque: diferentes exemplos

Ao conhecer a história de Enoque, temos um motivo para crer que o reinado da morte não durará para sempre. A morte de Adão e o arrebatamento de Enoque tem um impacto significativo. Enquanto o primeiro escolheu o pecado e veio a padecer, o segundo é um sinal profético, um anúncio do Cristo que viria e nos daria vida, e de que aqueles que caminham com Deus não conhecerão a segunda morte.

Assim, todo aquele que quiser caminhar com Deus deve ir a Ele com fé. Não existe vida cristã saudável sem caminhar com Deus. É preciso dar passos e sair da inércia. Enoque não se escondeu ou viveu às margens da jornada com Deus, mas tomou a decisão de caminhar com Ele.

Aos olhos do Senhor, ter fé não é esperar por milagres e prodígios ou esperar por grandes conquistas, mas ter a certeza de que Deus nos chama para caminhar com Ele.

Nós vivemos em meio a um mundo caótico que, em todo tempo, demanda nossa atenção e consome nosso tempo e energia. Porém, a Bíblia diz que uma coisa deve estar acima de todas  as outras: A palavra de Cristo.

Somos chamados a deixar que a palavra de Cristo reine e habite em nossos corações. Esse chamado, ou esse mandamento, demanda obediência da nossa parte para que isso se cumpra. Exige uma resposta, um posicionamento e nos chama a redefinir prioridades em nossa vida.

“A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos
outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração.”  Colossenses 3:16

A Palavra de Deus e a habitação

A palavra de Deus precisa fazer morada em nossas vidas. Não devemos tratá-la como um “convidado”, mas ela deve habitar como um morador permanente – a Palavra deve ter todo o acesso e controle em nossa vida.

Quando a palavra de Deus encontra habitação, ela traz coisas boas para nós, como por exemplo: a convicção dos pecados (a necessidade de arrependimento, por meio do qual alcançamos perdão e graça), e conforto em meio à dor (a Palavra é um bálsamo para as dores mais profundas do coração).

O mandamento paulino não se aplica de maneira individual apenas, mas no coletivo – o texto enfatiza a reunião corporativa da igreja.  Pois, é na congregação dos santos, na pluralidade da fé, que a palavra de Cristo habita ricamente.

Nesta época de conteúdo ilimitado e individualismo, os cultos presenciais e corporativos ainda são essenciais.
O Novo Testamento prioriza a pregação do evangelho como forma de ensinar e aconselhar na igreja. O ensino corporativo foi a base da igreja primitiva. A igreja de Atos se reunia para ensinar e aprender a respeito de Cristo (At 5:42).

A palavra de Cristo é ensino e exortação.

Por isso, a reunião dos santos deve ser um lugar de ensino e exortação – ambos os lados são necessários para a fé cristã. Ao servirmos uns aos outros, devemos também nos provocarmos à santidade e retidão.

Sabedoria é conhecimento aplicado. É tolice aprender muitas coisas e não aplicar aquilo que aprendemos. O mesmo pode ser dito quando conhecemos a Bíblia e não a aplicamos.

Somos alertados a não nos submetermos a ouvir a palavra de Deus e nada fazer a respeito (Tiago 1:22-24). Que sejamos mansos e humildes diante de Jesus. Reconhecendo nossos erros e sendo rápidos em nos arrepender, realinhar nossa vida e nossas prioridades.

Podemos sentir a doce exortação do Espírito Santo através do ambiente de adoração congregacional. Cantar não é apenas uma tradição ou um aquecimento para a pregação, mas também é uma forma pela qual as boas novas de Cristo entram nos corações das pessoas e transformam as suas vidas. Por isso, as canções devem ter uma boa teologia e ser cheias de verdades sobre as Escrituras.

O único pré-requisito bíblico para cantar é ter um coração cheio de gratidão. Visto que, fazemos isso adorando com fervor, cantando com sinceridade e entregando verdadeira adoração ao Senhor.

É dessa maneira que acendemos a chama espiritual uns nos outros.

A vida de fé não foi chamada para viver a sós. Devemos lembrar uns aos outros da entrega, da sinceridade e do júbilo no lugar da oração. Assim, exortamos uns aos outros na congregação dos santos.

Jesus veio para trazer paz ao mundo. Ao custo de sua própria vida, Ele instaurou um reino de paz, justiça e retidão, e restaurou o nosso relacionamento com Deus. Jesus quebrou o elo da inimizade que havia entre o homem e o Senhor, trazendo reconciliação.

Assim, ter a paz de Cristo reinando em nossos corações é uma ordenança, um mandamento.

Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Colossenses 3:15

A paz que Cristo providencia tem dois impactos principais: Ele nos dá a paz com Deus, mas também nos dá a paz uns com os outros.

Todos nós éramos inimigos de Deus. Éramos rebeldes devido ao nosso pecado – tudo aquilo que a mente e o coração desejam e se opõe à natureza divina é inimizade com Deus. Mas, para todo aquele que crê na justificação por meio de Cristo, já não há mais inimizade e distanciamento entre ele e o Senhor (Romanos 5:1; 8:7-8).

Cristo desfez a inimizade entre gentios e judeus, derrubando a parede que fazia separação entre dois povos (Efésios 2:14). Por isso, hoje temos a Igreja como uma comunidade formada por pessoas diversas, de diferentes históricos de vida, classes sociais, culturas, etc. Mas unidas por algo em comum: a fé no Senhor Jesus. Há unidade por meio de Cristo.

Sendo assim, Paulo nos orienta de três formas a como viver a paz de Cristo em um mundo hostil:

Submeta-se à paz de Cristo.

Devemos nos revestir do amor de Cristo (Cl 3:14), não permitindo que outras coisas – preocupações, medos, hostilidade, preconceitos etc. –roubem a nossa fé.
O Evangelho chama o povo de Deus para a ação. Por isso, é preciso nos esforçarmos conscientemente para viver e ter a Sua paz reinando em nosso meio.
A paz de Cristo deve ser o juiz em nossos corações, determinando o certo e o errado, o bom e o ruim, trazendo a nós maturidade e estabilidade. Nenhuma outra voz deve disputar ou tomar o lugar da paz de Cristo – ela deve ser a autoridade máxima em nossas vidas.

Tenha o caráter de Cristo.

Paulo destaca as características essenciais de serem vividas por uma comunidade de fé, para que haja unidade no Corpo: compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e perdão. E ainda acima de todas elas, deve estar o amor, que não pode vir de outro, senão de Cristo (Cl 3:12-15).

Seja agradecido.

A gratidão é uma das principais formas de permitir que a paz de Cristo reine em seu coração. Ao considerarmos o que Jesus fez por nós, para nos reconciliar e nos perdoar, não há outra atitude senão expressar gratidão.

Quanto mais agradecidos nós somos pelo que Jesus fez, mais experimentaremos da Sua paz em dias difíceis e hostis. Oro para que sejamos gratos pela paz de Deus, e gratos uns pelos outros.

O Senhor que sustenta

No último texto da série, lemos a respeito de como acontece a proteção do Bom Pastor e como é a sua liderança em nossas vidas quando as circunstâncias ao redor não são favoráveis.

No texto de hoje vamos refletir especificamente no verso 5 de Salmos 23. Vamos compreender o significado dos dizeres do salmista sobre a mesa, o óleo e o cálice e, assim, perceber o cuidado perfeito do Pastor. Afinal, é o Senhor que sustenta

“Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos;
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” Sl 23:5

O Senhor sempre cuida de nós: seja como pastor, seja como hospedeiro — alguém que nos recebe em sua casa como hóspedes.

Deus usa, em Sua palavra, as figuras de coisas materiais para falar a respeito de coisas espirituais: neste versículo, temos a mesa, o óleo e o cálice.

A mesa

A mesa mostra que o Senhor nos sustenta nos dando força. Através dela o hospedeiro recebe o cansado, aquele que passou pelo deserto, em sua casa, onde ele prepara uma farta mesa para seus hóspedes. Portanto, trata-se de um lugar de renovo e fortalecimento.

Assim, temos a imagem do Senhor nos recebendo e nos servindo com grande alegria e fartura, providenciando abundantemente tudo aquilo de que precisamos. Essa imagem nos mostra que Ele nos fortalece e nos sustenta, mesmo em meio às dificuldades que enfrentamos ao longo da vida.

Assim como o Senhor fez com Davi, fornecendo provisão em meio ao caos e à perseguição, nós também experimentamos isso em Cristo. Sendo assim, quando nos sentimos sobrecarregados em meio às muitas aflições da vida, Ele nos revigora e nos sustenta.

O óleo

O óleo fala a respeito de propósito. Vemos isto no Antigo Testamento, quando homens eram ungidos com um propósito específico. Assim, estes homens eram cheios do Espírito e eram capacitados pelo Senhor. Ao serem ungidos com óleo, havia um derramar abundante que transbordava deles.
O mesmo ocorre conosco quando somos recebidos pelo Senhor: recebemos a Sua unção em abundância, pois é derramado sobre nós o Espírito Santo e a Sua plenitude. E o nosso propósito é que fomos criados para a glória de Deus; como filhos de Deus e representantes do Rei nesta terra, devemos conhecer a Deus e glorificar a Ele. À medida que nos assentamos à Sua mesa, Ele nos unge e nos dá um propósito, e esse propósito nos fortalece.

O cálice

O transbordar do cálice significa que o Senhor nos dá alegria. Deus nunca prometeu uma vida perfeita, sem dificuldades ou desafios, mas Ele nos promete alegria ao longo da jornada. Portanto, se não compreendermos isso, viveremos murmurando e não experimentaremos o sustento que há em nos regozijarmos no Senhor mesmo em meio às dificuldades. No vale da sombra da morte ou na presença dos nossos inimigos, sentimos a presença do Senhor nos sustentando.

Deus não apenas nos enche, mas nos faz transbordar da Sua alegria. No Senhor existe uma fonte inesgotável de alegria; não se trata simplesmente de um encher, mas um transbordar. Não é por nosso próprio mérito que isso está disponível para nós; mas porque em Cristo Jesus, somos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef. 1:3).

A plenitude em Cristo

Sem Cristo, não há banquete, propósito ou alegria. Sem Ele, estamos destinados ao nosso próprio caminho que leva à morte.
Vemos na Palavra que Cristo se assentou à mesa com seus discípulos, declarando que se entregaria por amor a nós. Ele é o pão da vida (João 6:33,35), o verdadeiro sustento, do qual devemos nos alimentar.

Cristo foi ungido para o seu próprio sepultamento. Maria o ungiu com um frasco de perfume, preparando-o para o propósito de morrer em uma cruz (João 12:3,7).

Cristo bebeu da taça da ira divina (Mt 26:39). Assim, Ele experimentou o julgamento pelo pecado da humanidade e levou sobre si o castigo que nós merecíamos por sermos inimigos de Deus. Jesus bebeu do cálice da ira divina, para que nós pudéssemos beber do doce cálice que transborda da alegria que há em Deus, da intimidade e da satisfação que encontramos Nele.

O Senhor que sustenta

Portanto, as ovelhas ouvem a voz do seu Senhor e o seguem (João 10:3). Assim, que possamos ouvir a voz do Bom Pastor, aquele que deseja nos hospedar, preparar para nós um banquete e sustentar-nos em todos os momentos. Nada nos faltará pois Ele estará presente.