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Desenvolvendo uma vida de oração

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Como desenvolver uma vida de oração? Eu lembro do dia em que o meu coração queimou diante de Deus. Ali fui preenchida por uma vontade imensa de conhecê-lo,de ouvir Sua voz e conversar com Ele. De forma muito prática, eu aprendi que toda comunicação entre eu e Ele não era muito diferente da comunicação que estabelecemos rotineiramente com as pessoas que surgem em nossa vida.

Estabelecendo um relacionamento

Através da oração podemos descobrir quem Deus verdadeiramente é. Então, quando estabelecemos relacionamento direto com Ele passamos a ouvir Sua voz audivelmente, ouvimos os Seus segredos e nos tornamos parte do privilégio, do milagre e da luta feroz através da ação do Espírito Santo que nos ajuda durante as nossas fraquezas.

A oração pode ser expressa de diversas formas, através da intimidade, orando e lendo a Palavra ou quando nos disponibilizamos a interceder por justiça, avivamento e transformação social. Assim, promover oração sobre outras pessoas também é uma forma de nos encontrarmos com Deus. Consequentemente fazemos as obras para o reino e mudamos o mundo.

Uma vida constante

Constância é essencial para o desenvolvimento de um estilo de vida de oração. Em virtude dela que recebemos a plenitude daquilo que Deus proveu para nós. Assim, o compromisso precursor é o de buscar pelo menos duas horas de oração por dia, encorajando também a ler-orar o livro de Apocalipse uma vez por semana.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Permanência e confiabilidade

Lembro ainda que foi no lugar de oração que eu mais me senti segura e me conectei com o Espírito Santo. Diversas vezes buscamos, por exemplo, opiniões, amor, segurança e confiabilidade em pessoas e comumente nos esquecemos da disponibilidade de Deus e o quanto Ele ama nos ouvir, sejam coisas boas ou até notícias que abalam os nossos corações. Deus nunca se cansa de ouvir a voz sedenta dos Seus filhos.

Lugar de intimidade

A oração nos leva a um lugar de intimidade com o Pai, nos livra de todo e qualquer esgotamento, nos energiza para amarmos a Deus acima de todas as coisas e nos faz transbordar de amor pelos outros. Ter uma vida de oração é algo que devemos ansiar e não fazer por mera obrigação. Orar nos leva ao encontro dEle.

Por que devemos orar?

Deus quer que o nosso coração esteja conectado com o dEle em uma parceria sincera e profunda. Você não está errando quando decide questionar todas as coisas ao Pai, na verdade, esse é um princípio fundamental do Reino. No entanto, devemos sempre perguntar e não guardar os questionamentos dentro de nós. Saiba que você pode confiar em Deus e confessar para Ele todas as suas alegrias, angústias e frustrações.

“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. (Filipenses 4:6)

Um compromisso real

Por fim, pense que hoje você tem um compromisso muitíssimo importante com um Rei, talvez você pense em muitas coisas, prepare sua fala ou anote coisas que você não quer deixar de falar durante o encontro de vocês. Dessa mesma forma devemos reconhecer o nosso tempo de oração. Desse modo, devemos nos comprometer com o Senhor e colocar os nossos compromissos sagrados como encontros que não devemos perder. Ele é o grande Rei e devemos desejar a Sua presença.

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Você conhece a existência de missionários intercessores? Pode parecer um termo novo, mas a sua função é bem antiga e perpassa milhares de anos. Os missionário intercessores são pessoas que se dedicam a tempo integral ao ministério da oração. Ou seja, seu campo missionário nasce do lugar de oração. 

QUAL A CAUSA OS CONVOCOU?

Antes de definir qual a função dessas pessoas, vamos relembrar o porquê elas existem. Joel 2 narra uma promessa para o final dos tempos – o espírito derramado sobre todos – é a promessa de um grande avivamento que precederá o final dos tempos. Será um avivamento como nunca visto antes. Então, à medida que as trevas aumentarem, a glória sobre a igreja também será intensa, com sinais, maravilhas e salvação.

Ao olharmos para a história dos avivamentos, nunca foi visto um aviamento surgir sem que a oração estivesse acontecendo. Foi assim com os moravianos, Azusa, Gales e tantos outros, e não seria diferente com o avivamento final. Te convido a ler especialmente sobre os moravianos, eles são os primeiros missionários intercessores protestantes.

“E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões.

Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias.

Mostrarei maravilhas no céu e na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça.

O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

Joel 2:28-31

Queremos avivamento porque queremos que “seja na terra assim como é no céu” – como Jesus nos ensinou a pedir na oração do Pai Nosso, em Mateus 6. Desejamos avivamento porque queremos que Jesus volte à terra de uma vez por todas e reine perpetuamente. Buscamos avivamento porque o Senhor é digno que todo joelho se dobre. Ansiamos avivamento porque queremos justiça se manifestando em forma de salvação e correção de rota ao mundo. Ele é Digno!

ORAÇÃO E ADORAÇÃO DIA E NOITE

Em Apocalipse 4 e 5, o apóstolo João narra qual é a realidade que está acontecendo no céu agora mesmo. Na sala do trono, vista por João, ele vê acontecendo incessantemente, dia e noite, adoração e intercessão.  

Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.  Apocalipse 4:8

Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos; Apocalipse 5:8

Assim, se queremos a realidade do céu precisamos ver um movimento de oração e adoração 24/7, dia e noite sem cessar, Deus sendo adorado e no mesmo movimento compartilhando os pesos do seu coração com a igreja que devolve a ele essas causas em intercessão. Isso culminará com justiça sendo feita e um rompimento sem precedentes para o final dos tempos.

O CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS

Nesse contexto, os missionários intercessores são aqueles que se entregam de maneira integral a essa causa. Dessa forma, salas de oração tem surgido cada dia mais ao redor do mundo, lugares remotos onde Deus tem sido adorado dia e noite e a intercessão tem sido levantada como incenso. Os missionários desses lugares são chamados missionários intercessores. Eles são músicos, cantores, intercessores, comunicadores, técnicos de som e mídia, que entram em parceria com a vontade do Senhor de fazer na terra como é no seu. Seus corações se engajam com a causa do coração de Cristo em fazer justiça, enviar salvação, ser conhecido e fazer que sua igreja seja casa de oração.  

Coloquei sentinelas em seus muros, ó Jerusalém; jamais descansarão, dia e noite. Vocês que clamam pelo Senhor, não se entreguem ao repouso, e não lhe concedam descanso até que ele estabeleça Jerusalém e faça dela o louvor da terra. Isaías 62:6,7

esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Isaías 56:7

ONDE ELES ESTÃO NA BÍBLIA?

> Antigo Testamento

A função de missionários intercessores não é algo contemporâneo e nem uma invenção de um movimento passageiro. Davi foi o primeiro a entender algo que o moveu a construir um tabernáculo, o famoso Tabernáculo de Davi. Ele colocou milhares de pessoas para ministrarem ao Senhor dia e noite. Ele também instruiu com ordem para os próximos reis que o sucedesse que guardassem essa prática, porque essa era a vontade de Deus. Eram quatro mil músicos e quatro mil porteiros do templo que eram liberados de qualquer outra atividade, suas funções eram totalmente dedicadas ao Tabernáculo de Davi. Seu reinado financiou  essas pessoas e os custos do tabernáculo.

Davi escolheu vinte e quatro mil desses para supervisionarem o trabalho do templo do Senhor e seis mil para serem oficiais e juízes; quatro mil para serem guardas das portas e quatro mil para louvarem o Senhor com os instrumentos musicais que Davi preparou com esse propósito.  1 Crônicas 23:4,5

Ao longo de toda história dos reis do povo de Israel o Tabernáculo de Davi foi negligenciado e constantemente reconstruído, e há um promessa que Deus restauraria a tenda caída de Davi (Amós 9:11). Davi fez um voto que os missionário intercessores também fazem hoje:

“Não entrarei na minha tenda e não me deitarei no meu leito;

não permitirei que os meus olhos peguem no sono nem que as minhas pálpebras descansem,

enquanto não encontrar um lugar para o Senhor, uma habitação para o Poderoso de Jacó”.

Salmos 132:1-5

> Novo Testamento

“Alguns perguntam onde os missionários intercessores são encontrados no Novo Testamento. Minha resposta: Onde no Novo Testamento encontramos líderes que não priorizam a oração? Começando com Jesus e os apóstolos, o Novo Testamento destaca muitos líderes que se entregaram à oração de maneira extravagante.” – Mike Bickle – Fundador da IHOP.

De fato os discípulos e a igreja primitiva eram um povo que orava. Porém, quero destacar o chamado de Ana, em Lucas 2, que serve de referência para o trabalho de missionários intercessores hoje. Ana é o exemplo mais extremo do estilo de vida do missionário intercessor no Novo Testamento.  

Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Ana, naquele contexto esperava a vinda do Messias, e ela pôde ver o menino Jesus ser trazido ao Templo e reconhecê-lo. Ana estava sobre os “muros de Jerusalem”. Ela simboliza o que Deus orquestrará na geração em que Ele voltar. Aos oitenta e quatro anos – aproximadamente sessenta anos depois – ela ainda estava ministrando ao Senhor em muita oração com jejum. Esse é um chamado real que o Senhor ainda tem feito por toda a terra e centenas tem respondido, o chamado de oração dia e noite.

COMO ISSO FUNCIONA NA FHOP

Então, aqui na Fhop  temos mais de 110 missionários intercessores espalhados pelas mais diversas funções. Todas as funções e departamentos servem a sala de oração para que essa realidade de oração não cesse. 

Na prática funciona com pessoas trabalhando diretamente nos turnos da sala de oração, como músicos, cantores, intercessores, técnicos de som, streaming, projeção e líderes de sessão. Outros que servem administrativamente gerenciamento financeiro, produzindo conteúdo no marketing, ativamente executando atos de justiça e evangelismo. Missionários que traduzem e vendem livros e materiais que espalham a mensagem da oração. 

Outra maneira é através do centro de treinamento que ao mesmo tempo que ajuda a financiar o lugar de oração convida e treina a igreja global a participar do lugar de oração. Além disso, há também missionários servindo diretamente a igreja local. Pastores, líderes e psicólogos que discipulam, pastoreiam e cuidam dos corações dos missionários. E um departamento  de gestão só para gerenciar todos esses missionários intercessores voluntários. 

DEUS CONTINUA CHAMANDO ANAS E DAVIS

Assim ainda hoje Deus continua chamando e levantando, Davis e Anas, pessoas que estão envolvidas e se gastando com a causa da oração. Movidos pela beleza de Jesus. Pode surgir o questionamento: Não é exagero? Dia e noite de oração não é demais? É realmente necessário? 

Três respostas bíblicas para esses questionamentos: 

1) Jesus respaldou o estilo de vida de Maria, que escolheu ficar aos seus pés, “Uma coisa é necessária, Maria escolheu a boa parte e essa não lhe será tirada.” (Lc 10:40).  Dessa forma, o relacionamento com Jesus é a única coisa necessária. Ele é suficiente.

2) Ele é digno! Simplesmente, Ele é digno. Diante da dignidade da glória de Deus, 24 horas 7 dias por semana ainda é pouco. Ele mereceria muito mais. Os anjos, seres viventes e vinte e quatro anciãos estão a milhares de anos cantando sua dignidade sem cessar e ainda não acharam que poderiam parar, toda dignidade de Deus ainda não foi coberta. 

3) Ele deseja governar a terra em parceria com seu povo, ele vai responder cada intercessão feita. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Lucas 18:7

Então, não é desperdício, é o próprio Zelo do Senhor que está orquestrando isso sobre a Terra, e ele já nos deu garantias de como isso terminará.

Neste mês, a FHOP está se juntando à campanha Maio Laranja para dar voz aqueles que não tem voz. A campanha conscientiza o Brasil sobre o abuso infantil, trazendo estatísticas e informações para prevenção. Como igreja, enfatizamos a importância de trazer este assunto à luz e nos posicionarmos corretamente. E se preciso for, podemos discar 100 para denunciar a favor das vítimas. Sei que muitas vezes nos sentimos impotentes diante de números assustadores, mas cremos que cada pequeno passo é importante para avançarmos no combate ao abuso infantil. Também podemos peticionar com ousadia na certeza de que temos um Pai assentado no trono. Com certeza, seus ouvidos estão atentos a cada oração feita a favor dos mais vulneráveis. Por isso, neste post queremos te ajudar a se posicionar em oração em favor daqueles que não podem se defender.

 

Oração por proteção – 1 Tessalonicenses 3:1-5

1 Por fim, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor seja divulgada e glorificada, como também aconteceu em vosso meio,

2 para que nos livremos de homens perversos e maus; pois a fé não é para todos.

3 Mas o Senhor é fiel e vos fortalecerá e guardará do Maligno.

4 E, quanto a vós, confiamos no Senhor que não só estais fazendo como também fareis o que vos ordenamos.

5 Que o Senhor guie o vosso coração no amor de Deus e na perseverança de Cristo.

Tendo em mente os pequeninos, peça ao Senhor:

  • Que eles sejam protegidos dos homens perversos e maus que os atormentam.
  • Por fortalecimento;
  • Por proteção do maligno;
  • Que o Senhor direcione seus corações para a revelação do amor de Deus por eles.
  • Que eles tenham a mesma perseverança que havia em Cristo.

 

Oração por justiça – 1 Timóteo 2:1-4

1 Antes de tudo, exorto que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,

2 pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade.

3 Isso é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador,

4 que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

O Senhor é o maior interessado em fazer justiça em favor daqueles que não podem se defender. Inclusive, existe um dia reservado para o Senhor vingar toda a injustiça feita aos seus (Is 34:8). Mas enquanto sua justiça ainda não se manifesta em plenitude, podemos clamar para que Ele intervenha, ainda nessa era, sobre as autoridades, os governantes e sobre aqueles que fazem as leis, para que todos tenham uma vida tranquila. Peça ao Senhor:

  • Pela vida de todos aqueles que exercem algum tipo de autoridade no Brasil, que eles sejam cheios da sabedoria que vem do alto (Tg 3:17);
  • Que as autoridades brasileiras sejam instrumentos na mão do Senhor para Ele exercer justiça na vida dos indefesos;
  • Para que ele intervenha com justiça a favor dos pequeninos, e eles tenham uma vida tranquila.

 

Oração por esperança – Romanos 15:13

13 Que o Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz na vossa fé, para que transbordeis na esperança pelo poder do Espírito Santo.

Nossa esperança está em Deus e Ele é poderoso para restaurar a alegria, a paz e a esperança de todas as vítimas de abuso. Tendo essas pessoas em mente, peça ao Senhor:

  • Que os encha de alegria e paz;
  • Por um transbordar de esperança;
  • Que pelo poder do Espírito Santo eles tenham sua esperança, alegria e paz restaurados.

 

Oramos a um Deus compassivo

Posicione seu coração a favor daqueles que não podem se defender e interceda com fé e ousadia. Talvez não pareça fazer muito, orar um versículo da Bíblia. Entretanto, não oramos a um Deus que está indiferente, mas a um Deus que é atraído em compaixão pelo sofrimento dos seus pequeninos. Como igreja, podemos tomar atitudes práticas para combater o abuso infantil, mas podemos e devemos nos colocar em oração e intercessão pelos mais vulneráveis.

A proteção do Pastor

O que significa caminhar pelo vale da sombra da morte? Quem passa por esse vale? Não é o vale em si que nos assusta, mas a sombra do que está adiante dele – são os momentos que antecedem passar por ele

 “Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4

Não foi prometido ao cristão uma vida sem vales. Jesus não disse que ele seria o pastor que nos tiraria do vale, mas seria o pastor que andaria conosco pelo vale. Uma promessa eterna de que em meio aos vales, nós não estaríamos a sós.

A morte é o último dos vales que vamos passar na vida, mas existem muitos outros vales, como depressão, fraqueza, doença, desemprego. 

Davi disse que ‘quando eu caminhar, experimentar desse vale’, o meu senhor estará comigo e me acompanhará por meio do vale em meio às trevas; 

Deus está tanto na luz, quanto está no meio das trevas. O nosso Senhor é Deus da luz, como das nuvens espessas (Ex 20.19).

Existe uma concepção de que há uma guerra entre trevas e luz, como se houvesse algo que é páreo de guerrear com nosso Senhor, de forma que induz o crente a acreditar que o Senhor não é o próprio Criador, o Senhor sobre as trevas. Ou seja, Deus habita na luz que Ele é, Ele é o Senhor da luz e Ele é o Senhor em meio a escuridão 

Ele está nos vales 

Deus deixou Jesus sozinho na cruz para que eu e você não precisasse ficar sozinho no vale da sombra e da morte.

Então, mais importante do que estar no vale da sombra da morte é quem faz o convite para adentrar nesse vale e nos espera do outro lado.

Quando Jesus encara o vale da sombra e da morte, Ele fica aterrorizado. Porém, Ele sabia quem era o seu pastor. Ele não quis sua própria vontade de livrar-se da dor, mas quis a vontade do Pai. 

A ideia de que o nosso Deus não estaria conosco em meio ao vale, tornaria Ele frágil e incapaz. Mas Ele permanece conosco perto. 

Por fim, Ele ainda promete que a sua vara e o seu cajado nos dão conforto, consolo e proteção. 

Continua a acompanhar a série de Salmos aqui.

Nessa breve reflexão, vamos estudar o finalzinho da  carta de Tiago. Visto que, nos últimos capítulos o autor fala sobre o poder da paciência até a vinda do Senhor. 

A paciência de um agricultor

A vida espiritual é como o trabalho de um agricultor. Ela tem o seu tempo de plantação, de uma longa espera e, finalmente, de uma colheita abundante. Assim como para o agricultor, o coração do cristão é moldado ao longo de toda a sua vida para que a semente da Palavra  seja constantemente firmada em todas as épocas de sua vida 

O agricultor não pode ter pressa e impaciência para cuidar de sua plantação.  Porque nem a chuva e o  tempo estão sob o seu controle. Por outro lado, ele precisa confiar que eles virão no tempo certo e não há nada que possa fazer.

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.” Tiago 5:7,8

 

Tiago nos ensina que é preciso fortalecer o coração até a vinda do Senhor.  Aguardando-o com paciência e sabendo que assim iremos nos alegrar.  

A certeza de que o Senhor trabalha nesta colheita é o motivo pelo qual vale a pena esperar o tempo certo.

A paciência dos profetas

Os profetas do Antigo Testamento foram homens escolhidos por Deus para falarem em seu nome a todo o povo de Israel. Eles precisavam ser destemidos, não terem vergonha do que os outros iam pensar e buscar agradar a Deus e responder à vontade de Dele.

Eles também passaram por muitas aflições e sofrimentos e, mesmo assim, aprenderam a abraçar os desafios com todo o coração e força, por causa de sua confiança no Senhor. 

“Irmãos, tomais os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência e de perseverança diante do sofrimento.” Tiago 5:10

 

Veja o exemplo de alguns deles: 

Por causa da fidelidade a Deus, Daniel foi jogado na cova dos leões. Oséias passou por grande traição fazendo a vontade do Senhor. 

“Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio. Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade.(…) Ezequiel também foi duramente perseguido.” Hernandes Dias Lopes

Assim também foi com os apóstolos que foram perseguidos, presos e morreram pregando a verdade do evangelho. A fé deles em Deus era à prova de campos de extermínio. Eles encontraram o sentido das suas vidas em Deus para perseverarem até mesmo sob pressões.

São felizes os que suportam aflições

“Chamamos de felizes os que suportaram as aflições. Ouvistes sobre a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” Tiago 5:11

 

O Senhor não nos poupa das aflições, mas ele está conosco em cada uma delas. Ele dá condições e graça para suportar os sofrimentos. Jó é um exemplo de como a vitória precede a luta.

Jó havia perdido a família, os amigos, os bens e sua saúde, mas Jó esperou pacientemente no Senhor. No final, o maior bem que Jó recebeu não foram riquezas, mas um conhecimento mais profundo do Senhor.

Se Jó fosse impaciente em sua jornada de sofrimento, ele seria uma arma nas mãos do inimigo. Mas depois de sua peregrinação, ele se tornou uma bênção maior para todos à sua volta.

 

Os frutos da paciência

Sendo assim, Tiago deseja que sejamos encorajados a viver o tempo de espera, a passar pelos sofrimentos como um agricultor que espera a chuva e a colheita. Além disso, a  suportar as aflições como os profetas que foram fortalecidos no Senhor. 

Ao invés de irarmos com as injustiças que são acometidas a nós, Deus nos ensina a sermos obedientes a sua Palavra. Pois, numa vida com Deus, até os sofrimentos ganham propósito. Ele nos promete encontrar com alegria  e força suficientes para testemunharmos de sua fidelidade.

Neste estudo bíblico, vamos abordar o contexto histórico e compreender exatamente o que significa o texto de Salmos 2. Podemos dividi-lo em quatro partes para melhor compreensão de todo o texto.

Nesse estudo veremos as primeiras partes do salmos 2: A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido; Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião;

Esperamos que esse estudo bíblico possa edificar a sua vida

 

O livro de Salmos faz parte da literatura sapiencial, ou seja, são livros de sabedoria, e também são caracterizados como poéticos, em função de sua estrutura literária.  Todo livro ou texto de sabedoria tem como propósito o ensino e a instrução a um povo. E especificamente para o povo judeu, a sabedoria era expressa na habilidade de viver, aplicando os poderes de observação, as capacidades do intelecto humano, as experiências e o conhecimento ao cotidiano. Ou seja, explora o mais profundo da experiência humana de uma forma muito pessoal e prática.

Neste sentido, os Salmos foram escritos para serem entoados com o acompanhamento de instrumentos de corda. E serviram como hinário do templo e guia devocional para o povo judeu – foram a grande escola de oração que levou o povo à adoração. A história de Israel foi moldada pelos livros de sabedoria e sustentou o povo no seu relacionamento com Deus.

Contexto histórico de Salmos 2

A canção SALMOS 2 tem como pano de fundo, como o nome já indica, o texto de Salmos 2, ou Salmo segundo como foi identificado em At 13:33 e sua autoria foi atribuída à Davi.

Muitos estudiosos afirmam que o Salmo 2 é uma continuação do Salmo 1, e que originalmente formavam uma única referência, mas foram separados na Septuaginta (tradução da Bíblia Hebraica para o grego). Este Salmo é uma requintada peça artística que retrata de forma riquíssima uma das maiores promessas que YHWH fez ao seu povo, a aliança davídica, por meio da qual o Senhor estabeleceria eternamente o trono de Israel para a descendência de Davi (2Sm7).

Este Salmo possui 4 grandes atos: A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido; Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião; Proclamação do decreto e concessão de domínio e Admoestação aos reis hostis.

A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido

Salmos 2 inicia diretamente no tema que quer abordar e o Por que inicial define o tom desta abordagem – o espanto e a indignação diante da estupidez daqueles que conspiram contra a própria extinção.

Na primeira parte desse texto o salmista expõe a história que começa com os reis que se opõem ao Rei escolhido, ao Ungido de Deus, e tramam contra seu reinado.

No Antigo Oriente, reis geralmente se revoltavam com a coroação de um novo governante estrangeiro, e por vezes declaravam guerra a ele, e este era o intento das “nações” e “povos” representados pelos “reis da terra” e seus “governantes”.

Assim, o mundo inteiro, sem exceção, opõe-se ao reinado de YHWH e seu rei. Ora, quem se rebela contra o rei instituído por Deus, rebela-se também contra Deus (Rm 13.2).

O rei Ungido

Cabe lembrar que na época, o rei era uma representação divina. Nos salmos o termo Ungido designa os herdeiros do trono de Davi, descendência real instituída por Deus, raiz da qual surgiu Jesus Cristo.

Entretanto, a conspiração maliciosa dos governantes e povos não passa de uma revolta fútil, sem a menor chance de êxito, pois por trás do rei de Israel está o trono do céu, e o Deus Todo Poderoso.

Esta parte do Salmos 2 também é um prelúdio ao Calvário, conforme o texto bíblico:

“que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram”. At 4.25-28

A tentativa de frustrar o propósito divino de salvar o seu povo e exaltar o seu Ungido, arquitetada pelos reis e governantes, aos seus olhos foi bem sucedida. Porém, Deus mostra que Seu plano é perfeito e que Ele é Soberano, transformando o intento dos hostis mera futilidade.

 

Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião

 Ao perceber o desafio insensato e despropositado à autoridade divina, Deus não brinca com os governantes do mundo. Mas fala de modo irado devido à guerra que travam contra o seu justo reinado e seu sagrado rei.

O segundo ato de Salmos 2 começa com o Senhor entronizado nos céus e termina com seu rei Ungido no “meu monte santo”, representando a transcendência de Deus sobre toda a terra e a sua imanência na pessoa do rei Ungido que estende o Seu domínio sobre toda a terra.

O Senhor zomba daqueles que acreditam que podem intentar contra ele expressando seu desprezo e ira contra eles. Ao mesmo tempo em que enfrenta a oposição mundial ao seu império, declarando soberanamente que Ele estabelece o seu rei na cidade que Ele escolheu, – o  Senhor elegeu o rei davídico e escolheu Sião como a cidade real. A partir do momento em que Davi conquista a cidade de Jerusalém, habita nela e traz consigo a arca da aliança, local em que, anos depois, também seria construído o templo.

Continua na parte 2.

Ficou interessado em compreender as outras duas partes do Salmos 2? Fique atento no próximo texto.

Quando nos referimos a um contexto eclesiástico em nos reunir com os santos e cantar as verdades a respeito de quem Deus é, isso é muito importante, porque necessitamos cantar a partir de um lugar de entendimento de quem Deus é. 

Qual a importância de cantar a Palavra?

Não são apenas as nossas emoções ou simplesmente fazer arte. Por mais que a arte seja válida, Deus aprecia a arte, Ele faz arte e nos deu criatividade. Mas, é diferente quando nos reunimos como igreja para cantar para Ele a respeito de quem Ele é. Precisa ser a partir de um lugar da revelação da Palavra, pois podemos cair na tentação de cantar as nossas emoções e impressões sobre quem o Senhor é. 

Tudo começa no lugar secreto 

Ao compormos uma canção, uma letra e melodia, não é somente na técnica musical que devemos nos apegar. 

Tudo começa na busca pelo Senhor no lugar secreto. E de repente, aquilo que recebemos no lugar secreto, o Senhor nos dá inspiração para traduzir através de canções. 

Quando ninguém está olhando, em nosso quarto, nos alimentamos das Escrituras. E essas canções, que carregam as verdades da Palavra, surgem e tem o real poder de alcançar os corações. 

Então, quando cantamos, não estamos colocando nossa subjetividade no centro, mas tentamos focar nas verdades da Palavra. 

Escrevemos letras a partir desse entendimento bíblico. 

O canto congregacional 

Quando estamos reunidos como corpo de Cristo em torno da palavra, independente se tivemos um dia bom ou mal, se estamos seguros ou com muitas dúvidas no coração, a Palavra de Deus é o que nos trará para o centro da vontade Dele novamente.  

Nós alinhamos o nosso coração com o coração de Deus. Assim, conectamos nossas emoções com a verdade da Palavra. 

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.” Salmo 45:1 

O que seriam essas boas palavras?

Podemos pensar que essas boas palavras não são só as nossas propriamente. Mas, são aqueles que o próprio Deus coloca dentro de nós. 

No restante do versículo o salmista continua declarando que “a minha língua, que a minha boca seja pena como um habilidoso escritor”. Deus está nos atraindo, levando líderes de adoração e compositores a compor a partir do entendimento das Escrituras. Não apenas histórias pessoais, que também é válido, mas de um lugar de ensino. 

Como disse o apóstolo Paulo: ensine uns aos outros com cânticos, com hinos, então cada canção deve carregar um ensino.

Por isso é importante entender o que Salmo 45 diz; Deus está trazendo essa habilidade para nós. 

Portanto, cabe nos esforçamos e permitir sermos esticados neste lugar de amar a Palavra. Entender que não existe nada mais profundo do que a própria palavra. 

Nós conhecemos Ele, por isso cantamos 

A medida que vamos conhecendo Deus, seus atributos, os seus feitos e planos, fica mais fácil de cantarmos sobre Ele. Quando mergulhamos nas Escrituras vemos o quão bom Ele é, santo, digno, e isso gera em nosso coração confiança  e entendimento. 

Assim, ao cantarmos nos lembramos quem é o nosso Deus para a nossa mente e coração. Quando as situações adversas surgirem, nós lembramos da sua bondade e o do seu caráter soberano. Então, é fundamental conhecermos o nosso Deus e Sua Palavra. São peças básicas para começarmos a compor. 

A nossa geração precisa crescer no amor as Escrituras, só assim nossas canções terão impacto. Não é o nosso nome sendo espalhado, mas a revelação de quem Cristo é, enchendo os corações e a nossa nação. Isso gerará a real transformação.