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Quem é Jesus?

filhos de Deus

Falar a respeito de quem é Jesus pode ser fácil para alguns. Para outras pessoas, porém, é um desafio. Neste devocional, não queremos repetir conceitos estabelecidos por homens, mas mergulhar no conhecimento de Deus. Então, como podemos conhecer Jesus e saber quem Ele é? No livro de João temos uma resposta dita pelo próprio Mestre.

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” João 5.39

Deus usou homens, movidos pelo Espírito Santo, para comunicar as Escrituras e revelar a obra salvadora de Cristo e o propósito do Senhor para a vida do ser humano. “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelos Espírito Santo.” 2 Pedro 1.20-21

Desejar conhecer a Jesus sem ter um compromisso diário com a sua Palavra é, de fato, contraditório. Para conhecer mais e mais nosso Salvador, precisamos reconhecer que somos ramos da videira e que precisamos permanecer n’Ele. Meditar na Lei do Senhor nos fará como árvores plantadas juntos ao ribeiro de águas que sempre dá o seu fruto. Quem é Jesus pra você?

Jesus é o Filho de Deus

Várias vezes nas escrituras temos o registro dessa verdade. Jesus se referia a Deus como seu Pai. E isso foi uma das coisas que mais irritou os publicanos e fariseus. Muitos judeus intentaram tirar sua vida. E, mesmo quando satanás o desafiou a provar que era o Filho de Deus, Jesus não teve dúvida quanto sua identidade. Ele sabia quem era.

“Mas ele lhe disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violavam o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” João 5.17-18

“Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai…” João 14.8-9

Quando Jesus foi batizado por João Batista, o céu se abriu e ouviu-se a voz de Deus dizendo: “Este é o meu Filho amado, em que me comprazo.” Mateus 3.17. O próprio Deus afirmou a identidade de seu Filho e abençoou as suas obras na terra.

Jesus: Ele veio para nos Salvar 

Em Gênesis, vemos o Senhor criando todas as coisas e fazendo o homem a sua imagem e semelhança. Com o pecado de Adão e Eva a humanidade foi separada de Deus. Mas Deus continuou amando o homem. Em João 3.16 podemos ler que: “… Deus amou ao mundo de tal maneira que Deus o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jesus nasceu da virgem Maria. Foi concebido pelo Espírito de Deus para se tornar o salvador do mundo, para que nós fossemos feitos filhos por adoção.

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gálatas 4:4,5

Jesus Cristo: Deus e homem

A Teologia Reformada afirma a humanidade plena e a divindade plena de Jesus. Essa visão é chamada de doutrina da “união hipostática” Ela expressa a união perfeita entre a natureza humana e a natureza divina de Jesus numa só pessoa. Ou seja, Deus o Filho se tornou plenamente humano sem perder nenhum dos seus atributos divinos. Ao meu ver, este é um dos aspectos mais impactante do Evangelho: Deus se tornando homem para nos salvar.

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:5-11 

Primeiro, Ele nos criou à sua semelhança. Depois, Ele se tornou a nossa semelhança para nos remir. Como diz a canção: “O Criado se vestiu da criatura.” O herdeiro de tudo está assentado à destra do Pai.  Então, diga-me: quem é Jesus para você?

Conclusão:

Nosso maior chamado é conhecer a Jesus. Todos os dias Ele nos convida a voltarmos ao jardim para estar com Ele e aprendermos com sua mansidão. Nosso salvador é 100% homem e 100% Deus. Ele entende nossas lutas e está conosco para nos ajudar. Nas Escrituras encontramos revelação de quem ele é e seu propósito para as nossas vidas. Ele é o Filho de Deus, nosso amigo leal e verdadeiro.

Conhecê-lo é a jornada da nossa vida e continuará sendo na eternidade. Há segredos do Senhor a serem desvendados quando nos assentamos diante de seus pés em oração e adoração. Debrucemo-nos sob as escrituras e conheçamos seu coração.  

A Igreja é a embaixada do Reino do Céu. Ela representa uma nação dentro de outra nação. A Igreja são pessoas que confessam sua fé, que falam, que cantam, que pregam, que leem. 

“E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Respondeu Jesus: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não foi revelado a você por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu darei a você as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus”. Mateus 16:15-19

O propósito de testemunhar é tornar manifesto algo que está oculto. Calvino disse que é tarefa da igreja tornar visível o reino invisível.

Também fazemos isso modelando o reino de Deus, demonstrando justiça no mundo, demonstrando misericórdia no mundo e mostrando ao mundo como é o reino de Deus. Isso significa que a igreja deve viver Cristo, viver pelo Espírito de Deus em tudo o que faz para que suas obras reflitam o caráter dEle. Devemos dar testemunho da presença de Cristo e do Seu reino no mundo. 

A Igreja caminha em amor

Quando Paulo escreve Efésios 1:15 ele reconhece a fé daqueles crentes por duas coisas: a fé que há entre vocês no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos.

“Por essa razão, desde que ouvi falar da fé que vocês têm no Senhor Jesus e do amor que demonstram para com todos os santos.” Efésios 1:15

Existem 59 “uns aos outros” no Novo Testamento. Amem uns aos outros (17 vezes). Cumprimente um ao outro. Considerem uns aos outros melhores que você. Vençam um ao outro em honra, etc.

João fala o seguinte:

“Não fale pra mim que você ama Deus, que você não vê, se você não ama nem sua igreja que você vê. Não fale pra mim que você vai dar sua vida para Deus em serviço, se você não faz nada na sua igreja local.”

Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão. Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. Quem odeia seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo. Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” 1 João 3:10-11, 14-18

O significado de amor ao próximo

Ser parte de uma igreja local é um pacto que estabelecemos diante de Deus e dos nossos irmãos de amar sacrificialmente como Cristo aquela igreja local em particular. Ao nos desgastarmos em servi-los, ao suar em amá-los, é onde nós obedecemos os mandamentos “uns aos outros”. É muito fácil você falar que ama o seu irmão quando o seu irmão não tem uma cara, quando o seu irmão não pisa no seu pé. Amar ao próximo é amar aquele chato da sua igreja, assim como você também é chato.

Nós precisamos de um compromisso que não é baseado em conforto, mas baseado em chamado. O mundo faz o seguinte: “eu vou me envolver com vocês, mas vou colocar um pé atrás. Eu vou ver como é. Se for bom eu gosto, eu fico. Enquanto é vantajoso pra mim eu fico. Me cutucou saio fora!” Isso não é amor. Isso é egoísmo. 

Ou, “não, eu vou me envolver de pouquinho em pouquinho. Vou amar vocês de pouquinho em pouquinho.” Imagina que você fosse casar com alguém e você vira para a sua excelentíssima: “olha, eu não vou me comprometer muito com esse casamento. Eu vou amar você de pouquinho em pouquinho, tá?” Você acha que ela iria gostar? Você acha que isso é amor? Isso é interesse! Isso não é comprometimento! E muitas vezes a gente pensa assim da igreja.

Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” 1 João 4:7,8

Comunhão custa

Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. ” 1 João 4:11,12

Já cansei de ouvir pessoas reclamando que a igreja dela é fraca em comunhão, só que eles nunca convidaram uma pessoa para irem na casa deles. Já vi pessoas lamentando: “nossa, na minha igreja não tem comunhão verdadeira. As pessoas não se importam umas com as outras.” E nunca chamou alguém para tomar um lanche em casa. Saiba: comunhão custa!

Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.” 1 João 4:20,21

Se você não está disposto a servir, você não tem buscado comunhão em sua igreja, você tem buscado ser servido. Você quer seu psicólogo particular. Você não quer uma igreja. E qual é o exemplo do nosso Senhor? Que ele veio para servir e não para ser servido. Porém, quando o mundo ver o empresário gastando duas horas sendo discipulado por um senhor idoso, que capinou terreno a vida inteira, mas extremamente piedoso, isso o mundo não consegue entender. 

Nossa identidade como filhos do Pai

Quando um jovem abdicam da saída de sexta-feira para visitar uma senhora doente no hospital, esse mundo que despreza idosos, não consegue entender. Quando nós somos pacientes com aqueles que são diferentes de nós, com aqueles que nos incomodam – quando a própria pessoa chega perto e você fica incomodado – quando você demonstra paciência e amor, isso o mundo não consegue entender. Porque o mundo é feito de relações líquidas, fúteis e vazias. 

Só que a tristeza no meio de nós é que nossos irmãos muitas vezes somem e nós nem estamos aí. Nosso irmão está sofrendo e a gente nem sabe. O irmão está com uma dificuldade na família e não falou pra ninguém, e ninguém perguntou também. A gente até pergunta: “ei, tudo bem?” E o que a gente quer ouvir é: “Tudo tranquilo.” e passar reto! A gente não quer que a pessoa fale: “Não, na verdade eu preciso conversar com alguém, estou precisando de ajuda”, porque isso nos tira do lugar de conforto, nos traz para perto da vida da pessoa. 

Mas quando nós entendemos nossa identidade como filhos do Pai, a consequência disso deve ser fraternidade com os filhos, com os irmãos.

Lembre-se, você é representante de Cristo na terra. E a igreja é a embaixada do Reino.

Um dos maiores desejos do ser humano é ter uma vida relevante. E nessa busca por significado é necessário descobrir nosso chamado. Compreender o papel que temos na história nos dará clareza para tomar decisões coesas quanto ao futuro. É preciso ser intencional. E, quando entendemos quem somos e para o que fomos colocados neste planeta, viveremos com mais contentamento, pois, caminharemos em convicção do nosso chamado. 

Então, voltemos ao início da história, porque ela nos aponta o fim. Como nossa aventura começou? E por que Deus decidiu nos criar? Como homem e mulher, qual é nosso fim principal? Estas são perguntas que sempre permearam o coração da humanidade desde os primeiros dias. 

No livro do “começo”: Gênesis, observamos Deus criando todas as coisas e soprando o fôlego de vida sobre Adão. Deus decidiu o criar a Sua própria imagem e semelhança. E a verdade que Deus não faz nada ao acaso. Além disso, em Seu mandato, o Senhor ordenou ao homem a multiplicação e o governo sobre a criação. E tudo o que Deus faz é bom e tem um propósito. É preciso compreender nosso chamado, leiamos:

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança… Criou Deus, pois, o homem  à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” Gênesis 1.26-28

Na viração do dia

Quando olhamos para o início da criação e vemos Deus nos fazendo como homens a sua própria imagem e semelhança, não podemos negar que há um mistério ali. Na viração do dia Deus se encontrava com o homem. Na viração do dia o Senhor vinha conversar. Mas, a queda fez com que Adão e Eva se escondessem de Sua presença. Porém, a voz de Deus ressoou pelo jardim.

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus… E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? (Gênesis 3.8a,9)

A pergunta de Deus continua a ressoar. E em meio ao caos humano Ele olha para nós e pergunta: “Onde estás?” Não porque Ele não nos vê. Mas, porque Ele quer nos fazer voltar ao jardim e desfrutarmos de Seu amor singular

Fomos chamados para o Amor

Lembro-me que ainda adolescente, ao fazer minha Pública Profissão de Fé, responder as perguntas do Breve Catecismo de Westminster era uma de minhas tarefas. E a primeira questão consistia em esclarecer: “Qual o fim principal do homem?” A resposta na ponta da língua dizia: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.” O que é totalmente verdade.

“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” Romanos 11:36

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31

Mas, também é verdade que essa pode ser uma resposta bem ampla. Não devemos realizar adoração desconectada ao “gozá-lo para sempre”, isto é: sem amá-lo de todo o nosso coração, alma e força. Não devemos glorificar sem usufruir de Sua presença. Isto será como o sino que só faz barulho como descrito em 1 Coríntios 13. 

Sim, nós fomos feitos para Sua glória porque todas as coisas foram feitas para a glória de Deus. Porém, Ele nos criou para desfrutarmos de quem Ele É e de seu amor tão profundo. Ele nos criou para sermos filhos. Esse é nosso chamado principal.

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,” Efésios 1:4-6

Nova Criatura

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17

Quando Cristo nos conduz a salvação, estamos apenas no começo da jornada. Compreendemos que desde o início da história fomos chamados a um relacionamento de amor e adoração em tudo o que fazemos. Tudo faremos para o louvor d’Aquele que tanto amamos. 

Com a mente renovada como filhos, somos novas criaturas. Entendemos que nosso papel é viver da mesma forma que Jesus viveu. Seguimos ao Seu exemplo. Nos lembramos que o principal mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos. E isso tem a ver com a forma como servimos a Deus e aos nossos irmãos. 

Deus nos deu habilidades e dons singulares e há muitas formas de desenvolvermos ministério e serviço. Mas, de nada adianta o trabalho de nossas mãos se isso não estiver fundamentado em nosso chamado de amar a Deus e desfrutá-Lo acima de todas as coisas.