Fhop Blog

Aguardando a segunda vinda

noiva

A segunda vinda de Jesus tem que ser um anseio em nosso coração. 

Por muito tempo eu não pensava sobre a volta de Jesus. Tinha um pensamento muito egoísta de que precisava realizar tantas coisas antes do meu Mestre retornar a terra.       

Certamente, meu coração mudou nos últimos anos, aliás, comecei a entender que existia um anseio em mim que somente seria satisfeito ao estar diante do meu amado Jesus. 

 Afinal, diante de tudo o que estamos vivendo e em face do que ainda vamos viver, desejar a volta de Jesus tem que ser um dos nossos maiores anseios. 

Aguardando Aquele que virá mais uma vez 

que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos 1:11 

Inegavelmente, essa é nossa esperança:  Ele voltará, a segunda vinda é uma promessa, é um alvo e o nosso consolo. 

Inesperadamente, nosso Amado Jesus vai voltar e estabelecer justiça sobre a terra. 

Então, as nações verão o Rei, o Justo juiz reinará sobre os povos. 

“Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. Marcos 13: 26,27 

O retorno para sua noiva 

Afinal, Jesus retornará para a igreja que o espera. E essa igreja  precisa estar como uma noiva adornada, que não deixou faltar o óleo em todo o tempo que esteve à espera do seu amado. 

Sobretudo, como parte desta igreja que o aguarda, quero poder olhar nos olhos de Jesus e entender muito mais sobre o amor perfeito que emana Dele. 

Como essa noiva que o aguarda eu digo Maranata, vem Senhor Jesus! 

Maranata é uma expressão de origem aramaica que, na tradução para a língua portuguesa, tem um significado semelhante a “vem, Senhor” ou “nosso Senhor vem”

O que fazer até o retorno de Jesus? 

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras. Tito 2: 11-14 

Conforme os versículos de Tito e de Lucas temos alguns bons conselhos de como levar nossa vida. 

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar de pé diante do Filho do homem”.

Lucas 21: 34-36

Afinal, mantenha-se próximo a Ele nesta era para poder estar ainda mais perto na era que está por vir. 

Este é o mês em que comemoramos a sua primeira vinda. Neste tempo, relembre tudo o que Jesus fez por você e agradeça a Ele mais uma vez não só pela primeira vinda, mas principalmente porque Ele irá retornar. 

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve! ” Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20 

Deus te abençoe, Feliz Natal! 

 

Neste mês aqui no Blog, temos conversado sobre o nosso DNA, quem somos e quais os motivos para fazer o que fazemos. Me pego revisitando a história e lembro do primeiro texto que escrevi neste espaço, ele fala do Amor Voluntário da Noiva

Abro o site e leio o texto produzido há mais de seis anos. Muitas coisas aconteceram ao longo do tempo e esta história de amor continua a crescer. O amor de uma noiva para com o noivo, o amor da Igreja pelo seu Senhor.

O clamor da noiva apaixonada

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” Cânticos 8.6

Uma noiva apaixonada deseja o noivo sempre por perto. Se o noivo precisar se ausentar, ela não irá se conformar com a distância. Sente saudade que dilacera a alma. Pois, seu amor é como o fogo, é como intensas labaredas. Este amor não é passageiro ou superficial, é um amor que conduz ao compromisso mesmo em meio a necessidade de espera. Ela clama para que o noivo volte e permaneça eternamente ao seu lado.

O noivo lhe fez um pedido. Que ela o tenha como um selo em seu coração. O selo era um sinete feito de metal ou de pedra usado em torno do pescoço (sobre o coração) ou do braço. Podemos ler em Gênesis 38.18ª um trechinho da história de Judá e Tamar a respeito desse ornamento: “Respondeu ele: Que penhor te darei? Ela disse: O teu selo, o teu cordão…”.

A noiva transborda de amor e mantém a esperança de que o noivo logo retornará. Mas, ela não fica passiva, parada, esperando que o acaso o traga para casa. Doente de amor ela se prepara com seus enfeites e perfumes. E é intencional em espalhar sua mensagem. Ela quer que todos saibam que seu coração pertence ao amado de sua alma.

“Filhas de Jerusalém, jurem: se encontrarem o meu amado, digam que estou morrendo de amor.” Cânticos 5:8.

O casamento

Talvez você esteja ou já esteve apaixonado. Consegue se lembrar de como é a sensação? Do sentimento de que nada mais importa do que estar nos braços do seu amor e desfrutá-lo com intensidade e prazer? Quando se está perto o tempo passa rapidamente. Porém, quando se está distante é como uma cena em câmera lenta, isso sem falar na perda do apetite. Não se pensa em outra coisa, se não no objeto de devoção.

A Bíblia enfatiza a analogia do casamento, a Igreja é a Noiva que se casará com Cristo, o Noivo. Ela sente saudade, se prepara para o casamento, é intencional em sua forma de viver. Ela espera pelo amado de sua alma e conta a todas as Nações a mensagem do amor de Deus pelos pecadores. Enquanto espera, ela se junta ao Espírito e clama para que o Noivo venha.  

 “O Espírito e a noiva dizem: — Vem…” Apocalipse 22.17

 Mas como se preparar?

“Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.” Mateus 9:15

A Igreja apaixonada ama a Deus de todo o coração e acima de qualquer coisa. Por isso oramos dia e noite e por isso jejuamos e nos preparamos para as bodas do Cordeiro. Pois, queremos ser como as virgens prudentes da Parábola contada por Jesus. As insensatas possuíam lamparinas, mas o óleo não era suficiente para uma espera um pouco mais demorada. As prudentes, porém, além de suas candeias, tinham porções a mais de óleo, suficientes mesmo que o noivo demorasse. (Mateus 25.1-13).

“Amarás o Senhor, o teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.” Marcos 12.30

Acima de qualquer ato religioso, a Igreja do Final dos Tempos será extremamente amorosa. Em primeiro lugar para com Deus e depois para com o próximo. E aqui não falo de placas denominacionais e instituições organizadas, mas de uma Igreja invisível espalhada pela face da terra. Igreja a qual as portas do inferno não subsistirá (Mateus 16.18).

Como povo de Deus, nosso chamado é viver o primeiro mandamento, amar a Deus acima de todas as coisas. E este é um dos preceitos do porquê somos Casa de Oração. Como noiva de Cristo, amamos o Senhor sem reservas, entendendo o nosso papel e propósito e clamamos pela sua volta. Uma coisa é certa. A história não acabou e no final teremos um casamento.

Como igreja, temos alguns termos para nos ajudar a compreender nosso papel no reino de Deus. Hoje trataremos sobre sermos chamados de Corpo de Cristo. Esse termo foi utilizado pelo Apóstolo Paulo no Novo Testamento como uma metáfora para transmitir verdades muito significativas sobre a igreja e para nos ajudar a entender melhor o valor da nossa diversidade dentro da igreja.

Vale lembrar também, que a igreja muitas vezes é associada a um edifício, construção. Porém, a igreja a qual a Bíblia se refere é sobre um agrupamento de pessoas. Biblicamente, a igreja é todo o grupo de cristãos individuais que professam fé em Cristo, em nenhum lugar da Bíblia a igreja é equiparada a um edifício ou estrutura. E a fé em Jesus é o único requisito para se tornar parte do Corpo de Cristo.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.

Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:8-10)

Entendo o significado da União com Cristo

Primeiramente, precisamos tirar toda a expectativa de compreender em plenitude esse conceito, o próprio Apóstolo Paulo nos diz que é um mistério: “Esse mistério é grande, me refiro a Cristo e à igreja” (Ef. 5:32). Temos dois lados dessa união, de um lado a que estamos em Cristo: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação, as coisas velhas já passaram, e surgiram coisas novas” (2 Cor. 5:17). Do outro lado dessa união temos Cristo em nós: “Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:27).

Do mesmo modo, Jesus também fez uma analogia falando dessa união quando disse que ele era a videira e nós os ramos: “Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:4-5). O elo dessa união que nos une a Cristo é o Espírito Santo logo, não é uma união de pessoas em uma essência, ou seja, não é um vínculo físico: “Aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos há de dar vida também aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8:9-11).

Igualmente, Paulo vai usar a analogia do marido e esposa, porém ainda assim é difícil compreendermos essa união em sua plenitude. Mas sabemos que ela se refere tanto a igreja em todo mundo quanto às igrejas locais. O Espírito Santo desempenha um papel importante em unir indivíduos a Cristo através da habitação, batismo e o seu selo em nós. Assim, somente aqueles que foram batizados pelo Espírito Santo, ou seja, salvos pela graça por meio da fé, podem se unir à igreja.

A igreja como Corpo de Cristo

Com efeito, essa expressão enfatiza a ligação entre a igreja, como um grupo de cristãos, e Cristo. A nossa salvação é grande parte resultado dessa união com Cristo. Essa imagem da igreja como Corpo de Cristo remete também à interligação entre todas as pessoas que constituem a igreja. Como já vimos a igreja sendo esse conjunto de pessoas e não a estrutura construída. As Escrituras usam distintamente a frase “Corpo de Cristo” para demonstrar a identidade e unidade dos cristãos em Cristo.

Desse modo, quando a Bíblia diz que somos o corpo de Cristo, a metáfora começa com uma imagem de Jesus como a cabeça do corpo. Significando que ele é o Senhor encarnado. Ele é aquele que literalmente veio do Céu para este mundo, tomando um corpo para si. Em sua vida encarnada, Jesus nunca deixou de ser Deus, mas tomou totalmente para si nossa humanidade. Nós, cristãos, seguimos a Cristo, ouvimos a Cristo e deixamos Cristo guiar nossos passos, assim como a cabeça do corpo faz. Da mesma forma, este termo para a igreja reconhece a diversidade dentro do corpo de Cristo e como isso é bom para a igreja. 

Como resultado, o corpo precisa de muitas partes, ou seja, muitos dons, talentos e habilidades para funcionar. Nós precisamos trabalhar juntos para cumprir a missão que Jesus nos deu. Em vez de tentar fazer a mesma coisa, cada um de nós pode contribuir com aquilo que Deus nos chamou para fazer e ser. O corpo deve estar unido. Todas as barreiras étnicas e sociais foram removidas, como Paulo disse: “Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo, e em todos. (Colossenses 3:11).

 Por que chamamos a igreja de Corpo de Cristo?

Por fim, podemos dizer que chamamos a igreja de Corpo de Cristo pela grandiosidade que é esse mistério. É muito mais do que apenas uma metáfora. É literalmente quem fomos constituídos pela verdade do Evangelho, pelo Espírito que habita em nós e pelos dons que recebemos. Portanto, devemos nos alegrar e devemos nos concentrar em como vivemos à luz do dia em que ele voltará para terminar de fazer novas todas as coisas.

Sem dúvida, Cristo em nós é a base da fé e esperança. Ele é a cabeça de seu corpo, logo somos guiados por ele. Estamos unidos a ele, o cabeça, e somos nutridos por meio de Cristo. Como o corpo de Cristo, nós somos a extensão do ministério do cabeça, Cristo Jesus. Ele enviou seus discípulos para evangelizar, batizar e ensinar e devemos continuar a fazer o mesmo: ”Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”. (João 14:12).

Por fim, a obra de Cristo para ser feita, precisa ser realizada pelo seu corpo, a igreja. Cada um de nós é importante para a igreja e cada cristão é uma parte necessária do Corpo de Cristo. Essa diversidade é algo a ser festejado e reconhecido como parte do grande projeto de Deus para a sua igreja. Temos diferentes habilidades, propósitos e dons espirituais, mas cada cristão é igualmente importante para o pleno funcionamento, missão e eficácia da igreja.

“Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo”. (1 Coríntios 12:18-20).

Ser conhecido por Deus é nosso principal alvo nesta vida. Apesar de não ser profunda conhecedora de grego, já ouvi inúmeras ministrações que explicam o sentido original da palavra conhecer. Em geral, ela pode ser associada à intimidade existente no ato sexual.

Desconheço algum ato que revele mais intimidade do que o ato sexual. Esse é o grau de intimidade que o Senhor deseja ter conosco e que Ele classifica como ser “conhecido” por Ele. Por isso, decidir se deixar conhecer envolve vulnerabilidade, entrega e confiança.

“Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” 1 Coríntios 8:3

“Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” João 10:14

O perigo de negligenciar a intimidade

No entanto, existe um alerta explícito na palavra sobre a possibilidade de substituirmos esse grau de intimidade, por obras e por manifestações de dons. Se essa possibilidade não fosse real, e não pudesse ser vivenciada, Jesus não chamaria nossa atenção. Portanto, o risco disto acontecer é iminente.

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mateus 7:21-23

Imaginar que nossas obras poderão substituir uma vida de intimidade com nosso Criador e Pai, é ignorar a essência da obra da cruz. O sacrifício de Jesus resgatou a posição de intimidade negligenciada por Adão e Eva. Já que, em Jesus, voltamos para o Éden. No jardim, Deus se encontrava com o homem nu.

Porque tememos a intimidade?

Esse grau de intimidade é temido por nós de forma sutil e por vezes imperceptível. Nossas experiências terrenas de criação, os traumas e os relacionamentos rompidos, constituem o alicerce destas reações distorcidas.

Embora nosso consciente ignore a origem de alguns destes posicionamentos, nosso inconsciente grita e nos impede de viver a plenitude do que temos disponível em Jesus. Na cruz, Jesus suportou a vergonha, pela alegria de nos ter de volta.

“…Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.” Hebreus 12:2

A revelação desta verdade, e de nosso valor aos olhos dEle, devem constituir a base da ousadia com que acessamos Seu trono. Ele conta com isso e aguarda pacientemente que nossos olhos sejam abertos. Nenhum trauma ou experiência passada é maior ou intransponível para os que O conhecem.

“Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.” João 17:25

Conheceremos como somos conhecidos

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.” 1 Coríntios 13:12

Inegavelmente, chegará o dia em que conheceremos da forma como somos conhecidos. Neste dia, nenhum véu estará posto entre nossos olhos e de nosso Pai. Viveremos a plenitude da intimidade. Até lá, é nossa tarefa lutar contra tudo que subtrai a intimidade deste relacionamento.

O Espírito Santo é nosso eterno aliado. Ele está nos adornando para o encontro com o Noivo. Como noiva apaixonada, anelamos por esse dia e nos preparamos para Ele. Fomos criados para viver diante da audiência de um único par de olhos – os olhos do Noivo apaixonado.

Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado. Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.Gn. 2.8, 3.10

Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”  Mt. 26.36

Os encontros com Deus no Éden revelavam, desde o início, Seu desejo de estar conosco. O homem perdeu esse acesso quando deu ouvidos à serpente. Em outro jardim, dois mil anos depois, Ele busca essa parceria e não nos encontra disponíveis novamente.

No Getsêmani, Ele resgata o que perdemos no Éden e o jardim migra para dentro de nós. O preço do resgate é alto. Quando nos convida a tomar nossa cruz e seguí-Lo, é disso que está falando. Com frequência, ignoramos as implicações de uma vida rendida, que não mais nos pertence (Gl. 2.20).

Usufruir destes encontros com Deus, de forma diária, exige entrega. O jardim de nosso coração precisa estar limpo e disponível, para que Ele possa cear conosco. Contudo, sem a ajuda do Espírito Santo, não conseguimos ser bons jardineiros. E essa tarefa será sempre nossa, em parceria com Ele. Já que, é do Espírito Santo a tarefa de adornar a noiva,  preparando-a diariamente, para esse encontro com o Noivo.

Inegavelmente, os inços devem ser removidos, plantas precisam ser podadas com a ajuda da Palavra. O solo precisa estar tenro e receptível. Os frutos devem ser abundantes. Nosso coração deve transbordar de expectativa por esse encontro.

“Jardim fechado é minha irmã, minha noiva, sim, jardim fechado, fonte selada.” Ct. 4.12

Ao contrário do que pensamos, essa tarefa de preparar a terra não cessa. Eventualmente, somos surpreendidos por frutos indesejados e por safras de semeaduras passadas que nem sempre glorificam ao Pai. Os frutos denunciam nossa essência. No entanto, nesta vida, temos a chance de remover as raízes que os alimentam.

Se hoje nos deparamos com uma colheita que revela a existência destas raízes indesejadas, corramos para os pés dAquele que tem poder e sabe como removê-las. No entanto, não é menos importante cultivar e regar sementes que gerarão frutos em abundância, para alimentar os famintos. Folhas que sarem as nações. Nosso interior deve refletir a realidade de quem somos nEle.

O desejo do Pai continua sendo o de encontrar-se conosco no jardim. Ele nos criou para que essa comunhão fosse possível e resgatou-a na cruz. Mais do que podemos medir ou imaginar, Ele deseja estar conosco.

Portanto, não negocie com a serpente. Não durma enquanto Ele te convida a chorar com Ele. Sigamos o exemplo da Sulamita. Semelhantemente, clamemos para que os ventos soprem. Para que,  possamos oferecer-lhe os frutos excelentes, como recompensa de Seu penoso trabalho.

“Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, espalha os seus aromas. Entre o meu amado no seu jardim, e coma os seus frutos excelentes!” Ct. 4.16

“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. ” Filipenses 2.9-11

Um dia todo joelho se dobrará diante do Senhor, toda língua O confessará. Haverá obediência total e irrestrita tanto da terra, como do céu, e até mesmo do inferno. Mas a sua noiva não fará isso apenas no futuro. A noiva o adorará antes do casamento, pois é para isso que ela tem sido atraída.

Desde o jardim do Éden vemos Deus desenhando um plano amoroso. Ele criou o universo e fez homem e a mulher a sua imagem e semelhança. Os criou para viverem em família e lhes deu autoridade para exercer domínio sobre tudo que fizera no jardim. Nos criou com um propósito eterno.

Mas você pode estar se perguntando: “afinal, que propósito é esse”? Pois, muitas vezes, nos sentimos perdidos em nosso chamado, nos sentimos confusos e inapropriado para servir um Deus tão santo, só conseguimos ver nossas inúmeras falhas e como parecemos reprovados. E temos mais dúvidas que certezas.

Independente da função ou do trabalho que exercemos, é preciso compreender que somos chamados para o seu amor. Somos a sua herança. Nossa identidade está n´Ele e o que Ele afirma a nosso respeito. Somos a sua noiva e o nosso principal propósito é amá-lo de todo o nosso coração.

Você pode até pensar que não se sente assim tão quebrantado, mas Deus tem compromisso com a sua Palavra. Ele nos ensinará o amor. “O Senhor, teu Deus, circundará o teu coração e o coração da tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas”. (Deuteronômio 30.6)

Ele remove nosso coração de pedra e nos dá um coração de carne que se torna sensível a sua voz. Tudo que podemos oferecer-lhe é nossa obediência imediata e nosso amor real. Teremos a eternidade para desvendar o mistério do seu amor, mas tudo começa quando simplesmente decidimos render-nos e entregar-nos voluntariamente e de todo o nosso coração.

Que hoje, não haja reservas. Eu sou dele, Ele é meu.