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Um coração convicto

oração

Era uma noite chuvosa e, em uma pequena casa podia-se ouvir, vindo do quarto, o choro de uma mulher. Era Mônica. As lágrimas escorriam em seu rosto. Insistentemente ela clamava ao Senhor para que olhos do coração de seu filho, Agostinho de Hipona, pudessem ver Jesus.

Os antigos manuscritos contam que Mônica, desde criança, era religiosa e disciplinada. Católica, nasceu em 332 em Tagaste, Argélia. Ela crescera em um  lar abastado e foi educada por uma escrava, a qual criava os filhos dos seus senhores. E, de certa forma, a história de sua criação fez com que ela fosse inclinada a ajudar os menos favorecidos.

Uma entrega sincera

Mônica foi capturada pelo Senhor e entendeu que não há vida fora Dele. Uma das expressões de sua fé foi um coração entregue ao propósito de ver a conversão de seu filho primogênito. Os outros dois filhos já haviam se convertido ao catolicismo.  Mônica também enfrentava dificuldades no casamento, seu marido tinha um temperamento violento. Contudo, Mônica, pacientemente, perseverou em oração.

A mãe de Agostinho entendia quem ela era em Deus e, por isso, movia-se com convicção. Queria que seu filho e marido experimentassem do mesmo relacionamento íntimo que tinha com o Senhor. E então, por meio da oração, concordava com os planos e propósitos de Deus para Agostinho e seu marido.

Podemos perceber através de breves relatos da história de Mônica que ela não considerava de pouco valor, aquilo que ela cria que Deus tinha colocado em seu coração: clamar pela salvação do filho e do marido. E, ainda que as pessoas ao seu redor não cressem nesses milagres ou até mesmo que suas orações nem fossem respondidas enquanto estivesse viva, ela posicionou seu coração em Deus, colocando-se como e a principal intercessora de sua família.

Movida por fé

Agostinho levava uma vida devassa e rebelde, e isso sempre gerou preocupações para Mônica. Certa vez, angustiada, foi até uma igreja em Cartago à procura de um bispo para poder conversar sobre seu filho. Com lágrimas nos olhos, Mônica ouviu do bispo: “Vai em paz e continua a viver assim, porque é impossível que pereça o filho de tantas lágrimas.” Essas palavras consoladoras a motivaram a perseverar em oração por Agostinho.

Uma de suas felicidades foi ver seu marido convertido a Jesus Cristo. E, mesmo no leito de morte ele foi batizado. Sua alegria foi completa quando Agostinho, em agosto de 386, rende-se ao Senhor. Em “Confissões” (VIII-12) o teólogo narra a reação de sua mãe ao contar sobre sua decisão: “Ela rejubila. Contamos-lhe como o caso se passou. Exulta e triunfa, bendizendo-Vos, Senhor, ‘que sois poderoso para fazer todas as coisas mais superabundantemente do que pedimos ou entendemos’. Bendizia-Vos porque via que, em mim, lhe tínheis concedido muito mais do que ela costumava pedir, com tristes e lastimosos gemidos.”

Convicção

Agostinho tornou-se um importante teólogo e filósofo que impactou os primeiros séculos do Cristianismo. A devoção de Mônica ao Senhor fez com que seu coração enchesse de esperança e coragem para orar pela conversão de seu filho.  Aos olhos do ativismo que este século vive, isso pode ser pouca coisa: “Mônica poderia estar fazendo outras coisas” no lugar das longas horas de intercessão pelo filho afastado do Senhor. Até mesmo isso deve ter passado em alguns momentos em sua mente, porém ela sabia que a oração era a única e a mais importante atitude a ser tomada. Isso mudou o curso de sua História, a de Agostinho e de tantas pessoas que foram alcançadas pelo testemunho e ensino de seu filho. O amor de Deus trouxe convicção para que Mônica persistisse no lugar de oração por sua família.

Todos conhecemos a oração do Pai Nosso ensinada por Jesus aos seus discípulos. Depois de verem Jesus orando, eles pedem “ensina-nos a orar” (Lc 11:1). E então ele começa a fazer a famosa oração. O que levou os discípulos a pedirem para ele ensinar isso, mesmo depois de terem visto tantos sinais e maravilhas? Eles entendiam que o ministério de Jesus era completamente fundamentado na sua comunhão com o Pai, porque eles presenciaram isso de perto, observando sua vida de oração.

Muitas vezes, nossa dificuldade de nos mantermos no lugar de oração vem de uma falta de revelação sobre a quem estamos dirigindo nossa oração. Segundo Corey Russell, no livro Oração, “a fonte e fundamento de toda fé e intimidade na oração está em uma verdadeira revelação do Pai”. Então, enquanto não tivermos uma revelação clara de quem é Deus, estaremos usando a oração como lista de pedidos ou desabafo de problemas. Quando na verdade é a maneira de participarmos da mesma comunhão que Jesus tinha com o Pai.

Em João 17, a oração de Jesus era para que nós fossemos um com o Pai, assim como Ele era. Logo no início do Pai Nosso, já temos uma grande revelação sobre Deus: Ele é Pai e está nos céus. Quando começamos a explorar a paternidade de Deus, geralmente atribuímos a ele as características paternas que encontramos nos pais terrenos. Pensamos que ele é um pai trabalhador e precisa se esforçar para dar conta de atender todas as demandas dos seus sete milhões de filhos. Ou, é um pai ausente que não tem tempo para ouvir a nossa voz. É difícil concebermos que um Deus tão poderoso e soberano se preocuparia e cuidaria de nós como filhos.

Um convite para a comunhão

Ele não só cuida de nós, como ele deseja ter comunhão conosco. Depois de tentar habitar em nosso meio – e não conseguir, por causa das nossas falhas – Ele envia Jesus para ser a restauração perfeita entre nós e o Pai. Ele habita em nosso meio, não mais em um templo físico, mas em cada um de nós. Que privilégio é poder participar dessa perfeita comunhão! Diante disso, nada mais importa – ministério, chamado, dons ou pedidos. Nada que possamos conseguir pela nossa oração é mais precioso do que a comunhão com o nosso próprio Pai. O que nos leva a orar é a revelação de quem está do outro lado. Ele é a nossa recompensa.

Corey Russell, em seu livro Oração, apresenta quatro principais barreiras que impedem de nos entregarmos à vida de oração. Todas essas barreiras estão relacionadas com o nosso interior.

Orgulho

O orgulho impede de reconhecer nossa condição de dependência diante de Deus. Quando Jesus diz que “bem-aventurados são os pobres de espírito” (Mateus 5:3), ele mostra a importância de reconhecer que há falta em nós. E que encontramos o que nos falta n’Ele. Assim, apenas quando enxergamos esse vazio que só pode ser preenchido por Ele, conseguimos ultrapassar a barreira do orgulho e nos achegar a Ele. Nossa autossuficiência e independência nos dá a sensação de que conseguimos sozinhos. Mas apenas Ele é a fonte de tudo o que precisamos para viver. Sobretudo, é no lugar de oração que depositamos nossas necessidades mais íntimas. E nos humilhamos reconhecendo que ele é o único que pode supri-las.

Incredulidade

O autor de Hebreus diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Pois precisamos acreditar que Ele existe e recompensa quem o busca (Hebreus 11:16). Ele tem prazer em ter comunhão conosco e não dispensa um coração quebrantado. Ainda assim, muitas vezes a falta de fé e conhecimento sobre quem Deus é nos impede de os achegarmos a Ele. Começamos a inventar um Deus distante. Que não tem interesse na nossa vida, que nos acusa e nos afasta da sua presença. A incredulidade afasta o homem do principal motivo de orarmos ao Senhor: declarar a nossa fé nas verdades sobre quem Ele é. Assim, precisamos ter fé que Ele deseja nos encontrar no lugar de oração, e que nos recompensa com a sua própria presença.

Como não são coisas externas, essas barreiras são difíceis de reconhecer. Elas têm nos impedido de ter a vida de oração como deveríamos. Principalmente, temos que estar constantemente sondando nossos corações para que se encontrem completamente limpos de todo orgulho e incredulidade. Para nos achegarmos com liberdade e humildade diante de Deus.

Como cristãos, sabemos que devemos orar. Entendemos que é algo importante para ter comunhão com Deus. Sabemos que só nos traz benefícios e cremos na sua eficácia. Ainda assim – sejamos sinceros – não oramos. Dentre as coisas que Deus nos pediu para fazer, a oração é a que menos exige nosso esforço físico, mental e emocional. É algo que só depende de nós e não conseguimos colocar em prática como deveríamos.

Nossa identidade

A falta de revelação sobre nossa identidade como sacerdotes nos impede de exercermos o nosso papel como intercessores diante de Deus. Antes de termos
qualquer outra função no Corpo de Cristo, o chamado principal do cristão é a oração. E esse é um chamado para todos. Não precisamos ser do ministério de intercessão, ou fazer parte da reunião de oração para nos sentirmos aptos a esse chamado. Imediatamente quando aceitamos Jesus, nos tornamos participantes do seu ministério sacerdotal e da comunhão que Ele tem com o Pai (Hebreus 3:1). Assim, não precisamos esperar pelo pastor ou o líder de louvor orar por nós para nos encontrarmos com Deus. Todos somos chamados igualmente a estar nesse lugar de intimidade.

O impacto da oração

A quarta barreira que nos impede de orar é a falta de revelação quanto ao impacto da oração. É muito fácil cair no erro de pensar que nossa oração não tem efeito quando não vemos o resultado imediato ou não quando não temos a resposta de um interlocutor. A impressão que temos é que estamos perdendo tempo. Para nós faz mais sentido tentar estabelecer o Reino pelas nossas próprias forças e nossos recursos. Mas Jesus foi claro ao dizer que devemos buscar em primeiro lugar o Reino e todas as outras coisas nos seriam acrescentadas (Mateus 6:33). Nossa mente humana não consegue entender que ajoelhar e orar dia e noite, deixando Deus resolver o problema, seria mais eficaz do que tentar resolvê-lo por conta própria. Nos sentimos inúteis quando dizemos que estamos “só orando” por algo. Entretanto, ao orar, na verdade fazemos a única coisa realmente necessária.

Deus nos chama ao lugar de oração para cumprirmos nosso chamado principal. Que possamos sondar nossos corações e rever as verdades sobre nossa
identidade, reconhecendo o que tem nos impedido de nos achegar nesse lugar. Precisamos ter a convicção de que Ele é tudo o que precisamos, de que Ele deseja se encontrar conosco, nos deu liberdade para nos encontrarmos com ele e que há poder em nossa comunhão com Ele.

Eu olho para trás e fico impressionado com a minha ousadia e coragem quando criança. Eu, menino de seis-sete anos, confiante… Andando pela minha casa sem nenhuma preocupação e usufruindo de graça de coisas que meus pais conquistaram. Quando chegava meu aniversário os meus pedidos eram: aquele tal carro de controle remoto, ou aquela festa com tal tema, etc. Eu nunca fui um garoto que meus pais realizassem todas as vontades (essa normalmente é a função das avós). Mas eu sabia algumas coisas. Podia conversar e pedir coisas e eles iriam realmente me ouvir, ponderar e fazer o máximo para me atenderem. Eles se alegravam simplesmente por me presentearem. Eu realmente era importante e não sabia. Inesperadamente, o que eu falava movia o coração de dois adultos.

Decerto, sei que fui um garoto privilegiado por ter pais como os meus. Mas o que eu gostaria de frisar é: mais do que o privilégio de se ter pais amáveis, nós temos um Pai que é Amor.

“Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” Mateus 7:9-11

Jesus quando ensina a orar. Nos diz que estamos falando com um Pai celestial que é melhor do que o melhor pai que esse mundo pode conhecer. O interessante é que Jesus divide conosco a paternidade do Pai que está nos céus. Ele como Filho revela o Pai.

Desfrutando da paternidade

Hoje eu observo que dois fatores me davam um comportamento corajoso de desfrutar do que eu recebia dos meus pais. Primeiro era a paternidade deles. Sabe o desejo, o afeto, o zelo e amor que pais tem pelos filhos?! Aquilo gerava em mim o segundo fator, a minha identidade de filho. Pra mim ser filho não era bom ou gratificante. Porque “eu calculei os pontos negativos e positivos da nossa relação e vi que eu iria lucrar”. Pra mim o sentimento era de que eu nasci para aquilo. Eu não aprendi tudo (muitas vezes fui rebelde). Mas eu sabia que eu nasci para ser o filho dos meus pais e isso me dava confiança diante deles e do mundo a minha volta.

“eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” Jo 17:23

A impacto que essas palavras trouxeram sobre mim, desde a primeira vez que li, reverberam eternamente em meu coração. Jesus no seu momento íntimo com o Pai disse que o Pai me amava do mesmo jeito que o Pai ama ao próprio Jesus. Essa é a verdade: Deus Pai te ama na mesma proporção que Deus Pai ama Deus Filho. Esse é o desejo dele.

deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Jo 1:12b,13

Ele nos ama como ama à Jesus

Deus Pai te ama na mesma medida e proporção que ele ama Jesus e foi sua vontade te tornar filho legítimo Dele. Essas verdades estavam completamente em chamas no coração do escritor de Hebreus quando ele diz

…temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Hb 10:19,20

Temos uma voz diante de Deus Pai

Assim, nós podemos entrar confiadamente diante do Pai e nos posicionar com convicção de que nós temos uma voz nos céus. Nós temos uma voz diante de Deus Pai, ele nos ouve e nos responde! Por certo, isso é poderoso. Surpreendentemente, Ele pagou um preço por essa realidade que ele desejou dar aos seus Filhos.

Quanto mais os anos passam, mais eu caio na realidade de que o que Deus espera de mim é que eu simplesmente seja o seu filho. É que eu me comporte como filho, em relacionamento, em amor, em sinceridade. Isso é o que ele espera de nós. Essa parceria e amizade tem o poder de trazer os céus na terra. Tem o poder de fazer o amor por Ele e pelo próximo crescerem. Assim, nada é impossível para o nosso Pai que está nos céus e para aqueles que tem uma voz diante dele.

Confie no Deus do amanhã

Somos rápidos demais em nos preocupar com o amanhã e lentos em descansar e confiar no controle do Deus soberano. É tão fácil deixarmos os afazeres pra depois ou para o “infinito e além”, enquanto parece difícil que as preocupações do próximo mês não se façam presentes no dia de hoje.

Temos a tendência de andarmos ansiosos pelo que há de vir, como se pudéssemos resolver tudo. Entretanto, somos convidados a buscar o que realmente importa hoje, crendo que Deus tem a provisão necessária para o amanhã.

Cristo nos chama a uma vida plena, sem excessos ou faltas. É fato que a ansiedade é gerada pelo “excesso de futuro”. Não estou dizendo, de maneira alguma, que devemos viver como se não houvesse amanhã, é preciso sim responsabilidade. Mas andar demasiadamente preocupado com as circunstâncias vindouras revela a nossa falta de confiança no Dono do tempo.

É imperativo:

“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. (Mt. 6.34)

Deus está comprometido com todos

A garantia de que todas as demais coisas serão acrescentadas é vitalícia para aqueles que buscarem em primeiro lugar o Reino de Deus. Sendo assim, Deus está comprometido com todos aqueles que colocam nele a sua confiança. É impossível acrescentarmos sequer 1 hora a nossa vida por mais que nos preocupemos (Mt.6.27).Concluímos então, que o andar ansioso traz apenas desgaste e frustração.

Confiar em Deus não é como se estivéssemos entregando a produção do “pão” de amanhã nas mãos do açougueiro. Estamos confiando naquele que criou o próprio “trigo”, que sabe o que fazer e quando fazer para atingir o resultado perfeito. Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam (Rm.8.28).

A resposta eficaz diante das preocupações e ansiedade é o nosso posicionamento. Perante situações que geram desconforto precisamos orar. Ao nos depararmos com uma necessidade, devemos pedir a Deus a provisão. Em frente ao medo e incertezas é necessário clamar ao Senhor por direção e clareza.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Fp.4.6-7)

A oração traz a completa convicção de que Deus,  muito mais sábio do que eu, e capaz de me encher de toda a sabedoria, está no controle do que há e do que ainda virá. Orar muda não só as circunstâncias ao meu redor, mas muda tudo dentro de mim!

Existe poder na oração individual, naquela que fazemos no secreto. Muitas vezes ela nasce sem palavras, em nosso coração, e se revela ao mundo exterior na lágrima que escorre livremente.

Ninguém duvida da importância que um clamor sincero tem diante dos ouvidos atentos de Deus. No entanto, desconhecemos numa certa medida, o poder e a importância da oração coletiva.

O coração de Deus se relaciona com nosso coração. Já que, é dele que nascem nossos desejos e anseios mais secretos. Por isso, os ouvidos de Deus são atraídos pelas motivações corretas e pelos desejos sinceros.

Quando isso acontece no coletivo, a unanimidade presente no que almejamos, potencializa a resposta. Existem estudos neurocientíficos recentes que demonstram que quando adoramos em conjunto, nossos corações passam a bater no mesmo ritmo. Existe um poder que nos conecta e que não é visível aos olhos.

Se a ciência comprova que a adoração promove isso em nosso organismo, isto é, que existe unanimidade inclusive no batimento cardíaco enquanto adoramos, o que dizer das orações unânimes que apresentamos diante do Pai? Que tipo de poder existe por trás delas?

O compromisso de Deus com a nossa oração

“Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. Porque agora escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias.” 2 Crônicas 7:15,16

“Que os teus olhos estejam dia e noite abertos sobre este lugar, de que disseste que ali porias o teu nome; para ouvires a oração que o teu servo orar neste lugar.” 2 Crônicas 6:20

Na antiga aliança, que sabemos que é sombra do que se revelou em Jesus, Deus prometeu estar atento a oração feita no lugar de reuniões de seu povo. Inegavelmente, não é diferente na nova aliança. Pelo contrário, Ele ratifica seu compromisso conosco.

“E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração?” Marcos 11:17a

Certamente, Deus espera que seu povo ore, que clame, que interceda, que se coloque na brecha. Esse é nosso papel, como corpo dEle, nesta terra. Já que, fomos comissionados pelo próprio Deus à ocupar este lugar.

A importância da unanimidade da oração

Existe orientação na palavra sobre a importância de buscar unanimidade no que fazemos e pedimos. Porquanto, o próprio Deus preocupou-se em respaldar o papel do Filho na Trindade, em sua missão de salvador. Por isso, menciona o testemunho que o Espírito dá a respeito dEle.

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.” 1 João 5:8,9

Igualmente, em Romanos, somos alertados para a importância de viver em unidade. Pressupõe-se, que como corpo, funcionemos em harmonia. Porque nosso papel será efetivo e eficaz quando atentarmos para importância da unidade.

“Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; Sede unânimes entre vós; Romanos 12:15

A igreja precisa crescer no entendimento de como exercer seu papel de sal e luz em meio a uma geração que anela por respostas. Por isso, quando nos reunimos e oramos, em concordância, movemos os céus. O poder necessário para trazer a existência o que não existe é liberado.

Precisamos ser portadores de boas novas. Temos acesso a fonte de toda sabedoria. Que sejamos ousados ao acessar Seu trono em busca de solução para os problemas que nos afligem. Que a igreja cumpra integralmente seu papel no meio da sociedade em que está inserida.

Onde estão aqueles que acreditam no que ainda não se viu? Onde estão os que terão coragem de orar por chuva e crer que ela virá? Onde estão os Elias que em meio a sequidão acreditam que a chuva está próxima?!

Este tempo que estamos vivendo não exige somente fé, este tempo também exige coragem.

Exige que se levantem homens e mulheres cheios de intimidade com Deus ao ponto de declararem palavras que irão se cumprir.

Elias conhecia Deus a ponto de fazer declarações cheias de autoridade divina.

O relacionamento  que Elias vivia com Deus o capacitou a declarar o sobrenatural e o mundo natural se curvou ao poder dos céus.

Íntimos de Deus conseguem visualizar milagres e vivem para ver o cumprimento das visões.

Não desista mesmo depois de tentar mais de uma vez

O servo de Elias voltou seis vezes com a mesma resposta, até que na sétima vez o milagre deu sinal. Um pequeno sinal, que era tudo o que o profeta precisava.

Faço uma pergunta aqui: quantas vezes desistimos porque olhamos além e não conseguimos ver sinal de chuva ainda?

Ou quantas vezes nós desistimos porque estamos vendo somente uma pequena nuvem?

Elias sabia que a chuva viria, ele profetizou e creu. Mas Elias também sabia que a pequena nuvem iria produzir abundante chuva.

Elias sabia que pequenas nuvens produzidas pelo Deus vivo sempre trarão abundante chuva.

Olhe além do mar de dificuldades que cercam sua vida.  Olhe mesmo que a vista não esteja mudando.

A sua pequena nuvem irá aparecer e ela irá produzir a abundante chuva que você tantas vezes clamou de joelhos dobrados.

“E Elias disse a Acabe: “Vá comer e beber, pois já ouço o barulho de chuva pesada”. Então Acabe foi comer e beber, mas Elias subiu até o alto do Carmelo, dobrou-se até o chão e pôs o rosto entre os joelhos. “Vá e olhe na direção do mar”, disse ao seu servo. E ele foi e olhou. “Não há nada lá”, disse ele. Sete vezes Elias mandou: “Volte para ver”. Na sétima vez o servo disse: “Uma nuvem tão pequena quanto a mão de um homem está se levantando do mar”. Então Elias disse: “Vá dizer a Acabe: Prepare o seu carro e desça, antes que a chuva o impeça”. Enquanto isso, nuvens escuras apareceram no céu, começou a ventar e a chover forte, e Acabe partiu de carro para Jezreel. O poder do Senhor veio sobre Elias, e ele, prendendo a capa com o cinto, correu à frente de Acabe por todo o caminho até Jezreel.” 1 Reis 18: 41-46

Continue a crer, Deus vai responder suas orações


Talvez  você, como eu, está aguardando um milagre e talvez ainda esteja em alguma das tentativas de enxergar a nuvem que trará a resposta às orações.

Aliás precisamos aprender com o profeta Elias, que se Deus começou algo, passe o que passar, Ele irá cumprir!

“Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir?” Números 23:19

Sem dúvida, viveremos o dia de enxergar a pequena nuvem que trará a chuva abundante.

Oro por cada um que está lendo esse texto para que seja fortalecido e acredite que o dia da resposta dos céus está passos à frente.

“Esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e demais sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. ‭‭Isaías‬ ‭56:7‬ ‭

O movimento de oração, do qual muitos de nós fazemos parte, não começou nesses últimos anos. Ele vem  acontecendo há muito tempo e hoje nos é dado a oportunidade de engajarmos como parte dessa história.

Aliás, fazer parte da igreja que ora é um convite que o corpo de Cristo tem feito à todo o povo de Deus.

Entretanto, para vivermos essa realidade na qual muitos lugares tem uma casa de oração, alguns homens e mulheres tiveram que pagar um preço alto. Muitos desses entregaram tudo o que tinham, inclusive suas vidas, para que a chama da oração chegasse até os dias de hoje. Homens como os missionários moravianos que mantiveram oração durante quase 100 anos.

Nós somos parte da entrega dos moravianos, somos parte de Azusa. Igualmente somos frutos de avivamentos como o de Gales e do que houve no Canadá. Certamente somos parte do que Deus tem feito a tantos anos no International House of  Prayer, em Kansas City.

Aliás, lugares como a Coreia do Sul, são demonstrações do que Deus pode fazer na nação brasileira. Eu acredito que podemos viver essa realidade aqui.

“Pois do oriente ao ocidente grande é o meu nome entre as nações. Em toda parte incenso e ofertas puras são trazidos ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos”. Malaquias 1:11

Deus ama quando oramos

Casas de oração são a chama que Deus tem levantado nas nações. A chama que antecede o grande avivamento antes da segunda vinda do nosso salvador, Jesus.

Lou Engle do ministério TheCall nos diz: “Estou convencido de que a oração 24/7 é o antecessor necessário para o maior avivamento que a terra verá”.

Certamente de dentro das casas de oração ao redor do mundo, Deus está acendendo uma chama viva de adoração e oração ao nome Dele.

Podemos mais uma vez ficar à margem da história. Entretanto podemos ser parte da história do que Deus está fazendo através de oração nas nações.

Muitos movimentos de oração em algumas nações começaram com um homem somente. Com isso, temos a certeza que podemos ser parte de algo grandioso.

Quando penso no movimento de oração nas nações, na minha mente vem uma frase que nunca irei me esquecer:

“Durante mais de quarenta anos, o sol nunca se levantou na China, sem me encontrar de joelhos, em oração”. Hudson Taylor

Vários movimentos de oração começaram com apenas uma pessoa.  Com isso temos a certeza que podemos ser parte de algo incrível.

Eu tenho o prazer de fazer parte de uma casa de oração, e acredito que somos suporte para as nações. Sim, através dessa pequena sala de oração que temos em Florianópolis, nós estamos tocando pessoas e lugares.

Hoje eu quero falar com você, que como eu, deseja fazer parte do chamado à oração. Jesus constantemente orava e chamava seus discípulos a fazer o mesmo.

Então que possamos ouvir o chamado hoje, que sejamos nós a Sua casa de oração.

Que a mesma chama que nasceu no coração de Davi esteja no nosso

“Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo”. Salmos 27:4

Se você quiser saber um pouco mais sobre a história da oração através dos tempos, indico um livro chamado “Sem Cessar do Billy Humphrey”.

Oro hoje para que Deus traga um tempo novo sobre sua vida de oração. E que você entenda que é parte da chama que nunca se apagou chamada oração.

 

Deus te abençoe!

 

Tenho pensado a respeito do lugar secreto, tenho desejado mais encontros com o Pai, quero que Ele me ajuste e alinhe meu coração nestes encontros, mas também quero colo, quero os afagos de amor, quero os beijos da Palavra Dele, quero suas direções.

O mesmo Deus que ama nos surpreender, tem um relógio com horários marcados para os encontros que Ele quer ter com você.

Ele está esperando por esses encontros, comece hoje a ansiar por seus momentos com o Seu Criador.

Eu quero o lugar secreto, aquele lugar onde eu posso encontrá-lo e tudo dentro de mim se acalma, tudo se ajusta.

Lugar secreto fala de relacionamento, fala de entregas, fala de jornada.

Não é apenas indo ao culto aos domingos ou fazendo orações em dias de dificuldades, que você conseguirá ter um relacionamento com Ele.

Relacionamento exige constância, exige cooperação de ambas as partes.

Quando penso no meu relacionamento com o Pai, eu vejo uma linda floresta com grandes árvores e flores pelo caminho, por muito tempo  Ele me esperou neste lugar, um dia eu apareci e nos encontramos, desde então eu não parei de ir ao encontro Dele.

O seu lugar de encontros com Deus irá necessitar de perseverança, porque tudo a sua volta lutará contra o seu relacionamento com o Pai.

Se Jesus, o Filho de Deus separava momentos para se encontrar com Ele, por que você tem esquecido dos seus encontros com o Pai?

“De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando”. Marcos 1:35

Jesus sabia que eram aqueles encontros, aquelas conversas que iriam fortalecê-lo para viver a missão que o Pai tinha confiado a Ele.

“Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava”. Lucas 5:16

Então me responda, por que você e eu  preferimos andar sozinhos e lutar guerras que somente serão vencidas com as direções adquiridas no lugar secreto?

Vamos mudar isso?!

Vamos comparecer aos encontros marcados com Ele?

Vamos parar de viver uma vida medíocre longe Dele?

Somente seremos felizes por completo quando nossa vida for Dele e tudo em nós for para Ele.

“Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo.Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo”. Salmos 27:4,5

Hoje o lugar secreto, o lugar de encontros, o lugar de relacionamento te faz um apelo, responda a ele.

 

Pense sobre isso, suas orações têm tido respostas ou não?

Qual foi a última vez que você orou por algo e obteve resposta?

Anos atrás escutei um pastor falar sobre seus objetivos de vida, esse pastor tinha decidido que um  dos objetivos da sua vida era que aqueles que estivessem a sua volta vivessem plenamente o que foram chamados.

Quando escutei ele me contar sobre isso, pensei em quais eram meus objetivos de vida e decidi que um dos meus maiores objetivos seria tocar pessoas através do poder da oração.

Hoje, anos se passaram desde aquela conversa, posso te dizer que vi muitas orações serem respondidas.

Vi orações criarem face diante dos meus olhos, chorei de alegria ao ver Deus responder tantos clamores.

Sigo orando e crendo que orações podem mudar destinos,lugares e circunstâncias, eu acredito que podemos ver milagres através da oração.

Carrego comigo a certeza que Deus pode mudar tudo através de orações sinceras diante Dele.

“Eu clamo a ti, ó Deus, pois tu me respondes; inclina para mim os teus ouvidos e ouve a minha oração”. Salmos 17:6

Ouse orar com fé e você verá Deus mover e te responder.

Sempre sou fortalecida quando alguém ora por mim, quando recebo recados que meus amigos separam um tempo das suas vidas para orar por minha vida, pelos meus sonhos.

Hoje eu quero propor a você que separe um tempo da sua vida para orar por outros, peça ao Senhor que traga alguém ao seu coração e se coloque em oração por essa pessoa ou até mesmo esse lugar.

Deus está reunindo nas nações homens e mulheres que se importam com seu próximo, que se alegram com as conquistas dos seus irmãos.

“Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos”. Efésios 6:18

O povo chamado por Deus é um povo que se importa e que carrega uns aos outros em oração.

Eu tenho orado para ter um coração misericordioso que paga o preço para que meu irmão seja feliz.

Eu quero participar de milagres, quero orar e ver cura, quero ver mais mulheres gerarem filhos quando antes não podiam.

Quero orar e ver Deus responder, quero ver as pessoas que me cercam e até aquelas que não conheço serem tocadas por causa das minha conversas com Deus sobre elas.

Vou te contar algo que faço, se alguém me pede oração, eu oro na hora, mesmo que sejam orações rápidas, isso evita que eu me esqueça ou não cumpra a promessa de orar.

Quando você separar tempo do seu lugar secreto com Deus para falar com Ele daquilo que Ele mais ama, as pessoas, verá suas orações serem respondidas.

Ele irá responder as orações que você faz por outros e,inclusive, as que faz por você mesmo.

Oração é doação, oração é uma das maiores provas de amor que você pode dar ao Senhor e as pessoas.

Ore e ame a tempo e fora de tempo e você verá que os céus invadirão sua vida e tudo à sua volta.