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É bom demais para ser verdade?

Vida Cristã

Deus decepcionado, eu frustrado. O que a mensagem da graça de Deus nos ensina?

Nosso coração foi doutrinado a acreditar que Deus está frustrado e decepcionado conosco. É fácil crer que dificilmente “Ele se agradaria de nós, pois Ele é muito irritável e exigente”.

Durante toda a vida crescemos ouvindo e construindo uma imagem de Deus – grande parte dela distorcida. Inúmeras vezes ouvimos dos nossos pais: “não faz isso que Deus castiga”, “Papai do céu vai ficar triste com você”, e várias outras frases com estas. Depois de crescermos essas vozes amadurecem, mas a mensagem é a mesma.

Se torna inevitável, diante desse pensamento, nós mesmos não ficarmos frustrados com nossa vida cristã. É tudo uma questão de expectativa e realidade. Se a realidade fica aquém da expectativa, nasce a frustração.

Insistimos em acreditar que Deus tem grandes expectativa sobre nossa performance. Porém ao nos deparamos com nossa realidade, cheia de fraqueza e envolvida por uma natureza caída o que sobra dessa equação é apenas frustração. Mas os pensamentos de Deus não são como os nossos (Is 55:8).

É BOM DEMAIS PARA SER VERDADE?

Preciso dizer que a mensagem da graça é umas das coisas mais lindas, confrontantes e humilhantes que devemos aprender e entender como cristãos. A mensagem da Graça é uma daquelas notícias que pensaríamos:

É bom demais para ser verdade, Mas é verdade, graças a Jesus Cristo!

Podemos então nos vangloriar de ter feito algo para sermos aceitos por Deus? Não, pois nossa absolvição não vem pela obediência à lei, mas pela fé. Portanto, somos declarados justos por meio da fé, e não pela obediência à lei. (Rms 3:2728)

O salário daquele que trabalha não é um presente, mas um direito. Contudo, ninguém é considerado justo com base em seu trabalho, mas sim por meio de sua fé em Deus, que declara justos os pecadores. (Rm 4:4,5)

 Esses versículos são autoexplicativos: A Graça dispensa nosso esforço para sermos salvos e para agradar. Ela nos aceita como um favor que nunca vamos conseguir pagar. A Graça pagou nossa dívida e mesmo se tentássemos pagar com juros de uma vida inteira seria insuficiente. Além disso, a redenção que não nos custou nada, custou tudo pra Jesus e não há nada que possamos fazer, senão crer e recebê-la.

O CORAÇÃO DA GRAÇA

Portanto, uma vez que pela fé fomos declarados justos, temos paz com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós. Foi por meio da fé que Cristo nos concedeu esta graça que agora desfrutamos com segurança e alegria, pois temos a esperança de participar da glória de Deus. Rm 5:1-2

O coração de Deus é o coração da Graça. E conhecer a verdade sobre o coração que se deleitou em Davi, Abraão, Moisés e tantos outros homens imperfeitos, mas estimados, na Bíblia é indispensável para nossa jornada. Hebreus 11 – a galeria dos heróis da fé – traz inúmeros homens do quais não aprovaríamos seus currículos, mas Deus os exaltou. Com isso posso ter certeza de que a aprovação deles tem mais a ver com o coração que despende Graça do que com o receptor dela.

 

O QUE A GRAÇA NÃO É?

É assustador pensar que uma mensagem assim pode desviar corações do alvo correto. A mensagem (mal-entendida) que a Graça fez tudo que foi necessário já levou e tem levado pessoas a se entregarem aos seus próprios desejos. Isso é o que Dietrich Bonhoeffer chamou de “graça barata”. Então cabe deixar claro aqui o que a Graça não é.

A mensagem da graça não é a nossa licença para pecar sem castigo. Ela não é a proclamação de nossa independência, o passaporte para a redenção dispensando a cruz e o caminho largo. Muito menos não é pecado sem arrependimento e não iguala Deus ao nosso status e esvazia o temor à Santidade. A graça também não é produtora de obras mortas e não divide a glória. Por fim, ela não é nossa tentativa e esforço de nos achegarmos a Deus por nosso caminho.

Pois bem, uma vez que a graça nos libertou da lei, quer dizer que podemos continuar pecando? Claro que não! Vocês não sabem que se tornam escravos daquilo a que escolhem obedecer? Podem ser escravos do pecado, que conduz à morte, ou podem escolher obedecer a Deus, que conduz à vida de justiça.
Romanos 6:15,16

A MENSAGEM DA  GRAÇA 

A Graça que estamos falando aqui é o entendimento que nos dará ferramentas e meios de viver a vida cristã, a vida no seu projeto original.

A Graça pela qual Cristo morreu nos dá justificação e poder para obediência e para o relacionamento. Ela nos dá poder para sermos parecidos com Jesus. Além disso, não infla nosso ego e nos humilha ao nosso lugar de dependentes da obra da cruz. Ademais ela produz em nós a resposta adequada contra o pecado, é o poder que nos levará até o fim; no dia de Cristo. Ela é o que nos apresenta redenção para todas as áreas, completa, poderosa e graciosa.

A INTENÇÃO DA LEI É O CORAÇÃO DA GRAÇA

A lei não foi feita para ser obedecida como lista de regras. O propósito dela era revelar o coração do Criador. A intenção da lei é a mesma da graça: nos conduzir de volta a Deus. A lei nos mostra um Deus que quer nosso coração, nossas afeições e nossa vida. O Designer da vida ainda tem o projeto original bem estabelecido e ele é envolvido de amor e vida em abundância.

No final das contas Deus se deleita naqueles que sabem que são fracos, mas continuam voltando para ele, mesmo na sua fraqueza. Deus recebe os humildes que não se esquivam do relacionamento, aceitam o perdão e a graça e vivem por meio Dele.

O VERDADEIRO HERÓI

O verdadeiro herói dos heróis da fé e de tantos outros que vieram depois, glória da nossa salvação, redenção e santificação é toda de Cristo. O segredo de todos os grandes homens que nos ensinam na Bíblia está no coração da Graça que justifica aquele que crê que o amor cobre multidão de pecados. Naquele que mesmo envergonhado pelo seu pecado sabe que sua condição de pecador não o desqualifica da posição de amado por Deus.

Tudo isso é bom demais para ser verdade, mas é a verdade! Por isso foi chamada de boas-novas do evangelho. É a história que o Senhor escolheu escrever para a humanidade. Ás vezes, Ele vai deixar parecer que fizemos algo que mereceu o sorriso de Deus, mas tudo sempre será “Dele, por Ele e para Ele” (Rm 11:36), tanto o querer quanto o realizar vem dele (Fp 2:13), e tudo é obra de sua Graça.

 

Jesus veio para trazer paz ao mundo. Ao custo de sua própria vida, Ele instaurou um reino de paz, justiça e retidão, e restaurou o nosso relacionamento com Deus. Jesus quebrou o elo da inimizade que havia entre o homem e o Senhor, trazendo reconciliação.

Assim, ter a paz de Cristo reinando em nossos corações é uma ordenança, um mandamento.

Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Colossenses 3:15

A paz que Cristo providencia tem dois impactos principais: Ele nos dá a paz com Deus, mas também nos dá a paz uns com os outros.

Todos nós éramos inimigos de Deus. Éramos rebeldes devido ao nosso pecado – tudo aquilo que a mente e o coração desejam e se opõe à natureza divina é inimizade com Deus. Mas, para todo aquele que crê na justificação por meio de Cristo, já não há mais inimizade e distanciamento entre ele e o Senhor (Romanos 5:1; 8:7-8).

Cristo desfez a inimizade entre gentios e judeus, derrubando a parede que fazia separação entre dois povos (Efésios 2:14). Por isso, hoje temos a Igreja como uma comunidade formada por pessoas diversas, de diferentes históricos de vida, classes sociais, culturas, etc. Mas unidas por algo em comum: a fé no Senhor Jesus. Há unidade por meio de Cristo.

Sendo assim, Paulo nos orienta de três formas a como viver a paz de Cristo em um mundo hostil:

Submeta-se à paz de Cristo.

Devemos nos revestir do amor de Cristo (Cl 3:14), não permitindo que outras coisas – preocupações, medos, hostilidade, preconceitos etc. –roubem a nossa fé.
O Evangelho chama o povo de Deus para a ação. Por isso, é preciso nos esforçarmos conscientemente para viver e ter a Sua paz reinando em nosso meio.
A paz de Cristo deve ser o juiz em nossos corações, determinando o certo e o errado, o bom e o ruim, trazendo a nós maturidade e estabilidade. Nenhuma outra voz deve disputar ou tomar o lugar da paz de Cristo – ela deve ser a autoridade máxima em nossas vidas.

Tenha o caráter de Cristo.

Paulo destaca as características essenciais de serem vividas por uma comunidade de fé, para que haja unidade no Corpo: compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e perdão. E ainda acima de todas elas, deve estar o amor, que não pode vir de outro, senão de Cristo (Cl 3:12-15).

Seja agradecido.

A gratidão é uma das principais formas de permitir que a paz de Cristo reine em seu coração. Ao considerarmos o que Jesus fez por nós, para nos reconciliar e nos perdoar, não há outra atitude senão expressar gratidão.

Quanto mais agradecidos nós somos pelo que Jesus fez, mais experimentaremos da Sua paz em dias difíceis e hostis. Oro para que sejamos gratos pela paz de Deus, e gratos uns pelos outros.

Um dos atributos de Deus é a sua fidelidade e podemos associá-la a vários aspectos de nossas vidas. Entretanto, podemos resumir a fidelidade de Deus como o seu compromisso em cumprir suas promessas. Por isso, gostaria de meditar com vocês sobre uma das promessas mais belas nas Escrituras: Cristo apresentará para Ele mesmo uma Igreja gloriosa. Ainda que para nós pareça impossível a tarefa, Ele prometeu que quando voltasse, buscaria uma Igreja santa e irrepreensível, lavada e purificada pela Palavra (Ef 5:25-27). Nos dias mais difíceis e desafiadores, me lembro dessa promessa e creio que Ele cumprirá o que prometeu.

 

“Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem será removida a minha aliança de paz”, diz o Senhor , que tem compaixão de você.” (Is 54:10 NVI)

O significado do noivado

Para nós, cristãos pós-modernos ocidentais, o noivado não tem um peso tão forte quanto o casamento. Mas para o judeu, dizer que Cristo é o Noivo da Igreja traz muitos significados. Isto é, o noivado para eles não era meramente um período de espera antes do casamento, mas quando eles firmavam o noivado já estabeleciam uma aliança o noivo e a noiva já estavam comprometidos um com o outro. Nesse contexto, o dia do casamento era apenas a celebração e consumação desse compromisso. Sendo assim, todo cristão está teologicamente comprometido com e prometido a um Noivo, aguardando o grande dia da consumação e celebração desse casamento.

Não importa quanto tempo esperemos ou o quanto a sua Igreja pareça estar distante dessa realidade, o Senhor mesmo garante que essa aliança não será quebrada. Porque Ele é um Deus fiel, e Ele não é homem para mentir. Porém, se nós somos inconstantes e infiéis, como vamos manter uma aliança tão importante? A resposta está em Gálatas 5:22, onde podemos ver que uma das virtudes do fruto do Espírito é a fidelidade. Ou seja, Ele mesmo, pelo seu Espírito Santo, frutifica em nós a fidelidade para respondermos em amor, para perseverarmos até a sua volta, e nos atermos às suas promessas.

 

“Porque tenho ciúme de vós, e esse ciúme vem de Deus, pois vos prometi em casamento a um único marido, que é Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura.” (2 Co 11:2, AS21)

Ele irá cumprir

Como Paulo já dizia, que grande mistério é esse de Cristo e a Igreja. Isso me empolga e ao mesmo tempo me consola. Afinal, quem somos nós para um Deus tão perfeito e fiel fazer um relacionamento de aliança? Porém, mesmo nos dias em que me deparo com a minha natureza pecaminosa, posso crer e pedir que Ele me purifique, me lave pela Sua Palavra, porque Ele disse que o faria.

O futuro é brilhante porque nele Cristo vem buscar a Sua Noiva. E ela não estará afogada na lama dos seus pecados, mas pronta e vestida para o grande banquete. Por mais que pareça impossível aos nossos olhos, Jesus virá buscar e se casará com uma Igreja gloriosa. Não somente isso, mas essa Igreja será encontrada fiel e amadurecida, porque Ele mesmo vai garantir que isso aconteça. Por isso, nos dias bons e nos dias maus, eu me lembro da sua fidelidade e confio no seu interesse em nos preparar.

Continuando nossa homenagem às grandes mulheres da história da Igreja, hoje vamos falar de Catarina de Bora (ou Katharina von Bora). Ela nos inspira com uma vida de doação à causa da Reforma Protestante, ao lado de seu marido Lutero. Surpreendentemente, Catarina não foi uma grande pregadora ou teóloga, nem escreveu sermões notórios ou grandes livros. Entretanto, a sua vida deixou muitas marcas naqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. Além disso, segundo a historiadora Ruth Tucker, ela é a figura mais importante da Reforma Protestante depois de Lutero. Veja bem, a sua vida extraordinária é grandiosa demais para apenas um post. Por isso, vamos nos ater às principais coisas que fazem de Catarina uma mulher inspiradora e admirável.

 

A Reforma Protestante

Em 1517, o monge católico Martinho Lutero marcou o início da Reforma Protestante ao pregar as suas 95 teses refutando os ensinamentos e práticas da Igreja Católica. A partir daquele dia, Lutero liderou muitos com seus sermões e influenciou toda a Europa com suas teses.

Enquanto isso, em um convento no interior da Alemanha, algumas freiras, clandestinamente, leram os escritos de Lutero de dentro do convento. Catarina era uma delas, uma jovem de 18 anos, freira beneditina desde os 16. Ela se encontrou nas explicações de Lutero sobre a justificação pela fé. A partir daquele momento, ela e um grupo de outras onze freiras tiveram convicção de que a vida do convento não era mais para elas. Suas famílias não viram a ideia com bons olhos e não permitiram a saída das moças. Eventualmente, movido pelas cartas das freiras, Lutero e outros reformadores se juntaram para tirá-las do convento.

 

Catarina de Bora foge do convento

Catarina, agora com 19 anos, e as outras onze freiras conseguiram fugir entre os barris de peixes de uma carruagem com a ajuda do amigo de Lutero, Lucas Cranach. Chegando à Wittenberg, Lutero as ajudou a encontrar moradias, empregos e maridos. Anos depois, todas já estavam acomodadas ou arranjadas de alguma forma, menos Catarina. Em Wittenberg, Lutero chegou a apresentá-la a dois pretendentes, um estudante e outro pastor. Infelizmente, o pai do estudante não aprovou a união, e quanto ao pastor, a própria Catarina não demonstrou interesse. 

Apesar da relutância de Catarina de se casar com alguém, e do próprio Lutero de cortejar Catarina, eles se casam em 1525. Segundo historiadores, o casamento não foi necessariamente um caso de romance arrebatador, mas a escolha de duas pessoas que se estimavam muito. Na verdade, foi até controverso na época, pois Lutero era uma figura pública e os dois eram ex-celibatários, sem contar a diferença de idade (Lutero, 42 e Catarina, 26).

 

A vida de Catarina de Bora e Lutero

Em seu casamento, Catarina entendia a importância do trabalho de Lutero e fez de tudo para que ele pudesse se dedicar exclusivamente aos seus estudos e sermões. Os dois prezavam pela família como a maior expressão da Criação e das Escrituras. Para os dois, os valores familiares eram o centro da Reforma.

Eles tiveram ao todo 6 filhos e sua casa (no Mosteiro Negro, antigo convento de monges de Wittenberg) vivia cheia de visitas.  Eles faziam questão de receber e acomodar amigos, família e estranhos em necessidade. Você já pode imaginar como a rotina de Catarina era puxada. Além de cuidar do seu lar, da criação de seus filhos, e hospedar qualquer pessoa que estivesse precisando, ela era uma grande administradora.

Catarina era responsável por cuidar do Mosteiro, das plantações e do gado. Além disso, ela também era conhecida por ser uma ótima cervejeira. Sua habilidade de lidar com ervas medicinais, aprendida no convento, fazia dela uma ótima enfermeira também. Ela era visionária, tendo a ideia de comprar terrenos, gerenciar fazendas e expandir o espaço para um negócio de hotelaria. Sua rotina incansável mostra o quanto Catarina era diligente e excelente em tudo que fazia.

 

Uma mulher que conheceu o sofrimento

Fora os assuntos da vida prática, Catarina também precisou lidar com a perda de duas filhas: uma recém-nascida e uma com 13 anos. Do mesmo modo, também precisou auxiliar o marido em seus anos obscuros. Nos primeiros anos de casado, Lutero estava deprimido e abatido. Diante disso, Catarina era a sua maior encorajadora e auxiliadora.

Não há registros de um interesse por parte de Catarina em se debruçar nos estudos teológicos. Porém, diante dos fatos de sua vida, podemos imaginar que ela deveria batalhar com a ansiedade dos afazeres e ocupações e o peso da responsabilidade de ser a “primeira-dama” da Reforma e administradora financeira do seu lar. Ainda assim, demonstrava ser corajosa e muito forte. Inclusive, o próprio Lutero se inspirava nela para continuar o que iniciou. Sua força é realmente admirável, porque depois da morte de Lutero Catarina precisou batalhar na justiça para ter direito a tudo o que construiu com seu marido. Infelizmente, naquela época, a viúva não podia ser responsável pela administração dos bens do marido.

 

O legado de Catarina

Mesmo não tendo nenhum registro teológico da sua parte, podemos perceber que o coração de Catarina era devoto. Não só a Lutero e à causa, mas primeiramente a Jesus Cristo. Além disso, em sua vida vemos a verdadeira expressão da mulher de Provérbios 31. Ou seja, ela entendeu a missão que lhe foi proposta e o que seria preciso fazer para viabilizar isso. Diante das circunstâncias, ela fez tudo o que estava ao seu alcance para permitir que Lutero exercesse a sua vocação, para que a sua família tivesse uma vida digna e para abençoar generosamente todos os que batiam à sua porta.

Por fim, a vida de Catarina de Bora nos constrange a sermos diligentes com aquilo que o Senhor depositou em nossas mãos. Perceba que sua fonte de vida não era seu marido, seu casamento ou seus negócios, mas a fé que ela tinha em Jesus Cristo. A mesma fé que a arrebatou no convento e a fez largar tudo para se dedicar à causa da Reforma Protestante. Com certeza, sem a sua Catarina não teria a força, o vigor e a coragem que tinha para sustentar uma vida tão atarefada.

Sem escrever nenhum tratado teológico, Catarina de Bora contribuiu para a Reforma ao testemunhar Jesus na forma em que conduzia seu casamento, sua família e seus negócios. De fato, podemos aprender com ela que é possível glorificar a Cristo mesmo em meio à uma vida privada, atarefada e familiar.

 

fonte: http://www.mulherespiedosas.com.br/mulheres-piedosas-da-historia-katharina-von-bora-por-layse-anglada/

 

O Senhor que sustenta

No último texto da série, lemos a respeito de como acontece a proteção do Bom Pastor e como é a sua liderança em nossas vidas quando as circunstâncias ao redor não são favoráveis.

No texto de hoje vamos refletir especificamente no verso 5 de Salmos 23. Vamos compreender o significado dos dizeres do salmista sobre a mesa, o óleo e o cálice e, assim, perceber o cuidado perfeito do Pastor. Afinal, é o Senhor que sustenta

“Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos;
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” Sl 23:5

O Senhor sempre cuida de nós: seja como pastor, seja como hospedeiro — alguém que nos recebe em sua casa como hóspedes.

Deus usa, em Sua palavra, as figuras de coisas materiais para falar a respeito de coisas espirituais: neste versículo, temos a mesa, o óleo e o cálice.

A mesa

A mesa mostra que o Senhor nos sustenta nos dando força. Através dela o hospedeiro recebe o cansado, aquele que passou pelo deserto, em sua casa, onde ele prepara uma farta mesa para seus hóspedes. Portanto, trata-se de um lugar de renovo e fortalecimento.

Assim, temos a imagem do Senhor nos recebendo e nos servindo com grande alegria e fartura, providenciando abundantemente tudo aquilo de que precisamos. Essa imagem nos mostra que Ele nos fortalece e nos sustenta, mesmo em meio às dificuldades que enfrentamos ao longo da vida.

Assim como o Senhor fez com Davi, fornecendo provisão em meio ao caos e à perseguição, nós também experimentamos isso em Cristo. Sendo assim, quando nos sentimos sobrecarregados em meio às muitas aflições da vida, Ele nos revigora e nos sustenta.

O óleo

O óleo fala a respeito de propósito. Vemos isto no Antigo Testamento, quando homens eram ungidos com um propósito específico. Assim, estes homens eram cheios do Espírito e eram capacitados pelo Senhor. Ao serem ungidos com óleo, havia um derramar abundante que transbordava deles.
O mesmo ocorre conosco quando somos recebidos pelo Senhor: recebemos a Sua unção em abundância, pois é derramado sobre nós o Espírito Santo e a Sua plenitude. E o nosso propósito é que fomos criados para a glória de Deus; como filhos de Deus e representantes do Rei nesta terra, devemos conhecer a Deus e glorificar a Ele. À medida que nos assentamos à Sua mesa, Ele nos unge e nos dá um propósito, e esse propósito nos fortalece.

O cálice

O transbordar do cálice significa que o Senhor nos dá alegria. Deus nunca prometeu uma vida perfeita, sem dificuldades ou desafios, mas Ele nos promete alegria ao longo da jornada. Portanto, se não compreendermos isso, viveremos murmurando e não experimentaremos o sustento que há em nos regozijarmos no Senhor mesmo em meio às dificuldades. No vale da sombra da morte ou na presença dos nossos inimigos, sentimos a presença do Senhor nos sustentando.

Deus não apenas nos enche, mas nos faz transbordar da Sua alegria. No Senhor existe uma fonte inesgotável de alegria; não se trata simplesmente de um encher, mas um transbordar. Não é por nosso próprio mérito que isso está disponível para nós; mas porque em Cristo Jesus, somos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef. 1:3).

A plenitude em Cristo

Sem Cristo, não há banquete, propósito ou alegria. Sem Ele, estamos destinados ao nosso próprio caminho que leva à morte.
Vemos na Palavra que Cristo se assentou à mesa com seus discípulos, declarando que se entregaria por amor a nós. Ele é o pão da vida (João 6:33,35), o verdadeiro sustento, do qual devemos nos alimentar.

Cristo foi ungido para o seu próprio sepultamento. Maria o ungiu com um frasco de perfume, preparando-o para o propósito de morrer em uma cruz (João 12:3,7).

Cristo bebeu da taça da ira divina (Mt 26:39). Assim, Ele experimentou o julgamento pelo pecado da humanidade e levou sobre si o castigo que nós merecíamos por sermos inimigos de Deus. Jesus bebeu do cálice da ira divina, para que nós pudéssemos beber do doce cálice que transborda da alegria que há em Deus, da intimidade e da satisfação que encontramos Nele.

O Senhor que sustenta

Portanto, as ovelhas ouvem a voz do seu Senhor e o seguem (João 10:3). Assim, que possamos ouvir a voz do Bom Pastor, aquele que deseja nos hospedar, preparar para nós um banquete e sustentar-nos em todos os momentos. Nada nos faltará pois Ele estará presente.

A proteção do Pastor

O que significa caminhar pelo vale da sombra da morte? Quem passa por esse vale? Não é o vale em si que nos assusta, mas a sombra do que está adiante dele – são os momentos que antecedem passar por ele

 “Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4

Não foi prometido ao cristão uma vida sem vales. Jesus não disse que ele seria o pastor que nos tiraria do vale, mas seria o pastor que andaria conosco pelo vale. Uma promessa eterna de que em meio aos vales, nós não estaríamos a sós.

A morte é o último dos vales que vamos passar na vida, mas existem muitos outros vales, como depressão, fraqueza, doença, desemprego. 

Davi disse que ‘quando eu caminhar, experimentar desse vale’, o meu senhor estará comigo e me acompanhará por meio do vale em meio às trevas; 

Deus está tanto na luz, quanto está no meio das trevas. O nosso Senhor é Deus da luz, como das nuvens espessas (Ex 20.19).

Existe uma concepção de que há uma guerra entre trevas e luz, como se houvesse algo que é páreo de guerrear com nosso Senhor, de forma que induz o crente a acreditar que o Senhor não é o próprio Criador, o Senhor sobre as trevas. Ou seja, Deus habita na luz que Ele é, Ele é o Senhor da luz e Ele é o Senhor em meio a escuridão 

Ele está nos vales 

Deus deixou Jesus sozinho na cruz para que eu e você não precisasse ficar sozinho no vale da sombra e da morte.

Então, mais importante do que estar no vale da sombra da morte é quem faz o convite para adentrar nesse vale e nos espera do outro lado.

Quando Jesus encara o vale da sombra e da morte, Ele fica aterrorizado. Porém, Ele sabia quem era o seu pastor. Ele não quis sua própria vontade de livrar-se da dor, mas quis a vontade do Pai. 

A ideia de que o nosso Deus não estaria conosco em meio ao vale, tornaria Ele frágil e incapaz. Mas Ele permanece conosco perto. 

Por fim, Ele ainda promete que a sua vara e o seu cajado nos dão conforto, consolo e proteção. 

Continua a acompanhar a série de Salmos aqui.

Ao olharmos para o antigo testamento é evidente que Deus ama unir palavras e melodias. Observando o livro de Salmos vamos ver o Senhor nos ordenando a  cantar vez após vez.

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

Davi compõe esse cântico de salmos 96 no contexto de 1 Crônicas 16:23-34, quando a arca da aliança entrou em Jerusalém. Todos deveriam vir e adorar ao Senhor, havia até mesmo uma corte separada para os Gentios virem e oferecerem adoração a Deus por causa dos seus grandes feitos. Então, confessar o Deus de Israel era algo que deveria ser feito por todos.

O ato de louvar

Louvor é uma expressão de submissão a yahweh – Javé, por isso que observamos no antigo testamento os Israelitas convidando todos os povos a vir e prestar cultos ao Senhor.

Vamos ler alguns trechos bíblicos que retratam isso:

 

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o  seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

“Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo. Porque o Senhor Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra”. Salmos 47:1, 2

“Gritem bem alto e cantem de alegria, habitantes de Sião, pois grande é o Santo de Israel no meio de vocês”. Isaias 12:6

“Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência ou entendimento”. Salmos 47:6-7

 

Então, pode-se perceber nesses exemplos acima que o autor dos textos bíblicos, sabiam quem era o Senhor. Ele chamava o povo a cantar com entendimento sobre quem você está cantando e a quem você está cantando.

Na Bíblia há mais de 400 referências a respeito do canto e 50 referências onde Deus ordena seu povo a cantar. Isso precisa significar algo para nós compositores que iremos produzir o conteúdo cantado pela igreja. Temos uma grande responsabilidade.

O significado do canto no novo testamento

No novo testamento somos encorajados a cantar mais de uma vez no contexto corporativo.

Paulo instrui a igreja que cantar a Deus seria parte da vida da igreja como um ato de edificação. Nós, nos edificamos quando nos reunimos para cantar juntos, aprendemos sobre Deus enquanto cantamos, glorificamos a Deus juntos.

 

“Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas enchei-vos do Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Efésios 5:15-20

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações”. Colossenses 3:16

Deus ama unir palavras e melodias

Paulo enfatiza que a palavra de Cristo precisa habitar em nós ricamente. E isso seria feito através do ensino, aconselhando uns aos outros e cantando as verdades de quem Ele é.

Embora talvez mal compreendido e geralmente uma fonte de contendas, o canto congregacional é uma das maiores e mais belas ferramentas que recebemos para declarar as “excelências” de Deus, fortalecendo sua igreja e compartilhando sua glória ao mundo.

Agora, o que você acha de fazer um pequeno exercício e pensar nas canções que você canta no seu dia a dia? Você consegue observar nelas quem o Senhor é, elas expressam os atributos de Deus?

Tenho certeza que esse exercício irá te ajudar a compreender na prática a importância de cantarmos com entendimento sobre quem o Senhor é.

Deus te abençoe!

Nessa breve reflexão, vamos estudar o finalzinho da  carta de Tiago. Visto que, nos últimos capítulos o autor fala sobre o poder da paciência até a vinda do Senhor. 

A paciência de um agricultor

A vida espiritual é como o trabalho de um agricultor. Ela tem o seu tempo de plantação, de uma longa espera e, finalmente, de uma colheita abundante. Assim como para o agricultor, o coração do cristão é moldado ao longo de toda a sua vida para que a semente da Palavra  seja constantemente firmada em todas as épocas de sua vida 

O agricultor não pode ter pressa e impaciência para cuidar de sua plantação.  Porque nem a chuva e o  tempo estão sob o seu controle. Por outro lado, ele precisa confiar que eles virão no tempo certo e não há nada que possa fazer.

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.” Tiago 5:7,8

 

Tiago nos ensina que é preciso fortalecer o coração até a vinda do Senhor.  Aguardando-o com paciência e sabendo que assim iremos nos alegrar.  

A certeza de que o Senhor trabalha nesta colheita é o motivo pelo qual vale a pena esperar o tempo certo.

A paciência dos profetas

Os profetas do Antigo Testamento foram homens escolhidos por Deus para falarem em seu nome a todo o povo de Israel. Eles precisavam ser destemidos, não terem vergonha do que os outros iam pensar e buscar agradar a Deus e responder à vontade de Dele.

Eles também passaram por muitas aflições e sofrimentos e, mesmo assim, aprenderam a abraçar os desafios com todo o coração e força, por causa de sua confiança no Senhor. 

“Irmãos, tomais os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência e de perseverança diante do sofrimento.” Tiago 5:10

 

Veja o exemplo de alguns deles: 

Por causa da fidelidade a Deus, Daniel foi jogado na cova dos leões. Oséias passou por grande traição fazendo a vontade do Senhor. 

“Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio. Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade.(…) Ezequiel também foi duramente perseguido.” Hernandes Dias Lopes

Assim também foi com os apóstolos que foram perseguidos, presos e morreram pregando a verdade do evangelho. A fé deles em Deus era à prova de campos de extermínio. Eles encontraram o sentido das suas vidas em Deus para perseverarem até mesmo sob pressões.

São felizes os que suportam aflições

“Chamamos de felizes os que suportaram as aflições. Ouvistes sobre a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” Tiago 5:11

 

O Senhor não nos poupa das aflições, mas ele está conosco em cada uma delas. Ele dá condições e graça para suportar os sofrimentos. Jó é um exemplo de como a vitória precede a luta.

Jó havia perdido a família, os amigos, os bens e sua saúde, mas Jó esperou pacientemente no Senhor. No final, o maior bem que Jó recebeu não foram riquezas, mas um conhecimento mais profundo do Senhor.

Se Jó fosse impaciente em sua jornada de sofrimento, ele seria uma arma nas mãos do inimigo. Mas depois de sua peregrinação, ele se tornou uma bênção maior para todos à sua volta.

 

Os frutos da paciência

Sendo assim, Tiago deseja que sejamos encorajados a viver o tempo de espera, a passar pelos sofrimentos como um agricultor que espera a chuva e a colheita. Além disso, a  suportar as aflições como os profetas que foram fortalecidos no Senhor. 

Ao invés de irarmos com as injustiças que são acometidas a nós, Deus nos ensina a sermos obedientes a sua Palavra. Pois, numa vida com Deus, até os sofrimentos ganham propósito. Ele nos promete encontrar com alegria  e força suficientes para testemunharmos de sua fidelidade.

O Pastor que nos restaura

Embora o Pastor nos conduza, muitas vezes erramos ou perambulamos pelo caminho – isso é verdade tanto para quem perde a intimidade com o Senhor quanto para aqueles que se desviaram do caminho.

Quando o povo de Israel é liberto no Egito, o Senhor os lidera visivelmente através de uma coluna de fogo e uma nuvem. E mesmo assim, em seu coração, o povo não quis seguir a liderança do Senhor e perambulou pelo deserto.

Para nós é difícil nos submetermos à liderança do Bom Pastor. 

Há uma contradição em nossa jornada de fé: amamos ao Senhor, mas flertamos com as coisas que não são de Deus e com emoções contrárias à Cruz.

Assim, se nossa salvação dependesse do quão focados somos na liderança do Bom Pastor, nós nunca chegaríamos ao descanso eterno, que está descrito no salmo 23. 

Por isso, o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos e quando tropeçamos. 

Antes de Deus entrar em nossa história, éramos como ovelhas perambulando sem um pastor. Assim como o Filho Pródigo, nosso coração é duro e propenso a resistir à liderança do Bom Pastor. Dessa forma, nosso coração é propenso a vagar e nos desviar dos nossos caminhos

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Isaías 53:6

 

Resgatados pelo bom Pastor

Nós somos do rebanho de Deus, pertencemos ao Pai, remidos como Nova Criatura, e ainda assim permanece dentro de nós um impulso para vagar e resistir à liderança de Deus. 

Se não fosse a realidade da restauração que Deus tem para nós, o pecado teria sido o fim para Davi – e também para nós.

A boa notícia é que o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos. Ele restaura a nossa alma e força.  

O próprio Deus nos ensina como voltar ao primeiro amor:

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Apocalipse 2:5

Totalmente dependentes Pastor

Como inicia a restauração do Senhor? Começa com um reconhecimento honesto de que nos perdemos. Assim, como vemos na história do filho pródigo, ele reconheceu seus erros e vai até a casa do pai. 

Em nós mesmos, não temos capacidade e recursos para nos restaurar. Somente o Senhor pode fazer isso e transformar o nosso coração, paixão e intimidade com Deus.  

Ele nos restaura por meio de um novo encontro, nos lembrando como é pertencer ao Bom Pastor.

Para acompanhar a série sobre salmos 23, clique aqui. 

Nesta segunda parte da série sobre o Salmo 23, vamos continuar estudando sobre as características do pastoreio do Senhor e o significado dele.

O Salmo 23 fala sobre quem Deus é e o que Ele pode e quer fazer com a Sua Igreja.

Jesus: o pastor perfeito

A linguagem desse salmo remete ao contexto em que Davi viveu em sua adolescência, pois ele mesmo foi um pastor de ovelhas. Por isso, Ele entende e reconhece o pastoreio de Deus em sua vida e escreve sobre isso nesse salmo. 

O que o texto bíblico diz pode ser aplicado para todo cristão. Pois, mesmo nós que vivemos em um contexto diferente e moderno, podemos também identificar o pastoreio de Deus sobre a nossa vida. 

Em Ezequiel 34,  Deus condena a atitude dos pastores de Israel, que não cuidaram direito das ovelhas e promete que Ele mesmo cuidará delas.  

Somente Jesus é o pastor perfeito, pois ele veio para nos resgatar da perdição e da morte. 

Portanto, a figura do bom pastor de ovelhas é plenamente cumprida e vivida em Jesus, que enfrentou a própria morte para nos salvar.

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” João 10:11

A sua vida depende de quem é o seu pastor, por isso a declaração de Davi: “o Senhor é meu pastor” é tão significativa.  

O pastor de Davi era alguém mais inalcançável, que falava com o seu povo, estava com o seu povo, mas não estava presente fisicamente. Mas nós temos Jesus como a figura de um bom pastor, que se fez cordeiro e morreu no lugar das outras ovelhas.

O pastor supremo

Jesus é o Senhor e tudo o que nós precisamos será dado por ele.  Ainda que fracassemos como homens no pastoreio da Igreja, o Senhor é o seu pastor e cuida de você. 

Por isso, que a declaração de Davi deve se tornar a nossa declaração, como uma ovelha que acredita no cuidado do bom pastor. 

“Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:20 

Nós fomos regenerados no rebanho de Deus, na sua família. Despertados para a nossa necessidade de um pastor e de não mais andarmos como uma ovelha desgarrada. Alguns ainda vivem como ovelhas rebeldes, que pensam que conseguem cortar a própria lã, obter seu próprio alimento e enfrentar as feras que os atacam.  

Mas é o Senhor que nos traz para perto e planta o desejo de sermos parte do seu rebanho.

Aplicação do Salmo 23

Este texto bíblico é para aqueles que foram nascidos e comprados para o rebanho de Deus, para aqueles que enxergam, assim como Davi, o pastoreio de Deus em suas vidas. E para aqueles que gostariam de conhecer o Deus que é um bom pastor e pertencer a Ele.

Podemos caminhar com esperança mesmo em meio ao vale mais escuro, pois fomos comprados e regenerados no rebanho de Deus e Ele nos conduz durante toda nossa vida. Ele é o pastor perfeito!