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Natal: quatro motivos para viver com esperança

Vida cristã

Ah (imagine um suspiro aqui), o mês de dezembro começou e com ele já começamos a ouvir por toda parte o “Então é natal e o que você fez?” Você sai na rua e pode perceber por toda parte os enfeites e as luzes que caracterizam essa estação do ano. Começam também as confraternizações, os amigos secretos, as discussões sobre gostar ou não de uva passa no arroz. As famílias decidindo em qual casa será a ceia de natal, as crianças com grandes expectativas sobre o presente que receberão e a esperança de uma nova chance paira no ar. O ano está acabando, no coração o anseio se resume em: “ano que vem será melhor”.

Desde já, vale lembrar que o natal é uma festa tradicional cristã que é majoritariamente comemorada no ocidente. A maioria dos países orientais não comemoram esse dia, ao menos, não pelo que ele simboliza, mas como uma data comercial onde realizam-se trocas de presentes. Portanto, não quero falar aqui sobre comemorarmos ou não o natal, até porque não existem provas do dia exato em que Jesus nasceu para podermos comemorar o seu “aniversário”. Mas penso que essa é uma época perfeita para meditarmos sobre a grandeza do dia em que o Salvador veio à terra e quero trazer aqui quatro motivos para vivermos com esperança uma vez que Jesus nasceu.

1- Deus amou o mundo

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16)

O fato de sermos alvos do amor do Pai é um motivo de vivermos com esperança, pois se não fosse pelo seu grande amor e pela multidão das suas misericórdias não haveria saída para o pecador. Estaríamos destinados à morte eterna e total separação de Deus.

Mas Deus que é rico em amor, compassivo e muito paciente nos amou de tal forma que enviou seu filho ao mundo e revelou através dele as dimensões infinitas do seu amor por nós.

2- Deus é fiel à sua palavra

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
(Hebreus 10:23)

Desde o princípio Deus prometeu a vinda de seu filho ao mundo (Gn. 3:15). Jesus é a semente prometida e aquele que foi anunciado pelos profetas. Quando o Cristo nasce, uma luz brilha e a promessa se cumpre. E mais uma vez podemos ver a fidelidade do Deus que sempre cumpre o que diz. Esse é um motivo de vivermos com esperança, pois tudo que Ele prometeu irá se cumprir. Sua fidelidade se estende de geração após geração e permanece para sempre.

3- Temos paz com Deus

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”.
(Lucas 2:14)

No momento em que Jesus nasce, anjos aparecem a alguns simples pastores e a Bíblia diz que a glória de Deus resplandeceu ao redor deles. Tais anjos traziam as boas novas de alegria do nascimento do Salvador, e eles cantavam sobre a paz que Ele traria ao mundo. O nascimento de Jesus representava uma etapa do plano redentor. E agora estava mais perto do que nunca o dia em que Ele abriria o caminho até o Pai por meio do seu sangue. Todo aquele que nele crê caminha na esperança e na paz de poder ter comunhão com Deus e ser salvo de sua ira (Rm. 5:9).

4- Uma luz brilhou

E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. (Mateus 2:10)

Maria deu à luz um filho, e todos conhecem a clássica história de natal da estrela que guiou os reis magos até o local do nascimento de Jesus. Porém, mais do que a luz de uma estrela, a própria vida e luz dos homens começou a habitar entre nós quando Jesus nasceu (Jo. 1:4).

Não consigo encontrar as palavras certas para descrever a glória do dia em que o próprio Deus se fez homem e do que isso significa. A imagem do Deus invisível e a expressão exata de quem Ele é estava ali envolto em panos em uma simples manjedoura, e na face de Cristo vimos a luz da glória de Deus sendo revelada (2 Co. 4:6). Logo, Jesus é a luz que resplandece nas trevas e essas não prevalecerão. Onde as Boas Novas são anunciadas, aqueles que estão em trevas são iluminados e Sua luz nos mostra quem nós somos e o quanto precisamos dele.  Além disso, ela expõe nossos pecados e aponta o caminho que devemos seguir. Sua luz nos mostra quem Deus é e conhecê-lo é a vida eterna.

Sendo assim, que você possa aproveitar esse tempo para meditar sobre a bondade de Deus em ter enviado seu filho à terra e que essas verdades possam encher o seu coração de esperança. Nós temos tantos motivos para sermos gratos ao Senhor. Então que neste Natal e todos os dias você celebre o fato de que Jesus veio ao mundo. E por meio dele nós temos a redenção. E até que Ele venha novamente (e que glorioso dia será!), que possamos aguardar a bendita esperança com paciência e perseverança.

O Advento é uma temporada de espera onde preparamos o nosso coração para celebrar o Natal e cultivamos conscientemente nosso anseio pela volta de Jesus. É um tempo para desacelerar e entrar em um lugar de descanso onde o ritmo não segue o tilintar dos relógios do mundo, mas sim a contagem Celestial.  

Durante este período reflexivo nos lembramos do propósito de Deus em enviar seu Filho como um frágil menino. A luz irradiou sobre os homens e vimos sua salvação. Meditando nas obras de Jesus, descobrimos quem Ele é, todas as coisas que Ele fez, o que ainda está fazendo e como podemos nos juntar a Ele. Não como seres passivos, mas ativamente e apaixonados pelo Senhor que nos dá a vida Eterna.

As promessas do Antigo Testamento se tornaram realidade, pois um menino nasceu em Belém. O Eu Sou invadiu a terra e  sua graça alcançou os homens. E agora, qual é o meu e o seu papel? É preciso enxergar o panorama todo, relembrarmos as promessas de Deus, o que já se cumpriu e o que ainda esperamos.

“Mas o anjo lhe disse: “Não tenha medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu o salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:10-11

O Messias enviado e as Profecias do Antigo Testamento

Durante o Advento, essa temporada de espera, refletimos sobre as Profecias a respeito do Messias escritas no Antigo Testamento e que se cumpriram  em Jesus. O próprio mestre afirma essa verdade em Lucas 4:18-21 ao ler um trecho do livro de Isaías enquanto estava na sinagoga.

“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.” Lucas 4:18-21

Te encorajo a cruzar as referências bíblicas das Promessas (feitas no Antigo Testamento) e de sua concretização (descrita no Novo Testamento). Saiba que são mais de 300 profecias escritas no Antigo Testamento. Estudem sobre elas e pensem no que ela significou.

Por exemplo, em Miquéias 5.1 lemos que de Belém, mesmo considerada pequena, sairá aquele que é chamado a governar Israel. Essa promessa se cumpre e está descrita em Mateus 2.1 – “Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém”.

Em Isaías 7-14 lemos que a virgem daria à luz a um filho que seria chamado Deus Conosco e isso seria um sinal. Em Mateus 1.18 temos o registro deste fato – “Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo”.

Deus é Fiel em todas as suas Promessas e tudo o que os profetas predisseram a respeito do Messias se cumpriu. Há outras promessas feitas na Bíblia e nós podemos crer com paciência, fé e esperança. Por isso é tão importante o advento e a temporada da espera. 

O Eu sou se revestiu de humanidade

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” Colossenses 1:15-17

No princípio Deus criou todas as coisas. Criou um jardim e depois o homem a sua própria imagem e semelhança. Mas, o homem se rebelou. Sim, sei que você já conhece a história de Adão e Eva e de como ela nos trouxe até aqui.

O pecado amargamente quebrou o relacionamento do homem com Deus, nos separou e  impediu de desfrutarmos desse amor sem barreiras. Mas, Deus é o Senhor da História e Ele sempre teve um plano para nos resgatar. Enviou seu próprio Filho para nos salvar. Jesus nasceu. Um filho se nos deu. Seu nome é Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Isaías 9:6). E ainda:

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14

Amo tanto essa verdade sobre Jesus. Aquele que criou todas as coisas escolheu se tornar da mesma espécie do ser criado. Se despiu da sua Glória para habitar entre os humanos. Submeteu-se à frágil dependência de uma mãe. Se submeteu a crescer em um ventre materno para remir todas as coisas. Cresceu em graça e estatura diante de Deus e dos homens, teve amigos, correu, caiu e machucou o seu joelho de menino. Mas, Ele era Deus. Essa é a loucura do evangelho que revela um amor inexplicável e por isso celebramos o Natal. Seu nascimento, a sua humanidade e a aliança restabelecida.

Ele voltará

Assim como a encarnação de Jesus é um fato concreto para aqueles que creem no que a Bíblia diz, a promessa de seu retorno também é uma realidade. Ao celebrarmos o Natal, também mantemos o nosso coração aceso no anseio pela sua volta.

Na cruz Ele venceu a morte e  foi o primeiro a ressuscitar. Ele  nos deu seu Espírito e disse que estaria conosco até a consumação dos séculos. Além disso, nos deixou a promessa de   que vai voltar e juntos reinaremos com Ele. Assim, podemos ter a plena certeza que Ele está comprometido em cumprir com a Sua Palavra. 

Essa verdade precisa nortear nossas vidas e nossas decisões. Estamos ansiando pela volta de Jesus? Somos como as virgens prudentes que ao se encontrar com o noivo possuíam óleo para as suas lamparinas? Ou somos como as insensatas que não levaram sua provisão (Mateus 25:1-13)?

Como temos olhado para as promessas de Deus? Temos acreditado ou deixamos a incredulidade entrar em nossos corações? Devemos ansiar pelas promessas ainda não cumpridas, desejar a Eternidade e a volta de Jesus.

O Advento é uma temporada de espera

O Advento é um tempo para celebrar o nascimento de Cristo e também olhar para as suas promessas, sabendo que Ele é totalmente fiel para cumprir tudo o que prometeu. Tudo mesmo! A ênfase do advento está em proclamar a encarnação de Jesus (o Verbo se fez carne) e ansiar pela sua segunda volta (ora vem Senhor Jesus).

Que o nosso coração esteja atento e que nossa vida gire em torno dessa realidade. Somos convidados a participar do que Deus está fazendo ao nosso redor e não vivermos nossas vidas de formas egoístas pensando apenas em nosso próprio futuro e história. Que os nossos olhos sejam fixados no Eterno. 

Você pode continuar lendo mais sobre o Advento e o seu significado em nosso blog.

Jesus é o principal modelo de generosidade. Ele nos amou tão intensamente que derramou sua vida na cruz. Se hoje, eu e você sabemos o real sentido dessa palavra (AMOR), foi porque o Senhor decidiu se doar de forma extremamente bondosa rasgando o véu que nos separava dele.

Em 1 Coríntios 11.23, lemos: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isso em memória de mim.”

Da mesma forma que Ele doou sua vida, Ele nos chama a abrir mão dos nossos direitos para privilegiar aqueles que estão à nossa volta. Dar é melhor que receber (Atos 20.35). Para isso, é preciso ATITUDE e não apenas palavras. É nossa ação que demonstra que permanecemos nele:

Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. 1 João 3:16-18

A generosidade de que estamos falando é reflexo do amor transbordante que recebemos em nosso encontro com Jesus e vai muito além do dinheiro. Somos generosos quando saímos de nossa zona de conforto para consolar alguém que Jesus ama e de alguma forma deixarmos sua vida mais leve. Ser generoso é se tornar um sinal de Deus para outro ser humano.

 

Sendo generoso e experimentando generosidade

“O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. Provérbios 11.25

Em nossa jornada como cristãos podemos passar por várias situações. Em alguns momentos, seremos a mão generosa a abençoar, mas em outras ocasiões, podemos ser exatamente aqueles que recebem o socorro. Você já experimentou generosidade? Como missionária, vivi muitas dessas experiências.

Em um período em que me preparava para um projeto específico em missões, eu precisava de uma grande quantia em dinheiro para viajar de Curitiba até São Paulo para pedir um visto internacional. Nessa ocasião, compartilhei meu projeto em um culto na Base de Almirante Tamandaré, da qual fazia parte.

Depois de alguns dias, um missionário me procurou dizendo que Deus tinha lhe dito que era para ele me dar uma oferta. O detalhe dessa história, é que meu novo amigo deu tudo o que possuía para suas despesas e compromissos, apesar de num primeiro momento ter questionado a Deus sobre ofertar, mesmo querendo me ajudar. Era um valor bem alto que cobriria todas as minhas despesas. Ele teve que ter uma atitude de fé e confiança. Minha provisão veio através de sua obediência à voz de Senhor e de seu desapego ao dinheiro.

Da mesma forma que recebi, também tive várias oportunidades para servir, tanto através de uma oferta, como limpando uma casa, cuidando de uma criança, disponibilizando meu tempo para ouvir e orar com alguém necessitado.

Pense nos seus vizinhos e nas pessoas que estão no seu trabalho. Existe uma forma de deixar suas vidas um pouco mais leves mesmo que por um instante? Há como demonstrar amor em uma ação prática? Muitas são as necessidades dos homens e existem tantas privações emocionais, ansiedade, medo e dor. Eu e você podemos exercer generosidade quando paramos de olhar para nós mesmos e passamos a ver o outro através dos olhos de Jesus.

 

Não damos pelo que temos, mas pela fé em Jesus

“O cobiçoso cobiça todo dia, mas o justo dá e nada retém.” Provérbios 21.26

A cobiça e o egoísmo são naturais ao homem. Porém, como cristãos, não somos chamados a viver mais como homem natural e sim como homem espiritual. Somos desafiados a andar como Jesus andou e a viver no Espírito, vencendo nossos medos e insegurança e confiando em Deus. Enquanto o cobiçoso retém, passamos a dar com alegria, porque nosso coração se enche de fé e sabemos que seremos supridos.

Não é uma troca. Não abençoamos ou exercemos generosidades para receber um bem ou prosperidade. Essa não é a motivação de um coração sincero. Mas, o transbordar do amor de Deus nos constrange de tal forma que a nossa única ação é agir como Jesus sempre agiu. Pois, generosidade e compaixão fazem parte dos valores do Reino de Deus.

Tocando o leproso, curando os enfermos, cuidando daqueles que não podiam se cuidar. Multiplicou os pães e alimentou uma multidão. Transformou a vida de pecadores. Amou os não amados, os rejeitados, Ele acolheu. Isso é generosidade. Seu testemunho mudou a vida de seus discípulos que seguiram o seu testemunho fazendo tudo o que Ele ensinou.

Ninguém está excluído de exercer generosidade. Qualquer um de nós por menor que seja o nosso recurso pode se doar com graça e amor, se compadecendo do aflito e do irmão. Isso não é sobre dinheiro, mas sobre as motivações do coração.

Não damos sobras, mas damos o nosso melhor porque essa é a vontade de Deus. Somos generosos porque Deus é generoso e bom em tudo o que faz.  Ele criou todas as coisas para o nosso deleite: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas” Salmos 104.24

 

Desafio Prático:

  •         Pense em como Deus tem sido generoso com você. Anote alguns itens.
  •         Ore em como ser generoso de forma prática nesta semana.
  •         Faça uma lista de 5 maneiras de ser generoso de forma simples no seu dia a dia.
  •         Escolha 2 ações de sua lista e as coloque em prática. 

 

O Advento é uma data especial no calendário cristão. É o início da narrativa litúrgica que nos envolve de simbolismos, comunhões, alegrias e celebrações sobre a simples e triunfante vinda de Deus ao mundo dos homens. Um mundo de trevas desnudado em seu pecado e superabundado pela luz divina.

Temos visto ao longo de toda a história bíblica e cristã o quanto Deus sempre desejou habitar entre os homens. Com a vinda de Cristo, a sua igreja cultivou símbolos que representassem o significado e o valor deste evento. A essência do Natal em nossa cultura sempre dependerá da igreja cultivá-la e comunicar sua importância.

Quais são os frutos deste tempo precioso que podemos desfrutar?

Os símbolos de Natal

O final do ano sempre é muito desejado. Nos últimos meses o mundo começa a mudar de cara, as ruas ficam mais iluminadas, as casas mais decoradas e o sentimento natalino começa a surgir. O mundo todo vibra o Natal, o comércio se prepara há muito tempo antes, as pessoas saem às compras e as crianças entram de férias.

Parece mágico! Muitas famílias se reúnem em volta de uma árvore de Natal para decorar e preparar um lar mais aconchegante, como é de costume. Naturalmente, os símbolos de Natal e as celebrações aparecem com as reuniões em família, as dinâmicas de grupo e as festas de trabalho. É uma época deslumbrante!

Mas, para que servem os símbolos natalinos?

Os símbolos são representações, frutos de uma época para a qual nos preparamos e nos organizamos a fim de refletirmos sobre a vinda de Deus ao mundo. Não se trata de um ato pagão, muito pelo contrário. Os cristãos iluminam estes símbolos natalinos promovendo significado cristão. Iluminamos a casa, porque Cristo é a luz do mundo e sem Ele ainda andaríamos em trevas. Cristo é a essência do Natal, é a estrela que ilumina a vida.

O Papai Noel certamente foi caracterizado como um símbolo comercial e pagão. Mas podemos, por outro lado, trazer à memória quem foi o “bom velhinho”, o verdadeiro Papai Noel na história do cristianismo. São Nicolau realmente existiu e defendeu ativamente as escrituras diante das teorias heréticas de Ário no século IV, que descaracterizava Cristo como divino.

Ao invés de retratarmos o Papai Noel que vive no Polo Norte e dá presentes para as crianças boas, podemos trazer à memória o verdadeiro Papai Noel que defendeu as Escrituras.

A época do Natal

É no Natal que nos lembramos comunitariamente das histórias bíblicas sobre a vinda do Messias. Não somente de sua primeira vinda, mas da promessa de sua segunda vinda. 

Intencionalmente, enchemos o nosso coração de alegria, porque Cristo veio ao mundo restaurando nossa dignidade humana caída ao nos tornar filhos de Deus. Também nos recordamos de sua promessa, de que não nos deixaria sós, mas daria o Espírito Santo como garantia de seu retorno e de sua presença constante.

É neste clima natalino, celebrado nas primeiras quatro semanas que antecedem o Natal, que nos envolvemos em uma imaginação fértil, recheada de contrição, alegria e gratidão pela vinda do Messias. 

25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus, mas culturalmente, nos organizamos para este momento. Pelo fato de ser um legado histórico e cultural do ocidente, nos beneficiamos muito desta data, por ser evidentemente cristã. Consequentemente, isso forma o nosso interior de maneira pedagógica e instrutiva acerca do que é importante para nós como cristãos.

Conclusão

A época do Natal é uma representação simbólica, que por mais que não tenha menção bíblica como uma festa sagrada obrigatória a ser comemorada, cultivamos ao longo da história da igreja um ritmo litúrgico em nosso calendário que molda nosso sentimento e imaginação.

Estar à mesa com a família lendo a bíblia sobre as histórias de Jesus ou até mesmo encenando histórias ou cozinhando biscoitos e decorando a casa é um ato simples mas muito valioso e não menos importante. A vida cotidiana da família pode ser recheada de alegrias e gratidão por tudo o que o Senhor já fez em nosso meio e por tudo o que Ele fará.

Celebramos a certeza de que Deus é fiel, porque Cristo veio em nosso favor. Enquanto aguardamos sua segunda vinda, cultivamos hábitos e memórias que honrem o seu sacrifício e nos moldem em alguém mais parecido com Ele.

 

Uma das experiências mais incríveis que podemos ter como cristãos, é conhecermos o real significado de generosidade e compaixão. Pois, dessa forma, podemos saber como sente o coração de Deus. Afinal, o que a Bíblia tem a nos ensinar sobre generosidade e compaixão? E como temos caminhado tendo esses valores como centro de nossas ações?

Não sei se você já passou por necessidades intensas, onde se via sem saída e precisando de um grande milagre. Talvez, em alguns desses momentos, alguém em seu caminho foi a mão que te amparou em graça generosa e profunda compaixão. Apenas quem foi suprido assim, reconhece o valor dessas ações.

No dicionário on-line de Português, podemos encontrar a seguinte definição sobre generosidade: “Característica da pessoa generosa, de quem se sacrifica em benefício de outra pessoa; Ação generosa; comportamento que expressa bondade. Em que há prodigalidade, abundância, fartura; liberalidade.”

Vejamos alguns exemplos de como a Bíblia expressa generosidade e compaixão:

O Bom Samaritano

A Parábola do Bom Samaritano é profundamente tocante. Pois, ela nos ensina que os princípios do reino de Deus não estão estabelecidos naquilo que falamos e nem mesmo sobre nossas funções, mas sobretudo, em como agimos.

Lucas 10.25-37 nos narra que Jesus contou essa Parábola quando estava sendo colocado a prova por um perito da lei. Pois, seu intuito em questionar não era sobre sua preocupação em obedecer a Deus, o que ele desejava, era testar a Jesus.

Na Parábola, vemos um homem sendo assaltado, espancado e deixado para morrer na beira do caminho. Duas pessoas passam pela vítima e nada fazem. O Sacerdote e o levita, que eram os homens que seguiam a Deus, preferem se manter distante de um problema que não eram deles.

Quem sabe, também temos medo de nos envolvermos em problemas que não são nossos. Muitas vezes, preferimos nos afastar e evitar complicações. Mas, esse não é nosso chamado divino. Nosso chamado é para nos envolvermos e sermos resposta diante das situações humanas. Então, precisamos refletir o quanto temos agido com generosidade e compaixão.

Amando como Jesus

Quando penso em generosidade me lembro de alguns cristãos que conheci e que amam o próximo de uma maneira extremamente abnegada. Muitas dessas pessoas abriram mão de seus próprios confortos pessoais e se arriscaram a ajudar alguém, mesmo sendo isso um risco. Não estou dizendo com isso, que devemos ser imprudentes e loucos. Mas, se pensarmos na Parábola do Bom Samaritano, vemos este homem pagando por uma conta que não era dele. Ele escolheu se responsabilizar por aquele que não podia cuidar de si próprio.  

E, não foi isso também que Jesus fez por nossas próprias vidas? Afinal, Ele se despiu de sua glória para se tornar homem como nós e nos salvar dos nossos pecados. Jesus derramou sua vida na cruz para que pudéssemos ser livres. Sendo rico, se fez pobre, por amor a cada um de nós.

“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.” 2 Coríntios 8:9

Eu cresci em uma família cristã, meu pai é um evangelista. Muitas vezes, a porta da nossa casa se fez aberta para pessoas desajustadas e as margens da sociedade. O que era difícil para entender quando criança, inclusive o dividir, faz todo sentido agora. Ainda me lembro de alguns rostos e muitas histórias, sei que pessoas foram transformadas e nós com certeza, muito mais abençoados que eles.

Generosidade e Cobiça

“O cobiçoso cobiça todo dia, mas o justo dá e nada retém.” Provérbios 21.26

Todos precisamos sonhar e ter metas na vida. Mas, não devemos inchar nosso coração com a cobiça e o desejo de apenas possuir coisas, status e posição para nós mesmos. Onde está o nosso tesouro, aí também estará o nosso coração (Mateus 6.21). E sabemos que não podemos servir a dois senhores: A Deus e as riquezas (Mateus 6.24).

É claro que não devemos pensar em generosidade e compaixão apenas em termos de dinheiro. Pois, ninguém está excluído de exercer os valores do reino. Ser generoso e exercer compaixão não é sobre uma quantidade, mas é sobre o coração. Pois todos podemos participar independente das limitações de nossos recursos.

Deus é tão graciosa, que não damos pelo que temos, mas, pela fé que possuímos. Não damos aos outros quanto nos sobra, mas damos porque sabemos que essa é a vontade de Deus. Somos generosos porque Deus é generoso em tudo o que faz.  

“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas” Salmos 104.24

Missões, Generosidade e Compaixão

Talvez você já tenha ouvido inúmeras histórias de missionários e como Deus milagrosamente supriu suas necessidades em momento oportuno e de forma extraordinária. Essas histórias são verdadeiras. Deus é um bom Pai e que cuida de seus filhos, inclusive daqueles que estão em missões.

Então, devemos pensar nas motivações de nosso coração em relação às ofertas missionárias. Não devemos dar por necessidade ou pena, mas por amor a obra de Jesus. A obra que Ele nos comissionou a fazer: Ir por toda a terra proclamado o seu reino, até que todos O conheçam.

Um excelente modelo que devemos seguir, quanto a sermos generosos em missões, é descrita por Paulo em 2 Coríntios 8.2: “a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade”. Independente da realidade financeira da Igreja da Macedônia, ela demonstrou generosidade para com o Ministério de Paulo. E como Igreja Brasileira, como temos agido?

Ações Práticas

Fomos inspirados pela história do bom Samaritano e chamados a nos envolvermos com as causas através de um coração generoso e cheio de compaixão, tanto pelos perdidos e como por aqueles que estão ao nosso redor.

Não somos generosos apenas quanto a dinheiro, mas também podemos doar nosso tempo e habilidade. Não doamos a missões por pena ou dó, mas porque acreditamos na obra da redenção e obedecemos a ordem de Jesus para ir e anunciar as boas novas de seu reino.

Então, nesta semana responda a este ensino fazendo algo generoso para alguém. Pode ser um conhecido ou mesmo alguém que você esteja vendo pela primeira vez. Lembre-se: “Mais bem-aventurado é dar do que receber. (Atos 20.35). E não esqueça de nos contar como foi essa experiência para você. 

Você consegue perceber gratidão em suas atitudes? Sim, eu sei que as vezes é difícil ser grato em meio à tantas dificuldades ou até mesmo sonhar em certas ocasiões da nossa vida. Eu não sei você, mas mesmo assim eu continuo tendo expectativas, sonhos, esperança e Fé. E não é porque tudo vai muito bem, um mar de rosas, na verdade muitas vezes está um caos. Mas quer saber? Mesmo em meio ao caos, dúvidas e incertezas temos muito pelo quê agradecer. 

Observando também as ausências em gratidão

Já parou para pensar que muito do nosso crescimento e amadurecimento veio por meio de perdas e ausências? Há muitas formas do nosso coração expandir e nossa “alma” ser fortalecida. E isso quando coisas boas acontecem e quando não há coisas boas. Mas às vezes só será possível essa expansão por meio das perdas e ausências dessas coisas boas ou das “dádivas”. E é isso que leva nosso amor a Deus a novos patamares. A experiência de sofrimento é dolorosa, sim. Mas é aqui que a Soberania de Deus “buga” nossa mente. 

O sofrimento testa nosso amor por Deus principalmente para ver se, com apenas as coisas boas vindas Dele, não estamos tornando essas “dádivas” em ídolos. Pense sobre isso. Queremos seguir a Deus pelos benefícios e dádivas ou pelo zelo e temor a um Deus Criador? O pecado não está nas coisas, mas no coração humano, logo, essas coisas boas devem ser recebidas como dádivas vindas de Deus e não como um deus em si. Não devemos nos apegar a essas coisas boas buscando nelas algo que jamais seremos capazes de encontrar. Onde as dádivas são adoradas e não o doador. 

Visto que todas as coisas criadas por Deus são boas, nada deve ser rejeitado se for recebido em ações de graças, pois são santificadas pela palavra de Deus e pela oração. I Timóteo 4:4-5.

Sejamos gratos em todo tempo

Por isso eu continuo tendo expectativas, sonhos, esperança e Fé. Eu só posso descansar no Deus que será sempre e sempre a minha, a nossa porção. “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” Romanos 12:15 

É a graça que nos capacita a se alegrar e a sofrer. Precisamos ser confiantes na graça de Deus como suficiente para todas as nossas necessidades.

Joe Rigney¹ escreveu: “A graça deve reinar, o amor deve cobrir multidões de pecados, feridas e descuidos, e Cristo deve fazer o que é impossível para nós”.

Alinhe seu coração a uma atitude de gratidão. Pois a verdadeira gratidão recebe tudo que Deus dá, acolhendo o que é bom com deleite e os momentos ruins com um profundo senso de “entristecidos, mas sempre alegres.” 2 Coríntios 6:10. A gratidão ama dar o merecimento e o valor do doador de toda boa dádiva. Mantenha-se nesse lugar de ser agradecido à Deus, que quer tudo o que Deus quer e que recebe tudo como amostra da bondade de Deus e sempre conserva o coração pronto a adorar a Deus por isso.²

Por isso mesmo sem saber o que será daqui para frente, das coisas ruins que estão acontecendo, ou de tudo que ainda receberemos de dádivas, permaneçamos confiante na Soberania de Deus. Tudo isso faz parte da preparação que Deus está operando em nós. Ele é a nossa esperança futura. Assim, com um coração grato e cheio de esperança, mantenhamos nossa fé nEle, pois Ele é nosso Alvo e motivo de nosso viver. Viver é Cristo e nós podemos desfrutar dessa vida, quer seja em meio a alegrias e dádivas, quer seja em meio às incertezas.

¹ Livro: As coisas da Terra. Joe Rigney.

²William Law.

Generosidade é uma expressão de gratidão e bondade. Agora pense comigo: Nós, cristãos, sabemos o quanto Deus é generoso, certo? Ele nos criou, nos deu muitas formas de prazeres e nos encheu de dádivas. Sim, sua generosidade para conosco começou lá na criação, no início de tudo. Colocou-nos em um mundo cheio de beleza e nos deu cinco sentidos para dela desfrutarmos. Como veríamos tanta beleza sem os nossos olhos? Ou, como sentiríamos os sabores e cheiros dos alimentos sem o nosso paladar e olfato? Como ouviríamos os sons dos pássaros, do mar e do vento sem a nossa audição? Ou, como sentiríamos as texturas ásperas dos grãos de areia, o aconchego do toque de um abraço ou a maciez dos pelos dos animais sem nosso tato?

Enxergando Generosidade na Simplicidade

Certamente, Deus se importa com nossos pequenos deleites e alegrias. Deus colocou Adão e Eva no jardim e perceba, “ E o Senhor Deus fez brotar do solo todo tipo de árvore agradável à vista e boa para o alimento” Gênesis 2:9. Esses são gestos de sua generosidade para conosco, Ele poderia ter feito diferente, mas assim quis que fosse. Enxergamos beleza, sentimos cheiros, sentimos sabores e isso é bondade de um Criador que se importa com a simplicidade dos detalhes.

Sei que esses são exemplos minúsculos perto do grande ato generoso de Deus, ao enviar seu Filho, a fim de nos redimir após nossa queda. Mas não pense que esses pequenos atos devem passar despercebidos. Como cristãos, sabemos o quão generoso Deus é em pequenos e grandes detalhes do nosso dia ordinário. E se não somos gratos, desde os pequenos detalhes diários, não seremos capazes de compreender a grandiosidade de um ato como o de Jesus. Ele se esvaziou, deixou sua riqueza e glória, veja bem, isso não é pouca coisa.

 

Expressando Gratidão e Bondade por meio da Generosidade

Sendo assim, voltemos a falar sobre generosidade sendo uma expressão de gratidão e bondade. Quando conseguimos alcançar, pelo menos no que nos é permitido, esse entendimento do quanto recebemos dessa generosidade divina, é que então podemos externar isso. Nossa gratidão a Deus deve nos conduzir a atos de bondade e generosidade para com os outros. Veja o que Paulo escreve nesses versículos em I Timóteo 6: 17-19: “Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos para repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida”.

 

Podemos tirar três simples lições desses versículos:

1ª Não devemos colocar nossa confiança nas riquezas desse mundo, mas em Deus. Note que não há problemas em se ter riquezas, até porque, como diz o versículo, se não formos orgulhosos, as dádivas que Deus nos dá são para desfrutarmos e não para depositarmos nossa confiança nelas. Nossa confiança deve estar sempre em Deus;

2ª Paulo continua nos lembrando que essas reações que temos ao receber as dádivas divinas, devem resultar em boas obras. Devemos ser ricos em boas obras, ou seja, não devemos acumular e sim sermos generosos e zelosos ao compartilhar com generosidade aquilo que recebemos com abundância;

3ª E, ao praticarmos o compartilhar com generosidade, o resultado será para o nosso próprio bem, pois ajuntamos tesouros para o futuro. E esse firme fundamento, esse tesouro é certo, nos é garantido e nessa certeza podemos ter posse da verdadeira vida.

Percebe como Deus dispõe tudo para o nosso prazer? E claro, tudo isso é para o seu propósito que é exaltar seu Filho Jesus ao redor do mundo. Então, recebemos generosamente as dádivas de Deus para nosso deleite, para ajudar o próximo e também para cumprir nossa missão e o propósito dEle (Mateus 28:20). 

 

Somos Convidados a Abençoar aos Outros

Em contrapartida, quero chamar sua atenção a um perigo que corremos, caso nosso coração não esteja firmado na confiança em Deus, como Paulo nos descreveu no versículo citado acima. Se apenas recebemos de Deus as suas bênçãos e dádivas e as desfrutamos, mas não compartilhamos, não abençoamos aos outros, isso mostra que nossas ações estão depositadas nas dádivas e não em Deus. Esse é o perigo, pois ao recebermos com gratidão a provisão vinda de Deus, somos convidados a abençoar os outros, atendendo as necessidades tanto físicas, quanto emocionais e espirituais ensinadas no evangelho. Por isso que a generosidade é uma expressão de bondade e gratidão, pois a demonstramos por meio de ações, aquilo que já recebemos de Deus.

“Vendam o que têm e dêem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um tesouro nos céus que não se acabe, onde ladrão algum chega perto e nenhuma traça destrói. Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração. Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias”. Lucas 12:33-35.

 

Desfrutando da Vida com Gratidão e Generosidade

Por fim, termino pedindo a Deus que nos ajude a entender e assim desfrutar da vida que Ele nos deu com mais leveza. Entendendo que receber essas bênçãos de Deus torna-nos bondosos, generosos com os outros, assim como Deus tem sido conosco. Isso nos leva a dar com fartura nossos talentos, nosso tempo e recursos para aliviar sofrimentos próximos a nós, ou longe. E que possamos ser gratos, sim, gratidão é a postura da nossa alma que mais aumenta a receptividade. Gratidão exige de nós humildade, pois só quando reconhecemos nossa dependência e necessidade é que conseguimos ser gratos. Sejamos gratos sempre e por tudo e que possamos oferecer ações de graça a Deus por sua bondade para conosco. Deixo essa citação de Joe Rigney para nossa reflexão:

Que Deus lhe conceda a graça de fazer todas as boas coisas, receber todas as boas coisas, perder todas as boas coisas e suportar todas as coisas difíceis por Cristo, que o fortalece.”

 

 

“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” Romanos 8:31-32.

Deus lhe Abençoe!

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.” Mateus 5:13-14

Nós, cristãos, somos a luz do mundo. Sim, eu e você, através do nosso testemunho, brilhamos a luz de Cristo nesse mundo que, subentendemos, está coberto de densas trevas. Após esse versículo citado acima, Jesus disse: “Eu Sou a luz do mundo”(João 8:12) e por derivação, nós também somos.

É interessante perceber que Jesus está chamando a atenção de pessoas simples que o estão ouvindo nesse Sermão. Assim como uma luz de uma casa da época de Jesus, sem todas as centenas de watts de energia elétrica como temos hoje, consegue tornar as trevas das noites escuras mais suportáveis, assim também o cristão deve deixar sua luz brilhar diante dos homens e reduzir as trevas ao seu redor.

Mas, que luz é essa? Como podemos iluminar um mundo em trevas? Jesus responde ao dizer: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus” Mateus 5:16. Ou seja, as nossas obras são as nossas ações. Como seguidores de Jesus, realizaremos essas obras a fim de glorificarmos a Deus, com o nosso modo de viver. Hoje talvez, não vemos tantos exemplos bons de cristãos praticando o bom testemunho, mas precisamos recuperar essa prática. Por isso, como cristãos professos, devemos nos preocupar menos com nossa reputação pessoal e dar mais atenção aquilo que importa para o reino de Deus. E, como faremos isso?

Somos Luz do Mundo Por Meio das Bem-Aventuranças

Jesus nos deixou oito “bem-aventuranças” como diretrizes para termos aprovação de Deus. Essas “bem-aventuranças” são bênçãos de Deus e quando Deus nos abençoa Ele está nos aprovando. Vamos analisar rapidamente essas diretrizes.

1ª – “Bem aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino do céu.” Mateus 5.3

Como ser pobre de espírito? Leia o que diz em Isaías 66:2: “Para esse homem olharei, a saber, ao humilde e contrito de espírito e que treme diante da minha palavra”. É sobre nosso arrependimento mais profundo em reconhecer nossa própria indignidade diante de Deus. É quando chegamos diante de Deus e nos esvaziamos de nosso senso de justiça própria, autoestima moral e vanglória pessoal e nos submetemos em devoção sincera esperando que Ele nos encha e nos cubra com sua graça e misericórdia.

2ª – “Bem aventurados os que choram, pois serão consolados”. Mateus 5.4

Aqui podemos entender como um complemento emocional da pobreza de espírito. Esse choro é um pesar que devemos sentir por reconhecer quão deplorável é o nosso pecado. À medida que conhecemos mais a Deus, mais sobre sua santidade e pureza, quanto mais somos expostos a sua luz, mais reconheceremos nossa sujeira. Como Paulo disse: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24.

É essa consciência da realidade que o rodeia, chorar pelos pecados e pelas blasfêmias de nossa nação por exemplo, pelo ceticismo, pela avareza e pela falta de integridade. Mas há consolo, assim aprendem a confiar no sacrifício de Jesus e aprender a descobrir a alegria de ser respondido por meio de suas orações.

3ª – “Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Mateus 5.5

Se a pobreza de espírito diz respeito a sua opinião de si mesmo, a mansidão diz respeito a seu relacionamento com Deus e com os outros. É querer conscientemente colocar o interesse dos outros na frente dos nossos. Em um mundo materialista que diz o contrário disso, pensar nisso é quase contraditório. Mas, se você já é pobre de espírito e logo não tem uma opinião muito elevada sobre si, ser manso já é um caminho acessível. Só alguém manso se sente satisfeito. Seu ego não é vaidoso a ponto de achar que sempre tem que ter mais, pois ele já se vê possuindo tudo (2 Coríntios 6:10).

4º – “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Mateus 5.6

Esse indivíduo não pode sobreviver sem justiça. É como a fome e a sede, ou seja, é tão essencial quanto comer e beber. Talvez, nós nunca sentimos fome e sede profundamente para compreendermos isso. Mas, aqui ele está falando de alguém que tem fome e sede por viver conforme a vontade de Deus. Esse alguém não está distraído com futilidades ou à deriva. Todo o seu ser ecoa. Seu prazer é a Palavra de Deus, pois onde mais encontraria claramente a vontade expressa de Deus?

5º – “Bem aventurados os misericordiosos, pois a eles se mostrará misericórdia.” Mateus 5.7

A pessoa que reconhece o próprio desamparo e desgraça é grata por toda misericórdia que a alcança e consequentemente, aprende a ser misericordiosa com os outros. Reconhecendo sua falência espiritual que encontra satisfação em Deus e sua justiça e assim o resultado é plena misericórdia para com o próximo.

6º – “Bem aventurados os puros de coração, pois verão a Deus”. Mateus 5.8

Quando houver novo céu e nova terra, em um reino só de justiça e Jesus se manifestar, nós seremos como Ele. O cristão que tem essa esperança se purifica, assim como Ele (Cristo) é puro (I Jo 3:3). Seu esforço presente corresponde com sua esperança futura. O discípulo de Jesus que anseia pela consumação do reino em perfeição já está decidido a se preparar para ele agora. “Quem subirá ao monte santo do Senhor? Aquele de mãos limpas e coração puro, que não entrega a alma a vaidades, nem jura enganosamente”. (Salmos 24:3-4)

7ª – “Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5.9

Jesus é o príncipe da Paz e o maior pacificador. Ele traz paz entre Deus e os homens. Nós, como seus discípulos, temos que ser aqueles que não só propagam o evangelho, mas que acalmam tensões, buscam soluções e garantem que a comunicação seja eficiente. Em algum debate acalorado, devemos ter atitudes calmas, escutar cada ponto de vista com respeito, equidade e educação. Essa deve ser a conduta de um discípulo pacificador.

8ª – “Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu”. Mateus 5.10

Essa bem aventurança é como um teste para as outras, pois se não enfrentarmos algum tipo de perseguição, podemos perguntar onde se mostra a justiça na nossa vida. Se não há justiça, não há conformidade com a vontade de Deus. Em II Timóteo 3:12 diz: “Na verdade, todos os que querem viver uma vida piedosa em Cristo Jesus serão perseguidos”.

As Bem Aventuranças Expressam a Luz de Cristo

Como resultado, ao sermos luz por meio das diretrizes dadas por Jesus, glorificamos ao nosso Pai, dando glória ao seu nome e anunciamos o testemunho do seu reino. Não escondendo a verdade de quem somos e a verdade que conhecemos. Mas, devemos ser cristãos genuínos, viver abertamente e dar testemunho por meio das bem aventuranças, sem nos envergonharmos de Cristo. As nossas boas obras é fazermos tudo aquilo que faz brotar a glória e a sabedoria de Deus no mundo, por meio da nossa totalidade de vida. Assim, as pessoas reconhecerão por meio de nossas obras que é pela graça de Deus que somos assim.

Por fim, temos que ter em mente que a jornada cristã não é sobre nós e a nossa virtude não é para nós. Por isso, ao praticarmos essas bem aventuranças estaremos trazendo faíscas de luz que sinalizarão para a verdadeira Luz que é Jesus. A luz que brilha no cristão não é para chamar atenção para si, mas para que, através de um caráter amoroso e generoso, onde o seu eu não está no centro, Deus e o seu reino sejam o centro desse foco de luz. É para isso que brilharemos em meio às trevas, para apontar para a verdadeira Luz do Mundo: Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

E verão a sua face, e na testa deles estará o seu nome. Não haverá mais noite, e não precisarão de luz de lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará; e eles  reinarão para todo o sempre”. Apocalipse 22: 4-5.

 

 

“Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo”. Salmos 27:4

Contemplar a beleza de Deus e inquirir no seu templo deve ser o objetivo central de nossas vidas. Neste lugar de fascínio e contemplação é onde temos diálogos com o Senhor e entramos em um relacionamento com Ele.

No verso acima, vemos riquezas nas palavras declaradas pelo rei Davi. O poder desta passagem está em sua simplicidade. Trata-se de um texto muito simples, mas que requer uma mudança de vida radical. Mesmo em meio às nossas imperfeições, devemos buscar inspiração na Palavra de Deus e Sua instrução para corrigir o nosso caminhar.

Neste texto, Davi não falava apenas dos anos em que viveu, mas também da era vindoura em que Cristo
irá reinar. Ele fala de uma realidade eterna para o povo de Deus. Portanto, ao contemplar a beleza de Deus e ser fascinado por Ele, estaremos focando agora naquilo que iremos fazer por toda a eternidade adiante de nós.

Contemplar a beleza de Deus

Em Apocalipse 4, João é levado aos céus e adentra a sala do trono de Deus, onde seres viventes contemplam o divino hora após hora, minuto após minuto, e o adoram sem cessar (Ap 4:8).

A realidade à qual Davi responde é uma realidade experimentada ao redor do trono de Deus constantemente. E é ali que se encontram os nossos destinos.

Assim como João contemplou o trono de Deus, nós também contemplaremos a beleza e o fascínio que, por milhões de anos, fascinam anjos.

Quando afirmamos que o nosso desejo é contemplar a beleza de Deus, estamos colocando os nossos olhos em algo eterno. Hoje podemos experimentar parcialmente aquilo que faremos por toda a eternidade.

A confissão de Davi em Salmos 27:4 é o resultado de uma vida inteira de escolhas e decisões. Davi não afirma que este era um único desejo do seu coração, mas expressa que o seu objetivo principal era viver uma vida sincera de devoção e piedade diante de Deus. É então que essas palavras deixam de ser apenas um objetivo e se tornam uma realidade.

Íntimos da Palavra

Não há como conhecer a Deus sem conhecer o Deus da Bíblia. Aqueles que querem sinceramente ser pessoas que buscam “uma coisa”, devem embarcar na jornada de conhecê-Lo através da Sua Palavra – ela é a principal ferramenta e uma dádiva do Senhor para que o conheçamos.

Não podemos substituir o estudo rigoroso da Bíblia. É preciso ler e permitir que as palavras se tornem vida dentro do coração. Muitos mantém um relacionamento simplesmente místico com Deus, falando palavras bonitas e românticas, mas se esquecem que contemplá-Lo é de fato conhecer o Deus que está por trás das Escrituras.

Um lugar de fascínio não é um suplemento nutricional da vida espiritual. Viver o reino de Deus em primeiro lugar exige uma total reorganização da vida inteira em torno deste objetivo.

Jesus prometeu algo para aqueles que buscam primeiro o Seu reino e a Sua justiça, em outras palavras, aqueles para quem a busca pelo fascínio e a beleza são o ponto central de suas vidas, e a promessa é que Ele cuidaria de acrescentar todas as demais coisas (Mt 6:33).

Essa é a experiência do reino de Deus: somos servos do Rei quando nossas prioridades e decisões são centradas na sua orientação, e nossas vidas são vividas em prol do Seu reino.

A forma como os cristãos lidam com a saúde mental importa e nós precisamos falar sobre isso. Se a nossa espiritualidade tem nos desumanizado, ela precisa ser revista. Desumanizar significa tentar camuflar ou hiper-espiritualizar um problema ao invés de trazer redenção para ele. 

Quando nos convertemos, a nossa conversão significa que entramos em um processo de santificação e não de desumanização. A conversão não é nos tornamos meta humanos ou seres humanos mais angelicais.  Nossa conversão é na verdade adentrarmos no caminho de sermos seres humanos como fomos criados para ser. Isso implica que não fomos blindados de certas coisas intrínsecas a humanidade, mas diz que existe um padrão divino de humanidade que o Senhor está nos atraindo.

Três perspectivas

Dentro disso eu quero te trazer três verdades, para uma nova perspectiva a respeito de saúde mental.

  1. A consciência de Deus sobre o homem

Primeiramente, Deus ele é consciente do nosso estado e da nossa natureza. No Éden, Deus criou o primeiro Adão como ser humano perfeito, o plano original do que ele deveria ser, mas o pecado entrou e deformou muita coisa além da moralidade, todo o cosmo sofreu o prejuízo da queda. Porém, Deus tem consciência da nossa natureza pré pecado e da nossa natureza pós pecado. Ele nunca foi e nem será surpreendido.

Quando Jesus veio, como o segundo Adão, ele estabelece de novo o novo padrão. Não um padrão de super espiritual mas de um ser humano como Ele desejaria que nós fossemos humanos. O que desagrada a Deus é o nosso pecado e independência contra Ele. Nossa natureza é caída e vulnerável em todas as áreas. Somos vulneráveis nosso corpo a doenças e cansaço, em nossa alma a sentimentos e emoções bagunçadas, nos nossos relacionamentos, na forma como nós lidamos com a gente e com as outras pessoas. Absolutamente  tudo isso está vulnerável e atingido pela queda. 

Essa perspectiva pode remover a culpa exacerbada exercida pelo acusador, pela mente, pelas pessoas sobre quem está assumidamente em um momento de fragilidade e adoecimento mental, ou sofrimento de qualquer âmbito. Nada disso fugiu da soberania de Deus.

2. O Evangelho é a boa-nova para todas as coisas criadas

Partindo disso, o segundo ponto é que o evangelho tem resposta para todas as áreas. Ele é a boa notícia para o seu corpo, ele é a boa notícia para sua alma e para seu espírito. Assim como ele é a boa notícia até mesmo para a natureza que vai ser redimida. Nós usarmos o evangelho apenas para trazer respostas para o mundo espiritual é desperdiçar uma parte dele tão preciosa e que nós precisamos para a nossa saúde. E constantemente fazemos isso.

Como ser humano, somos seres integrais e essas áreas (material e imaterial de quem somos) se conectam de forma tão bela e tão misteriosa, que muitas vezes nós nem conseguimos discernir qual é a raiz do problema, porque nós não sabemos se começou no nosso corpo ou nas nossas emoções ou no nosso espírito, pois elas estão integradas. Sendo assim elas merecem e precisam de atenção de maneira integrada também.

O convite é a ouvir o evangelho que tem poder de abraçar toda a realidade. Ele não fica do lado de fora de num quartinho da nossa existência. 

3. O que nos qualifica diante de Deus

E a terceira verdade é que a dor não te desqualifica, porque o que te qualifica em Deus é Cristo e não a tua performance. O que isso significa? A nossa mentalidade muitas vezes acredita que ser espiritual é apresentar para Deus uma performance perfeita, mas é a fé em Cristo que nos dignifica diante do Senhor. 

Então espiritualidade saudável é o voltar-se ao Senhor. É o buscá-lo, é conhecê-lo e é refleti-lo e não necessariamente uma performance, uma atitude que sempre acerta, porque Ele é o Deus conosco mesmo no vale da sombra da morte. mesmo no momento que você cai que você precisa lidar com áreas de pecado e se arrepender. Porque ser Cristão não nos blinda da dor, do sofrimento, do adoecimento. Mas nos garante um Redentor, um Consolador e um Criador que caminha conosco em todos esses momentos. 

Então está tudo bem, quando não estiver tudo bem, porque isso não te desqualifica como cristão, isso não anula o teu amor por Jesus. A graça preciosa disponível no trono da graça nos absorve de nossas culpas e nos dá poder para Cristo ser gerado em nós. 

A dor é passageira, mas a glória será eterna

E agora falando para você que está sofrendo e passando por momentos de depressão, transtorno de ansiedade ou até mesmo pensamentos suicidas. O que você sente hoje não te define. Jesus vai aproveitar todas as oportunidades, até mesmo a dor e a doença para te ensinar e ser pedagógico em te ensinar sobre consolo, graça, arrependimento e como viver. E existe esperança em Cristo para essa era e para o dia que definitivamente toda lágrima ele enxugará. O agora é passageiro, mas a glória reservada com Cristo será eterna.

E para todo o corpo de Cristo e seres humanos o convite é aprender com o Senhor Jesus a consolar e estender graça, como temos sido consolados e recebido graça dEle. O ambiente cristão, o ambiente da igreja como corpo de Cristo, precisa ser um ambiente seguro, para que as pessoas cheguem e depositem sua dor com vulnerabilidade, tendo a certeza que ela não vão ser qualificadas ou desqualificadas, no corpo de Cristo por causa da sua dor ou por causa da sua doença. Mas que a semelhança da obra do Espírito se levantarão para lutar pela redenção e consolo delas.  

A JORNADA DE APRENDER A VIVER

O Senhor quer ensinar a viver a vida como ele deseja que seja vivida, com mais saúde mental, cada vez mais humana, e assim cada vez mais parecida com Jesus. Isso para lidarmos com a nossa saúde mental e do próximo que precisa de empatia.

Por isso, esse é um convite a redefinição, ao encontro coração com Deus Criador, Redentor e Consolador. Primeiro para ser consolado com a verdade que Ele sabe lidar com nossa fraqueza, sabe nos santificar do nosso pecado e tem poder para nos curar nosso corpo e nossa mente. Segundo, para aprender a olhar para dor do outro como o Senhor olha, chorando com os que choram e consolando como fomos consolados.