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Por que devo cantar a Bíblia?

Vida cristã

Eu canto porque vivo

Desde quando nascemos nos envolvemos em várias situações musicais. Já dormimos ao som da voz materna a cantar. Aprendemos canções na infância e além disso, cada um de nós também desenvolveu seu próprio gosto musical. Canções fazem parte da experiência de viver de modo que é verdade o que disse um filósofo: “Sem a música, a vida seria um erro¹”.

Entretanto, como cristãos não somos abandonados em nossa própria experiência sobre a vida. O crente necessita observar todas as coisas a partir do ponto de vista do Autor de todas as coisas. Isso quer dizer que, mais importante do que a música é para nós, é o que a música foi criada para ser. Para nós, cantar e ouvir música pode ser entretenimento, diversão e até mesmo profissão. Para Deus, no entanto, é um maravilhoso instrumento dado aos homens para o louvor da Sua Glória. Isso quer dizer que se cantamos ou ouvimos música, seja por diversão, entretenimento ou profissão, devemos com isso glorificar a Deus acima de tudo. Este é o objetivo final.

Cantar ao Senhor

Em toda a história do povo de Deus a música vem sendo utilizada como instrumento de adoração e gratidão. Ao cantar ao Senhor o Seu povo expressava um coração grato e rendido à Ele. Vejamos, por exemplo, o cântico que Israel cantou depois de atravessar o mar vermelho em Êxodo 15. Podemos também, observar a riqueza de cânticos que é o livro de Salmos. Além disso, conhecemos a história de Davi, o rei que conduziu Israel em adoração ao Senhor. Essas e outras narrativas bíblicas contribuem para a máxima de que: ao cantar as canções do Senhor o povo de Deus estava reconhecendo quem Ele é.

O evangelho de Mateus (26:30) nos revela um momento em que o próprio Jesus cantou um hino. Além do mais, sabemos que Cristo também frequentava sinagogas e cantar o saltério era algo comum da liturgia judaica. Portanto, não é de se admirar que os primeiros cristãos que passaram a seguir o Mestre continuavam cantando os salmos e a Palavra. É como o próprio Paulo parece encorajar em sua carta aos efésios (5:19). Assim, até mesmo hoje, no século 21, quando cantamos a Palavra de Deus, estamos nos juntando ao povo de Deus de todas as épocas.

Cantar no que acredita ou crer no que canta?

O ato de cantar canções no culto ao Senhor provocou várias tensões e reflexões durante a história da igreja. Canções eram compostas para engrandecer ao Senhor no culto, ensinar os crentes a respeito da verdade e até mesmo para combater eventuais heresias. A conclusão que a igreja cristã chegou no decorrer de seus anos foi: “A igreja crê naquilo que ela ora e canta².” Por isso, uma igreja saudável, que crê na verdade da Palavra, canta a própria Palavra. Em outras palavras, a prática da fé segue a nossa prática de oração e adoração. Se cantamos e oramos desconexos da verdade absoluta da Palavra isso acarretará um prejuízo à genuína fé que deve ser cultivada em nós.

Há um ditado popular que diz: “Quem canta seus males espanta.” Sem querer entrar a fundo na veracidade do dito é de se observar algo: a música e o ato de cantar provocam em nós coisas que no momento não são visíveis. Podem ser sentimentos, valores ou mensagens. Absorvidos pelo homem interior e processados. A música tem essa característica bela e Deus a fez assim. Quando falamos da combinação “Palavra de Deus + cantar”, não podemos simplesmente negligenciar tal instrumento dado por Deus para a edificação da nossa fé. Cantar em si, não possui nenhum poder comparado com o poder que possui a Palavra de Deus. Entretanto, quando unidos, os dois elementos se tornam a arma da igreja contra a frieza espiritual.

Muito mais que uma grande ideia

“Aleluia! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus; quão agradável e apropriado é louvá-lo.” Salmos 147:1

Minha intenção com esse texto não é apenas provocar um comprometimento entre os compositores, músicos e cantores a respeito das canções que serão cantadas nas igrejas. Escrevo para todos que foram feitos discípulos de Jesus. Que possamos cantar as canções que Jesus cantou. Seja em nosso culto comunitário ou momento de devoção, que possamos cantar Suas palavras e a respeito do que Ele fez e de quem Ele é. Essa, muito mais que uma grande ideia, é a Sua vontade.

__________

Referências:

1 Famosa frase de Friedrich Nietzche, filósofo alemão. Apesar de ter morrido como ateu, Nietzche teve uma infância cristã e era apaixonado por música.

2 Esse é um notável lema na tradição cristã: Lex orandi, lex credendi.

Texto originalmente publicado dia 30 de julho de 2020

Adoração – talvez a primeira imagem que vem à nossa mente sobre essa palavra, seja o momento do louvor na igreja. Eu não culparia ninguém por assim pensar, pois infelizmente é dessa maneira  que se tem falado sobre adoração por muito tempo. Mas eu quero convidá-los a ampliar o entendimento sobre adoração, pois ela envolve todo nosso cotidiano.

 O que não é a adoração

Para começarmos, tenha em mente que a adoração é algo que está relacionado com o adorador. Se não, trata-se apenas de uma atuação. A ação de adorar está enraizada na vida do adorador. Por isso, nossa adoração não é apenas no momento do louvor de um culto que frequentamos. 

 Jesus disse em Mateus 15:8 -9: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão, me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens”. Note que é um contexto onde Jesus está falando da hipocrisia dos fariseus. Sendo assim, vamos a alguns pontos sobre o que não é adoração:

  1. Adoração não é atuação – não adianta apenas atuar no momento da adoração, se o seu coração não ama Aquele que você adora.
  2. Adoração não é uma sensação –  não é simplesmente uma sensação que podemos sentir em um culto. Na adoração falamos de nossa fé  e convicções. Na adoração declaramos a Glória de Deus. A adoração é feita com convicção.
  3.  Não é sobre um lugar específico – entendendo que a adoração envolve todo nosso cotidiano, logo, não é o lugar que faz a adoração ser verdadeira, mas sim a atitude do adorador. Por todas as nações e lugares a adoração se levantará. Já estamos vivendo isso. Jesus é o “lugar” onde os verdadeiros adoradores adoram a Deus.

Por isso, nosso amor a Deus deve ser com todo nosso coração, mente e força. Com tudo que somos, ou seja, mente, espírito e atitudes. E nós somos muito mais do que aquilo que demonstramos em algumas horas de culto. Nossa adoração é diária. Sendo assim, todo o contexto de nossa vida cotidiana importa para Deus.

O que é adoração

Já que nós vimos um pouco do que não é adoração, vamos pensar sobre o que ela é. Adorar é prestar um culto, expressar honra. Isso envolve orações, cânticos, o momento da ceia, o batismo, as celebrações, agradecimento e intercessões. Ou seja, tudo que já faz parte de nossa vida de devoção a Deus. Paulo escreveu sobre isso: Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31).

Na Confissão de fé de Westminster diz: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. Logo, nossa adoração é reconhecer, submeter e ter prazer na Glória de Deus. Sem um entendimento de Deus e sem adorá-lo dessa forma, tudo se torna superficial e monótono.

Mas a adoração é algo que faz parte de nós. Nascemos para isso. Se não adorarmos ao nosso criador, adoraremos outra coisa. Pense em pessoas em estádio de futebol ou em um concerto musical. Eles aplaudem, choram, gritam e se emocionam. Queremos adorar a algo, isso faz parte de nós. É por isso que a adoração envolve nosso cotidiano. Queremos render nossos melhores sentimentos e  expressar o que sentimos em nós quando algo captura nosso olhar.

Então, imagina quando chegar o dia em que veremos a plenitude da glória de Deus. Hoje nós vemos em partes, mas chegará o dia em que veremos como de fato ele é.  Por isso nós vivemos adoração nesta era, mas ainda não em plenitude. Esses anseios no mais profundo de nosso ser é o anseio por ver a glória do nosso criador.

Unidos em Adoração

Ademais, nossa adoração comunitária é muito importante. Pois, ela será um reflexo daquilo que fazemos individualmente no nosso cotidiano. Somos o corpo de Cristo quando estamos unidos. “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”. Efésios 4:4-6.

Salmos nos diz que Deus é entronizado nos louvores do seu povo: “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores do teu povo”. Salmos 22:3. Juntos, nós somos a assembleia dos santos, o corpo unido de Cristo, sendo transformado, à medida que juntos compartilhamos nossa fé, devoção e adoração. Juntos crescemos em amor a Deus e em entendimento de quem Ele é por meio da sua Palavra.

Por isso, juntos em adoração no culto, por exemplo, estamos expressando e sendo conduzidos a Glorificar a Deus por todos os seus feitos na História. Mas, porque a adoração já envolve nosso cotidiano. Perceba, o Espírito Santo está se movendo por meio do corpo de Cristo, unido e enchendo à terra com  adoração Àquele que é digno. 

Que eu e você, possamos ter a compreensão de que a adoração faz parte da totalidade de nossas vidas. E que possamos viver de maneira a dar a Deus a adoração devida em nossas atitudes diárias. Importa que Ele cresça!

“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Colossenses 3.16). 

Quando caminhamos em confiança, andamos com a certeza de que mesmo quando as pressões chegam, temos em quem nos refugiar. Certamente as tempestades virão, todavia Deus nos ajudará a passar por elas. Encorajador, não é mesmo!? 

A nossa confiança em Cristo Jesus nos fará cantar. O nosso ser se deleitará na certeza que o nosso Senhor é compassivo e misericordioso para conosco. Sabemos que Jesus é a nossa rocha, nosso alicerce e que estamos seguros Nele.

O amor de Deus é nosso combustível

A graça de Deus derramada sobre nós, faz com que Nele possamos descansar e confiar. Passamos a entender que é Seu amor, e somente o seu amor, o combustível para confiarmos Nele. 

A natureza de Deus é perfeita. Ele é imutável e eterno. Consequentemente, somos totalmente conquistados por Ele. Começamos a entender que mesmo que exista  medo, dor ou aflição no meio das tempestades, podemos continuar confiando no Senhor.

“Porquanto o amor de Cristo nos constrange. Uma vez que estamos plenamente convencidos de que Um morreu por todos;” 2 Coríntios 5:14

Onde está a sua confiança?

Bem, eu te pergunto: Onde está a sua confiança? Em quem tem encontrado esperança? Gostaria de trazer entendimento sobre o que é andar em confiança. Primeiro, confiança é a  crença de que algo não falhará, algo forte que é suficiente para cumprir seu trabalho. 

Alguma vez você já viu o Senhor falhar? Claro que não! O Senhor não falha. Não há erros, não existem variações ou dúvidas sobre a perfeição Dele. 

Quem sabe a sua compreensão esteja equivocada.Quem sabe seu entendimento sobre as questões desta vida estejam distorcidas. Quem sabe a sua confiança em Cristo e tudo o que Ele fez naquela cruz estejam enfraquecidos em seu entendimento. Sabendo que Nele podemos afirmar. E com convicção, que não há falhas no que o Senhor faz.

Estamos sendo pressionados pelo Oleiro 

 Você pode até se perguntar, como existe dor, quando você só ver dor. Como existem aflições e medo quando você se vê rodeado desse sentimento? De que modo podemos afirmar que tudo ao redor diz o contrário?

 Meus amigos quem nos contou que não haveria dor, medo, tribulações e pressões? 

Essa é a beleza de sermos participantes dos sofrimentos de Cristo. Mesmo sendo pressionados pelo oleiro, mesmo sendo pressionados constantemente, sabemos que nada disso se compara às maravilhas do Senhor e que tudo não passa de leves e momentâneas tribulações e isso é glorioso. Mesmo passando pelo vale olhamos para o Senhor e nos enchemos de confiança de que Ele está sobre o controle de todas as coisas e que a nosso esperança vem Dele.

“Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Certamente que as trevas me encobrirão. Então a noite será luz à roda de mim.” Salmos 139:9-11

Louve ao Senhor com confiança

Somos cheios de confiança. Logo, somos aqueles que entraram no trono da graça de Deus cheios de confiança esperando a graça e misericórdia. 

Esse é o nosso convite para você nesse dia, que sua alma se regozije no Senhor. Que seu ser cante das maravilhas do nosso Senhor, sem permitir que as preocupações roubem isso de você

“Aleluia! Louve, ó minha alma ao Senhor.” Salmos 146:1

Originalmente publicado em 10 de setembro de 2019

Você sabe qual o maior Salmo da Bíblia? Isso mesmo, é o Salmo 119. Nele, há vários termos diferentes para se referir às Escrituras são eles: Lei, Preceitos; Testemunhos; Estatutos; Decretos; Juízos; Mandamentos; Veredas; Caminhos e Palavra e servem  “basicamente” como sinônimos. Quando esse salmo foi escrito só havia o pentateuco. O salmista é enfático em declarar fé e esperança nas Escrituras. E nós podemos aprender com ele. 

Por isso, quero convidar você que lê este blog, a colocar o coração diante do Senhor para que Ele traga revelação do Salmo 119. A Palavra de Deus é poder,  bálsamo para as nossas dores, é uma fonte inesgotável de vida que dá liberdade e cura.

Abençoado são os que se mantém na rota

“Você é abençoado quando se mantém na rota, caminhando firme na estrada revelada pelo Eterno. Você é abençoado quando segue suas orientações, fazendo o melhor possível para encontrá-lo.” Salmos 119.1-2

Todo cristão genuíno deseja fazer a vontade de Deus, tanto nas pequenas como nas grandes coisas. Porém, é possível que nos sintamos confusos e distantes do Senhor e  esquecendo-nos do valor de sua Palavra.

Nos primeiros versículos do Salmo 119, o salmista destaca a felicidade daqueles que se mantêm fiéis, não se desviam do caminho, pois guardam as prescrições do Senhor e o buscam de todo coração. Aliás, o termo coração se repete várias vezes ao longo do capítulo.

Podemos vê-lo escrevendo: “Render-te-ei graça de todo coração…” (v- 7); “de todo coração te busquei…” (v-9); “guardo no coração as tuas palavras…” (v-10), e estes são apenas alguns exemplos, mas encorajo você a destacar e contar quantas vezes esse termo aparece e em quais circunstâncias. Pois, isso revela o DNA do salmista. Ele declara amor pela Lei e um grande desejo de obedecê-la . Além disso, reconhece suas falhas e pecados, declarando confiança e inocência em meio às suas petições.

  “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei. Sou peregrino na terra, não escondas de mim os teus mandamentos. Consumida está a minha alma por desejar, incessantemente, os teus juízos.”  Salmos 119.18-20

O salmista ama a lei. Nós podemos dizer o mesmo? Pois, se não amamos a Palavra de Deus, como podemos afirmar que o amamos?

Salmo 119 – fonte inesgotável de vida

“A vida cristã não é uma estufa espiritual nem uma bolha que nos esconde das aflições deste mundo.” Hernandes Dias Lopes

Por maior que sejam as aflições e as angústias enfrentadas pelo salmista, ele reconhece a Palavra como sua fonte de vida. Ele busca na fidelidade do Senhor o cumprimento das promessas e declara: “Vivifica-me no teu caminho.” (v-37); “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica.” (v-50); “Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra. Esmorecem os meus olhos de tanto esperar por tua promessa, enquanto digo: quando me haverás de consolar? Já me assemelho a um odre na fumaça; contudo, não me esqueço dos teus decretos.” 81-83).

Ler esses versículos não enchem o seu coração de esperança? O salmista é tão humano como qualquer um de nós, passamos por aflições e angústias, medo, dor e  dia mal. No entanto, podemos nos lembrar das promessas de Deus. Até perguntar com total liberdade ao Senhor: “Quando Deus? Não aguento mais padecer, não aguento mais esperar.  Porém, volto meus olhos para você e me lembro que és fiel até o fim!”.

Não sei quanto a você, mas eu tenho esperado por promessas do Senhor feitas a tantos anos atrás, talvez quinze ou vinte anos atrás, até mais. Às vezes desanimo, me sinto cansada e sem forças. As aflições tentam me paralisar, roubar a alegria e a minha fé.

E quando a vida for assim tão dura, onde podemos encontrar prazer?

O ladrão da alegria

Na EteD (Escola de Treinamento e Discipulado) da JOCUM*, tínhamos uma peça que apresentávamos nos evangelismos: “O Ladrão da Alegria”. Há um personagem central, vamos dar o nome de Maria. Ela sente grande tristeza e busca por alegria desesperadamente. Ao encontrar outros personagens com suas “alegrias”, Maria pede a alegria emprestada, mas ninguém está disposto a dividir e assim, ela continua infeliz. De repente, surge o ladrão da alegria e rouba a alegria de todo mundo. Maria, continua sem alegria, mas encontra alguém no caminho que pergunta a ela o porquê ela está chorando? Maria conta sua história e descobre que sua nova amiga tem alegria. Essa amiga fala a respeito de Jesus e Maria encontra a verdadeira alegria. Quando o ladrão retorna, não pode mais roubar a alegria de Maria, porque ela está no coração daqueles a quem Jesus habita.

Independentemente do que o salmista enfrenta, o seu prazer está em Deus. Ele não finge não sofrer. Ele não nega suas aflições, mas compreende que existe um lugar onde suas forças são recompostas e seu coração se mantém firme: na Palavra!

Quando ele olha para a lei do Senhor suas forças são renovadas. Você já experimentou essa realidade de prazer em Deus apesar das aflições? Nenhum ladrão pode roubar a paz que encontramos em Cristo Jesus e a segurança do seu amor por nós.

“Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia.” Salmos 119:92

Conclusão – Volto os meus passos para Deus

“Não podemos guardar ao mesmo tempo o pecado e a Palavra em nosso coração.” Hernandes Dias Lopes

Precisamos reconhecer nossas falhas e pecados, confessá-los a Jesus e voltar o nosso coração ao Senhor. Reconhecer que Ele é a Palavra da verdade e que nada podemos fazer sem ele. Que possamos orar como o profeta, pedindo que o Senhor troque o coração de pedra por um coração de carne totalmente sensível a ele. Considerar o nosso caminho e voltar para Deus é parte imprescindível do processo como diz no Salmo 119.59: “Considero os meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos.” Salmos 119:59

Quais os testemunhos de Deus? Qual é sua vontade para nós? Quais são suas promessas? Há um porto seguro, um caminho plano e Deus quer nos fazer andar por ele apesar de qualquer tempestade que a vida nos faça passar. 

Lembre-se: Mantenha-se na rota, beba da fonte inesgotável de vida, não deixe o ladrão da alegria roubar a sua paz. Ame a palavra de Deus e viva o Salmo 1. Sim! Seja como uma árvore frutífera, plantada junto a corrente de águas que no devido tempo dê o seu fruto. Para isso, ame a Palavra de Deus, leia-a e deixe que ela te leia.

 

Leia mais sobre os salmos.

*Jocum (Jovens Com Uma Missão)

Davi em um de seus salmos escreveu: “O caminho de Deus é perfeito.” (Salmos 18.30).

Sim, a estrada que Deus nos leva a trilhar é perfeita! Talvez você não concorde comigo, pois as circunstâncias que tens enfrentado nos últimos dias faz com que descorde da minha afirmação. E tudo bem descordar! Mas quero lhe convidar a analisar os resultados dos processos que você enfrenta enquanto vive esta jornada.

O Caminho perfeito não é livre de problemas

Hoje talvez você esteja passando por momentos complicados, como por exemplo: está desempregado e tens tido dificuldades de retornar ao mercado de trabalho. Ou acabaste de perder um familiar próximo. Sua própria família lhe rejeita e tens que aprender a conviver com a solidão.

Enfim, ou talvez você nem esteja enfrentando um grande problema, porém esteja desanimado em sua caminhada com Cristo.  E pode já não vê mais com clareza aquilo que Deus tem feito e para onde tens lhe direcionado.

Aprendendo com Davi a responder corretamente

Antes de continuarmos, olhe só um instante para a vida de Davi. Um homem segundo o coração de Deus, não porque foi perfeito em sua caminhada, não porque tinha uma família perfeita, não porque ele não tinha problemas. Mas ele se tornou um homem segundo o coração de Deus, porque independente do que estivesse passando, o seu coração sempre esteve voltado para Deus.

E no meio de sua jornada, enfrentando rejeição, perseguição, mentiras. Se escondendo de seus inimigos e até mesmo tendo adulterado. Davi voltou seu coração a Deus, reconhecendo quem ele era e quem o Senhor é!

Para não esquecer

Como citei a cima, Davi escreveu em um de seus salmos: “O caminho de Deus é perfeito.” Não o meu, mas o Dele.  Agora olhe para aquilo que está enfrentando, será que é tão horrível assim?

Ainda que seja, pare por um instante e pense, se pergunte: “O que Deus quer trabalhar em mim em meio a tudo isso? O que posso aprender Dele em meio a esse processo tão dolorido? O que está sendo forjado em meu caráter?”

E Lembre-se: “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

Escrito por Caroline Iracema- Facilitadora Fhop School

Originalmente publicado em 30 de maio de 2019

O que a bíblia ensina sobre o descanso? Neste texto vamos conversar sobre isso!

Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Efésios 5:17

O trabalho é bom, benção e não uma maldição. O problema é quando colocamos o trabalho como a única coisa que devemos fazer. 

É importante saber que o descanso não é para os fracos ou para os mortos, o descanso é para os homens e foi o próprio Deus que estipulou isso. Portanto,  o descanso não deve vir com o sentimento de perda. 

Nosso tempo não é infinito nessa terra, por isso é importante aproveitarmos ele da melhor forma e da maneira que agrade ao Senhor. 

Usando o tempo de maneira sábia

Os tolos são os que vivem de qualquer maneira, não devemos ser assim. Devemos aprender a remir nosso tempo, usá-lo de forma sábia, porque os dias são maus. 

Shabbat é um tempo de descanso 

O princípio de descanso está presente na bíblia desde a criação do mundo 

Deus não descansou por estar cansado, Ele é todo poderoso, não precisa descansar. Ele estava nos ensinando um princípio. 

Descanso não é sobre preguiça. 

Deus não nos criou para sermos preguiçosos e ociosos, provérbios nos ensina muito a respeito disso. Mas não podemos negar que é necessário tempo de descanso. 

A falta de descanso pode indicar nossa falta de confiança em Deus. Por acharmos que temos o controle de tudo, pensamos que quando não estamos trabalhando, estamos perdendo. Não acreditamos que Deus está cuidando de nós. 

O homem precisa do descanso e entender que ele não é o Senhor da sua própria vida.  Se vivemos de uma forma que não conseguimos descansar, temos vivido como escravos.

Nosso sucesso não vem da nossa produção e daquilo que podemos fazer. Podemos ser ativistas dentro da igreja e não agradar a Deus com a nossa vida. 

Além disso, a maneira como gastamos nosso tempo, demonstra quem o nosso coração adora. Por isso, devemos refletir sobre as nossas atividades e discernir sobre como as exercermos.

Assim, neste início de ano reflita mais sobre o descanso e coloque como prioridade em sua rotina. Afinal, isso é um princípio o Senhor

Certa vez algo surpreendente aconteceu. Era essa mesma época do ano, estava no quintal da casa de minha avó quando reparei que estava nascendo um broto em uma antiga goiabeira que já não dava mais frutos. Achei aquela cena bastante simbólica, já que aquele ano tinha sido bastante difícil. 

E agora, mais um fim de ano, bastante difícil para todos nós, me lembrei novamente da cena da goiabeira e um versículo saltou em minha mente: 

“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”  Ef 2:4-6

Mas Deus

O que chamou minha atenção foi a palavra “mas”. Ao longo de toda a História o Senhor sempre agiu na humanidade com o seu “mas”.  Uma demonstração da sua infinita bondade, justiça e misericórdia conosco, o Seu povo. 

Ele sempre fez e faz brotar beleza e vida de lugares inusitados. Vemos isto em muitas passagens bíblicas. Por exemplo, quando Agar e o seu filho Ismael estavam no deserto de Berseba e a água havia acabado. Eles já estavam em uma situação terrível, quando Agar clamou ao Senhor por água. Milagrosamente um poço apareceu em sua frente. 

Além disso, vemos as inúmeras vezes que o povo de Israel estava no deserto com fome e o Senhor proveu alimento. Quando achavam que iam perecer, o Senhor intervinha. 

Recebemos o maior milagre que foi o sacrifício de Jesus na Cruz. A Queda no Éden parecia o fim para toda humanidade, mas não era. O Senhor proveu um cordeiro. Este cordeiro já havia sido morto desde a fundação do mundo (Ap. 13:8). Afinal de contas, o Senhor não é surpreendido. Nada é inesperado para Ele. Nós é que nos surpreendemos com o curso da História. Assim, o Senhor permanece imutável, sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder. 

Ancorados em Cristo

Então, neste fim de ano podemos nos apegar no Senhor que sustenta todas as coisas; Naquele que age em toda a realidade e está liderando as nossas vidas. Podemos descansar  nas verdades da Sua Palavra.

Por mais que o futuro e o próximo ano possam gerar ansiedade e medo, temos o Bom Pastor que conhece todas as coisas e épocas.  

Para nós, cristãos, quando dizemos sobre ter esperança no futuro não é algo místico e tampouco uma positividade que é vendida nas redes sociais. A esperança para a fé cristã é o próprio Jesus. Estamos ancorados Nele. Temos acesso às suas Palavras de vida eterna que fortalecem o nosso interior, nos guiam e ajudam a passar pelos vales e dificuldades.  

Lembretes para o próximo ano

Em 2022 se apegue e confie nas Palavras de vida eterna. Confie na liderança do bom Pastor, por mais que possa parecer confuso e sem sentido as circunstâncias de nossa vida. Lembre-se que Ele é rico em misericórdia e cheio de bondade. Esses são os seus atributos. Além disso, descanse Naquele que pode mudar realidades, abrir caminhos no deserto,  rios no ermo e até mesmo fazer brotar novos frutos de uma árvore – aparentemente – sem vida. 

Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Isaías 40:28-31

Obrigada por acompanhar o blog fhop durante este ano. Esperamos que Ele tenha edificado sua fé e encorajado você a permanecer ancorado em Jesus.

Feliz 2022,

Deus te abençoe! 

++leia mais sobre vida de oração

Existe uma história por trás do Natal que responde a pergunta: Por que Jesus teve que vir?

Essa deveria ser a base da nossa fé em Cristo, mas confesso que muitas vezes demorei a pensar na resposta. É uma longa e profunda história, então vamos dividir em partes. 

A narrativa Bíblica inteira caminhou para o dia em que um menino nasceu em Belém. Mas por que ele era esperado? Por que Jesus teve que tomar forma de homem? O que trouxe o criador para dentro da sua criação?

A grande história de Deus tem basicamente quatro partes: criação – queda – redenção – consumação. Isso você precisa ter vivo na sua mente. Todos esses trechos da grande história são cercados pela verdade de que: “Deus amou o mundo de tal maneira…”

  1. DEUS CRIOU

Primeiramente, a Trindade em transbordante amor e plenitude cria o mundo, pelo poder de sua palavra, todas as coisas no céu, na terra e debaixo da terra vieram a existir. No sexto dia de criação eles decidem:

– “Façamos o homem, à nossa imagem e semelhança”. E assim o homem e a mulher foram feitos (Gn 1:26-27). 

Assim, sua missão era cultivar e guardar aquele jardim que foram colocados. A criação estava sob seu domínio e lhes foram ordenados que sujeitassem a terra e a povoassem. Uma única ordem negativa lhes foi dada: -”comam de tudo o que  a terra dá, menos de uma, a árvore que está no centro do jardim.” O comer desse fruto proibido os daria o conhecimento do bem e do mal.  

     2. O HOMEM CAIU

Porém, posteriormente, no capítulo 3 de Gênesis um novo capítulo da História se inicia. A única coisa que o homem e  mulher não poderiam fazer, isto eles fizeram: comeram do fruto da árvore que estava no centro do jardim. Caíram na tentação de querer ser como Deus; na prepotência de desejaram serem senhores da sua própria história. 

Então, ali o pecado entrou no mundo e com o pecado a morte. A imagem de Deus no homem foi deformada, adulterada e agora uma outra natureza lutava para ser atendida dentro deles. A história de toda a humanidade foi redirecionada naquele dia. Eis agora o nosso grande problema: “todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus”.

O grande problema da humanidade

Primeiramente, para entendermos a seriedade da vinda de Jesus precisamos estar conscientes do estrago que o pecado causou. O Deus Criador, criou o universo em um design perfeito e inclinado ao lugar certo: Ele mesmo. O homem foi criado com anseios que encontravam resposta plena unicamente em Deus, como a chave certa para abrir uma fechadura. Mas o pecado tirou o cosmo inteiro do seu eixo. Os anseios continuaram os mesmo, mas outra coisa fora de Deus começou a ser cogitada. 

Qual o problema do mundo? O pecado. 

Por que? Por causa dele, Deus não é adorado como deveria, a criação feita para sua glória não exerce essa função e pior ainda, adora outras coisas criadas. Se Deus não é o centro tudo está desalinhado

O que isso causa? A autodestruição da humanidade pela própria humanidade e desperta ira de Deus. 

     3. DEUS DESEJOU A REDENÇÃO QUE CARECEMOS

O pecado não é o fim da história

Todavia, por mais trágico que seja a história até aqui,  o pecado não foi o fim da história. No mesmo capítulo de Gênesis, onde a queda é relatada, uma promessa é revelada: 

“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gn 3:15)

Aqui a esperança brilha. Esse versículo é considerado um de proto-Evangelho, porque é a primeira declaração da intenção redentora de Deus após a queda. A semente de Eva (um descendente, um filho), iria pisar e derrotar a serpente que o haviam persuadido a pecar, esse descendente seria ferido, mas não derrotado. 

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16

Essa é uma promessa Messiânica! Desde Gênesis 3 o Natal é aguardado. O nascimento de Jesus é uma promessa de redenção cósmica. Naquele bebezinho em um estábulo de Belém, era o Filho de Deus e nele repousava a missão de tomar para Deus o que lhe era por direito. Ele era capaz de resgatar toda a criação, preencher o abismo que separava o homem de Deus, absorver o juízo de Deus num madeiro para perdão dos pecados e por fim restaurar a criação à comunhão perdida no Éden. 

  1. NO SEGUNDO ADÃO ESTÁ A CONSUMAÇÃO DA REDENÇÃO

Certamente, era necessário redimir a história. Isso significa fazer todas as coisas convergirem na Divindade outra vez, assim como elas foram criadas para ser (Efésios 1:10). E todas as gerações após Adão e Eva aguardavam a semente; só o próprio Deus poderia absorver toda a ira de Deus contra o pecado do mundo nele mesmo. 

De maneira crucial, o Apóstolo Paulo chama Jesus de segundo Adão (1 Co 15:45-49). O primeiro Adão (isso inclui toda a humanidade) caiu, pecou, se rebelou e não deu a Deus a glória que lhe era devida. O segundo Adão veio em missão de redenção, para apontar para o mundo o Pai, a sua origem, existência e alvo final. Ele veio para mostrar o que deveríamos ser e o que ainda seremos. 

Por isso, ele precisava vir como homem para mostrar ao homem como ser homem. Mas também precisava ser Deus, porque só Deus poderia gerar uma redenção nessa proporção de uma vez por todas. 

POR FIM

Por fim, a vinda de Jesus a Terra se resume em – Redenção – e nesse contexto essa palavra é sinônimo de fazer novas todas as coisas, acabar com governo do pecado, restaurar a imagem de Cristo em nós e derrotar a morte. Ou seja, fazer com que todo o cosmo volte a operar como foi criado para operar e assim Deus seja plenamente glorificado em tudo. O Natal é o nascimento da nossa redenção

Assim, vale ressaltar também que a vinda de Jesus tem como desfecho final a sua segunda vinda. E o natal também nos lembra que a obra de redenção inaugurada naquela manjedoura em Belém terá um fim glorioso na nova Jerusalém. A semente prometida esmagará a serpente e colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés, e o último deles é a morte.

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Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Romanos 8:32

A vida é feita de transições. E se não soubermos lidar com isso, não saberemos lidar com a vida. Mudanças trazem o novo, desconhecido e incerto. E devemos ter total confiança Nele durante essas transições.

Muitas vezes, não queremos confiar em Deus, e sim na nossa vontade. Pois o desconhecido nos paralisa e nos deixa ansiosos. Por isso, a estratégia para transições é confiar no Senhor, fixar os olhos Nele.

2 Coríntios 2:5 – Paulo escolheu fazer-se fraco, apresentando Jesus aos Coríntios para
que Ele agisse no meio deles.

Apoiados na força do Senhor

Transição tem a ver com realizar a boa obra, segundo a vontade de Deus. Assim, Deus permite situações, para que o agir Dele prevaleça e Ele nos mostre que não é na nossa força, e sim por meio e estratégia Dele.

Deus permite transições para que os nossos olhos não fiquem por muito tempo nos homens, e sim Nele.

E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. Juízes 7:2

Gideão era estrategista de guerra, e pensou que tudo estava sob seu controle. Deus não permitiu que o exército completo fosse à guerra, pois Israel pensaria que a vitória foi por força deles, e não de Deus. Gideão recebeu uma estratégia sobrenatural de Deus e precisou confiar nisso.

Devemos lembrar que no final do dia, o Senhor dos Exércitos é Ele, a glória é somente Dele. Os pensamentos Dele são sempre maiores que os nossos. Se individualmente permanecermos Nele, então corporativamente estaremos Nele também.

Deus é o Senhor das transições

Assim, não devemos temer transições e o desconhecido. Porque é Jesus que edifica a igreja, e vai continuar edificando.

Sobre nós está a responsabilidade de discipular homens que se pareçam com Ele. O apóstolo Paulo pregava com eloquência, mas se Deus, que era o fator decisivo, não fosse a experiência real, a casa não seria edificada.

Em Mateus 16, Jesus disse que Ele edificaria sua igreja, abrindo o caminho de volta ao Pai.

Hebreus 3:6 – “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se
tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”.

Assim, fazemos parte de uma noiva que está sendo preparada por Jesus em meio à transições. Somos cooperadores da obra! Nos momentos de mudança, devemos voltar os nossos olhos para Deus, pois Ele está liderando a igreja.

Podemos mudar a Deus através da intercessão? Por que devemos orar a um Deus soberano que já conhece todas as nossas necessidades? Quem é chamado à intercessão? Em favor de quem devemos interceder?

Conhecer a Deus implica também em vivermos de acordo com a sua vontade. Em nenhum momento, a soberania divina exclui a responsabilidade humana. Por isso conheceremos o chamado que o Senhor deu a todos os seus filhos de intercederem.

 

A soberania de Deus e o chamado à intercessão

Deus é soberano. Ele faz todas as coisas segundo o seu propósito e vontade. Quando Deus fala e age na História, nada nem ninguém é capaz de resistir à sua voz. As superpotências mundiais são extremamente pequenas diante de sua glória e majestade. Não há outro que possa ser comparado ao Deus Todo-Poderoso.

Porém, como Hernandes Dias Lopes afirma, “o próprio Deus Todo-Poderoso, assentado no trono, revestido de glória e majestade, também determinou agir em resposta às orações de seu povo.” Por isso, a soberania de Deus não exclui a nossa responsabilidade como intercessores.

A intercessão é um instrumento para moldar o nosso coração diante das circunstâncias.  E para Deus agir no mundo em resposta às nossas petições, assim como Ele mesmo agiu na Bíblia em resposta às intercessões de seu povo. Deus decidiu nos incluir em seus planos e nos permitiu ser cooperadores em sua grande obra.

 

Todos nós somos chamados à intercessão, porque buscamos em nosso Pai Celestial tudo o que precisamos. 

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. 8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Mateus 7:7-8

 

Devemos buscar nas coisas celestiais e na vontade divina a motivação para que o nosso agir seja como de filhos de Deus, porque: “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1.12

 

Os intercessores

Em vários momentos na história, os intercessores aprenderam a serem fiéis a Deus mesmo não presenciando seus pedidos serem realizados em vida. Hoje, nós somos chamados a interceder, não para mudarmos a Deus, mas confiarmos em seu caráter, orarmos a sua palavra e crermos que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Agostinho disse que “a verdadeira e completa oração não é outra coisa senão o amor”. John Wesley também afirmava que tudo o que Deus faz, Ele o faz em resposta às orações de seu povo.

Deus atendeu o pedido de Israel diversas vezes quando este estava em aflição ou sofria escravidão diante de um imperador opressor. Quando o povo clamou ao Senhor, pois estava debaixo do poder de faraó no Egito, como registrado no livro de Êxodo, Deus ouviu e atendeu o seu clamor. 

Já em outro momento, quando, no livro de Ezequiel, Deus procurou alguém que se colocasse em favor da nação, mas não houve ninguém, o povo foi entregue ao cativeiro.

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18

Temos testemunhas fiéis em toda a história capazes de edificar a nossa fé. Hoje, porém, o bastão está em nossas mãos. Quem se levantará para interceder e edificar a próxima geração? A intercessão é o instrumento que utilizamos para nos relacionarmos com aquele que é soberano e que deseja responder às nossas orações.

Mas os desejos do nosso coração precisam estar alinhados à sua palavra. Precisamos crescer em amor a  Deus, a sua palavra e as pessoas, a ponto de inclusive intercedermos pelos nossos inimigos.

Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Mateus 5:44

 

Como devemos interceder?

A intercessão não funciona como mágica. Ela é um instrumento de Deus para moldar o nosso coração à medida da vontade de Deus, através da poderosa obra do Espírito Santo em nossas vidas.

Enquanto oramos somos transformados. Não temos o poder de mudar a Deus, mas o propósito é que confiemos em seu caráter, orando a sua palavra e crendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu. 

  • Precisamos orar a palavra de Deus aplicando-a em nossas petições (Colossenses 3.16-17)
  • Precisamos buscar o Senhor no lugar secreto (Mateus 6.6)