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Sobre o autor

Angela Tartas

Angela Tartas é uma escritora apaixonada pelas escrituras. Dessa paixão, surgiu a vontade de dedicar parte do seu tempo ao estudo da Palavra. Ela foi aluna da nossa escola de teologia e ministério (ETM) e continua sua busca por mais conhecimento sobre o Eterno.

Esperar em Deus. O que, de fato estamos esperando em Deus? Quando dizemos isso, será que estamos pensando sobre respostas de orações, desejos, e que Deus realize nossos sonhos e vontades? Não estou dizendo que Ele não o faça, Ele é o Emanuel sim, Ele é um Deus presente e pessoal. Mas quero te ajudar a mudar a perspectiva  dessa espera hoje.

Sim, existe mais, existe uma obra sendo realizada, apesar de nós e além de nós. Deus, em toda narrativa Bíblica, nos deixa claro que existe uma história com começo – Criação – existe um meio –  Queda e Redenção – e existe um fim – Consumação. Então, o que realmente vale a pena esperar em Deus? Esperar essa obra se completar, confiantes em um Deus Criador, que está sustentando Tudo conforme seus propósitos. E que, por sua infinita graça, nos permite ser participantes.

Entendendo a narrativa da espera 

Primordialmente, o início dessa história, a Criação, nos mostra que Deus não fez separação, mas que tudo que Ele criou era bom. Em Gênesis 1, conhecemos sobre um Deus único e ali vemos que tudo é obra de suas mãos. Ele dá origem à criação ex nihilo, “a partir do nada”. Mostrando assim uma fundamental distinção entre Criador e criação. Logo, apreciar as coisas da terra é um exercício espiritual onde, através da visão cristã, desfrutamos dessas coisas sem as idolatrar. Há bondade de Deus ao desfrutarmos da vida. Somos mordomos de Deus, não com a ausência Dele, mas sim em constante comunhão com Ele. Assim, temos a criação como dádivas vindas Dele que devemos responder em amor, gratidão e alegria. (Gênesis  2:15)

Semelhantemente, o meio dessa história, onde estamos atualmente, é também onde ainda sofremos pelos efeitos que a Queda causou não só aos homens, mas também sobre toda a realidade criada. Ao lermos Gênesis do capítulo 3 ao 11, vemos como o mundo tornou-se tão rapidamente sombrio como resultado do pecado de Adão e Eva. Temos a tendência em diminuir o alcance que o pecado tem. Mas ele contamina e desfigura cada milímetro da criação. O pecado é a nossa recusa em reconhecer a bondade e o amor de Deus. Somos nós dizendo que sabemos o que é melhor para nós mesmos. Mas, graças a Deus, nós também hoje experimentamos da Redenção, que é a obra de Cristo na nossa salvação. A centralidade de Jesus na Redenção é contínua, pois estamos sendo transformados e santificados. Estamos vivendo o “já” da redenção, pois Cristo já morreu e ressuscitou, mas “ainda não” estamos totalmente redimidos. Há um processo, uma jornada que nos levará ao final, ao Grande Dia da Consumação.

Existe fé ao esperar em Deus

Bom, esse é o ponto que quero trazer a sua memória, para que entenda que é para esse dia que vivemos. Nossa fé nos manterá até esse dia. Por isso, esperamos  em Deus. Pois sabemos que Ele é o único governo confiável, e Ele tem sido imutável de geração em geração. Ele pretende retomar nada menos que a criação inteira, o mundo inteiro como seu reino.

Por certo, as Escrituras nos deixam claro que a redenção não diz respeito só a pessoas isoladas, mas ela abrange também a criação não humana. Veja o que Paulo disse: “Porque foi da vontade de Deus que nele habitasse toda a plenitude e, havendo feito paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão no céu”.    ( Colossenses  1:19-20). A ressurreição de Jesus foi o Alvorecer da era vindoura em que Deus transformará todo o cosmo. Nele, iniciou o domínio de Deus sobre toda a criação.

Por isso, sim, confie nEle sobre suas questões pessoais, mas também amplie seu conhecimento sobre o que Deus está fazendo, além de nós, Ele é maior e muito mais poderoso. Nós experimentamos a salvação de modo concreto na obra presente do Espírito Santo. Saber e buscar conhecer o todo, traz a nós, meros mortais, uma fé inabalável, uma confiança não vacilante de que Ele está não só no controle de nossas vidas, mas também no controle de TUDO.

Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus, para o louvor da sua glória”. (Efésios 1:13-14.)

O reino de Deus é eterno e Ele é imutável. Pense um pouco sobre essa frase. Entender e saber disso nos traz segurança e paz. Então, primeiramente, vamos entender como esse aspecto de providência de Deus acontece.

Para proclamar aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e o glorioso esplendor do teu reino. O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações.(Salmos 145: 12-13)

Deus, o Filho e o Espírito governam juntos 

Deus, como eterno e imutável Criador de todas as coisas, é também Aquele que sustenta, rege, governa e preserva sua criação. Por isso, pensar em providência divina é pensar na ação contínua de Deus através da qual Ele preserva a sua criação, conduzindo-a aos propósitos reservados para ela.

Contudo, não estamos falando só de Deus Pai mas também do Filho e do Espírito, ou seja, da Trindade em si, conforme todo o capítulo 1 de Colossenses ou então como Hebreus 1:3 diz que o Filho é o esplendor da glória do Pai e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Jesus sempre foi Deus (Jo 1:1; Cl 1:15; Hb 1:15) e Ele sempre possuiu toda glória e louvor no céu, assim como o Pai e o Espírito Santo, Ele sempre reinou sobre o universo. Para compreendermos melhor isso. Vamos ler essa citação de F.F. Bruce:

“Não existe a questão de Cristo tentar arrebatar, ou apoderar-se da igualdade com Deus: ele é igual a Deus, porque o fato de ele ser igual a Deus não é usurpação; Cristo é Deus em sua natureza. Tampouco existe a questão de Cristo tentar reter essa igualdade pela força. A questão fundamental é, antes, que Cristo não usou sua igualdade com Deus como desculpa para auto-afirmação, ou autopromoção; ao contrário, ele a usou como ocasião para renunciar a todas as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como oportunidade para auto-empobrecimento e auto-sacrifício sem reservas.”

Então, quando falarmos sobre Deus, pense na ação da Trindade.

Deus tem decretos para a sua criação, ele tem o plano da redenção, cada coisa vai acontecer para o seu propósito,  por isso é imutável. Ele mantém tudo existindo e funcionando. Cristo por meio da sua palavra está sustentando todas as coisas. (Cl 1:17 e Hb 1:3) .

Deus preserva Seu reino eterno

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?” Mateus 6:26-30

Portanto, ao lemos essa passagem, vemos como Deus sustenta e preserva Toda a criação, a natureza e  principalmente as nossas vidas.

Sendo assim, Deus está nos preservando à Vontade Dele. Acordamos e dormimos porque Ele está nos guardando. Esse é o governo Eterno Dele, ele está dirigindo toda história. “O reino de Deus e a Sua justiça” faz provisão para cada detalhe de nossas vidas (Mt. 6:31-33). Nossa confiança e chamado está incluído no cântico maravilhoso, que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15).

Vamos ver alguns exemplos:

“Deus governa a natureza para seu propósito;” Salmos 135:6-7

“Ele controla as estações da natureza mas também os reis e o rumo das nações. Está sob seu controle os reinos da terra;” Daniel 2:21

“Deus afirma que Ele fará tudo o que lhe agrada, seu plano será cumprido. Ele chamará tanto a natureza, ao citar a ave de rapina, quanto o homem. Esse versículo nos mostra como Deus é fiel em sua palavra.” Isaías 46: 10-11

Seguros  em um Deus eterno e imutável

Dessa forma, ao pensarmos que os reinos vêm e vão, e que poderes caem, que o governo Dele nunca passará e nem mudará, torna nossas vidas seguras. E Ele é bom em seu governo. Deus é soberano e imutável, não está abaixo de leis e normas, Ele faz o que quer. Por isso podemos confiar e nos submeter a Ele. Pois é imutável, eterno e constante. Nele está toda a segurança que tanto buscamos para as nossas vidas. Creia que Deus está cuidando e preservando sua vida, para Os propósitos Dele.

Nesse sentido, Paulo ensina: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés”, concluindo com a derrota da própria morte na ressurreição geral (1Co. 15:25- 26). Todas que se opuserem, serão sobrepujados pelo Rei. Jesus Cristo ensinou Seus discípulos a orar: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt. 6:10). Essa oração é uma lembrança contínua a nós que a vinda do reino significa fazer a vontade de Deus, e que o reinado de Cristo (Seu reino) por meio da nossa obediência chega precisamente aqui sobre a terra. O Salvador ressurreto e vitorioso disse de Si mesmo: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt. 28:18).

Por fim, saber que Ele é um rei Eterno nos faz caminhar confiante de que nEle nós veremos o cumprir de todas as suas palavras, pois Ele é fiel e imutável.

“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tiago 1:17

 

Você já pensou sobre ouvir o som da voz de Jesus? Eu já. Ao som da voz dEle, ouvi A verdade. E quero  conversar com você sobre isso. Mas, também quero falar sobre outras vozes que ouvimos.

Sabe aquelas mentiras que passamos quase que a vida inteira ouvindo?  Essas que entram tanto em nossa mente e que viram nossas próprias mentiras? Não é à toa que lemos no Salmos 120 o salmista dizendo: “Senhor, livra-me dos lábios mentirosos”. E aqui, quando ele diz: “lábios mentirosos”, quer, de fato, dizer que haviam pessoas falando falsas coisas contra ele. E como isso faz mal, não é mesmo?

Assim, como o salmista relata, essas situações nos causam angústias e todos nós passamos por isso. Quantas vezes chegamos a crer nessas mentiras como se fossem verdades sobre nós. Mas, como conseguir sair dessa prisão? A Bíblia diz em João 8: 32:

E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará…

Essa verdade está expressa na Palavra de Deus

Quero seguramente te dizer, que sim, essa verdade nos liberta. Jesus disse que Ele é o Caminho,ou seja, não há muitos caminhos para Deus, Ele disse que é a verdade – a verdade não é relativa ou mutável. Há somente um ser eterno que é a verdade, o Novo Testamento identifica Cristo como esse logos. E Ele também disse que é a vida – todas as outras opções levam então, a butik morte. E conhecê-lo fará você adquirir  os  tesouros eternos que estamos juntando nesta Era. Sim, a vida eterna é conhecê-lo.

E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste. João 17:3: 

Ouse ouvir o som da voz Dele por meio das escrituras e deixe essa verdade sobre quem Ele é transformar sua forma de pensar e de viver . Qual a melhor maneira de sermos livres, se não O conhecendo por meio das Escrituras? E aqui, eu quero te incentivar a estudar, ler e interpretar a Bíblia. Ela  não é um livro onde você vai ler de vez em quando. É um livro que você lerá a vida inteira.

Crescendo na verdade em humildade

O conhecimento implica em nosso crescimento espiritual.  E precisa estar acompanhado de humildade e obediência, como diz Tiago:

Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar (Tiago 1.22-25).

Assim, à medida que lemos e estudamos com entendimento e humildade as Escrituras, vemos como ela é uma expressão da mente de Deus, ela nos conduz ao pensamento de Deus e a  pessoa de Cristo. Pois Jesus é Tudo o que precisamos. Deixe a verdade sobre Ele, trazer luz a quem você é. Assim você verá o medo sendo dissipado e dando lugar a segurança da promessa de adoção encontrada em sua  Palavra.(Romanos 8:15-16).

Agora reflita comigo: Se Cristo é a verdade que nos liberta, Ele está nos libertando do quê exatamente? Bom, se pensarmos que sem Ele, sem a verdade sobre O Filho de Deus, descrita na palavra, nós estaríamos mortos em nossos medos, inseguranças, no nosso ódio,  inveja e desavenças. Concorda? Os corações que não estão cheios do amor de Deus, permanecem nessa morte e desespero. Assim como nós, antes de sermos cercados por tão grande revelação de sua graça, por meio de Jesus Cristo. Agora somos cobertos por essa tão grande graça.

Agora sim, podemos ouvir o som da Sua Voz

Sendo assim, ao lermos as Escrituras somos abertos ao Espírito Santo, pois  Ele nos ensinará todas as coisas. Por isso, precisamos estar sempre em oração, para que a verdade contida nas Escrituras transforme nossa mente e coração a fim de sermos libertos, de não mais dar ouvidos a outras vozes cheias de mentiras.

Ore pedindo ajuda e a assistência do Espírito Santo para trazer por completo diante de sua mente e sua vida a verdade sobre Jesus, expressa na Bíblia. Talvez ao meditar sobre algum texto, você queira transformá-lo em uma oração ou uma canção. Assim a palavra de Deus falará dentro de você, não apenas com você, e assim fé crescerá em seu interior.

Portanto, não se apresse quando estiveres nessa jornada. Deixe cada etapa desse crescimento forjar em você a verdade do Filho de Deus. Essa é a voz que você precisa ouvir. Quando nossa mente entra em acordo com a verdade expressa no texto que estamos meditando, podemos entender e conhecer como Deus fala ainda hoje com seus filhos. É por essa voz que ele revela os segredos mais profundos dos nossos corações. Nenhuma outra voz vai tão profundo quanto a voz de Deus que podemos ouvir pelas Escrituras.

Desvenda os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da tua lei (Sl 119:18).

Em tudo dai graças

Por isso hoje, quero te fazer levantar os olhos ao céu e agradecer a Deus por essa tão grande maravilha que é podermos através da Bíblia:ouvir o som da voz de Deus, de Jesus com maior força, maior glória, maior certeza, maior doçura, maior esperança, maior orientação, maior poder transformador e maior verdade do que se pode ser ouvida em qualquer voz humana no mundo, fora da Bíblia. Podemos receber essa verdade e entregar todos os nossos medos, problemas, argumentos e tensões de nossas vidas a Deus. Confiando nele para obter um resultado que mostrará a todos que estão observando que o Senhor cuida daqueles que confiam nele e os faz livre, para viveram em verdade.

Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. João 17:17.

Você considera seu tempo sagrado? Hoje eu quero refletir junto com você sobre o tempo. É engraçado como cada pessoa  cuida de forma diferente desse “tempo”. Como estamos vivendo nossos dias? Qual data é tão esperada por nós? O que estamos esperando? 

Os mais atarefados vão circular em seus calendários e agendas as datas de reuniões importantes. Os que gostam de viagens vão circular os dias de suas férias. Os mais familiares vão circular em seus calendários as datas de aniversários. E isso mostrará o valor que o tempo tem a cada um de nós.

É importante notarmos também, que às vezes temos a sensação de que o tempo parou. Fazemos as mesmas coisas ano após ano, dia após dia. Como C. S. Lewis disse: “Não é engraçado como dia após dia nada muda, mas quando olhamos para trás, tudo está diferente?” Intrigante não é mesmo? Esses detalhes são importantes para analisarmos como essas coisas rotineiras são o quê de fato estão definindo o que nos tornaremos em breve. Consegue perceber?

Enxergando o comum como um tempo sagrado

Portanto, cada dia, por mais comum que pareça, é carregado de sentido. E se todo o nosso tempo fosse sagrado? Temos a ideia de que sagrado é somente o tempo que temos lá no culto ou nas reuniões que fazemos em casas com os grupos das nossas igrejas. Mas, e todo o restante dos nossos dias da semana?

Eu sei que é difícil ver como sagrado as coisas dos nossos cotidianos, tais como: dormir, arrumar a cama, escovar os dentes, nos alimentarmos, participar de reuniões no escritório, visitar clientes, ficar preso no trânsito, enfrentar ônibus lotados, levar as crianças na escola, ir para faculdade, lavar roupas, tomar banho e por aí vai…

E se Deus se importasse por cada uma dessas tarefas? Será que nós não mudaríamos nossa percepção a tal ponto de não mais deixarmos para o final da noite, nas nossas últimas forças, o tempo da oração?

É involuntário, eu sei, mas talvez nós pensamos no nosso inconsciente que o processo da santificação só acontece nos momentos de jejum ou de adoração nos cultos. Mas o processo de santificação durará nossa vida inteira, e isso inclui nosso tempo nas atividades do nosso cotidiano ( II Cor. 3:18). Não devemos desconectar do nosso dia a dia o processo de transformação que Deus está operando em nós. Que por sinal é onde mais gastamos o nosso tempo: nas atividades cotidianas.

Estamos sendo moldados

Ademais, perceba que muitas vezes nós não nos sentimos tão produtivos assim, por vezes é tão difícil levantar e sair da cama! Estamos cansados e é normal, pois nem todos os dias são iguais. Não são todos os dias que queremos acordar cedo, que queremos resolver conflitos no trabalho. Mas são nessas disciplinas calmas e repetitivas do dia a dia que a vida do cristão deve ser pautada. Observe como o fato de precisarmos cuidar do nosso corpo, por exemplo, nos alimentar e descansar, demonstra nossa finitude. Precisamos de um cuidado diário. É como um reflexo de nossa fé, de como somos dependentes em nossa obediência diária a Deus, momento a momento. Somos moldados pelo que fazemos diariamente. 

Jesus viveu uma vida cotidiana

Agora perceba algo interessante: pouco sabemos do que Jesus fez em 30 anos. Sem dúvidas, ele viveu nesse tempo uma vida cotidiana. Jesus trabalhou como carpinteiro, que sabemos que ele foi. Então nós vemos que o trabalho diário tem seu valor em nosso processo de transformação, ele é santificado e consagrado. Se Jesus passou a maior parte de sua vida de forma cotidiana, fazendo o que achamos comum como dormir, comer, tomar banho, bocejar, acordar de bom ou de mau humor, então há de se observar que a vida toda está sob o senhorio Dele.

Não há atividades rotineiras pequenas demais que não possam refletir a glória de Deus. Vale ressaltar que quando Jesus foi batizado e Deus declarou seu amor sobre Ele, Jesus ainda estava no anonimato. Ele não havia feitos grandes milagres e nem tinha ainda sido tentado no deserto. Mas a identidade Dele foi dita: “És meu filho amado”. Em seguida, uma voz dos céus disse: “Este é meu Filho amado, em quem muito me agrado”. Mateus 3:17

O tempo é sagrado e o nosso cotidiano é importante

Afinal, não somos definidos primariamente pelo quão produtivos somos ou pelas nossas capacidades, por nosso estado civil, nem pelo nosso histórico de sucesso ou fracassos, mas pelo fato de sermos Selados no Espírito Santo e amados pelo Pai.

Se conseguirmos mudar nossa visão a respeito do nosso dia a dia, vendo–o como sagrado, e o quanto o “nosso tempo” aqui é importante para produzir em nós raízes profundas de transformação e santificação, aprenderemos a encontrar alegria e a rejeitar desesperos em momentos difíceis que já passamos ou que ainda passaremos.

Todavia, falamos que cremos na soberania de Deus, mas é necessário mais que isso. Precisamos viver a experiência das pequenas coisas de um longo dia comum. E, assim, viver cada momento do nosso dia se relacionando com Deus, pois Ele é o Emanuel, “O Deus Conosco”.  Mas como fazer isso sem ter a sensação de que estamos desperdiçando nosso tempo? Por meio da oração, aprenda a orar desde o acordar até se deitar para dormir. Faça da sua vida uma oração constante. 

Que Deus te abençoe!

 

|| Transições || Ninguém está preparado para elas, tanto os que vão, como os que ficam. Devíamos estar acostumados de que em nossa jornada muitos chegarão e muitos partirão.Mas a verdade é que nunca estaremos. Isso mostra nossa humanidade. Eu e você já passamos por isso e vamos passar ainda mais vezes. São ciclos que se encerram e nos trazem momentos de reflexão sobre os propósitos de nossas vidas. 

Sabe, Jesus antes de partir deu vários sinais e indicações aos discípulos de que Ele estava indo. Mesmo assim os seus discípulos sofreram

Então Jesus disse: Estarei convosco um pouco mais de tempo; depois irei para aquele que me enviou.  Vós me procurareis e não me achareis; e não podereis ir para o lugar onde estarei. João 7: 33.34

Imagine a insegurança que os discípulos sentiram. No lugar deles, nós sofreríamos também. Mas Jesus também disse que a sua partida traria benefícios a eles:

Todavia, digo-vos a verdade; é para o vosso benefício que eu vou. Se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for eu o enviarei.  E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. João 16: 7.8

Aqui nós vemos a fé entrando nos corações dos discípulos durante a jornada. Jesus disse que deixaria o Consolador que apontaria o caminho e que os  revelaria aquilo que eles precisariam saber para prosseguir.

O que podemos aprender com as transições

Em contrapartida, as transições nos fazem refletir sobre nossas inseguranças. Sim, porque às vezes nos apegamos tanto às pessoas ou situações e esquecemos que nosso porto seguro é o Senhor. E é nesses momentos que voltamos nosso olhar Àquele que começou a boa obra em nós, e nos lembramos que cada um tem seu propósito nessa jornada cristã. Durante a nossa jornada, até o retorno de Jesus, nós seremos provados em cada etapa. No nosso amor pelo Senhor e naquilo que Ele nos chamou para fazer.

Podemos ver em toda história isso acontecendo: na vida de Moisés e Josué, Davi, Paulo, Pedro. Esses homens de Deus eram a segurança do seu povo e por vezes o Senhor os transicionou. A insegurança nos mostra que estávamos confiando em algo que não era o Senhor. É Dele que vem a voz e a direção que precisamos. É claro que precisamos uns dos outros, mas por que estamos onde estamos?

Ademais, quem muda muito, por falta de adaptação, não ouviu o chamado, pois o chamado não depende da adaptação, mas sim da confiança naquele que nos chamou. Sejamos fiéis a essa voz que nos chamou. Não queremos ser desses que se apavoram e se vão de um lado para o outro sem direção. 

Aprenda a celebrar

É engraçado como essas situações acontecem. Por isso te encorajo a Celebrar. Sim! Celebre partidas e Celebre chegadas. Chore sim com os que vão, sinta saudades, deixe essa dor sair de você, mas depois Celebre o período de mudança, do novo de quem está transicionando. E a alegria de quem chegará e de novas amizades, novas histórias.

 Mas e se você for o que sempre fica? Aquele que sempre vê pessoas indo embora e pessoas chegando? Celebre também, não há algo mais lindo do que oportunidades de relacionamentos e possibilidades de ter amigos por todos os lugares. Faça pontes e conexões. Pois, mais transições virão e isso nos provará nossa fidelidade ao Senhor.

Por fim, minha oração é para que Deus traga luz e nos mostre o caminho. Que Ele nos anime, mesmo em meio às incertezas Ele nos mostre onde está o nosso coração e nos alinhe para irmos aonde Ele quer nos conduzir, pela Sua graça. Que possamos crescer no conhecimento desse Deus que está conduzindo com toda maestria, todo esse movimento central para o retorno do Seu Filho Jesus. Que em meio a tudo isso, o Senhor seja Senhor sobre tudo em nossas vidas.

 

O Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe dentre os mortos  nosso Senhor Jesus Cristo, o grande pastor das ovelhas,
Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, realizando em nós o que perante ele é agradável,  por meio de  Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. Hebreus 13: 20 – 21.

 

Vamos falar sobre decepções? Esse é um assunto bem presente na minha atual situação. Claro que não é a primeira vez que me decepciono, mas parece que quanto mais o tempo passa, mais as decepções tomam proporções maiores. Ou é o fato da tal maturidade que nos faz ter expectativas maiores também. De qualquer forma, as decepções existem e nós precisamos lidar com  elas. Quantas vezes nos decepcionamos com pessoas, situações, mas principalmente com Deus? Você pode pensar agora: “Angela, não diz isso, que absurdo se decepcionar com Deus!” Eu reafirmo: Sim, nos decepcionamos com Deus, inclusive. E para mim essa é a pior decepção… 

Constantes expectativas frustradas

Sejamos sinceros, houveram momentos em nossas jornadas em que Jesus não nos tratou como esperávamos. Talvez nós até nem pedimos algo egoísta, pedimos apenas para Ele proteger alguém ou para curar quem amamos. Talvez oramos até para que Deus nos desse ânimo em algum momento difícil, mas o que recebemos foram as palavras das Escrituras. Sim, boas palavras inclusive, de conforto até mesmo, mas que por fim nos pareciam apenas palavras.

Por vezes esperamos algo mais concreto do Senhor, e assim, mesmo sem admitir, nos decepcionamos…

Vivemos em um mundo de expectativas irreais. Publicidades e propagandas prometendo absurdos, promessas vazias, sem compromissos, reafirmando nossa vida ordinária. E assim vamos nos acostumando, de decepção em decepção. Sem falar que isso entrou em nossas igrejas. Estão pregando sobre um cristianismo sem tristezas, nem dores, onde nada nos abala. Até o fato de falar em decepção já causa escândalo, imagina, Deus não decepciona ninguém. Ok, decepções estão presentes no nosso cotidiano, mas quando se trata de Deus, aí as coisas são diferentes. Sabemos que Deus não é homem para que minta e de fato, Deus não mente.

Todos experimentam decepções

Mas agora sejamos sinceros, sejamos racionais, você que é um cristão verdadeiro, já leu as escrituras, certo? Porque então nós acreditamos nesses que nos apresentam um cristianismo onde suas arestas cortantes foram polidas tornando-o mais “ameno”? 

O que diremos de Jó, cujo caminho foi fechado por Deus (Jó 19:8)? Você deve se lembrar que Jeremias que fora enganado e ridicularizado pelos propósitos de Deus (Jr 20:7), certo? O que dizer de Moisés? E o próprio Jesus, que em sua própria cidade foi questionado sobre seu poder, e essas pessoas de Nazaré ficaram decepcionadas com Jesus, claro, porque Ele curou a tantos em outras cidades e aqui na sua cidade Natal, não? Jesus não fez o que eles queriam. E quando em Cafarnaum a multidão o empurrava para que Ele caísse em um despenhadeiro (Lc 4:29)?

Veja como esses homens de Deus lidaram com essas decepções e situações. Faz parte da caminhada do cristão passar por isso, crescemos e amadurecemos em nosso relacionamento com Deus. Você percebe?

Confiando no caráter de Deus em meio às decepções 

Eu só posso te dizer baseado em minha experiência que, na verdade, temos dificuldades em admitir a Soberania de Deus. Pensamos que o fato de acharmos que o quê queremos ou precisamos é o que Deus tem que nos dar. Mas Deus não pode ser coagido a fazer o que queremos que Ele faça.

John Koessler disse: “A certeza de que Deus, mesmo quando parece não responder, está levando todas as coisas na direção de um fim inevitável, que glorificará a Cristo e santificará a igreja, é a âncora que nos mantém firmes durante a tempestade de dúvidas que nos assola. Essa âncora se mantém fincada enquanto esperamos passar nossas dificuldades.”

Esteja à disposição de Deus

Se tratando de Deus, estamos à sua inteira disposição, e não Ele à nossa. Isso não torna nossa fé fraca, na verdade nos dá coragem de falar francamente quando suplicamos a Deus.

Eu te encorajo, assim como eu tive que fazer, a dobrar seus joelhos diante de Cristo. Você pode se agarrar as decepções e deixar que elas enrolem seu coração como uma grande serpente, ou se agarrar a Cristo, submetendo ao poder da Cruz essas decepções. Somente assim poderemos lidar com as decepções e enquanto fazemos isso, nos rendemos ao controle de sua graça e firmamos nossa esperança. Jesus não nos oferece explicações, é verdade, mas Ele oferece a Si mesmo, algo muito melhor.

Aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda maldade e purificar para si um povo todo seu, consagrada às boas obras. Tito 2:13-14.

Você já parou para pensar que viver em comunhão é uma graça de Deus para nós? É um privilégio para nós, cristãos, podermos partilhar em uma comunidade, da comunhão com irmãos e da palavra de Deus. Há muitas pessoas no mundo que não possuem essa dádiva. Pense nos nossos irmãos missionários pelo mundo que estão hoje mesmo em culturas diferentes e com pessoas que não possuem a mesma fé que eles. Ou pessoas doentes que estão impossibilitadas de saírem dos hospitais, ou mesmo em quantas pessoas solitárias que existem. Quando pensamos assim, fica fácil identificar a comunhão como uma graça vinda de Deus. Mas, infelizmente, hoje temos também pessoas que não acham mais importante o viver em comunhão fazendo parte de uma comunidade, são os chamados “desigrejados”. 

Mas Deus nos criou para que nos relacionássemos, e isso faz parte dos mandatos criacionais que Ele nos deu. O Senhor nos fez para que tenhamos prazer nessa jornada em ajudar uns aos outros, para que nos fortalecêssemos uns aos outros nos ensinos das escrituras. Estar só não te fará cumprir seu papel nessa jornada, o de fazer parte da grande comissão. Entenda, não estou falando de solitude, mas de solidão. Sim, momentos de solitude nos fazem bem, o próprio Jesus se retirava para ficar a sós com Deus e orar. Mas a comunhão, os relacionamentos são essenciais para nosso crescimento e amadurecimento. 

Não caminhe sozinho

Andar sozinho e não congregar é uma afronta a Cruz de Cristo. Pois foi na Cruz que Jesus derrubou o muro que nos separava dos homens e de Deus. Cristo tornou-se o mediador e trouxe a paz com Deus e entre as pessoas.

E não somente pela nação, mas também para reunir como um só povo os filhos de Deus que estão dispersos. Jo 11:52. 

Pense agora sobre as cartas escritas por Paulo aos irmãos distantes, quão confortante foi para eles receberem as saudações escritas por Paulo. Que linda comunhão possuíam e isso os encorajava a prosseguir. É na comunhão que vamos receber pequenas medidas de graça para podermos continuar firmes. Às vezes pode ser em uma visita recebida, um convite para um café, nos momentos em nossas reuniões nas casas onde compartilhamos testemunhos, ou em oração em conjunto. Deus quis que procurássemos e achássemos sua palavra viva no testemunho de irmãos, na boca de uma pessoa. Por isso o cristão precisa de outro cristão que lhe diga a palavra de Deus, e necessita dele constantemente, quando a incerteza e o desânimo o cercam, pois não poderá ajudar a si mesmo sem ludibriar a verdade. 

Em Jesus aprendemos a nos relacionar

Somente por meio Jesus Cristo temos esse acesso uns aos outros, temos essa comunhão, estamos unidos firmes na fé. Devemos ser gratos por essa comunhão cristã que temos, por irmãos com quem compartilhamos a jornada. Embora pareçam pequenas essas dádivas, na verdade não são tão pequenas assim, por isso, cresçamos em gratidão a Deus por esse mimo do céu.

Mas não devemos ver a comunhão cristã como um ideal que devêssemos realizar. A comunhão é uma realidade espiritual, é uma graça de Deus, fundamentada em Jesus. Pois lembre-se: apenas em Jesus Cristo nós somos um, apenas por meio dele estamos unidos.

Como Jesus orou:

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.(João 17:20-23).

Logo, a comunhão espiritual é comunhão de pessoas chamadas por Cristo. Onde reina a palavra de Deus somente, todo o poder, honra e domínio estão entregues ao Espírito Santo. Onde amamos uns aos outros por amor a Cristo. Assim, não criamos dependências emocionais, não colocamos peso sobre o outro, apenas damos suporte e em tudo que falamos recomendamos uns aos outros a Cristo. Deixando assim, que Cristo haja nele, respeitando os limites um do outro. Sabemos que o caminho mais próximo ao irmão sempre passa através da oração a Cristo.

Podemos refletir com Dietrich Bonhoffer 

Dietrich Bonhoffer escreveu: “Por acaso não basta o que nos é dado; irmãos que em pecado e tribulação, ficam ao nosso lado sob sua bênção e graça? Ou a dádiva de Deus de uma comunhão cristã em algum dia, também nos dias difíceis e desventurados, será menos do que essa grandeza imensurável? Mesmo quando o pecado e desentendimento pesam sobre a comunhão, o irmão pecador não permanece sendo o irmão junto do qual estou colocado sob a palavra de Cristo? Seu pecado não se torna um motivo para renovadamente dar graças por podermos ambos viver sob o amor perdoador de Deus em Jesus Cristo?”.

A comunhão é uma graça de Deus

A comunhão é uma graça de Deus, é um presente de Deus, ao qual não temos direito, assim como a santificação, regeneração e graça. Só Deus conhece a situação de cada um. Por isso, o que parece pequeno para nós pode ser grande e maravilhoso para Deus. Não cabe a nós ficarmos medindo a vida espiritual de cada um, mas devemos pedir a Deus para fazer crescer nossa comunhão segundo a medida e riqueza à disposição de todos em Cristo Jesus.

Como é bom e agradável os irmãos viverem em união. Salmos 133:1.

 

Esse é um período do ano em que muitos cristãos refletem sobre fé. Pois, foi na sexta-feira santa que a maior prova de amor foi demonstrada à humanidade. A prova de amor de um Deus Criador que não desistiu de sua criação, e também a prova de obediência de um Filho, que esvaziando de si mesmo, se entregou como sacrifício, a fim de devolver a esperança da reconciliação, através de sua morte e ressurreição.

Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação. Romanos 5: 7-11

Os efeitos da cruz

Falar sobre Páscoa é falar sobre cruz, esperança e ressurreição. Cruz, foi aonde vimos as medidas do amor de Deus por nós, sua criação. Cruz, foi onde vimos a obediência do Filho de Deus nos dando acesso à vida eterna. Cruz, foi às boas-vindas do derramar do Espírito Santo sobre toda a carne. Cruz, foi onde a maldição da primeira árvore se transformou em benção.

A esperança foi restaurada em nós na Páscoa. Nada podia ser feito, e um inocente precisaria morrer. Mas qual ser humano suportaria a ira de Deus? Qual homem suportaria o peso de culpa do pecado de toda humanidade? Que homem seria considerado puro? No decorrer da história dos Judeus, vemos que eles eram ensinados que um inocente precisaria morrer:

E quando vossos filhos vos perguntarem: Que significa este ritual? Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito, quando feriu de morte os egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou. Êxodo 12: 26-27

Eles já cresciam sabendo disso. Deus já vinha anunciando que a salvação chegaria, a esperança viria. Mas que esperança é essa? A ressurreição dos mortos. Falar de Páscoa é saber que um homem foi capaz de cumprir todos os requisitos para levar nossa culpa.

Porque, assim como a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. 1 Coríntios 15: 21-22

O significado da Páscoa

O significado da Páscoa é muito além do que é retratado nos dias atuais. A Páscoa afeta toda a história. Pois, aquele momento foi o ato crucial de toda a obra que o Pai determinou para o futuro da humanidade e de toda criação. Na Cruz, Jesus é o símbolo do homem que mediou entre o céu e a terra, entre o passado e o futuro. A Cruz desfez o muro que nos separava de Deus. Foi na Páscoa que o cordeiro se entregou em misericórdia. Foi também na Páscoa que Ele ressuscitou, rugindo como um leão em Justiça Divina. Os que abraçam a cruz recebem essa misericórdia, do contrário, estarão abraçando juízo.

Portanto, ao comemorarem a Páscoa, agradeçam e celebrem! A morte foi só o começo. A ressurreição nos aguarda.

A vida estava nele e era a luz dos homens. João 1: 4