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Viver para apenas um olhar

O capítulo 6 do evangelho de Mateus é parte do maior sermão dado por Jesus: O sermão do monte. Além disso, é conhecido como a constituição do reino. Assim, Jesus chama Seu povo à perfeita obediência e a ter isso como alvo principal em sua vida. Portanto, naquela época, haviam grupos de pessoas, como os fariseus. Eles eram líderes que queriam ser vistos pelos outros como santos, como impecáveis perante a lei. Por isso, oração em público era uma maneira de obter atenção e admiração. No entanto, Jesus via e sabia o que havia por trás desses “atos de fé”. Por isso, ensinou ao seu povo que a essência da oração não é fazer em público somente, mas sim em viver para apenas um olhar. E assim, ter um relacionamento íntimo e privado com o Pai.

“Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê o que é secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)

Deste modo, orar somente onde somos vistos indica que o público verdadeiro não é o Senhor. Cristo estava chamando a atenção dos motivos por trás dos atos expostos. Portanto, a questão não é o local em si em que oramos ou a escolha entre a oração pública e privada, mas sim entre a oração sincera e hipócrita. Assim, Jesus nos conduz de volta ao relacionamento íntimo e sincero com Ele. 

 

 

O Senhor enxerga a sinceridade do coração 

O que seria então a oração secreta e sincera? Nas escrituras podemos observar diversos exemplos de homens e mulheres que eram intencionais em buscar ao Senhor no lugar secreto. Logo, é para esse lugar que somos chamados: o lugar da oração, onde permanecemos conectados com Deus. Dessa forma, o próprio Jesus é o nosso maior exemplo de comunhão pois Ele mantinha uma vida constante de oração e de busca ao Pai. 

No versículo 6, a palavra grega traduzida por “quarto” é tameîon, que significa despensa, câmara de armazenamento. Logo, esse termo é usado, porque se refere ao único cômodo da casa que tinha uma porta que podia ser fechada, o que não havia nos outros. Assim, isso nos remete à um local privado, solitário, de intimidade, um lugar que era íntimo e escondido. É portanto, nesse quarto, ao fechar a porta, que podemos nos expor ao Senhor. Nesse lugar podemos viver para apenas um olhar. Pois ali, ninguém nos assiste, ninguém nos olha, a não ser o próprio Deus.

 

O Deus que nos conhece

Salmos 139 nos mostra que o Senhor conhece o íntimo do nosso ser, Ele é o Criador, logo não há nada em nós que Ele não saiba. É a partir de um relacionamento com o Pai que o lugar de oração. Ali, é possível conhecê-lo e ser conhecido por Ele. O próprio Cristo instrui a buscá-lo no secreto, pois nesse lugar não é preciso provar nada, não existe performance, não existe hipocrisia. Isso é viver para apenas um olhar.

 

 

Edificando um altar de intimidade com Deus 

É isso que Davi diz nos Salmos 27:4. Ele entendeu que a única coisa que importava e tinha valor era habitar nesse lugar de relacionamento com Deus. Em Mateus 6:6, a palavra secreto é dita a respeito do Pai e associado a forma com que Ele nos vê, mas não é associada a recompensa. Ou seja, a recompensa que Deus promete para quem vive para apenas um olhar, não é material e nunca é dada aqueles que buscam somente a recompensa.

No verso anterior, (Mateus 6:5) o Senhor fala a respeito dos que oram em público para serem vistos e afirma que a recompensa deles é justamente a visibilidade. Eles fazem para os homens, logo recebem a recompensa que lhes é devida. Porém, se eu vivo realmente para a audiência e o olhar apenas do Senhor, vai chegar um momento em que Ele trará a recompensa eterna. 

É automático para nós seres humanos associarmos recompensa com visibilidade, e infelizmente essa é uma concepção muito errada. Antes de qualquer outra coisa, nossos olhos precisam estar fixos em Jesus, em nos tornarmos um lugar de oração para que no momento certo, Ele possa nos recompensar da maneira devida.

 

 

Josué tinha um coração voltado para o lugar secreto

Quando olhamos para as escrituras, vemos o exemplo de Josué. O texto de Josué 4:3-9, menciona 2 altares que são construídos para o Senhor, um interno e um externo, os dois constituídos por 12 pedras. O altar externo é construído pelo povo, como um memorial para que todos que vissem aquele altar, lembrassem do Deus de Israel e dos seus feitos. Já o outro, o interno, foi feito por Josué, sozinho, no meio do rio Jordão, um local escondido e que ninguém vê. 

Na cronologia dos fatos, vemos que o altar interno foi construído primeiro. Ou seja, Josué antes de construir o que seria visível para todas as pessoas, ele se preocupou em erguer algo somente para Deus. Antes de fazer algo para ser visto publicamente, ele se importou com a audiência mais importante. Se observarmos o texto, vemos que o altar externo foi totalmente proporcional ao interno, ou seja, não podemos querer desfrutar de algo que não conquistamos na intimidade com o Pai. 

Isso é um apelo a voltarmos ao lugar em que somos vistos pelo Senhor e nos importarmos apenas em agradá-lo, precisamos nos preocupar apenas em construir nosso altar interno, e deixar que no momento certo, o próprio Deus erga o altar externo, como consequência do que vivemos. 

 

 

Viver para apenas um olhar

O Senhor nos convida a todo tempo ao lugar de intimidade, o lugar da oração. Ele nos ouve no secreto e após nos encontrar nesse lugar, Ele expõe de forma pública, para que as pessoas vejam quem o Cristo é. A nossa recompensa não é e nunca deve ser o nosso objetivo por trás da busca pelo Senhor, mas sim a consequência de uma vida devota e totalmente entregue. 

Que Cristo nos ensine a amá-lo verdadeiramente e a buscar o que realmente importa. Que através das disciplinas espirituais, a nossa revelação e entendimento de quem Ele é, cresçam. Precisamos entender que o Senhor é o maior interessado em se fazer conhecido, Ele quer se revelar, nós só precisamos parar para ouvi-lo e estudá-lo através da escrituras

 

Ana Stédile – Aluna do Fascinação Turma 18

As Disciplinas Espirituais são um tema muito relevante a serem abordados nestes dias. 

Agora, antes de falarmos sobre a graça e o nosso esforço, quero esclarecer um pouco sobre as disciplinas. 

As disciplinas espirituais são: leitura e estudo da palavra, oração, jejum, solitude, doar generosamente, comunhão e adoração. 

Portanto, com isso em mente podemos tratar da graça e do nosso esforço dentro das disciplinas. 

Quero te dar um exemplo sobre graça e as disciplinas espirituais, algo que tenho em mente sobre estes dois assuntos e sua aplicação. 

Eu tenho um corpo físico onde não me foi necessário criar minhas pernas ou meus cabelos, minhas mãos, eu nasci e ganhei este corpo, assim é com a graça. 

Definitivamente, a graça é um favor imerecido, uma benção, um dom. 

 

sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:24 

 

Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Tito 2:11 

 

Um exemplo de graça, esforço e disciplinas espirituais 

Agora, pense sobre o esforço humano, eu tenho um corpo, mas também necessito cuidar dele: comer alimentos que irão nutri-lo de vitaminas, fazer exercícios que poderão ajudá-lo a estar saudável. 

Nesse sentido, aqui faremos uma conexão entre o esforço e as disciplinas. 

A graça é gratuita, mas isso não quer dizer que não exista uma parte que envolve nosso esforço. 

Deus através do seu filho, Jesus, nos concedeu o direito à salvação e a vida eterna. 

As disciplinas espirituais são o meio de nos manter em conexão com essa graça. 

Precisamos entender que existe a parte que nos cabe dentro do legado deixado por Deus para cada um de nós como cristãos. 

Jesus em todo o tempo nos instruiu a orar, jejuar, dar generosamente, aprender com as escrituras, ter comunhão e adorar. 

Se isso não fosse necessário, Jesus não nos deixaria como algo a ser feito. 

Observe estes versículos 

Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora? “, perguntou ele a Pedro. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mateus 26: 40-41

 

Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão. Lucas 5: 33-35

 

Inegavelmente, vemos claras declarações sobre jejum e oração que são parte das disciplinas espirituais. 

Qualquer tipo de disciplina exige esforço até que se torne parte de nossos hábitos. 

Certamente, se formos analisá-las formam parte de nosso relacionamento com Deus e isso não deveria ser visto como algo penoso, mas como um prazer e também parte de quem somos.

Que agora mesmo possamos entender a graça da maneira correta e viver plenamente uma vida na qual disciplinas espirituais são um meio a desenvolver nosso caráter e nossa vida de comunhão com Jesus. 

 

Deus te abençoe 

 

Doar extravagantemente em um mundo consumista e tão egoísta pode parecer uma loucura. 

Portanto, sabemos que não fomos chamados para andar segundo o curso deste mundo. 

 

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2 

 

Todavia, o que vemos na Palavra a respeito de doar, de ser extravagante e até mesmo sobre finanças vai contra todo o sistema imposto por este mundo que nos faz pensar que reter ou guardar é o melhor caminho para um garantir um futuro. 

Em contrapartida, não estamos errados em nos prevenir e sermos diligentes com nossas finanças, mas provisão e preparação para o futuro não te isenta de dar extravagantemente. 

 

Vamos ver isso à luz da palavra: 

 

Uma das partes da Bíblia que sempre ministrou muito ao meu coração sobre dar extravagantemente está em Mateus 26, onde conta a história da mulher do vaso de alabastro

 

E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,

Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.

E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício?

Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.

Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo.

Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.

Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.

Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.  Mateus 26:6-13 

 

Eu penso nessa passagem ao me referir a doar extravagantemente, simplesmente porque dar o que nos custa já nos leva a esse lugar extravagante. 

Além disso, essa mulher deu algo de muito valor sem pensar nas consequências disso para suas próprias finanças. 

Então, o ato de dar extravagantemente vai muito além de dinheiro. Assim, estamos falando de dar nosso tempo, nossos talentos, nossos recursos, que nossa vida seja um dar de maneira extravagante. 

Por isso a mulher do vaso de alabastro em Betânia me ensina tanto sobre isso.  

 

Toda a semeadura no Reino nunca será em vão

 

Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.

No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.

Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos.

E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. 2 Coríntios 8: 1-5 

 

O poder desta passagem e as lições que nos ensina é algo poderoso. 

Pois, mesmo em meio à tribulação, as igrejas da Macedônia transbordaram em rica generosidade, isto é, doando extravagantemente. 

Portanto, não somente através dos seus recursos, mas também entregando suas vidas inteiramente ao Senhor. 

Logo, o ato de dar vai muito além das suas finanças, e quando entendemos isso abrimos nosso coração e nossas vidas para viver algo poderoso. 

 

Doar extravagantemente também é amar na mesma medida 

 

Assim, recomendamos a Tito, visto que ele já havia começado, que completasse esse ato de graça da parte de vocês.

Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir.

Não lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros.

Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.

Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano.

Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem.

Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem.

Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade.

No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade,

como está escrito: “Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco”.

 2 Coríntios 8: 6-15 

Sendo assim, o Cristo que se entregou por amor a todos nós o fez de um lugar de amor e generosidade. Além disso, Ele nos ensinou a supremacia do que é se doar de maneira extravagante em favor de todos. 

 

Lições que podemos aprender 

 

  • Doar é um ato de amor 
  • Doar é um exercício de um coração generoso
  • Você recebe muito mais quando estende a sua mão ao necessitado 
  • Doar abre portas infinitas que vai muito além de somente a área das nossas finanças 
  • Fomos chamados a dar extravagantemente 
  • Doe seu tempo, seus talentos e seus recursos e irá experimentar uma medida de favor e provisão nunca sonhada. 

 

Lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: “Há maior felicidade em dar do que em receber”. Atos 20:35b 

 

Meu convite hoje para você que seja generoso de uma maneira intencional, escolha ser participante do que Jesus está fazendo na vida das pessoas que estão na sua jornada. Abençoe alguém hoje, seja com um café, uma oferta a um missionário, com tempo de qualidade para escutar alguém, através de uma oração, as opções são infinitas, por isso seja criativo em dar extravagantemente. 

 

Deus te abençoe!

 

 

 

 

Você pode estar se perguntando se viver de maneira santa é possível nos dias de hoje. Alguns acreditam que isso significa seguir os mandamentos de Deus e nunca cometer pecados. Portanto, outros afirmam que é um processo de aperfeiçoamento moral que requer dedicação e perseverança. Alguns até argumentam que essa forma de vida é reservada apenas para aqueles que se retiram da sociedade e se isolam em mosteiros ou lugares reclusos. Independentemente da visão, é inegável que viver de maneira santa é essencial para aqueles que desejam se relacionar com Deus.

“Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sede Santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Levítico 19:1,2

 

Viver de maneira santa te aproximará de Deus

Antes de tudo, a palavra de Deus nos mostra que a santidade não é uma tarefa impossível. Na verdade, é uma característica natural daqueles que se relacionam com Deus, desejando conhecê-lo melhor e se tornar semelhante a ele. Mas perceba, é necessário desejar isso. Sem o desejo de ser santo, não conseguiremos dar passos em direção a Ele, nos aproximar e desenvolver um relacionamento com Deus.

Infelizmente, muitos de nós ficamos perdidos em clichês e pensamentos superficiais e esquecemos que Deus nos pede para sermos santos, afastando-nos do pecado e nos aproximando dele. A santidade está diretamente ligada à proximidade com Deus. À medida que nos aproximamos dele, somos confrontados com nossas falhas e erros, e percebemos a necessidade de mudança em nossas vidas.

 

A jornada da santificação

Logo, essa aproximação não me leva ao distanciamento, pois quanto mais me aproximo e me relaciono com Deus mais eu vivo de maneira santa. É incoerente afirmar que alguém teve um encontro com a santidade de Deus e não desejou ser mais santo, pois esse é o desejo primordial de quem se aproxima dele. Um exemplo disso é Isaías, que, ao se deparar com a santidade de Deus, reconheceu seus próprios pecados, confessou ser um homem de impuros lábios e essa noção o aproximou ainda mais de Deus. 

Embora exista uma jornada em direção à perfeição e santificação, é impossível alcançá-la apenas com nossas próprias forças. Somos dependentes de Deus para amá-lo e dar passos em direção a uma vida de santidade e relacionamento com ele.

 

Nosso chamado em relacionamento com Deus

Assim, devido à nossa falta de compreensão sobre a santidade, podemos perder o contato com ela, mas Deus se revela a nós para que possamos viver uma vida santa, e Jesus nos indica o caminho. Ele viveu uma vida perfeita e teve uma morte sacrificial satisfizeram a ira de Deus contra nós pecadores e por isso somos justificados para vivermos de maneira santa. 

Por isso devemos querer viver uma vida santa, porque Deus é santo e desejamos ter comunhão com ele. Quando reconhecemos nosso pecado, estamos no caminho para a santidade, mas isso não é suficiente.  Precisamos reconhecer e olhar para Cristo pedir sua graça e ajuda para não desanimarmos e nos entregarmos as nossas paixões por achar já que é impossível mesmo.

 

Dessa forma, precisamos de um encontro com a santidade de Deus para vencer nosso egocentrismo e falsas ideias sobre nós mesmos e percorrer o caminho de vencer o pecado. Esse é o nosso principal chamado, o de nos relacionarmos com Deus. “Sede Santos”, esse é o chamado de Deus a nós.

Por fim, nosso chamado principal é nos relacionarmos com Deus e ser santos, de acordo com o chamado de Deus para nós. Que Deus nos ajude a nos arrepender e a viver uma vida santa, e que nosso desejo de encontrar o Deus Santo nos transforme e nos aproxime mais dele.

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. Hebreus 12:14

 

Nesse mês estamos falando sobre as disciplinas espirituais aqui no blog. Já tratamos sobre algumas delas, mas hoje quero falar sobre a disciplina espiritual da solitude.

 

Solidão vs. Solitude

Vivemos em um mundo frenético, barulhento e apressado. De certa forma, parece que as únicas alternativas são ou sermos engolidos pela ansiedade ou fugirmos dela e nos isolarmos de tudo. Mas não precisa ser assim, pois Deus nos convida a ouvi-lo através da oração e da Palavra e encher o nosso interior da presença dele. A solitude não depende da quantidade de pessoas ao nosso redor ou das circunstâncias, pois é o estado interior de quem está sempre conectado com Deus, mantendo a chama acesa, estando rodeado de pessoas ou sozinho.

 

“A solidão é o vazio do lado de dentro. A solitude é o interior preenchido”

Richard Foster

 

A disciplina espiritual da solitude, ao contrário da solidão, é onde nos encontramos com o silêncio do nosso interior, e no silêncio encontramos a Deus. Mas atenção, essa disciplina deve ser praticada em um contexto de comunhão, submissão e serviço no corpo de Cristo. Sem a vivência com a igreja de Cristo, deixa de ser solitude e se torna isolamento. Mas não deixemos de praticar essa disciplina, pois é quando tiramos tempo para ficar com Deus e ouvi-lo no silêncio que podemos servir melhor a Deus e uns aos outros.


Jesus praticava a solitude

Vejamos o exemplo de Jesus. Ele era um homem extremamente ocupado, pois realizava milagres, curas, pregava, estudava e gastava tempo com as pessoas. Ainda assim, Jesus não era estressado, ansioso ou impaciente. Como será que Ele conseguia?

Lembre-se que Ele era homem, e como nós, ele deveria sentir cansaço, dores no corpo, e todas as consequências físicas de uma rotina agitada. Mas Jesus tinha um segredo: Ele se retirava para falar com o Pai. E podemos ver um pouco disso na disciplina da oração, que de certa forma complementa a disciplina espiritual da solitude.

Antes de começar seu ministério, Jesus passou 40 dias no deserto orando, jejuando e praticando a solitude. Em Marcos 1:35, depois de uma longa noite de trabalho, curando enfermos, Jesus se retira de madrugada para orar. Em várias situações, antes ou depois de uma tarefa exaustiva e/ou importante, Jesus se retirou para ouvir o Pai. Então, o que nos faz pensar que podemos viver as nossas vidas sem fazer o mesmo?

 

A solitude na prática

A presença de Deus no nosso interior está sempre ali, esperando para ser acessada. Porém, como vivemos uma vida agitada geralmente não conseguimos acessar esse lugar com tanta facilidade. Por isso a importância de buscarmos praticar a disciplina espiritual da solitude. Como podemos aplicá-la no nosso dia a dia?

  • Praticar o silêncio

Se calar para ouvir a voz de Deus e as pessoas. Além disso, ser aquele que não fala o tempo todo, mas tem as palavras certas, nas horas certas.

  • Não fugir das “noites escuras da alma”

Muitas vezes, o convite à solitude vem nos momentos difíceis. A nossa tendência é fugir desse lugar, se ocupando de afazeres, evitando encarar nossa própria alma. Porém, abraçar esses dias maus e levá-los aos pés de Cristo é praticar a solitude.

  • Aproveitar os pequenos momentos de solitude

Podemos praticar encher nosso interior enquanto lavamos a louça, no silêncio da manhã antes de todo mundo acordar, ou no silêncio da noite, quando todos já foram dormir. Podemos aproveitar o trânsito para meditar e conversar com Deus. Se observarmos, nosso dia nos oferece várias oportunidades de praticarmos a disciplina da solitude.

  • Ter um “lugar silencioso”

Apesar de podermos ficar a sós com Deus independente de um lugar específico, por que não investir em separar um lugar só para isso? Investimos em nossa sala para receber as pessoas ou no nosso quarto, para dormirmos bem. Que tal pensar onde e como você poderia criar um um “lugar silencioso” na sua casa para estar com Deus?

  • Encontrar lugares fora de casa

Pode ser que na sua casa não tenha como separar um lugar para praticar a disciplina da solitude. Porém, na sua cidade talvez tenha um parque, um lago, uma praia, enfim, um lugar ao ar livre ou um lugar mais reservado onde você possa se conectar com Deus.

  • Faça pequenos retiros ao longo do ano

Crie a tradição de se retirar por alguns dias apenas para ouvir a Deus, ler a Bíblia, jejuar e descansar. Não deixe para fazer isso apenas quando estiver esgotado, mas busque investir e separar tempo para isso.

 

Assim como todas as disciplinas espirituais, dependemos da graça de Deus para praticar a solitude. Além disso, não é uma forma de medir a nossa espiritualidade, é apenas o meio pelo qual somos libertos e cheios. O fruto de praticar a disciplina espiritual da solitude é ter mais sensibilidade e compaixão pelas pessoas. Afinal, somos libertos de estarmos cheios de nós mesmos, para estarmos cheios de Deus e poder transbordar isso para o nosso próximo.

 

Fonte: Celebração da Disciplina – Richard Foster

O silêncio é uma disciplina que necessitamos aprender como qualquer outra e que devemos praticar. 

Em um mundo no qual há muitos estímulos e ruídos, escolher o exercício do  silêncio é ir contra aquilo que imaginamos que é natural. 

Não nos damos conta que a quietude é algo que nos trará muitos benefícios. 

Sei o quanto isso é mais difícil para alguns que para outros, muitos de nós temos uma personalidade cheia de energia e precisamos externar o que pensamos e sentimos. 

Mas quero que você pare e pense se durante seus momentos com Deus você consegue ficar quieto ou se apenas fala sem parar e nunca para e escuta o que Ele tem a dizer? 

Quando você e eu  escolhemos calar todos os ruídos e vozes, incluindo a nossa própria voz, poderemos com toda a certeza escutar a voz do Pai. 

Silêncio é a ausência de ruídos e solitude é a ausência de pessoas, os dois juntos tornam a disciplina perfeita. 

Ao aprender, poderemos entender melhor não somente a nós mesmos como a todos que nos cercam. 

A disciplina do silêncio dará lugar ao verdadeiro protagonista da história que é Deus. 

Assim,  Deus exercendo seu papel como Senhor de nossas vidas iremos aprender sobre escutar suas direções e obedecer a elas. 

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. Salmos 46:10

O silêncio é ouro 

Entender o poder do silêncio fará com que suas palavras se tornem poderosas. 

Ao calar e observar você poderá entender muitos dos detalhes que podemos perder quando estamos constantemente falando ao ponto da exaustão. 

“ Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”  – Provérbios 25:11

Silêncio e solitude te fará entender o poder de liberar palavras com sabedoria. 

 “ O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo! ” – Provérbios 15:23

O que Deus quer ter com cada um de nós é um diálogo e não um monólogo no qual somos os protagonistas; Se soubéssemos o quanto Deus tem a falar iremos nos calar e escutá-lo. 

Eu aprendi em minha caminhada com Deus que Ele fala muitas vezes no silêncio. O Silêncio de Deus é poderoso. Jesus sabia disso, pois tirava momentos a sós com Deus e ficava neste lugar com uma atmosfera de quietude e solitude somente sentindo a presença poderosa do Pai. 

Encontrando a Paz 

Sem ruídos e vozes, ao escutar as direções de Deus você começa a viver uma paz sobrenatural, somente encontrada por aqueles que escolhem ouvir e obedecer as palavras do Mestre. 

Jesus em sua jornada neste mundo priorizava seus momentos para escutar o Pai, pois sabia que isso seria a paz e a força necessária para enfrentar qualquer um dos desafios que iria encontrar no caminho. 

Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava. Lucas 5:16

Jesus sabia que silêncio sem Deus não tem efeito algum, mas fazer isso com Ele é algo poderoso. 

Portanto, praticar a disciplina do silêncio te ajudará nas outras disciplinas da sua vida,  na oração, jejum e meditação da palavra. Praticar essas disciplinas espirituais será muito mais eficaz e saudável depois de entender e viver o poder de estar quieto. 

Vamos orar ?! 

Senhor, nos ensina o poder do silêncio e nos ajuda a praticar essa disciplina ao Seu lado. Que possamos escutar a Sua voz e obedecer suas direções. E que ouvir sua voz seja nosso anseio; e  o silêncio e a solitude sejam uma dádiva e não um sacrifício. Amém

O que vem à sua mente quando ouve essa expressão: Disciplinas Espirituais? Talvez alguns já recuem só de ouvir, outros inconscientemente pense que “não é pra mim..”. Sendo assim, quero te convidar a continuar essa leitura tendo em mente que as Disciplinas Espirituais são como um presente da graça do Senhor.

Portanto, imagine você recebendo uma caixa cheia e completa de ferramentas para você realizar seu trabalho da melhor forma possível. Elas são isso. Deus nos convidou a ingressar na vida cristã e nos deu todo o aparato necessário para a obediência, por meio da graça para o esforço e disciplina. E além disso, a doce companhia do Espírito Santo. 

Então, hoje vamos pensar um pouco sobre a leitura bíblica. Não se hesite e nem saia da página, se você é cristão essa conversa é com você.

“As duas disciplinas espirituais pessoais mais importantes são a absorção da Palavra de Deus e a oração – e nessa ordem. Pois é muito mais importante ouvir de Deus através da Sua Palavra do que Deus ouvir de nós em oração.” Donald Whitney

O que é a Palavra?

Primeiramente precisamos encarar a verdade da motivação e consciência do nosso coração. A grande dificuldade que temos em nos apegar com firmeza às escrituras é pela baixa consciência sobre seu Autor. A Bíblia é a Palavra de Deus! Mas a resposta motivadora deve ser: Quem é Deus para mim? Essa resposta precisa ganhar força e a consciência da grandeza e majestade de Deus precisa ser expandida para que a valorização da Bíblia também seja.

Mas como eu posso ter mais consciência sobre a pessoa de Deus e assim me apegar mais a Bíblia? “A fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus.” (Rm 10:17).

Logo, precisamos ler a Bíblia para conhecer a Deus e quanto mais conhecemos a Deus mais queremos ler a Bíblia.

A palavra de Deus é a mesma que criou todas as coisas, pela sua palavra tudo que existe foi feito e agora mesmo todas as coisas são sustentadas pela palavra do seu poder. (Jo 1:1-3; Hb 1:3). Essa mesma palavra se revelou a nós em forma encarnada em Cristo e também nos deixou um livro. 

Certamente, precisamos orar como o Salmista pedindo “Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.” Salmos 119:18. Insira na sua rotina de oração fazer esse pedido, assim como pedir

“que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. […] que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.” (Ef 1:17-19)

9 DICAS PARA A CONSTÂNCIA NA LEITURA BÍBLICA

Vamos para ações práticas que te ajudarão a melhorar sua relação com as Escrituras. Talvez  não há nada de novo para você nessas dicas, de fato elas só têm efeito se forem colocadas em prática. Então, a medida que você lê, te convido a ter em mãos um bloco de notas para fazer resoluções para a aplicação de cada uma delas, preparado?

Essas dicas servem para 3 coisas: 1) Constância na leitura; 2) Estruturar um rotina de alta exposição às Escrituras e 3) Introduzir a isso a estudo bíblico.

  1. Tenha um plano de leitura para se organizar;

Ter um plano de leitura torna mais sustentável ao longo dos dias sua rotina. Logo, você não precisa perder tempo diariamente escolhendo o que ler ou por onde começar, basta seguir o plano. O plano pode ser anual, semestral, por livro ou por tema. 

     2.  Faça um compromisso com um bom local e horário;

Defina qual o melhor momento do seu dia para a leitura. Autoconhecimento é importante nessa decisão, se você sabe que sua rotina ao longo do dia é agitada sem intervalos bons, escolha de manhã antes de começar o dia.

Assim, preciso deixar uma advertência aqui: muitas vezes travamos em seguir esse ponto por romantizamos ou colocarmos expectativas e idealizações irreais ou insustentáveis. Todavia, não comece se comprometendo a passar duas horas em um jardim com céu azul e sua bíblia e uma caixinha de som todos os dias se isso não for algo palpável no seu dia-a-dia. Seja simples e prático. Facilite sua vida. O objetivo central é ler a Bíblia – foque em cumprir isso, não se prenda no perfeccionismo dos meios.

    3. Esforce-se para cumprir o planejamento e leia.

 Sim, exige esforço! Alguns dias mais que outros. Mas a verdade é que nós somos os únicos responsáveis em guardar e zelar pela efetividade disso. Então, se você abrir mão e trocar seu momento por qualquer coisa, ninguém será levado a respeitar. Deixe as pessoas que moram com você cientes do seu compromisso. 

Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.”  Tiago 1:25

4. Esteja preparado para fazer anotações

Não é um requisito obrigatório, mas com certeza é muito útil, tanto para aprendizagem e fixação quanto para o registro da sua jornada com o Senhor. Assim, esteja lendo atento às perguntas, orações, percepções e insights que possam surgir durante a leitura. 

      5. Ouça a Bíblia ao longo do dia

Pode parecer estranho, mas lembra do versículo de Romanos 10:17, ”a fé vem pelo ouvir”? Portanto, precisamos nos expor às verdades da palavra ao longo do dia, isso nos ajudará a voltar para o Senhor constantemente. Você pode fazer isso com bíblia em áudio, os aplicativos da bíblia no seu smartphone tem essa opção, ou até mesmo ouvindo músicas bíblicas que são feitas baseadas em trechos da bíblia por exemplo. Sendo assim, escolha bem o que você consome durante o dia.

Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Josué 1:8

    6.  Use a Bíblia para orar

A leitura Bíblica não pode estar desacompanhada da oração. Você já deve ter ouvido que cada uma é a asa de um pássaro, precisamos das duas para voar na vida cristã. Logo, as Escrituras podem servir de linguagem e direção sobre o que orar e como orar. Sendo assim, pegue o trecho que você leu, coloque nas suas palavras e devolva para Deus em oração ou em louvor. 

     7 .  Converse sobre o que você está lendo 

Você sabia que a melhor maneira de aprender é ensinando? Aproveite isso e comente com alguém, um amigo ou na mesa de jantar em família sobre o que você leu e o que Jesus falou com você. Afinal, isso vai enriquecer de várias maneiras possíveis sua absorção dessas verdades.

   8.  Separe um dia para estudo

A leitura bíblica devocional é diferente do estudo. Sendo assim, para esse último você também precisa separar um tempo local e ter um plano. No estudo você vai mergulhar em questões mais profundas sobre o texto, vai buscar observar: o autor, o destinatário, a geografia, a história, o tipo de narrativa, os personagens, o cenário, cada um desses elementos fornecem uma chave para o entendimento do que o autor quis comunicar. Aqui você pode contar com bons panoramas bíblicos, comentários, dicionários. Mas pode começar usando e selecionando apenas as informações que a própria bíblia já nos dá.

O Método Indutivo do Estudo Bíblico pode ser feito em três fases: Observação (o que o texto diz); Interpretação (o que o texto significou para os ouvintes primitivos); e Aplicação (o que o texto significa para nós hoje).

  1. Conte com o Espírito Santo

Não poderia deixar de ser clara quanto a isso. Nós temos um ajudador e auxiliador para a Verdade o Espírito Santo de Deus. Então, não tente fazer isso sem a Sua companhia, Ele é o maior guia e a pessoa ideal para nos ajudar a usar bem as ferramentas que são as Disciplinas Espirituais. Ele também te sinalizará o caminho de volta quando as coisas não saírem como o planejado.

Lembre-se diariamente

Todas as Disciplinas Espirituais não são nosso castigo ou nossa “cruz”, elas são os meios graciosos do Senhor nos tornar parecidos com Eles, ou seja, voltarmos ao nosso projeto original. Então, comece a desfrutar desse presente logo.

Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.  Salmos 1:2,3

Você tem o costume de meditar na palavra? Eu tenho quase certeza de que você que está lendo esse texto conhece a maioria das histórias da Bíblia. Você já deve saber que no princípio, Deus criou todas as coisas. Assim como já deve saber a história de Adão e Eva, sabe como o pecado entrou no mundo, certo?

E a história daquele pastor de ovelhas que derrubou um gigante? Você também deve conhecer os belos salmos e os provérbios, as histórias dos reis e dos profetas. Como também a vida de Jesus na terra e sua morte e ressurreição.

Portanto, não tenho como objetivo aqui fazer uma checklist de todas as histórias e textos bíblicos que você conhece, a questão que tento levantar aqui é: o quanto da Bíblia você conhece profundamente?

Se aprofundando na Bíblia

Quando falamos de conhecer a Palavra de maneira profunda, isso vai muito além de adquirir conhecimento para se tornar “expert” naquilo. É portanto, sobre aprofundar o relacionamento com as Escrituras e Aquele que se faz conhecido por meio de sua Palavra.

A Bíblia nos diz que o homem que tem o seu prazer na Lei do Senhor e nela medita dia e noite será como uma árvore plantada junto a fontes de águas, tal árvore que frutifica no tempo certo e suas folhas jamais caem (Salmos 1). Deste modo, gostaria de trazer aqui três motivos para você começar a meditar na Palavra hoje.

  1. A Palavra nos santifica

“Santifica-os pela verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17:17)

Sabe quando você se olha no espelho em um lugar bem iluminado e ali você observa todas as imperfeições do seu rosto que você não gostaria de ver? Eu costumo dizer que quando meditamos na Palavra nos damos conta dos nossos erros e falhas, porque ali está o padrão que devemos seguir. A Bíblia nos mostra onde não estamos, onde deveríamos estar e onde vamos chegar. Em Salmos 119:9 vemos “Como o jovem guardará puro o seu caminho? Vivendo de acordo com a tua Palavra”, e o verso 11 nos diz “Guardei a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti”.

Ademais, ao meditarmos na Palavra estamos contemplando as verdades de quem Deus é, seu caráter perfeito, seus atributos, glória e santidade. E quando meditamos na beleza do Senhor nos tornamos cada vez mais parecidos com Ele, e começamos a caminhar rumo a sua vontade para nós de sermos santos e irrepreensíveis

“Para que aproveis as coisas superiores, a fim de serdes sinceros e irrepreensíveis até o dia de Cristo” (Filipenses 1:10)

 

  1. A Palavra nos sustenta no dia mau

“Este é o consolo da minha angústia: tua promessa me vivifica” Salmos 119:50

Lembro-me de uma estação em minha vida em que as circunstâncias estavam realmente difíceis, o mundo estava no início de uma pandemia e as incertezas e a angústia me rodeavam. Em meio às lágrimas, e antes que pudesse entrar em desespero senti o Espírito Santo soprando em meu coração: “você sabe o final da história!” Neste momento abri a minha Bíblia nas últimas páginas.

Sabe quando você está lendo um livro ou vendo um filme e o personagem principal está em meio a uma situação impossível? Eu não sei você, mas geralmente eu pesquiso logo o que vai acontecer, e isso me deixa mais tranquila. Foi o que eu fiz quando abri a Bíblia nas últimas páginas, eu encontrei a tranquilidade que eu precisava ao me lembrar de que no final:

“Ele enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram; O que estava assentado sobre o trono disse: Eu faço novas todas as coisas!” (Apocalipse 21:4-5a)

Portanto, meditar na palavra que é fiel e verdadeira é o que nos sustenta quando as estações difíceis chegam. Além disso, saber que a tribulação leve e passageira produz para nós uma glória de valor incomparável (2 Co. 4:17) nos ajuda a perseverar e a entender os tempos difíceis em uma perspectiva bíblica.

  1. Existe prazer em meditar na Palavra

“Alegro-me tanto no caminho dos teus testemunhos quanto em todas as riquezas” (Salmos 119:14)

Acredito que um dos maiores prazeres é poder ouvir a voz do Senhor. A meditação é uma forma de entrarmos na alegria da presença de Deus, uma vez que em sua presença existem delícias eternas, e vale mais um dia com Ele do que mil outros dias em outro lugar. Quando nos debruçamos sobre as Escrituras, ali está a oportunidade de um encontro com o próprio Deus e não há nada mais prazeroso do que isso.

Logo, quando meditamos na Bíblia, estamos meditando nas palavras de vida eterna, neste lugar descobrimos que essa é a melhor parte assim como Maria que escolheu se assentar aos pés de Jesus e ouvir os seus ensinamentos.

Conclusão

A meditação na Palavra nos leva a um lugar mais profundo no conhecimento de Deus, logo precisamos encontrar o prazer de estar nesse lugar. Quando meditamos e oramos as Escrituras estamos construindo a nossa história com Deus, nesse lugar Ele fala a nosso coração. E uma vez ouvi alguém dizer que a Bíblia é o único livro em que o autor está conosco 24 horas por dia, então se surgir alguma dúvida, basta perguntar!

 

Oração. Uma disciplina espiritual tão importante na vida de todo cristão que almeja um relacionamento com Deus. Afinal, como se relacionar com alguém sem se comunicar com ela? Oração é a comunicação com Deus. E essa comunicação é diária e até o tempo todo. Sim! O tempo todo, pois podemos conversar com Deus em voz alta ou em pensamento.

Primeiramente, a oração está ligada a outras disciplinas como: a meditação da palavra, adoração, jejum, solitude e até o silêncio. Na verdade, orar é também estar em silêncio. Oração é ouvir e não só falar, entende? Aprenda a associar sua oração ao silêncio e aprenda a ouvir a Deus.

A oração é também uma disciplina espiritual que, quanto mais praticada, mais te fará querer orar o todo. Conforme oramos e vemos os resultados de nossas orações mais a nossa confiança no poder de Deus cresce. Consequentemente, oramos mais e mais. 

A jornada da Oração

A oração é uma jornada, por isso, devemos prosseguir em nossa vida de oração, pois como em todo relacionamento, como em toda boa conversa acontece, a oração se transformará em encontros maravilhosos nossos com Deus. Será o céu em nosso cotidiano. 

Cresceremos em conhecimento de quem Deus é por meio de sua palavra e cresceremos em relacionamento por meio da oração, pois é impossível crescer em relacionamento com alguém sem saber quem é esse alguém. Mas Deus se revela a nós e por isso podemos nos relacionar com ele. Isso é um tesouro de grande valor.

Os benefícios da jornada da oração

 Em princípio, o melhor ganho que temos na jornada da oração como disciplina é o fortalecimento espiritual. ”Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças”. Filipenses 4:6.

Por certo, os benefícios da disciplina da oração são tantos que é impossível descrever todos eles. Mas um dos benefícios que eu vejo ser tão relevante é que a oração traz a nós um genuíno autoconhecimento. Pois diante de Deus, nós não conseguimos esconder nada.

Logo, enxergamos a nós mesmos sob uma nova luz, e esse autoconhecimento seria impossível alcançar de outro jeito. É também por meio da oração que experimentamos profunda transformação, pois ela reordena nossos afetos. Podemos dizer então, que a oração é a chave para tudo o que necessitamos fazer e ser na vida.  

Fortalecimento Espiritual por meio da Oração

Por meio da oração, somos fortalecidos internamente. Se analisarmos as muitas orientações de Paulo, veremos que ele prioriza a vida interior. “Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade”. Efésios 3:16-18.

Note que no versículo citado acima, Paulo pede por “poder para compreender”.  Ou seja, conhecer melhor a Deus é do que necessitamos acima de tudo. Para Paulo, o bem maior de nossas vidas é a comunhão com Deus. De fato, se olharmos para a vida dele, tudo o que passou, as circunstâncias externas de sua vida, não seria possível passar por isso, se sua vida interior não estivesse fortalecida em Deus.

A oração é também uma disciplina espiritual que, prioriza nossa vida interior com Deus. Muitas pessoas baseiam sua vida interior nas circunstâncias exteriores. Paulo nos mostra que deve ser o contrário. Devemos basear nossa vida no amor imutável de Deus, senão, seremos assolados por tudo que acontece no mundo.

E aqui, cabe outro alerta. Priorizar a vida interior, não significa ser individualista. Conhecer mais a Deus, não é algo que fazemos sozinhos. Ela envolve nossa comunhão na igreja, a nossa participação na adoração comunitária e entre as muitas maneiras de conhecer a Deus está a oração tanto pública quanto privada. A intensidade e profundidade da oração privada e a da oração pública crescem juntas.

Seis conselhos para a prática diária da Oração:

  1. Comece seu dia com uma oração pela manhã. Se preciso for, acorde mais cedo. Antes de olhar os compromissos no seu celular, as mensagens recebidas nele, entregue seu dia ao Senhor. Uma simples oração pela manhã para ordenar seus afetos e pensamentos. Peça ajuda a ele para os desafios que você terá durante o dia.
  2. Se planeje para todos os dias conseguir ler alguns versículos ou até mesmo um capítulo da Bíblia e medite durante o dia.
  3. Faça pausas durante o dia e agradeça a Deus. Conserve um coração grato diante de Deus. Ações de graças fazem parte de uma vida de oração.
  4. Lembre-se durante seu dia, que orações rápidas são válidas, então sempre que possível ore. Antes de uma reunião, antes de uma prova, antes de quaisquer acontecimentos que te causem insegurança, entregue ao Senhor.
  5. Preste atenção durante o seu dia, em pessoas que Deus possa colocar diante de você e se tiver oportunidade, não deixe de orar por alguém também, ao longo do dia. Lembre-se que oração privada e pública crescem juntas.
  6.  E por fim, termine seu dia com uma oração. Entregando esse dia a Ele. 

As formas tradicionais de orações são experiências profundas a cada um, elas incluem adoração,confissões, ações de graças e súplicas. E não tem como essa disciplina não nos mudar ao praticarmos ela diariamente.

 Do dever ao deleite na Oração

Por fim, quero te dizer que não existe uma fórmula, um método para uma vida ideal de oração. Mas você pode começar como um dever e isso irá se transformar em um momento de prazer diante da presença de Deus. No começo, talvez, você não consiga ser tão fervoroso e claro, nem todos os dias serão iguais. Mas é por isso que a oração é também uma disciplina espiritual, algo pelo qual precisamos ordenar nosso espírito a fazê-lo. E lembre-se a oração é uma jornada.

Em Salmos 103, Davi ordena sua alma a adorar ao seu Criador: “ó minha alma, bendize ao SENHOR, e todo o meu ser bendiga seu santo nome. Ó minha alma, bendize ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”. Salmos 103:1,2. Aprenderemos a orar praticando a oração e meditando na palavra. Que o Senhor nos conduza nessa jornada da oração, para que possamos conhecê-lo e prosseguir em conhecê-lo. Deus te abençoe.

Qual é o significado da promessa de Isaías 45? Quando a Palavra nos garante que todo joelho se dobrará ao Senhor, o que de fato isso quer dizer? O que nos impede de render o nosso orgulho e escolher o caminho da submissão, hoje? Assim, no texto de hoje, estudaremos o que bíblia nos promete em Isaías 45 e a mesma promessa que é reforçada também em Filipenses 2:5-11.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas, pelo contrário, esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens. Assim, na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus também o exaltou com soberania e lhe deu o nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:5-11 

Existe um grande paradoxo na história da ressurreição: o Mestre e Criador se torna um servo. Por isso, o mesmo Jesus que foi humilhado será também por Deus exaltado; e a sua exaltação se dará através de joelhos que se prostram e línguas que o confessam.

A profecia em Isaías

O Senhor profetiza em Isaías 45:23:

“Jurei por mim mesmo (…). Todo joelho se dobrará e toda língua haverá de jurar diante de mim.

Aquilo que Deus profetizou e prometeu, Ele cumprirá por meio do seu Filho.

“Eu jurei por mim mesmo.” A razão de fazermos juramentos é porque não cumprimos muitas das coisas que falamos ou prometemos. Deus, conhecendo o coração humano e sabendo que somos descumpridores de promessas, faz Ele mesmo um juramento. O próprio Deus usa a mais forte e elevada forma de linguagem para afirmar o Seu compromisso (Hebreus 6:13-16).

A promessa feita em Isaías 45, e firmada por Paulo em Filipenses 2, é muito importante. O Senhor jurou por si mesmo que todo joelho se dobrará; ou seja, no Grande Dia, todos se dobrarão e se prostrarão diante do nosso Senhor Jesus.

O grande presente da glorificação com Cristo é o corpo ressurreto e glorificado que nós receberemos. Todas as pessoas que viveram nos séculos e gerações passadas se dobrarão a Jesus. Tanto ímpios quanto crentes receberão esse corpo ressurreto: alguns o receberão para a glória do descanso eterno, e outros, para sofrimento eterno.

O materialismo e individualismo

Existem muitos joelhos rígidos que não se dobram a Jesus. Um destes é o joelho do materialismo e o amor ao dinheiro (Marcos 10:25-27). O amor ao dinheiro substitui Deus no trono do coração humano. Não há compatibilidade em servir Jesus e o dinheiro. Somente Deus pode desapegar o coração do homem do materialismo.

Um outro joelho rígido é o joelho do individualismo. O individualismo, que coloca o Eu no lugar de Deus, é aquele que não permite que a verdade definida por Deus seja a verdade para a sua vida.

Nem todo joelho se renderá a Jesus da mesma forma. Cada pessoa que tenha vivido na terra se curvará diante de Deus de uma entre duas maneiras:

Alguns se curvarão diante de Deus como rebeldes e derrotados. Essas pessoas são as que rejeitaram Jesus e fizeram de tudo para manter Deus às margens de suas vidas. Aqueles que passaram a vida enfurecidos e indignados com o Senhor serão levados diante dele e se prostrarão involuntariamente (Isaías 45:24).

Outro grupo são aqueles que se curvarão como servos dispostos diante de Deus e irão voluntariamente reconhecer a glória do Cristo ressurreto, pois não encontraram outro sentido na vida senão viver rendidos a Ele.

Uma resposta

A celebração da Páscoa e da ressurreição de Cristo exige mais do que viver práticas religiosas; ela demanda de nós uma resposta: dobrar os nossos joelhos diante de Jesus.

Portanto, acredite no juramento que Deus fez. Submeta-se a Jesus hoje. Permita que o seu joelho não se endureça diante do Senhor. Aquele que se prostra diante de Jesus hoje estarão também entre aqueles servos voluntários, apaixonados e fascinados que, assim como o apóstolo João, terão um encontro com o Senhor.

Este é o último texto da série de Páscoa aqui do blog Fhop. Se você perdeu algum texto, clique aqui.