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A Parábola da vinda do filho do homem

No mundo moderno o uso da linguagem tem sido expressado de forma cada vez mais criativa. Pode-se entender que linguagem é um fenômeno humano e, por conseguinte, está intrinsecamente relacionada com práticas sociais. Mesmo em uma era de complexa informação o ser humano permanece usando a linguagem verbal como forma principal de se expressar, ora de forma direta, ou de maneira indireta.

Observando o texto sagrado podemos perceber o uso de parábolas tanto no Velho como no Novo Testamento. É uma forma literária que devemos ter cuidado na sua interpretação como narrativa histórica, ou na excessiva espiritualização de cada elemento determinado pela parábola. 

As parábolas escatológicas

Existem diversos tipos de parábolas nos evangelhos. Neste momento o foco está sobre as parábolas escatológicas ou parábolas preparatórias. Destas, temos 7 nos evangelhos.  Antes da análise das mesmas é preciso ser traçado um esboço mínimo da expectativa de Jesus ao comunicar seu método didático-pedagógico peculiar. As narrativas feitas por Jesus, utilizando as parábolas escatológicas, têm como “background pessoal” a certeza de um Juízo sobre os seus contemporâneos, sua morte, sua ressurreição e posteriormente a vinda do Filho do Homem em glória para trazer a salvação e o Juízo Final. 

No capítulo 16 de Mateus, Jesus fala que seria necessário sua morte e sua ressurreição. Em Mateus capítulo 20, Ele prediz novamente a sua morte e sua ressurreição. E a partir disso, pressupõe-se o entendimento de que Jesus tinha a sapiência de todo o plano Divino e dos estágios anteriores e vindouros. Essa informação é importante, pois seria necessário seu conhecimento para que as parábolas escatológicas ou preparatórias tivessem êxito em seu propósito.

Dito isso, a leitura das parábolas de modo algum podem ser interpretadas como mito, lenda ou fábula. Também não é apropriado identificá-las como histórias reais, ainda que apresentem aspectos cotidianos terrenos da vida do ouvinte. A parábola é o meio de transmitir uma mensagem, mas não é, geralmente, a mensagem em si. 

 A Parábola da vinda do filho do homem 

O registro desta parábola aparece nos 3 evangelhos: Mateus 24:32-44, Marcos 13:28-37 e Lucas 21:29-36. O texto é exposto dentro de um contexto escatológico, no qual, de forma didática, Jesus sinaliza aos discípulos os sinais do fim dos tempos e da sua vinda.

Jesus tinha acabado de ter um embate teológico com os escribas e fariseus no templo.  Ele havia denunciado a negligência deles no cumprimento da lei e como eles influenciavam o povo de forma negativa levando os mesmos a pecarem contra o Eterno. Além de não reconhecerem Jesus como o Messias, atitude que era fruto de uma religiosidade vazia. Após o embate, Jesus e seus discípulos se retiraram do Templo.

Então, Jesus aproveita para ensinar os seus que a corrupção religiosa era tão grande em Israel que até o templo, que naquele momento recebia a admiração dos discípulos, iria sucumbir.  Isso gerou questionamento entre eles com a afirmação do mestre – este é um recurso, como um gatilho, que Jesus usa para chamar a atenção dos seus discípulos para falar sobre o futuro.

Para onde vocês estão olhando?

Depois de ter dito aos seus discípulos que a estrutura suntuosa do templo iria ruir, e de ter aguçado a curiosidade dos seus seguidores, Jesus começa sua narrativa escatológica que está contida em Mateus 24:3. 

E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Mateus 24:3

Ali ele chama a atenção dos seus discípulos sobre a necessidade de não se permitirem serem enganados. Ora, se o mestre diz que existe a necessidade de estarem atentos para não serem enganados, é porque o engano era algo possível.  Prova é que, mesmo depois de um embate teológico com os mestres da lei registrado em Mateus 25, os discípulos ainda mantinham um olhar romântico acerca do sistema litúrgico da época. E, apesar de serem testemunhas oculares da mensagem do Cristo, ainda tinham o entendimento obscurecido. 

Princípio das dores

No decorrer de Mateus 24:5-7, Jesus vai pontuando acontecimentos que precederiam a vinda do Filho do Homem: falsos messias, guerras e rumores de guerra, fome, pandemias e terremotos. No verso 8, do mesmo capítulo, o Mestre dá uma pausa no relato dos acontecimentos e foca em informar seus discípulos que quando estes episódios narrados, neste mesmo capítulo, ocorrerem simultaneamente em escala global, então seria o início das dores.

A narrativa segue e aparece a informação de que os cristãos seriam perseguidos, presos, torturados, mortos e odiados em todas as nações – importante registrar que isso ainda é uma realidade em algumas nações… Jesus então sinaliza que neste período de perseguição global e apostasia aconteceria juntamente com traição e ódio.

Dando continuidade ao seu discurso ele sinaliza que se levantarão influenciadores que enganarão a muitos, o amor também será escasso e a maldade abundante: uma narrativa perturbadora que é apascentada pela promessa de que aquele que for fiel até o fim será salvo (Mateus 24:9-13).

Um funil de catástrofes 

Mateus 24 é um funil de acontecimentos catastróficos que devem ser entendidos de maneira progressiva e gradativa: à medida que se aproxima a vinda do Messias as dores aumentam em intensidade e em quantidade. Isolar o relato e tentar encaixá-lo em acontecimentos no mundo acarretam em interpretações erradas. Assim como falso discernimento da realidade escatológica, pode levar a histeria coletiva, descrédito ao texto escatológico e produção de material que não está alinhado com o verdadeiro significado proposto pelo autor bíblico.

Como Jesus resolve a problemática da interpretação errada?

Jesus propõe a parábola da figueira para ensinar os discípulos a identificar os fatos descritos de Mateus 24:5-32, evitando assim falhas de percepção dos eventos vindouros. 

O povo hebreu já havia vivenciado, em certa medida, alguns acontecimentos narrados por Jesus. Falsos salvadores, guerra, fome, crises econômicas e etc – por isso, a necessidade de uma técnica didática mais apropriada. 

A parábola da figueira precede mais outras 3 parábolas escatológicas presentes nos capítulos 24 a 25 de Mateus. Um destaque em Mateus 24:32 é o “Aprendei”. O próprio autor da parábola indica que é possível saber pontuar no tempo o início dos fatos precedentes à vinda do Filho do Homem. Os textos sagrados, de Gênesis a Apocalipse, não trazem a informação de tempo – “cronos”, dia e hora – porém eles revelam acontecimentos prévios, dando ao cristão diligente, a possibilidade da espera segura à era do advento final.

Figueira: uma árvore ou Israel 

Como já foi dito, a parábola usa de elementos comuns, conhecidos pelo público, para melhor assimilação da mensagem. Dentro do contexto de Mateus 24 identificar a figueira como uma árvore literal, de farta abundância em Israel, é mais coerente na hermenêutica do que aplicar simbologias fundamentadas em conjecturas pessoais na passagem. Aqui, a figueira é usada como exemplo para pontuar uma mudança de estação. Ajudando assim os discípulos a discernirem que os eventos relatados são como a troca das folhas da figueira. Os eventos predizem a troca de era, são o prelúdio do Dia do Senhor. 

Existe a interpretação de que a figueira é uma ilustração de Israel e do judaísmo. Elas usam dos acontecimentos de 1947, onde Israel volta a ser uma nação novamente, para explicar o brotar e o renovo das folhas da figueira. Em conexão a isso, surgiram diferentes interpretações de que a “geração” que foi testemunha do ressurgimento do Estado de Israel, seria a geração que testemunharia do advento final de Cristo. Neste sentido, alguns exegetas fundamentaram suas observações com cálculos matemáticos para confirmarem suas interpretações. Um destes cálculos define uma geração com o tempo de quarenta anos e marcaram a vinda de Jesus para o ano de 1988. Como Jesus não veio nessa data, reformularam o cálculo alegando que uma geração deve ter 70 anos. O ano de 1948 somando a 70 anos é igual a 2018, e hoje em 2020 percebemos que o cálculo não deu certo de novo.

Menos é mais

O objetivo de Jesus, no uso da parábola da figueira, era facilitar o entendimento e não complicar. Entender o contexto e o público para a qual esta parábola foi direcionada é o segredo para a compreensão da mesma. Em Mateus 24:36, Jesus é enfático em dizer que o dia e hora do retorno do Filho do Homem não serão possíveis de saber antecipadamente. Direcionando o entendimento dos discípulos mais uma vez aos eventos e não a segredos subliminares da parábola. 

“Por isso vigiai, pois não sabeis em que dia o vosso Senhor vem”, isso ainda é válido para os cristãos nos dias de hoje. O compêndio bíblico nos dá informação suficiente para estarmos prontos para o dia do Senhor. Aquele que será pego desprevenido é o mesmo que não guardou a palavra do Senhor em seu coração. Quando o texto bíblico adverte que o Dia do Senhor será como a chegada de um ladrão à meia noite, tem como alvo aqueles que não se atentam para as parábolas, como a de Mateus 24. A simplicidade da literalidade do texto vale mais do que a elaborada interpretação escatológica fundamentada em mística e conjectura.

Uma figueira nos dias de hoje

O Senhor voltará para uma noiva acordada, que reconhecerá sua voz. Que observará nos eventos contemporâneos o perfume do seu amado, que fica mais forte à medida que ele se aproxima. Karl Barth, renomado teólogo suíço, dizia que o cristão deve carregar em uma das mãos a Bíblia e na outra o jornal. Para que, com sabedoria e sem medo, possa olhar para o hoje confiante de que haverá um amanhã. A parábola da figueira não tem como intuito amedrontar, mas trazer a certeza de que, no final, tudo irá dar certo.

Além disso, a parábola não deve estar sinalizando os tempos somente no texto bíblico. Mas, deve estar plantada no coração da noiva de Cristo, apontando, no hoje, o que o Eterno está preparando para o amanhã. 

As parábolas bíblicas já são bem familiares para os cristãos e nem precisa ser um há muito tempo para se deparar com elas principalmente ao ler os evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. Pois ali é possível encontrar várias parábolas ensinadas por Jesus sobre diferentes temas, objetos e personagens.

Mas seria uma parábola somente uma metáfora para facilitar a compreensão das mentes humildes sobre verdades eternas?

Ao decorrer dos séculos estudiosos foram conceituando as parábolas como um melhor método de ensino do que o próprio sermão, trazendo a ideia de que a forma padrão de exposição das verdades bíblicas deveria ser sempre narrativa, ou seja, sempre uma história contada, afinal foi o que Jesus fez. Porém, o lugar de ensino, exposição e exortação é através de uma pregação bíblica, logo um não anula o outro.

É natural entre os estudiosos da bíblia a dificuldade de se definir uma parábola dentro de um gênero literário específico ou apresentar uma definição que se aplique a todas elas em suas variações.

Dificuldade presente para apresentar uma definição e exemplo de reducionismo

A primeiro momento pensamos nas parábolas como histórias. Vejamos um comentário bem interessante de distinção que John MacArthur faz entre uma parábola e uma história em seu livro sobre as parábolas de Jesus:

“..existe uma diferença clara e significativa entre parábola (uma história criada por Jesus para ilustrar um preceito, uma proposição ou um princípio) e história (uma crônica de eventos que de fato aconteceram). A parábola ajuda a explicar uma verdade; a história nos fornece um relato factual daquilo que aconteceu. Apesar de a história ser contada em forma narrativa, ela não é ficção ilustrativa, mas realidade.”

Partindo desse ponto sabemos que dificilmente ao ler uma definição de parábola ela acabará por ser verdade para todos os casos. Por esse motivo é recomendável que cada parábola seja abordada de modo singular e não em comparação com todas as demais existentes.

Muitas pessoas veem as parábolas como simples histórias terrenas com significados celestiais, apesar de existir um pouco de verdade sobre essa afirmação, ela não é suficiente para definir todas as parábolas, já que muitas são muito mais que ilustrações, e embora algumas tratem de escatologia, não estão falando apenas da vida futura mas sim sobre a vida nessa era. Essa redução que se faz de uma parábola bíblica a uma simples história é definida como um reducionismo.

Diversas definições ineficazes

Infelizmente quase todas as definições de parábola se mostram ineficazes, pois quase toda definição que se mostra ampla para abranger todas as parábolas, acaba por se mostrar imprecisa. Algumas conhecidas são, “A parábola é uma criação literária na forma de narrativa desenvolvida para retratar uma espécie de caráter por advertência ou exemplo, ou para encarnar um princípio do governo de Deus para com este mundo e com os homens”.

Sim, as parábolas falam de Deus e da humanidade, mas nem todas elas são narrativas. “No nível mais básico, a parábola é uma metáfora ou imagem tirada da natureza ou da vida comum que prende o ouvinte pelo seu caráter vivo ou esquisito, que deixa a mente com um nível suficiente de dúvida acerca da sua aplicação precisa a ponto de lhe lançar pensamentos ativos”.

Uma parábola é muito maior que uma metáfora ou imagem. E apesar de para alguns textos ela ser útil, para outros ela se mostrará inútil. Outra definição de parábola é “a conjunção de uma forma narrativa com um processo metafórico”. Como já foi escrito antes essa definição pode se mostrar útil para alguns textos, mas para outros não, devido a abrangência de variedades e aplicações que são abordados por Jesus em cada contexto que ele ensina através de parábolas.

Fatores contra

Uma parábola não é simplesmente uma analogia. É uma metáfora prolongada com uma lição espiritual específica contida na analogia. Mas, apresentar uma definição técnica que se aplique a todas as parábolas de Jesus é notoriamente difícil. Um dos fatores que dificultam a definição é a variedades de parábolas.

Em Mateus 15:15, por exemplo, Pedro pede que Jesus explique “esta parábola” presente no versículo 11 “O que torna o homem impuro não é o que entra pela boca, mas o que sai dela; é isso que o torna impuro”, mas na verdade o que está presente nesse versículo é simplesmente um par de proposições simples, algo como um provérbio, mesmo assim trata-se de uma parábola. Além do problema por causa das várias parábolas ocorre também o problema decorrente da tradução.

Em Lucas 4:23, por exemplo. “Jesus lhes disse: “É claro que vocês me aceitaram este provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo!’ Faze aqui em tua terra o que ouvimos que fizeste em Cafarnaum”. No texto grego a palavra que é usada para se referir a provérbio é parabolē, palavra que é traduzida normalmente como parábola. Ao ver isso fica aparente que a ideia bíblica de parábola é mais abrangente que as definições sugeridas pelos comentaristas, e essa é a razão pela qual é difícil chegar a um número exato de parábolas.

Etimologia da palavra Parábola

A palavra grega traduzida como “parábola” nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) é parabolē e é usada cinquenta vezes em 48 versículos do Novo Testamento. Duas vezes, a palavra é usada em Hebreus para indicar uma fala figurativa: “[O primeiro tabernáculo] é uma ilustração [parabolē] para os nossos dias” (9:9) e “Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar [Isaque]; e, figuradamente [parabolē], recebeu Isaque de volta dentre os mortos” (11:19). Todas as outras 48 ocorrências do termo no Novo Testamento se encontram nos Evangelhos sinóticos, nos quais a palavra é traduzida sempre como “parábola” ou “parábolas”, sempre se referindo às histórias de Jesus.

A palavra deriva das raízes gregas: para (“ao lado”) e ballō (“lançar”). Literalmente, significa “colocar ao lado”, sugerindo uma comparação entre duas coisas que são semelhantes em algum aspecto. A derivação da palavra parábola, portanto, se refere à analogia entre algum lugar comum da realidade e uma verdade espiritual profunda.
  

O objetivo das Parábolas

As parábolas são como lentes que ao ver através delas nos é possível enxergar a verdade para assim conseguirmos corrigir aquilo que outrora não era possível. O objetivo imediato de uma parábola é ser algo bastante atraente para assim chamar a atenção do leitor, seu objetivo final é despertar uma compreensão mais aprofundada sobre ela e assim estimular o leitor a uma mudança de ação. As parábolas bíblicas revelam o caráter de Deus e a sua maneira de agir. Revelam também como a sua criação deve agir.

As parábolas não simples histórias informativas. Elas capturam a atenção do leitor, provocam a reflexão e geram a mudança, elas buscam voltar as pessoas para atitudes dignas do evangelho e exigidas no Reino de Deus. Elas não ensinam passividade, mas nos instigam a fazer algo, buscam uma resposta radical das pessoas para serem imitadores de Cristo. 

Conclusão

Portando, uma parábola não é simplesmente uma analogia. Uma parábola é uma figura de linguagem ilustrativa com fins de comparação e tem como fim ensinar uma lição espiritual. Ela pode ser grande ou pequena. Podem ocorrer diversos tipos de figuras de linguagem, metáforas, provérbios, entre outros. Mas ele sempre faz uma comparação de algo comum a realidade a alguma verdade espiritual mais profunda.

A parábola pode estender a comparação e a transformar em uma história mais longa. Ou em uma metáfora mais complexa, e o significado (sempre alguma verdade espiritual) não é necessariamente óbvio. A maioria das parábolas de Jesus exigia algum tipo de explicação.

Essa semana, (19 de fevereiro de 2020), eu vou celebrar o aniversário de um ano do meu primeiro filho. Eu olho para trás e vejo o incrível crescimento dele, de um bebê que engatinhava para um menino andando, descobrindo a própria independência e explorando o mundo ao seu redor.

A transformação é incrível e eu já estou contando na minha cabeça e percebendo que, provavelmente, eu só tenho mais 17 ou 18 desses momentos e “anos” com ele em minha casa.

Maternidade: um mix de emoções

Embora de maneira mais sutil, eu estou refletindo sobre o meu próprio crescimento e transformação nesse novo ano mas, para sempre, papel de “mãe”. Percebendo que só estou no começo do maior trabalho que terei, e consciente que há um mix de emoções tanto boas como ruins, para mim e para ele, que vem com esse título.

Se tornar uma mãe muda tudo. Não que nós éramos egoístas antes, mas rapidamente o “eu” vem em segundo lugar em razão dos nossos filhos e suas necessidades. Como mãe, de repente, você conhece a profunda satisfação da dependência de uma criança em relação a você. E, no momento seguinte, pode sentir a exaustão e a exasperação de uma criança depender de você! 

Tarefas simples se tornam muito mais difíceis, podemos nos encontrar tirando um tempo de soneca como se isso fosse uma viagem a um resort all-inclusive (com tudo incluso). Então, no momento seguinte, a tarefa mais rotineira se torna cheia de alegria à medida que você a experimenta através dos olhos de seu filho. 

Os extremos da maternidade se assemelham a montar em um touro mecânico nos primeiros meses.  Apesar de tudo que fazia, me encontrava desajeitadamente sendo jogada de um lado para o outro como em um empurrão, exatamente quando pensei que tinha entendido o ritmo.

A completa rendição

A maternidade me ensinou a ter uma dependência maior de Cristo que eu jamais tinha conhecido antes disso. Ser uma ótima mãe, vai custar algo mais do que o sacrifício de um árduo trabalho, custará toda a minha rendição. A cada dia, momento por momento, eu vou encarar uma escolha de ter que arregaçar as mangas e passar por isso com minha própria força ou expirar e deixar que a consciência da minha necessidade dEle me leve a uma conversa que Ele sempre quis comigo.

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. “Mateus 22:37

Jesus nos manda, em Mateus 22:37, amar a Ele de todo o nosso coração, mente, alma e força – literalmente com tudo que existe em nós. Embora isto possa parecer uma ordem difícil ou mais uma tarefa religiosa para nos sobrecarregar, isso não é verdade. Quando vemos um comando de Jesus nas Escrituras, nós sempre podemos descansar que existe uma promessa para nos habilitar a cumpri-lo; “Não na nossa força mas pelo Seu espírito.” (Zc 4:6)

Nós fomos feitos para amar, fomos moldados, formados e trazidos à existência por causa do amor. Nos tornamos vivos no amor. Amar a Jesus primeiro, antes das tarefas e exigências da maternidade, nos leva a rendição. Isso nos lembra o que realmente importa. Nos conecta novamente com o que fomos criados para fazer – para amar a Ele e ser amado por Ele. 

Nosso sucesso como mães não será o quão bem nossos filhos se comportam ou quão altas são suas notas, mas em nossa capacidade de viver e respirar na realidade de nosso relacionamento de amor com Jesus primeiro.

Nossa identidade em Cristo

Ser ‘empurrado’ para este papel de mãe pode ser desgastante e exige tudo de nós. De repente uma nova descoberta sobre a nossa personalidade começa a emergir, à medida que nos lançamos nos cuidados dessas pequenas vidas que fomos chamados para guardar. E assim, como qualquer outra área da nossa identidade, de esposa para missionária (no meu caso), ou médica para mãe e dona de casa, existem dois caminhos diante de nós: a tentação de nos esforçarmos com nossa própria força para produzir o resultado desejado ou um convite para descansar primeiro em  nossa identidade em Cristo. E deixar todo o resto fluir a partir deste lugar (Mateus 6:33). 

Lembrem-se mamães: Primeiro, nós éramos filhas e ainda permanecemos neste papel. Filhas dEle. 

Diariamente, há o convite para vir e permanecer na videira (João 15). Explorando da fonte de vida que nunca fica seca e que tem tudo que eu preciso para me dedicar aos meus filhos, meu casamento e carreira. Nós não podemos derramar (transbordar) de um lugar que é vazio.

Hoje é um novo dia, o que vamos escolher?

Ao iniciar o segundo ano dessa jornada de maternidade, eu escolho a dependência e me render ao processo. Deixando de lado os resultados que eu tão desesperadamente quero produzir. E estou aproveitando mais a conversa de amor ao longo do caminho.

 

Ezequias foi um dos homens mais retos que governou em Israel e seu exemplo nos ensina como responder diante da crise. Ele confiava inteiramente em Deus e tudo o que fazia, prosperava. Mas então ele adoece e a primeira coisa que ele faz, após a ordem de Deus para que a casa dele fosse posta em ordem, foi reconhecer que é um pecador e que não é merecedor de nenhuma das bênçãos do Senhor. Clamou principalmente pela misericórdia de Deus para que ele continuasse a viver. Deus ouviu e respondeu:

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor. E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Isaías 38:1-3

O que Ezequias nos ensina

O primeiro passo daquilo que podemos aprender com Ezequias é que ele confiava em Deus e para confiar é necessário conhecer as pessoas e termos um nível de intimidade com elas, para que assim possamos chegar a um nível de confiança para revelar segredos. Para isso é necessário conquistar, mas para isso é preciso que haja um tempo de qualidade entre nós e Deus.

Ezequias sabia quem Deus era e por isso ele confiava plenamente naquilo que Ele fazia e na sua Palavra. Quando Ezequias recebe a sentença de que morreria, ele não foca nas circunstâncias, mas sim em voltar seu olhar para Deus.

O segundo passo é que sempre devemos nos colocar diante dEle com os nossos corações arrependidos, confiando que independente da circunstância devemos colocar o nosso  foco em Cristo. É através do lugar de oração, que nos despimos de nós mesmos e somos levados a se desconectar das distrações e a somente fixar nossos olhos em Jesus, então conseguimos ouvir o que Ele quer nos revelar naquele momento, construindo assim um relacionamento de intimidade. 

O terceiro passo é para que possamos viver de forma consciente de que Deus se importa e está presente em todos os momentos das nossas vidas e que devemos viver de maneira que o agrade, entendendo nosso papel nesta geração, porque Deus deseja sim responder ao clamor da sua igreja, mas enquanto não nos posicionarmos, nada vai acontecer. 

Como devemos responder ao Senhor

Individualmente e também coletivamente – como corpo de Cristo – quando nos vemos em dias de crise e sofrimento, quando nos vemos diante de um cenário que muda todo o contexto social – nossas vidas e planos se mostram vulneráveis e tudo se torna incerto (trabalho, economias, saúde) – há somente uma coisa a ser feita: buscar ao Senhor em oração. 

O comportamento natural seria questionar o porquê e tentar apresentar respostas. Porém, o Senhor tem mistérios ocultos que pertencem somente a Ele (Dt 29:29). Como Igreja, precisamos nos posicionar. À luz de tudo o que está acontecendo, nosso papel é voltar o rosto para o Senhor; voltar nossas casas para o lugar de oração. Essa deve ser a nossa primeira resposta a essa crise

É no lugar de oração que o Senhor quer nos encontrar. Se não como comunidade reunida em um local físico, em nossas casas, em família. A soberania de Deus inclui as orações do Seu povo. Deus ouviu a oração de Ezequias e mudou o curso da história. 

A Igreja precisa despertar para o lugar da oração

Se há um princípio que importa para o desenrolar dessa história, é que devemos nos posicionar e pedir a Deus por livramento, cura e misericórdia. Este é o primeiro instinto de um coração que ama a Deus. 

O homem piedoso reconhece que é pecador e que não é merecedor de nenhuma das bençãos do Senhor. Por isso, com a consciência limpa, ele pode chegar em confiança diante do Pai, apresentando suas súplicas (2 Tm 4:7; Is 38:17). 

Para enfrentarmos as crises, devemos viver de forma consciente diante de Deus, considerando nossos caminhos, revendo nossas atitudes e prioridades e fazendo uma autoanálise do nosso coração. Importa que vivamos de maneira que agrada ao Senhor.

Assim como Ezequias, precisamos entender nosso papel nesta geração, compreendendo que o plano divino ainda não chegou ao fim e que o Senhor deseja responder a um clamor da sua Igreja e operar em nosso meio e nas nações da Terra.

Então, vamos voltar nossos olhares para Cristo, com o coração arrependido e dispostos a ouvir o que Ele tem a nos ensinar neste tempo dentro de nós e através da nossa sociedade. Sabendo que Ele está sim presente em  todos os momentos do nosso dia e que tudo que fazemos é uma forma de adoração, e que Ele quer sim responder  às nossas orações, mas que precisamos confiar e depender totalmente dEle.

 

Quando falamos a respeito da vitória por meio de Jesus Cristo, celebramos o fato de não termos que pagar pelos nossos pecados. Celebramos a vitória sobre a morte!

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão imperecíveis, e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que perece se revista do que é imperecível, e o que é mortal se revista do que é imortal. Mas, quando o que perece se revestir do que é imperecível e o que é mortal se revestir do que é imortal, então se cumprirá a palavra escrita: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil. 1 Co 15:52-58

Nós, cristãos, somos anunciadores de boas novas

O nosso Rei venceu, está vivo e está voltando para cuidar de seu reinado. Todos aqueles que colocarem sua fé e esperança neste Rei, desfrutarão de dias de paz. 

Ao declarar “Está consumado”, Jesus declara que, através de sua morte na cruz, foi totalmente cumprido o necessário para haver reconciliação entre o homem e Deus

Jesus Cristo redefiniu o significado de morte

Cristo venceu a morte, removendo o seu ferrão venenoso, anulando a sua picada mortal.

 Muitos pensam na morte apenas como o fim da vida, o fim da dor e do sofrimento. Alguns podem vê-la como um “amigo” em dias maus; porém, a Bíblia afirma que a morte é um inimigo (1Co 15:26). A morte é o preço que sobreveio ao homem após a queda; é o preço pela desobediência, pelo pecado (Gn 2:17). 

Celebramos a Cristo pois Ele pagou o preço da morte por nós. Na cruz, Ele assumiu a dívida pelos nossos pecados. 

Porém, se morrermos ainda em nossos pecados, não estando cobertos pelo sangue de Cristo, ao sermos julgados por um Deus poderoso e justo, a morte eterna irá nos alcançar. O aguilhão da morte atingirá a muitos que morrerem sem Cristo (Jo 8:24). 

A morte que é referida como o salário do pecado não é o falecimento do corpo físico, mas a separação eterna da presença de Deus. Esta segunda morte não será experimentada por aqueles reconhecem Cristo como seu Senhor e Salvador. 

Jesus Cristo redefiniu o significado de ressurreição. Teremos vida eterna pois seremos ressuscitados com Cristo. Ele trocará nosso corpo corruptível por um corpo incorruptível (2 Co 5:6,8). 

Aqueles que colocam sua fé em Cristo morrerão, mas não em seus pecados; eles terão júbilo e alegria por saberem que logo habitarão na presença do Senhor. 

Devemos ter a ressurreição como a esperança da vida cristã, o fundamento seguro da fé (1Co 15:14). Depositar nossas esperanças na ressurreição de Cristo traz estabilidade à nossa fé. 

Tão importante quanto aceitar a morte de Cristo é celebrar a sua ressurreição. Se morremos com Ele, também com Ele seremos ressuscitados (Rm 6:5).

 

Existe mais intervenção de Deus em nossas vidas do que podemos enxergar. 

Se por um dia inteiro Deus nos permitisse ver todas as vezes que Ele age em nossas vidas, estaríamos completamente surpreendidos ao final deste dia. 

Intervenção tem o conceito de algo ou alguém que exerce influência em situações e com isso pode até alterar o resultado. 

Intervenção de Deus nos fala de uma vida de devoção ao Senhor que irá demonstrar de muitas formas o quanto Deus está profundamente envolvido com nossas vidas nesta Terra. 

O que quero apontar aqui são intervenções ligadas a uma vida de oração, fé, relacionamento e obediência. 

Quero compartilhar aqui algumas histórias e versículos que nos mostram isso. 

A primeira delas é uma das minhas histórias com Deus e seu poder de intervir na jornada. 

Se você acompanha meus textos sabe que estou em missão na Europa, onde recentemente tive que renovar meu visto para permanecer na Irlanda. Basicamente é um processo simples, se você tem o dinheiro suficiente e os documentos exigidos.  Eu tinha tudo isso e também uma palavra de Deus de que iria permanecer mais um tempo nesse país. 

Mas nada foi simples, mesmo sendo uma renovação depois de ter apresentado tudo e pago as taxas, esperei duas horas e quando recebi meu passaporte, o governo tinha me dado um visto de apenas mais uma semana ao invés de oito meses como é normal. 

Falei com a pessoa que me entregou o visto e informei que algo estava errado, eu já estava orando, mas neste momento comecei a declarar: “Deus você tem a última palavra e me disse que eu teria esse visto.”

Deus responde orações

Voltei até a pessoa que me atendeu, ela me tratou de forma muito grosseira e foi muito preconceituosa apenas por eu ser latina. Olhou novamente meus documentos e me disse duas vezes que não me daria o visto de oito meses. Tentei argumentar, mas não tinha jeito de ela me escutar. 

Aguardei novamente por mais ou menos meia hora e em todo o tempo eu orei, clamei ao Senhor, cerquei meus pensamentos com a Palavra do Senhor. 

E enfim, ao pegar meu passaporte depois de toda essa situação, ao olhar o visto percebi que ele havia sido concedido e por um período de oito meses. Aleluia! Isso é uma clara intervenção de Deus ou não é?!

Vamos falar agora sobre Elias e as intervenções de Deus na vida desse profeta.Uma delas é quando ele desafia os profetas de Baal e esses não obtém respostas dos seus deuses e abaixo temos a resposta de Deus. 

Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus! 1 Reis 18:36-39

Aqueles que fizeram história

Está descrito na Bíblia que quando Elias orou, a chuva cessou sobre a terra e retornou após o profeta orar novamente. 

São duas intervenções aqui. Confira no versículo abaixo: 

Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Tiago 5:17,18

Quero citar aqui Rute, Ester, Davi, Daniel, Paulo e tantos outros cheios de histórias nas quais Deus interviu

Lembro também de um dos missionários que mais me inspiram que foi Hudson Taylor. Esse missionário nascido na Inglaterra e profundamente apaixonado pela China, a ponto de dedicar 51 anos da sua vida aquela nação e ganhar tantas vidas para o Reino dos céus. Este homem enfrentou muitas coisas e viu Deus intervir muitas vezes em respostas às suas orações. 

Outros admiráveis como George Muller, que amou os órfãos a ponto de abrir orfanatos e sustentar tantas crianças, este homem dependeu de Deus em tudo. 

São tantas histórias a contar, a celebrar, você deve ter tantas para repartir também. 

Deus está pronto a intervir em cada uma das nossas vidas, por isso ouse orar por intervenção de Deus

Para que Deus mude sua vida, família e sua nação. 

Para ler sobre mais intervenções, eu indico dois livros que trarão um impacto sobre você. Heróis da Fé,  de Orlando Boyer; e O vinho novo é melhor, de Robert Thom . 

Uma fé pequena leva as almas até o céu, mas uma grande fé traz o céu até as almas. C.H. Spurgeon 

 

Deus te abençoe 

 

Uma vida de devoção a Jesus resulta em uma aproximação sincera e convicção de fé. Todos os dias podemos nos achegar a Ele com confiança, ouvir a Sua voz e conhecer os seus caminhos. Cultivar este relacionamento é um grande privilégio e algumas dicas podem nos ajudar a obtermos maior êxito em nossas meditações diárias.

Quando intencionalmente incluímos a busca a Deus em nossos hábitos, seja orando, meditando nas Escrituras e adorando de todo o nosso coração, estaremos crescendo no pleno conhecimento de Deus.

O primeiro aspecto a ressaltar é que não existe apenas uma única fórmula de buscar ao Senhor, mas todas incluem a Bíblia e o derramar de nossos corações em oração e adoração. A medida que experimentamos essas práticas, descobriremos como funciona melhor para cada um de nós.

Abra seu coração e esteja em oração enquanto ler essas dicas:

1 – Seja sensível ao Espírito, Ele é o nosso ajudador

Comecei com este tópico porque sei que nos sentimos culpados por não perseverarmos em nossos devocionais diários. Se há frustração nesse aspecto, quero te convidar a entregar as tuas limitações ao Senhor.

Jesus se retirava da multidão e se rendia a solitude. Isto não estava ligado a solidão, mas a entrega. Para Ele havia prazer em estar com Deus, mesmo que em um deserto. Jesus sempre se guiava pelo Espírito e fazia tudo em sua total dependência. Reclusão voluntária é uma escolha consciente, mas não deve ser feita de forma mecânica ou meramente religiosa e sim pelo Espírito, que nos ensina as revelações de Deus.

“Mas o Advogado, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu Nome, esse vos ensinará todas as verdades e vos fará lembrar tudo o que Eu vos disse.” João 14.26

Precisamos ser perseverantes quando não “sentimos” vontade de buscá-Lo, mas entendendo que é a graça de Deus e a dependência do Espírito que nos faz encontrar este lugar de prazer na presença do Senhor.

“Tu me fizeste conhecer o caminho da vida, a plena felicidade da tua presença e o eterno prazer de estar na tua destra.” Salmo 16.11

2- Escolha um lugar “tranquilo” para meditar

O Evangelista norte-americano D.L. Moody, utilizava o termo “Hora tranquila” para nomear o momento devocional. Esta é a nossa segunda dica: prepare um ambiente agradável. Seria muito bom se não tivesse pressa ou algo que tirasse sua atenção. Se necessário, desligue o celular e deixe um bilhete pedindo que não seja incomodado. Não sei se você prefere meditar embaixo de uma árvore ao ar livre ou dentro do seu quarto. O importante é que seja um tempo reservado para você e Deus, onde encontre calmaria e descanso.

“Em verdes prados me faz descansar, e para águas tranquilas me guia em paz.” Salmo 23.2

O missionário Jim Stier, fundador da Jocum no Brasil, costuma contar que em certo período de sua vida, já meditou até dentro de um tipo de guarda roupa, pois era o único lugar tranquilo em que ele poderia estar sozinho dentro de uma base missionária lotada. 

3- Não deixe tudo ao acaso, planeje o seu tempo com Deus

É verdade que nosso tempo com Deus não precisa ser rígido. Ao orarmos, não é necessário mudar o tom de voz ou a expressão em nosso rosto. Mas, planejar nosso tempo com Deus pode trazer muitos ganhos, pois não nos sentimos perdidos sem saber o que fazer. Alguns elementos que podem nos ajudar nesse planejamento são:

Músicas – podem deixar nosso coração mais terno. Devemos estar conscientes da presença de Deus. Pois, Ele nos escolheu para sermos sua casa. Cante a Ele as verdades sopradas em seu Espírito.  

“Cantai ao Senhor um cântico novo, pois Ele tem realizado maravilhas; sua mão direita e seu santo braço forte lhe deram a vitória!” Salmo 98.1

Bíblia – Estude temas e tópicos específicos. Alguns exemplos são: Os nomes de Deus; A Natureza de Deus (Seu caráter); Salvação; Evangelhos, Escolha um livro da Bíblia ou um Herói Bíblico etc. Além disso, lembre-se que meditação bíblica não é esvaziar a mente, ao contrário, é enchê-la com as revelações das Escrituras.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.32

Outros suportes: Você também pode utilizar os dicionários bíblicos, as notas de rodapés, comentários bíblicos e as referências cruzadas e, claro há muitos estudos incríveis na internet, leia mais em nosso blog!

4- Não esqueça de anotar, tenha seu caderno a mão

Sem dúvida, esta é uma das minhas dicas preferidas. Afinal, minha escrita nasceu dessa realidade de registrar minhas meditações. O melhor de escrever é poder voltar aos cadernos e a tudo aquilo que Deus tem ministrado ao coração. E é claro que estamos na era da tecnologia, nada de mal se preferir utilizar uma ferramenta remota.

Escreva, registre, anote tudo. Principalmente os versículos e aquilo que Deus tem falado ao seu coração. Sempre que precisar, retorne ao que Deus te ensinou, observe tudo que Ele já mudou dentro de você e ao longo de sua jornada. Feche tudo, escrevendo suas orações.

“Então Yahweh me respondeu e ordenou: “Escreve a visão com toda a clareza possível em grandes tábuas, para que até o mensageiro que passa correndo a leia. Porquanto esta visão se cumprirá num tempo determinado no futuro; é uma visão que fala do fim, e não falhará! Ainda que demore, aguarde-a confiante; porque ela certamente virá e não se retardará. Escreve, pois…” Habacuque 2.2-4a

5- Ore e Cante a Palavra, elas são verdades irrefutáveis

Orar e cantar a Palavra é trazer à luz os princípios ordenados e descritos na Bíblia. Isso muda nossa história. Trocamos mentiras e sentimentos enganosos pela realidade do que Deus diz e de quem Ele É. Isso nos levará a um nível de liberdade e alegria indescritível.

A Palavra é luz que ilumina o nosso caminho. Não importa que tipo de fortaleza nós temos que enfrentar. A questão é que as nossas armas não são carnais ou terrenas, mas poderosas em Deus. Mesmo que tenhamos que combater oposições demoníacas e o sistema deste mundo caído, o Senhor nos deu recursos para guerrear. Ele nos deu a sua Palavra. Jesus é a própria Palavra e nosso pensamento deve estar cativo a Ele.

“Pois as armas da nossa guerra não são terrenas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas! Destruímos vãs filosofias e a arrogância que tentam levar as pessoas para longe do conhecimento de Deus, e dominamos todo pensamento carnais, para torná-lo obediente a Cristo.” 2 Coríntios 10.4-5

6- Faça Devocionais Criativos

E por que não sermos criativos? Faça um passeio com Deus, converse com ele na individualidade de seu ser. Conte a Ele seus segredos e pergunte o que Ele pensa sobre os acontecimentos a sua volta. Você já parou para pensar naquilo que é importante para Deus? Isso também precisa ser importante para nós e ocupar prioridade em nossas vidas.

Outra dica que quero deixar é o devocional criativo, também conhecido por Bible Journaling. É uma forma de expressar através de desenhos, ilustração e lettering aquilo que acabamos de estudar na Bíblia. Você pode ver um exemplo prático no vídeo do Garotas Peregrinas e se inspirar para desenvolver seu próprio devocional criativo. Está é uma ótima dica para artistas e criativos. 

7 – Saiba como você pode responder ao Senhor

Queridos, de nada adiantará estudarmos a Bíblia se ela não transformar o nosso caráter. Se queremos crescer em devoção a Jesus, não podemos enganar a nós mesmos. Há frutos de uma vida de devoção a Jesus, e Bíblia afirma que seremos conhecidos pelos nossos frutos. A verdade nos liberta. Isso é real para você?

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8.31-32.”

Diante de nossa hora devocional, é preciso pensarmos como vamos responder a Deus? Qual é a nossa decisão diante da verdade revelada? Que possamos responder em oração e com obediência radical, lembrando que a Palavra produzirá em nós: vida ou morte.

“Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porquanto a letra mata, mas o Espírito vivifica!” 2 Coríntios 3.6

Conclusão:

Planeje o seu tempo com Deus e responda ao Senhor com oração sincera. Você pode também construir listas de orações trazendo um pouco mais de praticidade para o seu tempo de oração. Seja criativo e descubra como seu momento tranquilo funciona melhor.

Conte-nos: quais práticas você já utiliza no seu tempo devocional e como você tem crescido em devoção a Jesus?

Uma vez, chegando em casa quando eu era mais nova, fui fechar a porta do carro e esmaguei meu dedão ali. Subitamente uma corrente de dor insuportável veio até meu dedo, tive a sensação de quase tê-lo arrancado. Fiquei totalmente sem reação, e nem mesmo consegui abrir a porta do carro. Então, minha irmã veio rapidamente e abriu enquanto tudo que eu conseguia fazer era me queixar de dor (e parece que começou a doer mais quando eu vi o sangue). Então meu pai abriu o portão de casa, e me levou correndo para a cozinha, encheu uma tigela com vinagre gelado, pegou minha mão, e colocou meu dedo inchado ali. Eu comecei a chorar, doía muito mais, e eu implorava “pai, por favor para, isso dói mais”, então ele me abraçou, sem tirar meu dedo da tigela e só falou “eu sei que está doendo, mas vai ser melhor para você”. 

O Pastor que está nos vales

Eu sempre me lembro desse momento quando estou passando por situações dolorosas. Quando estou diante de problemas que não consigo resolver, quando a saúde não vai bem, e ao mesmo tempo o mundo inteiro passando por uma pandemia, crises ao redor, preocupações, e me vejo tentando ser forte diante de tudo isso, e tentando não confundir força com autossuficiência. Mas o que aquele momento do parágrafo anterior tem a ver com o que estou falando aqui? Eu entendi que em meio à dor e ao sofrimento, Deus é aquele que me abraça e do caos faz a paz transbordar. Mesmo que tudo ao redor permaneça do mesmo jeito, Ele me sustenta, Ele se faz presente para me ensinar, e me dizer: “eu sei que está doendo, mas vai ser melhor, você vai crescer, alegre-se no sofrimento, eu estou aqui com você, sou seu aliado fiel, sua torre forte”.

Os frutos do sofrimento

Portanto, não estou dizendo que devemos amar o sofrimento, e permanecer ali sempre sofrendo. Se alegrar no sofrimento é se alegrar no que ele gera e produz. Você não precisa sair por aí buscando motivos para sofrer. Mas, quando o sofrimento vier, é uma oportunidade de sermos transformados, pois “ainda que nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. (2 Co. 4:16-17). Há algo sendo gerado em nós quando passamos por tempos difíceis, e é nessa verdade que podemos nos apegar quando esses dias chegarem.

O Senhor é a nossa rocha

Lembro-me de uma experiência que tive durante um curso ministerial que fiz há alguns anos. O Senhor começou a me ajudar a ver coisas dentro de mim que não eram muito agradáveis: dores, mágoas e lugares em meu coração que precisavam ser transformados. Foi o início de um processo muito doloroso, eu queria fugir, e falava para Deus que não conseguiria enfrentar. Neste período eu estudava com o time de louvor que eu fazia parte o Salmo 144:1:

Bendito seja o Senhor, a minha Rocha, que treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha”.

E enquanto o Senhor me ajudava a colocar algumas coisas para fora, eu me sentia cansada de lutar, e parecia que até meu corpo doía. Eu me vi como se estivesse em um campo treinando com um arco e flecha, tentando acertar o alvo, sem conseguir. Eu tentava, e meus braços doíam ao puxar a flecha, mas ali eu sentia o Senhor me treinando, e como se Ele me falasse: “Vamos lá, mais uma vez, continue treinando”. E eu: “Mas eu estou cansada, minhas mãos não aguentam mais”, e Ele com muito amor :“Eu estou treinando suas mãos para a batalha, Eu sou a sua rocha, continue, você vai conseguir”. Eu chorava enquanto via essa imagem em minha mente, estava doendo, mas eu precisava enfrentar o sofrimento, precisava deixar o Senhor me transformar, trazer cura e me moldar.

O Pai amoroso que está conosco nos processos

Eu me lembro daquele momento com meu pai me abraçando enquanto colocava meu dedo machucado no doloroso processo de cura. “Vai ser melhor para você!” É disso que eu quero que você se lembre. O Pai amoroso te conduzirá com graça nesse processo. No sofrimento, na dor, nos momentos difíceis, coloque-se diante do Senhor perguntando: “qual a resposta eu preciso dar nesse momento?”, e “quais são os lugares do meu coração que precisam ser moldados segundo a Tua vontade a partir disso que estou enfrentando?”. O Senhor mesmo te conduzirá nesse processo. Apegue-se a Ele, e lembre-se: na nossa fraqueza, Ele é a força que sempre irá nos sustentar.

A devoção diária e pessoal é uma característica do cristão que sabe a importância de investir tempo na Palavra e com o Senhor. Ter devoção diariamente independe do número de tarefas e da lista de afazeres, afinal, a sociedade inteira é extremamente ocupada. Aliás, nunca se fez tantas coisas ao mesmo tempo como a nossa geração tem feito. Mas isso não é desculpa para negligenciar o tempo de fazer devocional. 

Existem diversas e diferentes razões para isso. E a verdade é que, investir tempo de qualidade com Deus só traz benefícios. Afinal, quais são os frutos do tempo investido em meditação na Palavra e em oração?

  1. Devoção diária fortalece o cristão

Jesus é o nosso alimento diário. Um relacionamento constante com Ele gera alinhamento de emoções, pensamentos de acordo com a Palavra, um coração fortalecido, uma mente saudável. Esse relacionamento também gera uma vida de acordo com seus princípios e valores. Então, mesmo estando em vales sombrios, ou passando grandes tipos de dificuldades, o cristão é fortalecido e cheio do amor de Deus. É movido por fé e não pelo que vê. Essa força é fruto do reconhecimento de que tem um Pai que é soberano e bom o tempo inteiro.

  1. Devoção diária produz frutos

Como uma árvore plantada junto ao ribeiro, assim é o cristão que investe tempo com o Senhor. O fruto de uma vida de devoção, de entrega, de temor, de obediência, é a sabedoria que vem do alto. É uma vida guiada pelo Espírito Santo, onde sua voz e seus sussurros, guiam por meio da consciência e dos bons conselhos vindos de pessoas que tem a Bíblia como primordial. A Bíblia é o livro da vida e nela encontramos respostas para tudo. Ela alimenta os famintos e dá forças aos cansados e sobrecarregados. Os frutos vindos do relacionamento diário com Jesus geram um legado eterno.

  1. Devoção diária revela o amor do Senhor

Deus se revela em tudo e em todos os momentos. Nos céu azul e na noite estrelada. No oxigênio do ar e no sorriso de uma criança. Mas em momento de devocional, Deus revela-se e a revelação de quem Ele é magnífica. Ele revela sua bondade, seu amor, seu juízo, o futuro, sua misericórdia, seus planos e sonhos. Ele se revela como um Pai que tem o melhor para seus filhos. Se revela como um amigo que está presente em todos os momentos. Se revela como um Salvador que faz tudo por amor.

A devoção pode ser fruto de fome e sede de Deus. Mas a verdade é que nem sempre acordamos com esse desejo, com esse anseio. Então, a devoção é uma disciplina que precisa existir independente de vontade humana. A devoção é fruto do reconhecimento de que sem Deus você não é nada. Que sem Ele, você é um ser vazio, desorientado…

Comece a fazer um devocional agora mesmo. Leia um Salmos, ore a Deus. Converse com Ele em secreto e Ele fortalecerá seu homem interior. 

Ore o texto de Efésios 3:14-21:

Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,
E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

O alarme do celular despertou. São 8:00 horas da manhã. O som das buzinas e do barulho dos carros na avenida invadem o quarto, que já está bem iluminado pelo reflexo do sol na cortina. Mais um dia comum, levanta da cama, lava o rosto, escova os dentes e esquenta a água para o café. Troca de roupa. Toma um café da manhã. Liga o notebook. Conecta em todos os aplicativos possíveis e começa a trabalhar. Assim são os dias comuns

Não importa se estamos em isolamento social, se estamos com a rotina mais agitada ou mais tranquila, todos nós somos engolidos pelos dias ordinários. Ou melhor, todos nós fazemos e temos atividades comuns que são essenciais para o bom funcionamento do nosso dia. A questão é: como enxergamos esses dias comuns e as tarefas diárias? Podemos encontrar beleza, contentamento, bondade, graça do Senhor e devotar ao Pai tudo o que fazemos como expressão de adoração a Ele? 

Tudo para a Sua glória 

Infelizmente estamos apegados e formatados com a ideia de que só o domingo é sagrado e dedicado a Deus. Quando, na verdade, a maior parte das nossas vidas acontece entre segunda e sábado, os dias ordinários e “seculares” que costumeiramente chamamos. Porém, o Senhor tem chamado a nós, cristãos, a compreendermos o que a Sua Palavra diz: 

“Assim, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” 1 Co 10:31

“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” Rm 11:36

Por isso, necessitamos ressignificar o que entendemos por dias comuns. Além disso, dedicarmos todas as nossas tarefas, desde as mais simples e comuns, até aquelas que consideramos importantes e complexas, como um ato de adoração e devoção ao Senhor. Como disse a autora Tish H. Warren, em seu livro Liturgia do Ordinário, “esses pedacinhos do nosso dia são profundamente significativos, porque eles são o lugar da nossa adoração. O cerne da nossa formação está na monotonia das nossas rotinas diárias”.

Porém, como entender que o simples ato de cozinhar para mim e minha família pode ser um ato de adoração ao Senhor? Veja bem, escolher os alimentos que serão feitos, dedicar tempo em prepará-los, descascar os legumes, levá-los ao fogo e esperar o tempo de cozimento, é um ato de amor. Além disso, cuidar do nosso bem-estar e o daqueles que amamos, da saúde do nosso corpo, é uma atitude que o Senhor se agrada e estamos obedecendo a Sua Palavra, de amar o nosso próximo servindo-o e cuidando da Sua criação.

A humanidade de Jesus e os dias comuns

Na bíblia não encontramos muitos relatos sobre a infância, adolescência e juventude de Jesus. Sabemos mais detalhes de sua vida a partir do início do seu ministério, quando tinha por volta de 30 anos. Mas, permita-me utilizar a imaginação agora – sem cometer erros bíblicos – e pensar nos dias comuns que Jesus enfrentou: primeiro, Jesus que é todo poderoso e cheio de glória escolhe se humilhar e assumir a forma humana. Aquele que Criou todas as coisas teve que aprender a andar, falar e escrever. Você consegue imaginar isso? 

Jesus com certeza brincou bastante em sua infância, deve ter caído e ralado o joelho, tomou banho e escovou os dentes. Mas, com certeza não da mesma forma que fazemos hoje. Quando acordava, sem dúvidas tinha que pentear os cabelos e arrumar sua cama. E deve ter feito vários favores para sua mãe, ajudou nos afazeres do lar e aprendeu a profissão de seu pai, José.

Jesus também passou pelos dias comuns e simples, e deve ter ensinado a muitos, especialmente a sua família, sobre a beleza da rotina e dos dias ordinários. Jesus não foi poupado da monotonia da rotina, ele foi fiel, constante e manteve sua comunhão diária com o Pai. Vemos a afirmação disso, no início do seu ministério, quando a bíblia nos relata o seu batismo e a marcante declaração do Pai a ele: “Este é o meu Filho amado, que me dá grande alegria”. Mateus 3:16 

O Pai se satisfazia com o Seu Filho, sentia orgulho e ele lhe dava muita alegria. 

Dá-nos hoje o pão para este dia

A famosa oração ensinada por Jesus aos seus discípulos nos dá lições preciosas a respeito de como viver os nossos dias comuns. Leia os versos de Mateus 6: 

“Dá-nos hoje o pão para este dia e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores” Mateus 6:11-12

Quero chamar a atenção no primeiro verso, sobre pedirmos ao Pai a provisão para este dia que estamos vivendo. Não para buscarmos hoje a provisão de amanhã ou do mês que vem. Mas, hoje o que é para hoje. Dependermos da graça Dele, de encontrar beleza, gratidão e contentamento no Senhor para vivermos cada dia e com o que ele nos deu para vivermos este dia. 

Penso que podemos pensar no pão de cada dia, não sendo somente algo da provisão natural que necessitamos. Podemos entender também, “o pão diário”, como buscar o alimento espiritual, que vivifica nossa alma, mente e coração dia após dia. Cultivar uma vida que ama e estuda a Palavra de Deus, e que se dedica a oração e ao viver em santidade. 

Portanto, o Senhor nos chama a olhar de maneira diferente para os nossos dias comuns. Além disso, de sermos capazes de apreciar a bondade, verdade e beleza e, portanto, entender que todas as nossas tarefas e nossos dias são sagrados e importantes para o Senhor. Saberemos passar por todos os dias com mais sabedoria e contentamento se estivermos profundamente dedicados em cultivar uma vida diária de devoção ao Senhor em tudo que fizermos, se pararmos para nos alimentar do pão da Vida. O seu dia importa para o Senhor e o modo como você o vive também.