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O que significa sermos à imagem de Deus?

Ser à imagem de Deus independe de ser cristão. Isto é, todos os seres humanos carregam características daquele que os criou. Ninguém está isento de qualidades que pertencem a Deus e são provenientes dele. Deste modo, a bondade, virtude que qualquer um pode exercer, vem de Deus.

Isso é visível em como os seres humanos são capazes de se organizar, se relacionar, se perdoar, agir com ética, sendo cristãos ou não, acreditando ou não em Jesus Cristo. Certamente, todos são capazes, mas isto não quer dizer que todos são justificados pelos atos de bondade que praticam.

O intuito aqui é que entender que ser imagem de Deus é um ponto de partida para encarar a vida, as pessoas e os propósitos de Deus. Isto pode se dar já que, segundo a Bíblia, a história começou neste ponto. Além disso, é importante entender que após o início do pecado, a revelação de Jesus foi essencial para o sentido da vida do homem.

Então, aqui se verá a construção de um raciocínio, e é importante que você acompanhe todos eles.

 

Todos têm traços de bondade

Inicialmente, é intrigante que ao mesmo tempo em que existe a maldade, decorrente do pecado e está por toda a parte, a graça de Deus também atua e está preservando a raça humana e a sua criação. E isso ocorre em todos os aspectos da vida, da sociedade, do conhecimento e da história.

Todos possuem traços de bondade, porque são imagem de Deus. Então, a bondade que as pessoas praticam são a prova de que Deus existe, senão não haveria o porquê de elas serem boas. E por que, de certa forma, elas obedecem uma ética e regras?

Além do fato de que não seria possível viver em sociedade sem ética, isso nos mostra que existe uma lógica sobre todas as coisas. Todos obedecem uma lógica. E isso é porque todos são criados por um Deus que organizou as coisas de forma inteligível, estabelecendo sentido. 

 

Você consegue se relacionar com pessoas diferentes de você?

Muitos de nós têm a infelicidade de não saber se relacionar com pessoas que não são cristãs, muito por não compartilharem interesses em comum. Entretanto, a imagem de Deus está refletida naquela pessoa, assim como também está na criação.

A imagem de Deus está presente naquela pessoa. Mas o ponto é que cada um vive sob a influência de uma determinada filosofia ou cultura. Então, as pessoas têm dificuldade de enxergar a vida sob a perspectiva cristã, porque estão presas em seu entendimento.

Isto não quer dizer que a conversão a Jesus Cristo é só pelo entendimento. Ela se dá só por meio da fé. Mas, sem perceberem, essas convicções filosóficas são abraçadas pelas pessoas como uma razão de fé. A raiz se encontra no motivo de que o modo de pensar de alguém pode o levar a uma cegueira acerca de Deus.

Então, uma pessoa com um pensamento diferente do evangelho deveria remeter à igreja a expressão de amor a elas, pelo fato dessas pessoas serem ignorantes com relação às boas novas de Cristo.

 

Deus pode ser visto em tudo

Sim, isso é possível pelos óculos do cristianismo. A centralidade da Bíblia é o próprio Deus e não o homem. Então, é necessário lermos a Bíblia pela perspectiva de que Deus se revelou. E que tudo é dele e que o restante é criatura. Em meio a tudo isso ele fez os seres humanos de modo especial.

Duas coisas são importantes aqui, a criação revela que existe um Deus presente guiando a lógica de todas as coisas. E segundo, a graça comum de Deus está presente na humanidade e na criação em todas as áreas, em todos os níveis.

Mas, certamente, a criação não é suficiente para evidenciar o rumo que a humanidade tomou. O homem sem Deus é mal. Apenas a revelação de Jesus, descrita na Bíblia, é capaz de dizer especificamente que a estrutura é boa. Mas sem Deus as coisas tomaram uma direção completamente oposta ao propósito principal de Gênesis.

 

O chão de todas as coisas

Diante disso, se vê que mesmo em um mundo habitado pelo pecado, pela maldade, Deus continua promovendo o desenvolvimento e assessorando o homem na evolução da ciência, da preservação da moral e da boa conduta.

Deus é o autor da história. E disto decorre que, Deus pode ser visto em todo lugar, mesmo onde o pecado está presente. Com isso, é importante esclarecer que Ele não se alia ao pecado. Mas preserva a humanidade e a sua criação, mesmo com a presença do pecado.

Dentre muitas convicções filosóficas ou de crença, estas pairam no ar, enquanto o chão é o evangelho. O fundamento mais firme e sólido que a humanidade pode conhecer está na revelação de Deus no Filho.

E o homem, por mais que carregue sinais de criatura sonhada por Deus, portadora de sua imagem, ele precisa da revelação presente na divindade e humanidade de Cristo.  A bondade de uma pessoa não é tudo, e desassociada de Deus, perde o sentido. Porque, no fim, o que se espera de alguém, não é que a pessoa tenha apenas atitudes de bondade, mas que abra os olhos para a verdadeira realidade.

Muitos de nós estamos em uma longa jornada esperando que as promessas do Senhor em nossas vidas, se tornem realidade. Temos impressões em nossos corações, grandes sonhos e o desejo de sermos profundos em nosso relacionamento com Cristo Jesus. Mas tudo quanto se relacionam as promessas, ainda parecem muito distante. Em meio a espera, podemos ficar exaustos. É preciso coragem e determinação para mantermos nossos corações em fé.

Lembro-me da história de Josué. E de como Deus o encorajou a manter-se firme diante dos desafios que teria que enfrentar para conquistar a terra prometida. Além disso, o Senhor o exortou a ter o cuidado de guardar a lei e não se desviar dela. Nem para a direita e nem para a esquerda.

“Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.” Josué 1.7

O cumprimento das promessas de Deus estão diretamente ligadas a obediência. Significa que é preciso guardar aos princípios estabelecidos por Deus em sua Palavra. E isso, não é nenhum tipo de legalismo, mas de vida para os que amam a Deus.

Então, a pergunta que não quer calar é: Quanto o nosso coração tem sido amoroso para com o Deus ao ponto de obedecermos a sua Palavra?

A história de Josué e a promessa da terra prometida

Você já leu o livro de Josué? Já imaginou todas as guerras que ele lutou e sua relação com Deus? Em como se tornou corajoso a medida em que obedeceu as ordenanças do Senhor? Quando lemos a Bíblia é muito importante usarmos a imaginação para nos conectarmos com a história.

Coragem não é algo que vem do nada, ela se torna real à medida que andamos com Deus e obedecemos aos seus mandamentos. Josué foi um homem corajoso porque experienciou em sua caminhada o que Deus pode fazer. Ele foi o sucessor de Moisés. Presenciou os milagres e atravessou o deserto servindo seu líder. E quando sua hora de liderar chegou, já havia muita sabedoria em seu coração. Também havia grande referência do que Deus tinha feito no deserto. Seu livro começa com uma promessa feita por Deus:

Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado como eu prometi a Moisés.” Josué 1.3

Aquilo que Deus prometeu aos hebreus saídos do Egito, transpassou gerações. Não era apenas para Moisés, mas foi o legado de Josué. Além disso, Deus também disse a Josué:

 

“Ninguém te poderá resistir todos os dias de tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei.” Josué 1.5

Sê forte e corajoso

“Sê forte e corajoso, porque tu farás esse povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. (v-6) Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. (v-7) Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas nem te espantes, porque o Senhor teu Deus, é contigo por onde quer que andares. (V-9)” Josué 1.6,7,9

Se observarmos o primeiro capítulo de Josué, concluímos que por três vezes Deus manda que ele fosse: forte e corajoso. Deus sabia dos grandes desafios que o povo teria que enfrentar e a chave estava em permanecer n’Ele e se manter perseverante.

Em nossas vidas também não é diferente. Todos os dias há inúmeras provas de fé que temos que passar. Muitas vezes, nos sentimos fracos e desencorajados. Isso, sem falar na ansiedade que tenta roubar nosso coração de Deus e nossa paz.

Os desafios vão se tornando maiores à medida que caminhamos. Jesus nos avisou que neste mundo passaríamos por aflições, mas que mantivéssemos o bom ânimo. Pois Ele venceu o mundo.

Onde construímos nossa casa?

Onde temos construído nossa casa? Na rocha ou na areia? Quais têm sido nossos alicerces? Pois, certamente tempestade vai soprar. Se estivermos firmados na Palavra, teremos vida e esperança. Mas se nosso coração e alma oscilam, nossa força se esvai pelos dedos, como areia do mar.

Quando nosso coração se sentir duvidoso e as crises em nossa fé baterem na alma, devemos voltar nosso coração a Jesus e nos lembrar que, sem Ele, nada podemos fazer. Devemos nos lembrar do Salmo 1, que não andamos no conselho dos ímpios. Antes, o nosso prazer está na Lei do Senhor, e na sua lei meditamos dia e noite.

Assim, seremos como árvores plantadas junto a corrente das águas. Que no devido tempo dá o seu fruto e cujo a folhagem não murcha. E TUDO quanto ele faz será bem-sucedido.

A mesma palavra também está presente no texto Bíblico de Josué: “… para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que o meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.”

O padrão de sucesso do mundo é bem diferente do padrão de Deus. A presença de Jesus nos dá forças para caminharmos em fé independente de circunstâncias externas. Independente do quanto aparentemente demore suas promessas. Mas também é verdade que, quando obedecemos a Palavra Viva e suas diretrizes, benção estará sobre nós e será como um sinal para que os ímpios creiam em quem Deus É.

Conclusão

Começamos esse artigo sendo encorajados a sermos fortes e corajosos da mesma forma que Josué foi instigado a fazê-lo. Aprendemos que obediência a Palavra está diretamente ligado a sermos abençoados e bem sucedidos. E isso independente de circunstância externas. Há grande alegria em conhecermos ao Deus que nos salva e nos ensina a sermos corajosos. Mantenhamos nosso coração Nele.

Em que circunstâncias Deus tem te feito forte e corajoso? Lembre-se de suas promessas. Conte-nos como tem sido sua jornada de fé e como a Palavra tem sido firmada em seu homem interior? Vamos amar saber o que Deus tem feito em sua vida.

Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”

Todos responderam: “Crucifica-o!”

“Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!” (Mt. 27:20-26)

Lemos isso e pensamos como essas pessoas poderiam ser tão más e cruéis em desejar a morte do único homem verdadeiramente justo e perfeito que já pisou nessa terra. O que não percebemos é que esse mesmo pecado nós também cometemos, pois rejeitamos Jesus. Essa é a condição dos nossos corações quando somos cheios de descrença: rejeitamos Deus, seu Filho e seu sacrifício. Todos nós pecamos e fomos destituídos da  glória de Deus (Romanos 3). Essa é a nossa realidade longe de Cristo. Nós gritamos “crucifica-o!” com nossa desobediência e rebeldia declaramos junto com aqueles que o condenaram “Ele não é nosso Rei!”, “Ele não é nosso Messias!”, “que o seu sangue esteja sobre nós!”

Nosso grito é tão raivoso quanto o deles. Nosso grito ressoou junto com o deles, enquanto caminhamos desprezando Cristo e seu sacrifício. Não temos como nos defender disso, pois somos indesculpáveis!

Ele se entregou por nós

Cristo se entregou e morreu pelos nossos pecados. A morte que nós merecíamos Ele tomou sobre si. A ira de Deus destinada a nós por causa do nosso pecado, foi derramada sobre Ele (Romanos 5). O único justo foi julgado como o maior dos pecadores, pois foi do agrado dEle entregar a sua vida.

A boa notícia do Evangelho é que a história não acaba aqui.

“No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galiléia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’“. (Lucas 24:1-7)

A morte não pôde contê-lo. Ao terceiro dia Ele ressuscitou. Por isso, proclamamos e nos regozijamos na morte e na ressurreição dEle, porque no seu sangue somos justificados, redimidos e transformados.

“Onde está, ó morte, a sua vitória?

Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Cor. 15:55)

O sangue de Jesus está sobre nós

Deus, sendo cheio de misericórdia, amor e paciência tem aberto os nossos olhos através do Espírito Santo, fazendo-nos ver nossos pecados e nos levando ao arrependimento. Por isso nos apegamos e nos inclinamos para a cruz onde nosso Salvador morreu. É por meio de seu sangue que somos perdoados e libertos da morte eterna e da separação que havia entre nós e Deus.

Agora podemos dizer com um significado totalmente diferente “Que o seu sangue esteja sobre nós!”. E não em rebeldia, desafiando-o como antes, mas clamando desesperados em arrependimento, cheios de esperança, cheios de gratidão e em adoração, sabendo que somos frutos de seu sacrifício.

Jesus, que o seu sangue esteja sobre nós! O sangue que fluiu de sua cabeça, suas mãos, seus pés, nos limpa de todas nossas iniquidades.

Por isso adoramos ao Cordeiro que se entregou, foi morto, ressuscitou e nos libertou. Sua morte é a nossa vida, sua ressurreição é a nossa esperança. Com Ele ressuscitaremos e com Ele viveremos por toda eternidade, pois seu sangue está sobre nós!

Esse é um período do ano em que muitos cristãos refletem sobre fé. Pois, foi na sexta-feira santa que a maior prova de amor foi demonstrada à humanidade. A prova de amor de um Deus Criador que não desistiu de sua criação, e também a prova de obediência de um Filho, que esvaziando de si mesmo, se entregou como sacrifício, a fim de devolver a esperança da reconciliação, através de sua morte e ressurreição.

Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação. Romanos 5: 7-11

Os efeitos da cruz

Falar sobre Páscoa é falar sobre cruz, esperança e ressurreição. Cruz, foi aonde vimos as medidas do amor de Deus por nós, sua criação. Cruz, foi onde vimos a obediência do Filho de Deus nos dando acesso à vida eterna. Cruz, foi às boas-vindas do derramar do Espírito Santo sobre toda a carne. Cruz, foi onde a maldição da primeira árvore se transformou em benção.

A esperança foi restaurada em nós na Páscoa. Nada podia ser feito, e um inocente precisaria morrer. Mas qual ser humano suportaria a ira de Deus? Qual homem suportaria o peso de culpa do pecado de toda humanidade? Que homem seria considerado puro? No decorrer da história dos Judeus, vemos que eles eram ensinados que um inocente precisaria morrer:

E quando vossos filhos vos perguntarem: Que significa este ritual? Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito, quando feriu de morte os egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou. Êxodo 12: 26-27

Eles já cresciam sabendo disso. Deus já vinha anunciando que a salvação chegaria, a esperança viria. Mas que esperança é essa? A ressurreição dos mortos. Falar de Páscoa é saber que um homem foi capaz de cumprir todos os requisitos para levar nossa culpa.

Porque, assim como a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. 1 Coríntios 15: 21-22

O significado da Páscoa

O significado da Páscoa é muito além do que é retratado nos dias atuais. A Páscoa afeta toda a história. Pois, aquele momento foi o ato crucial de toda a obra que o Pai determinou para o futuro da humanidade e de toda criação. Na Cruz, Jesus é o símbolo do homem que mediou entre o céu e a terra, entre o passado e o futuro. A Cruz desfez o muro que nos separava de Deus. Foi na Páscoa que o cordeiro se entregou em misericórdia. Foi também na Páscoa que Ele ressuscitou, rugindo como um leão em Justiça Divina. Os que abraçam a cruz recebem essa misericórdia, do contrário, estarão abraçando juízo.

Portanto, ao comemorarem a Páscoa, agradeçam e celebrem! A morte foi só o começo. A ressurreição nos aguarda.

A vida estava nele e era a luz dos homens. João 1: 4

Mais que um estilo de vida, Coram Deo é um convite feito a cada um de nós durante toda a história da humanidade.

O chamado para um estilo de vida Coram Deo é para viver eternamente diante de Deus  e para glória dEle.

Começando nesta era e visando o futuro eterno com Ele.

Enquanto muitos dizem Carpe Diem, que quer dizer ” colha o dia e aproveite o momento”, nós entendemos que o nosso chamado é diferente, pois tivemos a revelação da eternidade.

Isso significa que não devemos encarar a vida de uma forma leviana. Devemos entender nosso propósito e a importância que é o dom da vida. Viver uma vida inteiramente diante Dele, por Ele e para Ele. Entender como Paulo entendeu e poder expressar como ele fez em Filipenses.

“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo”. Filipenses 3:7,8

Paulo entendeu que tudo era perda diante da realidade de viver uma vida inteira diante da Presença de Deus.

Faça hoje a melhor escolha

Vou dar alguns exemplos para você:

Você acha que é possível viver na Presença de Deus enquanto estiver numa academia lotada? Ou enquanto você caminha até o seu trabalho, ou em um final de semana com seus amigos na casa de praia?

É claro que é possível, pois você carrega a Presença de Deus por todos os lugares.

Acredito que entender e viver Coram Deo será extremamente simples se tão somente você entender que carrega ao Autor da vida dentro do seu ser.

Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor. Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir. Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Salmos 139:1-7

 

Uma vida na Presença de Deus

Este estilo de vida não é somente para quando você se sente mais espiritual porque orou mais ou jejuou durante a semana.

Esteja onde estiver, com quem estiver, você deve ter em mente que está vivendo na Presença Dele.

Se você estiver ciente da Presença de Deus, em consequência estará ciente da sua Soberania.

“pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele”. Colossenses 1:16

Então seus melhores devocionais, suas mais lindas canções, meus textos mais inspirados, são somente um fragmento da jornada toda. Não somos mais santos nestes momentos do que naqueles em que estamos fazendo qualquer outra coisa.

Você vive na Presença de Deus até mesmo durante o seu sono. Dormimos e acordamos diante Dele.

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. 1 Co 10.31

Tendo isso em mente, podemos entender que um homem em meio à uma plantação de arroz na China pode viver Coram Deo, ou até mesmo um médico que está dedicando sua vida para encontrar a cura da Aids e salvar tantas vidas ao redor do mundo.

A mãe que acorda às cinco da manhã para levar seus filhos para a escola ou aquele professor que dá aula em três escolas. Pessoas comuns que escolheram viver uma vida incomum. Eles escolheram abraçar ao convite do Deus de Amor.

Viva por Ele, na Presença Dele,  para a glória dEle todos os dias da sua vida.

Lembre-se, Coram Deo é para todos nós.

 

Tem momentos em nossas vidas nos quais não conseguimos enxergar a misericórdia de Deus. Temos o costume, como cristãos, de associar a misericórdia à uma espécie de “livramento” de coisas ruins em nosso cotidiano. Quando nada de muito ruim acontece, não lembramos de clamar por misericórdia ou de agradecer por ela. Usamos essa palavra o tempo todo e, talvez, não pensemos muito sobre o peso que ela carrega. Na verdade, há algo muito forte por trás, que não pode ser tratado de forma banal.

O maior ato de misericórdia

A misericórdia faz parte de quem Deus é. Quando Jesus morreu na cruz por nós, foi um grande ato de amor. Em um mesmo evento, houve juízo sendo derramado sobre Ele em favor de toda a humanidade e, ao mesmo tempo, compaixão sendo estendida a nós. Nosso Deus é juiz, mas também é misericordioso; e na cruz vemos o cumprimento desses seus dois atributos de maneira clara.

Sendo homem, como eu e você, Jesus sofreu tudo o que um ser humano poderia sofrer ao longo de sua vida. Não sabemos detalhes da sua vida antes de começar seu ministério, mas sabemos que tudo o que Ele fez, ele aprendeu com o Pai, inclusive como ser misericordioso. Na sua intimidade com o Pai, Jesus aprendeu a estender compaixão aos outros, e seu maior ato de misericórdia se cumpriu na cruz.

Poupados por amor

A misericórdia de Deus mostra que Ele tem zelo pelo nosso relacionamento com Ele. Mostra seu amor por nós de maneira que não conseguimos entender pela nossa sabedoria. Ele deseja derramar seu amor sobre nós, e para isso é preciso que não recebamos o que merecemos. Somente dessa forma podemos ter completo acesso ao Pai e ao seu amor. Como diz Dale Anderson, no livro Misericórdia Triunfante: “Ele age conosco em misericórdia, não porque mereçamos, mas porque é da Sua natureza agir assim”.

Todos os dias somos poupados do seu juízo, pela misericórdia que se renova a cada manhã. Todos os dias somos poupados em nome do seu amor por nós. Através dessa certeza – de que não recebemos o que merecemos -, sabemos que não podemos fazer nada sem Ele. Afinal, isso nos impulsiona a estendermos as mãos aos outros e sempre sermos gratos por essa misericórdia que triunfa sobre o juízo, manifestando Seu amor por nós.

 

Hoje quero falar sobre sonhos e o que enfrentamos quando começamos a avançar em direção aos nossos.

Como anda sua capacidade de sonhar? Ou você deixou de sonhar diante de tantas circunstâncias adversas?

Falo hoje não somente com sonhadores, mas também aqueles que perderam a capacidade de sonhar.

Deus nos chamou e colocou dentro de nós desejos para que em parceria com Ele, nós possamos construir coisas grandiosas.

Às vezes, o tempo nos leva a desistir ou até achar que os sonhos não irão acontecer, e se isso é real, de que adianta sonhar?

Nosso coração não pode chegar ao lugar de não termos mais sonhos. Deus chamou sonhadores que podem, pelo poder Dele, realizarem sonhos, sejam estes pequenos ou grandes.

Para aqueles que não tem sonhado, eu os encorajo a sonhar. Não deixe que as decepções tire de você a capacidade de sonhar.

Para os sonhadores que tem andando na jornada, quero encorajá-los a crer que sonhos se realizam, mesmo que demore além do que você imagina.

Ao mesmo tempo, acredito que você, sonhador, tem encontrado dois tipos de pessoas no seu caminho: opositores e apoiadores.

Dois tipos de pessoas que encontramos em nossa jornada

Neemias queria reconstruir o muro caído de Jerusalém. Ele recebeu apoio do rei Artaxerxes que forneceu caminhos e recursos para que Neemias pudesse trabalhar na reconstrução.

Então o rei, com a rainha sentada ao seu lado, perguntou-me: “Quanto tempo levará a viagem? Quando você voltará? ” Marquei um prazo com o rei, e ele concordou que eu fosse.
E a seguir acrescentei: Se for do agrado do rei, que me dê cartas aos governadores do Trans-Eufrates para que me deixem passar até chegar a Judá.
Que me dê também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que ele me forneça madeira para as vigas das portas da cidadela que fica junto ao templo, do muro da cidade e da residência que irei ocupar. Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim, o rei atendeu os meus pedidos.
Com isso fui aos governadores do Trans-Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei. O rei fez-me acompanhar uma escolta de oficiais do exército e de cavaleiros. Neemias 2:6-9



Mas Neemias também enfrentou oposição e enfrentou afronta e zombaria.

 

Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: “O que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei? “
Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem sucedidos. Nós, os seus servos, começaremos a reconstrução, mas, no que lhes diz respeito, vocês não têm parte nem direito legal sobre Jerusalém, e em sua história não há nada de memorável que favoreça vocês! Neemias 2:19,20


Há torcedores e opositores

Em nossa caminhada em busca dos sonhos, iremos nos deparar com aqueles que lutarão ombro a ombro por nós e aqueles que realmente irão torcer para que nada se cumpra.

A vida e o tempo nos farão reconhecer opositores e apoiadores de sonhos.

Essa geração precisa voltar a sonhar e crer que irá realizar os sonhos que Deus plantar em seu coração.

Neemias sentou-se e chorou por tudo o que estava acontecendo, mas ele se levantou com os sonhos renovados e captou recursos e apoio para reconstruir o muro que estava caído.

Que sejamos como ele. Que possamos reconhecer que existe aqueles que irão nos apoiar e que os que os opositores nunca terão parte da grandiosa obra que Deus está construindo através de nós!

Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”; 1 Coríntios 2:9

 

Ninguém em sã consciência escolheria manter um local vazio onde não se pode colocar nada dentro. Isso é totalmente contra cultural, certo?! Nós somos legítimos consumidores de espaço e tempo. Quem nunca ficou em dúvida na hora de comprar um smartphone sobre quanto de memória ele deve ter? E como achar tempo na nossa rotina pra encaixarmos aquele compromisso de última hora? A verdade é que não ter espaço na agenda chega a ser um status de Pessoa Importante: “Ela é tão importante que quase não tem tempo livre”, pensamos. O vazio parece ser uma das coisas menos requisitadas hoje em dia. Nós só procuramos o vazio quando queremos espaço para preencher, tempo para mais coisas, memória para mais fotos, etc. Perdemos o vislumbre e a essência do vazio.

Deus valoriza o vazio

“Ali virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar para os israelitas.” (Êxodo 25:22)

O ponto central aqui é que Deus valoriza o vazio embora a modernidade abuse dele. Quando, por exemplo, olhamos para a Arca da Aliança dos israelitas nós percebemos uma curiosa arquitetura. O Senhor ordena a construção de toda uma estrutura para que ele venha se manifestar: “salas”, móveis, utensílios, sacerdotes, etc. Mas o principal é que ele se manifestaria naquilo que está em cima do propiciatório e entre os dois querubins da arca. Entretanto, o que havia entre essas duas figuras esculpidas de ouro puro para que o próprio Senhor se manifestasse e dali falasse? Pode apostar, não havia nada ali. Ele falava a partir do vazio. Não estou dizendo que Deus não pode falar de outras formas. Mas no vazio só Ele é capaz de falar. Somente a voz dEle é ouvida quando não há outras vozes.

Desocupando o espaço

“Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, […]” (Mateus 6:25)

Jesus em seu sermão do monte nos faz um sério alerta: “Não andeis preocupados (ansiosos) quanto à vida”. Até aqui eu entendo a necessidade de se ocupar o espaço vazio, mas Jesus fala de um sentimento de pré-ocupação. Bem, o que seria uma pré-ocupação? Os próprios versículos seguintes nos ensinam: É ocupar o espaço em sua mente e coração com coisas que você não tem o controle. Aí reside o perigo da ansiedade. Jesus fala que isso é tolice pois não podemos “acrescentar ou diminuir nem uma hora sequer de nossas vidas”. Qual a chave, então, para que a ansiedade e a preocupação não tomem lugar em nós?

Buscando em primeiro lugar

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)

Buscar o Reino em primeiro lugar é permitir que a vontade e a soberania de Deus tenham a prioridade no coração. Ao contrário do que se pensa, esse versículo não é um chamado a largar emprego e família e entrar no ministério. Nem muito menos uma fórmula de barganhar com Deus: “Eu o busco para que ele me dê essas coisas”. Este, na verdade, é um convite para que você desocupe o centro do seu coração com as preocupações e ansiedades e faça desse vazio uma busca pela vontade e pela justiça de Deus. Jesus nos chama a abrir espaço no centro do nosso ser, silenciando as vozes e removendo preocupações. Então nesse vazio, nesse lugar silencioso, a Voz que falou no “vazio” do princípio de tudo vem e fala. A Voz que falou no vazio do propiciatório fala em nosso interior.

Oração e Leitura da Palavra

É importante ressaltar que o vazio é um princípio a ser praticado com duas ferramentas: oração e leitura da Palavra. Esses dois elementos nos ajudam a reconhecer a voz de Deus e o mais importante, a obedecê-Lo. Para a mente judaica, ouvir é sinônimo de obedecer. O que Deus fala não é apenas para ser contemplado pelos nosso ouvidos mas para que o nosso coração se mova. É através da Oração e das Escrituras que os nossos ouvidos são sintonizados para ouvir e nosso coração se move para obedecer a Voz que fala no vazio e no silêncio.


 

Seus olhos são como chama de fogo, há paixão em seu coração e vivemos Coram Deo. Há amor indescritível que nos aproxima ao invés de nos causar afastamento. Quando descobrimos a verdade intensa do coração de Deus, entendemos que podemos ser inteiros diante Dele, movidos pelo Espírito em tudo o que fizermos, e tudo, exatamente tudo em nossas vidas se tornará adoração. Se tornará em alegria plena e satisfação em Jesus. Nós O percebemos em nossa jornada, tanto nos dias felizes como nos dias tristes.

Este amor nos comove e nos envolve, destrói a culpa e nos chama a viver em liberdade. Passamos a ver através dos seus olhos de amor e a sentir através de seu coração apaixonado que fez tudo por nós. Tão radical que se fez justiça na cruz. Para que pudéssemos ter acesso a Ele e vivermos em Sua presença.

Jesus se tornou homem como nós. Apesar de ser Deus, se despiu de sua glória. O Varão perfeito nos chama pelo nome. Ele nos conquista em amor. Não deseja nos transformar em seres angelicais e sim nos ensinar a ser manso como Ele é. Jesus nos criou para seu deleite.

“Nunca mais te chamarão Desampara… mas chamar-te-ão minha delícia… porque o Senhor se delícia em ti…” Isaías 62.4

Coram Deo – Diante da Face de Deus

Coram Deo é um termo latino cunhado nos primórdios da Igreja Cristã na Reforma Protestante, literalmente significa “viver diante da Face de Deus.” É a essência da fé cristã. É o nosso chamado mais sublime. Pois propõe que tudo o que façamos, façamos para o louvor Daquele que nos chamou da morte para a vida.

Porém, é preciso compreender que Deus não deseja apenas que levantemos as nossas mãos em adoração e as nossas vozes em louvor. É além disso, somos chamados para o amor. Não é este o primeiro mandamento? Amar a Deus sobre todas as coisas? O Senhor deseja um amor sincero que seja dado de todo o coração, alma e força. Isso não é mecânico e nem feito por cobrança ou obrigação. Jesus derramou sua vida na cruz para que tivéssemos a liberdade de viver diante de Sua Presença – Coram Deo.

O Amor de Deus é a Fonte

O amor de Deus é a fonte de toda alegria, paz e esperança. Quando nos deparamos com as dimensões desse amor tão profundo e tão grande, há uma conexão dinâmica que nos leva a vivermos plenamente diante de Sua Face, em tudo o que somos e em tudo o que fazemos.

Paulo frisa muito bem essa verdade em sua carta aos Efésios. Ele ora para que seja possível compreender as dimensões desse amor tão profundo de Deus. E que a medida que entendamos, caminhemos na plenitude dessa realidade. Oh! Amados! Isso não é tão maravilhoso?

“Por essa causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem tomo o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomado de toda a plenitude de Deus.” Efésios 3.14-19

Entre o sagrado e o secular

O Evangelho precisa estar conectado com cada área da vida. É necessário desvencilharmos de toda dicotomia entre sagrado e secular. Tudo o que fazemos se torna santo se realizado para a glória de Deus e de acordo com os princípios bíblicos estabelecidos em sua Palavra.

Um pastor pregando em um púlpito não é mais digno ou mais santo que um engenheiro, um médico, um juiz ou uma dona de casa cumprindo suas funções. E mais ainda, vivendo a vocação em que foram chamados para frutificar. Não sei se conhece a história do irmão Lourenço, um ex-combatente de guerra que passou parte da vida em um mosteiro praticando a Presença de Deus em tudo o que fazia. Ele mantinha em seu espírito uma conversa interna com o Senhor em todos os instantes, elevando os pensamentos a Jesus o tempo todo.

A verdade é que não podemos fugir do Senhor. Mesmo assim acabamos por compartimentar as coisas que “julgamos” ser santas e as que são do “mundo”. Às que fazemos na igreja e a que realizamos em nosso trabalho “secular”, e aí mora o grande problema. Para os que entendem Coram Deo, não há secular, tudo é santo, é tudo vivido para a Glória de Deus e dentro de um relacionamento de intimidade com o Senhor. Oremos para que Ele confirme as obras de nossas mãos, nossas vocações e chamados.

“Seja sobre nós, a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos.” Salmo 90.17

Vivendo de forma proposital

Assim como o irmão Lourenço, podemos ser propositais na dinâmica do nosso relacionamento com Cristo. Ou será que fingimos que Deus está distante de nós e não nos vê quando estamos fora do gueto cristão? Tudo que não podemos fazer é fugir da presença de Deus. Por mais que não sintamos, Ele continua sendo onipresente e onisciente. E mesmo quando pecamos, Jesus nos vê.  E manifesta graça sobre nós nos levando ao arrependimento.

Ao iniciar este artigo, meu coração parecia que iria explodir de contentamento. Há alegria extrema quando aprendemos a viver cada área de nossas vidas em Cristo. E, é a esse profundo relacionamento que Ele nos chama. Ele quer participar da história que está escrevendo para cada um de nós na vida que Ele nos deu de graça para vivermos. Ele é nosso Senhor, mas também nos chama de amigos e nos conta tudo que o Pai tem falado.

“Vos sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho vos-chamado amigos, porque tudo o quanto ouvi do meu Pai vos tenho dado a conhecer.” João 15.14-15

Nada nos separará do amor de Cristo

A vida pode ser tão intensa e plena quando nos jogamos nos braços amorosos de Jesus. E aprendemos a andar com Ele em TUDO. Nada pode nos separar do Seu amor. Nem anjos, nem demônios e mesmo terríveis circunstâncias.

“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? … Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 8.35,38-39

Ungido com o óleo de alegria

“Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.” Hebreus 1.9

Jesus foi ungido com o óleo de alegria. Quando gradativamente a profundeza do Seu amor é desvelada ao nosso espírito, somos intensamente transformados. Quando entendemos essa verdade, lutar contra o pecado se torna um problema de menor impacto. Porque a alegria de seu amor nos dá força e vigor pra resistirmos. Se vivemos diante de Sua Face e propositalmente o incluirmos em tudo, simplesmente seremos envolvidos de alegria porque haverá confiança n’Ele. E se confiamos que somos aceitos e amados, então vivemos plenamente e com liberdade. Em crescente alegria prosseguiremos Coram Deo e tudo Lhe ofereçamos como fruto desse amor e confiança. Do trabalho ao fôlego de vida.

Inteireza de coração, estímulo de fé, temor do Senhor

A verdade é que quanto mais conhecemos o caráter de Jesus, as profundezas de Seu amor e Sua alegria intrínseca, sentimo-nos estimulados em viver Coram Deo. Saber que a vida diante Dele pode ser uma incrível aventura apesar de todos os desafios e temores que tentam nos abalar. Isso não estimula nossa fé? Esse convite para a intimidade?

O temor do Senhor nos afasta do pecado e podemos viver em integridade diante de quem Jesus É. Diante de Deus e dos homens podemos ser testemunhas vivas de Sua glória. A vida pode ser intensa e plenamente bela se vivermos em integridade de coração e esse é o nosso chamado. Vamos romper com as dicotomias que nos foram ensinadas e ofereçamos a Jesus cada área de nossas vidas e cada partícula do nosso ser. Nosso trabalho, inspirações, sonhos e alegria. Ele é nossa esperança e a Eternidade começa agora se propositalmente vivermos para Ele a Sua glória, e com Ele.

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” 1 Coríntios 10.31

Conte-nos como tem sido a experiência de viver Coram Deo? No que você tem trabalhado? Vamos amar saber o que Deus tem feito em sua vida.

Achará o filho do homem fé na terra?

Muita coisa tem acontecido no mundo. Violência desenfreada, rumores de guerras, terremotos, muitos suicídios, depressão e fome. Consequentemente ao olhar para as aflições do mundo nós seres humanos entramos em uma busca por respostas para compreender os por quês ou a real razão da dor e sofrimento.

Porém, nessa busca muitas vezes adquirimos uma mentalidade de um Deus punitivo, nos baseando que Deus se relaciona conosco por meio de uma justiça retributiva alicerçada nos nossos méritos e deméritos. Todavia atribuir a dor, o sofrimento e a tragédia a um ato punitivo de Deus é, tão cruel como a tragédia em si. DEUS NÃO É UM SÁDICO.

Colocamos Deus em uma posição de tolo, incompetente, apático ou até mesmo de um Deus perverso. Mas edificar uma mentalidade assim, certamente nos levará a um lugar de desesperança e descrença. Só conseguiremos prever um futuro de dor, medo e tristeza.

O Juiz iníquo

“Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. “Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ “. E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? ” Lucas 18:1-8

Na cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem contrário a Deus. E que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Ele era juiz mas não estava interessado em fazer justiça.

Dessa forma Jesus expressa através dessa comparação a enorme distância entre um ego absoluto que só pensa em si mesmo e o coração de Deus. Jesus nos assegura que se o juiz da parábola, mesmo sendo injusto, sádico e apático atendeu ao pedido da viúva por causa da sua insistência, quanto mais justiça nos fará Deus.

Com base nesse raciocínio, o estímulo de Jesus à oração partiu do princípio que o coração de Deus é aberto para nós se move na nossa direção e não um Deus que está contra nós. É desejo de Deus abençoar as pessoas que estão sofrendo, Ele nos quer abençoar e não amaldiçoar, Deus quer restaurar e não nos punir e castigar com tragédias. Esse é o nosso Deus. Um Deus que se relaciona conosco movido e de acordo com a sua graça.

Não nos trata segundo os nossos pecados nem nos retribui de acordo com as nossas culpas”. Sl 103: 10

Fé e oração

Um detalhe importante é que Lucas posicionou essa parábola sequencialmente após uma exposição escatológica feita por Jesus. No capítulo 17 o Senhor falou sobre o período difícil que seus seguidores suportariam antes de seu retorno (Lucas 17:22,23). Jesus alertou que esse período seria longo e traria um sofrimento progressivo até culminar no dia de seu retorno.

É impossível compreendermos de maneira completa as razões relacionadas a dor e sofrimento humano. Jesus disse que passaríamos por aflições e que os dias que precediam a sua vinda seriam como nos dias de Noé.

Diante dessa realidade, Ele exorta seus seguidores a perseverar em oração. Pois, a oração determina a regra da fé. Em Tiago 1:3 diz que “A prova da sua fé produz perseverança”.

Achará porventura fé na terra? Essa pergunta retórica indica que a fé será escassa. E Jesus sabia disso. Em outras palavras é como se Ele dissesse “Ei meu seguidores, vai acontecer muita coisa ruim na terra, vocês vão precisar permanecer em fé, e sabe como? Vivendo em oração incessante para que permaneçam em fé. Orem pedindo justiça, peçam pela minha restauração, peçam pela restituição”.

Orem sem cessar

As aflições virão de diferentes modos. Acredite, Deus não é o nosso algoz. Se o seu coração tem se abalado diante das aflições do mundo, ORE. Se a única ferramenta de auxilio que você tem para oferecer à aqueles que estão em meio a tragédias, for a oração, então ORE.  Transforme o grito de desespero em oração e encontrará paz. Isso nos fará suportar aquilo que não podemos mudar.

Finalmente, Deus é o nosso refúgio e fortaleza.  Torre forte, Pai da misericórdias e Deus de toda consolação. Aquele que cavalga pela justiça e verdade, aquele defende a causa do oprimido e faz justiça aos pobres. O Salmista diz: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. Salmos 121:1-2

Deste modo quando permanecemos no lugar de oração, resinificamos a nossa vida à luz da eternidade.

“Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Um novo céu e uma nova terra.  Apocalipse 21:4

 

Escrito por: Jéssica Gotelip – Facilitadora Fhop School