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Há mais do conhecimento de Deus

Intimidade com Deus

Há mais do conhecimento de Deus

“Nós nunca iremos nos graduar no conhecimento de Deus.” Escolhi começar este texto com essa frase porque eu tenho algumas perguntas que latejam na minha cabeça. Se você tem fome por Deus (e um pouco de curiosidade) eu aposto que, de alguma forma, elas também rondam sua cabeça. O quanto eu posso conhecer a Deus? Quão longe é possível ir no meu relacionamento com Deus? Quão íntimo nós podemos ser? Quão consagrado é possível estar? Quão em chamas é possível estar?

Olhando pros grandes homens da fé na Bíblia nós vemos que nem mesmo eles se graduaram no conhecimento de Deus. O que se pode falar de Davi, Moisés e Abraão? Eles foram homens que creram e andaram com Deus mas, nem mesmo estes poderiam dizer que chegaram a conhecer por inteiro o Senhor. Eu olho por exemplo pro que foi escrito a respeito de Moisés e eu consigo sondar em parte a profundidade do seu relacionamento com Deus, mas quando eu olho pra Deus eu me pergunto “Quem conheceu a sua mente por completo Senhor (Rm 11:34)”? “Quem é capaz de te sondar por inteiro?” Pra gente tentar responder as perguntas lançadas até aqui eu creio que é preciso estabelecermos uma base. A base é: “Nós precisamos de Deus para conhecer a Deus.”

Ele é muito mais inteligente, esperto, sábio e forte do que nós.

Deus transcende o entendimento humano. Ele é muito mais inteligente, esperto, sábio e forte do que nós. A “loucura” de Deus chega ser mais sábia que a nossa sabedoria e a “fraqueza” de Deus chega a ser mais forte do que a força humana (1Co 1:25). O melhor homem, no seu melhor dia não tem nem vez. Se Deus não quiser se revelar não tem como conhecê-Lo!

A boa notícia é que Ele se fez conhecido! Deus é tão grande e supremo que até mesmo para o conhecermos nós temos que caminhar na revelação que o próprio Deus nos deu de Si mesmo. Isso me faz pensar que se nós o conhecemos, Ele se deleita nisso. Foi da vontade dEle se fazer conhecido.

Bom, isso não muda as minhas perguntas, mas me faz pensar por outro eixo.

O quanto Deus se fez conhecido? Como Ele deseja que meu relacionamento seja com Ele e o quanto Ele está comprometido a tornar isso verdade? Quão consagrado Ele me permite estar e quão em chamas Ele deseja me tornar? Quando focamos na obra e na vontade do Senhor nós encontramos graça pra ir além do que podemos por nossa própria força. A obra e a vontade do Senhor é que toda a terra seja cheia do conhecimento de Deus como as águas cobrem o mar (Is 11:9).

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. (Os 6:3)

 

Ter o conhecimento do Santo como meta de vida foi nos dado por Jesus:

E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. (Jo 17:3)

As Escrituras nos falam que haverá um dia bem específico. Ela o chama de O Dia do Senhor. O dia está chegando e nesse dia toda a Glória, Poder e a Honra serão concentrados no Senhor e no seu Ungido. O homem mais rico não conseguirá se gloriar nesse dia pelas riquezas que conquistou. O melhor homem não conseguirá se gloriar na conduta moral e ética que viveu. O mais inteligente verá a futilidade de tudo o que adquiriu comparado Àquele que há de se manifestar a todo olho. Só haverá uma Glória: o conhecimento de Deus e do seu Ungido.

Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara o Senhor. (Jr 9:23-24)

Se Deus se revelou ao homem e seu conhecimento é a única glória que permanece até o último dia, essa é a coisa mais sábia a se obter. Essa é nossa glória: conhecê-Lo de fato.

A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis. (Pv 25:2)

 

“O maior prazer da raça humana é ter Deus revelado a nós na pessoa de Seu filho. Esta troca entre Sua revelação e a nossa compreensão é mais agradável, inebriante, maravilhosa e aterrorizante do que qualquer outra experiência no universo. Nós fomos feitos para desfrutar das profundezas de Deus, para procurar no vasto oceano da divindade, para explorar os tesouros que a criação anseia olhar.” (Allen Hood¹)

Há uma história conhecida na Bíblia, você certamente já leu, ou ouviu falar, sobre “os discípulos no caminho de Emaús”. Imagine a cena: você está seguindo sua viagem, depois de ver aquele em quem toda a sua esperança estava depositada morrer; algumas mulheres “tiveram um delírio²” de terem visto anjos declarando que a Esperança, ou seja, Jesus estava vivo; mas elas poderiam ter apenas delirado mediante o fato de não encontrarem corpo dele no sepulcro. Então, duas pessoas após esse acontecimento, e nesse mesmo dia, seguem para um povoado chamado Emaús.

“Nesse mesmo dia, dois deles seguiam para um povoado chamado Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios; e iam comentando tudo o que havia acontecido.” (Lc 24:13-14)

“Enquanto comentavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a acompanhá-los;” (Lc 24:15)

Antes de qualquer outra coisa é preciso deixar claro do que essa história não se trata: não é sobre homens que não conheciam a Jesus como, por incrível que pareça, muitos afirmam, é sobre homens que caminharam com Jesus, estavam presentes em Jerusalém, provavelmente na crucificação; também não significa que eles estavam no caminho errado ou se desviando do caminho por saírem de Jerusalém, nem buscando outras fontes, depois de terem se decepcionado com a Esperança do messias, eram pessoas seguindo sua viagem. Por que, então, eles não reconheceram Jesus quando ele apareceu? A resposta é clara e absoluta: seus olhos estavam fechados.

 “mas os olhos deles estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.” (Lc 24:16)

Seguindo a história vemos Jesus perguntando a eles sobre o que estavam falando no caminho e eles respondem para ele: será que você é o único que não sabe o que aconteceu aqui em Jerusalém? Obviamente, Jesus sabia do que eles estavam falando, mas queria instigá-los a expor suas próprias conclusões. Eles então respondem:

“Ele [Jesus] lhes perguntou: Quais? E eles responderam: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.” (Lc 19-20)

Nós esperávamos que fosse ele o que traria a redenção a Israel. Além disso, já faz três dias que essas coisas aconteceram.” (Lc 24:21)

Será que há algo errado no discurso deles? Jesus não foi profeta e poderoso em obras? A esperança de que Ele seria a redenção de Israel estava errada? Certamente eles não estavam errados em sua percepção e entendimento sobre quem Jesus era e o que ele representava. Porém, o que lhes faltava era um entendimento claro das Escrituras sobre Jesus. Pense comigo um instante, esses homens cresceram lendo a Torá, e ouvindo histórias e canções de uma Esperança que viria. Eles aguardavam e desejavam um Messias para restaurar a glória de Israel, mas sua compreensão das escrituras, como um todo, era fraca. Pois estava baseada em uma interpretação pessoal dedutiva de como o messias estabeleceria seu reino.

“Então ele lhes disse: Ó tolos, que demorais a crer no coração em tudo que os profetas disseram!  Acaso o Cristo não tinha de sofrer essas coisas e entrar na sua glória? E, começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a seu respeito em todas as Escrituras.” (Lc 24:25-27)

Então após Jesus sentar a mesa e partir o pão, os olhos deles foram abertos e eles reconheceram que era Jesus que estava com eles e “por isso o coração deles queimava enquanto o ouviam falar”. Depois disso tudo, eles retornaram para Jerusalém e se encontraram com os discípulos, contaram tudo o que havia acontecido e “tcharam”:

“Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus apareceu no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco.” (Lc 24:36)

“Depois lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco: Era necessário que se cumprisse tudo o que estava escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras,” (Lc 24: 44-45)

É fácil para nós, hoje, ler Isaías 53 e entender que o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas feridas nós fomos sarados, porque nós já vimos como esta parte da história foi cumprida. Mas, será que com a mesma facilidade entendemos o que é o Reino de Jesus? Nós, assim como eles no caminho de Emaús, acreditamos que ele trará restauração, e esperamos que Ele volte, mas será que nosso entendimento sobre como essa restauração acontecerá é bíblico? Afinal para que Jesus irá voltar mesmo? O que Ele irá fazer quando voltar? Ele irá voltar ou iremos para o céu? O que faremos na eternidade? Mas o  que é eternidade mesmo? Já entendeu onde quero chegar? Como está o nosso entendimento sobre as Escrituras hoje? Podemos ler essa história e ficar pensando: “como eles não viram?!”, “como eles não entenderam?!”. No entanto, ela se repete em nossas vidas hoje! E continuará se repetindo até que busquemos intencionalmente conhecer a lei de Moisés, os profetas e os salmos, pois a história de Jesus não começa a ser contada no novo testamento e sim “no princípio”, em Gênesis. O novo testamento é apenas parte do cumprimento daquilo que já estava determinado pelo Pai. Nossa esperança está no Cordeiro assentado à destra de Deus, com um livro em forma de rolo, escrito por dentro e por fora e selado com sete selos, em suas mãos,  pronto para dar continuidade a história. E quanto aos mistérios ainda encobertos na escritura? E as respostas para essas e outras perguntas? Poderemos entender? Sim! Basta buscar!

Nenhum dos governantes desta era compreendeu essa sabedoria, pois se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração humano, são as que Deus preparou para os que o amam. Deus, porém, revelou-as a nós pelo seu Espírito. Pois o Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus. Pois, quem conhece as coisas do homem, senão o espírito do homem que está nele? Assim também ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Não temos recebido o espírito do mundo, mas, sim, o Espírito que vem de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus.” (1 Co 2.8-12)

Volte seus olhos para este texto citado acima e leia de novo, de novo, abra 1 Coríntios 2 na sua bíblia e leia de novo. Ore estes versos cante ao Senhor em agradecimento por isso. Oh! Que essas verdades profundas estejam enraizadas no seu coração e sejam a sua realidade! E que os mistérios ainda não revelados possam ser revelados a você que tem a mente de Cristo, enquanto você os busca compreender! Que assim como o entendimento deles foi aberto para compreender as escrituras o nosso entendimento seja aberto; e iluminado os olhos do nosso coração, para que saibamos qual a esperança do chamado que Ele nos fez, quais são as as riquezas gloriosas da nossa herança nos Santos e qual é a suprema grandeza do seu poder para conosco… até a plenitude daquele que preenche tudo em todas as coisas. Amém!

“Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade. E não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, pois receberá do que é meu e o anunciará a vós. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, o anunciará a vós.” (Jo 16:13-15)

Para te ajudar nessa busca resolvemos compartilhar com você esta tabela com alguns salmos messiânicos que estão descritos em nossa apostila da Majestade de Cristo, do primeiro módulo da nossa escola. Agora é com você boa leitura!

Salmo 2  A Filiação e governo
Salmo 8 O Domínio
Salmo 16 O sepultamento e ressurreição
Salmo 22 A crucificação
Salmo 24 A entrada em Jerusalém na segunda vinda
Salmo 29 A palavra como um trovão e gloriosa
Salmo 31 A libertação da perseguição injusta
Salmo 40 A obediência (citado Hb 10.5-10)
Salmo 41 A traição
Salmo 45 A divindade e casamento real
Salmo 60 A libertação de Israel e conquista nações
Salmo 68 A ascensão
Salmo 69 O zelo pela sua casa
Salmo 72 Reino milenar
Salmo 102 A salvação de Israel
Salmo 110 O governo ascendido e a volta do Rei
Salmo 118 A pedra angular
Salmo 149 O Rei que vem

 

“A estratégia divina do fim dos tempos é revelar o esplendor de Seu Filho, de tal forma que paixão, sinceridade e obras de fé serão produzidas em seu povo. Que nós possamos vislumbrar a preparação gloriosa de Deus para a vinda de seu filho. Como os dois discípulos no caminho de Emaús tiveram revelação das escrituras devemos pedir ao Espírito Santo para nos levar a uma visita guiada pelas Escrituras, envolvendo tanto os sofrimentos de Cristo quanto as glórias advindas deles, sabendo que, ao fazermos isso, o Espírito Santo fará com que nossos corações queimem.” (Allen Hood¹)

 

Referências:

¹ Textos extraídos da apostila: “A majestade de Cristo”, matéria parte do currículo do primeiro módulo da FHOP School.

² Como relatado em Lucas, capítulo 24 e versículo 11.

Uma preciosa alegria

Uma das descobertas que revolucionaram a minha vida devocional com o Senhor foi entender que o lugar de oração é um lugar de alegria.

Davi foi um dos personagens da bíblia que descobriu profundamente essa verdade. Podemos constatar isso em vários dos seus salmos, mas cito um em especial aqui, o de número 16, verso 11, onde ele declara: “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”.

E se nós olharmos mais a fundo para a trajetória de Davi entraremos em um consenso de que ele foi um indivíduo gerado e amadurecido em ambientes de rejeição, de falta de afeto reconhecimento pelos seus pares.

Davi sabia onde buscar refúgio

Na cena onde Samuel ungiu o novo Rei de Israel ele não estava na mesa da comunhão com os irmãos, o que seguramente pode-se concluir que Ele não era bem quisto como os demais da casa; depois da unção que recebeu para ser o Rei passou a ser perseguido por Saul por vários anos, passando por estações de perseguição e aflições, até chegar no lugar onde Deus prometera. Mas nesse ínterim, nesses anos de preparação que foram recheados de rejeição e perseguições.

Davi escreveu vários salmos e em muitos deles exaltando que no lugar de intimidade com o Senhor se encontrava abundância de Alegria. Nas suas inconstâncias emocionais e sentimentais Davi sabia onde buscar refúgio e o antídoto para sua tristeza, para seu desgosto, para suas crises.

Davi pode ser considerada uma figura profética para os nossos dias, o qual serve de ensino e inspiração de como devemos lidar com a nossa vida cotidiana. Em meio as nossas batalhas e guerras; em meio as nossas aflições; em meio aos processos de rejeição e perseguição, há um lugar onde nós temos fartura de alegria; há um lugar onde nós somos reabastecidos e reanimados para poder seguir em frente.

Quero voltar ao começo dessa reflexão onde comecei dizendo a respeito de descobrir o lugar de oração como um lugar de alegria. Falo isso por que por muito tempo o lugar de oração para mim era traduzido em lamento e em batalha; viver assim muitas vezes nos empurra a portar e pregar a mensagem do Evangelho de forma pesarosa, de forma embrutecida.

Quando acessamos a alegria do Céu

Os lábios só falam do que o coração está cheio. Queridos quando acessamos a alegria do Céu nosso coração se enternece; a própria Escritura afirma que o coração alegre aformoseia o Rosto; ficamos até mais bonitos. Está escrito em Isaías 56:7 que a Casa do Pai seria/será chamada Casa de Oração e por assim dizer também Casa de Alegria.

E o mais incrível meus amados é que essa Casa, no mais adequado entendimento, somos nós. Ele escolheu vasos de barro para derramar do Seu óleo de Alegria.

Davi abriu o Caminho, mas hoje nós temos dessa plena alegria morando Dentro de Nós. A própria Escritura Afirma que o fruto do Espírito é Alegria (Gálatas 5:22). Sendo assim, o processo natural de quem vive no Espírito e Pelo Espírito é o de Ser Alegre. Não apenas Temos Alegria, mas somos ministros de Alegria.

É sábio ressaltar as advertências que o nosso Sumo Sacerdote nos deu, de que no mundo teríamos aflições, de que passaríamos por adversidade, de que teríamos o dia mal. Mas o mesmo Sumo Sacerdote nos assegura de que devemos decidir pelo bom ânimo, pois Ele Venceu o mundo, e Nele somos também vitoriosos. Em suas ultimas palavras antes do martírio o Senhor Jesus disse aos discípulos, na ocasião da ceia, preparando os discípulos para aquilo que estava por vir, Ele disse “eu vos tenho dito essas coisas para que a minha alegria permaneça em vós e a vossa alegria seja plena” (João 15:11)”.

Ungido com óleo de alegria

Amados, há deleite na jornada de quem caminha com Jesus. Isaías disse que Ele foi ungido com óleo de alegria e a mesma unção que estava sobre nosso Senhor está sobre nós, por meio de Seu espírito que em nós habita. Eu quero viver esse Evangelho; eu quero pregar esse Evangelho.

Não seremos turbados da tristeza e do desânimo. Ambos fatalmente ocorrerão em nossa jornada. Mas como disse Paulo, é uma leve e momentânea tribulação que produzirá em nós um peso de gloria eterno (2 Coríntios 4:17).

O Senhor tem uma alegria para nós que não depende das circunstâncias; há algo em nós que esse mundo carece; e o que está em nós é pleno, é excedente. Vá ao lugar Secreto e seja cheio da alegria do Espírito Santo. Numa geração que tem sido batizada como a geração da depressão, saibamos nós, que a alegria do Senhor é a nossa força. Sejamos nós ministros dessa alegria. Alegrai-vos meus amados. Alegrai-vos! Decida ser alegre!

Um dia desses eu estava na carona do carro, aguardando a sinaleira abrir quando, de repente, me dei por conta de que o Senhor estava me olhando! Ali, sem que eu estivesse propriamente me dirigindo a Ele em oração, em uma situação corriqueira, Ele estava com seus olhos em mim! Senti um frio na barriga; temor me possuiu, fiquei nervosa ao perceber que todos os meus pensamentos e atitudes mais habituais possíveis, estavam expostos diante do Senhor de toda a terra, o justo juiz. Contudo, aos poucos fui me acalmando e apreciando esse olhar; fui acalentada por sua voz me lembrando que seus olhos são de amor. Pude admirar a grandeza e a humildade do Deus soberano.
Precisamos entender que Deus não está à procura de alguém a quem possa punir, mas de alguém a quem possa derramar o seu amor, sua graça e seu perdão. Ele se relaciona conosco através da misericórdia, seus olhos nos enxergam através dessa “lente”, e é isso que nos livra de sermos consumidos.

“Pois os olhos do Senhor passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele. (2 Cr.16.9)” (grifo da autora).

Por vezes podemos pensar que só estamos diante de Seu olhar ao fazermos nossas orações, ou em um culto ou reunião de oração; mas a palavra do Senhor nos revela que a todo o tempo Ele nos contempla.

“Tu conheces o meu assentar e meu levantar, de longe entendes o meu pensamento.
Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar; conheces todos os meus caminhos.” (Sl.139.2-3)

Nas coisas mais simples como dormir ou acordar, estacionar o carro ou pegar o trem, o Senhor está conosco!
Ele não está simplesmente nos olhando de forma superficial, mas penetra o mais íntimo; não vê como alguém que está de fora, mas Ele conhece como alguém que está no interior. Saber disso não deve gerar desconforto ou medo (“pois o perfeito amor lança fora o medo…” 1 Jo.4.18), mas confiança em saber que Aquele que nos criou nunca nos deixa só. O nosso Deus sabe das falhas e pecados, e por isso nos redimiu através de Cristo. O Pai já nos vê
santificados por meio da obra de seu Filho, e está comprometido a nos aperfeiçoar dia a dia. “O Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus.

“E nós recebemos o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado
gratuitamente.” (1 Co.2.10,12)

Esse mesmo Deus que nos sonda e conhece nos deu o seu Espírito, que revela a nós o seu coração e nos faz conhecer a sua vontade; desta maneira somos tranformados e moldados de acordo com quem Ele é. O Senhor deseja se relacionar conosco em todo o tempo! Fale com Ele enquanto está na fila da lanchonete da faculdade, enquanto trabalha e ao caminhar em direção a sua casa; os olhos dEle continuam lá, cheios de amor, atentos sobre você. Viva em totalidade diante dEle! Ele não está vendo uma multidão ou um aglomerado de pessoas, Ele está vendo você, está vendo a mim. Essa é a majestade do nosso Deus!

A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que viveram diante de Deus, mas também está recheada de exemplos de pessoas que viveram buscando a aceitação dos homens, e a forma como cada uma delas escolheu posicionar o seu coração determinou o seu destino final. Como exemplo mais conhecido podemos olhar para Saul e Davi. Saul escolheu oferecer sozinho o sacrifício por medo e reprovação dos homens, desobedecendo assim as leis de Deus (1 Samuel 13.8-15), o resultado? Você já deve ter se lembrado… Saul foi reprovado pelo Senhor e perdeu o trono. Davi escolheu permanecer pastoreando as ovelhas de Jessé, seu pai, mesmo após ter sido ungido Rei. Até mesmo após suas vitórias heroicas quando aclamado pelo povo de Israel ele não decidiu buscar o trono e derrubar Saul, porque ele entendia que não podia tocar no ungido do Senhor e Davi também permaneceu com seu coração diante do Senhor mesmo tendo oportunidades de matar Saul e sendo incentivado pelos seus companheiros a matá-lo (1 Samuel 24 e 26), como resultado Deus estabeleceu o trono de Davi. E você onde tem posicionado o seu coração hoje? Você tem cedido ao apelo das pessoas que te cercam ou tem permanecido diante do Senhor em tudo que você faz?

Não por poucas, mas por muitas vezes somos levados por sentimentos de improdutividade, a fazer coisas além daquilo que realmente precisamos, ou até mesmo podemos fazer, simplesmente para ter um sentimento de satisfação e aceitação dos homens. Pense comigo, como seria o final desta história se Davi logo após ter sido ungido rei tivesse decidido em seu coração: “eu vou buscar o trono que agora me pertence, porque ficar aqui cuidando destas ovelhas?” E se ele tivesse negligenciado o fato de que Saul também havia sido ungido? Você consegue imaginar que final diferente a história teria? Talvez ele nunca derrotasse Golias porque além de ter confiança em si mesmo, ele provavelmente não enfrentaria o urso e o leão que queriam pegar suas ovelhas (1 Samuel 17.34-36) e ainda pior do que isso o messias talvez não seria chamado filho de Davi. Sim! Onde o nosso coração está posicionado determinará as nossas atitudes que determinarão onde vamos chegar. É por isso que eu amo ler, meditar e praticar o que está escrito em Colossenses 3 no versículo 17 e também no verso 23:

“E tudo quanto fizerdes, quer por palavras, quer por ações, fazei em nome do Senhor Jesus, dando graças por ele a Deus Pai.” (Cl 3.17)

“E tudo quanto fizerdes, fazei de coração, como se fizésseis ao Senhor e não aos homens,” (Cl 3:23)

Em especial nesta estação, enquanto cuido dos minhas filhas pequenas tenho aprendido a desfrutar das pequenas coisas diante do Senhor. Assim como Davi desfrutava o pastorear as ovelhas de Jessé louvando a Deus com sua harpa eu troco fraldas e brinco com elas diante do Senhor enchendo meu coração de alegria nesta estação. Se eu fico ansiosa? Sim, muitas vezes pois eu sei para onde estou indo e tenho certeza dos propósitos dele na minha vida pessoal, assim como Davi sabia que seria rei um dia. E é por isso que todos dias eu preciso me realinhar com estas verdades e praticá-las dia a dia vivendo e desfrutando das pequenas coisas diante do Senhor e quanto mais eu avanço nesta realidade menos eu me importo com o que os outros vão pensar, ou com o quanto pareço “improdutiva” nesta estação pois quando eu estou diante Dele eu sei que nada é desperdiçado e eu posso encontrar e desfrutar dos prazeres de ser mãe, mesmo que eu não consiga estudar o quanto eu deseje, mesmo que eu não consiga tanto tempo para escrever, a minha alegria está em fazer todas as coisas para o Senhor e diante do Senhor sejam elas estar cantando, pregando ou brincando com minhas filhas. Este é o meu convite para você. Ouse se lançar nesta realidade de fazer todas as coisas diante do Senhor sejam elas pastorear as ovelhas ou governar uma nação, sejam elas ser missionário ou um empreendedor, limpar a sua casa, conversar com amigos, etc… e você descobrirá o prazer inenarrável de livrar-se do peso da necessidade de aceitação. Viva cada minuto diante do Senhor.

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),  E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;” Efésios 2:4-6

Por favor, lê de novo o versículo acima. Leu? Forte, não é mesmo?!

Sim! A obra redentora realmente nos impressiona; um amor que não entendemos nos alcançou sem merecer, a graça nos foi dada de graça e por meio da fé alcançamos a salvação.

“Vá em paz, a tua fé te salvou!”. Que palavras, e quão poderosa voz as proclamou! Penso no que Jesus fez àquela a quem proferiu estas palavras, a “mulher do fluxo de sangue”. Ele a curou de uma enfermidade que a oprimia por anos; mas a palavra diz que por meio da sua fé ela foi salva (Mt. 9.20-22). Naquele momento Cristo certamente deu a ela restauração completa. Agora ela já não seria mais considerada uma mulher impura, e não teria mais os olhares de julgamento e espanto sobre ela; quem sabe agora se permitiria sonhar com um casamento e com muitos filhos ao redor de sua mesa. Cristo fez muito mais que curá-la de uma doença, Ele deu a ela uma nova identidade e restaurou a sua dignidade. Ele mudou o olhar daquela mulher a respeito de si mesma; sua tristeza deu lugar a alegria. Na parábola do filho pródigo também vemos a expressão do amor de Deus sendo revelada. Aquele filho que deixou a casa do pai sofreu as consequências da sua rebeldia; porém, quando perdeu tudo e se viu passando fome, decidiu voltar para que fosse ao menos aceito como um dos trabalhadores de seu pai e, tivesse então o que comer. Contudo, o pai fez muito mais que alimentá-lo; ele colocou um anel em seu dedo e lhe deu novas vestes, fez um banquete afim de festejar seu retorno e lhe restituiu à posição de filho.

É possível perceber o quanto Deus está interessado não somente em curar, ou saciar a fome ou resolver qualquer dos nossos problemas, mas Ele deseja restaurar a nossa identidade e dignidade, para que possamos nos posicionar e viver de acordo com os seus planos pra nós. Cristo não se entregou pra resolver os nossos problemas, mas pra derrotar de uma vez por todas a causa deles e nos dar um lugar e uma herança juntamente com Ele. Verdadeiramente Ele nos dá uma vida plena aqui e levou sobre si nossas dores e enfermidades (Is. 53.4), porém, entender quem somos nele e ser como Ele, é parte importante do plano de Deus por meio da redenção.

O Senhor nos redimiu através de seu sangue nos purificando dos nossos pecados, dando-nos novas vestes e o direito de nos relacionarmos com o soberano Deus e criador, que nos fez mais que meras criaturas ou servos, mas filhos e co-herdeiros com Cristo. Fomos chamados a ser a imagem do Filho Amado de Deus, essa é a nossa identidade; e este amor de filhos deve nos impulsionar ao relacionamento íntimo com aquele que primeiro nos amou!

Te convido a refletir comigo:

Quem será Cristo para nós e o que significará a obra da cruz quando não houver mais choro ou dor e cessarem os problemas e doenças?

Todos nós queremos ter impacto. O ser humano em geral está em uma busca por ter relevância. Seja qual for o meio que estiver inserido, o homem busca deixar sua marca, seu nome bem estabelecido, seu trabalho bem feito, seu encontro com as pessoas inesquecível, busca construir um legado no seu lugar de trabalho, deixar seu nome registrado em trabalhos acadêmicos, deseja que seu gesto marque o coração de alguém e suas palavras e mensagens sejam inesquecíveis. São desejos tão legítimos, tão humanos e tão nossos.

Talvez alguns de nós nem pensamos exatamente dessa forma, mas em algum momento experimentamos vazio existencial por não saber qual propósito da nossa vida, ou do que fazemos. A verdade é que passamos anos buscando na vida algo pelo qual possamos nos entregar, nos desgastar, fazer uma história. Por isso algumas decisões de vida são tão difíceis de serem tomadas. Quantos de nós já não experimentou esse sentimento? Você já sentiu que sua vida não é revelante? Já teve a sensação de não fazer a diferença? Esse sentimento é tão doloroso para o o ser humano porque a verdade é que não nascemos para a inutilidade. Nascemos para ter impacto, e impacto eterno!

Como Jesus definiu impacto

Quando se trata disso a bíblia me surpreende ao contar como a vida de uma mulher teve impacto até os dias de hoje.  Maria (irmã de Marta e Lázaro) simplesmente esteve aos pés de Jesus, seja O ouvindo, seja O adorando. Esse foi seu lugar de impacto. Porque ela fez exatamente o que deveria fazer.

Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude! ” Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.(Lc 10:38-42)

Depois em João 12 vemos novamente Maria ao pés de Jesus agora derramando perfume caro sobre seus pés, os beijando e o adorando enchendo o lugar que estavam com o aroma de sua devoção, provocando indignação nos que viam e capturando o coração de Jesus. Jesus garantiu em Mateus 26:13 que onde o evangelho fosse pregado o que ela fez seria lembrado e assim o foi até hoje.

O impacto de escolher a boa parte

Acredito que a porção que Jesus tem para essa geração é a porção da “boa parte”. Seja qual for sua função diante dos homens, você terá impacto se a primacia da sua existência for estar aos pés do Criador,  recebendo Dele voz de destino, sentido e propósito. A sua porção não se trata de suas fraquezas  ou de seus dons, não é aquilo que você faz ou do quanto é bom no que faz. Sua porção é estar diante da voz que criou o Universo e o sustenta.

O tipo de impacto que Ele quer que essa geração ecloda é um impacto eterno, nessa era e na vindoura. Impactar a terra com o fruto do lugar secreto, o fruto de estar aos Seus pés. Não é sobre o que fazemos, mas sobre quem estamos diante. Ele é o inicio, o meio e o fim da historia. “Dele, Por Ele E Para Ele”; é tudo sobre Ele.

O caminho que precisamos encarar para ter um impacto real não é buscar ter impacto, mas buscar a face do nosso Deus, conhecê-Lo. É um paradoxo que mexe com coisas profundas do nosso coração, mas o posiciona no lugar correto, na motivação correta.  Isso nos levará à impacto eterno! Daniel  certificou que aqueles que conhecem o seu Deus farão grandes feitos! (Dn 11:32)


Se fizermos uma lista com motivos pra nos alegrar é bem provável que tribulações e provas não sejam citadas; ainda que seja uma lista de cinquenta ítens, certamente não cogitaríamos adicioná-las. Pensamos, muitas vezes, que a alegria só tem presença confirmada em meio a conquistas, vitórias e avanços; e concordo com esse pensamento. Talvez o que nos atrapalha é a definição do que são esses aspectos que consideramos responsáveis pelo regozijo.
A Bíblia nos fala para considerarmos motivo de grande alegria o passarmos por provações, porque a prova da nossa fé nos levam à conquista de algo muito maior, refinado e completo (Tg.1.2-4). É preciso transformar o nosso olhar em relação a tribulação; olhar pra ela como a fonte do nosso amadurecimento, como parte geradora da nossa perseverança e formação de um caráter digno.

“Não somente isso, mas também nos alegramos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.” (Rm. 5.3-4)

Aí está o ponto: os momentos difíceis não são a nossa derrota, mas o trampolim para o nosso crescimento e vitória. Você já percebeu que ao passar por uma situação difícil você se sente muito mais confiante diante de outra situação igual ou pior? Isso porque a sua fé foi posta a prova e Deus manifestou a realidade da Sua palavra, das Suas promessas e do Seu poder. Você viveu, teve uma experiência e comprovou a respeito do que crê!

Vou dar um exemplo: pessoas pagam valores altos por um relógio de marca sem adicionais, não pelo o que ele faz, já que indica as horas como qualquer outro, mas pelo o que ele é. O valor realmente é provado quando em meio ao tempo ele não oxidou ou quebrou o pino, ou descascou como aquele outro feito com um material qualquer. O que quero dizer é que a nossa mostra sua veracidade quando é posta em meio a circunstâncias desfavoráveis. Nossa fé é provada agora a fim de ser aperfeiçoada, para que, no final de tudo, não sejamos reprovados!
A partir de agora, ao passar por momentos de provações busque encontrar os tesouros que serão extraídos desse tempo.
Ainda que não entendamos, continuemos crendo que Deus está fazendo algo que irá produzir alegria eterna!

“Pois a nossa tribulação leve e momentânea produz para nós uma glória incomparável, de valor eterno…” (II Co.4.17)

Fé é uma daquelas palavras bem difíceis de se definir. O que você acha? Ela pode significar coisas diferentes para as pessoas. Talvez uma pessoa tenha fé de que as coisas vão melhorar na sua vida enquanto que outra pode crer veemente de que esse ano o Brasil ganhe a Copa do Mundo. Mas será que a fé se resume a apenas uma atitude positiva diante de acontecimentos futuros?! Eu particularmente gosto do que as Escrituras nos dizem.

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. – Hb 11:1

Andar e edificar sua vida esperando pelo que ainda é invisível. A fé tem essa capacidade de enxergar o que ainda não se vê e ativar nosso coração para construir e caminhar até o nosso destino.

Esses dias eu estava pensando em Abraão e em como um homem que já passou dos seus 70 anos aceita o convite de peregrinar por terra estrangeira. Como um homem já idoso casado com uma mulher já idosa recebe poder para gerar um filho? E como depois de passar por esses milagres é provado e obediente a ponto de subir um monte para sacrificar seu próprio filho.

Quando o assunto é fé eu tenho muito o que aprender olhando para a jornada de Abraão. Quando todos estavam fazendo suas tendas em locais perto de planícies e do Egito ele via que dele sairia uma grande nação. Na verdade, pelas escrituras, sabemos que ele viu muito mais que isso. Tem um texto bem interessante em Gênesis a respeito da fé de Abraão:

​Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. – Gn 15:6

Quando Tiago escreve sua carta e cita esse versículo ele ainda vai além.

​e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. – Tg 2:23

Existe uma fé que não procede do nosso otimismo nem depende da nossa autoestima elevada. Existe uma fé procedente de Deus com poder para nos creditar justiça e gerar amizade e parceria com o próprio Deus. A verdadeira fé nos move e nos direciona para Deus nos melhores e piores dias.

Fé vem de Deus. Eu me sinto bem aliviado por isso. É bem mais leve saber que eu não tiro poder de mim para crer em Deus. Ao contrário, olhando e correndo para Ele sei que ele nos acrescenta poder para crer, para perseverar, para vencer o pecado, para realizar sinais e maravilhas e cumprir nossa jornada.

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, ​olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. – Hb 12:1

Ao fim de uma estação há o começo de outra. A natureza sabe muito bem quão necessárias e importantes elas são. Nós passamos por diversas, e algumas encerram para dar lugar a outras.     Desde o início de uma gestação, por exemplo, muitas coisas são geradas além da vida de um novo ser: sonhos, projetos, ideias. Prioridades são realinhadas e o foco é ajustado. Isto para que, ao completar os meses de espera, tudo esteja pronto para recepcionar a estreia de uma nova vida no cenário “real”. É uma longa jornada para aqueles que viveram cada momento com expectativa e há grande alegria ao ver que há um começo no fim; começo da vida de um novo ser como indivíduo, o qual é o resultado do amor daqueles que, com perseverança, aguardaram até o tempo determinado.

Nós também estamos sendo gerados dia após dia! Forjados em meio às circunstâncias, capacitados durante os processos e preparados para trilhar um caminho de maturidade com o Senhor. Ao fim da sua obra na cruz do calvário, Jesus nos deu a oportunidade de um novo começo e história. O início de uma nova vida com acesso a graça de Deus por meio da fé. O Pai nos adotou por meio de seu Filho e deu a nós a oportunidade de sermos como Ele. Nos tornou herdeiros para que também desfrutemos de tudo o que Cristo tem direito.

“Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.” (Rm. 8.17)

Em cada estágio somos aperfeiçoados; em meio ao inverno nossas raízes são aprofundadas; talvez seja um tanto desagradável passar pelo frio dessa estação, mas ela nos prepara para extrair os nutrientes necessários a fim de geramos flores e muitos frutos na primavera que se aproxima. E mesmo a agradável e colorida primavera tem o seu fim. Ela dará lugar ao calor intenso do verão, que logo se encerra para que o outono inicie. Neste período as folhas caem para que as árvores possam se manter de pé!
Somos transformados de glória em glória, e estaremos nesta jornada até que cheguemos ao dia perfeito.

“Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.”             (Is. 53.11)

Podemos assim passar com confiança por diversas estações sabendo que o Senhor está presente. E ainda ter grandes expectativas dos começos que virão após o término de cada ciclo!