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Abundante na obra do Senhor

Não categorizado

Um coração satisfeito em Deus é abundante na obra do Senhor. Aquele que possui esse coração trabalha sem se cansar, sendo firme e constante.

“Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”. “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.” 1 Coríntios 15:54-58

Todo aquele que pertence à família de Cristo é chamado para colocar a mão no arado. Sendo assim, devemos nos doar abundantemente para a Sua obra. O Senhor nos garante que o tempo empregado para trabalhar na Sua obra não é em vão.

Através do ensino da doutrina da ressurreição (a ressurreição de Cristo, a ressurreição dos santos e o corpo glorificado que haveriam de receber), Paulo lembrava constantemente a Igreja de que deveriam viver o presente tendo o entendimento e a esperança do dia que estava por vir – o dia da nossa glorificação.

Assim, aquele que reconhece Cristo como Senhor e crê em Sua morte e ressurreição, possui a promessa da restauração de todas as coisas. A promessa do dia em que não haverá mais lágrimas ou dor. Graças a Deus pela vitória que foi concedida por meio de Jesus Cristo.

No texto, temos quatro pontos que nos orientam a ser uma Igreja firme, constante e abundante na
obra do Senhor:

1. A grande transformação

Estamos sujeitos a feridas físicas e emocionais; somos reféns do cansaço, da tristeza, da frustração, das dores e tudo o mais que tenta nos desanimar e tirar o nosso foco.

Portanto, é necessário se ater à Palavra de Deus a fim de lutar constantemente contra tais coisas, até que chegue o grande dia em que será glorificado com Cristo e não mais sentirá os sintomas e efeitos da morte e do pecado.

Jesus sabia que era necessário vigiar e orar, meditando no caminho a ser seguido até chegar à esperança gloriosa que o aguardava do outro lado da cruz. Assim, também nós devemos fazer para nos sustentarmos e nos fortalecermos.

2. O grande triunfo

Devemos colocar nossos olhos na grande vitória prometida por Cristo; viver essa antecipação é algo tão glorioso quando aquele dia vindouro. Vivendo sob essa perspectiva, temos a chave que nos ajudará a permanecer firmes, sem sermos entregues aos sintomas da morte e do pecado.

3. A grande gratidão

Cristo já nos deu a vitória sobre a morte. Assim como Paulo, devemos caminhar tendo o coração grato. Podemos esperar e viver em gratidão para, assim, vencermos os inimigos de nossa alma – a Lei, o pecado e a morte.

4. O grande “portanto”

Visto que se vive em luz da ressurreição, creia que tudo o que fizer na obra do Senhor será recompensado. Assim, você é convidado a viver em antecipação àquele grande Dia. Por isso, seja firme, constante e abundante na obra do Senhor.

Somos firmes quando as circunstâncias da vida não nos param e continuamos tendo as mãos no arado;

Constantes quando seguimos em frente, sem distrações, vivendo a maturidade da fé;

Abundantes quando nos doamos além dos nossos limites para trabalhar na obra do Senhor.

Assim devemos viver, comprometidos com Sua obra e fazendo o Seu nome conhecido.

“Estando ele sentado no monte das Oliveiras, seus discípulos aproximaram-se dele em particular, dizendo: Dize-nos quando essas coisas acontecerão e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. Jesus lhes respondeu: Tende cuidado para que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; não fiqueis alarmados; pois é necessário que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porque nação se levantará contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
Então sereis entregues à tortura e vos matarão; e sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome.
Nesse tempo, muitos haverão de abandonar a fé, trair e odiar uns aos outros. Também surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará.” Mateus 24:3-12

Discernir o tempo e as estações

O Senhor está desafiando os deuses desta era, e também abalando tudo aquilo que normalmente
adoramos e as coisas às quais nos seguramos. Diante disto, é importante tomar tempo com o Senhor, nos posicionarmos diante Dele e pedir a Ele que fale conosco a respeito de tudo o que está fazendo. E corrija em nossas vidas aquilo que não está alinhado com a Bíblia.

À medida que lemos a Palavra e nos posicionamos diante do Senhor, temos compreensão do que
Ele deseja falar conosco sobre o que está acontecendo na terra. Assim, em meio às dores de parto, o que
Deus deseja que a Igreja faça? Como devemos responder a isso?

Ao termos nossas vidas abaladas, devemos nos perguntar: no que realmente cremos? Estamos arraigados na verdade? Para onde se dirigem meus sentimentos? Seguimos um dever religioso, um estilo de vida cultural, ou uma
Verdade que seguiremos até o fim?

Crescendo no conhecimento de quem Deus é

Tempos virão em que o engano tomará conta da terra; mentiras serão contadas a respeito do que
irá acontecer e sobre quem Deus é. E para que não sejamos enganados, devemos ter o desejo de
crescer no conhecimento da verdade, pois aqueles que conhecem a verdade não serão enganados.

Corremos o risco de deixar de lado a verdade quando apenas fazemos parte de uma religião, e
nossas opiniões estão baseadas em um cristianismo cultural, mas não estamos arraigados na
verdade da Palavra de Deus.

Assim, de modo semelhante, quando nossas decisões são tomadas com base no que sentimos, corremos
grande perigo, pois nossa percepção não está arraigada na verdade.

A ofensa contra Deus ocorre quando nossas crenças em Deus são diferentes do que a Bíblia ensina
sobre Ele. Minha definição a respeito do Senhor deve estar baseada na Sua Palavra, para que
quando os abalos vierem, não sejamos surpreendidos ou confundidos.

O temor do Senhor não nos torna pessoas inseguras diante de Deus, mas nos dá uma reverência
santa por Ele. Como homens que são influenciados pelo engano, devemos sempre nos voltar às
verdades de Deus.

Conforme buscamos a verdade, entendemos que o Senhor é soberano sobre toda a terra. Podemos
ser odiados pela rebeldia dos homens, mas amaremos a Deus.

Busque comunhão com Ele

Deus nos ama e nos escolheu. Ele nos estende um convite, não para uma religião, mas para ter
profunda comunhão com Ele. Por isso, ao buscarmos ter encontros com Ele, Suas palavras trarão vida ao
nosso espírito, e o nosso amor pelo Senhor nos tornará pessoas estáveis.

Portanto, que possamos deixar de lado as tensões e as paixões que disputam o nosso coração com Jesus, e
permitir que Ele cresça em nós e seja nossa paixão.

Vamos nos arraigar no Senhor e ter confiança na Sua liderança. Quando temos isto como o
fundamento das nossas vidas, somos vivificados em nosso interior.

Em toda a Bíblia vemos exemplos da Palavra sendo comparada a algo que preenche nosso interior. Para Jesus, a Palavra era seu alimento. Nos salmos era comparada com o mel, para o salmista é o seu prazer e deleite. Para Jeremias, gozo e alegria no coração e para os discípulos, era a vida eterna. Mesmo com tantos exemplos, é possível estarmos em um contexto no qual apelidamos nossa leitura bíblica devocional de “pão diário” e não levarmos a sério seu significado. Se a Palavra é nosso alimento diário, significa que temos que abri-la e lê-la como se nossa vida dependesse disso – e depende! Precisamos nos alimentar, ou então morreremos espiritualmente. 

Metas e planos de leitura

De fato, em meio a planos e metas de leitura bíblica, podemos cair em um lugar de desânimo. Se não organizamos bem nosso tempo, as circunstâncias podem facilmente nos roubar desse lugar de devoção. A leitura se torna um peso e uma obrigação ou uma tarefa a ser cumprida na longa lista de afazeres diários. Começamos a buscar várias maneiras de nos manter instigados pela Palavra. Adotamos diferentes métodos e recorremos a fontes externas de ânimo para continuar em nosso propósito. 

Apesar de não ser errado se ater a planos de leitura bíblica (inclusive, é altamente recomendável), o que nos motivará a ler a Bíblia diariamente não será nossa força de vontade. O que nos mantém fiéis ao nosso compromisso de leitura – porque é um compromisso sério – é saber o porquê a leitura da Palavra é importante para nós como cristãos e discípulos de Cristo. 

Não é apenas um livro

A Bíblia é mais do que o livro sagrado do cristianismo, é a fonte do conhecimento daquele que é a nossa esperança. Na carta aos Romanos, Paulo nos revela algo impressionante sobre a Palavra: ao lermos as Escrituras não somente obtemos informações ou adquirimos conhecimento sobre algum assunto, mas estamos nos alimentando de ânimo, perseverança e esperança (Rm 15:4). 

Pode parecer estranho dizer que livros como Crônicas ou Números podem proporcionar esperança. A questão é que toda a Bíblia se trata de uma narrativa, na qual um livro complementa o outro, criando uma linha de raciocínio que aponta para Jesus. Não são apenas histórias para conhecermos ou sabermos de cor, mas são Palavras que nos orientam no caminho da justiça e retidão. 

 

Fonte de esperança

Em João 1, a Palavra é uma pessoa: a pessoa de Jesus. Ele é o Verbo que estava desde o princípio com Deus. Ele é aquele que era, é e há de vir. Essa é a nossa esperança e esse é o assunto da Bíblia. De Gênesis a Apocalipse, tudo o que foi escrito foi inspirado por Deus para nos fazer perseverar até que Ele volte, inclusive perseverar na leitura das próprias Escrituras.

“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.”
Romanos 15:4

 

Fonte de vida

A Palavra é viva e eficaz em nos sondar e alinhar nosso interior ao dele (Hb 4:12). É mais do que um arrepio, mais do que um quentinho no coração, é o próprio Deus se fazendo acessível a todos. É o próprio Deus iluminando nosso conhecimento para termos revelação de quem Ele é (2 Co 4:6). O desafiador não é saber que á Bíblia é a Palavra de Deus e tem autoridade em nossas vidas – não temos dúvidas disso. Também não é possuir uma Bíblia ou ler um dia ou outro – temos fácil acesso às Escrituras no nosso país e todos gostamos de ler a Palavra. O desafiador é ler a Palavra em busca de vida; ler para viver. 

Quando nos posicionamos para ler a Palavra, precisamos ter em mente que não estamos apenas cumprindo uma meta de leitura. Estamos nos achegando à nossa fonte de vida. O ser humano se torna facilmente religioso quando se trata da sua relação com a Bíblia. Não é difícil para nós colocarmos a leitura bíblica como uma obrigação ou colocar a Bíblia num pedestal (literalmente). Entretanto, é difícil interagirmos ou nos relacionarmos com o Deus que inspirou a Palavra através da Sua Palavra.

 

Palavras que falam

A voz de Deus é audível nas Escrituras, pois o mesmo Deus que falou no passado fala aos nossos corações hoje, seja qual for nosso contexto. Temos que nos achegar às Escrituras com o entendimento e o desejo de sermos transformados pela palavra do nosso Deus. Ele é o nosso pastor e é fiel em nos guiar no caminho da justiça, mas para isso é preciso que reconheçamos a Sua voz.

Então, quando não tivermos ânimo para ler a Palavra, é justamente a ela que devemos recorrer, sabendo que precisamos dela para viver. Nesse lugar de disciplina, o Espírito Santo alcança nosso interior, renovando nossa mente e moldando nosso caráter à semelhança de Cristo. Quero te encorajar a perseverar na sua leitura bíblica, mesmo quando ela for mecânica. Deus nos encontra nesse lugar de devoção e somos transformados pela Sua Palavra – mesmo quando não percebemos de imediato. Que esse entendimento atravesse nossos corações e nos consuma de fome e amor pela Palavra.

“Se tua lei não fosse meu prazer, o sofrimento já teria me destruído. Jamais esquecerei dos teus preceitos, pois é por meio deles que preservas a minha vida”

Salmos 119:91-92

Diante de uma leitura rápida as parábolas parecem simples e de fácil interpretação — mas esta é apenas a primeira impressão e não é totalmente a verdade. Para pastores, mesmo sendo experientes, traduzi-las em sermões é uma grande dificuldade. Já para os estudiosos, ao se dedicarem sobre o tema da interpretação das parábolas, percebem que se encontram no meio de um grande desafio.

Pregar uma parábola é o sonho de pregador novato, mas, com frequência, o pesadelo do pregador experiente. Thomas O. Long

Tipos de interpretação

Duas linhas principais de interpretação surgiram já no fim do século 19: alegorização de cada detalhe de uma parábola e a interpretação da parábola à luz de uma única ideia central. As parábolas de Jesus apresentam uma ideia central para cada personagem principal da história.

A palavra parábola é “parabole” (em grego) – e significa dizer “colocar de lado”. Portanto, nas escrituras, uma parábola compara ou contrasta uma realidade natural com uma verdade espiritual. É assim quando lemos os evangelhos e vemos Jesus dizendo coisas como: “O Reino dos céus é semelhante…” (Mateus 13:24) ou “Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei?” (Lucas 13:18).

Temos a impressão de ter sido Jesus quem criou as parábolas, mas não, por mais que em grande parte dos seus discursos ele tenha utilizado de parábolas, elas já existiam no Antigo Testamento. Os rabinos já usavam este método de ensino, mas suas parábolas só se assemelham às de Jesus no formato. Os religiosos usavam parábolas para explicar a Lei, os versículos das Escrituras ou uma doutrina, ou seja, para falar de questões que haviam sido estabelecidas, enquanto Cristo utilizava as parábolas para ensinar novas verdades.

Mas por que Jesus fez uso de parábolas?

Uma explicação popular, ainda que equivocada, é que Jesus as usou para que seus seguidores compreendessem as verdades espirituais de forma mais fácil. Porém, afirmar isto não está correto.

E sabemos disso, pois as escrituras nos revelam que os próprios discípulos não entendiam nem mesmo a parábola que fundamentava as demais. Após contar-lhes a parábola do semeador em Marcos 4:2-9, seus discípulos chegaram até ele e, no versículo 10, pediram a interpretação: “Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas”. Eles simplesmente não compreendiam o que Jesus lhes falava.

Mas qual o propósito das parábolas, se nem mesmo seus discípulos entendiam?

Haviam duas reações principais das pessoas diante das parábolas de Jesus: a primeira era a rejeição, as pessoas se voltavam contra o ensinamento (Marcos 12:12); “Então começaram a procurar um meio de prendê-lo, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado aquela parábola”. A segunda reação era a transformação: as pessoas aprendiam o ensinamento, passando a enxergar que poderiam mudar de vida e seguir Jesus.

Em Marcos 4:12, Jesus diz: “aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.” Possivelmente, isso é acerca das pessoas que demonstraram incredulidade e endureceram o coração perante os ensinamentos. Dessa forma, não conseguem extrair a lição das parábolas, mesmo que as escutem.

As parábolas contadas por Jesus possuem características marcantes: elas mencionavam elementos do cotidiano, como natureza e costumes populares. Jesus também recorria ao suspense, provocando os ouvintes a pensarem nas atitudes dos personagens com antecedência ao relato. Conflitos eram recorrentes em suas narrativas. Assim como uma soma de personagens principais na mesma história, como a parábola do filho pródigo. Algumas parábolas apresentavam alguma vantagem no início, porém, na sequência Jesus demonstrava que existia uma inversão de valores. O mais importante das parábolas de Jesus sempre surgia no final; utilizando-se de perguntas retóricas que usava para confrontar os ouvintes fazendo-os pensar sobre o assunto, seu discurso é direto e sua conclusão é enfática.

Jesus costumeiramente usava de hipérbole

Hipérbole: as histórias que parecem ser situações comuns no início, mas que se revelam algo surpreendente e fora do comum no final. E fazia isto com exagero: como por exemplo, a soma astronômica de dinheiro usada na parábola dos dez mil talentos (Mateus 18:24). Há uma característica muito importante a ser considerada na interpretação das parábolas: elas não possuem muitos detalhes, por isso precisamos manter o princípio de nunca questionar o que a parábola não responde para nos mantermos livres de interpretações erradas. Para tanto, busque sempre pensar no que Jesus quis dizer, não no que as pessoas querem ouvir.

Seguir alguns critérios podem aumentar sua compreensão e auxiliar sua interpretação de forma coerente:
– A primeira delas é buscar a verdade. Não permita que preconceitos interfiram na sua avaliação e comprometam seu resultado;
– Estude o contexto histórico da parábola, considerando a vida social, religiosa, política e geográfica; não deixe de fora a cultura, afinal as parábolas são histórias a respeito de pessoas que viveram em determinado tempo e lugar; analise o texto original (exegese) e não somente qualquer versão traduzida;
– Leve em conta a estrutura literária e gramatical do texto; e nunca perca de vista o foco central que Jesus quis ensinar naquela narrativa.

Por fim, te encorajo a estudar acerca das parábolas de Jesus, pois não existe forma mais estimulante de conhecer a sua teologia sobre o reino dos céus do que examinando sua coleção de parábolas. Cada parábola apresenta um aspecto desse reino. Por vezes Jesus fala do reino como uma realidade presente (parábola do grão de mostarda) e outras como uma realidade futura (a parábola da rede). Algumas parábolas apontam para a pessoa e a obra do rei Jesus (parábola dos lavradores maus); outras expressam a atitude cristã dos súditos do seu reino (bom samaritano; do tesouro e da pérola). Suas histórias expressam verdades acerca do reino dos céus. E muito do seu tempo foi gasto na pregação do evangelho do reino. E, definitivamente, em Sua pessoa e obra, o reino dos céus se manifestou entre os homens.

Ezequias foi um dos homens mais retos que governou em Israel e seu exemplo nos ensina como responder diante da crise. Ele confiava inteiramente em Deus e tudo o que fazia, prosperava. Mas então ele adoece e a primeira coisa que ele faz, após a ordem de Deus para que a casa dele fosse posta em ordem, foi reconhecer que é um pecador e que não é merecedor de nenhuma das bênçãos do Senhor. Clamou principalmente pela misericórdia de Deus para que ele continuasse a viver. Deus ouviu e respondeu:

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor. E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Isaías 38:1-3

O que Ezequias nos ensina

O primeiro passo daquilo que podemos aprender com Ezequias é que ele confiava em Deus e para confiar é necessário conhecer as pessoas e termos um nível de intimidade com elas, para que assim possamos chegar a um nível de confiança para revelar segredos. Para isso é necessário conquistar, mas para isso é preciso que haja um tempo de qualidade entre nós e Deus.

Ezequias sabia quem Deus era e por isso ele confiava plenamente naquilo que Ele fazia e na sua Palavra. Quando Ezequias recebe a sentença de que morreria, ele não foca nas circunstâncias, mas sim em voltar seu olhar para Deus.

O segundo passo é que sempre devemos nos colocar diante dEle com os nossos corações arrependidos, confiando que independente da circunstância devemos colocar o nosso  foco em Cristo. É através do lugar de oração, que nos despimos de nós mesmos e somos levados a se desconectar das distrações e a somente fixar nossos olhos em Jesus, então conseguimos ouvir o que Ele quer nos revelar naquele momento, construindo assim um relacionamento de intimidade. 

O terceiro passo é para que possamos viver de forma consciente de que Deus se importa e está presente em todos os momentos das nossas vidas e que devemos viver de maneira que o agrade, entendendo nosso papel nesta geração, porque Deus deseja sim responder ao clamor da sua igreja, mas enquanto não nos posicionarmos, nada vai acontecer. 

Como devemos responder ao Senhor

Individualmente e também coletivamente – como corpo de Cristo – quando nos vemos em dias de crise e sofrimento, quando nos vemos diante de um cenário que muda todo o contexto social – nossas vidas e planos se mostram vulneráveis e tudo se torna incerto (trabalho, economias, saúde) – há somente uma coisa a ser feita: buscar ao Senhor em oração. 

O comportamento natural seria questionar o porquê e tentar apresentar respostas. Porém, o Senhor tem mistérios ocultos que pertencem somente a Ele (Dt 29:29). Como Igreja, precisamos nos posicionar. À luz de tudo o que está acontecendo, nosso papel é voltar o rosto para o Senhor; voltar nossas casas para o lugar de oração. Essa deve ser a nossa primeira resposta a essa crise

É no lugar de oração que o Senhor quer nos encontrar. Se não como comunidade reunida em um local físico, em nossas casas, em família. A soberania de Deus inclui as orações do Seu povo. Deus ouviu a oração de Ezequias e mudou o curso da história. 

A Igreja precisa despertar para o lugar da oração

Se há um princípio que importa para o desenrolar dessa história, é que devemos nos posicionar e pedir a Deus por livramento, cura e misericórdia. Este é o primeiro instinto de um coração que ama a Deus. 

O homem piedoso reconhece que é pecador e que não é merecedor de nenhuma das bençãos do Senhor. Por isso, com a consciência limpa, ele pode chegar em confiança diante do Pai, apresentando suas súplicas (2 Tm 4:7; Is 38:17). 

Para enfrentarmos as crises, devemos viver de forma consciente diante de Deus, considerando nossos caminhos, revendo nossas atitudes e prioridades e fazendo uma autoanálise do nosso coração. Importa que vivamos de maneira que agrada ao Senhor.

Assim como Ezequias, precisamos entender nosso papel nesta geração, compreendendo que o plano divino ainda não chegou ao fim e que o Senhor deseja responder a um clamor da sua Igreja e operar em nosso meio e nas nações da Terra.

Então, vamos voltar nossos olhares para Cristo, com o coração arrependido e dispostos a ouvir o que Ele tem a nos ensinar neste tempo dentro de nós e através da nossa sociedade. Sabendo que Ele está sim presente em  todos os momentos do nosso dia e que tudo que fazemos é uma forma de adoração, e que Ele quer sim responder  às nossas orações, mas que precisamos confiar e depender totalmente dEle.

 

A devoção diária e pessoal é uma característica do cristão que sabe a importância de investir tempo na Palavra e com o Senhor. Ter devoção diariamente independe do número de tarefas e da lista de afazeres, afinal, a sociedade inteira é extremamente ocupada. Aliás, nunca se fez tantas coisas ao mesmo tempo como a nossa geração tem feito. Mas isso não é desculpa para negligenciar o tempo de fazer devocional. 

Existem diversas e diferentes razões para isso. E a verdade é que, investir tempo de qualidade com Deus só traz benefícios. Afinal, quais são os frutos do tempo investido em meditação na Palavra e em oração?

  1. Devoção diária fortalece o cristão

Jesus é o nosso alimento diário. Um relacionamento constante com Ele gera alinhamento de emoções, pensamentos de acordo com a Palavra, um coração fortalecido, uma mente saudável. Esse relacionamento também gera uma vida de acordo com seus princípios e valores. Então, mesmo estando em vales sombrios, ou passando grandes tipos de dificuldades, o cristão é fortalecido e cheio do amor de Deus. É movido por fé e não pelo que vê. Essa força é fruto do reconhecimento de que tem um Pai que é soberano e bom o tempo inteiro.

  1. Devoção diária produz frutos

Como uma árvore plantada junto ao ribeiro, assim é o cristão que investe tempo com o Senhor. O fruto de uma vida de devoção, de entrega, de temor, de obediência, é a sabedoria que vem do alto. É uma vida guiada pelo Espírito Santo, onde sua voz e seus sussurros, guiam por meio da consciência e dos bons conselhos vindos de pessoas que tem a Bíblia como primordial. A Bíblia é o livro da vida e nela encontramos respostas para tudo. Ela alimenta os famintos e dá forças aos cansados e sobrecarregados. Os frutos vindos do relacionamento diário com Jesus geram um legado eterno.

  1. Devoção diária revela o amor do Senhor

Deus se revela em tudo e em todos os momentos. Nos céu azul e na noite estrelada. No oxigênio do ar e no sorriso de uma criança. Mas em momento de devocional, Deus revela-se e a revelação de quem Ele é magnífica. Ele revela sua bondade, seu amor, seu juízo, o futuro, sua misericórdia, seus planos e sonhos. Ele se revela como um Pai que tem o melhor para seus filhos. Se revela como um amigo que está presente em todos os momentos. Se revela como um Salvador que faz tudo por amor.

A devoção pode ser fruto de fome e sede de Deus. Mas a verdade é que nem sempre acordamos com esse desejo, com esse anseio. Então, a devoção é uma disciplina que precisa existir independente de vontade humana. A devoção é fruto do reconhecimento de que sem Deus você não é nada. Que sem Ele, você é um ser vazio, desorientado…

Comece a fazer um devocional agora mesmo. Leia um Salmos, ore a Deus. Converse com Ele em secreto e Ele fortalecerá seu homem interior. 

Ore o texto de Efésios 3:14-21:

Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,
E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

O que o Deus tem falado ao seu coração quando você ora?

Você já parou para pensar que muitas vezes ao ouvir noticiários sobre a crise atual, você pode, nem que seja por 10 segundos, esquecer que tudo vem de Cristo e tudo que existe é por causa dEle?

Bom, muitas vezes queremos fazer as coisas do nosso jeito, colocar as nossas mãos e, assim, mesmo que sem querer, nos tornarmos independentes.

Aliás, maior desejo do Pai é que nós que somos seus filhos voltemos para o lugar de dependência total nEle e que confiem plenamente seus futuros a Ele. Por isso, te convidamos a lembrar algumas de suas promessas que foram liberadas através da sua palavra.

10 razões para acreditar no futuro

1. O amor de Deus durará para sempre

Deem graças ao Senhor, porque seu amor dura para sempre. Salmos 136:1

2.  A sua paz encontrada em Deus excede todo entendimento

Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27

3. Ele responderá às suas orações

E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão. Mateus 21:22

4.  Deus nos concede sabedoria todos os dias

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:5

5.  Nele nossas necessidades são supridas

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19

6. Ele enxugará toda lágrima

Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Apocalipse 21:4

7.  Nele temos a alegria completa

Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. João 15:11

8.  Ele é Fiel em tempo e fora de tempo 

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
Hebreus 10:23

9.   O Senhor é a nossa Proteção

Nossa esperança está no Senhor;ele é o nosso auxílio e a nossa proteção. Salmos 33:20

10.  Nele temos o descanso no lugar seguro

Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11:28-30

Por fim, medite em Mateus 6:25-34, onde Jesus nos fala mais sobre as preocupações da vida. Que possamos de fato  juntos manifestar o Reino dEle e assim realmente desfrutarmos da suas promessas, no lugar de dependência.

Estamos no meio de uma pandemia mundial. Caos, medo, temor, receios, quarentena social. Cidades paradas, escolas sem aulas, ruas vazias. Mercados cheios de pessoas preocupadas comprando alimentos não perecíveis. E papel higiênico. Aliás, só se fala nisso. Idosos, grávidas, diabéticos, cardíacos, hipertensos isolados em suas casas para não sofrerem o risco de transmissão. Um vírus ainda não conhecido pela sua complexidade e que ainda não se sabe toda sua força e potencial. Afinal, como andar por fé em meio ao caos?

Para muitos, a primeira reação é a natural. Ter muito medo, fazer compras, se isolar. Sim, esse é um momento em que todo cuidado é necessário. Lavar as mãos, mais do que nunca, é uma ação constante. Fazer uso de álcool em gel também. É preciso ter muito bom senso nesse momento. E ter fé também. Ser perseverante em oração não é uma opção. É uma ação fundamental.

Uma fé ancorada em Jesus

Como cristãos, somos chamados a interceder com fé. Portanto, tempos de crise são uma grande oportunidade de sermos representantes de Deus na Terra. Todavia, ter fé pode não ser fácil. Sim, não é, mas é essencial. Então, veja isso não como uma opção, mas como uma característica que Deus derramou em sua criação.

Ora, a fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver. Hebreus 11.1

Quantas vezes você precisou orar, ter fé, interceder mesmo quando o cenário era de medo?

A verdade é que nós já temos a resposta certa para tempos difíceis em que estamos vivendo: Jesus. De fato, para Ele podemos levantar nossas vozes em oração, adoração e confiança. Podemos buscar a sua glória e sua intervenção divina.

Orar é andar por fé em meio ao caos

Deus nos deu o privilégio de vivermos em dias onde mesmo diante de crises e desafios podemos levantar nossas vozes em adoração e buscar respostas, providência, esperança.

A oração é o maior sinal de que andamos por fé. Oramos em nome de Jesus tendo a certeza que Ele é por nós. Jesus é única e melhor resposta para os tempos difíceis em que vivemos.

Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. Isaías 26:4

Muitas mulheres de nossa geração têm distorcido definições como empoderamento e  força feminina. tais conceitos têm sido tão banalizados que perdemos tanto o significado quanto a prática deles. Segundo o dicionário, empoderamento “é um conceito criado para definir ações e iniciativas que buscam delegar poder às mulheres, seja no mercado de trabalho, na comunidade, em espaços de debates ou mesmo em casa”, uma mulher empoderada é capaz de transformar a realidade onde está.

Como cristã, lidar com a noção de empoderamento se torna ainda mais complicado. Considerar o discurso muitas vezes conservador da Igreja e os discursos feministas que nos ensurdecem com sua militância e ainda buscar em meio a isso uma noção bíblica sobre o papel da mulher na sociedade se torna uma combinação complicada. Observando à luz da Palavra, entendemos que o verdadeiro poder da mulher não requer discursos militantes nem lugares de destaque. Há um aspecto de força colocado por Deus em nós que, quando entendido e utilizado conforme planejado por Ele se torna algo extraordinário. Mulheres cristãs que entenderam seu valor e significado em Deus, tornaram-se fortes cooperando para virar o mundo de cabeça para baixo e para que a Palavra de Deus chegasse a você hoje. Queremos te contar sobre 3 delas:

ELISABETH ELLIOT

Uma mulher forte e convicta daquilo a que o Senhor a tinha chamado foi Elisabeth Elliot. Seu marido, Jim Elliot, foi assassinado na tribo dos Aucas durante uma viagem missionária; ela e seus filhos sobreviveram porque haviam permanecido na base missionária. A força e convicção dessa mulher ficam evidentes em seus passos seguintes: ao invés de viver seu luto pelo esposo e buscar uma vida tranquila e pacata, ela se colocou diante do Senhor e decidiu viver na aldeia dos Aucas, continuando a missão falando do Senhor àqueles que haviam matado Jim. Ela criou seus filhos entre eles e permaneceu em seu propósito, servindo a Deus em um lugar escondido e sem nenhum público. Ainda assim, cristãos do mundo todo têm sido impactados não só pela história de sua coragem e compaixão sacrificial, mas também pelos diversos livros cujos ensinamentos demonstram a santa firmeza pela qual ficou conhecida.

RUTH GRAHAM

Ruth Graham, também é uma dessas mulheres desconhecidas do grande público, mas alguém extremamente forte. Ela permaneceu firme ao lado de seu esposo, no cuidado de sua família, na criação dos filhos e edificação do seu casamento apesar dos longos períodos em que ela e Billy Graham ficavam afastados devido às viagens evangelísticas. Ele mesmo se referia a ela como “uma companheira para a vida”, não tinha vergonha de admitir que ela tinha mais conhecimento bíblico do que ele e fazia questão de falar sobre o quando Ruth tinha um papel fundamental no desenvolvimento de seu ministério. Ruth não era abalada pela falta de holofotes sobre ela, não disputava um lugar de reconhecimento, mas entendendo seu valor e papel na história de Deus, tornou-se forte e inabalável, essa âncora para sua família. Entendendo sua posição diante do Senhor e em aliança com seu marido, ela cooperou para a proclamação do evangelho a milhões de pessoas ao redor do mundo.

CORRIE TEM BOMM

Corrie Tem Bomm completa esse time de mulheres fortes, que tinham sua noção de valor e lugar firmada no Senhor.  Vinda de uma família cristã holandesa, Corrie sobreviveu aos campos de concentração do nazismo, a que foi condenada por ajudar judeus, escondendo-os em sua casa. Uma de suas histórias mais conhecidas (relatada em seu livro “O Refúgio secreto”) conta como Corrie e sua irmã cultivaram um coração de gratidão a Deus mesmo na infestação de pulgas que piorava o já terrível contexto do campo de concentração. Um exemplo extremo de força e convicção vinda do alto, a partir da fidelidade e obediência, Corrie sobrevive a tudo isso, é liberta por um “erro de julgamento” passa a proclamar a bondade e misericórdia do Senhor. Sem discursos barulhentos ou grandes holofotes, Corrie se coloca entre a grande nuvem de testemunhas (Hb.11) e nos ensina sobre a força feminina biblicamente verdadeira, que independe de circunstâncias.

O QUE ELAS TINHAM EM COMUM?

Podemos ver nos exemplos dessas três mulheres, com histórias tão diferentes, que elas se colocaram em posições de força e coragem, foram ousadas, não permitindo que o medo ou as adversidades as impedissem de continuar e proclamar Aquele que é a verdade. Ruth Graham amando sua família, Corrie ten Boom amando o seu próximo mesmo em meio a dificuldades e Elisabeth Elliot amando um povo mesmo contra todas as possibilidades. Elas tinham algo em comum: amaram a  Deus acima de todas as coisas e amando profundamente elas se tornaram extremamente fortes. Elas permaneceram mesmo contra todas as adversidades porque acreditavam e viviam por algo maior do  que elas mesmas. Se o Senhor sustentou essas mulheres  em lugares tão difíceis, certamente Nele encontraremos nossa força e  valor reais. Assim como elas, somos convidadas por Deus a essa convicção a partir de nosso amor por Ele. Dessa forma nós também nos tornaremos mulheres verdadeiramente empoderadas, fortes e capazes de virar o mundo que tocamos de cabeça para baixo, mesmo sem holofotes ou discursos grandiosos. Permanecendo sobre Aquele que é o nosso firme fundamento, impactaremos e transformaremos a realidade em que estamos.

 

Fernanda Milczarek e Thayná Carvalho – Facilitadoras Fhop School

Estamos em mais uma semana do nosso estudo sobre como virar o mundo de cabeça para baixo. E hoje, vamos falar um pouco sobre mudança de mentalidade.  A Palavra nos assegura que não devemos viver com uma mentalidade escrava, afinal de contas, como bem afirma o Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 2:16 parte b do versículo “nós temos a mente de Cristo”. 

Mas o que de fato o que é ter a mente de Cristo?

Temos que ter a consciência de que não somos mais as mesmas criaturas, Cristo passou a habitar em nós por meio do seu Espírito e por Ele fomos regenerados. Logo, nossa capacidade de discernimento mudou, o que antes para nós era incompreensível, pois a mente natural não pode compreender ou discernir o que é espiritual, agora passa a ser revelado. 

Sendo assim, o cristão com a mente de Cristo recebe revelação dos pensamentos de Deus por meio das Escrituras, e mediante isso, a nossa mudança de mentalidade tende a ditar a forma como devemos viver e pensar.

COMO DEVEMOS VIVER

Se Cristo habita em nós, nosso padrão de vida tem que mudar. Não devemos andar de acordo com o curso deste mundo, nem com as expectativas de um sistema caído.

Pelo contrário, o cristão regenerado passa a ter Cristo como seu padrão de comportamento e atitudes. Jesus deve ser nosso modelo de conduta, e dessa forma, precisamos viver como seus imitadores.

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Efésios 5:1,2

Imitar a Cristo é virar o mundo de cabeça para baixo! O Reino de Jesus é o oposto do que os reinos deste mundo praticam, onde aquele que almeja ser grande deve  servir a outros da mesma maneira que Jesus serviu (Mt 20: 26-28). 

Onde os inimigos não são odiados, pelo contrário, devem ser amados e abençoados (Lc 6:28).

Essa é mentalidade que Cristo tinha um reino onde até mesmo os gentios poderiam se assentar à mesa!

Além do mais, Paulo nos exorta quanto ao padrão de vida que se deve ser vivido:

Falava mentira? Agora fale com a verdade (Ef 4:25).

Furtava? Agora trabalhe fazendo com as próprias mãos o que é bom (Ef 4:28).

Maldizia? Agora fale somente palavras para edificação (Ef 4:29).

Sejam uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando uns aos outros como Cristo perdoou (Ef 4:32). 

O QUE DEVE OCUPAR NOSSA MENTE?

Nossa forma de pensar deve estar ocupada pela mesma forma de pensar de Cristo. Em Filipenses 4:8 vemos Paulo explicando que tipo de pensamento deve permear as nossas mentes:

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”  (Filipenses 4:8)

Nossas ações são afetadas pelas coisas que habitam em nossos pensamentos. Paulo adverte seus leitores para se concentrarem nas coisas que resultarão na vida correta e na paz de Deus, nossos pensamentos devem estar focados nas coisas do alto (Cl 3:1-3).

Em suma, pensar conforme o mundo nos levará inevitavelmente ao pecado, aos desejos de morte que estão espalhados em um sistema caído que odeia a Deus.

Ao contrário disso, devemos elevar os nossos pensamentos em contraste com o pensamento disseminado pela cultura que nos rodeia.

“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo, Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus.”  (Efésios 4:17-21)

RENOVAÇÃO DA MENTE

Virar o mundo de cabeça para baixo, é ter uma mente que não se conforma com o que se vive neste século, mas que se renova e se transforma e segue os padrões celestiais ao invés dos padrões mundanos.

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Quando o pensamento é renovado pelo Espírito Santo, toda disposição da mente muda do terrível negativismo da mente carnal, para o pensamento positivo da mente espiritual, que agora passa a entender o Reino de ponta cabeça inaugurado na cruz.

“Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Efésios 4:22-24)

Portanto, devemos pensar como criaturas lavadas, mantendo nossas expectativas em Cristo e não em nós mesmos. Nossa mentalidade deve estar amoldada aos padrões celestiais, e essa mudança de mentalidade se refere a viver uma vida santa, conforme o que diz a bíblia que é a nossa regra de fé e prática.

Por fim, olhemos para Cristo, aquele que dita e muda a nossa forma de viver!