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Como encontrar palavras para orar?

Oração

A oração é uma chave para permanecer em Cristo. É uma forma, dada por Deus, de se conectar com o Espírito e encontrar Jesus. Através da oração nós recebemos graça e força para amar Deus e crescer em amor. Nós somos levados para maior intimidade com Ele à medida que nos conectamos com seu coração numa profunda parceria. Mas, como encontrar palavras para orar?

Oração é simplesmente falar com Ele

“…quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer…” – João 15:5

O fundamento dessa permanência mútua depende de uma conversa com Deus. Aliás, oração é simplesmente falar com Ele. Mas nós nem sempre sabemos o que falar ou achamos que não temos as palavras certas para articular nossas orações.

Orar a palavra

A maneira mais substancial na qual podemos reforçar nossas vidas de oração é nos alimentando da palavra de Deus. Através das escrituras nós podemos ativamente falar com Deus orando as promessas que estamos buscando acreditar e palavras que estamos buscando obedecer. Nós podemos chamar de ‘Orar-lendo’ a palavra, quando nós tiramos tempo para dizer as verdades das escrituras de volta para Deus enquanto lemos.

Por exemplo, a bíblia diz que Deus é o nosso bom pastor: “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. ” – Salmos 23:1. Então, enquanto nós lemos esse versículo podemos fazer pausas para agradecer a Deus por essas verdades. Podemos pedir para ele que nos ensine mais sobre como é o nosso bom pastor. Para que ele revele a nós a certeza de Sua provisão, cuidado e o quanto ele nos ama com o intuito de nos ajudar a acreditar nessas verdades.

A medida que você ‘orar-lendo’ através da bíblia, anote seus pensamentos e orações em um bloco de notas. Isso nos ajuda a gravar as verdades que o Espírito nos deu e a desenvolver linguagem para falar com Deus.

Nós podemos ser encorajados, sabendo que mesmo quando não nos sentimos fortes no nosso homem interior, o poder do Espírito está trabalhando para influenciar nossos pensamentos e emoções quando nós estamos ‘oramos-lendo’ a palavra num diálogo com o Deus poderoso.

++ Veja 3 maneiras de crescer em sua vida de oração 

 

“Bendirei o Senhor o tempo todo; os meus lábios sempre o louvarão. Minha alma se gloriará no Senhor;  ouçam os oprimidos e se alegrem.Proclamem a grandeza do Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome “ (…) Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seu rosto jamais mostrará decepção”  (Sl 34: 1-3; 5)

Você já percebeu o quão profunda é essa declaração de Salmos 34? Além disso, o que de fato significam estas palavras de louvor proferidas pelo salmista? Ao analisarmos o contexto histórico em que foi escrito o Salmo 34, descobrimos que se refere ao episódio de quando Davi se fingiu de louco para escapar de Abimeleque, rei de Gate. Davi temia por sua vida, e nesse texto vemos que ele louva ao Senhor por sua bondade, pela bondade de Deus, pelo livramento que obteve e ainda chama toda a congregação para unir-se a ele em louvor. 

Confiando na bondade de Deus

Davi conhecia quem era Deus e ele sabia a quem estava orando. O texto bíblico nos mostra Davi cheio de confiança no Senhor, e suas declarações nos instigam a também depositar nossa esperança no caráter imutável de Cristo. Observamos que, em todo o tempo, o salmista diz que irá engrandecer o nome do Senhor. Você compreende o quanto é poderosa essa afirmação? 

O salmista obteve uma resposta favorável do Senhor ao que pedia. Ele respondeu sua oração e o livrou das ameaças de morte que o rondavam. Entretanto, mesmo numa possível situação de vulnerabilidade, Davi declara que os louvores não cessarão de seus lábios; apesar das circunstâncias, crises e ameaças. Ao estudarmos a vida de Davi vemos que seu coração sempre se voltava ao Senhor. 

O texto me levou a pensar: Quantas vezes somos desafiados pelo Senhor a render graças a Ele em meio às tempestades que estamos vivendo? Uma das lições que podemos aprender em momentos de crises é perceber o quanto nosso coração está alicerçado no Senhor e na confiança de quem Ele é. Assim, as circunstâncias até podem mudar, mas o Senhor não. E, justamente, as provações podem revelar como o nosso coração está, e elas ajudam a forjar nosso caráter.

Em meio às crises como em momentos bons, quando temos a atitude de abrir nossa boca para expressar palavras que exaltam a bondade de Deus, há poder liberado pelo Espírito Santo, capaz de tocar e mudar as motivações do nosso coração. Por isso, quando declaramos Sua fidelidade, Sua grandeza, Seu amor e seus incontáveis atributos, nossa alma e coração começam a ser novamente alinhados com os desejos e intenções do Senhor.  Consequentemente, começamos a receber da verdadeira paz, mesmo que ainda estejamos passando pelos vales. Recebemos da graça Dele para enfrentar as circunstâncias difíceis. 

Cheios do conhecimento de Deus

No verso 2 do mesmo capítulo diz que: “Minha alma se gloriará no Senhor;  ouçam os oprimidos e se alegrem.” Em outras versões da bíblia a palavra “oprimido” é substituído por “humildes” e mansos”, isso significa que o coração tenro que glorifica o   Senhor encontra Nele a verdadeira alegria e paz. 

E mais adiante no capítulo 34:5 o salmista ainda diz: “Os que olham para ele ficarão radiantes; no rosto deles não haverá sombra de decepção”. Particularmente, eu amo essa verdade que Davi disse sobre o Senhor. 

Essa atitude de louvar e proclamar com nossos lábios a bondade de Deus, muda quem somos e fascina a nossa atenção para a beleza Dele. Então, passamos a contemplar sua formosura, e as as circunstâncias e emoções não ditam mais quem somos, como devemos reagir e o que iremos fazer. Nossa atenção é capturada pela beleza de quem Ele é. Nós tiramos os nossos olhos de nós mesmos e passamos a fixá-los no Senhor. Assim, à medida que fazemos isso, rompemos com o nosso egocentrismo e passamos a entender que é tudo Sobre Ele, por Ele e para Ele. Dessa forma, ao olharmos para Cristo, o caráter Dele começa a ser forjado em nós.

Uma oração

O salmista diz que o resultado de olharmos para o Senhor é que seremos radiantes. Portanto, conforme O contemplamos, seremos cheios do conhecimento de quem Cristo é, e de Sua obra na Cruz. Essa luz que iremos resplandecer será o entendimento de quem Ele é. E  aqueles que estão à nossa volta começarão a conhecer o Senhor através de nós. 

Portanto, hoje convido você a fazer do Salmos 34 sua oração. A pedir ao Senhor que encha seus lábios de palavras de gratidão, que exaltem o nome e a majestade Dele.  Perceba, que à medida que seu coração começar a declarar a bondade do Senhor, seu interior irá mudar. Assim, você começará a conhecer o coração Dele e ver as situações ao seu redor pela perspectiva da Palavra. Ao contemplá-Lo será inevitável não irradiar sua Sua luz, e outros serem alcançados por ela.

Hoje, pela manhã, estava meditando sobre nosso papel na terra. E tentar compreender qual a relevância sobre isso e pensei muito, sobre nós, como casa de oração. Muito se fala sobre abrir casas de oração que levantarão incenso constante ao Senhor. Sobre homens e mulheres que entregaram a sua vida no lugar de oração para que a transformação aconteça.

Mas parando para refletir, o que significa isso? O que queremos falar sobre levantar incenso? Será que abrir tantas casas de oração, é a solução? Bom, as minhas perguntas precisam de respostas. E sendo bem sincera, as respostas são bem simples.

O que é uma Casa de oração?

O significado de casas de oração pela nossa nação é, simplesmente, o resultado que os  brasileiros não estão adormecidos para os mistérios de Deus. Estamos levantando e construindo um lugar de oração, isso significa que a nossa nação está atenta ao que Deus está fazendo.

Significa que somos um povo que se chama pelo nome do Senhor, que estamos tomando a autoridade nome de Cristo tendo confiança que Ele fará algo no Brasil. Jesus realizará o que prometeu ao país.

As salas espalhadas, quem sabe, não seja a solução, mas o resultado de que os brasileiros desejam mudanças e que sabem  que o soberano Deus os escuta e fará justiça para cada oração feita.

Queridos amigos, quando nós entendermos que somos casa de oração as coisas, de fato, mudarão.

“e lhes disse: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração (…)” Mateus 21:13

Nós somos o templo do Espírito. Deus mora dentro de nós. Somos homens e mulheres que carregam a presença de Deus. E se nós cultivarmos uma vida de oração? Isso seria poderoso, não é mesmo?

Nós podemos ser casas de oração. Quando entendemos que somos intercessores e que as nossas orações são ouvidas pelo Senhor algo poderoso acontece. Se todos os cristãos entendessem que podemos e devemos orar sem cessar as coisas seriam transformadas. Seriamos milhares de casas de orações pela nosso país.

Um chamado para todos

Sim, meus amigos, sejamos aqueles que queimam por Jesus e que não param de realizar as orações de fogo. Você, quem sabe, não possa estar o dia todo em uma casa de oração que se localiza na sua cidade, mas você pode, mesmo assim, orar porque entende que é uma casa de oração e que não está preso a um lugar.  Você é um lugar onde a oração não para porque o seu espírito está vivo e cheio de poder.

O povo brasileiro precisa de nossas orações.  Nosso governo precisa de intercessores que não se calarão e você pode fazer isso agora mesmo, no seu trabalho, em sua faculdade e de qualquer lugar que esteja.

Você pode fazer isso em qualquer lugar porque você é um intercessor em qualquer lugar e em qualquer hora. Somos casa de oração dia e noite, sabe por quê? Pois o Espirito do vivo de Deus mora dentro de você e clama em todo tempo por mais de Deus.

Quando Jesus falou sobre a minha casa de oração, Ele não estava falando de um lugar. Jesus estava falando de pessoas, Jesus estava dizendo daqueles que seriam comissionados 24 horas por dia no lugar secreto. Sobre aqueles que terão conversas poderosas com seu Pai.

Assim, Ele nos chama para uma vida de oração. Pois, Jesus procura por sentinelas que não descansarão e que de dia e noite, em qualquer lugar estejam entregues a uma vida de oração.

“Coloquei sentinelas em seus muros, ó Jerusalém; jamais descansarão, dia e noite. Vocês que clamam pelo Senhor, não se entreguem ao repouso, e não lhe concedam descanso até que ele estabeleça Jerusalém e faça dela o louvor da terra.”  Isaías 62:6,7

Se vamos conversar sobre missões, precisamos entender que primeiramente a missão é de Deus, o início da missão é em Cristo. E claro, ele não depende de nós, mas Deus nos chama, nos convoca, por assim dizer, a participar e a fazer parte dessa missão.

A Bíblia é cheia de passagens onde podemos perceber que o desejo de Deus é ser conhecido e adorado em todas as nações. Veja algumas delas:

“Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas” (Sl 96.3); “Render-te-ei graças entre os povos… cantar-te-ei louvores entre as nações” (Sl 108.3); “Louvai ao Senhor vós todos os gentios, louvai todos os povos” (Sl 117.1);“Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Is 49:6).

O início da Missão é em Cristo

Portanto, quando Jesus ressuscita e vem passar um tempo com seus discípulos para instruí-los acerca da continuidade de sua obra, nós o vemos comissionando eles a irem e a fazerem discípulos. O início da missão é então em Cristo. Jesus fala que toda a autoridade foi concedida a Ele, no céu e na terra. Quando alguém com autoridade transfere essa mesma autoridade à outra pessoa, é como se essa pessoa agora fosse um embaixador, um emissário, certo? Foi isso que Jesus fez aos seus discípulos, deu uma autoridade de impacto, de relevância.

Na continuidade da narrativa bíblica, os apóstolos vão agora formar essa comunidade de testemunhas que se chamará igreja. Jesus disse a eles: “E sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra.” (At 1:8). Eu e você estamos nessa continuidade de Atos. E perceba que Jesus começa falando para eles serem testemunhas primeiramente em Jerusalém, ou seja, onde você está agora, os próximos a você e a nossa redondeza.

O Início da missão é em Cristo e a nossa missão?

Logo, se olharmos de forma ampla para as escrituras, presumivelmente os chamados mais destacadas sejam: amar a Deus, amar ao próximo e fazer discípulos. Então, todos nós, redimidos em Cristo temos esse chamado que partiu Dele mesmo. Nosso chamado e missão são para salvação, santidade, comunhão e missão: ”E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo. A todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos: A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”. (Romanos 1:6-7).

Fomos salvos em Cristo para fazer a diferença, ser sal e luz e dentre todas as vocações que temos, a maior é glorificar a Deus.Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém. (Romanos 16:25-27)

Chamado Específico

Ao passo que salvação e Missão fazem parte do nosso chamado, existem aqueles que terão um convite específico, uma função específica. Lembram de Abraão, de Moisés, de Samuel, de Jeremias, de Maria mãe de Jesus? Nesse sentido, esses são os chamados específicos, como Paulo e Barnabé, chamados para levarem as boas novas aos gentios. Penso que esse chamado específico tem a ver com os dons distribuídos por Cristo na igreja por meio do Espírito Santo.

Esse chamado ou função específica não são para superioridade de ninguém, ou para diferenciação, na verdade, se observarmos, aqueles que assim são chamados, são chamados primeiramente para servir. Observe como Paulo se apresenta em Romanos 1:1 “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. E como bem sabemos, Deus separou Paulo para esse chamado específico, pois toda sua preparação anterior ao chamado já era obra dele. Toda a formação farisaica de Paulo foi importante para o encontro com Jesus no caminho de Damasco. O início da missão foi em Cristo mas ele nos chama a continuá-la.

A Questão Geográfica

Outro ponto importante que precisamos observar é que nossa vocação específica não tem a ver com a questão geográfica. Uma pessoa que tem vocação para ser mestre, ensinará as escrituras por onde estiver, na sua língua ou em outra, assim, da mesma forma, um pastor pastoreará aonde o Senhor o conduzir. Vocação é o que fazemos e não aonde iremos. Paulo foi chamado a levar as boas novas aos gentios, mas Deus o conduziu para a Antioquia, Chipre, Icônio, Macedônia, depois o Espírito Santo o impediu de ir a Ásia e depois o Senhor o direciona para Roma. Vocês percebem? O lugar, a questão geográfica pode mudar, conforme Deus conduzir. É claro que com isso duas coisas são necessárias para quem se sente vocacionado: discernimento e perseverança. Discernimento para saber qual é o próximo passo e perseverança para jamais desistir.

Discernimento e Perseverança

O discernimento nos ajuda também na dúvida básica que os cristãos têm: meu chamado é o chamado que todo cristão tem ou é um chamado ministerial específico? Peça a Deus discernimento justamente para entender isso. Em primeiro lugar, esse discernimento vem na Palavra, entendendo o que a Bíblia diz sobre vocação. Em segundo lugar, se há convicção desse chamado específico, é necessário você primeiro ser útil em sua igreja local. O reconhecimento vem também das pessoas próximas a você, da sua liderança, ou seja, o reconhecimento de que há um chamado, uma vocação específica é também visto pela própria igreja da qual você faz parte. Ou talvez, o próximo passo será seguir um treinamento teológico ou em um campo missionário.

E a perseverança, que é necessária, pois a vocação é como uma maratona que terá dias bons e dias maus. Será necessário manter os olhos em Cristo e perseverar como Paulo nos orienta em Efésios 4:12-13 “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”.

Passos Práticos

  • Comece orando e buscando a direção de Deus – ore e contribua nos projetos da igreja. As coisas do reino de Deus não funcionam pelo poder humano. Existem situações que não acontecerão, tem portas que só se abrirão quando oramos. Deus nos usa por meio de nossas orações. Deus quis assim, por uma razão misteriosa e sublime. Sim, Deus resolveu fazer a obra do seu reino por meio das nossas vidas, das nossas orações e contribuições;
  • Saia do anonimato e de uma postura de quem não tem chamado. Envolva-se nos projetos da sua igreja local, sirva e se envolva. Sirva por meio de seus dons. Charles Spurgeon disse: “nada é mais difícil do que se mostrar fiel aos de perto que bem lhe conhecem”;
  • Viaje para lugares de realidade bem diferente da sua hoje para sentir a missão no coração. Ao viajar para o interior do Piauí, para os extremos da África, talvez fará seu coração querer realmente se envolver mais intencionalmente, ou não. Ao viajar hoje, por exemplo, para a Europa, talvez você percebe a frieza nos corações e o distanciamento deles de Deus e assim queira de alguma forma, ser testemunha de Cristo em lugares onde Deus não tem mais lugar nas vidas das pessoas.

O Início da missão é em Cristo – entendendo o papel na Missão

Resumindo, o que Deus quer de fato é que entendamos o que significa a realidade dessa missão, nós existimos para afetar o mundo lá fora. A igreja existe para o mundo. Cristo deixou na terra apenas o seu corpo, a igreja e é Cristo através da igreja que faz a diferença no mundo. Todos nós somos chamados para a missão dele, somos chamados a servir o corpo. Não há categorias, então saiba, ninguém está no camarote apenas assistindo, pois todos estão envolvidos de alguma forma. Dra. Frances Popovich dizia queDeus usa tudo aquilo que aprendemos, sendo assim, precisamos aprender tudo o que for possível e nos preparar bem para que o nome de Deus seja espalhado por todas as nações.

 

*Sugestão de leitura: “Vocacionados” de Ronaldo Lidório.

Quando pensamos em paciência podemos visualizar cenas típicas no nosso cotidiano que nos exigem o exercício desta virtude. Quem nunca precisou esperar longas horas em uma fila ou esperar um ônibus que nunca chega? Ou talvez a dificuldade não seja esperar por algo ou alguém, mas não ser rápido em responder de forma grosseira ou irada em uma discussão ou conversa. Ao observamos a origem da palavra usada por Paulo em sua carta aos gálatas (Gálatas 5:22), entendemos que há um ensinamento muito mais profundo.

A paciência e a ira

As associações rápidas que fazemos tem um motivo. A palavra paciência, cujo sinônimo (longanimidade) talvez trave algumas línguas, significa literalmente “longo ânimo”. Em suma, ela origina da mesma raiz da palavra ira, sendo o seu direto oposto nos textos bíblicos. Inclusive, ela se encontra alguns versículos para trás, quando Paulo menciona as obras da carne. 

A ira dos homens é aquele sentimento intenso e rompante – o que conhecemos como “pavio curto”. Assim, é o desejo por dar uma resposta à altura, ter sua honra ferida ou não sofrer os danos. A paciência é a virtude de suportar o sofrimento, a humilhação ou a desonra por um longo tempo. É ser tardio em irar-se e não retribuir imediatamente. É evidente que, como humanidade, nosso ânimo é finito e frágil. Dessa forma, paciência só pode ser gerada em nós por aquele que é eterno e infinitamente paciente.

Um atributo de Deus, visto em Jesus

Em Jesus temos o homem perfeito, que suportou todos os tipos de sofrimento até o fim. Mesmo sendo Deus, não se considerou igual a Deus e se humilhou. Foi desonrado pelo seu próprio povo para que se cumprisse os propósitos da sua primeira vinda. Mesmo se perguntando “até quando estarei com vocês e terei que suportá-los?” (Lucas 9:41), Jesus foi obediente e exerceu a paciência ao levar o plano de seu Pai até o fim.

Deus, ao se apresentar a Moisés, diz ser cheio de paciência (Êxodo 34:6) e continuou a demonstrá-la por toda a história do povo de Israel. Mesmo em meio à constante desobediência do seu povo, Deus foi fiel em todas as suas promessas. E assim Ele cumpriu cada uma delas e continua tendo paciência conosco para cumprir o seu plano até o fim (2 Pedro 3:9).

O paradoxo da paciência

A dificuldade que temos, como humanidade, de exercermos paciência uns para com os outros, reflete nossa ofensa contra o próprio atributo de Deus. Em síntese, é o paradoxo de pensar que sabemos mais do que o próprio Deus sobre quando e como Ele deve exercer a sua justiça.

Ainda que tenhamos sido salvos por esta mesma paciência, muitas vezes não a estendemos ao nosso irmão. Pior ainda, ficamos irados com Deus por fazê-lo. Nos ofendemos com a ideia de perdoar setenta vezes sete e termos de aguardar o juízo eterno de Deus. Ainda que seja justamente esta misericórdia, que se renova a cada manhã, a causa de não sermos consumidos. 

Quantas vezes agimos como Jonas, que mesmo experimentando da paciência de Deus para com a sua própria vida, se ira por Deus ter sido misericordioso com a cidade de Nínive? Assim, diante de sua queixa, Deus apenas responde: “Você acha que é razoável essa sua raiva?” (Jonas 4:1-4).

Com paciência esperamos

Que sejamos aqueles que serão encontrados esperando pacientemente a justiça perfeita do Senhor. Não nos distraindo com o mal presente nesta era, mas mantendo nossos olhos fixos na esperança. Alguns podem dizer que a espera é insuportável ou se perguntar “até quando?” e querer fazer justiça pelas próprias mãos. Mas o Espírito Santo nos capacita a perseverar e aguardar pacientemente a volta do nosso Senhor, sabendo que há uma data marcada para que Deus retribua toda a injustiça e cumpra a sua promessa.

E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo esforço dedicado até o fim, para a completa certeza da esperança, para que não vos torneis indiferentes, mas sejais imitadores dos que herdam as promessas por meio da fé e da paciência.” (Hebreus 6:11-12)

 

Para continuar lendo a série sobre o fruto do Espírito, clique aqui.

Setembro amarelo. Chegamos ao mês de setembro e esse mês foi estipulado para prevenirmos e darmos uma maior atenção aos casos de suicídios que crescem a cada ano. É claro que isso não é apenas para tomar nossa atenção em um mês. Isso é sério e merece nossa atenção no nosso cotidiano. Quantos de nós conhecemos pessoas que estão dando sinais de querer desistir de suas vidas? Principalmente nesse ano de 2020 onde muitas pessoas perderam seus empregos, suas perspectivas e objetivos traçados. Suicídio é algo sério, precisamos estar atentos.

Segundo o site criado para falar sobre o tema setembro amarelo, cerca de 95% dos casos de suicídio ocorreram por motivos de depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias, ou seja, problemas de transtornos mentais. Nossa mente pode ser tão terrível a ponto de nos fazer desistir de viver. Será que era por isso que Paulo fala sobre o renovar de nosso mente?Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2

O fato é, em nosso dia a dia somos bombardeados de notícias ruins, falsas notícias inclusive, inúmeras mentiras entram em nossos ouvidos e mentes. Fora as nossas lutas e dificuldades que precisamos lidar diariamente e os muitos casos de abusos enfrentados. Como não sucumbir a tudo isso? Pois nossa mente está suscetível a esses ruídos diários, às muitas vozes que invadem nossos pensamentos e alcançam nossos desejos, medos e anseios. 

O processo do Espírito Santo em nós

A teologia reformada vai nos ajudar a entender sobre essas mudanças em nossa mente. Na queda da humanidade, onde os efeitos noéticos do pecado nos deixaram em um estado de prisão moral. A palavra noético, tem sua origem no grego nous, que é normalmente traduzido como “mente”. Logo, os efeitos noéticos são os efeitos da nossa mente, que são caídos, nossa própria capacidade de pensar foi gravemente enfraquecida pela queda humana. Toda nossa vontade humana está agora cativa aos desejos e impulsos maus do nosso coração. Dito isso, apenas para que possamos entender que não é por causa disso que agora não temos mais a capacidade de pensar corretamente. 

É claro que enquanto o pecado estiver em nós, nosso pensar não será perfeito. Mas o Espírito Santo está agora mesmo nos levando nessa jornada de amadurecimento e aperfeiçoamento espiritual, que culminará no retorno de Cristo, onde o Espírito Santo entregará uma igreja pura, santa e sem mácula. Nossa consumação final.

Aqui em nosso blog, temos feito uma série de escritos sobre o fruto do Espírito. Esse fruto, Paulo vai descrever em Gálatas 5, como sendo nove qualidades que são produzidas em nós por meio dessa ação que o Espírito Santo está operando naqueles que são guiados por Ele. Mas o quê tudo isso tem a ver com o setembro amarelo? Como conseguimos ajudar alguém, ou quem sabe, como eu consigo ajuda com esses problemas causados em minha mente?

Os mandamentos nos ajudam nessa jornada

 Jesus ao ser interrogado por um mestre da lei sobre a importância dos dez mandamentos, responde o seguinte: ”Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes“. Marcos 12:30-31. Ao cumprir os dois mandamentos, seremos rigorosos em nossas tentativas de treinar nossas mentes. Amando o Senhor com todo nosso coração, nossa alma e nossa força, mas também com toda nossa mente.

E quanto ao segundo mandamento? Ame o próximo, em outro momento Jesus foi questionado: Quem é o meu próximo? ( Lucas 10:29). E Jesus vai lhes contar a parábola do Bom Samaritano. Logo, seja você o bom samaritano, seja você o próximo de quem precisa de ajuda. E se voltarmos para o fruto do Espírito de Gálatas 5:22, vemos que ao praticarmos amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade e  mansidão, precisamos do próximo. Pois como praticá-los sozinho? Mesmo o domínio próprio é algo que preciso da ajuda do Espírito Santo. Essas qualidades, esse fruto não é produzido por nós mesmos, mas é obra do Espírito.

Recebendo e dando ajuda

Ora, mas onde isso nos leva, afinal de contas? Eu quis relacionar tudo isso para termos em mente duas coisas: se no caso de, você e eu estivermos passando por isso, ou se somos nós que vamos ajudar alguém perto de nós. Porque sim, depressão, transtorno bipolar e vícios são doenças e nenhum, isso mesmo, nenhum de nós está livre disso. Mesmo os cristãos passam por essas doenças. Eu e você temos agora mesmo nomes vindos em nossa mente, ou se não, nós mesmos já passamos por isso.

Mas se isso for algo que está enfrentando, te digo: procure ajuda agora mesmo. Como já mencionado, tentativa de suicídio por quaisquer motivo é sim, indícios de alguma doença séria por trás. Deus não nos criou para vivermos sós, precisamos de pessoas, precisamos nos relacionar, precisamos encontrar com quem dividir nossos fardos, sejam familiares, amigos, liderança, nossa comunidade de irmãos.

E se estamos identificando sinais de depressão, ou alguma atitude de afastamento por parte de alguém próximo a nós, precisamos ser o bom samaritano na vida dessa pessoa. Estar perto, amar essa pessoa, servir no que for necessário. Seja levando a um médico ou, sendo útil em quê precisar.

Fortalecendo nossa fé

Por muito tempo nós cristãos tratamos a depressão como pecado ou algo de errado na vida da pessoa que estava passando por isso. Agora precisamos entender que, como qualquer outra doença, todos estão sujeito a passar por isso. E sim, precisamos de tratamento médico, precisamos ajudar quem está passando por isso a identificar o que causou essa depressão. Não os deixando só, mas trazendo para perto, ajudando em sua fé, levando-o a participar dos cultos, das nossas reuniões em grupos, de nossos momentos de comunhão. E entender, que é por um período e que vai passar. Que esse mês do setembro amarelo traga consciência em nós da gravidade que são essas doenças.

Portanto, que possamos crescer no fruto do Espírito, que possamos crescer em amar a Deus com toda nossa força e mente, que possamos crescer em amar nosso próximo, servindo e trilhando essa jornada em comunhão. Como servos de Cristo, somos levamos por sua graça a restaurar ruínas desse mundo caído. Somos o povo da esperança, estamos anunciando a esse mundo um novo reino, o reino de Deus, por isso precisamos de uma nova mentalidade. E essa nova mentalidade, essa nova vida com Deus, nos salva de um modo de vida pessoal e nos leva a um fim corporativo.

Setembro Amarelo – Oração

Minha oração por você que está passando por isso é que Deus coloque as pessoas certas para te ajudar a identificar o motivo, a causa dessa depressão, sejam amigos, familiares ou se preciso for, até médicos capacitados a identificar o quê seu corpo está precisando nesse momento. Sabemos que vários fatores podem levar alguém a uma depressão, até mesmo falta de hormônios e vitaminas podem gerar uma depressão.

Então, que o Senhor te conduza nesse tempo e que você seja alicerçado na Palavra de Deus, ela é a verdade e o fundamento que te ajudarão quando maus pensamentos vierem. E entenda, isso é passageiro, pode demorar até o tratamento fazer efeito, mas é passageiro, esse período não te define.


“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” Colossenses 3.16

Jesus nos estende um convite, o de seguir o caminho que leva à vida e salvação. E Ele alerta que existe um preço para todo aquele que quiser trilhar este caminho e seguir os Seus passos. É necessário negar a si mesmo e tomar a sua cruz.

O convite de Jesus causa um golpe fatal no egocentrismo humano. O homem, por si próprio, apenas tem interesse nas bênçãos e na glória, naquilo que faz bem a ele; porém Deus requer cruz e sacrifício. Quer que o homem morra para si mesmo.

Veja esse texto:

Chamando a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la; mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, irá preservá-la. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou, que daria o homem em troca da sua vida? Quando o Filho do homem vier na glória de seu Pai com os santos anjos, ele também se envergonhará de quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora. Marcos 8:34-38

A princípio, os discípulos de Cristo possuíam uma visão equivocada do reino messiânico. A visão deles tinha como centro o homem e seus interesses próprios. Esta visão foi desafiada pelo próprio Jesus, pois Ele deixou claro que não há glorificação sem que haja sofrimento. Não há coroa sem que haja uma cruz.

Este posicionamento continua sendo um grande desafio para a igreja atualmente. Para muitos, não há espaço para cruz e sofrimento em sua teologia. Ainda hoje, há uma cruz para mim e para você.

Atender ao convite de Jesus é um teste para a natureza da nossa fé

Se essa fé for verdadeira, nós não o seguiremos somente nas bênçãos e na glória, mas também ao carregar a cruz que há para cada um. Aquele que diz negar a si mesmo declara que não deseja mais se associar à pessoa que era antes. Reconhece a sua natureza pecaminosa e que não é merecedor desse convite. Abandona sua justiça própria, seus próprios planos e suas ambições.

Não há semelhança entre o chamado para conquistar sonhos e desejos e o chamado do evangelho. Assim, este chamado é um convite para abrir mão de si mesmo. A verdadeira conversão ocorre quando o homem entende que, dentro de si, há apenas o pecado e que a sua única esperança está em um relacionamento redentor com Cristo, e isso só é possível por meio da Graça.

Quem afirma seguir a Cristo, mas não carrega sua cruz, não pode ser Seu discípulo

“E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:27

Este convite para a salvação deve ser tão valioso para nós a ponto de não termos nossa vida como preciosa. Será que a salvação é realmente valiosa para nós? Será que ela é uma uma pérola de grande valor pela qual nós venderíamos tudo o que possuímos?

“O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou”. Mateus 13:44-46

A resposta que precisamos dar para Jesus a esse grande convite é a abnegação, é uma obediência leal. Pois, nossas vidas são marcadas quando obedecemos ao Senhor com amor, alegria e gratidão. Todos os dias, temos a oportunidade de negar a nós mesmos, pegar a nossa cruz e seguir a Cristo. Este é o único convite do evangelho: o caminho estreito é o caminho de morte que nos levará, um dia, a alcançar a eterna e gloriosa redenção em Cristo Jesus.

Precisamos entender que a vida é feita de estações e saber discernir essa realidade é importante para que possamos aprender e crescer em sabedoria. As estações mudam e tudo que está bem. Em um instante pode desmoronar – o inverno chega e com ele o frio e a escuridão. Da mesma maneira, os momentos de dificuldades também passam. Logo o sol nasce, a primavera chega e com ela vêm as flores e o doce aroma da esperança. Em cada estação, eu amo saber que tenho um Deus que não muda e que Ele sustenta o meu coração.

Saber quem Deus é me ajuda a posicionar o meu coração em devoção ao Senhor – Ele que me conhece e deseja ser conhecido por mim. Em Sua palavra encontrei o caminho perfeito para conhecê-lo. E eu amo saber que Deus me deu o privilégio de ter acesso às Suas verdades.

Quando as estações mudarem…

A Bíblia fala sobre o homem cujo prazer está na lei do Senhor e nela medita dia e noite. Ele é chamado de “bem-aventurado”. Ele é como uma árvore cujas folhas nunca secam, que dá fruto na estação devida, pois ele se posicionou junto às correntes de águas. Logo, esse homem não se abala quando as estações mudam, pois ele conhece a alegria de ser sustentado pela palavra. Ele tem sua confiança em um firme fundamento.

Igualmente, nós podemos ser alguém que encontra na lei do Senhor um lugar seguro para fundamentar nossas vidas. Se eu me apego aos Seus decretos a minha alma se alegra, eu encontro força, eles iluminam meu caminho e firmam meus passos. Quem descobre este segredo não temerá o dia mau. Quem guarda isso no coração não é enganado pelas mentiras pois conhece a verdade.

Há poder em ler a Bíblia

É certo que um conceito errado de Deus abala a nossa fé e confiança, por isso devemos nos debruçar sobre Sua palavra. Deixar que ela nos preencha com as verdades de quem Ele é. Uma vez ouvi que a Bíblia é o único livro que temos o autor nos acompanhando 24 horas por dia. Ele mesmo desvenda nosso olhar para contemplarmos as maravilhas de Seus mandamentos. Deus se revela a nós à medida que nos aproximamos e Ele deseja ser conhecido.

Sem dúvida, eu quero me posicionar em meditar na lei do Senhor buscando-o de todo meu coração e desejando não apenas saber à respeito Dele. Mas conhecer, de fato, quem Ele é. Se trata de um relacionamento – falar com Ele, e ouvir o que Ele tem a dizer. Eu quero sentar para ouvir Sua voz. Quero amá-lo mais à medida que eu o conheço e descubro que sou conhecida por Ele. Há um prazer em meditar naquilo que Ele diz, pois mais doces que o mel e mais preciosas que o ouro são as Suas palavras de vida eterna.

Assim, não importa a estação, os ventos da dúvida, a aflição e a angústia jamais poderão dominar alguém cujo prazer está na palavra do Senhor. Pois ela é perfeita e está estabelecida para sempre. Os que a amam “têm grande paz e ninguém os fará tropeçar” (Salmos 119:165).

Você já se imaginou velhinho? Já se imaginou no fim da vida olhando para tudo o que passou e se perguntando o que valeu a pena? Se seus objetivos de vida estavam certos, se você não perdeu tempo, se aprendeu com as situações difíceis e se suas forças foram bem investidas? Não queremos fazê-lo refletir se algo dá certo ou errado para você. Esse não é o objetivo. Mas saber se tudo em nossa vida indica uma motivação. Se aquilo que o mantém fascinado hoje é suficientemente consistente e bom.

Nós queremos, no decorrer deste artigo, corrigir o nosso foco, apertar os parafusos, examinar o que precisa ser prioridade em nossos dias de vida. Senão, nada do que faremos valerá a pena, por melhor que seja, ou mais bonito que pareça. Isso precisa estar bem resolvido em nós, primeiro.

Por isso, hoje vamos refletir sobre “uma coisa” que nos é necessária em toda a nossa jornada.


Você já sentiu que você nasceu para algo a mais?

Se você não quer viver por uma motivação pequena, estamos juntos nessa. Já que estamos vivos, queremos a mais elevada! Não queremos desperdiçar a chance que nos foi dada: a de viver. E como cristão, talvez, você se pergunte como viver para Deus. Como me tornar fascinado por Jesus?

Bom, antes de tudo, precisamos deixar claro que viver para Deus é algo que vai além da nossa compreensão. É tão ampla e completa a ideia de viver para Ele que toda boa motivação de vida fica aos pés se comparada com a motivação de viver para Jesus.

Nesse sentido, a palavra do Senhor diz que Ele o ensinará no caminho que deve seguir, o aconselhará e cuidará de você (Salmos 32:8). Então, se a sua alma anseia viver algo significante, nada melhor do que confiar em Jesus. Ele é o caminho fascinante!

Você não é dono da razão

Em primeiro lugar, precisamos partir de alguns fundamentos importantes. Jesus é o centro do cristianismo. E no cristianismo, Ele é o centro de toda a criação. Entender isso nos ajuda a compreender a palavra de Deus e o propósito de Jesus. Ele veio na terra restaurar a humanidade e todos os cosmos; Se mostrar o sentido de todas as coisas.

Se Jesus é o dono de toda a existência, de toda a vida, e o verdadeiro Rei sobre a terra, assim como diz na sua palavra, então, a vontade dele é soberana, inclusive sobre a nossa.

Mas obedecer suas palavras está muito longe de se ver uma marionete de Jesus. E que mesmo isso não faz dele um Deus ruim. Porque o que Ele fez para você, para nós, é prova de amor. E mesmo se fossemos marionetes, valeria mais a pena viver para Ele do que para qualquer outro. Porque esse mesmo Deus também é Pai, e por isso nele somos supridos.

Se você entende que na cruz Ele se fez homem e servo, e deixou claro que é, também, Deus, não nos resta outra coisa, senão considerar seriamente suas palavras. Porque, se você não reparou, elas afetam decisivamente a sua vida hoje. Isso nos ajuda a notar que, realmente, não temos outra saída. Fomos feitos para Ele. Se Ele é tão infinitamente soberano e se importa conosco a tal ponto, então, o que achamos ser melhor para nós ou para o mundo pode não ser.

Numa jornada fascinado por Jesus

O exemplo de Davi é incrível, ele era fascinado. Ele era um rapaz diferente, por mais que tenha cometido muitos erros. O desejo dele expresso em Salmos 27:4 era desfrutar de uma vida de intimidade com Deus. De amor e conhecimento de Deus. Isso valia mais do que sua ascensão como rei de Israel.

Desse modo, viver para a própria promoção não é o bastante. Do mesmo modo, não é bastante qualquer propósito desassociado de Cristo. São todos pequenos, terrenos, duram até esta vida. Mas, nada satisfaz o homem mais do que um propósito eterno; do que entender que a fé em Jesus é o tesouro mais valioso (I Pe 1:7).

A vida vazia se enchendo do tesouro eterno

Somos como tesouros em vasos de barro (II Co 4), carregamos um tesouro valioso. Carregamos a esperança da restauração de todas as coisas. Carregamos a única mensagem que sustenta a humanidade em suas crises reais.

Viver para Cristo é um privilégio, que vai além de buscar uma vida moralmente correta, ao se esforçar em fazer a vontade dele. Vai além de viver uma vida terrena cujos objetivos são a autopromoção ou são desassociados de toda motivação centrada em Cristo.

Em síntese, esta vida vai além de nós. Na verdade, seja jovem ou velhinho, a Ele devemos toda gratidão e honra em tudo o que fazemos e somos, pelo tempo que existirmos. Diante disso, assim como Davi, pedimos apenas uma coisa: queremos um olhar fascinado por Jesus.

Provavelmente, você tem acompanhado nas recentes crises as atitudes de generosidade que têm acontecido ao redor do mundo nos lugares afetados pelo coronavírus. São muitas pessoas se comovendo e mobilizando uma força-tarefa de solidariedade incrível.

As pessoas estão vivendo algo diferente de tudo o que poderiam imaginar e as inevitáveis limitações e restrições fazem parte da vida de todos em algum nível hoje. E apesar não existirem respostas para todas as perguntas, há pessoas que têm visto oportunidade para oferecer ajuda.

Os cristãos carregam a revelação de Deus ao mundo e são transformados nas tribulações a operarem ainda mais alegres e perseverantes na fé.

 

Suportem as fraquezas uns dos outros nas crises

A Palavra diz aconselha a ajudar uns aos outros em suas fraquezas. É dessa maneira que vivemos em comunidade, é sendo igreja primeiro para os dento de casa. Ajudar os da comunidade da fé e a própria família. 

“Nós, que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas dos fracos, em vez de agradar a nós mesmos.” Romanos 15:1

Devido à pandemia, os idosos são o grupo mais vulnerável. Eles estão mais limitados do que os demais, e portanto mais isolados também. A necessidade de atenção e de respaldo, seja para deslocamento ou ajuda em alguma outra área diminuiria o risco de saúde e de vida.

Neste momento, os idosos e o restante das pessoas que se encontram no grupo de risco são aqueles cujas fraquezas estão expostas e as ações de benevolência a essas pessoas faz toda a diferença na sociedade.

 

As tribulações revelam sua verdadeira espiritualidade

Na vida cristã, passar por tribulações e crises é um meio de Deus trabalhar no interior do cristão. Além disso, nesses momentos em que as pessoas se sentem mais frágeis, impotentes e limitadas é quando elas percebem o quanto precisam de Deus.

É nas tribulações que a verdadeira espiritualidade é revelada. As dificuldades mostram onde a fé realmente está. Deus quer moldar nos seus filhos o caráter de Cristo por meio da perseverança

É nesses momentos que a fé é testada, de ver se sua fé está sendo colocada em prática, se você está vivendo-a o tempo todo. Esta é a verdadeira espiritualidade.

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. Tiago 1:2-4

A Igreja foi chamada para brilhar. Isto significa que Deus está separando uma igreja que se alegra em meio às tribulações e que resplandece a graça de Deus em um mundo de trevas.

 

Compaixão e bondade como respostas do amor de Deus

Jesus teve um testemunho impecável diante dos homens e diante de Deus e ensinou os seus discípulos a viverem e propagarem as boas novas, que envolvia conhecer a vontade de Deus. E durante todo o Antigo Testamento os profetas também alertaram o mesmo. 

O que Deus queria não eram sacrifícios como um fim em si mesmos, mas que os corações fossem convertidos a Ele e estendessem misericórdia aos necessitados.

O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Isaías 58:6-8

Jesus veio àqueles que eram necessitados e cujas vidas passavam por crises. Ele alcançou e continua operando a partir de sua poderosa misericórdia. A bondade de Deus é real mesmo em meio às dificuldades. E sua bondade pode ser vista através de uma Igreja que ama como Ele amou primeiro.

Esta Igreja é capaz de iluminar o mundo com alegria, porque ela vive na presença do seu Senhor e pode demonstrar a sua fé em compaixão e bondade, como agrada a Deus. Isto é viver uma fé que é praticada o tempo todo, provando e testemunhando que Deus existe e que é poderoso e continua interessando pelas pessoas e por suas dores.