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Como me conectar com Deus durante momentos de adoração corporativa?

adoração

Eu já falei aqui no blog sobre como viver em adoração dia e noite, mas hoje eu quero continuar falando a respeito de adoração, mas sobre o poder de nossos momentos de adoração corporativa. Afinal, esses momentos geralmente são liderados por uma canção que conecta as pessoas com o coração de Deus. E isso é tão poderoso. É fora da minha compreensão as possibilidades do que Deus pode fazer quando nos reunimos assim.

Tocando o invisível

Quando nós escolhemos uma canção corporativa, o objetivo maior é centralizar e focar tudo o que fazemos na trindade. E o que cantamos pode carregar tantas verdades sobre o amor do Pai, sobre a santidade de Jesus ou poder do Espírito Santo, que nosso interior é transformado. Nós estamos com os olhos fixos nele, mas ao mesmo tempo estamos declarando com nossos lábios palavras que tocam nossa alma e espírito. Nós conectamos nosso espírito com o Espírito Santo, mas nossa alma é automaticamente tocada por cura e renovo. Além disso, é uma via de mão dupla. Nós tocamos a realidade de Deus e ele toca a nossa. E isso é apenas uma possibilidade do que Deus pode mover nesses momentos.

Costumo lembrar que a palavra do Senhor se renova a cada dia e que há sempre mais que eu posso viver em Deus e descobrir dele. Logo, momentos de louvor em comunidade, o que chamamos de adoração corporativa, são oportunidades de deixar Deus me mostrar nos mais. Não apenas cantar e reproduzir o que a comunidade está fazendo, mas verdadeiramente pensar na letra que estou cantando. Assim, essa é a uma maneira de se conectar com Deus durante esses períodos. É deixar meu coração engajar mais com Deus do que somente a minha voz.

Cantando o som do céu

Portanto, para aqueles que são músicos, cantores ou compositores, quero ressaltar a importância ao criar uma canção corporativa. Existe uma infinidade no que pode ser criado quando você está ligado ao coração de Deus. Além do mais canções realmente podem mudar mentalidades, transformar atmosferas e levar todo um povo a se conectar com o céu. Acredito que até mesmo para o Brasil nós podemos pedir ao Senhor que nos revele o som que vai curar a nossa geração. Qual é a nossa dor? Qual a nossa necessidade como povo? Que revelação de Deus o Brasil precisa? Qual faceta de Deus o Espírito Santo deseja revelar nesses dias? E porque não escrever canções que revelem a resposta?

Minha oração é que Deus libere a revelação de quem ele é através de canções que mudarão nossa nação. Não limitando tudo a uma letra, mas ao som que está no coração de Deus e ao nosso alinhamento com o coração dele. Por momentos de adoração corporativa onde nós seremos tocados no mais profundo e amaremos Jesus completamente.

Vamos escrever canções, vamos buscar a face de Deus, vamos nos apaixonar por Jesus de novo. Vamos ficar aos seus pés e esperar por ele. E vamos ver o que Deus pode fazer nesses dias, em nosso coração.

“Os teus decretos são o tema da minha canção em minha peregrinação.” – Salmos 119:54

Eu não sei se você consegue perceber, mas entre o final de novembro e o início de dezembro, um sentimento de esperança já vai apontando no ar. As pessoas começam a colocar as decorações de natal, o comércio vai ficando mais alegre e agitado.

Para nós, cristãos, o Natal tem um significado além do agito e das compras de presentes. Ou, pelo menos, deveria ter. O que significa esse tal de “Advento”? Não, ele não é um termo bíblico e você não encontrará versículos sobre ele. O advento nada mais é do que “Vinda ou Chegada”, conforme sua origem na palavra em latim “adventus”.

Assim, o advento foi sendo estruturado com o passar dos anos pelas tradições cristãs. Ele faz parte do calendário litúrgico e começa no quarto domingo que antecede o Natal. O advento é para o Natal, o que a quaresma é para a Páscoa. No caso do Natal, o Advento nos prepara para a vinda do menino Jesus, mas também nos enche de esperança para o retorno, ou seja, a  segunda “vinda” do Rei dos Reis.

Devemos Celebrar o Advento?

Certamente há muitas maneiras de como celebrar o Advento. As igrejas mais históricas têm esse hábito presente em seu calendário.  E com alegria se espera o nascimento de Jesus cantando hinos, recitando versículos específicos, acendendo velas, fazendo jejuns e orações. 

Mas o mais importante, e claro, se você tiver crianças ao seu redor melhor ainda, é colocar o foco Nele, no Salvador do mundo. Não coloque expectativas nas crianças por coisas materiais. Embora seja uma época agitada, devemos nos acalmar enquanto aguardamos o Natal e instruir os pequenos a desejarem a segunda vinda de Cristo e de serem gratos por sua vinda como homem, na primeira vez.

Então sim, nós devemos resgatar essa tradição e celebrá-la e não abandoná-la. E claro, ganhar presentes e dar presentes são ações muito boas, mas esse não deve ser o motivo pelo qual nós esperamos pelo Natal. Essa é uma excelente época para trazermos luz sobre o porquê um salvador veio até nós. “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Lucas 2:11

É provável que existam pessoas interessadas à nossa volta que não conhecem a profundidade do significado desta data. Então, porque não dar a elas esse entendimento e já fazê-las desejar pelo retorno de Jesus? Pense nisso. Além de ser importante para a nossa fé, ainda ajudará a acrescentar fé aos que estão ao nosso redor.

Resgatando a tradição do Advento

Com efeito, essa crescente divulgação sobre a existência do Advento em nosso calendário cristão, nos trará maior familiaridade com essas datas, que talvez antes eram quase ignoradas por nós. Talvez, mesmo você que está lendo, nunca tinha ouvido falar sobre o Advento. Eu particularmente estou muito feliz com essa divulgação. Pois isso resgatará o verdadeiro sentido desta data. Pelo menos, assim esperamos.

Muito além de nos alegrarmos com a obediência de Jesus, de vir até nós e se fazer carne, o objetivo do Advento é também nos levar a desejar pelo retorno de Jesus. Não nos alegramos apenas com a encarnação do Verbo, mas desejamos e anunciamos o retorno triunfante dele. Sim, precisamos acender essa chama de esperança em nós novamente. E deixar que isso cresça nos corações de nossas crianças, família e amigos.

Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Hebreus 9:28

Ademais, eu penso que essas ferramentas, assim como o uso do Advento ou do calendário litúrgico, colocam o centro da nossa fé e vida de volta em Cristo. Essas comemorações nos lembram para quem estamos vivendo. Ao celebrar todos os anos as mesmas datas, nossa fé se volta exatamente para onde ela deve estar: na obra e na pessoa de Cristo. Quantos de nós perdemos comemorações de natais por não entendermos que esse é um tempo de alegria e esperança?

Celebrar para termos a esperança viva

Por fim, ao atentarmos para o calendário litúrgico e assim celebrarmos o Advento, nossos corações se encherão de esperança. Sim, nós precisamos ter essa esperança viva dentro de nós de que a segunda vinda de Jesus é uma verdade pela qual vivemos.

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade”. João 17:18,19

Além disso, o Advento começa nos lembrando do nosso anseio escatológico pelo novo céu e pela nova terra. Preparando nossos corações para celebrar o nascimento do nosso salvador e para nos lembrar de que cada dia está antecipando o seu retorno. Nos faz lembrar que a nossa esperança é Jesus e de que Ele já está aqui conosco, na verdade, Ele sempre esteve conosco e sempre estará.

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”. Tito 2:13,14

Como adorar a Deus em meio à dor

Ainda que sejam uma garantia em nossas vidas, os momentos de sofrimento dificilmente vêm acompanhados de euforia e empolgação. E, em meio aos sentimentos conflituosos que podem surgir nos trechos mais penosos da nossa caminhada, podemos sentir que é impossível agradar e adorar a Deus enquanto somos tomados pela dor. 

O que adoração tem a ver com dor?

A adoração não é restrita a um momento durante o culto congregacional, nem tampouco à música. Ela está presente ao longo de todo o nosso dia, desde que abrimos os olhos pela manhã até repousar a cabeça no travesseiro à noite. 

Em todas as nossas ações adoramos algo ou alguém. Quando agimos de acordo com o egoísmo nato da pecaminosidade que habita em nós, adoramos a nós mesmos. Em contrapartida, quando obedecemos à Palavra de Deus e nos movemos pelo Espírito, estamos adorando ao Senhor. Se a adoração é uma resposta à revelação de quem Deus é, então em tudo nossas vidas deve expressar aquilo que já contemplamos dEle.

E é aí que a dor entra. Os sofrimentos fazem parte dos nossos dias desse lado da eternidade, e a forma como reagimos a eles pode ser uma adoração ao Senhor – ou não. 

Corra para Ele, não dEle

Ao longo da jornada, nos depararemos com situações em que a grande pergunta “por quê, Deus?” invadirá nosso coração, e dele sairá frustração e revolta contra o Senhor.

À medida que somos tomados por esses sentimentos, muitos de nós podem tomar um caminho contrário ao que leva a Deus. Em uma tentativa frustrada de nos escondermos dEle, o movimento de fuga nos afasta do Pai e distancia um relacionamento que deveria ser íntimo.

Resistir a este ímpeto nem sempre é tarefa fácil, mas mesmo em meio ao turbilhão de emoções precisamos nos lembrar de que um Ajudador está disponível – e disposto – a nos conduzir no caminho que leva ao Pai. E, quando deixamos de correr dEle e passamos a correr para Ele, caminhamos pelo vale com a certeza de que Ele nos acompanha.

Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4 

Ore em todo o tempo

Ao escrever aos Tessalonicenses, Paulo os presenteia com uma série de conselhos que permanecem extremamente válidos nos dias de hoje, sendo um deles orai sem cessar (1Tessalonicenses 5:17). Isto é, em todos os momentos.

Ainda que em meio a algumas circunstâncias possa parecer impossível permanecer em oração, há poucas coisas tão efetivas a se fazer em meio à dor quanto orar.

Os justos clamam, e o Senhor os ouve; livra-os de todas as suas angústias. O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado; ele salva os de espírito arrependido. As aflições do justo são muitas, mas o Senhor o livra de todas elas.” Salmos 34:17-19

Uma vez que nos posicionamos diante do Senhor, não precisamos fingir que está tudo bem. A oração é um lugar de entrega, onde nosso coração partido pode ser derramado diante de Deus.

Busque nEle sua alegria 

Parece contraditório falar de alegria enquanto falamos de dor. Janet Erskine Stuart disse: “A alegria não é a ausência de sofrimento, mas a presença de Deus.”. Mesmo em meio ao sofrimento mais profundo, há alegria para aqueles que estão no Senhor.

Alegria não é sorrir o tempo todo, nem tampouco é a ausência de tristeza. Na verdade, a alegria diz respeito a fixar os olhos na eternidade e manter o coração esperançoso nas coisas do alto. É lembrar (e confiar) que o Senhor permanece inabalável mesmo enquanto somos abalados.

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas videiras; ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado do estábulo e não haja gado nos currais; mesmo assim, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Habacuque 3:17-18

Seja grato

Sede gratos por todas as coisas, pois essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” 1Tessalonicenses 5:18

Esse singelo versículo guarda uma exortação poderosa sobre gratidão. Não raramente nos questionamos sobre a vontade de Deus, buscando compreender coisas que nos foram encobertas. Porém, a revelação contida na Palavra é suficiente. Ao escrever aos irmãos em Tessalônica, Paulo nos deixou (de forma bem clara, inclusive) um dos desejos do coração do Pai, que de forma desenfreada tantas vezes ignoramos.

Somos instruídos a ser gratos sempre, ainda que não nos sintamos propensos à gratidão e que as circunstâncias não nos ofereçam motivos para agradecer. Quando nos posicionamos com ingratidão nosso coração endurece e não obedecemos a vontade revelada de Deus sobre nossas vidas.

Por outro lado, com o coração grato e satisfeito em Deus estamos adorando a Ele, caminhando na Sua suficiência e glorificando-O à medida que reconhecemos que o Seu amor é tudo de que precisamos.

Mas ele me disse: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de muito boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.” 2Coríntios 12:9

Se permita ser transformado

Em algumas circunstâncias pode parecer impossível enxergar propósito na dor, mas temos a garantia da Palavra do Senhor sobre isso.

Meus irmãos, considerai motivo de grande alegria o fato de passardes por várias provações, sabendo que a prova da vossa fé produz perseverança; e a perseverança deve ter ação perfeita, para que sejais aperfeiçoados e completos, sem vos faltar coisa alguma.” Tiago 1:2-4

Aqui está um dos motivos pelos quais passamos por momentos difíceis e dolorosos em nossa caminhada: para produzir perseverança e aperfeiçoar nosso caráter. Nas estações tranquilas e também naquelas em que tudo parece estar fora do lugar, o Senhor está fazendo Sua obra em nós (Filipenses 1:6), a fim de nos moldar à Sua semelhança (2 Coríntios 3:18).

Se permita ser consolado

Ao reconhecermos o processo gracioso do Senhor em nossas vidas, somos convidados a abaixar as nossas defesas e permitir que o Espírito Santo traga consolo aos nossos corações. 

Quando Jesus vai até Lázaro, a pedido das irmãs Marta e Maria, Ele sabe que seu amigo ressuscitará. E, nestas circunstâncias, a Palavra nos diz que: 

Ao vê-la chorando [Maria], e também os judeus que a acompanhavam, Jesus comoveu-se profundamente no espírito e, abalado, perguntou-lhes: Onde o pusestes? Responderam-lhe: Senhor, vem e vê. Jesus chorou.” João 11:33-35

O Senhor chorou e comoveu-se com a dor e lamento do coração de Sua amiga. Ela derramou aos pés dEle suas lágrimas, e Ele chorou com ela. Assim também Ele chora conosco, se compadece de nós e se comove com a dor em nosso coração.

Jesus não tem medo do nosso sofrimento. Pelo contrário, Ele adentra a nossa dor ao invés de ficar alheio a ela. Ele continua perto de nós, mesmo quando tudo que temos para Lhe oferecer são as nossas amargas lágrimas.

Existem aspectos de Deus que somente conhecemos em meio ao sofrimento. Se a adoração é uma resposta àquilo que conhecemos de Deus, então nossas ações devem refletir aquilo que contemplamos em Sua face quando vivenciamos a dor.

Há beleza nos pedaços, mesmo quando não vemos. Por enquanto, O adoramos com aquilo que temos, mesmo em meio às dores. Mas algo belo está sendo construído com aquilo que foi partido em pedaços e, um dia, será manifestado plenamente. Nesse mesmo dia, “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram.” (Apocalipse 21:4).

Não haverá mais sofrimento, e Ele continuará sendo adorado, por toda a eternidade.

Adoração e o Canto das Estrelas

Você já ouviu falar no Canto das Estrelas? Este é um dos meus vídeos preferidos e já escrevi sobre isso no texto –  Adoração: Convite a se render. Apesar do cosmo parecer silencioso para nós humanos, é possível ouvir o som das estrelas. Tudo isso através de um telescópio eletromagnético avançado.

Louie Giglio se imaginou por um minuto ouvindo o que Deus ouve no universo. Então, ele usou um aplicativo para juntar o canto das estrelas, das baleias e dos homens na canção: “How Great is Our God” (Quão grande é meu Deus), de Chris Tomlin. E o resultado é ao mesmo tempo extraordinário e emocionante.

Você já se imaginou neste lugar? De ver e ouvir o universo em sua magnitude assim como Deus o faz? No Salmo 148.1-12 há um convite para que toda a criação louve ao Senhor. E se para o homem o universo é magnífico em esplendor, quanto mais é o Deus que o criou?

“Louvai ao SENHOR. Louvai ao Senhor desde os céus, louvai-o nas alturas. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão. Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; As feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; Moços e moças, velhos e crianças.” Salmos 148:1-12

Todos os povos o adorarão

“Louvem o Senhor, todas as nações; exaltem-no, todos os povos! Porque imenso é o seu amor leal por nós, e a fidelidade do Senhor dura para sempre. Aleluia!” Salmos 117:1,2

Imaginar todos os povos e culturas diante de Deus é uma das coisas que mais mexem com o meu coração. Desde criança ouço canções que falam sobre essa verdade. Como todo joelho se dobrará e toda língua confessará ao Senhor. Jesus será exaltado de forma massiva, por homens simples, príncipes e reis. Todos adorarão. Não haverá exceção. Todos hão de reconhecer a Glória do Pai, do Filho e do Espírito.

A visão de povos e culturas adorando ao Rei dos reis é o que me fez deixar a minha casa e seguir para o campo missionário. O entendimento de que Jesus é totalmente Digno de honra, digno de louvor, de receber os tesouros da terra e as expressões culturais. As cores, as formas, as melodias e canções. As danças, as festas, as artes, todo o trabalho de mãos humanas. A força, a vida, a essência do ser. Tudo se voltará para aquele que criou o universo e que ama de forma sobrenatural e inexplicável.

O sacrifício de cruz será reconhecido. Ninguém poderá negar que Jesus se entregou para que nós recebêssemos perdão. Não haverá mais dúvidas e sim joelhos que se dobrem e línguas que confessem que Jesus é o Senhor.  

“Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.” Romanos 14:11

Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:10,11

E como adoramos?

Adoração não é apenas sobre as músicas que cantamos, mas principalmente sobre a forma que vivemos. Adoramos em nosso cotidiano, realizando diante de Deus o que não pode ser visto por uma plateia. Lembra do termo latino Coram Deo? Significa “viver diante da face de Deus.” É a essência da fé, é o nosso chamado mais sublime pois propõe que tudo o que façamos, façamos para o louvor daquele que nos chamou da morte para a vida.

Ser músico em um time de louvar não te garante ser um verdadeiro adorador. Mas, a forma que você vive demonstra quem você é em essência. É o que chamamos de adoração como estilo de vida. Há generosidade e graça em suas ações? Ternura para com Deus e o próximo? Humildade e arrependimento quando se trata dos pecados?

Não estamos falando a respeito de perfeição, mas sobre um relacionamento real com Deus, onde respondemos ativamente ao convite de permanecer nele. Se somos adoradores é preciso que vivamos como verdadeiros adoradores.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24

Adorador extravagante

E para concluir o nosso texto, falarei sobre o rei Davi, que foi um adorador extravagante e continua a nos inspirar. Tanto através de seus Salmos como por ser um homem segundo o coração de Deus.

De tudo o que podemos falar sobre o rei Davi, quero destacar sua humildade. Davi não se esquivava de Deus quando pecava, mas reconhecia suas fragilidades e falhas e os confessava ao Senhor. Ele admitia que era pecador e que precisava de perdão. O rei sabia que seu coração podia se enganar e orava para que Deus o guiasse.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139:23,24

O quebrantamento faz parte da vida de um adorador, não em culpas falsas e infundadas. Mas, em uma postura de arrependimento e mudança. É o que muitos chamam de processo de santificação.

Para aqueles que querem se aprofundar neste tema, estude a vida do rei Davi e os seus Salmos.  Que hoje nos juntemos as estrelas e a natureza para adorarmos a Jesus que é Digno de todas as canções.

“e eles cantavam um cântico novo: “Tu és digno de tomar o livro e de abrir seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação.” Apocalipses 5.9 

Nações todas, louvai o Senhor; povos todos, glorificai-o! Porquanto seu amor nos ultrapassa, e a fidelidade do Senhor é para toda a eternidade. Aleluia! Salmos 117.1-2

Contemplação como forma de adoração a Deus

É possível adorar a Deus através da contemplação? Quando você pensa sobre adoração, você logo pensa no momento do louvor da sua igreja? Não se preocupe, esse ainda é um pensamento bem comum. Por isso, quero te ajudar a ampliar seu olhar sobre a adoração. 

Como igreja, já avançamos muito nesse quesito e isso é maravilhoso e com certeza faz parte da obra do Espírito Santo. Vou te dar um exemplo, sou da época em que havia louvor e adoração nos cultos no sentido em que, o louvor seriam as músicas mais agitadas e adoração as músicas mais lentas. Se você também presenciou esse tempo, já percebeu que não agimos mais assim hoje em dia. 

A adoração não se inicia na terra, mas no céu

Com efeito, ainda precisamos de alguns alinhamentos em nossa forma de pensar sobre a adoração.  Primeiro porque achamos que a adoração é algo que começa na terra em direção ao céu. Pensamos nela como algo que tem origem em nós, é o nosso presente para Deus. Talvez seja por isso que alguns de nós encontramos dificuldade em nos engajar nesse momento do louvor no culto. 

Porém, quando olhamos para algumas passagens da bíblia, vemos que a adoração começa com Deus e desce para a terra.  Lembre-se de João que foi levado ao céu e pode ver seres em adoração constante diante de Deus. “Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os anciãos, e cantavam em alta voz: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!”“. (Apocalipse 5:11,12).

Da mesma forma, quando lemos os muitos Salmos, vemos isso acontecendo também: “Aleluia! Louvem a Deus no seu santuário, louvem-no no seu poderoso firmamento. Louvem-no pelos seus feitos poderosos, louvem-no segundo a imensidão de sua grandeza! (Salmos 150:1,2). Consegue perceber a intenção desses textos em mostrar a adoração começando com Deus? 

Como se o que fazemos é justamente uma continuação do que já é feito no céu. A adoração é também uma resposta do que está acontecendo no céu mas não se inicia em nós e claro, não é sobre nós. Não adoramos a nós mesmos, adoramos a Deus e ele precisa estar no centro de todo nosso culto e ser alvo de nossa adoração. Por isso que a contemplação como forma de adoração a Deus é algo que faz muito sentido.

A beleza na contemplação da criação

Nesse sentido, vale a pena pensar que todo ser humano por natureza adora algo. E a  música pode ser uma forma de adoração sim, mas é também uma forma de adoração, uma visita e cuidado com idosos e crianças, fazer nosso trabalho da melhor forma, o ato de nos fazermos acessível a todo tipo de ajuda que se faz necessário. Ou seja, tudo que fazemos que glorifica a Deus é uma forma de adoração. Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. (I Coríntios 10:31).

Por conseguinte, outra maneira de adoração é a contemplação. Podemos ver isso também muito presente nos Salmos. A forma de perceber a criação como algo que foi muito planejado por Deus é uma maneira que nós reconhecemos aquilo que é um atributo do Deus como Criador na harmonia da sua criação.  Veja o que está em Salmos 19: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz”.

Por certo há algumas formas de observar a natureza e eu te aconselho a observar ela como uma poesia que se renova todos os dias. Assim como o Salmista enxerga. Ele percebe ordem em tudo o que Deus cria, ou seja, tudo que é belo vem dessa ordem na criação divina. Deus se faz perceber inclusive por meio da beleza da criação. Perceba que aquilo que tratamos como ordinário na verdade, o salmista está tratando como extraordinário. E essa é a contemplação como forma de adoração.

A contemplação nos leva a adoração aquele que tudo criou

Em suma, o nosso ato de adoração está ligado a tudo que fazemos. Visto que nossas vidas pertencem a um único Senhor e Criador de tudo. Logo, tudo que fazemos é para o louvor de sua glória. Por isso, adore em suas ações diárias desde as menores e ordinárias e também adore em sua comunidade de fé mesmo em unidade no momento de louvor no culto semanal.  A contemplação nos leva a adoração aquele que tudo criou.

Por fim, adore a Deus contemplando a sua criação com a mesma postura dos Salmistas. Enxergando a beleza na criação de Deus. Ao contemplar a criação de Deus, estamos adorando seus feitos. Que um sentimento de prazer e alegria encha nossos corações, renovando nossa esperança de que essa criação que é boa e perfeita continuará sendo restaurada até que não haja mais nenhuma expressão de maldade, até que não haja mais nenhuma lágrimas e sofrimento naquilo que é obra das mãos de um Deus Criador. 

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestosApocalipse 15:3,4

Sempre que começamos a estudar o fim dos tempos (escatologia) devemos enfatizar a preeminência da revelação de Cristo no assunto. Talvez isso surpreenda você, porém este é um valor importante deste estudo. Concorda com isso, a primeira palavra da profecia que inclusive dá nome ao livro:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer… Apocalipse 1:1

MATURAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DEUS

Apocalipse, do grego, quer dizer exatamente isto: Revelação. Perdoem-me a repetição, mas: Revelação de JESUS CRISTO. Essa parte é bem importante, pois, ainda que aborde outras ‘revelações’ não é a revelação de eventos curiosos nem a revelação do Anticristo, em primeiro lugar, como alguns pensam e até chegam ao estudo com o intuito de saber.

Se pararmos para pensar, os cristãos, na maior parte da história, amam e adoram um Homem que eles nunca viram. E aleluia por isso! A Bíblia, de fato, nos chama de abençoados por esta razão (Jo 20:29). Semelhantemente, o mundo não O conhece, pois está oculto de seus olhos, visto que seu entendimento e olhos espirituais foram cegados pelo princípe desta era (2 Co 4:4).

Contudo, não será sempre assim. Desde Gênesis, o desejo de Deus é comunhão com a humanidade. Ele deseja habitar entre nós. 

(…) Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. Apocalipse 21:3

À medida que a história da humanidade e de Deus se desenrola, a revelação progressiva acontece. Estamos cada vez mais perto de conhecermos plenamente como 1 Coríntios 13 profetiza: Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente (…) 1 Coríntios 13:12

OS TEUS OLHOS VERÃO O REI NA SUA FORMOSURA… Isaías 33:17

Os planos de Deus para o fim desta era revelam também Quem Ele é, pois Deus não tem crise de identidade e função. Quem Ele é e o que Ele faz, estão em perfeita harmonia. Quando Ele age, nós podemos ver parte de quem Ele é; e ao olhar para os Seus atos, olhamos para o Seu coração.

Ora, adoração é concordar com quem Deus é. Deus não fica mais santo quando nós cantamos “Santo, Santo, Santo”. Antes, porque nós recebemos tal revelação respondemos apropriadamente com palavras e atitudes. Nesse sentido, o conhecimento de Deus é a plataforma da adoração. Não podemos adorar genuinamente e completamente quem não conhecemos.

Isso quer dizer que enquanto os planos de Deus são revelados à Igreja nos dias vindouros, a Igreja crescerá em entendimento e, por conseguinte, em adoração.

O QUE CANTAREMOS NO FIM DOS TEMPOS?

Embora existam muitos temas importantes na narrativa do fim, cabe a nós neste espaço destacar alguns. Qual é o conteúdo predominante de adoração no fim dos tempos. O que  as Escrituras dizem a esse respeito? 

Na verdade, já foi dada a dica para descobrir qual o assunto principal do fim dos tempos… 

Jesus! É claro… Afinal, Ele sempre vai ser o assunto principal… Para sempre!

Mas a Bíblia também nos dá outras dicas do porquê adoraremos Jesus no fim. 

Veja, o livro do Apocalipse faz muitas referências a história da Páscoa. No versículo em destaque (Ap 15) bem como no capítulo 5, Jesus é o Cordeiro que foi morto e os salvos cantam a canção de Moisés e o cântico do Cordeiro. A mensagem é esta: o que o Senhor fará no futuro tem a ver com o que Ele fez no êxodo do Egito ao livrar Seu povo Israel do Faraó por meio dos Seus julgamentos.

Vemos que esses temas se repetem ao longo de outras canções do fim: e eles cantavam um cântico novo:

Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Apocalipse 5:9

Em síntese, o que Deus começou lá atrás com Abraão e Moisés ao criar um povo para Si e ao fazer aliança e promessas, nós veremos Ele cumprir no futuro. Jesus tem esperado por mais de 4.000 anos para ser reconhecido como o Libertador de Israel e Rei das nações. 

Desta forma, quando Ele fizer o que sempre prometeu a Israel e quando Ele tomar as nações por direito, nós estaremos fascinados por:

  1. Sua fidelidade em manter a aliança e promessa através dos séculos; 
  2. A sua mansidão, amor e paciência em esperar o momento certo da história para agir;
  3. A liderança perfeita ao usar os meios menos severos para produzir o máximo de amor voluntário no coração do Seu povo;
  4. Sua justiça, ao não deixar o mal impune, mas ao julgá-lo eternamente.

Jesus é Aquele maior que Moisés derrotando o Faraó escatológico que é o Anticristo e nós cantaremos o que Moisés cantou em Êxodo 15 a nível global:

Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao Senhor: “Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro! Êxodo 15:1

 

CÂNTICO NOVO

Nas Escrituras, o que Israel e a Igreja vão cantar no fim dos tempos é chamado de cântico novo. Todas as vezes que este termo aparece, ele está relacionado ao fim.

Cantem ao Senhor um novo cântico, pois ele fez coisas maravilhosas; a sua mão direita e o seu braço santo lhe deram a vitória! O Senhor anunciou a sua vitória e revelou a sua justiça às nações. Ele se lembrou do seu amor leal e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a vitória do nosso Deus. Salmos 98:1-3

Talvez isso decepcione alguns. Alguém poderia pensar: não seria mais animador se a resposta para a questão inicial fosse algo diferente nunca ouvido nem pensado antes?

Na verdade, o cântico novo não tem um conteúdo novo, mas é uma resposta ao agir de Deus naquele momento. O que o Senhor vai fazer? O que Ele sempre disse que ia fazer. O Cordeiro vai assumir o que é Seu por direito.

Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra(…) O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos. Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei gritos como a parturiente, e ao mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. Isaías 42:10-13, 14

Você quer adorar a Deus? A grandeza de Deus é revelada na música, e por isso, precisamos de músicos que amam a Deus, e captem o melhor que a música pode oferecer para glorificarmos a Deus.

É tão maravilhoso ouvir uma boa música, ser surpreendido por uma melodia diferente. Nossos ouvidos agradecem, e o coração fica mais terno. A técnica realmente pode nos surpreender nas mãos de um músico dedicado, e a humanidade agradece àqueles que decifraram a matemática da música, e continuam, até hoje, indo muito além do seu tempo.

Ao longo da história, notamos o avanço artístico e a transformação cultural, muitas vezes marcada por criatividades melódicas e rítmicas que perpetuaram pensamentos e lideraram gerações.

Por que a música é tão importante?

Nós somos seres artísticos e capazes de provar da música como qualidade de vida. Não só como bem-estar emocional, mas também, social, cognitivo, físico e mental. Somos capazes de conectar pessoas de diferentes línguas e fortalecer a unidade de uma comunidade inteira em um só pensamento.

Parece que tentamos tocar o invisível ao nos conectarmos com a música. Ela, de fato, incita a realidade da existência de algo superior. E é tão interessante que a história humana está repleta de diferentes culturas e, com isso, de possibilidades criativas. 

Nesse sentido, a música não é só a expressão humana individual e subjetiva, mas ela é muito poderosa numa geração. Ela é fonte de doutrinas religiosas, a propagação de uma cultura e do pensamento de uma geração. Fazer música é, praticamente, fazer religião.

E fazemos música, porque somos, também, seres religiosos.

A música faz parte do propósito divino

A Bíblia é repleta de música e adoração. Assim, quando fazemos música estamos diante da grandeza incompreensível de Deus. Davi declara que a grandeza de Deus é além do nosso entendimento, mas ele também diz que ela é comunicável (Salmos 145:4-6). Nisto, vemos que é possível comunicarmos a grandeza de Deus. A música é parte disso. É parte da inteligência divina. E produzir música é parte de ser humano.

Em virtude disso, a música, a arte e o conhecimento mostram a grandeza desse Deus. O quão rico é Deus, e como somos ricos quando reconhecemos essa grandeza e podemos, com as nossas habilidades, cooperar em reproduzir algo que seja bom, belo e nobre. Entendemos que tudo isso vem de Deus e é para Deus.

Podemos revelar a grandeza de Deus através da complexidade da música

Tendo em vista o propósito de Deus por meio da música, a multiplicidade das escalas entoadas na voz ou num instrumento parecem nos dizer que a inteligência e a complexidade não têm limites, assim como o nosso Criador. Desse modo, podemos nos encantar por descobrir frases, batidas ou improvisos novos na música, e perceber que Deus mesmo nos entrega à medida que buscamos encontrar.

Ademais, a tamanha inteligência de Deus de nos fazer seus, podemos imprimi-la na beleza da arte e na cultura, sendo seres humanos que amam a Deus e simplesmente se expressam. Certamente porque se expressam em adoração e criatividade, em razão do amor com que Deus nos amou.

Podemos comunicar como a vida vale a pena ser vivida, porque temos uma razão para cantar. Temos uma boa razão para fazermos música, porque temos um Deus que expressou o seu amor e interesse pela humanidade.

Nos foi dado um novo som a ser entoado e propagado

Deus ama músicos e artistas. E a Bíblia parece ter interesse que músicos sejam impactados pela grandeza de Deus. Eles podem viver tementes a Ele. E além disso, cientes de que Cristo irrompeu com barulho estrondoso o silêncio mórbido da distância que nos separava de Deus.

Nós músicos, podemos agora propagar uma canção diferente, de esperança. Podemos dizer como é o som da fé em Cristo Jesus e o eco da vida daqueles que vivem ao Seu lado. Podemos propagar o som das boas novas ao som redentor do novo e vivo caminho produzido pelo amor verdadeiro da cruz.

Originalmente publicado em 03 de abril de 2019

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.” Salmos 45:1

Como compor a partir das Escrituras? O que devemos considerar ? Nesse texto vamos refletir sobre o processo criativo para compor canções bíblicas e compartilhar algumas dicas e instruções de como fazer isso.

Pontos que precisamos considerar ao compor canções baseadas na bíblia:

1) A Bíblia é a Palavra de Deus 

2 Timóteo 3.16-17 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”.

2) Devemos fazer tudo para a glória de Deus, e a Palavra de Deus glorifica-o

Salmos 45.1 – “Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do rei”.

3) Precisamos ter em mente que o nosso objetivo na composição é instruir uma geração/povo por meio da Teologia cantada

4) Quando compomos a partir da perspectiva bíblica, não corremos o risco de cantar emoções/sentimentos. Cantamos as verdades da Palavra de Deus.

Salmos 101.1 – “Cantarei a lealdade e a justiça. A ti, Senhor, cantarei louvores!”.

5) Utilize a Bíblia na prática

Seja coerente biblicamente, ou seja, fiel ao texto. Aborde o texto como um pregador o faria. Não economize tempo e energia, tenha comentários e uma bíblia de estudo, procure o que as palavras significam no original em grego ou hebraico.

Use o método de estudo indutivo, certificando-se de observar uma passagem ou história antes de saltar à interpretação ou aplicação. Ore para que o Espírito Santo lhe dê discernimento e entendimento. Medite. Lembre-se das advertências que a Bíblia dá àqueles que ensinam, porque – quer você goste ou não – sua música ensinará algo.

6) Seja criativo

É importante lembrar que não estamos falando sobre músicas para memorizar as Escrituras. Há permissão criativa para alterar um pouco o texto e escolher a melodia que melhor represente o significado e o sentimento da passagem bíblica.

Então, divirta-se com dispositivos literários como metáfora, personificação, paradoxo, e até mesmo alegoria. Experimente um ponto de vista diferente. Diga-a de uma forma diferente ou nova, e considere utilizar a linguagem moderna ou analogias.

7) Não desista: continue

Queremos te encorajar a criar o hábito de escrever canções baseadas nas Escrituras. Uma música bíblica é um sermão cantado e assim como acontece com as crianças, nós adultos podemos arraigar verdades eternas em nossos corações através dessas composições.

Há tesouros preciosos na Palavra. Tudo que você tem a fazer é apenas cavar. E enquanto você usa seus dons na
música e em composições para expor e ensinar a Palavra de Deus, o seu coração será transformado, a Igreja será encorajada e Deus será glorificado.

Se você quiser ler mais sobre o assunto, acompanhe as redes sociais da fhop music, clicando aqui.

Você algum dia escutou uma música e ficou maravilhado diante da beleza e profundidade daquela canção? Já ficou admirado diante de uma bela obra de arte, ou se emocionou durante uma leitura que tocou seu coração? Já ficou inspirado por uma trilha sonora de um filme? Se você respondeu “sim” para alguma dessas perguntas certamente você foi alcançado pelo poder que a arte tem de alcançar o coração e a alma do ser humano. Nós somos atraídos pela beleza, existe esse anseio dentro de nós pois toda beleza aponta para o Criador. 

“… Tuas obras são maravilhosas, tenho plena certeza disso”. (Sl. 139:14b) 

Quando Deus criou todas as coisas, Ele observou o seu resultado e viu que era bom. Você conhece alguma obra de arte tão maravilhosa quanto a própria criação? Então, Deus não fez um mundo meramente funcional, Ele desenhou e pintou algo belo que pudesse ser apreciado. Portanto, o mundo é colorido, ornamentado, provido de ordem e sentido; uma obra de arte que o Artista supremo fez para sua própria glória. Isso deve nos fazer refletir sobre a própria importância da arte que pode (e deve) ser utilizada para apontar para quem Deus é, trazendo glória a Ele. 

Francis Shaeffer em sua obra A arte e a Bíblia afirma o seguinte: 

“Como cristãos evangélicos tendemos a dar pouca importância à arte. Consideramos os outros aspectos da vida humana mais importantes. Apesar do nosso discurso constante sobre o senhorio de Cristo, limitamos sua atuação a uma pequena área da realidade. Não entendemos o conceito do senhorio de Cristo sobre a totalidade do ser humano e sobre todo o universo e não nos apropriamos das riquezas que a Bíblia oferece para nós mesmos, nossa vida e nossa cultura” (SHAEFFER, F., 2010, p. 16) 

A arte na Bíblia 

Podemos dizer que a própria Bíblia em si já é uma obra de arte. É um livro notável, rico em linguagem poética, vemos que a poesia ocupa pelo menos 30% da Bíblia. Então, além de ser uma obra de arte, este livro está repleto de menções a variados tipos de arte, dentre eles, poesia, música, dança e artes visuais. 

Francis Shaeffer também chama a atenção para o fato de que as artes visuais desempenharam um grande papel na construção do Tabernáculo (Êxodo 31:1-11) e sobre isso ele diz assim: 

“No Monte Sinai, Deus deu os Dez Mandamentos a Moisés e simultaneamente ordenou a Moisés que construisse o Tabernáculo utilizando quase toda forma de arte figurativa conhecida pelos homens (SHAEFFER, F., 2010, p. 21)

Nesse episódio fascinante da construção do Tabernáculo, Deus dá instruções detalhadas de como tudo deveria ser feito, os artistas que Ele capacitou para isso, dentre eles a Bíblia cita Bezalel (Êxodo 31:1-6), tiveram que colocar a “mão na massa” para esculpir, moldar, costurar, pintar, lavrar pedras, entalhar madeira e trabalhar em toda atividade artística. 

Todavia, algumas peças produzidas por esses homens não possuíam utilidade alguma, ou “razão pragmática” para estar ali, eram ornamentos. Algo interessante que Shaeffer também observou é que houve uma liberdade criativa nas representações que foram feitas de elementos da natureza: 

“Em toda a orla da sobrepeliz, farás romãs de estofo azul, e púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas”. (Êxodo 28:33) 

Na natureza as romãs são vermelhas; mas essas deveriam ser azul, púrpura e carmesim. O azul, não é a cor natural de uma romã. Podemos ver aqui uma certa liberdade para se fazer algo a partir da natureza, que seja distinto dela. 

Além disso, a música também é mencionada frequentemente na Bíblia. Ao lermos os Salmos, veremos o tempo todo ordenanças para que o povo cante ao Senhor, mesmo na Sala do Trono, uma canção é entoada a Ele dia e noite (Apocalipse 5). Há também a música instrumental na Bíblia, há referências a momentos de interlúdio, e quais instrumentos eram utilizados, como por exemplo, harpa, lira, flauta, dentre outros instrumentos de percussão. 

Como adoramos a Deus através da arte? 

Primeiramente, precisamos nos lembrar que adoração é algo que envolve todo cotidiano daquele que é uma nova criatura. Então, adorar é reconhecer quem Deus é, submeter-se a Ele e encontrar prazer nele glorificando-o. Adoração é uma resposta ao entendimento de quem Ele é. 

Uma vez que o senhorio de Cristo envolve toda a cultura e a área da criatividade, para o cristão regenerado e vivendo sob a liderança do Espírito Santo, o senhorio de Cristo também inclui o interesse pela arte usando-a para glorificar a Deus. 

Assim, quando usamos nossa criatividade para criar algo belo, verdadeiro e bom (segundo os padrões de beleza, verdade e bondade bíblicos), estamos criando algo que aponta para a beleza do Criador, algo que o glorifica. Com vidas submissas a Ele,e tendo em mente as palavras de Paulo “…quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10:31) que possamos ser inspirados a produzir uma arte (qualquer que ela seja) que possa glorificar ao Senhor, e que aponte para as verdades belas e eternas de quem Ele é. 

Para saber mais sobre o assunto: 

A arte e a bíblia – Francis Shaeffer

O coração do artista – Rory Noland 

A arte não precisa de justificativa – Hans Rookmaaker

O que vem a sua mente quando você lê a palavra adoração no título desse texto? Músicas cristãs, um momento da liturgia do culto, práticas de vida cristã, enfim, inúmeras coisas remetem à adoração. Mas hoje quero ressaltar um aspecto da adoração, que talvez pouco lembramos. O seu papel em nossa santificação. Grave esse princípio: você se torna semelhante ao que adora.

O QUE É SANTIFICAÇÃO?

Deixe-me tirar algumas linhas para definirmos a santificação. A vida cristã se inicia na salvação – somos convencidos da necessidade de uma salvador e temos os olhos abertos para a verdade que Cristo é quem pode nos salvar. Logo em seguida somos justificados, esse é o momento que a obra da cruz paga o escrito de dívida que tínhamos com Deus e somos aceitos por Ele  na perspectiva do que nos tornaremos. A santificação é o meio do processo da jornada cristã, a maior parte do que conhecemos, enquanto estamos nessa terra e nesse corpo lutamos com a incompletude da obra. Mas sabemos que ela será completa quando finalmente formos glorificados (Fl 1:6).

De maneira rápida a santificação é o processo de nos tornarmos o que fomos criados para ser – segundo o apóstolo Paulo em Romanos: Deus […] os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho[…]” (Rm 8:29). Se pudesse definir santificação em uma frase seria: Santificação é o nosso processo de nos tornamos semelhantes a Jesus. 

A INIMIGA DA ADORAÇÃO

Na história do povo de Israel é possível ver uma advertência masiva de Deus ao seu povo a respeito da idolatria. Os ídolos insistiam em se colocar entre Deus e o seu povo e o Senhor  repudiava isso. Não é sábio olharmos para essas histórias e exortações autoconfiantes acreditando que a tendência idólatra da humanidade ficou para trás. Pelo contrário, a maldade e iniquidade só pioraram e vale pensar sobre nossa capacidade atualizada de produzir ídolos. 

O grande e primeiro mandamento carrega uma ordem que o precede: 

“‘Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.’ Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.” (Dt 6:4,5)

Nosso passo em direção a Deus é também rejeitar os ídolos do coração e da cultura. Não há adoração e amor a Deus com um coração e afetos desintegrados. Certamente Ele não divide sua glória e seu trono. Exclusividade – esse é o seu desejo sobre o coração do homem. 

O DEUS CIUMENTO

A Bíblia o chama de Deus zeloso e ciumento – em algumas traduções (Ex 20.5, 34.14; Dt 4.24, 5.9). Mas o ciúme de Deus é diferente do ciúme do homem. Deus é ciumento sem ser possessivo, egoísta ou abusivo. Vamos diferenciá-los. O ciúme do homem é egoísta, ele pede exclusividade para seu próprio benefício, não priorizando o bem do outro. Em contrapartida, o ciúme de Deus é amor puro, ele define a exclusividade como padrão porque é nosso bem maior pertencer a Ele. Primordialmente somos desenhados para essa vida com o Criador, ou seja, seu ciúme se dedica a nos levar para nosso lugar original: Ele mesmo.

“Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes?” Tiago 4:5

“[…]pois o Senhor, o seu Deus, que está no meio de vocês, é Deus zeloso.” Deuteronômio 6:15

POR QUE DEUS ODEIA A IDOLATRIA?

 Por que Deus odeia tanto a idolatria? (Dt7:25) Com certeza, não é por algum motivo egoico. Ele não está com o ego ferido por não ser o centro das atenções. Primeiramente: Ele é o que é, isso basta. Ele é o Deus verdadeiro, nunca criado, eterno em todas as direções do tempo. Ele deve ser adorado porque Ele É o que É. 

Porém, um segundo motivo é o clímax desse texto: quando o homem adora outras coisas que não são  o Deus verdadeiro ele se torna semelhante a aberração, que é um deus criado pelo próprio homem. Nos tornamos iguais aquilo que adoramos. 

“Os ídolos deles, de prata e ouro, são feitos por mãos humanas. Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; nem emitem som algum com a garganta.  Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.”  Salmos 115:4-8

A IDOLATRIA É DISFUNCIONAL

Um dos motivos que fazem da idolatria um pecado tão repugnante aos olhos do Deus verdadeiro, é que afasta a sua criação do molde original para qual foi criada. Por exemplo, de maneira visual imagine uma luva, qual a sua função? Sua forma foi feita para quê? Para ser usadas nas mãos, certo? Agora imagine que alguém tenta usar as luvas nos pés como meia, ou na cabeça como gorro. Algumas tensões acontecerão, o encaixe não será ideal e a estrutura será forçada até mesmo causar danos.

Assim somos nós na idolatria. Ela é agressiva e disfuncional ao nosso formato original. Nossa estrutura sofre a tensão, pode machucar e não faz sentido. Tal como uma luva criada para se conformar a forma de uma mão, nós somos  criados para Deus. E não encontraremos sentido e pertencimento longe dele. 

POR FIM

É por causa desse princípio que a adoração coopera com a santificação. Adoramos o que contemplamos e nos tornamos o que adoramos. Quer ser mais parecido com Jesus? Contemple-o. A contemplação gera a resposta apropriada: adoração. A adoração é responder a tudo o que Deus é com tudo o que somos.