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Seguir o padrão de Cristo

Seguir a “massa” é uma tendência quase natural da vida humana. Fazer o que outros estão fazendo ou imitar padrões (mesmo que estes estejam em desacordo com a palavra de Deus) parece “normal”. A maneira como vivemos, nos relacionamos e agimos revela o molde no qual nossa vida está sendo formada. Entretanto, somos, de modo imperativo, instruídos a não nos conformar com este mundo, mas experimentarmos uma mudança de mentalidade que resultará em transformação plena do nosso viver.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”   (Rm. 12.2)

Já pensou que você pode ser a mudança que deseja ver? Este século diz que pra crescer em qualquer área você precisa passar por cima de quem estiver a sua frente; ou que para ser considerado maduro, o ideal é não aceitar conselhos de ninguém; ou ainda que “amor é só de mãe, e olhe lá”. Exitem padrões criados, pré-estabelecidos para que as pessoas vivam da forma como estão vivendo.

A humanidade está desacreditada em muitos quesitos, principalmente no que diz respeito ao amor, tanto a Deus quanto ao próximo. Se não tivermos cuidado, nós, os que professamos a fé em Jesus (ou seja, que dizemos que morremos pra nós mesmos e que Cristo vive em nós), estamos fadados a vivermos como, nada menos, que hipócritas. Certamente não queremos ouvir de Deus, a nosso respeito, as mesmas palavras ditas ao povo por intermédio de Isaías:
“Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”          (Is. 29.13)
Devemos agir em conformidade com a fé que declaramos, seguir o padrão de Cristo. Se já não vivo mais eu, então é necessário que o caráter e a atitude de Jesus seja manisfestada através da minha vida.

“Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.” (Gl. 5.16)

Uma vida por meio do Espírito é o que nos capacita a viver de acordo com Cristo. O fruto do Espírito é ferramenta, é o “upgrade” que o nosso ser precisa pra agir de modo que agrade a Deus. O Senhor não nos pede que construamos uma casa sem nos fornecer os tijolos; isto é, ele não nos pede coisas difíceis demais, o seu fardo é leve e o seu jugo é suave. Amar o nosso próximo se torna possível quando estamos aperfeiçoados no amor do Pai; quando longanimidade , paciência e mansidão são parte da nova vida que ganhamos pela graça!

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gl. 5.1)

Era uma noite chuvosa e, em uma pequena casa podia-se ouvir, vindo do quarto, o choro de uma mulher. Era Mônica. As lágrimas escorriam em seu rosto. Insistentemente ela clamava ao Senhor para que olhos do coração de seu filho, Agostinho de Hipona, pudessem ver Jesus.

Os antigos manuscritos contam que Mônica, desde criança, era religiosa e disciplinada. Católica, nasceu em 332 em Tagaste, Argélia. Ela crescera em um  lar abastado e foi educada por uma escrava, a qual criava os filhos dos seus senhores. E, de certa forma, a história de sua criação fez com que ela fosse inclinada a ajudar os menos favorecidos.

Uma entrega sincera

Mônica foi capturada pelo Senhor e entendeu que não há vida fora Dele. Uma das expressões de sua fé foi um coração entregue ao propósito de ver a conversão de seu filho primogênito. Os outros dois filhos já haviam se convertido ao catolicismo.  Mônica também enfrentava dificuldades no casamento, seu marido tinha um temperamento violento. Contudo, Mônica, pacientemente, perseverou em oração.

A mãe de Agostinho entendia quem ela era em Deus e, por isso, movia-se com convicção. Queria que seu filho e marido experimentassem do mesmo relacionamento íntimo que tinha com o Senhor. E então, por meio da oração, concordava com os planos e propósitos de Deus para Agostinho e seu marido.

Podemos perceber através de breves relatos da história de Mônica que ela não considerava de pouco valor, aquilo que ela cria que Deus tinha colocado em seu coração: clamar pela salvação do filho e do marido. E, ainda que as pessoas ao seu redor não cressem nesses milagres ou até mesmo que suas orações nem fossem respondidas enquanto estivesse viva, ela posicionou seu coração em Deus, colocando-se como e a principal intercessora de sua família.

Movida por fé

Agostinho levava uma vida devassa e rebelde, e isso sempre gerou preocupações para Mônica. Certa vez, angustiada, foi até uma igreja em Cartago à procura de um bispo para poder conversar sobre seu filho. Com lágrimas nos olhos, Mônica ouviu do bispo: “Vai em paz e continua a viver assim, porque é impossível que pereça o filho de tantas lágrimas.” Essas palavras consoladoras a motivaram a perseverar em oração por Agostinho.

Uma de suas felicidades foi ver seu marido convertido a Jesus Cristo. E, mesmo no leito de morte ele foi batizado. Sua alegria foi completa quando Agostinho, em agosto de 386, rende-se ao Senhor. Em “Confissões” (VIII-12) o teólogo narra a reação de sua mãe ao contar sobre sua decisão: “Ela rejubila. Contamos-lhe como o caso se passou. Exulta e triunfa, bendizendo-Vos, Senhor, ‘que sois poderoso para fazer todas as coisas mais superabundantemente do que pedimos ou entendemos’. Bendizia-Vos porque via que, em mim, lhe tínheis concedido muito mais do que ela costumava pedir, com tristes e lastimosos gemidos.”

Convicção

Agostinho tornou-se um importante teólogo e filósofo que impactou os primeiros séculos do Cristianismo. A devoção de Mônica ao Senhor fez com que seu coração enchesse de esperança e coragem para orar pela conversão de seu filho.  Aos olhos do ativismo que este século vive, isso pode ser pouca coisa: “Mônica poderia estar fazendo outras coisas” no lugar das longas horas de intercessão pelo filho afastado do Senhor. Até mesmo isso deve ter passado em alguns momentos em sua mente, porém ela sabia que a oração era a única e a mais importante atitude a ser tomada. Isso mudou o curso de sua História, a de Agostinho e de tantas pessoas que foram alcançadas pelo testemunho e ensino de seu filho. O amor de Deus trouxe convicção para que Mônica persistisse no lugar de oração por sua família.

Há muito tempo, mas não muito distante da nossa realidade, existiu uma mulher que deu tudo de si para viver os sonhos de Deus. Ela se chamava Marie Dentirère, mas poderia facilmente ser reconhecida como “filha ousada e corajosa”. Era assim que Deus a chamava todos os dias.

Marie nasceu em uma cidadezinha nobre conhecida como Flandres, localizada na Bélgica, no ano de 1495. Poderia ter sido mais uma mulher que nasceu naquele dia, mas a sua vida foi de pura dedicação à palavra do Senhor.

Essa corajosa mulher de Deus já foi católica, freira e por isso, passou boa parte de sua vida em um convento agostiniano. Apaixonada por literatura, Marie tinha livre acesso às bibliotecas o que a fez descobrir alguns escritos de Martinho Lutero, convertendo-se à Reforma Luterana em 1524.

Uma vida nada ordinária

Quando se converteu à Reforma Luterana, Marie abandonou o convento que ela morava e fugiu para Estrasburgo. Um lugar de encontro dos protestantes franceses, e de outros protestantes que também eram perseguidos em suas respectivas nações. Marie ficou durante quatro anos em Estrasburgo com o seu amigo Guilherme Farel, um dos líderes da Reforma Protestante, acompanhando-o nas evangelizações.

Em 1528, casou-se com o ex-padre Simon Robert com quem teve dois filhos. Após cinco anos de casamento, Marie perdeu o seu esposo. Ela casou novamente com Antoniere Froement, um jovem pregador da palavra de Deus.

Após se mudar para Genebra em 1535, Marie se tornou a primeira mulher teóloga na Reforma. Onde também enfrentou fortes oposições do Duque de Saboia. E diversas outras oposições vindas de diferentes líderes católicos que não possibilitavam publicações escritas por mulheres.

Vivendo à luz da verdade

Mesmo sendo uma mulher que amava a Deus de todo o seu coração e viveu João 8:32 conhecendo a verdade que liberta, Marie não ficou livre de dificuldades  e perseguições, muito pelo contrário, as coisas em sua vida se intensificaram todas as vezes que ela se posicionava.

Marie Dentière escolheu ser a mulher que levantava a coroa de outras mulheres. Ela sempre encorajou suas irmãs em Cristo a não perderem sua fé. E nem terem medo de serem rejeitadas por pregarem a palavra de Deus. Ela escreveu um prefácio para o sermão de Calvino sobre as vestes das mulheres e como elas deveriam guardar a sua santidade. Esse sermão foi impresso, porém confiscado pelo governo de Genebra e o gráfico responsável por sua impressão foi preso.

Em uma visita ao convento de Jussy, numa ida para tentá-lo converter à Reforma, ela professou uma das mais fortes declarações sobre a sua fé: “Passei muito tempo na escuridão da hipocrisia. Mas somente Deus foi capaz de fazer-me enxergar minha condição e conduzir-me à luz verdadeira”.

Uma grande encorajadora

Em sua carta de Defesa das Mulheres, Marie escreveu uma carta para a rainha Marguerite de Navarra, fazendo um apelo para que ela intercedesse junto ao seu irmão e Rei da França, para que a divisão entre homens e mulheres fosse eliminada, pois elas também recebiam revelações que não podiam ficar apenas em secreto.

Marie em todo momento foi perseguida e caluniada, mas nunca deixou de fixar os seus olhos no Autor e consumador de sua fé. A história dela talvez não seja tão diferente da que você vive hoje. Possivelmente você se vê na posição de Marie, e tudo que Deus precisa é de mulheres como você. Mulheres que estão dispostas a não largar a mão de seu Pai. Corajosas para viverem distintas dos que são maioria e viverem à luz da Bíblia.

Em uma era de comparações e pressões, escolha ouvir as verdades de Deus sobre você. Acredite que você nasceu uma mulher pronta para vencer. Ter ousadia para proclamar o Reino. Corajosa o suficiente para viver uma realidade de entrega. Deus te fez a imagem e semelhança dEle, por isso, viva nessa plenitude.

Imagine se empoderar das verdades contidas em Deus sobre você. Silencie os ruídos e as palavras contraditórias. Ouça apenas o comando do seu Pai te guiando para uma jornada de aventuras e sem medo ao lado dEle.

Débora foi uma mulher forte que soube se posicionar diante das diversas circunstâncias. Ela foi alguém à frente do seu tempo.

”Débora, uma profetisa, mulher de Lapidote, liderava Israel naquela época.
Ela se sentava debaixo da tamareira de Débora, entre Ramá e Betel, nos montes de Efraim, e os israelitas a procuravam, para que ela decidisse as suas questões.” Juízes 4: 4,5

Ela foi uma juíza, uma profetiza e uma mãe em Israel. Débora assumiu grandes responsabilidades diante do seu povo e Deus era com ela. Essa é mais uma prova viva de que Deus é Aquele que chama e é Aquele que dá as condições necessárias.

Débora provou que Deus usa meios e caminhos que aos olhos dos homens não seria a melhor escolha.

Primordialmente, essa mulher venceu limites e lutou guerras para cumprir plenamente seu chamado.

Inegavelmente, ela foi uma mulher capaz de governar Israel e também de dar ordens militares a um homem e fez isso com a benção de Deus.

Deus também está chamando você

Aliás, imagine por um momento o que Deus pode fazer através da sua vida?

Muitos podem se perguntar: o que Débora tinha para oferecer? Ela tinha coragem e fé. É o suficiente.

Vemos que, a liderança dessa grande mulher nos prova que a autoridade verdadeira e efetiva vem somente de Deus.

Certamente, a bravura e a coragem dela se tornaram a história que hoje nos incentiva a crer.

Contudo, Débora surgiu em meio a um cenário de opressão no qual o povo vinha sendo oprimido cruelmente durante vinte anos.

Foi neste tempo, após o povo clamar ao Senhor, que ela manda chamar Baraque e dá a ele uma direção para vencer o exército inimigo.

Entretanto, Baraque só aceitou ir para a batalha se Débora fosse com ele.

“Débora mandou chamar Baraque, filho de Abinoão, de Quedes, em Naftali, e lhe disse: “O Senhor, o Deus de Israel, lhe ordena que reúna dez mil homens de Naftali e Zebulom e vá ao monte Tabor.Ele fará que Sísera, o comandante do exército de Jabim, vá atacá-lo, com seus carros de guerra e tropas, junto ao rio Quisom mulher, e os entregará em suas mãos”. Baraque disse a ela: “Se você for comigo, irei; mas, se não for, não irei”. Juízes 4:6-8

Carregando a Presença de Deus

Certamente, Baraque sabia que ela carregava a Presença e a autoridade de alguém que anda com Deus. Observe abaixo a resposta dela:

Respondeu Débora: “Está bem, irei com você. Mas saiba que, por causa do seu modo de agir, a honra não será sua; porque o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mulher”. Então Débora foi a Quedes com Baraque,
onde ele convocou Zebulom e Naftali. Dez mil homens o seguiram, e Débora também foi com ele.” Juízes 4:9,10

Ademais, o exército do Senhor venceu seus inimigos exatamente como o Senhor tinha dito e Débora e Baraque entoaram um cântico ao Senhor.

“Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, as estradas estavam desertas; os que viajavam seguiam caminhos tortuosos.Já tinham desistido os camponeses de Israel, já tinham desistido, até que eu, Débora, me levantei; levantou-se uma mãe em Israel.Quando escolheram novos deuses, a guerra chegou às portas, e não se via um só escudo ou lança entre quarenta mil de Israel.Meu coração está com os comandantes de Israel, com os voluntários dentre o povo. Louvem o Senhor! Vocês, que cavalgam em brancos jumentos, assentam-se em ricos tapetes, que caminham pela estrada, considerem! Mais alto que a voz dos que distribuem água junto aos bebedouros, recitem-se os justos feitos do Senhor, os justos feitos em favor dos camponeses de Israel. Então o povo do Senhor desceu às portas.
‘Desperte, Débora! Desperte! Desperte, desperte, irrompa em cânticos! Levante-se, Baraque”. Juízes 5:5-12ª

Dessa maneira, oro, pois sei que esse é o desejo do Senhor, que se levantem mais mulheres como Débora. Fortes, destemidas e completamente dependentes de Deus. Que possamos, como ela, fazer nossa parte e deixar uma marca de Deus na história.

 

O que você pensa sobre ser cristão de verdade? Por acaso já aconteceu de perguntarem algo a você e, por vergonha ou medo, você não deu uma resposta verdadeira (aquilo que você realmente pensa ou queria dizer)? Mas deu uma resposta para agradar as pessoas ou para não ser julgado? Isso provavelmente é resultado do politicamente correto que invadiu as igrejas e afetou o cristianismo. Já tive a sensação de que precisaria ser perfeita. Que se eu falasse o que realmente sinto e penso, a Igreja não me aceitaria. Entendi com o tempo que Deus não espera perfeição.

A era das redes sociais

Te dá uma vontade de ser verdadeiro, mas aí você mantém a máscara? Na era do youtube e instagram, os mais politicamente corretos são ovacionados. Vivemos numa época em que falamos sobre quem deveríamos ser, mas infelizmente falamos pouco sobre quem realmente somos. Por acaso você já viu alguém dando sua cara a tapa ao demostrar quem realmente é, e não aquilo que esperava realmente ser? São raras exceções. Não é comum falar da natureza humana, mas é bem
provável sermos tentados a falar sobre uma natureza idealizada.

Pena que isso também afeta a nós cristãos. Pena que isso torna mais pesada a bagagem da perfeição cristã. Pena que isso nos impede de ver quem somos e reconhecer nossas fraquezas. Pena que nós cristãos continuamos usando máscaras. Pena que não conseguimos ser vulneráveis. Quando paro para ler e meditar na Bíblia, percebo que esse livro nos instiga a colocar para fora toda a nossa sujeira, porque somente após a consciência da posição que estamos – de pecadores – podemos analisar e enxergar as verdades antes escondidas pelas crostas do politicamente correto. O que lemos na Bíblia não são ensinos que amaciam nosso ego, mas que nos confrontam o tempo todo.

Utopia da perfeição

A Bíblia é repleta de histórias como as que vemos hoje, de homens que viviam na utopia de perfeição e aqueles que viviam sua realidade imperfeita. Do lado da perfeição estão os fariseus, que chegaram a ponto de seguir regras só para manterem a aparência, mas esqueceram que ter um coração sincero e arrependido era mais importante. Jesus condenou esse comportamento deles chamando-os de hipócritas e alertando-os sobre parecem justos por fora. Mas por dentro estarem cheios de maldade.

Do lado imperfeito, temos os exemplos de profetas como João Batista quando diz “não sou digno de desamarrar as correias de sua sandália, Jesus” ou do apóstolo Paulo ao dizer que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais ele era o pior. Essas afirmações são carregadas de autenticidade, de humildade em reconhecer sua humanidade caída, de consciência sobre a necessidade da graça e principalmente de coragem em se fazer vulnerável. É importante pensar que João Batista estava num contexto em que haviam várias pessoas com ele, e ainda assim foi ousado em expor quem realmente era. Indigno. Ele venceu a tentação de falar sobre quem ele deveria ou desejaria ser. Pensar nisso me leva a crer que o politicamente correto contaminou o cristianismo. É um fardo ter que lidar com pessoas perfeitas.

Cristianismo verdadeiro

Eu quero viver o cristianismo verdadeiro, a mensagem do único Homem Perfeito que morreu pela humanidade caída. É como se eu precisasse ver e viver essa mensagem. A verdade que nós ainda não somos quem deveríamos ser, mas tentamos viver como se já estivéssemos glorificados.

É intrigante ver um youtuber cristão dizendo que ele não espera nada do homem, que suas recompensas estão somente em Deus. É intrigante também ver uma blogueira cristã falando sobre ser manso e vencer o orgulho. É intrigante ver um cristão falando sobre sua vida de oração nível hard e como ele ignorou escolhas legítimas. Sabe por que isso soa tão intrigante? Porque parece tão simples e fácil. Mas ao mesmo tempo causa um sentimento de impotência diante das fraquezas e incertezas. É difícil ser cristão numa era em que ser quem ainda somos parece o maior pecado de todos. Sinto falta de ver cristãos compartilhando suas fraquezas e sobre o quanto tem sido difícil ler a Palavra e conseguir praticar. Ou o quanto tem sido duro descobrir que ainda existem tantos lugares obscuros para a Luz de Jesus clarear.

Sinto falta de conversar com cristãos que dão a cara a tapa e dizem: “eu preciso vencer a inveja”, “eu ainda mato as pessoas no meu coração”, “quando eu canto tento não receber a glória que é de Deus”, “não sei lidar com o silêncio de Deus”, ou “eu tenho pouca fé”. Sinto falta de saber que existem pessoas como eu, aguardando ser quem realmente Deus criou para ser, mas que ainda sabe… Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.

A resposta de Deus

Deus não espera uma resposta sua dizendo que é aquilo que Ele espera que você fosse. Ele sonda os nossos corações e sabe quem somos por mais que digamos ou tentemos ser quem deveríamos ser e ainda não somos. E lembra-se sempre, isso não faz Ele o amar menos.

A história de Ester não é apenas uma referência para a mulher cristã. Mas para toda aquela que quer ser uma mulher corajosa. Essa simples órfã, que se tornou rainha, nos inspira a sermos ousadas em fé. Mesmo diante das maiores adversidades e perigos que possamos enfrentar! Ela nos ensina o caminho da intercessão. Nos ensina a ousadia de uma mulher que crê e que sabe se preparar para as questões da vida. Tanto ao nível espiritual, como físico.

Portanto, diante do momento mais perigoso de sua vida, Ester decidiu arriscar-se. Ela entrou na presença do rei Assuero, mesmo sem ter sido convidada por ele. Esse ato seria mortal se o rei não lhe estendesse o cetro. Porém, ela percebeu que era seu papel clamar em favor dos Judeus exilados. Independentemente de sua vida correr risco. Isso não significa que no processo, não sentirá temor. Na verdade, ela teve que se preparar por meio de jejum. Ela ainda conclamou seu povo a jejuar. Ou seja, se posicionou de forma individual. E também levou seus irmãos a jejuarem, sendo assim uma líder excelente.

Então, Deus a encheu de grande coragem. Ester entendeu seu propósito naquela geração e andou em fé. Enfrentou os medos e a própria insegurança. Foi ousada, sábia e estratégica. Então, em resposta aos temores, ela disse: “… se perecer, perecerei.”

Duas mulheres, dois destinos

No do livro de Ester, vemos a história sendo narrada. O rei Persa, Assuero, dá um banquete para mostrar toda a sua glória. Então, ele chama a rainha Vasti para se apresentar diante dos povos e príncipes. Pois, desejou que todos vissem o quanto ela era bela. Vasti se nega a atender o seu marido e rei. E isso foi motivo para grande escândalo. Pois os homens temeram que o gesto da rainha, fosse seguido por todas as mulheres do reino. Então, ela é banida e perdeu para sempre a sua coroa.

“… Vasti não entre jamais na presença do rei Assuero; e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela.” Ester 1.19b

Em Susã, capital Persa, havia um Judeu exilado chamado Mordecai. Ele adotou a filha órfã de seu tio. Hadassa, também chamada de Ester: “era bela, de boa aparência e formosura”. O rei havia concordado que a rainha seria substituída. Aquela que caísse no agrado do rei, reinaria em lugar de Vasti. Assim, ajuntaram muitas moças e Ester estava entre elas.

“Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem ajuntadas muitas moças na cidade de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram também Ester à casa do rei, sob os cuidados de Hagai, guarda das mulheres. A moça lhe pareceu formosa e alcanço favor perante ele; pelo que se apressou a dar-lhe os unguentos e os devidos alimentos, como também sete jovens escolhidas da casa do rei; e fez passar com as suas jovens para os melhores aposentos da casa das mulheres.” Ester 2.8-9

A órfã se torna rainha

Duas mulheres bonitas, histórias cruzadas e a vida dos Judeus por um fio. Uma rainha que perde a coroa e uma órfã que se torna rainha. Será que Ester havia imaginado que seu fim seria melhor que o começo? Nossas tragédias humanas não podem nos impedir de termos um fim magnífico quando aprendemos a enfrentar nossos medos, assim como agiu Ester.

A beleza de uma mulher

Mesmo sendo uma mulher bela, Ester teve que passar por um processo de embelezamento. Todo esse tratamento durava um ano. Eram-lhe dado banhos com óleo de mirra, unguentos, perfumes, especiarias. Nenhuma candidata poderia entrar na presença do rei de qualquer jeito. Era preciso se preparar.

Isso me faz pensar em nós como mulheres. E como devemos manter um padrão elevado de cuidado pessoal. Sei que pode ser um desafio. Principalmente, se cairmos em comparação. Precisamos respeitar nossas diferenças. Não é uma questão de padronizar a beleza, mas nos aceitarmos como somos. Devemos nos amar e nos cuidar. Devemos tirar o peso e nos dar o devido alento.

Lembro-me de uma vez que senti-me preterida por um rapaz. E, ao me olhar no espelho perguntei: “Quem você pensa que é? Você acha mesmo que ele te olharia?” Na verdade, a minha visão estava quebrada. A voz que ouvi não era minha, muito menos a de Deus. Muitas vezes, temos dado atenção às vozes do diabo que tenta distorcer e ferir a nossa identidade. É preciso arrependimento diante do Senhor e pedido de perdão por esse pecado, se temos agido assim.

A beleza mais importante

A beleza mais importante não é a externa. Não é a aparente. Mas é a que vem de dentro para fora. Tem a ver com o nosso caráter, com quem somos em essência e se nos parecemos com Jesus. Às vezes, vamos para extremos. Amamos a beleza ou odiamos o que ela possa representar. Principalmente, o que é nos dito pela moda. Precisamos nos ver através dos olhos amorosos de Jesus e beleza viverá em nós. Lembre-se:

“Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição.” Provérbios 11.22

“Enganosa é a graça e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” Provérbios 31.30

Coragem e sabedoria

A mulher corajosa precisa andar em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. Algo impressionante sobre Ester é que ele era notada. Precisamos nos perguntar: qual o motivo? Em várias ocasiões a vemos alcançando favor. Isso tem a ver com o propósito de Deus, mas também com a forma que ela se portava. Ela tinha um coração humilde e era sábia para ouvir os conselhos que lhe eram dados, tanto por Mordecai como por Hegai, guarda do rei.

Em primeiro lugar, quando órfã, Ester foi adotada por Mordecai. Lhe pareceu formosa a Hegai, guarda das mulheres, e “alcançou favor perante ele”. Ele lhe deu os melhores aposentos e as servas do rei, além disso, o eunuco lhe dizia o que fazer. Fico imaginando Ester curiosa perguntando aquelas servas, como o rei vivia, do que ele gosta… Ester recebia favor de todos quanto lhe viam e o rei a amou mais do que a todas as outras mulheres.

“Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a tomara por filha, quando lhe chegou a vez de ir ao rei, nada pediu além do que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E Ester alcançou favor de todos quanto a viam. O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.” Ester 2.15-17

Propósito e destino

A história de Ester certamente é inspiradora. Além disso, ela não perde para nenhuma outra heroína dos nossos tempos. Temos falado tanto em empoderamento feminino, mas a Bíblia já revela mulheres fortes que se sobressaíram em sua época. É verdade que a força de uma mulher corajosa está em Deus.

Se tornar rainha da persa foi apenas o início de novos desafios. A vida dela e de seu povo corria perigo por causa da perseguição de Hamã. Sendo assim, ela estava diante de uma escolha. Ou seja: compreender o que Deus iria fazer através dela e pedir ao rei pelo Judeus ou tentar salvar a própria pele. Quando questionada por Mordecai, ela decidiu ousar.

“Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.” Ester 4.13-16

Uma mulher corajosa como eu e você

Cada uma de nós deseja ter uma vida relevante. Tanto homens como mulheres, devemos deixar nossas marcas. É verdade que Deus quer nos usar. Assim como Ester, devemos compreender nosso papel na história. Sim, quem sabe se foi para um tempo como este que estamos aqui?

É fato que Deus ama as mulheres! Ele as criou de forma única, bela, forte. Deu características especiais que fazem a mulher se destacar onde quer que ela esteja. E é sobre isso que vamos falar aqui. Por tudo que passaram e por tudo que conquistaram, mulheres precisam ser valorizadas e lembradas do seu propósito.

Mulheres tem um valor incalculável e o maior desejo do coração de Deus é que elas entendam isso. É um amor que nada nem ninguém pode oferecer, apenas Ele. Deus ama em qualquer circunstância e situação. E é um amor sem fim. Deus cuida das mulheres desde sempre. Assim, há uma preocupação especial dEle por cada uma delas para que saibam o quanto são especiais. As vezes existe um distanciamento da realidade de Deus e por essa razão, mulheres vivem distante do que o Senhor tem para elas. Mas o Espírito Santo sempre as lembrará quem elas são. Dignas, muito dignas.

Em provérbios 31 são ditas algumas características marcantes da mulher segundo o coração de Deus.

Provérbios 31:10 – 31

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho.

Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos.

É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.

Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.

No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra.

Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.

Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.

Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.”

História desse provérbio

O contexto em que esse texto foi escrito é de uma mãe que fala para seu filho sobre o que seria uma esposa virtuosa. Assim, o rei Lemuel recordou e anotou o que sua mãe havia dito. Talvez você nunca tenha parado para analisar esse provérbio. Ou ao contrário disso, talvez você leu, refletiu e concluiu que essa não é sua realidade. Ou ainda, você leu e orou para ser como essa mulher. Muito já foi discutido sobre essa mulher. Utopia?

Algumas características da mulher de provérbios 31

Caráter – a mulher de provérbios 31 é considerada um tesouro. Ela é uma mulher de bom caráter, ética, moral, confiável. Ela é correta e vive de acordo com a realidade de Deus. Assim, ela sabe o seu papel na sociedade, na vida das pessoas, no trabalho, por onde ela passa. Ela tem grande censo de responsabilidade.

Sábia – ela tem uma vida de caminhada com o Espírito Santo. Dessa maneira, é pautada por sabedoria e pode ser uma fonte na vida daqueles que a rodeiam. Assim, não toma decisões importantes por impulso e não fala sem antes pensar.

Habilidade – essa mulher tem inúmeras habilidades especiais. Em resumo, ela sabe administrar sua casa, sua vida, seu trabalho e é proativa. Assim, ela faz várias coisas com as próprias mãos. Dessa maneira, é criativa e talentosa.

Pura – tem um coração puro, que observa sempre o melhor de cada um. Portanto, não toma atitudes precipitadas e tem muito cuidado com o próximo. Dessa maneira, ama de coração aberto e é verdadeira.

Bondosa – tem atitudes bondosas. Desse modo, ela é atenciosa e ajuda o próximo, estendendo a mão aos necessitados. Assim, não mede esforços para ver sua família, amigos e o próximo bem. É preocupada com as pessoas que estão ao seu redor.

O significado das mulheres para Deus

Mulheres tem características únicas porque Deus as fez assim. São sonhadoras, sensíveis, ao mesmo tempo que são muito fortes. Sem dúvida, a mulher é alguém especial para Deus. E com certeza Ele sempre as vê com olhos carinhosos.

Assim, não importa qual a sua interpretação para provérbios 31, o que importa é a forma como Deus a criou. As características ditas nesse provérbios são dadas desde a criação. Portanto,  não servem só para mulheres que irão casar ou são casadas. Mas naturais de todas que vivem para a glória de Deus.

Existem padrões de beleza que aprisionam. Quantas vezes vivemos debaixo de um julgo de padrões elevados que nos foram impostos?

Existem certos tipos de padrões de beleza que levam muitas mulheres a terem uma vida em meio a dor e tristeza. Infelizmente!

É fato que a visão de muitas mulheres a respeito do que é belo precisa ser transformada. 

Deus criou cada uma das mulheres de forma única. Mas, infelizmente, hoje as mulheres são influenciadas por um padrão que é vendido através da mídia e também pelo que é ditado pela moda.

Todas as mulheres, de alguma maneira, já tiveram ou ainda terão problemas em administrar determinados padrões de beleza.

Em lugares diferentes e em tempos divergentes foi colocado um certo tipo de padrão do que o mundo julga que é bonito. E nós, como mulheres, sofremos se não estivermos dentro desse modelo.

Vou citar alguns exemplos aqui: a França valoriza uma beleza mais natural; a Austrália valoriza um corpo mais atlético e bronzeado; a Grã-Bretanha as mulheres não tem medo de envelhecer e as rugas são um sinal de maturidade e encanto. Ou seja, dependendo de onde você viver, haverá uma cobrança social diferente.

E lugares diferentes com padrões dessemelhantes, é errado? Não é, mas viver prisioneira disso sim.

Não faça comparações

Aliás, muitas vezes é impossível alcançar esses padrões que a cultura impõe. E muitas mulheres não sabem lidar com isso e começa a comparação com outras mulheres das quais estão dentro desse padrão.

Certamente, a comparação nos leva a viver uma vida em prisões internas.

Ao pensar sobre as comparações, podemos nos lembrar do Salmos 139, observe o que ele diz:

Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza”. Salmos 139:14

Portanto, fomos formadas de uma maneira maravilhosa e Deus não errou ao criar cada uma de nós.

Inegavelmente, a forma como Deus entende beleza não tem nada a ver com os padrões deste mundo.

Certamente, o padrão de Deus sobre beleza não está ligado a idade que uma mulher tem.

Precisamos nos aceitar como Deus nos criou e cuidar de nós mesmas de uma forma saudável. Aliás, quero te incentivar: cuide de você, faça uma atividade física regularmente, cuide da sua alimentação e principalmente, se aceite. Porque Deus fez algo incrível ao criar você.

Que você possa refletir sobre a beleza de uma mulher curada. Que essa beleza exterior seja a plena causa das transformações interiores.

Nesse sentido, desejo que o Senhor te leve numa jornada na qual você possa voar livre como uma borboleta. E tenha certeza que o mundo irá apreciar isso. Deus chamou você para refletir o que é verdadeiramente belo.

“O rei foi cativado pela sua beleza; honre-o, pois ele é o seu senhor.”

                                                                                                                 Salmos 45:11

Oro para que você entenda beleza como Deus a vê. Nosso Deus criou a beleza e Ele também te criou, e ao fazer isso depositou em você algo único e maravilhoso. Sua missão é refletir isso!

 

Ao longo dos séculos mulheres lutaram contra a opressão de seus próprios maridos e da sociedade. Elas se revoltaram por às julgarem inferiores, por sofrerem violência doméstica, por não terem direitos sociais e por acreditarem ser igualmente formadoras de opinião. Elas lutaram pelo empoderamento.

Procuraram espaços de reconhecimento e valorização, onde as julgassem competentes a ponto de contribuir na ciência, no mercado de trabalho e outras áreas.
E surge a pergunta: o que realmente valoriza mulheres? Será profissão, dinheiro, casamento, empoderamento, inteligência, relevância e reconhecimento da sociedade? Com a dúvida, mulheres entraram na competição de gênero. Algo que nunca deveria ter existido.

Pois, espera aí! Não estamos numa luta contra os homens. E também não somos fortes porque lutamos como homens!

Mulheres passaram a valorizar funções masculinas

Nos dias atuais, um dos problemas que nossa sociedade passa é o de criar nossas meninas como homens. Vivemos uma corrida contra o tempo. Buscamos conquistar a liberdade e autonomia que desejamos, e dessa forma, tornar possível construir uma história incrível de superação. Nos preocupamos com o futuro e com a revolução que precisamos fazer em nós mesmas para conquistar tudo o que desejamos ser.

De outro lado, a insatisfação e o desafio de se afirmar instigou mulheres ao poder e à liberdade moderna de serem o que quiserem. Isso seria possível ao passo que fossem mais avante que qualquer uma e até mesmo que a sua própria natureza para mostrar que têm valor. E mais que isso, vocação. Com isto, entenderam a necessidade de se reinventar. Elas não foram precursoras do empoderamento. Mas passaram e continuam passando por uma história de conquista do espaço público, de atividades políticas e sociais, e de empreendedorismo nos dias atuais.

Ao longo dos séculos, a luta de mulheres que nos antecederam trouxe-nos ideologias e aversão ao patriarcalismo, enxergando-o como uma ameaça ao equilíbrio de gênero. A busca da autonomia feminina ressaltou a importância da mulher. Mas também trouxe consigo mazelas que influenciaram o pensamento de toda a sociedade dos nossos dias.

Antes de tudo, é importante deixar claro que os cristãos não estão numa luta contra a cultura. Mas eles são responsáveis por ressaltar o que há de bom nela, segundo Timothy Keller. Neste sentido, as mulheres são importantes, tanto quanto os homens. E são designadas a um papel significativo na família e na sociedade.

A busca da mulher moderna por afirmação e não por constituir família

Mulheres modernas são autônomas e podem ditar as regras de suas próprias vidas. Não precisam de um homem para isso. Podem se afirmar porque são auto suficientes. São bombardeadas por pressões externas, por elas mesmas e pela sociedade. Sofrem pressão acerca da beleza e realizam mil e uma tarefas.

São empoderadas, porque se esforçam e estudam. São muito inteligentes e não precisam de alguém que cuide delas, as guie ou lhes dê carinho. Lutam por assumir posições masculinas e são expostas às mesmas grandes pressões. São fortes, sem precisar ser menos femininas.

Com tudo isso, as mulheres passaram a ter mais responsabilidades, e os homens a se escorar nas mulheres. Os meninos assumem menos consciência do papel masculino e da responsabilidade de cuidarem de suas futuras esposas com zelo, pois ser tratada com frieza é sinônimo de empoderamento.

Qual o valor bíblico da mulher?

A Bíblia fala acerca do valor da mulher. O valor das mulheres é dado pelo próprio Deus. Se as mulheres querem ter um papel importante na sociedade, elas devem amar a Deus, amar suas famílias e lutar por elas. Desenvolverem os seus dons, serem boas no que sabem fazer. Mas não trocarem a sua identidade por uma premissa falsa de que são fracas.

Como devemos tratar as mulheres? O exemplo de Jesus salta-nos aos olhos. Ele valorizou as mulheres do seu tempo. Elas não eram vistas e muitas vezes eram consideradas imundas. Elas carregavam culpa sobre si. E diante da violência social, Jesus marcou, não só a vida delas, mas de toda a humanidade com valores que mais tarde preconizariam novos direitos ocidentais. Ele elevou os padrões da dignidade humana e se importou com os oprimidos.

Submissas ou empoderadas?

E quanto à submissão bíblica? O que Deus espera como submissão das mulheres aos maridos é tão valiosa quanto a submissão à Cristo. Se submetemos a nossa vida a Cristo em todos os aspectos, somos capazes de amar o cônjuge da mesma maneira que Cristo espera que o amemos.

As mulheres não deixam de ser inteligentes por se submeterem aos seus maridos. E por mais que aprendam a se virarem sozinhas, elas não precisam se afirmar ou conquistar uma posição alta para serem valorizadas. Elas podem chegar em cargos altos pela graça e propósito de Deus.

Cremos que as mulheres estão sendo transformadas pelo Espírito Santo a serem submissas aos seus maridos. E a operarem com sabedoria fazendo a vontade de Deus em suas famílias. Oramos para que elas desejem o que Jesus deseja delas, e não mais do que isso. Porque elas não precisam suprir as expectativas da sociedade, mas sim, as de Deus.

Mulheres empoderadas em Deus

Deus tem expectativas à respeito das mulheres. E tem planos para elas. Ele estabeleceu autoridade, não inferioridade. E a luta pela autonomia não é contra os homens. Ou seja, se queremos lutar, precisamos lutar por lares saudáveis, pela restauração de casais e por mulheres que amem ser mulheres, que sabem o seu valor e que ensinam homens respeitarem as meninas desde pequenos.

Trabalhamos para ver uma geração de mulheres fortes que tem respeito consigo mesmas. Que não precisam conquistar o mundo para serem vistas, mas que encontram em Jesus seu real valor. Que não consideram a sua vida de valor, mas que encontraram em Jesus o sentido de ser bela, e participar de um propósito eterno e extraordinariamente superior.

Diante disso, preferimos o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus não se considerou alguma coisa, mas se humilhou para nos salvar. Elas podem ser muito mais do que imaginam. Elas estão dispostas a serem tudo o que Deus sonhou.

 

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.