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Salmo 23: o bom pastor – parte 5

Devocional

O Senhor que sustenta

No último texto da série, lemos a respeito de como acontece a proteção do Bom Pastor e como é a sua liderança em nossas vidas quando as circunstâncias ao redor não são favoráveis.

No texto de hoje vamos refletir especificamente no verso 5 de Salmos 23. Vamos compreender o significado dos dizeres do salmista sobre a mesa, o óleo e o cálice e, assim, perceber o cuidado perfeito do Pastor. Afinal, é o Senhor que sustenta

“Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos;
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” Sl 23:5

O Senhor sempre cuida de nós: seja como pastor, seja como hospedeiro — alguém que nos recebe em sua casa como hóspedes.

Deus usa, em Sua palavra, as figuras de coisas materiais para falar a respeito de coisas espirituais: neste versículo, temos a mesa, o óleo e o cálice.

A mesa

A mesa mostra que o Senhor nos sustenta nos dando força. Através dela o hospedeiro recebe o cansado, aquele que passou pelo deserto, em sua casa, onde ele prepara uma farta mesa para seus hóspedes. Portanto, trata-se de um lugar de renovo e fortalecimento.

Assim, temos a imagem do Senhor nos recebendo e nos servindo com grande alegria e fartura, providenciando abundantemente tudo aquilo de que precisamos. Essa imagem nos mostra que Ele nos fortalece e nos sustenta, mesmo em meio às dificuldades que enfrentamos ao longo da vida.

Assim como o Senhor fez com Davi, fornecendo provisão em meio ao caos e à perseguição, nós também experimentamos isso em Cristo. Sendo assim, quando nos sentimos sobrecarregados em meio às muitas aflições da vida, Ele nos revigora e nos sustenta.

O óleo

O óleo fala a respeito de propósito. Vemos isto no Antigo Testamento, quando homens eram ungidos com um propósito específico. Assim, estes homens eram cheios do Espírito e eram capacitados pelo Senhor. Ao serem ungidos com óleo, havia um derramar abundante que transbordava deles.
O mesmo ocorre conosco quando somos recebidos pelo Senhor: recebemos a Sua unção em abundância, pois é derramado sobre nós o Espírito Santo e a Sua plenitude. E o nosso propósito é que fomos criados para a glória de Deus; como filhos de Deus e representantes do Rei nesta terra, devemos conhecer a Deus e glorificar a Ele. À medida que nos assentamos à Sua mesa, Ele nos unge e nos dá um propósito, e esse propósito nos fortalece.

O cálice

O transbordar do cálice significa que o Senhor nos dá alegria. Deus nunca prometeu uma vida perfeita, sem dificuldades ou desafios, mas Ele nos promete alegria ao longo da jornada. Portanto, se não compreendermos isso, viveremos murmurando e não experimentaremos o sustento que há em nos regozijarmos no Senhor mesmo em meio às dificuldades. No vale da sombra da morte ou na presença dos nossos inimigos, sentimos a presença do Senhor nos sustentando.

Deus não apenas nos enche, mas nos faz transbordar da Sua alegria. No Senhor existe uma fonte inesgotável de alegria; não se trata simplesmente de um encher, mas um transbordar. Não é por nosso próprio mérito que isso está disponível para nós; mas porque em Cristo Jesus, somos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef. 1:3).

A plenitude em Cristo

Sem Cristo, não há banquete, propósito ou alegria. Sem Ele, estamos destinados ao nosso próprio caminho que leva à morte.
Vemos na Palavra que Cristo se assentou à mesa com seus discípulos, declarando que se entregaria por amor a nós. Ele é o pão da vida (João 6:33,35), o verdadeiro sustento, do qual devemos nos alimentar.

Cristo foi ungido para o seu próprio sepultamento. Maria o ungiu com um frasco de perfume, preparando-o para o propósito de morrer em uma cruz (João 12:3,7).

Cristo bebeu da taça da ira divina (Mt 26:39). Assim, Ele experimentou o julgamento pelo pecado da humanidade e levou sobre si o castigo que nós merecíamos por sermos inimigos de Deus. Jesus bebeu do cálice da ira divina, para que nós pudéssemos beber do doce cálice que transborda da alegria que há em Deus, da intimidade e da satisfação que encontramos Nele.

O Senhor que sustenta

Portanto, as ovelhas ouvem a voz do seu Senhor e o seguem (João 10:3). Assim, que possamos ouvir a voz do Bom Pastor, aquele que deseja nos hospedar, preparar para nós um banquete e sustentar-nos em todos os momentos. Nada nos faltará pois Ele estará presente.

A proteção do Pastor

O que significa caminhar pelo vale da sombra da morte? Quem passa por esse vale? Não é o vale em si que nos assusta, mas a sombra do que está adiante dele – são os momentos que antecedem passar por ele

 “Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4

Não foi prometido ao cristão uma vida sem vales. Jesus não disse que ele seria o pastor que nos tiraria do vale, mas seria o pastor que andaria conosco pelo vale. Uma promessa eterna de que em meio aos vales, nós não estaríamos a sós.

A morte é o último dos vales que vamos passar na vida, mas existem muitos outros vales, como depressão, fraqueza, doença, desemprego. 

Davi disse que ‘quando eu caminhar, experimentar desse vale’, o meu senhor estará comigo e me acompanhará por meio do vale em meio às trevas; 

Deus está tanto na luz, quanto está no meio das trevas. O nosso Senhor é Deus da luz, como das nuvens espessas (Ex 20.19).

Existe uma concepção de que há uma guerra entre trevas e luz, como se houvesse algo que é páreo de guerrear com nosso Senhor, de forma que induz o crente a acreditar que o Senhor não é o próprio Criador, o Senhor sobre as trevas. Ou seja, Deus habita na luz que Ele é, Ele é o Senhor da luz e Ele é o Senhor em meio a escuridão 

Ele está nos vales 

Deus deixou Jesus sozinho na cruz para que eu e você não precisasse ficar sozinho no vale da sombra e da morte.

Então, mais importante do que estar no vale da sombra da morte é quem faz o convite para adentrar nesse vale e nos espera do outro lado.

Quando Jesus encara o vale da sombra e da morte, Ele fica aterrorizado. Porém, Ele sabia quem era o seu pastor. Ele não quis sua própria vontade de livrar-se da dor, mas quis a vontade do Pai. 

A ideia de que o nosso Deus não estaria conosco em meio ao vale, tornaria Ele frágil e incapaz. Mas Ele permanece conosco perto. 

Por fim, Ele ainda promete que a sua vara e o seu cajado nos dão conforto, consolo e proteção. 

Continua a acompanhar a série de Salmos aqui.

Ansiedade, uma palavra que tem sido muito falada nos últimos tempos. Em face de uma pandemia, muitas pessoas não conseguiram aguentar as situações de mudanças e medos. 

Acredito que terapeutas, psicólogos e até mesmo médicos psiquiatras foram um dos  que mais trabalharam nestes últimos meses.

Ansiedade, nada mais é do que medo, preocupação, apreensão e um sentimento de extrema aflição.  

Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma. Salmos 94:19 

Este versículo abaixo, pode ser um indicativo de que alguns de nós iríamos enfrentar ansiedade e que isso seria uma luta a ser vencida. 

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Filipenses 4:6 

Eu quero repartir um pouco da minha experiência com ansiedade e como tenho lidado com isso. 

Para poder te contar o hoje, preciso repartir o que me levou a buscar tratamento profissional para ansiedade. 

Um pouco da minha história 

Eu cresci em um lar completamente destruído, um abandono materno aos 3 anos e um pai alcoólatra me levou a ter ansiedade desde que era criança. 

Quando tinha 14 anos, eu tive depressão e síndrome de pânico. Fiz tratamento e  consegui vencer a síndrome, mas a depressão me acompanhou por longos anos. 

Junto com tudo isso, tinha crises de ansiedade com fortes sintomas físicos, como falta de ar, sudorese, tremores e náusea.  

Durante muito anos lutei sozinha com isso porque não achava que precisava de ajuda profissional para isso. 

Por conhecermos a Deus e servi-lo, muitas vezes pensamos que não precisamos cuidar de nossa saúde emocional

Deus me curou de muitas dores durante minha vida, me amou e me ama sem medida.  Mas, existem algumas coisas que podemos e devemos procurar ajuda de pessoas que estudaram para isso para que possamos ter uma luz e uma direção. 

Em primeiro lugar, acredito que enfrentamos um preconceito muito grande em assumir nossas fraquezas e até mesmo nossas dores.

Muitas vezes nos cercamos de palavras como: “eu preciso ser forte”, existem pessoas que olham pra mim e esperam isso, que eu vença minhas guerras e seja forte o tempo todo. A palavra nos mostra tantas vezes que nunca foi exigido de nós essa força em lutar só, mas sempre nos foi mostrado através da palavra que Deus é a nossa força e também o nosso refúgio, diante dele podemos depositar nossas cargas e receber alívio

Homens comuns e vulneráveis 

Eu tenho pensando na minha luta contra a ansiedade e no exemplo da vida de Davi, Paulo, Pedro.  Tenho refletido o quanto esses homens se colocaram em um lugar vulnerável para que o poder de Deus fosse real a todos os que viessem a saber das histórias destes homens. 

Muitos acham que Davi falhou como pai, muitas vezes como líder.  Mas ao ler a história de Davi, acredito que uma de suas maiores características era que ele se colocava num lugar vulnerável diante de Deus para aprender com seus erros ou suas dores e mudar. 

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Salmos 51:10 

Sabemos que Paulo carregava dores e lutava contra elas.  Até hoje não sabemos o que era o espinho na carne do qual Paulo nos contou. 

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12; 7-10 

Pedro, não foi diferente, eu imagino o quanto este homem lutou contra seus rompantes de temperamento, suas falhas de caráter, sua boca pronta a falar e tão tardia a calar-se. 

Estes homens, assim como você e eu, querem  transformação, cura, seja através de um milagre ou por meio de profissionais.

O que eu tenho feito na luta contra ansiedade: 

1- Em primeiro lugar admiti que tinha um problema na minha saúde emocional 

2- Busquei ajuda profissional para entender o que estava acontecendo comigo.  Procurei uma psicóloga cristã, tenho feito terapia há alguns meses,  e isso tem me ajudado muito no processo de cura. 

3-Quando as crises chegam eu busco refúgio na Palavra e coloco louvores para me lembrar daquilo que pode me dar esperança de dias melhores. 

4-Tenho feito caminhadas sempre que posso ou exercícios e isso é de grande ajuda na melhora da saúde emocional. 

Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13 

Vamos orar? 

Senhor, pedimos hoje que nos ajude nas nossas situações, sejam elas quais forem. Pedimos teu alívio e tua cura para que sejamos emocionamente  saudavéis para podermos viver uma jornada plena em Ti. Que cada um de nós encontre forças em Tua Presença para uma vida em plenitude de alegria e paz. Amém 

Deus te abençoe 

Ao olharmos para o antigo testamento é evidente que Deus ama unir palavras e melodias. Observando o livro de Salmos vamos ver o Senhor nos ordenando a  cantar vez após vez.

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

Davi compõe esse cântico de salmos 96 no contexto de 1 Crônicas 16:23-34, quando a arca da aliança entrou em Jerusalém. Todos deveriam vir e adorar ao Senhor, havia até mesmo uma corte separada para os Gentios virem e oferecerem adoração a Deus por causa dos seus grandes feitos. Então, confessar o Deus de Israel era algo que deveria ser feito por todos.

O ato de louvar

Louvor é uma expressão de submissão a yahweh – Javé, por isso que observamos no antigo testamento os Israelitas convidando todos os povos a vir e prestar cultos ao Senhor.

Vamos ler alguns trechos bíblicos que retratam isso:

 

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o  seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

“Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo. Porque o Senhor Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra”. Salmos 47:1, 2

“Gritem bem alto e cantem de alegria, habitantes de Sião, pois grande é o Santo de Israel no meio de vocês”. Isaias 12:6

“Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência ou entendimento”. Salmos 47:6-7

 

Então, pode-se perceber nesses exemplos acima que o autor dos textos bíblicos, sabiam quem era o Senhor. Ele chamava o povo a cantar com entendimento sobre quem você está cantando e a quem você está cantando.

Na Bíblia há mais de 400 referências a respeito do canto e 50 referências onde Deus ordena seu povo a cantar. Isso precisa significar algo para nós compositores que iremos produzir o conteúdo cantado pela igreja. Temos uma grande responsabilidade.

O significado do canto no novo testamento

No novo testamento somos encorajados a cantar mais de uma vez no contexto corporativo.

Paulo instrui a igreja que cantar a Deus seria parte da vida da igreja como um ato de edificação. Nós, nos edificamos quando nos reunimos para cantar juntos, aprendemos sobre Deus enquanto cantamos, glorificamos a Deus juntos.

 

“Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas enchei-vos do Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Efésios 5:15-20

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações”. Colossenses 3:16

Deus ama unir palavras e melodias

Paulo enfatiza que a palavra de Cristo precisa habitar em nós ricamente. E isso seria feito através do ensino, aconselhando uns aos outros e cantando as verdades de quem Ele é.

Embora talvez mal compreendido e geralmente uma fonte de contendas, o canto congregacional é uma das maiores e mais belas ferramentas que recebemos para declarar as “excelências” de Deus, fortalecendo sua igreja e compartilhando sua glória ao mundo.

Agora, o que você acha de fazer um pequeno exercício e pensar nas canções que você canta no seu dia a dia? Você consegue observar nelas quem o Senhor é, elas expressam os atributos de Deus?

Tenho certeza que esse exercício irá te ajudar a compreender na prática a importância de cantarmos com entendimento sobre quem o Senhor é.

Deus te abençoe!

O Pastor que nos restaura

Embora o Pastor nos conduza, muitas vezes erramos ou perambulamos pelo caminho – isso é verdade tanto para quem perde a intimidade com o Senhor quanto para aqueles que se desviaram do caminho.

Quando o povo de Israel é liberto no Egito, o Senhor os lidera visivelmente através de uma coluna de fogo e uma nuvem. E mesmo assim, em seu coração, o povo não quis seguir a liderança do Senhor e perambulou pelo deserto.

Para nós é difícil nos submetermos à liderança do Bom Pastor. 

Há uma contradição em nossa jornada de fé: amamos ao Senhor, mas flertamos com as coisas que não são de Deus e com emoções contrárias à Cruz.

Assim, se nossa salvação dependesse do quão focados somos na liderança do Bom Pastor, nós nunca chegaríamos ao descanso eterno, que está descrito no salmo 23. 

Por isso, o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos e quando tropeçamos. 

Antes de Deus entrar em nossa história, éramos como ovelhas perambulando sem um pastor. Assim como o Filho Pródigo, nosso coração é duro e propenso a resistir à liderança do Bom Pastor. Dessa forma, nosso coração é propenso a vagar e nos desviar dos nossos caminhos

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Isaías 53:6

 

Resgatados pelo bom Pastor

Nós somos do rebanho de Deus, pertencemos ao Pai, remidos como Nova Criatura, e ainda assim permanece dentro de nós um impulso para vagar e resistir à liderança de Deus. 

Se não fosse a realidade da restauração que Deus tem para nós, o pecado teria sido o fim para Davi – e também para nós.

A boa notícia é que o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos. Ele restaura a nossa alma e força.  

O próprio Deus nos ensina como voltar ao primeiro amor:

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Apocalipse 2:5

Totalmente dependentes Pastor

Como inicia a restauração do Senhor? Começa com um reconhecimento honesto de que nos perdemos. Assim, como vemos na história do filho pródigo, ele reconheceu seus erros e vai até a casa do pai. 

Em nós mesmos, não temos capacidade e recursos para nos restaurar. Somente o Senhor pode fazer isso e transformar o nosso coração, paixão e intimidade com Deus.  

Ele nos restaura por meio de um novo encontro, nos lembrando como é pertencer ao Bom Pastor.

Para acompanhar a série sobre salmos 23, clique aqui. 

Nesta segunda parte da série sobre o Salmo 23, vamos continuar estudando sobre as características do pastoreio do Senhor e o significado dele.

O Salmo 23 fala sobre quem Deus é e o que Ele pode e quer fazer com a Sua Igreja.

Jesus: o pastor perfeito

A linguagem desse salmo remete ao contexto em que Davi viveu em sua adolescência, pois ele mesmo foi um pastor de ovelhas. Por isso, Ele entende e reconhece o pastoreio de Deus em sua vida e escreve sobre isso nesse salmo. 

O que o texto bíblico diz pode ser aplicado para todo cristão. Pois, mesmo nós que vivemos em um contexto diferente e moderno, podemos também identificar o pastoreio de Deus sobre a nossa vida. 

Em Ezequiel 34,  Deus condena a atitude dos pastores de Israel, que não cuidaram direito das ovelhas e promete que Ele mesmo cuidará delas.  

Somente Jesus é o pastor perfeito, pois ele veio para nos resgatar da perdição e da morte. 

Portanto, a figura do bom pastor de ovelhas é plenamente cumprida e vivida em Jesus, que enfrentou a própria morte para nos salvar.

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” João 10:11

A sua vida depende de quem é o seu pastor, por isso a declaração de Davi: “o Senhor é meu pastor” é tão significativa.  

O pastor de Davi era alguém mais inalcançável, que falava com o seu povo, estava com o seu povo, mas não estava presente fisicamente. Mas nós temos Jesus como a figura de um bom pastor, que se fez cordeiro e morreu no lugar das outras ovelhas.

O pastor supremo

Jesus é o Senhor e tudo o que nós precisamos será dado por ele.  Ainda que fracassemos como homens no pastoreio da Igreja, o Senhor é o seu pastor e cuida de você. 

Por isso, que a declaração de Davi deve se tornar a nossa declaração, como uma ovelha que acredita no cuidado do bom pastor. 

“Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:20 

Nós fomos regenerados no rebanho de Deus, na sua família. Despertados para a nossa necessidade de um pastor e de não mais andarmos como uma ovelha desgarrada. Alguns ainda vivem como ovelhas rebeldes, que pensam que conseguem cortar a própria lã, obter seu próprio alimento e enfrentar as feras que os atacam.  

Mas é o Senhor que nos traz para perto e planta o desejo de sermos parte do seu rebanho.

Aplicação do Salmo 23

Este texto bíblico é para aqueles que foram nascidos e comprados para o rebanho de Deus, para aqueles que enxergam, assim como Davi, o pastoreio de Deus em suas vidas. E para aqueles que gostariam de conhecer o Deus que é um bom pastor e pertencer a Ele.

Podemos caminhar com esperança mesmo em meio ao vale mais escuro, pois fomos comprados e regenerados no rebanho de Deus e Ele nos conduz durante toda nossa vida. Ele é o pastor perfeito!

O Senhor é o meu pastor

Hoje, começamos uma nova série sobre o Salmo 23. E nessa primeira parte, vamos nos debruçar nos primeiros versos e compreender o papel do pastoreio do Senhor em nossas vidas. A partir dos seus atributos e dos seus atos, descritos ao longo dos versos. 

O Salmo 23 foi escrito por Davi, que também era pastor de ovelhas e futuramente se tornou pastor de Israel. No texto, vemos os detalhes da função de um bom pastor, uma delas é a proteção. O pastor está em todos os momentos com as suas ovelhas para livrá-las de caminhos perigosos e animais selvagens. 

O bom pastor é aquele que tem consciência de que o seu trabalho é perigoso e que possivelmente viverá em constante ameaça, mas a sua principal missão é estar disposto a dar sua vida pelas ovelhas. 

O constante pastoreio

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” – João 10:10

Este é o cuidado de Deus para com as nossas vidas. Ele é o bom Pastor, e neste salmo podemos ver todos os processos que nós, suas ovelhas, iremos passar. Desde o mais belo pasto verdejante ao vale da sombra da morte, porém sabemos que em todos esses momentos contamos com o pastoreio do Senhor. 

Comprados por um alto preço

“Porque fostes comprados por bom preço, glorificai, pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” – 1 Coríntios 6:20

Em um rebanho, a qualidade de vida das ovelhas depende muito do quão bom é esse Pastor. Existem apenas duas formas de se ter ovelha em um rebanho e são elas: as que nascem no próprio rebanho ou aquelas que são compradas e trazidas.

Nós não tínhamos pastor éramos como ovelhas perdidas. No pecado estávamos sem donos e sem cuidado, então o nosso bom Pastor se torna ovelha e encara a morte para que nós, suas ovelhas, pudéssemos ser salvas.

 Nada nos faltará 

“ As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém arrebatará da minha mão.” – João 10:27-28

 Quando o bom Pastor afirma que nada nos faltará, é porque ele é o dono da ovelha. A  função dele é alimentá-la, protegê-la e guiá-la pela jornada do campo. 

As ovelhas não conseguem sobreviver sozinhas, elas precisam de um Pastor e serem cuidadas, pois sem isso elas morrem. O Pastor é o único que pode fazer isso. A ovelha não pode fazer por si própria.

O pastoreio do Senhor é leve

Além disso, entender o pastoreio do Senhor torna a nossa jornada mais leve, pois sabemos que temos o Pastor para nos conduzir onde devemos caminhar, nos corrigir, proteger e amar. Ele sabe o que é melhor para as suas ovelhas. 

Oro para que hoje possamos voltar os nossos olhos para o Salmo 23, sabendo quem é o nosso bom Pastor e o dono das nossas vidas. Caminhando com a plena certeza que Ele nos guia durante toda a jornada, sem que existam preocupações em nosso interior. Com o pastoreio do Senhor nada nos faltará, pois o bom Pastor é tudo o que precisamos. 

Ler a segunda parte da série aqui.

Os salmos são uma fonte de louvores a Deus que, assim como o salmista nos convida a assumir uma postura de confissão da grandeza de Deus em toda a obra criada, nós podemos fazer isso mesmo diante de dificuldades.

Em tudo podemos reconhecer a soberania de Deus, a atividade divina e seu propósito em nossas vidas, mesmo que não entendamos no momento. O que precisamos aprender com Davi é encontrar prazer nos preceitos do Senhor.

O Salmos 19 nos ajudará a entender o lugar da Palavra de Deus em nossa vida.

Salmos 19: uma surpreendente correlação com a Torá, o Tabernáculo e o Templo de Jerusalém

O livro de Salmos nos ajuda a enxergar a Palavra de Deus como um lugar de refúgio onde quer que estejamos. Para os hebreus no Antigo Testamento, a Torá, tinha o intuito não só de revelar quem era Deus, mas de ser uma bússola para o coração humano. Ela era o “espaço sagrado” em que eles poderiam colocar suas raízes e extraírem vida da presença de Deus.

Assim também com o Tabernáculo. Ele era o santuário móvel onde se carregava a arca da aliança. Lembra o que a arca da aliança comportava? Isso mesmo, a presença de Deus. Este era o segredinho de Deus desvendado em seu plano ao longo do tempo, por enquanto, um arquétipo do que viria ser Deus habitando entre os homens.

Mais tarde com Salomão, o Templo de Jerusalém seria uma forma um pouco mais robusta do desejo de Deus que apontava para Cristo. Era praticamente um microcosmo, segundo N. T. Wright, uma pequena versão do mundo todo. Sim! O Templo de Jerusalém fazendo referência ao ato da criação, o mundo que Deus criou em Gênesis.

Aquilo que chamamos de “lugar de Deus” era a própria Palavra de Deus ensinando, pedagogicamente, e orientando o coração humano. Em outras palavras, era o Verbo habitando na palavra (Torá), no Tabernáculo e no Templo, como um protótipo de toda a narrativa de redenção. Transparecia o desejo de Deus por sua criação redimida, renovada e por sua presença e glória.

Os céus declaram sua glória

Em Salmos 19, o salmista reconhece que toda a criação proclama a glória de Deus e anuncia as obras de suas mãos. Assim, o salmista faz uma releitura do templo, como uma extensão do espaço sagrado.

Deus habitando no meio de seu povo e seu povo habitando em seu Deus.

“Nesse contexto, Salmos remete à intenção dupla do criador: que o Templo de Jerusalém sirva de sinal não apenas do propósito de Deus de inundar a criação com sua presença gloriosa, mas também de seu anseio por encher o coração, a mente, a imaginação e a vontade do seu povo com a mesma glória.” N. T. Wright

Este salmo 19 parece apontar para o reinado de Cristo, em que sua voz será ouvida por toda a terra (Salmos 19:4) e sua Palavra capaz de reordenar a vida com sabedoria (Salmos 19:7).

 

O que Davi encontrou?

“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. “ Salmos 19:7-10

Davi compôs este salmo glorificando a Deus por sua lei que é perfeita e restaura a alma (Salmos 19:7). Ele meditava nela e descansava na confiança da fidelidade do Senhor. Ele sabia que por mais que seus sentimentos, em inúmeros momentos pudessem ser inconstantes, a lei do Senhor era suficientemente fiel para ele confiar.

É simplesmente esplêndido ver a doçura com que Davi descreve a Lei do Senhor (Torá): como mais desejável que o puro ouro e mais doce que os favos de mel. Ele sabia que sua Palavra era boa e capaz de trazer sabedoria, de iluminar os olhos e, é a verdade.

Davi encontrou descanso e nos convida a fazer o mesmo. Como seria bom se nós pudéssemos descansar e nos alegrarmos na Palavra de Deus como ele fez. Provavelmente, recarregaríamos mais temor a Deus e menos temor dos homens em nossa vida.

 

Como Deus queria se revelar a Davi

Algo que não pode deixar de ser mencionado são os atributos que Deus revelou a Davi neste salmo. Um Deus que diferente de todos os outros deuses dos povos vizinhos da época, ele era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Este Deus não era apenas o Deus dos deuses, a maior entidade divina no universo segundo os gregos atribuíam a Zeus naquela época, mas o Criador do universo. Aquele cuja glória preenche toda a terra e não compartilha espaço com nenhum outro deus.

A soberania de Deus é um atributo muito presente neste salmo. Do começo ao fim, Deus é Senhor de todas as coisas e a ele nós devemos satisfação. Davi se considera servo de Deus (Salmos 19:13), reconhece seu pecado e confia que os preceitos do Senhor são capazes de torná-lo íntegro.

Como Davi, somos totalmente dependentes da graça e do favor de Deus. E o fato de não reconhecermos isso é como andarmos cegos, sem direção, desenfreados seguindo as inclinações do nosso coração. Sem os preceitos do Senhor, nosso coração é como uma fábrica de ídolos e uma criança sem limites, entregue a todos os desejos!

 

Salmos 19 para o dia-a-dia

Este salmo enfatiza muito a recompensa de seguir o Senhor. O cristão que está buscando uma vida diária de relacionamento com Deus encontra prazer na lei do Senhor.

A liberdade cristã o conduz, não a capacidade de obedecer a Deus impunemente, mas, antes, na capacidade de obedecer-lhe espontaneamente, sem nenhum impedimento eficaz, segundo Merril Tenney.

Uma vida diante de Deus, retratada como uma extensão do espaço sagrado, que era restrito somente ao Templo, agora, em Jesus, o mistério é revelado.

Tudo é para a glória de Deus, tanto na igreja como fora dela. Nos prazeres, na adoração, na obediência a Deus e na forma como vamos gerenciar com sabedoria a vida que ele nos deu.

A leitura deste salmos à luz da revelação de Cristo nos mostra que os preceitos do Senhor enchem o nosso intelecto, motivações e prazeres com sua glória. Para qual propósito? Para que a multiforme sabedoria de Deus seja manifestada por meio da igreja aos principados e poderes nas regiões celestiais (Efésios 3:10).

Desejo que este salmo seja um doce convite para sermos cheios da glória de Deus e revelá-la ao nosso tempo hoje através de uma vida de obediência a Deus.

Há um salmo para o qual eu sempre volto em momentos de insegurança e medo, o salmo 121. Em algumas Bíblias ele vem classificado como “ o cântico de peregrinação”, e de acordo com Gordon Fee a Douglas Stuart, este salmo está na categoria de cântico de confiança. Não é de se surpreender, já que dentre os vários tipos de salmo que encontramos no saltério, este nos ajuda a expressar nossa dependência e confiança em Deus, mesmo em meio às circunstâncias adversas.

“1 Elevo meus olhos para os montes; de onde vem o meu socorro?

2 Meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.”

 

No primeiro versículo, o autor do salmo apresenta a situação em que ele e o povo se encontram: diante de obstáculos aparentemente intransponíveis (os montes). Porém, logo em seguida, ele já apresenta quem resolverá este problema: o próprio criador dos céus e da terra. Não somente isso, mas nos versículos seguintes, o autor apresenta este Criador como sendo o guarda de Israel e o SENHOR. 

“3 Ele não permitirá que teus pés vacilem; aquele que te guarda não se descuida

4 É certo que o guarda de Israel não se descuidará nem dormirá”

Primeira característica desse guarda:

Seus olhos estão sempre sobre nós. Ou seja, o Senhor está atento aos nossos caminhos, e sempre cuida de nós em todos os momentos ao longo da nossa jornada de peregrinação nesta terra.

 

“5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é tua sombra ao teu lado direito.

6 O sol não te prejudicará de dia, nem a luz de noite”

A segunda característica desse guarda:

Ele está ao nosso lado. Ele trilha a nossa caminhada conosco, tão perto ao ponto de nos proteger com a sua sombra. Quem tem o próprio Senhor como o seu protetor não tem o que temer, pois sabe que pode descansar à sombra de suas asas (Salmos 91).

 

“7 O Senhor te protegerá de todo o mal; ele protegerá a sua vida.

8 O Senhor protegerá a tua saída e a tua entrada desde agora e para sempre”

 

A terceira característica desse guarda:

Ele protege nossa vida. Não importa os perigos que o peregrino encontre em sua jornada, ele sabe que pode contar com a proteção daquele que tem todo o poder. Por isso, não precisamos temer ao entrar em situações desconhecidas, ou quando somos enviados a desbravar algo novo.

Meditar no salmo 121 sempre me ajuda em momentos em que os problemas parecem impossíveis de serem resolvidos. Ou seja, naqueles momentos em que chegamos ao fim de nós mesmos e admitimos que só o Criador dos céus e da terra pode nos socorrer. Esses versos me ajudam a lembrar a quem estou clamando por ajuda. Não é qualquer um que poderá me ajudar, mas o Criador, Senhor, guarda de Israel, vigia, companheiro e protetor. 

Assim, como esse salmo me traz paz e me faz crescer em confiança no Senhor, espero que você encontre conforto nessas palavras e renove sua confiança Naquele que nunca nos abandona. Seja qual for a situação, ao olhar para os montes, lembre-se sempre de quem Ele é.

Versão utilizada: Almeida Século 21

O Livro de Salmos é um dos meus livros Bíblicos preferidos. E, este mês aqui no Blog teremos o privilégio de compartilhar com você um de nossos textos especiais. Dessa forma, vamos falar sobre aquele Salmo que marcou e tem marcado a nossa história com Jesus.

Me lembro que em minha adolescência, nossa classe bíblica decorou o Salmo 139 para uma apresentação teatral. Ainda hoje, me recordo da maior parte daqueles versículos e em momentos difíceis, eles se tornaram como luz em um caminho de trevas.

Sem dúvida, o Livro de Salmos é carregado de poesia, é possível observar o Salmista reconhecendo quem Deus é, e como poderosamente age em favor dos que clamam por Ele. Além disso, é impressionante a forma de expressão dos sentimentos e emoções humanas: angústia, medo, amargura, raiva e até mesmo alegria. Eles são expressos de forma tão honesta pelos seus escritores.

Enfim, são 150 composições poéticas com beleza única.  Suas semelhanças nos possibilitam perceber os gêneros contidos nesses cânticos. Segundo o comentário Bíblico do Estudo de Genebra podemos encontrar seis gêneros. Veja a seguir quais são eles:

Os Gêneros dos Salmos

Hinos de louvor:  Nesses Salmos, Deus é louvado por quem Ele é, e pelos seus poderosos feitos de graça e misericórdia. (Sl 8; 24; 29; 33; 47; 48)

Lamentações (queixas e petições): Nesses textos, os salmistas se revelam de forma intensa, derramando diante de Deus os clamores mais íntimos de seus corações.   Muitas vezes, confessando seus próprios pecados. Mas, também há expressões de confiança e pedido de socorro contra os seus inimigos. (Sl 25, 39; 51; 86; 102; 120)

Salmos de ações de graça:  Entoado após a resposta ao clamor.  Dessa forma, revelam o coração de paz e gratidão dos salmistas. (Sl 18; 66; 107; 118; 138).

Cânticos de confiança (ou fé ou misericórdia):  Geralmente   são curtos e contém uma notável metáfora de confiança. (Sl 23; 121; 131)

Salmos reais:  Este é um tema recorrente que aborda tanto sobre  o Rei Supremo e Senhor Deus, o próprio criador do universo (Sl 24; 47; 95), quanto  metáforas empregadas a Davi como rei humano (20; 21; 45).

Salmos de sabedoria:  – Alguns temas de sabedoria também se destacam neste livro, por exemplo:   o contraste entre o justo e o ímpio descrito no Salmo 1. (Sl 37; 49)

Verdades fundamentais encontrados nos Salmos:

  • Deus é digno de ser louvado;
  • Os justos são protegidos pelo Senhor;
  • Deus abençoa o obediente e julga o rebelde;
  • O Conhecimento de Deus será o fundamento da verdadeira adoração, fruto do relacionamento pessoal com Deus.

Salmo 139 – Deus é Onisciente e Onipotente

Onisciente – que tem saber absoluto, pleno; que tem conhecimento infinito sobre todas as coisas. Onipotente – que pode tudo; que é todo-poderoso; Deus, Altíssimo, Todo-Poderoso

O Salmo 139 é um dos meus Salmos preferidos, pois vem carregado de significado e relevância. Nele, podemos conhecer quem Deus é através de alguns dos atributos destacados por Davi (onisciência e onipotência).

É possível perceber que não importa onde estejamos, Deus sempre estará ali junto a nós. Ele é o nosso refúgio e fortaleza. Não é possível fugir do Senhor, pois Ele nos alcança mesmo quando caímos em um abismo sem fim. Pois, para Deus não há diferença entre trevas e luz, tudo o Senhor pode ver. Antes mesmo das palavras saírem dos nossos lábios, Deus já conhece cada um dos nossos pensamentos. Além disso, Deus não vê tudo sobre nós de um lugar distante e indiferente, mas Ele mesmo nos criou pensando em cada detalhe. O Senhor conhece nossa história, nosso passado e  futuro. O Salmista Davi expressa de forma tão bela:

“Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te forma encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda.” Salmos 139.13-16

No Livro de Salmos, o capítulo 139 é organizado em quatro partes:

Na primeira parte do capítulo 139, o salmista fala sobre a onisciência de Deus. (Salmo 139.1-6)

Na segunda parte o salmista fala sobre a onipresença de Deus. (Salmo 139.7-12)

Na terceira parte o salmista fala sobre a onipotência de Deus. (Salmo 139.13-18)

Na quarta parte o salmista fala sobre a santidade de Deus.  (Salmo 139.18-24)

Cristo é revelado no Livro de Salmos

Quando lemos ou cantamos os Salmos, encontramos a revelação de Cristo, seu sofrimento vindouro e sua glória como Rei dos reis. Os Salmos podem ser derramados como nossas próprias orações. Sendo assim, eles nos dão linguagem para expressar as nossas emoções a Deus.

O Salmo 139 revela o poder de Deus e  também  o seu cuidado conosco. Já parou para pensar que não precisamos nos sentir solitários porque Deus está conosco em qualquer lugar onde estivermos? E Ele, não é um vigilante controlador que nos persegue com opressão. Mas, é o nosso Rei libertador e nós não precisamos nos esconder e nem fugir de sua presença.

Afinal, se há algo que podemos aprender com esses cânticos é que nossas orações podem ser honestas e simples, independente do que estejamos sentindo. Afinal, o Senhor já nos conhece tão bem. Então, comece a escrever seus próprios Salmos. Tome como referência os seus salmos preferidos e  cante a Ele os seus próprios versos. 

E não se esqueça de nos contar como foi essa experiência para você.