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Isaías 62: os atalaias sobre os muros da oração

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Um intercessor que se posiciona em oração pelo que está no coração de Deus, é chamado a perseverar e permanecer. Em Isaías 62 a Bíblia nos mostra que Deus estabeleceria seus atalaias sobre os muros da oração. E estes não dariam descanso ao Senhor até que Ele restabeleça Jerusalém como objeto de louvor na terra.

 

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Quem eram os atalaias?

A importância dos atalaias na defesa da cidade é um tema que nos remete aos tempos bíblicos e que ainda tem muito a nos ensinar. Afinal, esses guardas eram fundamentais para manter a segurança dos muros da cidade, pois sem eles, os inimigos poderiam facilmente invadi-la.

Os atalaias eram responsáveis por ficar atentos aos movimentos dos inimigos durante a noite, já que nesse período os espiões podiam subir os muros e avaliar as fraquezas da cidade. Além disso, caso os guardas adormecessem durante o turno, eles poderiam ser severamente punidos, até mesmo com a morte, uma vez que a segurança da cidade dependia deles.

 

Precisamos estar atentos

Essa analogia pode ser aplicada também à nossa vida espiritual, pois a missão que as Escrituras nos convidam a viver não é uma missão de festa ou de folga, mas sim uma vida de esforço, luta, disciplina e posicionamento constante. Assim como os atalaias precisavam estar alertas para garantir a segurança da cidade, nós também precisamos estar atentos para manter nossa vida espiritual em segurança.

Na história da igreja, o lugar da oração muitas vezes foi negligenciado, mas Deus sempre agiu por meio de poucos, por meio de pessoas improváveis e incapazes, que foram forjadas pelo Senhor e estavam aptas para o trabalho. No entanto, na dinâmica da intercessão, é possível ver que Deus usa a fraqueza das pessoas para mostrar o Seu poder e obter a vitória.

 

O intercessor nos muros da oração

Vamos abordar três aspectos que se encontram em um intercessor que se coloca nos muros da oração. Identificação, agonia e autoridade.

 

  1. Identificação

O intercessor deve se identificar com aqueles pelos quais ele intercede. Jesus, como o nosso  Eterno intercessor, que intercede por um mundo perdido, tomou a nossa natureza sobre si mesmo. Ele aprendeu a obediência mediante todas as coisas que ele sofreu, ao ser tentado em todos os pontos como somos. Logo, o nosso Salvador conquistou essa posição com a mais completa autoridade. A identificação deve ser o ponto de partida na vida dos vigias.

 

pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 4:15

 

  1. Agonia

Todo aquele que prova dessa identificação, também prova da agonia por meio do Espírito no lugar de intercessão (Rm 8:26-28). Sendo assim, vemos que essa agonia cresce à medida que morremos para nossos desejos naturais, e por meio do próprio Espírito O escolhemos. 

Existem exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão: Moisés quando orou pelo povo após o pecado de idolatria (Ex 32:32). Assim como Paulo que expressou uma profunda dor por causa de seus irmãos (Rm 9:3). Contudo, poderíamos citar diversos exemplos de pessoas que provaram de agonia na intercessão. Logo, o amadurecimento da intercessão é o Espírito compartilhando os gemidos conosco.

 

  1. Autoridade

O intercessor que se identifica, é levado a agonia, enfim, conhece a autoridade. Afinal, a intercessão identifica o intercessor de tal modo como servo sofredor, que dá a ele, um lugar que nem todos alcançam: Mover o coração de Deus. 

Logo, esse tipo de intercessão, é a intercessão que move o coração de quem ora, ao ponto de levá-la ao coração de Deus, e por haver ali a concordância, move o coração de Deus em realizar, manifestar, transformar o desígnio.

 

 Os intercessores

Certamente, os trabalhadores que o Senhor comissiona para Sua missão, partem desse lugar. Digamos que essa experiência da intercessão é a incubadora de homens e mulheres que realizam um trabalho efetivo e relevante diante de Deus. Logo, eles são fruto de orações agonizantes e perseverantes. 

Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. 1 Tessalonicenses 2:4

 

Uma compreensão profética do intercessor

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. Isaías 62:6,7

 

Esse texto além de falar sobre o chamamento do Senhor aos seus trabalhadores ao lugar de oração, fala sobre uma perspectiva futura e profética do fim dos tempos. Portanto, o Espírito derramará um espírito de súplica e graça (Zc 12), e o Movimento de Oração chegará em seu ápice. 

Assim, oração e intercessão é um dos principais temas da profecia do fim dos tempos. No entanto, haverá um grande conflito no fim desta era entre dois movimentos globais de oração. O anticristo dará poder a um movimento de falsa adoração (Ap 13:4,8,12,15), porém o movimento liderado por Jesus será muito mais poderoso!

 

Intercessores em tempo integral

Essa passagem de Isaias 62 se dá com a restauração de Jerusalém como objeto de louvor na terra. A dimensão de 24/7 dessa promessa implica em que alguns intercessores e ministérios são chamados a se dedicar à intercessão como uma ocupação em tempo integral.

Contudo, a compreensão dos versículos 1-5 são cruciais para então cumprirmos 6,7. Que traz o entendimento do amor, das afeições de Deus sobre Seu povo, e o nosso engajamento no clamor por Israel.

 

A identidade da igreja é casa de oração

Enfim, é necessário deixar claro que o se levantar em intercessão, não é apenas de ter causas ministradas. Na verdade, é cooperar, trabalhar para o retorno do Senhor. Salmos 96 e 98 apontam profeticamente que sobre um período futuro em que adoração e intercessão ao Senhor se levantará em toda terra.

Afinal, essa será a identidade da Igreja: ser uma casa de oração. Is 56:6,7:

E os estrangeiros que se unirem ao Senhor para servi-lo, para amarem o nome do Senhor e para prestar-lhe culto, todos os que guardarem o sábado sem profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança, esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Isaías 56:6,7

 

Ou seja, isso chegará ao conhecimento de todos, não apenas do Senhor, que a Igreja é um lugar de clamor e louvor. Deus levantará seus atalaias nos muros da oração.

 

Una-se a nós em jejum e oração por Israel, baseado em Isaías 62. Há um movimento global de oração sem precedentes acontecendo hoje mesmo, clique no link e saiba mais sobre como participar:

Jejum Isaías 62 – Uma assembléia solene global

 

Brenon Batista – Líder de Intercessão na FHOP

Doar extravagantemente em um mundo consumista e tão egoísta pode parecer uma loucura. 

Portanto, sabemos que não fomos chamados para andar segundo o curso deste mundo. 

 

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2 

 

Todavia, o que vemos na Palavra a respeito de doar, de ser extravagante e até mesmo sobre finanças vai contra todo o sistema imposto por este mundo que nos faz pensar que reter ou guardar é o melhor caminho para um garantir um futuro. 

Em contrapartida, não estamos errados em nos prevenir e sermos diligentes com nossas finanças, mas provisão e preparação para o futuro não te isenta de dar extravagantemente. 

 

Vamos ver isso à luz da palavra: 

 

Uma das partes da Bíblia que sempre ministrou muito ao meu coração sobre dar extravagantemente está em Mateus 26, onde conta a história da mulher do vaso de alabastro

 

E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,

Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.

E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício?

Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.

Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo.

Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.

Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.

Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.  Mateus 26:6-13 

 

Eu penso nessa passagem ao me referir a doar extravagantemente, simplesmente porque dar o que nos custa já nos leva a esse lugar extravagante. 

Além disso, essa mulher deu algo de muito valor sem pensar nas consequências disso para suas próprias finanças. 

Então, o ato de dar extravagantemente vai muito além de dinheiro. Assim, estamos falando de dar nosso tempo, nossos talentos, nossos recursos, que nossa vida seja um dar de maneira extravagante. 

Por isso a mulher do vaso de alabastro em Betânia me ensina tanto sobre isso.  

 

Toda a semeadura no Reino nunca será em vão

 

Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.

No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.

Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos.

E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. 2 Coríntios 8: 1-5 

 

O poder desta passagem e as lições que nos ensina é algo poderoso. 

Pois, mesmo em meio à tribulação, as igrejas da Macedônia transbordaram em rica generosidade, isto é, doando extravagantemente. 

Portanto, não somente através dos seus recursos, mas também entregando suas vidas inteiramente ao Senhor. 

Logo, o ato de dar vai muito além das suas finanças, e quando entendemos isso abrimos nosso coração e nossas vidas para viver algo poderoso. 

 

Doar extravagantemente também é amar na mesma medida 

 

Assim, recomendamos a Tito, visto que ele já havia começado, que completasse esse ato de graça da parte de vocês.

Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir.

Não lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros.

Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.

Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano.

Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem.

Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem.

Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade.

No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade,

como está escrito: “Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco”.

 2 Coríntios 8: 6-15 

Sendo assim, o Cristo que se entregou por amor a todos nós o fez de um lugar de amor e generosidade. Além disso, Ele nos ensinou a supremacia do que é se doar de maneira extravagante em favor de todos. 

 

Lições que podemos aprender 

 

  • Doar é um ato de amor 
  • Doar é um exercício de um coração generoso
  • Você recebe muito mais quando estende a sua mão ao necessitado 
  • Doar abre portas infinitas que vai muito além de somente a área das nossas finanças 
  • Fomos chamados a dar extravagantemente 
  • Doe seu tempo, seus talentos e seus recursos e irá experimentar uma medida de favor e provisão nunca sonhada. 

 

Lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: “Há maior felicidade em dar do que em receber”. Atos 20:35b 

 

Meu convite hoje para você que seja generoso de uma maneira intencional, escolha ser participante do que Jesus está fazendo na vida das pessoas que estão na sua jornada. Abençoe alguém hoje, seja com um café, uma oferta a um missionário, com tempo de qualidade para escutar alguém, através de uma oração, as opções são infinitas, por isso seja criativo em dar extravagantemente. 

 

Deus te abençoe!

 

 

 

Nesse mês estamos falando sobre as disciplinas espirituais aqui no blog. Já tratamos sobre algumas delas, mas hoje quero falar sobre a disciplina espiritual da solitude.

 

Solidão vs. Solitude

Vivemos em um mundo frenético, barulhento e apressado. De certa forma, parece que as únicas alternativas são ou sermos engolidos pela ansiedade ou fugirmos dela e nos isolarmos de tudo. Mas não precisa ser assim, pois Deus nos convida a ouvi-lo através da oração e da Palavra e encher o nosso interior da presença dele. A solitude não depende da quantidade de pessoas ao nosso redor ou das circunstâncias, pois é o estado interior de quem está sempre conectado com Deus, mantendo a chama acesa, estando rodeado de pessoas ou sozinho.

 

“A solidão é o vazio do lado de dentro. A solitude é o interior preenchido”

Richard Foster

 

A disciplina espiritual da solitude, ao contrário da solidão, é onde nos encontramos com o silêncio do nosso interior, e no silêncio encontramos a Deus. Mas atenção, essa disciplina deve ser praticada em um contexto de comunhão, submissão e serviço no corpo de Cristo. Sem a vivência com a igreja de Cristo, deixa de ser solitude e se torna isolamento. Mas não deixemos de praticar essa disciplina, pois é quando tiramos tempo para ficar com Deus e ouvi-lo no silêncio que podemos servir melhor a Deus e uns aos outros.


Jesus praticava a solitude

Vejamos o exemplo de Jesus. Ele era um homem extremamente ocupado, pois realizava milagres, curas, pregava, estudava e gastava tempo com as pessoas. Ainda assim, Jesus não era estressado, ansioso ou impaciente. Como será que Ele conseguia?

Lembre-se que Ele era homem, e como nós, ele deveria sentir cansaço, dores no corpo, e todas as consequências físicas de uma rotina agitada. Mas Jesus tinha um segredo: Ele se retirava para falar com o Pai. E podemos ver um pouco disso na disciplina da oração, que de certa forma complementa a disciplina espiritual da solitude.

Antes de começar seu ministério, Jesus passou 40 dias no deserto orando, jejuando e praticando a solitude. Em Marcos 1:35, depois de uma longa noite de trabalho, curando enfermos, Jesus se retira de madrugada para orar. Em várias situações, antes ou depois de uma tarefa exaustiva e/ou importante, Jesus se retirou para ouvir o Pai. Então, o que nos faz pensar que podemos viver as nossas vidas sem fazer o mesmo?

 

A solitude na prática

A presença de Deus no nosso interior está sempre ali, esperando para ser acessada. Porém, como vivemos uma vida agitada geralmente não conseguimos acessar esse lugar com tanta facilidade. Por isso a importância de buscarmos praticar a disciplina espiritual da solitude. Como podemos aplicá-la no nosso dia a dia?

  • Praticar o silêncio

Se calar para ouvir a voz de Deus e as pessoas. Além disso, ser aquele que não fala o tempo todo, mas tem as palavras certas, nas horas certas.

  • Não fugir das “noites escuras da alma”

Muitas vezes, o convite à solitude vem nos momentos difíceis. A nossa tendência é fugir desse lugar, se ocupando de afazeres, evitando encarar nossa própria alma. Porém, abraçar esses dias maus e levá-los aos pés de Cristo é praticar a solitude.

  • Aproveitar os pequenos momentos de solitude

Podemos praticar encher nosso interior enquanto lavamos a louça, no silêncio da manhã antes de todo mundo acordar, ou no silêncio da noite, quando todos já foram dormir. Podemos aproveitar o trânsito para meditar e conversar com Deus. Se observarmos, nosso dia nos oferece várias oportunidades de praticarmos a disciplina da solitude.

  • Ter um “lugar silencioso”

Apesar de podermos ficar a sós com Deus independente de um lugar específico, por que não investir em separar um lugar só para isso? Investimos em nossa sala para receber as pessoas ou no nosso quarto, para dormirmos bem. Que tal pensar onde e como você poderia criar um um “lugar silencioso” na sua casa para estar com Deus?

  • Encontrar lugares fora de casa

Pode ser que na sua casa não tenha como separar um lugar para praticar a disciplina da solitude. Porém, na sua cidade talvez tenha um parque, um lago, uma praia, enfim, um lugar ao ar livre ou um lugar mais reservado onde você possa se conectar com Deus.

  • Faça pequenos retiros ao longo do ano

Crie a tradição de se retirar por alguns dias apenas para ouvir a Deus, ler a Bíblia, jejuar e descansar. Não deixe para fazer isso apenas quando estiver esgotado, mas busque investir e separar tempo para isso.

 

Assim como todas as disciplinas espirituais, dependemos da graça de Deus para praticar a solitude. Além disso, não é uma forma de medir a nossa espiritualidade, é apenas o meio pelo qual somos libertos e cheios. O fruto de praticar a disciplina espiritual da solitude é ter mais sensibilidade e compaixão pelas pessoas. Afinal, somos libertos de estarmos cheios de nós mesmos, para estarmos cheios de Deus e poder transbordar isso para o nosso próximo.

 

Fonte: Celebração da Disciplina – Richard Foster

Quero apresentar para você a Bíblia, uma amiga da alma, uma das melhores amigas que você pode ter para o seu desenvolvimento e crescimento espiritual. Portanto, se cuidamos tão bem dos nossos bens, das nossas carreiras e nossos sonhos, deveríamos cuidar ainda mais da nossa alma, daquilo que traz crescimento verdadeiro para nós. 

Vemos que Paulo, em Colossenses 3:16, faz um pedido para a igreja:

“A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria, ensinai e aconselhai uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando Deus com gratidão no coração”. 

Aqui, ele fala a respeito da Palavra de Cristo, sendo assim, é preciso entender a relevância de termos a Palavra de Cristo habitando em nós, não de forma mediana, mas de forma rica, abundante, exagerada. É isso que Paulo está falando:

“que a Palavra de Cristo esteja em vocês, dentro de vocês. Que seja experimentada e vivida no coração e na alma de vocês – intimamente, ricamente – para que quando vocês se reunirem como igreja, como família, como corpo, vocês deem glória a Deus, aconselhem uns aos outros com sabedoria, louvem a Deus com gratidão”. 

Paulo eleva o padrão de ser crente e diz que conhecer Jesus é ter a Bíblia habitando dentro de vocês de forma rica. 

O que é Palavra de Deus?

Mas quando as pessoas falam “Palavra de Deus”, qual é o real significado? 

Hoje, a Bíblia é para muitos um manual de autoajuda, um livro de dicas de como viver a vida. Todavia, se a Bíblia é tratada dessa forma por nós, precisamos rever o que pensamos dela e que papel ela tem tido em nossas vidas.

Há quase 2 mil anos a igreja acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, inerrante e perfeita para nós. 

Mas além de projeções de carreira e de sonhos com o futuro, que possamos amadurecer espiritualmente na Palavra de Deus e que a Bíblia tome um lugar de importância e prioridade na nossa vida individual.

Nosso pastor é Jesus e precisamos conhecê-lo através da palavra 

No livro de Hebreus vemos que antes, Deus falou conosco por meio dos profetas, mas hoje Ele fala por meio do Filho. Deus fala por meio de Jesus! Como você conhece Jesus? Conhecendo a história de Jesus, o seu comportamento, as suas palavras. Como ele reagiria nessa situação? O que será que ele tem para falar sobre a minha vida, minha circunstância, minha caminhada, minha jornada, minhas escolhas e meus relacionamentos? Assim você conhece a Jesus, falando para Jesus: “Senhor, me leva nessa aventura de conhecer o que o Senhor pensa a respeito da minha vida e de quem eu sou”. 

Medite na Palavra de Deus 

Jesus, em João 15, quando fala aos discípulos, diz assim: “permaneçam em mim e nas minhas palavras”. Ele diz: “a prova que vocês me amam é vocês obedecerem às minhas palavras”. Eu não tenho como obedecer a algo que não conheço, não medito, não leio, não vivo, não como. Logo, a Palavra de Deus precisa, de fato, se tornar a Palavra de Deus para nós. Nós precisamos ouvi-la e meditar nela. 

A Palavra tem poder para mudar nossos destinos hoje. Mas não podemos esbarrar nela de vez em quando, não podemos tratar ela como um livro de autoajuda. Não podemos tratar a Bíblia como um pesque-pague, no qual você pega o que lhe agradou e o que não agradou, você solta. Contudo, nós precisamos nos comprometer e nos submeter à plenitude do que a Palavra diz. Precisamos nos submeter à tudo o que ela nos chama a viver. 

A oração de Paulo aos colossenses era: “que a Palavra de Cristo esteja dentro de cada um de vocês de forma rica”.

João, em 1 João 2:14, diz assim:

“Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno”.

Logo, você quer vencer tentação do pecado na sua vida? João deu o segredo: vocês são fortes não porque vocês são bons, justos ou corretos. Vocês são fortes porque permitiram que a Palavra de Deus habitasse em vocês e a força que vocês têm vem do habitar e do viver a Palavra de Deus dentro de vocês; do conhecer a Palavra da Verdade. Então, quer uma solução para vencer o pecado na sua vida? Se encha da Palavra de Deus, se encha da riqueza da Palavra de Deus. Permita que a palavra de Deus habite em você ricamente. Esse é o segredo de João! 

O que é a verdadeira espiritualidade? 

Não temos nem ideia do quanto podemos ser úteis para o corpo de Cristo se conhecermos a Bíblia. Você procura uma igreja que seja útil para você, que sua família seja bem instruída, que seus filhos possam receber a Palavra. Mas já se perguntou se você é útil ou se tem contribuído para sua igreja local? Você já parou para pensar o que você tem que sua igreja local possa estar precisando? A melhor coisa que você pode fazer para a sua igreja e para o corpo de Cristo é conhecer a Bíblia.

Um dia você pode estar no supermercado e encontrar um irmão da igreja que está com problemas em casa e você, que está com a Palavra habitando ricamente dentro de você, pode levar uma palavra de encorajamento para seu irmão. Muitos problemas iriam embora da igreja se nós conhecêssemos a Palavra de Deus. Há homens de Deus para nos ajudar a caminhar, sim. Mas quanta dor de cabeça evitaria na sua vida, se você conhecesse a Bíblia? Nela há um convite para um diálogo e um relacionamento com Jesus, por meio do Espírito Santo. 

Como saber se você está lendo a Bíblia e orando o suficiente? 

Eu nunca conheci alguém que ama orar, e não ama ler a Bíblia. E nunca conheci alguém que lê muito a Bíblia e não ama orar. Esses dois andam juntos. São as duas asas do mesmo avião. Se você é alguém que ama o lugar de oração – na sua casa, no seu quarto, na igreja local – provavelmente você ama a Bíblia. Se você sinceramente expõe seu coração à Bíblia diariamente, buscando nela conselho, instrução, buscando nela a vida, provavelmente você também ama orar.

Provavelmente, você ama o lugar de se encontrar com Jesus na sua devoção pessoal. Então, você quer saber se você lê a Bíblia o suficiente? Olhe para a sua vida de oração. Se a sua vida de oração está saudável, você está no caminho certo. Jesus falou isso. Ele dá uma solução para uma vida de oração. Ele fala: “se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, vocês pedirão o que quiserdes, e lhes será concedido”. 

É preciso fazer da Bíblia prioridade diária 

Assim como separamos tempo para exercitar o corpo, para redes sociais e para cozinhar, precisamos separar tempo para a Bíblia. Quando me converti, em uma pequena igreja em Londres, conheci dois irmãos ex-muçulmanos, que haviam se convertido recentemente. Certa vez, nosso pastor conseguiu levar o evangelho para alguns familiares deles em seu país de origem. E quando eles recebiam a Bíblia, eles encaravam ela e a escondiam. A Bíblia se tornava alimento diário para aquelas famílias, passando de casa em casa, revezando entre os pais e os filhos. Eles reservavam os dias que eles tinham para conhecerem a Jesus por meio da Bíblia.

Nós, que muitas vezes temos mais de dez Bíblias em casa, achamos ser suficiente apenas esbarrar na Bíblia uma vez por semana. 

Não há presente melhor para sua vida com Jesus do que mostrar seu amor por Ele, conhecendo-o. Pois, do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Igreja, a Bíblia é a melhor amiga da sua alma. Você quer preservar a sua alma? Conheça a Bíblia. Quer viver livre do pecado? Conheça a Bíblia. Quer saber o que Jesus sonha para você? Conheça a Bíblia. 

Ore por paixão pela Palavra

Oro por nós hoje que a Palavra de Cristo habite em vós ricamente. Peça a Jesus para que Ele te dê mais paixão pela Bíblia, que Ele tire as escamas dos seus olhos. Peça a Jesus para que Ele te leve nessa aventura, que Ele te deixe conhece-lo e conhecer o Espírito Santo. Conhecer sua história e não só o que Ele falou, mas o que Ele está falando agora. Deus quer falar com você por meio da Bíblia. 

 

Como desenvolver uma vida de oração? Eu lembro do dia em que o meu coração queimou diante de Deus. Ali fui preenchida por uma vontade imensa de conhecê-lo,de ouvir Sua voz e conversar com Ele. De forma muito prática, eu aprendi que toda comunicação entre eu e Ele não era muito diferente da comunicação que estabelecemos rotineiramente com as pessoas que surgem em nossa vida.

Estabelecendo um relacionamento

Através da oração podemos descobrir quem Deus verdadeiramente é. Então, quando estabelecemos relacionamento direto com Ele passamos a ouvir Sua voz audivelmente, ouvimos os Seus segredos e nos tornamos parte do privilégio, do milagre e da luta feroz através da ação do Espírito Santo que nos ajuda durante as nossas fraquezas.

A oração pode ser expressa de diversas formas, através da intimidade, orando e lendo a Palavra ou quando nos disponibilizamos a interceder por justiça, avivamento e transformação social. Assim, promover oração sobre outras pessoas também é uma forma de nos encontrarmos com Deus. Consequentemente fazemos as obras para o reino e mudamos o mundo.

Uma vida constante

Constância é essencial para o desenvolvimento de um estilo de vida de oração. Em virtude dela que recebemos a plenitude daquilo que Deus proveu para nós. Assim, o compromisso precursor é o de buscar pelo menos duas horas de oração por dia, encorajando também a ler-orar o livro de Apocalipse uma vez por semana.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Permanência e confiabilidade

Lembro ainda que foi no lugar de oração que eu mais me senti segura e me conectei com o Espírito Santo. Diversas vezes buscamos, por exemplo, opiniões, amor, segurança e confiabilidade em pessoas e comumente nos esquecemos da disponibilidade de Deus e o quanto Ele ama nos ouvir, sejam coisas boas ou até notícias que abalam os nossos corações. Deus nunca se cansa de ouvir a voz sedenta dos Seus filhos.

Lugar de intimidade

A oração nos leva a um lugar de intimidade com o Pai, nos livra de todo e qualquer esgotamento, nos energiza para amarmos a Deus acima de todas as coisas e nos faz transbordar de amor pelos outros. Ter uma vida de oração é algo que devemos ansiar e não fazer por mera obrigação. Orar nos leva ao encontro dEle.

Por que devemos orar?

Deus quer que o nosso coração esteja conectado com o dEle em uma parceria sincera e profunda. Você não está errando quando decide questionar todas as coisas ao Pai, na verdade, esse é um princípio fundamental do Reino. No entanto, devemos sempre perguntar e não guardar os questionamentos dentro de nós. Saiba que você pode confiar em Deus e confessar para Ele todas as suas alegrias, angústias e frustrações.

“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. (Filipenses 4:6)

Um compromisso real

Por fim, pense que hoje você tem um compromisso muitíssimo importante com um Rei, talvez você pense em muitas coisas, prepare sua fala ou anote coisas que você não quer deixar de falar durante o encontro de vocês. Dessa mesma forma devemos reconhecer o nosso tempo de oração. Desse modo, devemos nos comprometer com o Senhor e colocar os nossos compromissos sagrados como encontros que não devemos perder. Ele é o grande Rei e devemos desejar a Sua presença.

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O Salmos 29 talvez não seja uns dos mais famosos ou conhecidos, mas sem sombra de dúvida é um salmo profundo e cheio de lições. 

 

Observe a beleza e a sabedoria deste capítulos dos Salmos: 

 

Atribuam ao Senhor, ó seres celestiais, atribuam ao Senhor glória e força.

Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do seu santuário.

A voz do Senhor ressoa sobre as águas; o Deus da glória troveja, o Senhor troveja sobre as muitas águas.

A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa.

A voz do Senhor quebra os cedros; o Senhor despedaça os cedros do Líbano.

Ele faz o Líbano saltar como bezerro, o Siriom como novilho selvagem.

A voz do Senhor corta os céus com raios flamejantes.

A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.

A voz do Senhor retorce os carvalhos e despe as florestas. E no seu templo todos clamam: “Glória! “

O Senhor assentou-se soberano sobre o dilúvio; o Senhor reina soberano para sempre.

O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz.

 

Salmos 29:1-11

 

O rei Davi começa esse capítulo convidando os seres celestiais a adorarem ao Senhor e a atribuírem glória e força a Ele. 

 

Posteriormente, fala também do esplendor do Santuário do nosso Deus, vamos neste momento tentar pensar nisso. 

 

Neste esplendor que deve cercar tudo à volta do nosso Deus, o esplendor de Sua glória não deve ser algo fácil de ser olhado por olhos naturais, por isso creio que necessitamos enxergar esse brilho glorioso com os olhos do espírito. 

 

Sete vezes ¨a voz de Deus¨ é dita neste Salmos:  

 

Certamente a parte central deste Salmos é a voz de Deus e tudo o que pode acontecer ao som da voz do nosso Senhor! 

 

Neste capítulo do Salmos 29 o rei Davi fala sete vezes sobre a voz do Senhor. 

Aliás, sabemos o que significa o número sete na Bíblia, perfeição, o completar de algo, consumação, totalidade.  

 

A bíblia está cheia de referências a este número tais como os sete dias da criação, as sete igrejas, os sete anjos no livro do Apocalipse. Isso claramente não é uma coincidência neste salmos. 

A voz de Deus sendo proclamada por sete vez nos leva a este lugar de completude e perfeição. 

Ela coloca todas as coisas em ordem, acalma todo o caos.

Por um momento vamos parar e orar esta parte da palavra! 

 

A voz do Senhor ressoa sobre as águas; o Deus da glória troveja, o Senhor troveja sobre as muitas águas.

A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa.

A voz do Senhor quebra os cedros; o Senhor despedaça os cedros do Líbano.

Ele faz o Líbano saltar como bezerro, o Siriom como novilho selvagem.

A voz do Senhor corta os céus com raios flamejantes.

A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.

A voz do Senhor retorce os carvalhos e despe as florestas. E no seu templo todos clamam: “Glória! ”  Salmos 29:3-9 

 

Que este capítulo seja um convite para que possamos abrir nossos olhos e ver o poder do nosso Deus através da sua criação. 

Impossível olhar o mar, uma floresta, um jardim, a neve no inverno, os animais, uma tempestade, mas principalmente os seres humanos e não entender a beleza do que foi criado pela poderosa voz de Deus. 

 

Poder e Paz 

Quando aprendemos a reconhecer seu poder certamente iremos desfrutar da paz que vem logo em seguida. 

O poder que controla tudo também nos abençoa com a paz que necessitamos. 

Entender um pouco a dimensão do amor de Deus nos mostrará o quão incrível é a paz que vem em viver debaixo do poder da Sua voz. 

O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz. Salmos 29:11 

Eis aqui uma promessa poderosa que podemos acessar na palavra de Deus! 

O próprio Senhor da paz lhes dê a paz em todo o tempo e de todas as formas. O Senhor seja com todos vocês. 2 Tessalonicenses 3:16 

Confiar no poder que a voz de Deus carrega nos fará viver uma vida de descansar em quem Deus é. 

O rei Davi entendeu isso muito bem tanto que escreveu este Salmos para nos ensinar lições poderosas. 

 

Portanto, deixo aqui algumas dicas sobre este Salmos: 

 

  • Ore este Salmos, existe poder ao orarmos a palavra 
  • Atribua ao Senhor glória e força 
  • Reflita sobre o poder de Deus na criação 
  • Deixe isso encorajar você a crer cada dia mais
  • Atribua ao Senhor a glória que o Seu nome merece
  • Reflita sobre os momentos nos quais Deus te deu força e paz

 

Que Deus te abençoe! 

 

 

Eu amo os paradoxos que giram em torno da encarnação de Jesus. Seu nascimento, Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição, todos os passos que Ele deu gritam alto a bondade e a misericórdia de um Deus zeloso. Tudo declara o caráter do Pai e aponta para um plano maior, estruturado muito antes da fundação do mundo. Jesus é o elemento que conecta e dá sentido a todas as Escrituras, Ele é aquele de quem a Lei e os profetas falavam o tempo todo, o Messias prometido.  

“[…] o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”  Isaías 9:7

Jesus Cristo é o centro de tudo

Toda a história, todos os ecos e todos os anseios do coração humano encontram consonância em quem Ele é. Isso significa que é tudo sobre Ele: o plano, a execução e a consumação. Não há nenhum fato na história que escape da bela pintura que o Pai das luzes desenhou. Desde a queda, quando o homem em seu orgulho tentou dar sentido a si mesmo, até a restauração de todas as coisas quando tudo convergirá em Cristo, uma só narrativa é contada: a história do Filho de Deus.

Adão e Eva pecaram e através deles o pecado foi introduzido à humanidade, e o que aconteceu com Deus? Ele permaneceu inabalável. Em nenhum momento o Senhor foi pego de surpresa pelo homem, jamais Ele precisou reagir a algum movimento do ser humano. Nosso Deus não tem plano B, sua vontade é boa, perfeita, agradável e soberana. De fato, o zelo do Senhor foi o que manteve a promessa e a esperança viva geração após geração, em todos os períodos da História o Senhor levantou homens e mulheres comprometidos em proclamar o Reino e o Rei que estavam por vir.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6

E Ele veio

Jesus veio sem parecer, nem formosura, longe dos olhares dos grandes, tão simples. Nenhum manto real o envolvia, mas o governo de tudo estava sobre os seus ombros. Nenhuma festa o recebia aqui na terra, mas todo o universo jubilava. A criação que gemia com tanta expectativa agora via a Sua esperança nascer.

Que doce noite! Que momento santo! O povo que andava em densas trevas viu grande luz, um menino nasceu e em sua fragilidade Ele exalava o amor furioso do Pai. Ali, num lugar afastado do oriente médio, nascia um homem como nenhum outro em toda história, humano como todos, divino como ninguém. Deus conosco.

Hoje contamos essa história de trás para frente, como participantes da graça que Ele estendeu a nós. Mas se fossemos nós naquela estalagem de Belém, provavelmente perderíamos as nuances desse evento por sua tamanha simplicidade e naturalidade. Não havia glamour algum, mas o Rei da Glória adentrava pelos portas do tempo para trazer Boas Novas de Paz e inaugurar um caminho que ninguém mais poderia abrir.

Ele continua sendo nossa esperança

Essa esperança permanece viva hoje, porque Ele revelou sua glória a cada um de nós, caminhou em graça e em verdade transbordando o coração do Pai e reconciliando homens e Deus. Ele não apenas se esvaziou e se tornou homem. Mas Ele trilhou o caminho da obediência e foi fiel até a Cruz.

No momento da sua morte também não houveram holofotes, grandes homenagens e discursos comovidos. Ele bebeu o cálice da ira do Pai, pagou o preço pelos pecados de toda a humanidade. Mas se engana quem pensa que a Cruz foi o palco do sofrimento, que foi o fim trágico da história.

A Cruz foi o palco da glorificação do Filho de Deus, foi o ponto alto do Seu Plano Eterno, pois foi pelas Suas feridas que nós fomos sarados, pelo Seu sofrimento que recebemos a vida eterna e pelo Seu sangue que Ele comprou para Deus povos de todas as tribos, línguas e nações.

A história continua…

A história do Filho de Deus não acabou. O Homem judeu que está assentado à direita do Pai e que tem um nome que é sobre todo nome não ficará no céu para sempre. Ele em breve retornará para a terra, virá para os seus e nós o receberemos. Ele tomará a herança que lhe é devida, todo joelho se dobrará, toda língua confessará e nós reconheceremos o Amado das nossas almas. Esse dia queima em nosso coração e em dias como hoje nos lembramos da promessa, do plano perfeito criado por Ele e que só depende Dele. Não tem como dar errado. Essas são Boas Novas de Paz!

Feliz Natal! 

Nós somos a Igreja de Jesus Cristo e somos chamados à comunhão. Ainda assim, sabemos que ao longo da história temos passado por diversas situações e muitos desafios para vivermos em koinonia. Particularmente, temos experimentando nas últimas gerações o aumento dos “desigrejados”. Isto é, aqueles que almejam viver o evangelho sem o compromisso com uma Igreja Local.

Certamente, apesar do aumento dos desistentes, reconhecemos que este problema não é algo novo. Na verdade, a esse respeito, há um conselho no livro de Hebreus o qual é preciso nos lembrarmos. Seremos tentados a olhar todos os problemas de viver em comunidade. E, como pode ser desgastante quando nosso coração não consegue amar da forma que Jesus nos ensinou. Ou mesmo quando não nos sentimos amados como gostaríamos. Ainda assim, não devemos desistir do privilégio de sermos Corpo de Cristo.

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” Hebreus 10.25

Acima de tudo, independente dos desafios que possamos enfrentar para viver em comunhão. Não temos justificativa para não o fazer. Porém, é preciso pensar nas marcas de uma Igreja que cumpre o chamado à comunhão. Então diga-me: “O que significa viver em comunhão?”

Participando da Família de Deus

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. ” Atos 2.42-47

Jesus andou com seus discípulos e em meio as multidões. Sempre olhou os perdidos com compaixão, sempre conduziu as pessoas em amor. E esmo sabendo que iria ser negado e traído, ainda assim, permaneceu em total lealdade. Quando o Espírito de Deus foi derramado em Jerusalém enquanto seus amigos obedeciam a ordem de esperar. Tudo o que Jesus ensinou fez mais sentido ainda. E seus discípulos foram envolvidos por mais unidade e comunhão.

Andando na Luz

Primeiramente, em Atos, podemos observar o que foi gerado no meio do seu povo. Eles perseveravam em comunhão, no ensino da Palavra, no partir do pão e na unidade entre tantos outros aspectos do amor. Assim, comiam juntos, repartiam seus bens, tinham tudo em comum. Havia entre eles, alegria, ternura e singeleza de coração.  Isto é, Koinonia. Este vocábulo grego tem o sentido dê: associação, companheirismo, relação íntima. Indica compartilhar, participar. E foi assim que a Igreja primitiva nasceu e viveu em seus primeiros dias, andando na luz.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I João 1.7

Alguns aspectos da comunhão

  • A comunhão é possível somente porque Jesus, o Filho de Deus se tornou homem como nós. Ele identificou-se conosco na encarnação. Sofreu em nosso lugar. E nos faz comungar de sua própria vida, da vida do Pai e do Espírito Santo.
  • A comunhão começa neste mundo, mas ela será totalmente plena e perfeita na eternidade.
  • Há comunhão perfeita na Trindade e os filhos de Deus compartilham da imagem e da natureza dessa filiação.
  • A comunhão é intrínseca ao amor. Eles caminham juntos. A comunhão não subsiste sem o amor.

O problema da Igreja: falta de comunhão

Certamente, como Igreja e como liderança precisamos assumir nossas responsabilidades diante das falhas e pecados cometidos. Precisamos ser fiéis à Palavra. E também devemos encorajar os irmãos a participarem do Corpo de Cristo com bom ânimo. Além disso, as pessoas precisam saber que elas não estão perdendo tempo.

“…. Os pregadores podem insistir que as pessoas vão à igreja regularmente; mas, mas a menos que lhes dêem sólida nutrição espiritual, muitas pessoas sentirão, intuitivamente, se não mesmo conscientemente, que estão perdendo o seu tempo. A razão pela qual muitos não vão à igreja, entre os quais se acham aqueles que antes a frequentavam regularmente, é que aquilo que a igreja tem a oferecer é tão fraco que, com frequência, não tem utilidade alguma na inquirição espiritual, sendo mais uma provação de fé ir à igreja do que permanecer em casa.” R. N. Champlin

Portanto, nenhum cristão deve estar na igreja por algum tipo de obrigação legalista. É preciso saber que além de serem parte, cada pessoa tem importância para o todo. Cada um de nós tem um papel nesse Corpo. E apenas nos tornamos maduros quando entendemos que não vamos a Igreja para receber algo, mas vamos para nos doarmos.

Não ande só

Sendo assim, é preciso destacar que: não somos chamados para andarmos sozinhos. Devemos nos lembrar que o cordão de três dobras não se rompe com facilidade. Também precisamos ser generosos para perdoarmos uns aos outros e andarmos uma milha a mais com aqueles que chamamos de irmãos.

Como é para você andar em comunhão “uns com os outros”? Como é a Igreja que você sonha fazer parte? E o mais importante: como você tem trabalhado para que ela exista? Não esqueça de nos contar o que pensa. E hoje, se houver algo para perdoar, não deixe para amanhã. Pois o amor não perde a esperança. Deus abençoe.

 

Originalmente publicado dia 17 de Setembro de 2021

A parábola do filho pródigoLucas 15:11:32

As parábolas de Jesus contidas em Lucas 15 nos ensinam verdades eternas do coração de Deus. Nos últimos cultos conversamos com nossa igreja sobre a parábola da ovelha perdida, a parábola da dracma perdida e a parábola do filho pródigo. 

Hoje vamos compartilhar sobre a mensagem ministrada através de Lucas 15:11-32 – A parábola do filho pródigo. Se você perdeu alguma das ministrações anteriores, confira em nosso canal do Youtube essa série de pregações e seja abençoado por essa mensagem. 

Aquele que se assenta e come com os pecadores.

Lucas 15 é uma narrativa sobre os perdidos mas também uma narrativa a respeito daquele que se assenta e come com os pecadores, que tem o anseio de revelar o seu amor para os perdidos. 

Em todas as parábolas temos expressões e simbologias para os perdidos, A ovelha, por exemplo, representa a pessoa que não foi encontrada pelo salvador, que sequer sabe que foi perdida. Temos também a dracma, que simboliza aquele que se perde dentro da própria casa, por descuido, por acidente, E por último o filho pródigo, que é aquele que já fez o caminho até a casa, já se assentou à mesa com o Pai, e por escolha própria deseja se afastar do corpo e ir para longe de casa. 

A última parábola representada em Lucas 15 não fala apenas do filho pródigo, fala de dois filhos perdidos, e um terceiro pródigo, que é o próprio pai. Assim como o filho mais novo esbanjava e desperdiçava seu dinheiro com coisas que não eram importantes, vemos descrita a graça e misericórdia do Pai gasta com filhos pecadores. Vemos um pai dando lugar na mesa do banquete e perdão para os filhos que não mereciam. Um pai que expressa seu amor, graça, misericórdia e bondade. Dois filhos com imagens erradas de si mesmos – um dos filhos achava que merecia algo do pai, e outro acreditava que não merecia nada. Assim como eles não viam o Pai da maneira que deveriam enxergar. 

O caminho da Conformidade moral e do Autoconhecimento

Jesus está usando aqui os dois filhos de maneira geral como dois caminhos que usamos para encontrar felicidade e realização na nossa vida. Os dois caminhos são: Conformidade moral e Autoconhecimento ou auto realização, e ambos são uma lente pela qual enxergamos nossa história. O Caminho da conformidade moral é como o filho mais velho, que acredita que irá alcançar salvação por seguir estritamente a lei. Conformistas, responsáveis, julgam os que não respeitam a lei. E o caminho do autoconhecimento é representado pelo filho mais novo – julgam os fanáticos, os de mente fechada e falam que eles são o problema do mundo.

O procuramos para receber o que queremos.

O filho mais novo é aquele que já trilhou o caminho até a casa do pai, já teve seu encontro com Jesus, mas que em algum momento permite que seu coração esfrie e toma a decisão de sair da casa do pai, ceder aos seus desejos, aos pecados. Ele desejava as riquezas do pai, mas não desejava por seu pai. Não tinha o desejo de se relacionar com o pai, mas desfrutar da herança prometida a ele.

O grande problema do filho mais novo, e muitas vezes o nosso, é que queremos nos sentar à mesa com o pai apenas quando há interesse de receber algo em troca, não para criar relacionamento.

Quantas vezes nós nos aproximamos de Deus com interesse que ele nos dê algo ou responda nossas orações.

Uma jornada de imprudência

A partir do versículo 13 de Lucas 15, até o versículo 17, o filho mais novo entra em uma jornada de miséria, de desgraça em sua vida. Ele pede ao pai sua herança, e o pai divide suas riquezas. O filho mais novo toma posse de suas coisas e toma seu caminho, vivendo sua vida de forma pródiga. Ele gasta até o momento de não sobrar nada e as coisas começarem a piorar na sua vida. 

Constantemente entramos nessa jornada de imprudência e como consequência disso acabamos nos sentindo sozinhos, sem poder contar com ninguém. Essa é a hora de reconhecer nossa condição, nossa realidade e o único caminho para deixar de comer com porcos é voltar para o Pai. 

Quando o filho cai em si (versículo 18 e 19), ele começa a traçar um plano para retornar a casa do pai. Tudo que ele planejou falar demonstra uma coisa: ARREPENDIMENTO. O arrependimento é o convencimento de que precisamos voltar aos braços do Senhor. Muito além de uma dor interior, uma vergonha pelas nossas escolhas, o arrependimento genuíno sempre deve gerar em nós um movimento.

O filho volta e começa a dizer o que tinha preparado, fala para o pai o aceitar como um empregado. Nosso senso de justiça própria nos faz dividir a graça. Pensamos em uma graça presente para sermos perdoados, mas uma graça ausente para sermos restituídos ao lugar que o Senhor planejou para nós. Cremos que Deus pode nos perdoar, mas esquecemos que nosso Deus é pródigo e derrama sobre nós o seu amor mesmo sem merecermos. Ele nos devolve nossa identidade de filho mais uma vez, nos chama a sentar com Ele junto a mesa.

3 elementos para seu filho.

O pai não deu uma oportunidade sequer para o filho pedir para ser um dos seus empregados. O pai estava na verdade restituindo a autoridade do filho de ser amado. E isso está expresso nos 3 elementos que o pai mandou trazer para dar ao seu filho. 

  • A melhor roupa: A roupa tem a ver com um indicativo da classe social. Jesus, enquanto contava essa parábola, estava revelando a graça de Deus aqueles que o ouviam. E Isaías 61:3 fala sobre isso, o Senhor nos veste com veste de justiça e santidade. 
  • Anel: a maior das restituições. O filho pegou toda a riqueza do pai e gastou. Quando dá o anel, o pai está restituindo ele ao lugar de administrador dos seus bens. Ele está restituindo o filho ao lugar de que nunca deveria ter saído.
  • As sandálias: os escravos não usavam sandálias. Provavelmente o próprio pai pegou sua roupa e sua sandália e colocou no seu filho mais novo. O Senhor continua restituindo ao seu povo o poder de ser chamado de filho amado, resgatando seu filho.

Senhor continua restituindo ao seu povo o poder e a autoridade de ser filho amado. 

Isso foi algo que o filho mais velho não entendeu. O filho mais velho era dedicado aos afazeres do seu pai, mas muito mais pecador do que imaginamos. Representa as pessoas que se sentem ofendidas quando as coisas não saem como elas queriam, que veem Deus agir e acham injusto, se sentem ofendidos com Deus ou com as pessoas. 

Você já se sentiu assim? Nos sentimos ofendidos por ver Deus abençoar outra pessoa enquanto em nossas vidas não acontece nada. Esse é o perfil do filho mais velho. Ele traça todo um plano de vida e quando as coisas não acontecem do seu jeito, ele se ira. O filho mais velho é justo aos seus próprios olhos, tem uma linguagem humilde, mas o coração está cheio de orgulho. 

Vemos no versículo 27 de Lucas 15 que quando ele escutou sobre o retorno do seu irmão para casa, ele ficou furioso. Da mesma forma que o filho mais novo fez o pai sentir vergonha, agora o filho mais velho teve atitudes de vergonha para com seu pai. O pai estava exultante ao celebrar a volta do seu filho, e o filho mais velho decide ficar do lado de fora da festa, com uma postura de não concordar com seu pai. Muitas vezes nos portamos dessa maneira, ficamos do lado de fora olhando o que Deus está fazendo porque não concordamos.

Precisamos lembrar que somos pecadores

O filho mais velho olha para aquela festa e não consegue celebrar a vida do irmão. No versículo 28 o texto diz que o coração dele se encheu de ira. O pai chega até ele e suplica para que seu filho volte para a celebração e esse filho mais velho justifica todo o seu sentimento, diz que se sentiu injustiçado. 

Constantemente pensamos que Deus tem alguma divida conosco e que ele precisa nos consultar para fazer algo. Esse sentimento é muito mais comum do que pensamos, pois nosso coração é tentado a achar que merecemos alguma coisa. Precisamos lembrar que somos pecadores e pedir por misericórdia todos os dias. 

No versículo 29 o filho questiona o amor do Pai. O filho mais velho é aquele tipo de pessoa que tem dificuldade de sentir o amor de Deus. Nós muitas vezes somos assim, gastamos nosso tempo com orações cheias de petições, gastamos nosso tempo com afazeres ministeriais, mas não temos tempo de relacionamento com o Senhor. 

O Senhor nos faz um convite hoje.

O Senhor nos faz um convite hoje, para entrarmos no banquete e deixarmos de ser como esses filhos. Ambos os filhos queriam o que o pai tinha, ambos queriam as riquezas e autoridades para serem senhores de si. E o que nós precisamos fazer diante dessas algemas da nossa própria perdição?

Precisamos entender que o pai de Lucas 15 está conosco. Que podemos nos arrepender e correr para os braços do Senhor, pois ele nos receberá. 

O nosso convite hoje é para o arrependimento, para colocarmos o Senhor no lugar que lhe é devido, em um lugar de relacionamento.

Você aceita esse convite?

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. João 1:14

Deus se fez homem. Sim, aquele que no princípio pela palavra do seu poder criou todas as coisas, submeteu-se a um nascimento humano e foi gerado no ventre daquela que Ele mesmo criou e formou. Jesus, o próprio Deus, cheio de glória, grandeza e beleza sem fim, não se apegou a isso e se esvaziou tornando-se semelhante aos homens (Fp. 2:7). E se fez como aquele em quem não havia beleza e de quem não fizemos caso (Is. 53:2). Permita-me, caro leitor, confessar que está sendo difícil encontrar as melhores palavras para descrever a grandeza dessa sublime verdade.

Então, Jesus teve um nascimento humano e possuía um corpo humano que experimentou o crescimento, a Bíblia nos diz que ele crescia em estatura e em sabedoria e se fortalecia no Espírito (Lc. 2:40, 52), a sua natureza humana é evidente em toda a Palavra. Logo, tendo se tornado homem, Jesus passou pela dor e a angústia de ser humano. Lembro-me daquele episódio quando Jesus ao passar por Samaria, se assentou à beira de um poço, e a Palavra nos diz que ele estava cansado do caminho:

“E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber” João 4:6-7

Ele identificou-se

Assim como aquela mulher que foi ao poço naquela hora mais quente do dia, Jesus também sentiu cansaço e sede. Ele viu aquela mulher, se aproximou dela, e percebeu sua solidão, sua dor e vergonha. Ele entendia o que ela estava passando, e como não poderia entender quando Ele mesmo foi rejeitado pelos seus? (Mt. 13:53). Nesse episódio em questão Jesus tem um diálogo com essa mulher que fica perplexa com o fato de um homem judeu estar falando com ela. Portanto, ela não sabia que Ele não era um homem qualquer, Jesus diz a ela:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. João 4:10

Então,  ah, se aquela mulher soubesse que aquele homem judeu diante dela era ninguém menos que o próprio Cristo. Aquele que haveria de vir, o verbo que estava com Deus e que era Deus estava ali, diante dos seus olhos oferecendo a ela a água viva que a saciaria para sempre. A mansidão e compaixão de Jesus para com essa mulher me deixa profundamente tocada. Ele realmente sabia a necessidade que havia em seu coração, e entendia de perto a sua dor.

Ele compadeceu-se

Sendo assim, a Palavra nos diz que Jesus, como homem, também experimentou a tentação humana, mas sem nunca sucumbir ao pecado. Ele foi o exemplo de homem perfeito que se submeteu à vontade do Pai e foi obediente até o fim. Ele conheceu as nossas dores e sabe muito bem o que é padecer, e além disso, nenhum outro homem sofreu tamanha injustiça como a que o nosso Senhor sofreu.

“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15)

Portanto, nós temos um Deus que se compadece de nós. Não importa o que você esteja passando, a dor mais profunda do seu coração, as lutas e os vales que você enfrenta, Jesus já esteve lá. Aquele que se fez Deus conosco é quem caminha ao nosso lado em meio a qualquer circunstância. O Pai provou seu imenso amor para conosco quando enviou o Seu Filho para revelar quem Deus é, e cumprir o Seu plano perfeito de redenção. O Filho se fez homem e se aproximou de nós, e se fez o caminho que nos leva ao Pai.