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O que o conhecimento deve produzir?

Perspectiva Eterna

O que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria? O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A Bíblia, os sermões, o cristianismo e o próprio Deus fazem inúmeros convites a buscarmos conhecimento e sabedoria. Sempre ouvirmos do quão importante é a leitura e o estudo da palavra. Mas não podemos fugir de encarar uma pergunta: o que motiva meu desejo pelo conhecimento? Qual o real combustível da minha fome por sabedoria?

Alinhar as nossas expectativas sobre o que é o conhecimento e a sabedoria que o Senhor nos convida é primordial para mantermos o coração no lugar correto. O que eu espero como fruto desse conhecimento ou o que quero que ele produza em mim certamente revelará muito da minha real intenção.

A SABEDORIA DO MUNDO

Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. (1 Coríntios 3:19)

Quando Paulo faz tal afirmação já seria de se esperar que o que Deus define como sabedoria não seria algo óbvio para nós. Pelo contrário, é confuso e até mesmo contrário à nossa própria definição.

Tenho a constante impressão que buscamos aprender e conhecer para sermos independentes. Educamos as nossas crianças a aprenderem a fazer coisas sozinhas como tomar banho, comer, estudar, para que não precisem outrora de seus cuidadores. E sempre aplaudimos quando elas são capazes de fazer coisas sozinhas.

Inconscientemente projetamos essa dinâmica na caminhada cristã. Nosso movimento revela que precisamos aprender logo a como sermos cristãos perfeitos com o proposito de não precisar mais do Senhor para viver. A sensação de “para de perturbar Deus” com nossa incapacidade.

SEMELHANTES A ADÃO

Enquanto Deus desmascarava e trazia consciência ao meu coração sobre a dinâmica que eu estava seguindo, constrangedoramente, me lembrei de Adão e Eva no Gênesis. Atente-se ao convite da serpente convencendo Eva de comer do fruto proibido:

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:4-6)

O desejo e a tentação de ser como Deus, autor da história, ainda hoje nos persegue. De forma camuflada, acreditamos que obter conhecimento (mesmo que de Deus), nos coloca mais perto da cabine de comando e governo da nossa existência. Sejamos sinceros, estamos prontos e ansiosos para dar nosso grito de independência. E talvez acreditamos que a semelhança de como quando éramos crianças seremos aplaudidos por Deus por termos feito as coisas sozinhos.

O PLANO DE DEUS

Porém, esquecemos que o desejo e o plano primário de Deus é comunhão. É que vivamos para sua glória. E viver para a sua glória envolve que tudo que fazemos, absolutamente tudo, deve voltar em mérito e gloria para ele. E só a jornada de dependência nele, e consciência que vivemos, nos movemos e existimos (At 17:28) por meio dele lhe rende tal glória (At 17:28).

Para Adão, Deus ia lhe mostrando e dizendo a cada passo sobre o bem e o mal. Depois da queda Adão passa a decretar e categorizar por si mesmo o certo e o errado. Sentiu vergonha do que Deus não se envergonhava, se escondeu quando deveria ser encontrado, teve medo do que antes não era assustador.

QUAL O FRUTO DO CONHECIMENTO E SABEDORIA EM DEUS?

Então afinal, qual é o fruto do conhecimento e sabedoria em Deus? Posso dar alguns nomes: pobreza de espirito, humildade, mas aqui quero usar a palavra dependência.

Quanto mais acessamos o autoconhecimento e entendemos o conhecimento acerca dos processos da vida e do ser humano, o natural é crescermos em consciência da lacuna que há em nós, da limitação e a da ausência de poder em nós mesmo para própria salvação e santificação. E quanto mais conhecimento de Deus, consciência de sua grandeza e soberania, mas certeza deveria vir que Ele deve ter toda preeminência em nossas vidas. O resultado desses insigths devem ser sempre um gemido de “eu preciso de Deus.”

A sabedoria que Deus está disposto a dar a todos os que lhe pedem é a sabedoria que nos une a Ele.

VIVER SABIAMENTE

Viver sabiamente é viver no temor do Senhor (Prov 9:10.) Aliançados em relacionamento e não em um jugo de regras e fórmulas de como viver a vida de maneira que compre nosso lugar na eternidade. A maneira de Deus de trilharmos essa jornada chamada vida, é pela estrada da dependência. Sim, nem sempre é confortável para nosso ego ansioso.

Porém a intenção Dele é caminhar cada passo do viver em relacionamento. Ele não quer nos dar a fórmula da vida ideal. Ele é a vida, a jornada, o caminho. Ele jamais vai nos entregar a chave para existirmos à parte Dele, porque simplesmente não existe essa possibilidade. Tudo foi criado por ele, existe Nele e é sustentado por ele. O máximo que fazemos é passarmos a vida lutando e negando essa verdade, ofendidos com sua Soberania.

Hoje, te convido a avaliar os frutos do seu conhecimento. Considere, e se a medida que você alcança o que chamamos de maturidade você precisa menos de Deus, reavalie que tipo de sabedoria você tem absorvido.Todavia, se a medida que você cresce em conhecimento mais necessidade de Deus você sente, permaneça. Esse é o caminho!

Escrito por: Gabriella Conde – facilitadora Fhop School

Um dia de chuva

Já era tarde. Ventando forte. Chuva fininha, cortante como uma navalha. Noite chuvosa de quinta-feira na Rua João Pio Duarte. Lá estava eu, andando a passos rápidos em direção à minha casa depois de um dia intenso de serviço na base.

Vagueando por meus pensamentos, conjecturando o próximo dia na expectativa do realizar, do produzir, e do conquistar… Quem nunca?!

Quando dei por mim, percebi um alguém que pulava e dançava à uma distância relativamente segura. Digo segura porque penso: Quem pularia e dançaria em noite fria na chuva? Gente “normal” não faz isso.

Finalmente o que estava distante se tornou perto… e mais perto…  e muito perto. Aquele alguém era um jovem de aparentemente 40 anos, que em seu frenesi de alegria, parou, sem maiores explicações, em minha frente e me olhou nos olhos. Em meio à surpresa, tentei desviar do mesmo, que não permitiu a minha passagem. Rapidamente, sem encarar e em silêncio, eu tomei rumo ao outro lado, e com a mesma velocidade ele se pôs em minha frente. Em uma rápida sensação de adrenalina, encarei o fortunoso rapaz,  e lhe perguntei: Está tudo bem?

Então em silêncio fúnebre e expressões estáticas, eu me mantive sério e descontente, e ele se mantinha sorridente e despojado. Em questão de segundos, que por algum motivo pareceram minutos, o vivaz rapaz de olhos castanhos, barba bem aparada e sorriso branquinho me disse: Sorria!!!

Cristo é suficiente para me fazer sorrir

Depois de endereçar a mim tal palavra, por fim me deu passagem e continuou sua jornada, pulando, cantando, e sendo livre. Eu fiquei ali parado… parado na chuva. Olhando o precursor seguindo seu caminho sem se preocupar com o que os outros estavam pensando dele. Um homem iluminado que naquela noite me mostrou algo que estava em minha frente, mas não conseguia enxergar.

Nos preocupamos tanto com o “fazer” a vida, que esquecemos de viver a vida. Queremos o que não temos. Trabalhamos por aquilo que acreditamos ser importante, necessário, e indispensável, mesmo este talvez não sendo.

Deste modo esquecemos que a vida é um presente e, ao mesmo tempo um empréstimo do Eterno. Certamente um dia vamos prestar conta não somente do que fizemos, mas do que não fizemos também. Do abraço que negamos. Do sorriso que escondemos. Do amor que constantemente somos mesquinhos ao compartilhar. Gastamos tanto tempo para ter e ser, que esquecemos do que já somos e do que já temos. Que somos filhos e temos acesso ao Pai, que está conosco sempre, todos os dias, ate a consumação do tempo.

Na rotina da vida e no labor da selva de pedra, cometemos o ato falho de esquecer a presença daquele que nos criou. Logo, esquecemos que sua graça nos basta, e que Cristo é suficiente para me fazer sorrir, celebrar e viver a vida da maneira correta.

Fazei tudo para glória de Deus

Nosso desafio é entender que nas noites de chuva, eu tenho sim motivo para sorrir. Que nos dias onde penso que preciso andar rápido e ser perfeito para prosperar, eu sim posso parar e ouvir meu mestre dizer: Filho! Pare e sorria! Afinal, eu estou com você. Não é na sua força, e nem é pela sua violência. É pelo meu Espírito.

Sorrir na chuva é entender que a vida deve ser vivida diante da face de Deus, sabendo que tudo coopera para o bem daqueles que o amam.

Logo, quero fazer um convite a você, querido leitor: Na próxima vez em que pegar uma noite chuvosa de frio cortante, pensando que tem muitos problemas e coisas pra fazer, problemas a solucionar dividas a pagar…

Pare tudo e sorria!

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31

 

Escrito por: Ãabaram Bezerra – Facilitador Fhop School

“Nesse momento alguns conselheiros e astrólogos se aproximaram do rei Nabucodonosor, e denunciaram os judeus, alegando: “Ó rei, vive eternamente!” Tu decretaste que todo homem que ouvisse o aviso emitido pelo som da corneta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da flauta dupla, e de várias músicas executadas por muitos instrumentos, todos tocando juntos, deveria imediatamente prostrar-se em terra e adorar a grande estátua de ouro;e qualquer pessoa que não se prostrasse e adorasse seria lançada numa fornalha de fogo ardente. Contudo, há alguns homens judeus que tu nomeaste para zelar pelos negócios da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque, Abede-Nego, que não fizeram caso de ti nem de tuas ordens, ó rei; não cultuam aos teus deuses, tampouco adoram a imagem de ouro que tu ergueste!” (Dn 3:8-12)

Acredito que todo cristão já ouviu falar sobre os três homens na fornalha. Se você não ouviu essa história na escola dominical provavelmente a ouviu no refrão de alguma canção. Mas quer saber algo que realmente me chama atenção na vida desses homens? É o quanto eles estavam comprometidos com o que acreditavam, não importando o quanto isso lhes custasse.

Que tal lembrarmos da origem deles? Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos à Babilônia quando Jerusalém foi sitiada por Nabucodonosor, além de Daniel e outros jovens, como nos mostra os versos a seguir: 

“Mais tarde o rei ordenou a Aspenaz, seu mordomo e chefe dos oficiais da sua corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobrezaJovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus”. (Dn 1:3-4)

A questão é que podemos achar linda a história ou nos emocionarmos com as canções, mas estaríamos nós dispostos a irmos tão longe quanto esses homens? Permanecendo em pé enquanto muitos se prostram diante de injustiças, corrupção, idolatria, ventos de doutrinas e coisas como essas, capazes de nos levar a apostasia da fé?

Será que acreditamos no que pregamos a ponto de entregar por essa causa nossa própria cabeça? Ou ao menos acreditamos a ponto de nos tornarmos a prática dessa mensagem? Vejamos o que Paulo escreve para a igreja de Tessalônica:

“Porque o nosso evangelho não chegou a vós somente por meio de palavras, mas igualmente com poder, no Espírito Santo, e em plena certeza de fé. Sabeis muito bem como procedemos em vosso benefício quando estávamos convosco”. (I Ts 1:5).

O evangelho não consiste somente em palavras, o que dizemos acreditar requer ações e isso quase sempre exige sacrifício e renúncia. O que torna a palavra viva é a nossa morte.

Soa lhe familiar que alguns poucos homens eram fiéis em uma terra corrompida? Soa-lhe familiar o fato de muitos serem levados de Jerusalém para a Babilônia, porém se ouvir falar de apenas quatro deles? O que houve com os demais?

Essa pergunta também está sendo feita à nossa geração. Temos clamado por avivamento, mas ele vem acompanhado pelo martírio. Onde estão os homens e mulheres que não se dobram diante de uma cultura imoral e corrompida, mas que vivem de acordo com a cultura do céu? Aqueles que não estão se conformando com esse século, antes estão sendo transformados dia após dia pela renovação do entendimento, morrendo para si mesmos para manifestar a vida de Deus?  Aqueles que levam Jesus por onde passam, cuja vida exala o bom perfume de Cristo?

O mercado de trabalho em todas as suas esferas, o governo, as universidades…O mundo está clamando por homens corajosos como os da fornalha, que andam de acordo com o que acreditam e permanecem em pé, quer vivam, quer morram.

“E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. (Mc 8:34-35)

 

A eternidade é o nosso lar e hoje eu quero que toquemos nela. Que por um momento possamos tirar os olhos de nossas circunstâncias e do que orbita em nossa volta para contemplar algo maior do que tudo isso em si. Há alguns anos os homens achavam que tudo girava em torno desse planeta até que, ao aumentar suas perspectivas (e lentes telescópicas), eles se depararam com um sistema infinito de forças e corpos celestes. Uma mistura de caos e sincronia que formam esse espaço e universo. De fato, EU e VOCÊ não somos o centro do universo.

Mas hoje ainda quero que olhemos para o Eterno; para o Criador de tudo o que existe. Olhemos como Moisés:

“Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.” Sl 90:2

Uma manhã acordei meditando sobre como Deus domina sobre a eternidade. O homem é um ser limitado pelo tempo, pelo espaço físico e não consegue entender a eternidade. Mas Deus, o Aba, domina perfeitamente sobre esse “desconhecido infinito”.

Nessa mesma manhã pensei também sobre a brevidade da vida e que comparado com a eternidade, o intervalo de tempo em que vivo é quase que nada. Meus 70, 80 anos nessa terra são poeira comparado com a história! Meus problemas, minhas dificuldades, as pressões que me cercam foram ficando cada vez menores até quase desaparecerem. Eu disse “quase”, elas ainda estão lá. Porém, diante daquele que domina sobre a eternidade essas minhas circunstâncias não são nada. Na verdade Moisés diz que elas são “breves como o sono”(Sl 90:5).

Refletindo mais um pouco em tudo isso eu me pergunto: e se, a maneira mais sábia de lidar com as nossas circunstâncias fosse olhar para a eternidade e caminhar em fé com o Deus eterno? Não estou dizendo que essa seja a única forma de lidar com elas, mas eu acredito que seja a mais sábia. Vejamos o próprio Moisés pedindo a Deus:

“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” Sl 90:12

Nós fomos feitos para tocar a eternidade. Somos criaturas que anseiam pelo que não se desvanece e permanece. Graças ao Altíssimo que nos deu a vida eterna e consolida para sempre as obras de nossas mãos. O que somos nEle e fazemos não é em vão e adentra os séculos dos séculos.

“Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos!” Sl 90:17

A sensação que tenho quando olho para vida daqueles que estão ao meu redor e inclusive para minha própria vida, é de que estamos vivendo no meio de um caos! Seja esse caos causado por circunstâncias externas como internas. As vezes emoções e sentimentos desregulados, convicções ou a falta delas, problemas financeiros, no trabalho, nas nossas famílias, problemas de saúde dentre outros. E sem perceber nos tornamos administradores do nosso próprio caos, e não mais conquistadores do nosso propósito.

Refletindo em tudo isso e meditando na palavra de Deus cheguei a um pensamento que quero compartilhar contigo. Para isso quero estabelecer o paralelo entre dois relatos que se encontram na bíblia. Um quando Deus manda Jonas ir à cidade de Nínive e outro quando Jesus e seus discípulos partem de barco da Galileia para o outro lado da margem.

Quero ressaltar primeiramente o fato de que Jonas estava fugindo do propósito, enquanto que os discípulos estavam obedecendo a ordem do Mestre. Nesses dois casos, os respectivos barcos passaram por grande tempestade, ou seja, a tempestade aparece tanto para quem foge do propósito tanto para quem o obedece. O próprio Jesus nos disse que no mundo teríamos aflições.
Estou trazendo a comparação de tempestade com o caos que podemos viver, seja ele qual for.
A partir disso, te faço uma pergunta para refletir: o barco do qual você é o capitão está indo em direção ao propósito ou está fugindo dele?

Se você entende que está fugindo do propósito, tome a mesma decisão que o capitão do barco onde Jonas estava. Pense como sendo o capitão, e não como Jonas. Encontre o motivo do caos, jogue ele para fora do barco. Encontre o fator desobediência e tire ele da sua navegação, mas atente-se: talvez ele esteja escondido no porão do navio, assim como Jonas estava. Talvez esteja num lugar secreto, fora da vista de todos, quase que imperceptível, mas você é o capitão, e conhece sua embarcação. Alinhe sua vida! Deus te dará força! Você não perecerá na jornada!
Já no segundo caso, você entende que está indo em direção ao propósito e está obedecendo a voz do Mestre, mas está assustado com a tempestade ao redor e inclusive com medo de perecer na jornada.

Provavelmente, se soubesse sua história, eu te diria que Jesus está com você no barco e te encorajaria a acordá-Lo para que Ele pudesse apaziguar a tempestade. Porém, não é o que Jesus nos ensina no texto de Marcos 4. Ele é acordado por seus discípulos e acalma a tempestade sim, mas os adverte perguntando: – Por que sois covardes? Ainda não tendes fé?
Com essa argumentação de Jesus, me contraponho com outra: então a me capacita a colocar ordem ao caos? Sim! Fé naquele que suportou a cruz por causa do júbilo que o estava proposto.
Aquilo que você precisa para colocar as coisas em ordem já está em você! Nós somos participantes daquele que é o autor e consumador da nossa fé. Diga você mesmo para que a tempestade se acalme. Tome decisões. Abra a boca e declare. Não tema, você não será vencido. Não se acovarde, mas haja com fé!
Não faça de Jesus um amuleto, mas entenda que Ele é o Senhor e navegue nessa verdade! Você chegará a outra margem.

Ainda não acabou. Enquanto os discípulos de Jesus estiveram em sua companhia durante seu ministério, provavelmente estavam ao mesmo tempo vivendo uma das maiores experiências de suas vidas. Eu imagino que eles tenham tido a sensação de terem encontrado um propósito pelo qual poderiam viver. Eles O viram curando enfermos, ressuscitando mortos, alimentando uma multidão com apenas alguns pães e peixes, se familiarizaram com coisas como essas que até então, era totalmente fora da realidade de simples pescadores ou cobradores de impostos e eles queriam inspirar até a última molécula desse ar. Sabe aquela sensação de ter encontrado um foco para o qual você pode direcionar toda a sua vida? Eles viveram isso por um período de três anos.

Após a morte de Jesus, o homem que acreditavam ser o Messias, suas expectativas declinaram e a aparente falta de esperança e decepção  levou alguns dos discípulos de volta ao antigo ofício.

Então, um dia no caminho de Emaús, Jesus surge entre dois discípulos e seus corações se colocam em chamas através das palavras do Cristo ressurreto. Ainda não havia acabado! Jesus começa a citar as escrituras e após aquele encontro o entendimento desses homens é aberto para o conhecimento do Filho de Deus, sim Ele era o Messias, a promessa que Israel tanto aguardava.

Talvez você, assim como os discípulos tenha experimentado algo totalmente diferente que tenha trazido um novo folego por um período de tempo. Você sentiu que encontrou um propósito para o qual poderia entregar sua vida, até que a decepção ou o aparente cansaço tocou seu coração, mas assim como para os discípulos ainda há uma voz ecoando, há esperança e um bom futuro. Ainda não acabou.

Jesus encontrou esses homens e os levou de volta ao propósito de suas vidas e os mostrou que ainda havia muito mais, inclusive poder seria liberado sobre eles através do Espírito Santo que haveria de vir. O próprio Jesus os fortaleceu e encorajou para viverem a plenitude de seus chamados.

Deus tem bons pensamentos a nosso respeito, os planos Dele são de paz e não de mal. Enquanto aparentemente nada acontece, no nosso interior Deus está nos forjando e tornando nossas raízes profundas e fortes. O fruto que se vê na superfície é apenas o resultado do que está debaixo do solo.

Traga hoje ao seu coração aquilo que te dá esperança. Há vinho novo pronto para ser liberado, há promessas a sua espera e hoje o mesmo, Jesus te lembra delas e te lembra também, de seu destino e chamado. Portanto, levante as mãos cansadas e os joelhos vacilantes porque ainda não acabou. Por que estas abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei (Sl 42:11)

Fé é uma daquelas palavras bem difíceis de se definir. O que você acha? Ela pode significar coisas diferentes para as pessoas. Talvez uma pessoa tenha fé de que as coisas vão melhorar na sua vida enquanto que outra pode crer veemente de que esse ano o Brasil ganhe a Copa do Mundo. Mas será que a fé se resume a apenas uma atitude positiva diante de acontecimentos futuros?! Eu particularmente gosto do que as Escrituras nos dizem.

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. – Hb 11:1

Andar e edificar sua vida esperando pelo que ainda é invisível. A fé tem essa capacidade de enxergar o que ainda não se vê e ativar nosso coração para construir e caminhar até o nosso destino.

Esses dias eu estava pensando em Abraão e em como um homem que já passou dos seus 70 anos aceita o convite de peregrinar por terra estrangeira. Como um homem já idoso casado com uma mulher já idosa recebe poder para gerar um filho? E como depois de passar por esses milagres é provado e obediente a ponto de subir um monte para sacrificar seu próprio filho.

Quando o assunto é fé eu tenho muito o que aprender olhando para a jornada de Abraão. Quando todos estavam fazendo suas tendas em locais perto de planícies e do Egito ele via que dele sairia uma grande nação. Na verdade, pelas escrituras, sabemos que ele viu muito mais que isso. Tem um texto bem interessante em Gênesis a respeito da fé de Abraão:

​Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. – Gn 15:6

Quando Tiago escreve sua carta e cita esse versículo ele ainda vai além.

​e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. – Tg 2:23

Existe uma fé que não procede do nosso otimismo nem depende da nossa autoestima elevada. Existe uma fé procedente de Deus com poder para nos creditar justiça e gerar amizade e parceria com o próprio Deus. A verdadeira fé nos move e nos direciona para Deus nos melhores e piores dias.

Fé vem de Deus. Eu me sinto bem aliviado por isso. É bem mais leve saber que eu não tiro poder de mim para crer em Deus. Ao contrário, olhando e correndo para Ele sei que ele nos acrescenta poder para crer, para perseverar, para vencer o pecado, para realizar sinais e maravilhas e cumprir nossa jornada.

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, ​olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. – Hb 12:1

Vamos mudar o mundo? Esses dias um amigo, com quem estudei no terceiro ano do ensino médio, me enviou uma foto que tiramos na sala de aula, registrada há doze anos atrás. Na época eu ainda não conhecia o Senhor Jesus Cristo. Mas olhando para aquela foto me veio a memória as conversas nos corredores, as redações semanais, as rodas de debate, e me lembrei do meu discurso reacionário e do meu ardente desejo de mudar o mundo. Na verdade, creio que todos nós carregamos esse anseio de sermos relevantes e produzirmos impacto. Foi o próprio Criador que depositou essa semente de inconformismo em nosso homem interior, a fim de que isso um dia se traduza em uma força motriz para estabelecer mudanças, transformações e fazer de alguma maneira a diferença em nossa geração.

Tão valiosa quanto essa constatação, de identificarmos o desejo no nosso homem interior e aceitar isso de maneira sábia, é a feliz conclusão que alcançamos quando descobrimos a maneira ideal pela qual essa mudança do mundo deva se processar. Depois de jornadear por esses anos na reflexão de como mudar o mundo, a convicção que hoje cheguei é de que: O ponto de partida dessa mudança é o meu próprio mundo primeiro. E a maior alegria de olhar para essa foto registrada doze anos atrás, quando eu tinha apenas os filósofos e os personagens de super heróis como inspiração para essa revolução, é saber que hoje mais do que todos os contos, histórias e devaneios filosóficos, minha maior fonte de inspiração para uma revolução genuína é o livro da vida, o evangelho de Cristo.

Nada mais revolucionário; nada mais transformador; nada mais fascinante; nada mais enigmático; nada mais profundo; nada mais belo. Os adjetivos que conhecemos são poucos para expressar aquilo que o Evangelho do Senhor Jesus Cristo é. Em resumo: O EVANGELHO É O PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO DE TODO AQUELE QUE CRÊ. O Evangelho de Cristo é a única resposta – e ao mesmo tempo a suficiente – para a plena transformação do mundo. Um propósito que parte em primeiro mudar o homem, para que na mudança do homem, o mundo possa ser mudado.
Quando adentramos para o cenário do tempo histórico em que o Senhor Jesus Cristo veio à Terra cumprir sua missão, sabemos pelas escrituras que os judeus esperavam um rei que realizasse uma mudança no cenário externo; um rei que deporia os opressores de Israel e estabelecesse o seu governo. O que eles não tinham entendido – nem mesmo os discípulos mais próximos do Mestre – é que o REINO INICIALMENTE NÃO VIRIA COM APARÊNCIA VISÍVEL – pois o objetivo era a mudança do mundo interior primeiro. Um Reino de Amor, justiça, paz e Alegria estabelecido dentro do coração do homem, e fluindo em todos os lugares a partir do interior.

Nesse momento amados, quando chegamos a um período de transição – início de um novo ano – onde temos uma nova oportunidade de fazer o bom uso do cronos, planejar metas, projetar sonhos, desenvolver propósitos. Nada mais poderoso do que abrir o Espelho da Vida e receber o reflexo Dele em nós, e nesse processo que contará com a cooperação do Espírito Santo, sermos transformados à Sua Imagem, de fé em fé, de glória em glória. Já foi dito pelo pregador, que a Bíblia é “o único livro que em todas vezes que formos lê-lo, leremos com o autor do nosso lado”.

Vamos mudar o mundo? Sim, a começar pelo nosso primeiro. A começar pelo mundo infinito que existe dentro de nós e que é o território mais disputado da terra. O lugar mais disputado não está no Oriente Médio – apesar de serem bastante – o território mais disputado da Terra, quiçá do Universo, é o coração do homem. É aqui que o céu deseja reinar em primeira instância, a fim de que Reinando lá, no mundo exterior possa ser transformado.
Para finalizar, lembro-me do apóstolo Paulo. De um voraz perseguidor da Igreja e do Evangelho, tornou-se o homem mais influente do seu tempo. A mudança do seu homem interior, o levou a impactar nações e continentes. Poderia aqui citar tantos outros exemplos, que foram agraciados com a mudança do seu homem interior e que por isso foram figuras que marcaram a história e trouxeram contribuição genuína para a humanidade. O Céu está convidando aqueles que se deixarão ser achados, e após serem achados permitirão e cooperarão com o Espírito de Deus para que o evangelho mude seu homem interior, e com isso muitos outros recebam da mesma graça.
Vamos mudar o mundo!?

Como você tem construído sua história? Quando olhamos para a história de Jesus, aquele que é Deus conosco e foi enviado para a salvação da humanidade, percebemos que temos um modelo a seguir. Já no começo da vida de Jesus podemos ver em Lucas 2, onde Jesus com 12 anos estava no templo junto a doutores (aqueles que ensinam a respeito das coisas de Deus e dos deveres do homem) escutando-os e questionando-os naquilo que estava sendo dito. E então Jesus crescia em sabedoria (inteligência ampla e completa), estatura (idade; maturidade; tempo de vida) e graça (aquilo que dá alegria; deleite; prazer) diante de Deus, e dos homens. E todos se maravilhavam com as palavras que diziam sobre o menino. Quando olhamos para Hebreus 11 vemos que desde a fundação do mundo, homens e mulheres tem marcado os dias (ou deixado marcas através do tempo) obedecendo e vivendo a plenitude daquilo que eles foram chamados. Podemos olhar para a história de Abraão e ver o quão ousado ele foi em “sair da tua terra, do lugar onde vivem os teus parentes para ir até a terra onde o Senhor o mostraria”. Abraão não guardou aquela promessa em seu caderninho de palavras proféticas, ele agiu. A ordem era clara: deixe o que você tem e vá para o lugar que eu vou te mostrar. E assim fez Abraão, e sabendo de toda a história podemos ver que é possível. Ele é um modelo para que possamos seguir.

“Não, não construa sua casa na areia/ Não, não construa na beira do mar/ Mesmo que pareça chique, é impossível que ela fique. A tempestade a vai derrubar” – É engraçado, mas essa música infantil é tão verdadeira! Onde estamos construindo a nossa história? Se você daqui 10 anos olhar para a sua vida, o que você vai ter construído? Qual é o legado que você vai deixar para essa geração? Construa algo que é eterno. Olhe para Jesus e permaneça olhando, não importa a situação. Permaneça. Apenas permaneça. Construa uma história que você verá os frutos aqui nessa jornada e também na eternidade.

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. E a chuva caiu, os rios se encheram, os ventos sopraram e bateram com força contra aquela casa, contudo ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha” Mt 7:24-25.

Estar alicerçado é estar estabelecido. Quando estabelecido você consegue olhar para a sua caminhada e se lembrar das promessas que o Senhor disse a teu respeito, e perceber que tudo o que Ele tem dito sobre você são verdades. Você foi escolhido para construir algo que é eterno. Você foi chamado para ser uma voz nas esferas da sociedade e assim como Jesus, um modelo para a sua geração. Construa raízes na videira verdadeira e olhe para o futuro sabendo que verá os frutos. Não desista! Permaneça! Porque aquele que é fiel e justo cumprirá toda boa promessa.

 

 

“Cristo em nós a esperança da Glória” (Cl 1:27). Ao fazer essa declaração, sob a plena inspiração do Espírito Santo, Paulo estava falando do mistério que estava oculto desde as gerações passadas, mas que aprouve a Deus, na plenitude dos tempos manifestar aos seus santos, aos quais Deus fez conhecer das riquezas da sua glória entre os gentios. Clarificando a todos que as promessas do evangelho não diziam respeito tão somente ao povo de Israel, mas a todos os homens, tribos, povos, línguas e nações.

Nós, os que esperamos em Cristo portamos uma esperança gloriosa, a esperança da constante revelação do nosso Senhor Jesus Cristo, que outra vez voltará para cumprir todas as coisas. E o fascínio que envolve essa espera é poder, em certa medida de plenitude, poder experimentá-la no dia de hoje, por meio do Espírito de Cristo que habita em nós, e que é o penhor dessa esperança.

A partir dessa verdade anunciada, não só desfrutamos dessa expectativa como também, a nós nos foi possibilitado comunicá-la pela maneira digna – com toda humildade e mansidão – que diligenciamos a nossa vida.

O cristão genuíno é uma memória constante diante de um mundo caído, carente de esperança, de  um padrão de paz, justiça e alegria, não condicionados ao humor das circunstâncias, porém possível vivê-lo por meio do evangelho.

Somos a memória de um padrão de justiça que não se pode compreender pelas lentes de Aristóteles. Gandhi mesmo disse que se todos os livros sacros fossem queimados e restasse apenas o Sermão do Monte, ainda haveria esperança para humanidade.

Nem se a contribuição de todos os grandes vultos da história fossem somados poderiam sequer, se aproximar da glória que na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo foi e será revelada. E a boa nova é que essa glória, essa beleza habita em nós, e nos faz vozes do amar. Mensageiros do anseio que o céu possui de vir para a terra e estabelecer todas as coisas com perfeito amor, perfeita justiça, perfeita paz e perfeita unidade.

Amados, a consciência dessa esperança e de seu efeito prático, é de suma importância para a missão que precisamos desempenhar, enquanto estamos peregrinando nesse lado da eternidade. Estamos a falar de uma glória que se manifestará de maneira magnífica, quando o Filho do Homem voltar com seus anjos e se assentar no trono da sua glória (Mt 25:31), e que deve ser traduzida no dia que se chama hoje pela nossa maneira simples de viver, quer quando comamos quer quando bebamos, isso deve revelar essa glória que tanto aguardamos.

Vivamos e ensinemos com toda autoridade – pelo nosso exemplo e pela nossa pregação – essa geração a renunciar a impiedade e os conceitos desse mundo, vivendo de maneira sóbria, justa e aguardando a bem-aventurada esperança que é canal de purificação (1 Jo 3:3), até o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2:11-13)

E para findar essa singela reflexão, lembremos que a esperança da glória na mais devota de suas expressões fala a respeito de uma Noiva que está esperando o seu Noivo, para o casamento mais exuberante de toda a história; onde finalmente seremos como Ele, teremos um corpo como o Dele. Sejamos todos nós purificados e alicerçados nessa esperança.