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O que seria amar a Deus acima de todas as coisas?

Relacionamentos

Você já pensou sobre o que seria amar a Deus sobre todas as coisas? Provavelmente você sabe que tem que amar a Deus. Mas talvez não tenha caminhado no entendimento de que Jesus nos disse para amá-lo por completo. Não por fases ou etapas que passamos em nossas vidas.

Amar a Deus sobre todas as coisas não está relacionado com períodos da vida, no qual nós O amamos de um jeito ou de outro. Ainda assim, nos acostumamos a associar o amor por Ele à experiências pessoais e espirituais.

“Mestre, qual é o mandamento mais importante da lei de Moisés?”. Jesus respondeu: “‘Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente’. Este é o primeiro e o maior mandamento.” ‭‭(Mateus‬ ‭22:36-38‬)‭

Como vimos, a Bíblia nos orienta como primeiro e grande mandamento deixado por Jesus a amarmos a Deus de todo o coração, de toda a alma, e de todo pensamento. Mas geralmente, quando lemos esse versículo, separamos por partes o amar a Deus. Agimos como se fosse um processo: primeiro amamos com o coração, depois com a alma e depois com o pensamento.

Mas o que Jesus nos deixou como instrução, não está relacionado com os períodos da vida. Ele não estava falando de etapas e fases; na verdade, amar a Deus sobre todas as coisas é um conjunto completo, com todo o nosso ser, e não fases. Não tem a ver com as nossas experiências.

Por que nos perdemos no meio do caminho?

No entanto, na nossa caminhada cristã acabamos fazendo e passando por isso. Ou seja, amando a Deus por etapas, fases e até mesmo baseados nas nossas emoções. Porém, a pergunta é: Por que acabamos nos esquecendo do primeiro e maior mandamento da Bíblia? – que nos orienta a amá-lo com todo o nosso ser de forma constante e permanente.

Provavelmente acabamos por associar o amar a Deus com a nossa experiência espiritual, pessoal. E de fato a experiência espiritual tem a ver com o amor a Deus, mas não se resume apenas a isso. Dessa forma, o nosso amor por Deus não se trata das nossas experiências iniciais.

Não podemos resumir o amar a Deus, o afeto por Ele, a apenas sentir sua presença! O nosso culto a Deus se trata do quanto engrandecemos a Ele, a quem Ele é, e não das nossas experiências pessoais. O problema de associar o amor a Deus com a nossa experiência espiritual é, que muitas vezes nos frustramos em nossas jornadas por conta de comparações.

Dessa forma, as experiências acabam se esfriando e as frustrações acontecem. E nisso, entramos em um entrave maior. Ao nos darmos conta dessa realidade de distanciamento, passamos a buscar desesperadamente voltar a experiência inicial da fé, o tão conhecido Primeiro Amor.

Deus deseja filhos maduros

Nessa busca de voltarmos a esse momento inicial da fé, das experiências que já se passaram, que foi bom e até necessário, o Senhor não permite. No entanto, porque isso justamente se trata de termos uma fé infantil e não é isso que Deus quer para nossas vidas.

Muitas vezes nos apegamos a essa fé infantil ao ponto de reduzir o amar a Deus apenas a essa experiência inicial e ficamos presos a isso. Mas Jesus quer que tenhamos uma fé crescida. Deus deseja ter filhos maduros, que entendam de fato o que significa amá-lo sobre todas as coisas, independentes das circunstâncias.

Pode parecer uma pergunta estranha, mas pense por um momento: como seria a sua vida, sua caminhada cristã se você nunca mais sentisse a presença de Deus? Como você conduziria a sua vida sem senti-lo? Acredito que muitos iriam sucumbir diante de tal situação. Muitos diriam: “Não faz sentido continuar caminhando se não sinto a presença de Deus.”

Amar a Deus é assumir nossa responsabilidade

Isso seria agirmos baseado em nossa fé infantil. Que é quando não fazemos as coisas por amor a Deus, mas por medo das consequências. Uma pessoa madura não limita o seu amor a Deus a uma experiência transcendente, espiritual. Ela toma decisões assumindo as responsabilidades por seus erros. Ela entende o silêncio de Deus como uma voz profunda, onde Ele está lapidando o caráter, moldando o seu interior.

Essa fé madura repousa na convicção de que amar a Deus não é ter garantias. É confiar no Seu caráter independente do resultado. É entender que mesmo quando tomamos decisões erradas, o Senhor continuará a ser Deus, aquele que nos perdoa. É necessário entender que a fé não se resume a experiências de sala de oração ou cultos de domingo. Ela pode ter fases, mas amar a Deus vem acima de tudo isso. O mais importante é permanecer, independente das fases. Ter um coração fiel a Deus.

A Bíbllia é a chave para nos mostrar caminhos e destravar coisas em nossas vidas.
Jesus recomenda que meditemos nas escrituras dia e noite.

Você sabia que a palavra de Deus tem a capacidade de te auxiliar a cuidar e governar a sua vida? Se alguém está em busca de ajuda, a Bíblia nos recomenda a meditar na Palavra de Deus (Salmos 1:1-4).

Meditar nas verdades bíblicas continuamente (de dia e de noite), deve ser uma realidade em nossas vidas. A partir desse posicionamento, tudo o que fizermos, prosperará.

Alcançamos isso quando permitimos que a Palavra de Deus seja nosso alicerce, dessa forma receberemos sabedoria para gerenciar nossas vidas. Ainda que estejamos passando por uma fase difícil, uma tempestade, devemos meditar na Palavra, porque nos trará luz e esclarecimentos. 

A Bíblia é a chave para nos mostrar caminhos e destravar coisas em nossas vidas. A Palavra de Deus te ajudará a governar sua vida, a lidar com os problemas, com as dúvidas, e o mais importante, a caminhar para o que você foi chamado para ser.

Além disso, estudamos a Palavra, porque ao conhecermos a Jesus, passamos consequentemente a ter paixão por Ele. Passamos a desejar conhecer, saber mais Dele e a Palavra testifica e ensina a respeito Dele. E, quanto mais o conhecemos, maior será o amor que temos por Ele. E o caminho para encontrar o coração de Deus, e desfrutar desse amor, é estudando a Palavra Dele que é viva e eficaz.

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” João 15:7-8 (ACF)

Somos transformados por aquilo que contemplamos

Ao lermos João entendemos que se a Palavra de Deus estiver em nós, nossos desejos passam a ser transformados. Eles deixam de ser egoístas e se tornam desejo pelas palavras Dele. Isso gera em nós um anseio por aquilo que está no coração Dele, aquilo que Ele quer. A Bíblia deixa de ser simplesmente um livro, e se torna aquilo em que vivemos, que provamos.

E precisamos buscar viver dessa maneira, porque uma realidade da humanidade é que nós nascemos em pecado. Por causa disso, há em nós um desejo de cometer pecados. Esse é o desejo que provém da carne, porém, quando passamos a caminhar no Espírito, recebemos Dele desejo pelas coisas que são retas; as verdades descritas na Bíblia. (Gl 16-26)

Há uma guerra acontecendo constantemente em nosso interior: o desejo da carne e o desejo do Espírito. Quando permitimos que o Espírito Santo nos transforme através da Palavra de Deus uma grande quantidade de bons frutos é produzido em nós.

Ditas estas coisas, precisamos entender que devemos dizer não aos desejos da carne. Dizemos não aos desejos da carne, pois a Bíblia está reescrevendo o nosso DNA. O objetivo principal da Palavra de Deus é nos tornar parecidos com Cristo. A Bíblia é um agente de transformação de Deus. Ela e o Espírito Santo trabalham conjuntamente trazendo a mudança em nossas vidas, o amor por Jesus e nos torna parecidos com Ele.

Paixão por Jesus

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21 (ACF)

Portanto, amar as Escrituras é amar Jesus. Ler a Palavra é buscar estar perto de Jesus, é querer ser parecido com Ele. E na medida que lemos a Bíblia, ela nos transformará naquilo que estamos desfrutando, gastando tempo. Seremos parecidos com aquele que nos amou primeiro, que nos amou quando nós nem mesmo o conhecíamos. Esse amor nos tornará um povo que possui os frutos do Espírito.

Dessa forma, nossa oração é para que as escrituras transformem os nossos corações e nossas mentes ao passarmos tempo com elas. Que consequentemente ao meditarmos nas escrituras, o amor pela Palavra de Deus cresça em nós, e o Espírito Santo possa abrir nosso entendimento, para que a Bíblia se abra a nós e se torne um prazer legítimo em nossas vidas.

 

As águas na bíblia possuem uma simbologia com lições e ensinamentos que me encantam. Portanto, a analogia dos rios e da profundidade de águas, relacionada ao mover do Espírito, é muito apropriada.

Quando eu era criança, gostava de deixar a água escorrendo entre os dedos. Enquanto fazia isso, pensava como algo tão simples e familiar tinha tanto significado e valor. Não sobrevivemos muitos dias sem água. O alimento pode nos faltar, mas a falta de água é mortal para o ser humano.

Os rios de Deus mencionados na bíblia, estão sempre associados com vida, frutificação, saúde e intimidade (profundidade no relacionamento).

“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.” Ap. 22.1,2

“…e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.” Ez. 47.5

“Estas águas saem para a região oriental, e descem ao deserto, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, as águas tornar-se-ão saudáveis. E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.” Ez. 47.8,9

Meditando nas águas

A água não é só essencial para nossa sobrevivência, como é necessária para nossa higiene. Igualmente, pode também ser um instrumento que nos move para lugares diferentes. As correntezas dos rios, o repuxo dos mares e a violência das cataratas, possuem força suficiente para nos conduzir para lugares distantes em poucos minutos.

Isso é verdade no mundo físico e é também uma realidade no mundo espiritual. Por isso, precisamos beber diariamente desta água, sem a qual, podemos morrer. A mesma palavra que nos purifica, nos molda e transforma em quem fomos criados para ser.

Igualmente, devemos almejar que nosso relacionamento com o Espírito Santo seja aprofundado. Quando mergulhados em sua realidade, perdemos o controle de nossa vida, acreditando que Ele é suficiente para nos conduzir.

Entretanto, não devemos temer a velocidade das águas. Inegavelmente, à medida que somos limpos e ousamos confiar, elas mesmas nos conduzirão para nosso destino. Sua velocidade é adequada para nos transportar do lugar onde estamos hoje, para aquele onde Deus quer nos levar.

Certamente, as verdadeiras conquistas e avanços, são resultado de entrega, não de batalha. Quanto mais permitirmos que o Espírito Santo nos conduza, mais rápido chegaremos ao destino proposto.

Mergulhe hoje nos rios de Deus, nas águas profundas. Permita que elas o lavem. Beba delas para saciar sua sede, tenha certeza também que são elas que o conduzirão em segurança para seu destino.

Saiba, o percurso do rio pode ser assustador em algumas partes do trajeto. Pode conter pedras, pode ser raso e de repente afundar. Mas, o grande capitão de nossas vidas, sabe como nos conduzir por essas águas. Ele deseja que aprendamos a confiar em Sua liderança.

 O povo de Deus tem escrito uma linda história. Tenho pensado em como o povo contava para a próxima geração as histórias sobre os feitos do Senhor?

Fico imaginando que eles se sentavam juntos e os mais idosos compartilhavam os feitos do nosso Deus. Acredito que era essa a maneira que eles fortaleciam a fé uns dos outros, lembrando os milagres feitos pelo nosso Deus através dos tempos.

Quando temos nossos olhos na eternidade, pensamos sobre legado, pensamos no que estamos deixando como semeadura. Se hoje nos lembramos de Abraão é porque ele foi um grande homem. Sua fé e sua confiança em Deus atravessaram gerações. Se podemos aprender com Daniel, é porque ele tinha um legado a deixar, uma história a contar.

Recentemente, me sentei a mesa para fazer refeições com uma família de amigos. Enquanto desfrutávamos de uma refeição juntos, falávamos do que temos visto Deus fazer. Enquanto estava apreciando o momento, pensei, que são momentos como esses que fazem a vida valer a pena.

Certamente são esses momentos que se tornam história. Andar entre seus amigos e compartilhar os feitos do Senhor. “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos”. Salmos 145:4

Precisamos viver esse Salmos, precisamos vivenciar milagres e sermos agentes de milagres para contar a próxima geração. 

Acredito que dias de poder e glória estão cada vez mais perto, e nossa geração poderá vivenciar isso sem limites.

“Proclamarão o glorioso esplendor da tua majestade, e meditarei nas maravilhas que fazes”. Salmos 145:5

Deus tem uma história para cada um de nós.

Que nossos olhos possam contemplar a majestade do nosso Deus e contar sobre aquilo que temos visto e vivido. Deus escreveu uma história para cada um de nós e Ele quer que em parceria com Ele possamos deixar uma marca nessa geração.

Você já se perguntou como será lembrado?

Como essa geração falará sobre você?

Homens como Abraão, Daniel, Isaías, Jeremias, Pedro, Paulo, Estevão deixaram marcas eternas. Eles fazem parte dos grandes feitos do nosso Deus. Homens e mulheres de Deus se tornam a própria história que uma geração contará a outra. Por exemplo, foi Moisés que voltou ao Egito e deixou Deus mostrar Sua Glória através da vida dele.

Dessa forma, seja hoje parte da história que essa geração contará à outra geraçãoDeus quer mostrar ao mundo Seu Poder, Sua majestade e Seus grandes feitos através de pessoas como você e eu.

“Anunciarão o poder dos teus feitos temíveis, e eu falarei das tuas grandes obras.Comemorarão a tua imensa bondade e celebrarão a tua justiça”. Salmos 145: 6,7

Recentemente aconteceu algo que me fez pensar que preciso aproveitar a vida, desfrutar e não apenas sobreviver.

Em momentos diferentes da minha vida, eu escutei um Sussurro de Deus soprar em meus ouvidos, com este versículo abaixo:

“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra”. Salmos 46:10

Naqueles momentos, mergulhada em angústias, eu precisava ouvir meu Pai de amor dizer que era necessário eu aquietar meu coração.

Quando estamos mergulhados em nossas situações, é muito difícil escutar o nosso Deus.

Como parar o tumulto que têm sido nossos dias e aquietar nosso coração?

Realmente, é um exercício necessário parar um momento, observar o tempo e realmente desfrutar da estação.

Muitas vezes você desfruta desacelerando e parando para aproveitar a vista da sua jornada.

Tenho entendido que meu  coração precisa ser grato, independente da estação.

Muitas vezes passamos anos dentro de situações que não irão levar a lugar nenhum.

Você precisa encontrar alegria nas coisas pequenas e até nos detalhes .

É possível desfrutar da jornada e é exatamente isso que Ele tem para você.

Quando você se aquietar, vai entender que Ele é Deus soberano, e realmente tem tudo sob controle.

Precisamos parar de sofrer por coisas desnecessárias e passageiras.

Eu acredito que podemos encontrar prazer e alegria na nossa jornada.

Te faço uma pergunta hoje: Você acha que João Batista desfrutou da sua jornada?

Eu tenho a certeza que sim, o homem que preparou o caminho para o Mestre, viveu intensamente sua jornada, João Batista encontrou prazer na vida que foi proposta para ele.

João Batista tinha certeza  a respeito da sua missão, ele veio ao mundo com objetivos e viveu isso plenamente.

“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre”. Mateus 3:4

Sabe por que muitas vezes eu e você não conseguimos aquietar nosso coração e viver plenamente a soberania de Deus?

Porque vivemos somente para essa era, precisamos como João Batista ter nossos olhos colocados na eternidade.

Isso nos permitirá desfrutar da jornada em plenitude.

Minha oração hoje sobre sua vida é que observe a vista, sinta o vento tocar seus cabelos, sinta o cheiro bom que a vida tem e, principalmente, ame e diga isso para as pessoas incríveis que Deus colocou em seu caminho.

Não sabemos o dia de amanhã, por isso, é realmente importante dar nosso melhor em tudo hoje.

Se você parar um momento e aquietar seu coração, tenha certeza que poderá observar o mover de Deus a seu respeito.

Ele está indo a sua frente e está alinhando o caminho por onde seus passos irão passar.

Se você aquietar seu coração e deixar Deus cuidar de você como Ele sempre quis, verá que existem muitos motivos para se alegrar e desfrutar.

“Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome.
Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.
Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação. ” Salmos 91: 14-16

“Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.”   Sl. 42.7

Abismos que chamam outro abismo em nossa vida, são aqueles momentos em que nosso desespero por respostas, ou nosso desejo de conhecer mais do coração de Deus, nos conecta com realidades profundas. Inegavelmente, as profundezas da terra, dos mares e ares carregam mistérios.

Tanto a altura das montanhas, quanto a profundidade dos oceanos, desafiam nossa capacidade de respirar. A alteração da pressão atmosférica oferece risco para nosso organismo, quando não utilizamos equipamentos adequados. Achegar-se a Deus com ousadia, igualmente exigirá de nós preparo e treinamento.

Depois que as tormentas passam, costumamos ter maior clareza do que foi gerado no processo. Durante elas, quando as ondas passam sobre nós, não temos capacidade de avaliar completamente o que o encontro do nosso abismo, com o abismo de Deus, gerou.

A bíblia, não só neste texto, mas em muitos outros, associa nossa fome e sede com a descoberta de aspectos do caráter de Deus, que os não famintos e não sedentos desconhecem.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.” Mt. 5.6

A fartura prometida para os que buscam saciar-se nEle, é a mesma encontrada nas profundezas do conhecimento dEle. Esta abundância é extravagante, assim como foi o gesto daqueles que reconheceram nEle a fonte de todas as coisas (Mt. 26.7-13).

Esse Deus ilimitado e eterno desperta nossa atenção, instiga-nos a cavocarmos em Sua plenitude. Não existem perguntas sem respostas nEle. Semelhantemente, Sua natureza não coabita com limites de qualquer natureza.

Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. Na cruz Ele levou cativo o cativeiro (Ef. 4.8), venceu a morte e nos abriu um caminho que temos que decidir percorrer. Como todo convite que Ele nos faz, está condicionado ao nosso aceite.

“E a verdade é que Ele revela muito mais sobre si mesmo a determinadas pessoas do que a outras, não porque tenha os seus “favoritos”, mas porque lhe é impossível mostrar-se a alguém cuja mente e caráter lhe sejam inteiramente adversos.” C.S. Lewis

Aproxime seus abismos dos dEle. Eles existem em nossas vidas porque em medida maior existem na dEle. As respostas que Ele deseja dar para nossas perguntas nos deixarão boquiabertos, da mesma maneira que Jó, diante de Sua aparição no meio da miséria em que se encontrava (Jó. 38 e 39).

O ato de Jesus lavar os pés dos discípulos, antes da última ceia, já foi retratado em quadros e ainda hoje é uma prática comum no meio da igreja. Certamente está relacionada com humildade. Pode, igualmente, ser um gesto simbólico do desejo que temos de servir uns aos outros no corpo de Cristo.

Sabe-se que nos dias de Jesus os trajetos eram percorridos, em sua grande maioria, a pé. Raras eram as ocasiões em que contavam com auxílio de algum animal ou outro meio de transporte.

Portanto, o acúmulo de poeira e sujeira nos pés era diário. Era costume da época, quando se queria ser hospitaleiro, oferecer água para lavagem dos pés. O que ainda na atualidade, propicia uma sensação de relaxamento e conforto.

Esse foi o pano de fundo sobre o qual Jesus tomou a bacia e lavou os pés dos discípulos:

Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.” Jo. 13:6-10

Entretanto, a cerimônia do “lava pés”, como também é conhecida, oculta outras verdades igualmente siginificativas. Além da humildade evidente do gesto de Jesus em relação a seus discípulos, existe um convite para um relacionamento diário com Ele.

Quando reconhecemos que, diariamente, poeira se acumula em nossa trajetória, corremos para Ele. É nosso relacionamento cotidiano com o Mestre, que permite que a poeira e o cansaço sejam substituídos por limpeza e refrigério.

A impetuosidade de Pedro, mais uma vez, gera oportunidade para que Jesus introduza um ensino profundo a respeito da salvação. Esta verdade precisa ser destacada pelo Espírito Santo em nossa caminhada. A limpeza original, profunda e definitiva, foi realizada na cruz. Ela é incorporada em nossa história em nossa conversão, no ato do batismo.

A partir deste momento, não importa o que tenha sido nossa experiência, somos transportados do império das trevas para o reino de Seu Filho amado. (Cl. 1.13). É bem verdade que os frutos desta nova vida não são instantâneos, como muitas vezes gostaríamos que fossem. O processo de santificação inicia-se na conversão e só se extingue no dia que nossa jornada aqui acaba.

Chegar-se a Jesus, diariamente, para que Ele remova a poeira de nossos pés, é sábio. Apropriar-se do entendimento, de que o preço que Ele pagou na cruz, é suficiente para nos enxertar na videira, é decisivo para nossa maturidade e avanço.

Entenda que fomos comprados e limpos pelo poder de Seu sangue. Busque uma vida de comunhão diária com o Espírito Santo, para que Ele remova a poeira que se acumulou. Faça diferença em meio a sua geração, através do entendimento das duas verdades contidas neste gesto.

Permita sim que Ele lave seus pés. Entretanto, jamais esqueça que já fomos limpos de uma vez por todas. Essa limpeza nos dá acesso a seu trono como filhos e herdeiros de um reino eterno.

Encontrar Deus nos vales nem sempre é tarefa fácil. Lugares baixos são solitários e sombrios. São desprovidos de beleza e limitam nossa visão e perspectiva. No entanto, a experiência do vale é distinta e não menos importante.

As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha.” C. H. Spurgeon

Não buscamos os lugares baixos voluntariamente. Gostamos dos montes, dos lugares altos, onde nossa visão tem alcance. Além disso, esta posição nos confere vantagem em muitos aspectos.

Todavia, quando Deus conduziu o povo de Israel pelo deserto, rumo à terra prometida, alertou para o fato de que a terra possuiria montes e vales:

Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; Terra de que o Senhor teu Deus tem cuidado; os olhos do Senhor teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.” Dt. 11.11,12

Mesmo que, sob nossa perspectiva, esses trajetos pudessem ser descartados, aos olhos de Deus eles não são apenas necessários, mas estratégicos. Já que, algumas lições só são aprendidas neles, é de Deus a tarefa de nos conduzir em sua direção.

Ele não se intimida com o tamanho do desafio, ou com a profundidade dos vales. Não se espanta também com a altura dos montes. Por isso, é sábio manter os olhos nEle, independentemente do fato de estarmos em um monte ou vale.

Existem aspectos do caráter redentivo de nosso Pai e Salvador, que só encontramos nestes lugares. Já que, é neles que Ele nos livra, guia, ensina e disciplina. Quando passamos por eles, necessitamos doses elevadas de confiança. Isto é, nossa identidade é testada e aprovada nos desertos e vales de nossa jornada.

Nosso Deus é um Deus de montes e vales (I Rs. 20.28). Ele tem táticas para nos conduzir enquanto passamos por eles e, igualmente, prepara-nos para os montes. Para Ele trevas e luz são a mesma coisa (Sl. 139.12).

Saiba que os vales possuem beleza e propósito. As batalhas vencidas nos vales nos preparam para os montes. A descida de um monte sempre nos levará de volta para o vale. Por mais que tentemos retardar esta descida, ela acontece cedo ou tarde.

Que o Senhor ajuste nossa ótica para perceber as belezas existentes no vale. Que seja Ele mesmo nosso consolo ao passarmos pelos vales desta vida. Que jamais esqueçamos que Ele prometeu estar conosco sempre.

Acredito que estações são processos necessários, onde nem o começo e nem o fim são tão importantes.

Deus conhece essas duas etapas, sabe o fim antes de você sequer avistar o começo.

O que importa ao Criador é a sua resposta no meio desta história.

Comparo estações espirituais às estações naturais. Alguns estão em um longo inverno, outros têm sido fadigados por um verão sem precedentes.

Agora, outros estão passeando na estrada de um lindo outono ou até mesmo colhendo flores da primavera que finalmente chegou.

A estação que você está vivendo está te preparando para a próxima.

Tenho entendido que meu responder ao processo importa para Deus, até mesmo se eu digo sim ou não e se aceito ou nego esses processos.

Às vezes, sinto que estou numa longa estrada e que em muitos momentos, Aquele que caminha ao meu lado passa à frente e olha bem nos meus olhos para ver como respondo quando nada parece fazer sentido.

Precisamos entender que o longo inverno também trará alegrias.

Acredite, você vai poder sorrir diante dessas circunstâncias que te fazem chorar hoje.

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.
Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó,
Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta”. Jó 14: 7-9

Sinto que Deus está cantando uma nova canção sobre este tempo.

Mesmo que pareça que tudo a nossa volta acabou ou que não vemos o fim desta estação, existe esperança, renovo e um novo começo.

Essa vida é sobre a parceria com o Deus que luta ombro a ombro as guerras com você. Ele é o maior interessado nas suas vitórias e que você desfrute das promessas.

Então, não importa a estação que você está passando, Ele está junto de você a cada passo.

O mesmo Deus que andou com José durante todo o processo entre ser traído pelos que deveriam protegê-lo, esteve com ele naqueles dias onde ele teve que assumir um posto que o tornou o segundo em liderar uma terra de um povo que nem era o seu.

O Deus que viu Sara rir diante de uma promessa que parecia absurda de ser vivida, deu à ela o filho prometido.

Acredito que muito do nosso choro de hoje será um lugar onde iremos olhar para trás e veremos uma bandeira de mais uma conquista dada por Deus.

O Senhor está olhando hoje para você e te dizendo: “Ande mais um pouco, os choros de hoje serão sorrisos amanhã.”

O Alfa e o Ômega também conhece seus processos e suas limitações e Ele não desiste, pelo contrário, Ele insiste em te fazer feliz.

O Deus Todo-Poderoso está criando filhos fortes e corajosos que lutarão até o fim por causas eternas.

“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”. Apocalipse 1:8

 

 

Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado. Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.Gn. 2.8, 3.10

Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”  Mt. 26.36

Os encontros com Deus no Éden revelavam, desde o início, Seu desejo de estar conosco. O homem perdeu esse acesso quando deu ouvidos à serpente. Em outro jardim, dois mil anos depois, Ele busca essa parceria e não nos encontra disponíveis novamente.

No Getsêmani, Ele resgata o que perdemos no Éden e o jardim migra para dentro de nós. O preço do resgate é alto. Quando nos convida a tomar nossa cruz e seguí-Lo, é disso que está falando. Com frequência, ignoramos as implicações de uma vida rendida, que não mais nos pertence (Gl. 2.20).

Usufruir destes encontros com Deus, de forma diária, exige entrega. O jardim de nosso coração precisa estar limpo e disponível, para que Ele possa cear conosco. Contudo, sem a ajuda do Espírito Santo, não conseguimos ser bons jardineiros. E essa tarefa será sempre nossa, em parceria com Ele. Já que, é do Espírito Santo a tarefa de adornar a noiva,  preparando-a diariamente, para esse encontro com o Noivo.

Inegavelmente, os inços devem ser removidos, plantas precisam ser podadas com a ajuda da Palavra. O solo precisa estar tenro e receptível. Os frutos devem ser abundantes. Nosso coração deve transbordar de expectativa por esse encontro.

“Jardim fechado é minha irmã, minha noiva, sim, jardim fechado, fonte selada.” Ct. 4.12

Ao contrário do que pensamos, essa tarefa de preparar a terra não cessa. Eventualmente, somos surpreendidos por frutos indesejados e por safras de semeaduras passadas que nem sempre glorificam ao Pai. Os frutos denunciam nossa essência. No entanto, nesta vida, temos a chance de remover as raízes que os alimentam.

Se hoje nos deparamos com uma colheita que revela a existência destas raízes indesejadas, corramos para os pés dAquele que tem poder e sabe como removê-las. No entanto, não é menos importante cultivar e regar sementes que gerarão frutos em abundância, para alimentar os famintos. Folhas que sarem as nações. Nosso interior deve refletir a realidade de quem somos nEle.

O desejo do Pai continua sendo o de encontrar-se conosco no jardim. Ele nos criou para que essa comunhão fosse possível e resgatou-a na cruz. Mais do que podemos medir ou imaginar, Ele deseja estar conosco.

Portanto, não negocie com a serpente. Não durma enquanto Ele te convida a chorar com Ele. Sigamos o exemplo da Sulamita. Semelhantemente, clamemos para que os ventos soprem. Para que,  possamos oferecer-lhe os frutos excelentes, como recompensa de Seu penoso trabalho.

“Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, espalha os seus aromas. Entre o meu amado no seu jardim, e coma os seus frutos excelentes!” Ct. 4.16