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O pastor supremo das nossas almas

jesus

o Supremo Pastor

”Ora, assim que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imperecível coroa da glória! Conselhos, votos e bênção final” 1 Pedro 5:4

Essa porção das escrituras me fizeram meditar por um tempo, principalmente a parte que diz: “Assim que o Supremo Pastor se manifestar”. Que glorioso podermos meditarmos nisso. Que maravilhoso é podermos aguardar um líder perfeito como é o Cristo.

Afinal, abençoados somos, não é mesmo? Em receber no tempo oportuno o manifestar concreto do nosso bom pastor. Aquele que nos recompensará com a sua própria presença.

Nos dará uma coroa imperecível, reservada a nós a coroa da justiça, que o Senhor, nos concederá naquele Dia. E certamente a todos os que amarem a sua vinda. Glorioso é sabermos que o nosso soberano Pastor é Jesus.

O supremo Pastor, aquele a qual o nosso coração pertence. Jesus é um bom pastor que cuida do seu rebanho. Nos seus próprios braços ajunta os cordeirinhos e os conduz no colo. Ele nos guia com todo cuidado. Não é bom? Ter Jesus como o nosso pastor? Um líder que não tem imperfeições ?

Pastor das nossas almas

“Afinal, vivíeis como ovelhas desgarradas, porém agora fostes convertidos ao Pastor e Bispo de vossas almas.” 1 Pedro 2:25

Todos nós estávamos afastamos da glória de Deus. Perdidos e cegos em nossas transgressões, essa era a nossa condição. Contudo, Jesus morreu por nós para que fossemos parte do seu rebanho. Jesus Cristo o bom pastor. O bom pastor que dá a sua vida pelas ovelhas. Por sua poderosa graça e amor, nos alcançou.

E fomos transformados pelo pastor de nossas almas. Quanta graça foi nos concedida. Temos a redenção, isto é, o perdão pelos nossos pecados.

Amigos, nós possuímos um pastor que cuida da nossa alma. Deus nos deu um Pastor. Um rei que se assentará no trono de seu servo Davi para ser o seu único pastor. A palavra nos diz que Ele cuidará do rebanho e será o seu líder e que todos terão um só pastor. Todos obedecerão fielmente às leis e princípios e terão o zelo de praticar os meus juízos e estatutos.

Experimente essa liderança

Hoje quero te incentivar aqui a entregar sua vida para liderança de Jesus. Você pode fazer isso em oração. Se relacionando com Ele. Sem dúvidas, Ele aguarda ansioso por esse encontro. Com certeza, Ele quer e vai cuidar dos seus caminhos. Do seu futuro.

Certamente nós não somos um povo sem pastor, sem um líder. Nós temos a Cristo Jesus, aquele que é perfeito, aquele que nos conduz a lugares de descanso, a lugares de refrigério. O filho de Deus o Supremo pastor, o líder de nossas almas. Nele podemos confiar e podemos, com grande expectativa, aguardar o seu manifestar, esperar seus  Conselhos.

Você tem colocado sua vida nas mãos do Senhor? Você tem aguardado o manifestar daquele que é o Pastor das nossas vidas? Não perca a esperança. A liderança de Jesus é maravilhosa e sem falhas. Experimente essa liderança todos os dias, em todos os momentos. Ele está o tempo todo com você. Aproveite!

Missões são iniciativas com objetivo de propagar a Palavra de Deus. Elas podem ser feitas dentro de um contexto de igreja, mas também em lugares onde as dificuldades são extremas. Onde as pessoas precisam ouvir falar do pai da esperança, Jesus. Às vezes, missão está relacionada a trabalhos humanitários, onde Jesus é levado por meio de comida, água, mantimentos básicos e sorrisos, abraços. Mas missões também podem estar relacionadas a intercessores, músicos, cantores. E todos os que vivem para que o nome de Jesus seja levado aos quatro cantos do mundo.

Missões é um chamado para aqueles que acreditam no chamado de Jesus. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)

Missões, aquelas citadas ali em cima, as que não necessariamente humanitárias, ainda é um assunto muito novo aqui em nosso país. As vezes, é até polêmico. Inclusive no contexto cristão. Poucos são os que entendem que dedicar a vida para levar salvação, independente da atividade que esteja sendo exercida, é missões. Isso quer dizer que você pode ser escritor, secretário, designer gráfico, fotógrafo, professor. Ou trabalhar com finanças, ou com marketing, ou com limpeza. Se o contexto do seu trabalho é levar Jesus, você é missionário.

Jesus por todos os lugares

O grande desafio é mostrar para as pessoas que Jesus não pode ser encontrado só na igreja, ou em retiros e conferências. Ou que só é possível fazer missões em lugares de extrema pobreza, de fome, de necessidades. Claro que precisamos representá-lo lá! Mas Ele também precisa estar em sites, blogs, redes sociais, eventos, músicas. E para que Ele seja encontrado em todos esses lugares, é preciso trabalhar intencionalmente e assim, a engrenagem funciona.

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28:18-20

Missionário intercessor

Você já ouviu falar nesse termo: missionário intercessor? Realmente não é um termo muito comum, mas, é cada vez mais usado. Essa função dentro da igreja de Cristo tem crescido. Esse termo surgiu junto com um modelo de fazer casa de oração, chamado Harpa e Taça. São pessoas dedicadas ao ofício integral de ministrar primariamente ao Senhor e então às pessoas. São músicos, mas também uma série de pessoas com funções importantes para o bom funcionamento desse ambiente de adoração.

Esse termo será cada vez mais conhecido entre os cristãos, pois o modelo Harpa e Taça tem sido abraçado por casas de oração por todo o mundo, já que os seus componentes práticos, como os coros participativos e a centralidade na Palavra, tornam as orações individuais um clamor coletivo e sustentável. Assim, sabemos que missão é ajudar o que mais precisa, inclusive pode ser alguém que está bem próximo. Mas fazer missões podem ser também todo trabalho que envolve o objetivo de fazer o nome do Senhor ser conhecido.

 

 

Será que algum dia nós seremos capazes de conhecer o amor de Deus completamente?

Às vezes, após um sermão a respeito de Cristo, nos achamos conscientes sobre como somos amados por Ele. A sensação é ótima, mas na maioria das vezes não dura muito tempo. Passam-se alguns dias e paramos diante do nosso reflexo pensando: Meu Deus! Eu não conheço nada desse Seu amor. Ou talvez, por causa de alguém que viveu uma experiência profunda, dizemos a nós mesmos: Eu preciso de ajuda! Há muito ainda para conhecer.

É maravilhoso reconhecer isso em si mesmo. Mas será que “muito” não parece até ser uma palavra distante demais para nos manter animados/empolgados? As coisas parecem piorar quando alguém diz que não teremos tempo suficiente para conhecer qualquer coisa a respeito de Deus. Calma aí! Não seremos capazes de conhecer esse amor completamente? É difícil responder essa pergunta, já que a Bíblia não diz muito a respeito disso. Mas podemos ter certeza de uma coisa: se não conhecermos tudo sobre Ele aqui — o que é bem provável — com certeza, vamos fazer isso durante a eternidade.

Um amor incomparável

Se houvesse uma maneira de medir os sentimentos que alguém tem por outra pessoa, o amor de Deus estaria, definitivamente, na lista de sentimentos impossíveis de se medir. Assim como todos os seus demais atributos. Afinal, aquilo que pensamos entender a respeito dessa emoção divina, não se compara à 1% do que ela realmente é.

Em Efésios 1, Paulo convida seus leitores a compreenderem juntamente com todos os santos todas as quatro dimensões do amor de Cristo. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade. Apesar de estarmos dentro da probabilidade de não conhecer 100% do amor de Deus — ou talvez 1% dele — podemos conhecer uma porcentagem das suas dimensões.

Diante disso, podemos entender um pouco do porquê de reconhecermos nossa insuficiência no conhecimento do amor de Deus ao vermos alguém o experimentando mais profundamente. Isso serve para nos instigar a conhecê-lo mais. Aí está o “junto com todos os santos”: um incentivando o outro a ir cada vez mais profundo.

Definitivamente, a jornada de conhecimento do amor de Deus não é tão curta como muitos podem imaginar. Talvez tome a nossa vida inteira. Porém, podemos ter certeza de que quando caminhamos por ela com outros ao nosso lado, ela se torna muito mais rápida.

Acordei escutando essa pergunta alguns dias atrás, então sabia que mais um texto estava nascendo. Comecei a meditar nessa pergunta: Quem é você no meio da multidão que segue a Jesus?

Tenho pensado tanto sobre os discípulos que andaram com Jesus. O que esses homens viveram, o que eles viram, tantos milagres, tanto amor que palavras não podem expressar.

Acredito que aqueles que já puderam olhar nos olhos de Jesus tem suas vidas mudadas para sempre. Eu vivo minha vida para esse dia em que irei olhar nos olhos Dele, poder abraça-lo e sentir seu amor mais do que sinto hoje.

As multidões que seguem Jesus

No meio da multidão dos seus seguidores daquela época, e no meio da multidão que hoje o seguem, existem muitos tipos de seguidores:

Existem aqueles que o seguem porque estão atrás de um milagre e ouviram falar que Jesus pode fazer isso. “E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou”, Mateus 15:30

Existem aqueles atraídos por uma imensa curiosidade a respeito de quem é esse de que todos sempre falam, e seguem. “E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. Lucas 19:3-5

Existem aqueles que foram atraídos por causa da missão que Jesus deu a eles, mas ainda não o conhecem. “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no”. Mateus 4:18-20

E existem também, no meio dessa multidão, aqueles que viram um vislumbre do Mestre e resolveram seguir o mais belo entre milhares. “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu”. Mateus 9:9

Enfim, não importa o que atraiu você a multidão, desde que durante o processo suas motivações sejam alinhadas.

Venha para Jesus

Venha como você está e deixe que Jesus faça com você o mesmo que fez com Pedro. Deixe Jesus transformar sua vida, deixe Ele mudar sua história.

Venha como está, com a motivação que for, somente venha, largue tudo para seguir ao Mestre.

Temos muitas vezes, claro dentro de nós, quem é o Pai e até mesmo nos relacionamos muito bem com o Espírito Santo, mas Jesus ainda é um mistério.

A  jornada

Esses últimos anos da minha vida tenho estado numa jornada em conhecer a Cristo, quero vivenciar um relacionamento com Ele.

O filho é o Caminho para o Pai. E o Espírito Santo pode nos revelar os mistérios desse Caminho.

Não importa os motivos que fizeram você seguir a Cristo, o que importa hoje é que Ele chama você para se relacionar com Ele.

Hoje o chamado é para que você saia do meio da multidão e se aproxime de Cristo.

Não seja apenas o volume dessa multidão. Seja aquele a quem Ele conhece pelo nome e tem prazer em reconhecer no meio deste povo.

Imagine o prazer de escutar Jesus dizer seu nome, olhar para você e sorrir, abrir os braços e esperar que você venha ao encontro Dele.

Então saia do meio dessa grande multidão e se torne um daqueles que Jesus tem o prazer de chamar de amigo.

A mulher do fluxo de sangue queria uma cura, mas ao tocar Nele, ela conseguiu muito mais que isso. Se você ousar sair do meio da multidão e realmente se aproximar Dele, irá experimentar vida abundante como aquela mulher.

Paulo queria perseguir seu povo, mas acabou encontrando o Mestre no caminho e nunca mais foi o mesmo. Ninguém que se aproxima Dele volta como chegou, ao nos aproximarmos de Cristo somos transformados.

 

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo. 14.6

Esse versículo tão conhecido e repetido pela maioria de nós, carrega uma profundidade quase infinita. Quando meditamos no fato de que Jesus é o caminho, então o caminho torna-se uma pessoa.

Assim também, verdade é uma pessoa. Igualmente, vida é uma pessoa. Jesus habitando em nós, na pessoa do Espírito Santo, traz consigo a verdade, a vida e Ele mesmo é o caminho.

Na teoria, sabemos que é fácil reconhecer que Jesus carrega em si mesmo todas as respostas de que precisamos. Mas, na prática, nem sempre acessamos essa fonte de riquezas, que é Ele mesmo dentro de nós.

A experiência do novo nascimento ultrapassa nossa capacidade limitada de entendimento. Fomos transportados do reino das trevas, para o reino do Filho do seu amor (Cl. 1.13). Assim como, fomos enxertados na videira (Jo. 15.5), e uma nova seiva corre dentro de nosso ser.

Essa nova natureza se manifesta de forma prática nas pequenas escolhas que fazemos. De forma quase que instintiva nossa nova natureza passa a guiar nosso olhar. A velha natureza é substituída gradativamente pela beleza do Filho.

Descobrindo o caminho rumo à maturidade

Inegavelmente, a maturidade não vem com um piscar de olhos. Ela ganha espaço, à medida que reconhecemos que é sábio confiar e entregar. O Espírito Santo é cavalheiro. Ele jamais irá nos obrigar a ouví-lo, ou quiçá, seguí-lo. Portanto, temos que voluntariamente fazer essa escolha em nosso cotidiano.

Os caminhos se bifurcam a nossa frente. Às vezes, estamos diante de encruzilhadas, onde todas as opções parecem corretas. Ficamos confusos, nos sentimos perdidos e por vezes abandonados.

Sem dúvida, é precisamente nesta hora que a verdade se manifesta. A verdade de quem Jesus é em nós, aponta o caminho, que nos conduz a vida.

Os desafios do caminho

Gostamos da rapidez da vida moderna. A informatização acrescentou velocidade em nossa comunicação. A informação é gerada com rapidez assustadora. No entanto, neste mundo barulhento, está cada vez mais rara a quietude. Muitos ruídos nos distraem, competindo entre si.

Portanto, devemos escolher aquietar o ruído interno, calando todas as outras vozes, a fim de ouvirmos o sussurro do Mestre. Para que, a vida seja liberada, o caminho seja revelado e a verdade possa nos guiar.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” Sl. 37.5

Não existe verdade fora dEle. Nenhum caminho nos conduzirá à vida eterna e abundante, que não seja Ele mesmo. Por isso, quanto mais longe andamos com Ele, tanto mais abandonamos ao longo do caminho.

O que deixamos para trás não tem poder de nos conduzir. Na cruz, Ele derramou a si mesmo, para que hoje, você e eu tivéssemos vida abundante. Ele nos convida a experimentar a morte que gera vida.

Minha oração é por mais dEle na minha e na sua vida. Escolhamos hoje morrer para nós mesmos, para que a verdadeira vida seja gerada em nós.

Você já parou para pensar como temos facilidade de atirarmos pedras? Isso não é uma coisa que fazemos por simples maldade ou arrogância humana, na verdade, às vezes isso parte de nossas melhores intenções. Atiramos pedras porque julgamos ser o mais certo a fazer. Atiramos pedras porque queremos ser zelosos. Atiramos pedras porque não queremos pecar contra Deus. Mas para entrar em parceria com Cristo há algo que precisamos aprender, temos que deixar as pedras de lado e olhar através dos olhos do amor para: livrar “os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.” (Provérbios 24.11).

Como intercessores que buscam o coração do Pai, não podemos ser simplistas em nossas orações, mas precisamos aprender o coração de Cristo de forma profunda. Tenho pensando na história narrada em João 8.1-11. Diz a Bíblia, que os escribas e fariseus trouxeram até Jesus uma mulher surpreendida em adultério. Esses homens não desejavam que justiça fosse feita. O que eles realmente queriam era testar a resposta de Jesus e deixá-lo em uma situação difícil. Porque qualquer resposta dada naquela circunstância poderia quebrar tudo o que Jesus estava ensinando sobre o amor. Jesus não poderia ser a favor do pecado, não poderia consentir com o adultério. Mas também não poderia ser a favor da morte daquela mulher.

“Isto diziam eles tentando-o, para terem do que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.” João 8.6

A história, então, continua dizendo que aqueles homens insistiam em perguntar o que deveria ser feito àquela mulher, e Jesus com toda sabedoria lhes respondeu: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra.” (João 8.7b). Ao ouvirem o que Jesus lhes respondeu, eles foram acusados por suas próprias consciências e deixando as pedras partiram daquele lugar.

“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Provérbios 31.8-9

Jesus tem levantado um movimento de oração mundial sem precedentes na história da humanidade. Jesus tem nos convidado a entrar em parceira com Ele e clamar a favor da justiça. Ele quer que entremos em concordância com o seu coração. Mas precisamos aprender com sua ternura a orarmos a partir desse lugar de intimidade e discernimento. Só poderemos julgar retamente se tivermos em nós o coração de Cristo e a sua Palavra revelada, arraigada em nós, para não orarmos com as pedras nas mãos e não julgarmos precipitadamente.

Oremos: “Senhor, hoje escolhemos deixar as pedras. Queremos ser sensíveis a tua voz. Queremos orar para que venha o teu reino e sua vontade seja feita aqui na terra, como é no céu. Oramos para que nos dê um coração amoroso como é o Teu. Senhor, nós não queremos ter aliança com o pecado, mas nos ensina a julgar retamente. Enche o nosso coração de ternura e de discernimento do Espírito Santo para que possamos viver de forma digna do nosso chamado. Te amamos e nos entregamos a Ti.”

Fomos escolhidos à dedo, assim como os patriarcas. Quando medito na genealogia do Messias, encontro nela nomes como os de Tamar, Raabe, Rute e até de Bate-Seba, que é mencionada como “a que foi mulher de Urias”.

E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá;…E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.” Mt. 1.3-7

Por este motivo, me sinto aceita, incluída. Igualmente, toda sensação de inadequação desaparece, quando vejo esses nomes na linhagem de Jesus. Percebo ao longo da história que Deus escolheu os que não são para confundir os que são, como afirma o texto de I Co. 1.27.

Determinados trajetos de nossa jornada, parecem conspirar contra os sonhos que Deus nos deu, isto é, nos levam a questionar nossa eleição. É precisamente nesta estação, que temos que  lembrar que fomos escolhidos em Jesus. Portanto, nosso braço não sustenta essa escolha.

Creio que o Espírito Santo tem senso de humor, e nas narrativas bíblicas encontro essas pitadas de humor que revelam o caráter redentivo de nosso Salvador. Para Ele, não importa quão perdidos estejamos, desde que tenhamos humildade de pedir socorro. Olhar para Ele e crer que Ele pode é suficiente.

Os escolhidos não possuem “pedigree” ou um currículo brilhante. Semelhantemente, nossa eleição em Jesus é inclusiva e não exclusiva. Ele é a pessoa que se coloca entre nós e o Pai tornando esse relacionamento possível. Por isso, acessamos o Pai, não sem sangue.

Essa verdade precisa, contudo, ser realçada com frequência. As distrações, bem como as lacunas de nossa identidade, nos afastam deste relacionamento dependente de Jesus. Deus não precisa de nossa educação, de nossa aparência ou de nossas finanças para avanço do Reino.

NEle reside toda sabedoria, todo recurso e todo poder necessário para o estabelecimento de Seu Reino. Fomos inseridos nesta família e temos o privilégio de ser co-herdeiros com Jesus de uma herança eterna, o que não é mérito nosso.

Os pescadores, cobradores de impostos, prostitutas e doutores da lei que foram transformados por Jesus, não são diferentes dos órfãos, mães solteiras, filhos bastardos, desempregados ou analfabetos de nossos dias. Por isso, seja qual for sua “linhagem”, saiba que não é ela que o limita ou inclui nos projetos de Deus.

Se tivemos acesso à educação, ou somos oriundos de uma família que nos amou, ou ainda, se temos uma boa condição financeira, tudo isso é legítimo, mas não é pré-requisito para nossa adoção. Em Jesus, o órfão e o filho desejado foram escolhidos e possuem o mesmo valor.

Portanto, não use qualquer justificativa para explicar sua condição de filho que não seja o próprio Jesus. Paulo entendeu isso quando declarou:

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” Gl. 6.14

“Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam.” Rm. 10.12

“Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gl. 3.28

Vou pescar, disse Simão Pedro. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.”  Jo. 21.3

Quem de nós já não se decepcionou ou se frustrou com circunstâncias que tomaram rumos diferentes dos esperados? Isso aconteceu com os discípulos de Jesus, que andaram 3 anos e meio a seu lado. Atualmente, acontece conosco também.

A natureza humana é a mesma, independentemente de raça, cor ou idade. O pecado roubou-nos a capacidade de confiar no que já sabemos a respeito de Jesus e de seu plano conosco. A luta da carne contra o espírito é diária e real.

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”  Rm. 7.14

Mesmo que Ele já tenha nos falado e alertado para alguns percalços da jornada, ainda assim, nosso coração não captura a essência de seus ensinamentos e de suas orientações. Nossos olhos estão vendados, como estavam os de Paulo, e dos discípulos no caminho de Emaús.

Os discípulos haviam sido avisados sobre a necessidade de Jesus morrer, bem como a respeito da promessa de Sua ressurreição. Mas, diante da realidade da cruz, sua esperança esmoreceu. É provável, que seu primeiro pensamento tenha sido voltar ao lugar conhecido, à zona de conforto.

Voltar a pescar, no caso deles, significava tudo isso. Implicava em classificar os 3 anos e meio na companhia do Mestre como uma perda de tempo, ou, na melhor das hipóteses, como algo que não havia mudado seus destinos por completo.

Muitas vezes li trechos como estes, e outros tantos nos evangelhos, que revelam a dureza de coração dos discípulos, e espantei-me com tamanha cegueira. No entanto, meu coração é igualmente duro e, com frequência, entra em conflito.

Nossa pescaria pode estar acontecendo neste momento, ou quem sabe aconteceu recentemente, ou porventura está prestes a acontecer. A realidade é que, com frequência, abandonamos o lugar onde deveríamos estar, em busca de algo que nos traga um pouco de segurança.

Andar por fé exige desprendimento e perseverança. Confiar nas promessas, quando tudo desmorona ao nosso redor, denuncia nossas fragilidades, já que é neste momento que elas são reveladas. Quando fomos comissionados a ser pescadores de homens e voltamos a pescar peixes, no mínimo, precisamos de maior revelação de nosso chamado.

Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes.” Jo. 21:4-6

O que amo a respeito de Jesus, é que Ele foi pescar com eles. Ele sempre nos encontra onde estamos. Seu amor por nós é incompreensível. Ele nos busca em nossa pescaria quantas vezes for necessário. Ele é o bom pastor que deixa as 99 e busca a que se extraviou. Essa é a natureza de nosso Mestre. Foi assim há 2000 anos, continua sendo assim hoje.

Espere por um encontro com Ele em sua pescaria, mas lembre-se que será sempre mais sábio permanecer no lugar designado por Ele. O caminho de volta deverá ser percorrido, e ele pode significar uma volta a mais no deserto. Ele garantiu que não nos deixaria. Vale salientar também, que os peixes só aparecem quando Ele chega. Todo esforço isolado dEle não gera resultados.

 

Que reino é esse? Um reino de um Rei que nasce numa manjedoura, morre numa cruz, senta com a prostituta e come com o cobrador de impostos. Certamente, é um reino às avessas. É provável, que ninguém em sã consciência iniciaria seu reinado desta forma.

Igualmente, a constituição deste reino só pode ser interpretada e seguida por cidadãos nascidos de novo. Pessoas que abandonam sua pátria e têm saudades de uma pátria celestial, que nunca viram. Abraão inaugurou essa peregrinação em busca do desconhecido.

Neste reino, a morte gera vida. Os últimos são os primeiros. A mente não acompanha, nem é capaz de codificar, os mais simples acenos que indicam a direção a ser seguida. Não são os fortes que vencem as batalhas neste reino. Já que, nele, quando somos fracos, aí é que somos fortes.

Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” Jo. 12:24

“Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.” Mt. 20.16

“Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes;” I Co. 1.25, 27

Ou seja, considerar a vida do reino possível sem a ação do Espírito Santo, é insanidade. Tentar viver o sermão do monte, ou qualquer outra orientação deixada por Jesus, com nosso intelecto ou nossas habilidades é frustrante.

O reino inaugurado por Jesus é um reino às avessas, mas cabe a pergunta: Às avessas do que? De uma mente limitada pela ação do pecado? De uma sociedade que se deteriora em busca do prazer? Da alucinada busca do conhecimento ou poder?

Na verdade, fomos encontrados por Jesus dirigindo na contra-mão. Isto é, estávamos numa autoestrada que nos conduzia diretamente para um despenhadeiro. Nosso mundo está às avessas, e Jesus veio consertá-lo. Curiosamente teimamos em manter nossos olhos no temporal, isso nos desestrutura.

É engraçado constatar que sempre que somos orientados a enxergar o invisível e escolher o eterno, ficamos confusos. Nossa tentativa de verbalizar nossos conflitos diante dAquele que não conhece, começo nem fim de existência, é patética. Jó tentou, mas quando o Criador entra em cena, sua argumentação desaparece.

A eternidade não cabe em nossa mente, mas tem o tamanho exato do nosso coração. É lá, no lugar de habitação do Espírito Santo, que recebemos a linguagem capaz de traduzir, e a força necessária para obedecer os estatutos deste reino.

De uma coisa podemos ter certeza, o reino é eterno. Não terá fim, assim como seu Rei. Fomos antecedidos por pessoas que mataram gigantes com uma funda, foram jogados na fornalha e não se queimaram, dormiram com leões. O Rei multiplicou pães, andou sobre as águas, deu vista aos cegos e fez andar aos coxos.

Portanto, seja o que for que esteja distraindo-o de perseguir, com todas as forças, o relacionamento com o Rei deste reino às avessas, deve ser eliminado. No novo nascimento, recebemos olhos que veem o invisível. Ouvidos que escutam o inaudível. Temos dentro de nós a semente do eterno. Nada nesta ordem de coisas traduzirá o que nos espera.

Em conclusão, vale a pena se lançar sem reservas na direção do Único que nos conhece por completo. Podemos apostar todas as fichas nEle, mesmo quando tudo ao nosso redor conspira em outra direção.

As lentes através das quais percebemos as circunstâncias definem nossa abordagem da vida. Decerto, já lidamos com alguma situação que foi percebida por alguém de forma completamente oposta. Com certa frequência, lidamos com contextos que são definidos de maneira contrária ou diferente de nossa ótica.

Isso ocorre devido às lentes que usamos. Nossa visão não é propiciada apenas pelos olhos, ela passa por lentes que fomos adquirindo ao longo da vida. Pois, as lentes da criação, da cultura, dos traumas e medos que carregamos, influenciam nossa visão.

São elas que definem se uma circunstância é boa ou ruim, fácil ou difícil. No jardim, o homem desobedeceu ao comer da árvore que o Senhor havia ordenado que ele não comesse. A bíblia diz que seus olhos foram abertos e, então, perceberam que estavam nus.

Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.Gn. 3:7

Inesperadamente, o pecado transformou a nudez em algo feio. Embora eles já estivessem nus antes, a ótica de Deus não era perturbadora em relação a este fato. A primeira lente foi colocada em seus olhos e, desde então, a humanidade lida com várias lentes que foram sendo acrescentadas.

E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” Gn. 2:25

Na conversão, elas não são eliminadas por completo, já que o processo de santificação apenas inicia na conversão. A renovação de nossa mente é absolutamente necessária se quisermos usufruir de vida plena.

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm. 12:2

Os olhos são a lâmpada do nosso corpo (Lc. 11.34-35), e as escamas ou lentes que possuímos precisam ser removidas. À semelhança do que aconteceu com Paulo no caminho de Damasco (At. 9.18), precisamos que nossas lentes sejam substituídas para que possamos ver como Deus vê.

Conta-se de uma dona de casa que observava as roupas da vizinha estendidas no varal e escandalizava-se com o fato do quanto ainda estavam sujas. Ao comentar com sua amiga, foi alertada para o fato de que eram suas janelas que precisavam ser limpas. A sujeira estava nos vidros, não nas roupas da vizinha.

Perguntemos hoje ao Espírito Santo quais são as lentes que precisam ser removidas de nossos olhos. Ele tem colírio à nossa disposição. É imperativo que apreciemos o que Ele chama de belo, e desprezemos o que Ele considera imundo.

Somos chamados a viver nossos desafios diários de acordo com Sua ótica. Os milagres acontecem quando enxergamos oportunidades quando todos à nossa volta estão desesperados.

Somos chamados a fazer diferença em meio a uma geração que perece e carece de alguém que os guie. Sejamos pessoas que carregam o olhar e conselho de Deus em nossos relacionamentos.

Removamos as lentes da indiferença, do medo, da desesperança, e todas as demais lentes que possuímos. Elas nos impedem de ver ao Senhor e de amar ao próximo como a nós mesmos.