A suficiência de Cristo. Não sei você mas quando leio essa frase suspiro fundo. Ao mesmo tempo que penso o quão longe estou da real compreensão dessa verdade. O apóstolo Paulo escrevendo aos Colossenses traz essa verdade logo no início da sua carta. Quero te convidar a ler cada frase pausadamente:
“O qual [Cristo] é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse”
O cômodo evangelho muitas vezes pregado nos coloca de frente a um Jesus, com mais cara de bom samaritano. Um homem bom e altruísta, que se destacou apenas pelo que fez aos pobres e aos doentes. Porém, a realidade mas poderosa a Seu respeito, a verdade que ofendeu os fariseus e mestres da lei, é que Jesus é Deus. E porque Ele é Deus, Ele é criador de todas as coisas, o idealizador da existência, Ele conhece todos os processos que envolvem o viver. Ele planejou cuidadosa e soberanamente cada coisa.
A tensão idólatra
A tensão que nós cristãos enfrentamos está no fato de que “a realidade é Cristo’’ (Cl 2:17). Nossos pensamento ou sentimentos, podem no máximo ser sombra da realidade, que é Ele. Então por qual verdade viveremos? Quem reinará na nossa realidade? Nós ou o Senhor?
Quantas vezes nos encontramos colocando o que sentimos e pensamos como o indicador da verdade. Nos medimos e medimos as pessoas pela nossa própria verdade. Vivemos como centro de nossa própria existência. Como bons idólatras, colocamos a nós mesmos como reis de nossas vidas, adoramos e honramos nossas vontades tão bem. Insistimos em caminhar pelo que sentimos e não pela Verdade absoluta de Cristo. Podemos nomear isso de idolatria, antropocentrismo e pecado. Contudo, além disso, isso nos engana e nos afasta da realidade perfeita, da vida abundante e do amor real do Senhor.
A vida eterna é esta
Cristo é suficiente porque tudo que foi necessário para que existência viesse a tona estava e habita nele. Não precisamos de Cristo e mais alguma outra coisa. É difícil entendermos isso, mas é real! Quando encontramos Ele, encontramos plenitude. Nele habita corporalmente a plenitude da divindade. Toda realidade descansa perfeitamente Nele.
Paulo decidiu nada saber a não ser Cristo (1 Co 2:2). Ele é suficiente para vivermos a vida daqui a eternidade. Essa é a vida eterna (Jo 17:3). Se quisermos reconhecer o Seu senhorio, precisamos dar o passo de nos achegarmos as Escrituras, e conhecê-lo. Essa é base da nossa fé e da nossa confiança em sua natureza. A construção de crescer na convicção da suficiência de Cristo se estabelecerá a medida que O conhecemos.
Na certeza que quer reconheçamos ou não Ele reina, e não está a disputando um trono. Não reconhecermos só nos aprisiona em uma falsa realidade. A realidade porém a Cristo.