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Sobre o autor

Miriã Oliveira

Miriã Oliveira é advogada e já foi missionária intercessora em tempo integral atuando também no departamento de ensino na casa de oração Fhop. Hoje é seminarista e fundou o Cristãos Urbanos buscando fortalecer todos aqueles que desejam serem convictos e fortalecidos na fé em Cristo e a não se corromperem diante da cultura.

O desânimo na caminhada cristã pode acontecer quando não estamos bem ancorados e enraizados na Palavra. Esses momentos exigem de nós raízes fortes, cuja persistência e coragem foram cultivadas anteriormente no secreto. Nesses períodos desejamos respostas imediatas, que apesar de parecerem nossas maiores necessidades, elas nunca chegam.

A verdade é que muitas vezes vivemos uma vida espiritual de eventos que é aquecida de vez em quando. Colossenses nos ensinará a importância de cultivarmos as pequenas porções diárias de uma vida de bastidores, por ser moldado pela sabedoria bíblica e fala sobre as raízes do nosso coração.

Enraizados e edificados nele

O problema de não estarmos enraizados em Cristo é sermos levados por qualquer vento de doutrina. Sem saber o porquê cremos com o coração no que dizemos crer com o intelecto. Não estamos aptos a conhecer a razão da nossa fé diante das outras propostas deste mundo, porque o coração está inclinado a outros lugares que não em Cristo. 

Assim, estar sem raízes é semelhante a não criar anticorpos capazes de proteger o corpo e dar discernimento para ele reconhecer aquilo que é bom ou ruim. Quando alguém se converte a Cristo, essa pessoa está sem anticorpos para reconhecer o que provém de Deus e o que não provém, porque ela está aprendendo a edificar o seu coração na Palavra. 

Por mais que os desejos possam ainda estar confusos no começo da conversão, à medida em que a Palavra é ministrada pela fé e pelo conhecimento de Cristo, o coração é edificado porque encontra repouso em seu novo Mestre.

É com Cristo que precisamos aprender a cultivar um relacionamento de Mestre e aprendiz, amigo e servo. Aprender a nos relacionarmos com Cristo ao longo de nossa vida, sendo santificados em nossa maneira de viver e de enxergar o mundo. 

Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. Colossenses 2:6,7

Uma vida de sabedoria

Muitos acreditam que uma vida de sabedoria é uma pessoa com muitas informações acumuladas. Porém, esta é a visão moderna de inteligência. Para a sabedoria israelita antiga, o que importa é praticarmos aquilo que aprendemos. Mas, ainda não apenas isto.

A visão bíblica para uma vida de sabedoria necessariamente precisa reconhecer Jesus Cristo como a própria sabedoria encarnada. Cristo é o verbo, o logos, a verdade revelada, o dono de toda a existência, o conhecimento e toda a ciência veio dele, do próprio Deus.

Uma vida de sabedoria implica estarmos diante do Senhor e Criador deste universo. Não é sem razão que em Provérbios somos convidados a viver uma vida de sabedoria temendo ao Senhor.

Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo. Ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. Colossenses 3:16

Sendo assim,  Cristo é o único Mestre das nossas vidas e precisamos deixar que suas palavras falem conosco e habitem em nós. Por meio de uma rotina que valoriza a Palavra de Deus. Algumas disciplinas espirituais são muito preciosas para educar os nossos sentidos. De modo a enraizarem sua Palavra em nosso coração e mente de forma particular e comunitária. 

Conclusão

As lutas são inevitáveis. Mas existem lutas em que somos mais provados e a nossa fé precisa estar mais fortalecida. Isso não ocorre por sensações eventuais e isoladas da visitação da presença de Deus.  Mas de uma constante edificação do coração e uma busca por saber viver de forma a glorificar o Senhor. 

A mente precisa ser renovada e o espírito fortalecido de modo que a palavra de Cristo habite ricamente em nossos corações. Nos ensinando como saber viver bem para encontrarmos plenitude em sua presença ao longo do dia.

Nunca imaginamos que mesmo fazendo parte do corpo de Cristo, levantando a bandeira do evangelho em nossas vidas e em nossa casa, poderíamos nos ver distantes do Senhor e adorar deuses falsos.

Nunca imaginamos que mesmo indo à igreja todos os finais de semana, poderíamos nos encontrar tão frios na fé. Será que temos guardado a verdade do evangelho em nossos corações? Será que podemos alcançar mais em Cristo? Será que existe mais?

O povo judeu precisou aprender a priorizar o Senhor

O povo judeu vivia o período pós-exílico na época de Ageu, depois de terem sofrido oposição externa. Agora,  de volta à sua terra, poderiam unir as suas forças para reconstrução do templo do Senhor.

Entretanto, o povo não se voltou ao Senhor. O Senhor o advertiu por meio do profeta Ageu, que o povo perecia por não priorizar o Senhor. Eles plantavam, mas colhiam pouco; bebiam, mas não se saciavam; recebiam salário, mas era como colocá-lo em um saco furado. Viviam em casas muito boas, enquanto o templo continuava em ruínas.  

O templo apontava para Jesus

Porque a construção do templo era importante? Um adendo à história do antigo testamento em Moisés no monte Sinai nos revela que a construção do templo era o meio de Deus habitar no meio do seu povo. Não porque Ele precisava de um santuário feito por mãos humanas, mas porque o ser humano precisava de Deus, por ser um povo rebelde e imaturo.

“Eles me farão um santuário para que eu habite no meio deles.” Êxodo 25:8

Ageu foi levantado para corrigir essa indiferença do povo. Eles estavam preocupados com a sua própria rotina, com as suas necessidades, em acumular coisas nesta terra, e negligenciavam de prestar culto ao Senhor. A reconstrução do templo era para o próprio bem deles. E o Senhor mesmo estaria ao seu lado nesta tarefa (Ageu 1:13).

Dessa maneira, na história de Ageu, o templo apontava para a vinda daquele, que sendo Deus, habitaria de fato em nosso meio e em nossos corações.

O caminho verdadeiro o capacita a adorar

Sem dúvida, o coração humano detém a necessidade de entender a si mesmo e o mundo criado, produzir afeições e qualidades que valorizam a vida. Mas não podemos torná-las deuses falsos a quem prestamos adoração cotidiana, enquanto a Deus damos somente o resto de nós.

No final, todas as nossas ambições de qualidade de vida, de amor romântico, de sucesso, dentre outros são um clamor desmedido por redenção. Mas isto pode ser encontrado somente em Cristo. Se quisermos buscar conhecer a Deus, o único caminho é Cristo. Fazer dos nossos objetivos de vida a solução dos nossos problemas é o atalho.

Precisamos percorrer o caminho verdadeiro com todas as nossas forças. Precisamos ser especialistas deste caminho e entregar a nossa vida e esquecê-la, deixá-la morrer completamente. Porque nesta vida a maior conquista que poderíamos obter, e nunca seríamos capazes de alcançar, já nos foi dada, a fé.

Adorar ao Senhor não é apenas parte desta vida, mas é a nossa vida integral. Não o é somente no culto, mas a vida se tornou um culto ao Senhor, de ação de graças e de louvor. Adorar é uma expressão digna de Deus que a vida humana pode contemplar por inteira.

 

Neste terceiro texto da série sobre a vida de Davi, vamos conversar um pouco sobre a sua identidade. As características de uma identidade firmada no Senhor e como podemos aplicar esses princípios em nossa vida. 

Boa leitura! 

Davi tinha um diferencial em relação à sua família e ao seu povo: sua identidade estava firmada em um lugar seguro e por isso ele não temia as adversidades. A Bíblia ressalta esse jovem menino que precisou confiar em Deus. Constantemente seu compromisso era provado e à medida em que desenvolvia sua fé, ele era confrontado e, consequentemente, aperfeiçoado.

Um grande problema que enfrentamos hoje é, mesmo sendo cristãos somos alvos de uma cultura que prioriza a própria individualidade, autonomia e bem estar. Sem se preocupar com o lugar que a Palavra de Deus deveria ocupar no nosso coração.

Como então, Davi lidava com determinação e coragem para enfrentar as adversidades  respondendo à vontade de Deus? 

Primeiro, o que é identidade?

Uma pesquisa rápida na internet nos mostra que identidade é aquilo que distingue uma pessoa, são as características que individualizam sua personalidade, ambiente, formação psicológica, comunidade em que vive, gostos, valores e dentre muitos outros fatores.

Indo um pouco mais além, existe também uma individualidade caracterizada pela maneira como enxergamos o mundo, nossos desejos mais profundos e como eles interferem na maneira que enxergamos a nós mesmos. E por sermos seres intrinsecamente relacionais, como somos vistos por outras pessoas.

Esses últimos fatores definem os nossos impulsos e como tomamos decisões na vida. Trata-se do centro religioso da nossa existência, por isso, podemos notar de onde partem os desejos do coração de Davi. 

De onde parte a coragem de Davi?

É fácil admirarmos pessoas que sabem o que querem, que têm propósito claro e lutam por aquilo que acreditam. Além disso, por serem destemidas e ousadas para enfrentarem o que vier pela frente. Davi também era destemido e ousado, porém a sua confiança partia de um lugar realista a respeito de sua própria natureza e da dádiva da graça de Deus.

Para exemplificar, vamos pensar a respeito do episódio em que ele lutou com o gigante Golias, inimigo de Israel. Davi era novo e não pertencia ao exército do Rei, havia chegado ao local da batalha apenas com o intuito de levar comida para seus irmãos. Quando percebeu que nenhum dos israelitas se propunha a lutar contra o gigante fariseu, ele mesmo se ofereceu para guerrear em nome do Senhor dos Exércitos.

A sua confiança estava na verdade sobre quem ele era em Deus e não no que ele poderia fazer. 

Davi conheceu suas fraquezas

A identidade de Davi foi moldada muito tempo antes da batalha contra o gigante Golias. Não a partir de uma autoconhecimento narcísico de sua competência e talento, mas de uma vida de intimidade com Deus. O conhecimento de Deus, sua intimidade com as leis do Senhor e com o reconhecimento da graça diária, foi assim que Davi pode ser capaz de conhecer a si mesmo.

As fraquezas de Davi não oprimiam sua identidade, mas era parte da fonte de sua dependência de Deus. Suas limitações o impulsionaram a reconhecer sua necessidade do Altíssimo e a buscar refúgio em sua presença. 

A realização de Davi

Davi venceu a batalha contra Golias, mas sua realização partiu de uma identidade equilibrada. E que reconhece suas limitações, vibra pela graça e misericórdia de Deus.

A realização de Davi estava em regozijar-se no Senhor, porque confiava que o propósito divino era maior que sua vida. Ele confiava que Deus era capaz de usar suas mãos, inteligência e estratégia para a glória dEle. 

Aprender com Davi é importante para brilharmos a luz que o mundo ainda não conheceu. Uma luz que não irradia de nossa própria glória, autodeterminação, individualidade, mas de uma identidade firmada em Deus. Ou seja, de nossos sentimentos e intelectualidade não mais irrealistas e superestimados, mas equilibrados sobre a visão que temos de nós mesmos, dos outros e do nosso propósito nesta terra.

Nós podemos nos engajar com nossas ações, palavras e ensino, mas, antes de tudo, o abuso e a exploração sexual infantil são um problema espiritual. Orar por um problema tão intrínseco no Brasil e com dados tão altos é mais do que urgente. Essas crianças e o nosso país precisam desesperadamente da graça e da ação divina em cada cidade.

JESUS VALORIZA AS CRIANÇAS

Jesus é o maior e único exemplo de humanidade perfeita na terra. Ele amou as crianças e as tratava diferente do que sua cultura tratava. 

Naquela época as crianças eram abandonadas, destinadas a prostituição ou a vida de gladiadores. Elas eram treinadas para enfrentar animais ferozes e outras vezes, eram tratadas como servos. Diferentemente, Jesus tratou as crianças com esmero e amor.

Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.  Marcos 10:14

 

Se não fosse a vida de Cristo e seu impacto no mundo, nunca saberíamos que o rumo da humanidade se encontrava numa direção tão torta e perdida. Antes de morrer, Jesus nos ensinou a orar por unidade, para que fôssemos um com Deus e com o próximo. Por isso, precisamos orar por justiça. 

É necessário que oremos para que as crianças sejam protegidas em sua identidade emocional e espiritual. Elas precisam saber o quanto são amadas por Deus e o quanto o sacrifício de Jesus para salvá-las as livra de qualquer medo e culpa.

ORE POR JUSTIÇA

Deus sempre prezou por fazer justiça ao justo e condenar o culpado (Deuteronômio 25:1). Deus nos garante, por meio do seu Espírito da promessa, que com a sua vinda Ele voltará para trazer justiça. 

É necessário clamar e chorar com os que choram, pois Jesus mesmo nos ensinou a pedir com insistência, clamando por mudança e restauração. O nosso Deus quer que nós oremos e confiemos que Ele está nos ouvindo. Existe uma justiça divina nos aguardando no final dos tempos, mas também existe uma justiça humana, concedida pela graça e misericórdia de Deus, que nos preserva de nos destruirmos.

É importante orarmos para que os culpados sejam julgados e que a justiça seja feita a fim de inibir a força maligna.

ORE POR ARREPENDIMENTO

A obra da cruz alcançou qualquer pecado. Todos os que pela fé creem na obra da cruz são parte da grande família de Deus. Todos fomos grandemente perdoados e necessitamos da graça de Deus.

Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
1 Pedro 2:24

Assim o madeiro nos alcançou, que os abusadores também se arrependam de seus pecados. Nossa oração deve ser para que eles não voltem mais a pecar e sejam libertos do vicio e da maldade pelo poder do sangue de Jesus.

ORE PARA QUE OS PROJETOS AVANCEM

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Gálatas 6:9

Existem pessoas à frente da batalha que participam de projetos e fazem o melhor para levar a diante esta mensagem. O projeto Maio Laranja é uma iniciativa que apoiamos e que tem ganhado espaço nacional. Este projeto incentivou vários lugares, comunidades, pessoas comuns e políticos a se mobilizarem por esta causa, o combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil.

Não podemos nos cansar de fazermos o bem, porque estamos correndo uma corrida cuja coroa é valiosa e imperecível. Nossas orações devem contemplar àqueles que estão nesse e em vários outros projetos de assistência à criança e ao adolescente ao redor do Brasil, seja na sua cidade ou um projeto que você conheça.

O importante é unirmos as nossas forças para que crianças sejam curadas, protegidas e livres desta opressão maligna. Precisamos orar para que nosso coração se quebrante e se volte para esta causa, confiantes de que para Deus nada é impossível.

 

Você já desejou dar tudo de si em algo que, realmente, acredita? A história de Ruth Graham, esposa de Billy Graham, é retratada com qualidades desenvolvidas debaixo de muita superação. Trata-se de uma história de perseverança, coragem e dedicação por aquilo que ardia em seu coração: amar pessoas e ser um canal de transformação ao invés de conformação.

 

Ruth Graham é um exemplo de uma mulher que serviu a Deus, assumindo seu amor pelo evangelho no apoio ao ministério de  seu marido. Para a surpresa de todos, quando perguntavam a Billy Graham quem era o maior cristão que ele já conheceu, ele respondia: “minha esposa”. “Ela foi um gigante espiritual, cujo conhecimento sem paralelo da Bíblia e compromisso à oração foram um desafio e inspiração para todos que a conheceram”.

 

Essa é a história que inspirará você, hoje, a viver uma vida de propósito diante de Deus.

Infância: o chamado e a superação do sofrimento

Ruth Graham nasceu em 1920 na China, em uma família de pais missionários médicos americanos e presbiterianos. Eles tinham um Hospital Presbiteriano em Qingjiang. 

Sua infância se passou, boa parte, em campos de missões na China. Era um ambiente rodeado de doença e muitas guerras chinesas. Ela presenciou muito sofrimento e desespero e, logo, reconheceu a tamanha necessidade de um Salvador para a humanidade.

 

Em um quarto de hospital, Ruth sentiu um grande chamado de deixar tudo por causa do evangelho. Mais tarde como adulta, surgiu o sonho de, solteira, servir nas montanhas do Tibete. 

 

Seus estudos foram realizados em um internato em Pyonyang, na Coreia do Norte, onde estudou durante três anos. Neste período de estudo, a terrível saudade de sua família a fez aprender a superar a solidão de ficar distante deles e cuidar  das necessidades de outros.

 

Nesses momentos de angústia, ela se regozijava, pois sabia que um dia estariam todos reunidos na presença do Senhor. Este consolo pelo Espírito Santo era sua arma mais poderosa, pois combatia sentimentos maus e renovava sua  força. 

Além disso, nesses momentos de angústia, Ruth era um exemplo de amor ao Senhor diante dos desafios, necessidades e do quanto é possível ser forte em Deus.

 

Casamento: a união de um mesmo propósito

Ruth concluiu o colegial em Montreat, Carolina do Norte, Estados Unidos, enquanto seus pais estavam de licença do campo missionário. No outono de 1937, ela se matriculou na Faculdade de Wheaton, Estado de Illinois, onde conheceu o “pregador”, apelido de  de Billy Graham.

 

Ela travava uma luta em seu coração, por um lado, sua chamada missionária e, por outro, seu amor florescendo pelo evangelista. Depois de lutar muito em oração, em abril  de 1941, Ruth percebeu que sua missão de vida seria se ligaria à paixão de Billy pelo evangelismo. Pouco tempo depois de sua graduação, eles se casaram em Montreat em 1943. 

 

Eles serviram juntos em uma igreja local durante pouco tempo, mas Billy foi transferido para servir como evangelista. Isto ocorreu quando ele se tornou evangelista da Juventude para Cristo e Presidente das Escolas do Noroeste em Minneapolis. Anos mais tarde se tornou Presidente da Associação Evangelística Billy Graham.

 

O entendimento do propósito foi essencial para ela decidir com quem passaria o restante da sua vida. Foi uma decisão desafiadora e que exigiu temor ao Senhor para que seu chamado se cumprisse em parceria e auxílio ao seu marido.

 

Os frutos de sua missão

Inevitavelmente, em razão das frequentes viagens de evangelismo, cada vez mais ela passava tempo sozinha. Então, quando ela estava aguardando o primeiro bebê do casal, Ruth  convenceu Billy a se mudar para perto de seus pais em Montreat. 

 

Neste momento, o ministério de Ruth floresceu em Carolina do Norte, onde ela criou os cinco filhos do casal. Ela encontrou na escrita um modo de lidar com as pressões e escreveu cerca de 14 livros. Era uma poetisa e escritora.

 

Ruth  sempre apoiou Billy e seu papel foi importante como mulher, auxiliadora, e confidente mais íntima. Ela se movia nos bastidores, longe dos holofotes, ajudando-o a esboçar sermões e livros. O papel significativo de Ruth Graham no ministério de seu marido foi reconhecido em 1996, quando ambos receberam a Medalha de Ouro do Congresso em uma cerimônia especial na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, DC.

 

Em 1966, o casal inaugurou seu trabalho filantrópico fundando o Centro de Saúde Infantil Ruth e Billy Graham em Asheville, Carolina do Norte.

 

Sua amiga, Nancy Reagan, após seu falecimento em 14 de julho de 2007 disse que Ruth encontrava tempo para se preocupar com outras crianças e aos menos afortunados através de seu trabalho como autora, poeta e filantropa.

 

Ruth Graham foi  um exemplo de perseverança, não somente nas lutas, mas, principalmente, como testemunha do amor e do poder de Deus. Ela viveu  ousadamente a vida de fé e de oração. Ruth foi uma mulher com uma história que inspira a responder o chamado de Deus e que não foi silenciosa mesmo que tenha vivido longe dos holofotes.

 

Nessa breve reflexão, vamos estudar o finalzinho da  carta de Tiago. Visto que, nos últimos capítulos o autor fala sobre o poder da paciência até a vinda do Senhor. 

A paciência de um agricultor

A vida espiritual é como o trabalho de um agricultor. Ela tem o seu tempo de plantação, de uma longa espera e, finalmente, de uma colheita abundante. Assim como para o agricultor, o coração do cristão é moldado ao longo de toda a sua vida para que a semente da Palavra  seja constantemente firmada em todas as épocas de sua vida 

O agricultor não pode ter pressa e impaciência para cuidar de sua plantação.  Porque nem a chuva e o  tempo estão sob o seu controle. Por outro lado, ele precisa confiar que eles virão no tempo certo e não há nada que possa fazer.

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.” Tiago 5:7,8

 

Tiago nos ensina que é preciso fortalecer o coração até a vinda do Senhor.  Aguardando-o com paciência e sabendo que assim iremos nos alegrar.  

A certeza de que o Senhor trabalha nesta colheita é o motivo pelo qual vale a pena esperar o tempo certo.

A paciência dos profetas

Os profetas do Antigo Testamento foram homens escolhidos por Deus para falarem em seu nome a todo o povo de Israel. Eles precisavam ser destemidos, não terem vergonha do que os outros iam pensar e buscar agradar a Deus e responder à vontade de Dele.

Eles também passaram por muitas aflições e sofrimentos e, mesmo assim, aprenderam a abraçar os desafios com todo o coração e força, por causa de sua confiança no Senhor. 

“Irmãos, tomais os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência e de perseverança diante do sofrimento.” Tiago 5:10

 

Veja o exemplo de alguns deles: 

Por causa da fidelidade a Deus, Daniel foi jogado na cova dos leões. Oséias passou por grande traição fazendo a vontade do Senhor. 

“Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio. Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade.(…) Ezequiel também foi duramente perseguido.” Hernandes Dias Lopes

Assim também foi com os apóstolos que foram perseguidos, presos e morreram pregando a verdade do evangelho. A fé deles em Deus era à prova de campos de extermínio. Eles encontraram o sentido das suas vidas em Deus para perseverarem até mesmo sob pressões.

São felizes os que suportam aflições

“Chamamos de felizes os que suportaram as aflições. Ouvistes sobre a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” Tiago 5:11

 

O Senhor não nos poupa das aflições, mas ele está conosco em cada uma delas. Ele dá condições e graça para suportar os sofrimentos. Jó é um exemplo de como a vitória precede a luta.

Jó havia perdido a família, os amigos, os bens e sua saúde, mas Jó esperou pacientemente no Senhor. No final, o maior bem que Jó recebeu não foram riquezas, mas um conhecimento mais profundo do Senhor.

Se Jó fosse impaciente em sua jornada de sofrimento, ele seria uma arma nas mãos do inimigo. Mas depois de sua peregrinação, ele se tornou uma bênção maior para todos à sua volta.

 

Os frutos da paciência

Sendo assim, Tiago deseja que sejamos encorajados a viver o tempo de espera, a passar pelos sofrimentos como um agricultor que espera a chuva e a colheita. Além disso, a  suportar as aflições como os profetas que foram fortalecidos no Senhor. 

Ao invés de irarmos com as injustiças que são acometidas a nós, Deus nos ensina a sermos obedientes a sua Palavra. Pois, numa vida com Deus, até os sofrimentos ganham propósito. Ele nos promete encontrar com alegria  e força suficientes para testemunharmos de sua fidelidade.

Os salmos são uma fonte de louvores a Deus que, assim como o salmista nos convida a assumir uma postura de confissão da grandeza de Deus em toda a obra criada, nós podemos fazer isso mesmo diante de dificuldades.

Em tudo podemos reconhecer a soberania de Deus, a atividade divina e seu propósito em nossas vidas, mesmo que não entendamos no momento. O que precisamos aprender com Davi é encontrar prazer nos preceitos do Senhor.

O Salmos 19 nos ajudará a entender o lugar da Palavra de Deus em nossa vida.

Salmos 19: uma surpreendente correlação com a Torá, o Tabernáculo e o Templo de Jerusalém

O livro de Salmos nos ajuda a enxergar a Palavra de Deus como um lugar de refúgio onde quer que estejamos. Para os hebreus no Antigo Testamento, a Torá, tinha o intuito não só de revelar quem era Deus, mas de ser uma bússola para o coração humano. Ela era o “espaço sagrado” em que eles poderiam colocar suas raízes e extraírem vida da presença de Deus.

Assim também com o Tabernáculo. Ele era o santuário móvel onde se carregava a arca da aliança. Lembra o que a arca da aliança comportava? Isso mesmo, a presença de Deus. Este era o segredinho de Deus desvendado em seu plano ao longo do tempo, por enquanto, um arquétipo do que viria ser Deus habitando entre os homens.

Mais tarde com Salomão, o Templo de Jerusalém seria uma forma um pouco mais robusta do desejo de Deus que apontava para Cristo. Era praticamente um microcosmo, segundo N. T. Wright, uma pequena versão do mundo todo. Sim! O Templo de Jerusalém fazendo referência ao ato da criação, o mundo que Deus criou em Gênesis.

Aquilo que chamamos de “lugar de Deus” era a própria Palavra de Deus ensinando, pedagogicamente, e orientando o coração humano. Em outras palavras, era o Verbo habitando na palavra (Torá), no Tabernáculo e no Templo, como um protótipo de toda a narrativa de redenção. Transparecia o desejo de Deus por sua criação redimida, renovada e por sua presença e glória.

Os céus declaram sua glória

Em Salmos 19, o salmista reconhece que toda a criação proclama a glória de Deus e anuncia as obras de suas mãos. Assim, o salmista faz uma releitura do templo, como uma extensão do espaço sagrado.

Deus habitando no meio de seu povo e seu povo habitando em seu Deus.

“Nesse contexto, Salmos remete à intenção dupla do criador: que o Templo de Jerusalém sirva de sinal não apenas do propósito de Deus de inundar a criação com sua presença gloriosa, mas também de seu anseio por encher o coração, a mente, a imaginação e a vontade do seu povo com a mesma glória.” N. T. Wright

Este salmo 19 parece apontar para o reinado de Cristo, em que sua voz será ouvida por toda a terra (Salmos 19:4) e sua Palavra capaz de reordenar a vida com sabedoria (Salmos 19:7).

 

O que Davi encontrou?

“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. “ Salmos 19:7-10

Davi compôs este salmo glorificando a Deus por sua lei que é perfeita e restaura a alma (Salmos 19:7). Ele meditava nela e descansava na confiança da fidelidade do Senhor. Ele sabia que por mais que seus sentimentos, em inúmeros momentos pudessem ser inconstantes, a lei do Senhor era suficientemente fiel para ele confiar.

É simplesmente esplêndido ver a doçura com que Davi descreve a Lei do Senhor (Torá): como mais desejável que o puro ouro e mais doce que os favos de mel. Ele sabia que sua Palavra era boa e capaz de trazer sabedoria, de iluminar os olhos e, é a verdade.

Davi encontrou descanso e nos convida a fazer o mesmo. Como seria bom se nós pudéssemos descansar e nos alegrarmos na Palavra de Deus como ele fez. Provavelmente, recarregaríamos mais temor a Deus e menos temor dos homens em nossa vida.

 

Como Deus queria se revelar a Davi

Algo que não pode deixar de ser mencionado são os atributos que Deus revelou a Davi neste salmo. Um Deus que diferente de todos os outros deuses dos povos vizinhos da época, ele era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Este Deus não era apenas o Deus dos deuses, a maior entidade divina no universo segundo os gregos atribuíam a Zeus naquela época, mas o Criador do universo. Aquele cuja glória preenche toda a terra e não compartilha espaço com nenhum outro deus.

A soberania de Deus é um atributo muito presente neste salmo. Do começo ao fim, Deus é Senhor de todas as coisas e a ele nós devemos satisfação. Davi se considera servo de Deus (Salmos 19:13), reconhece seu pecado e confia que os preceitos do Senhor são capazes de torná-lo íntegro.

Como Davi, somos totalmente dependentes da graça e do favor de Deus. E o fato de não reconhecermos isso é como andarmos cegos, sem direção, desenfreados seguindo as inclinações do nosso coração. Sem os preceitos do Senhor, nosso coração é como uma fábrica de ídolos e uma criança sem limites, entregue a todos os desejos!

 

Salmos 19 para o dia-a-dia

Este salmo enfatiza muito a recompensa de seguir o Senhor. O cristão que está buscando uma vida diária de relacionamento com Deus encontra prazer na lei do Senhor.

A liberdade cristã o conduz, não a capacidade de obedecer a Deus impunemente, mas, antes, na capacidade de obedecer-lhe espontaneamente, sem nenhum impedimento eficaz, segundo Merril Tenney.

Uma vida diante de Deus, retratada como uma extensão do espaço sagrado, que era restrito somente ao Templo, agora, em Jesus, o mistério é revelado.

Tudo é para a glória de Deus, tanto na igreja como fora dela. Nos prazeres, na adoração, na obediência a Deus e na forma como vamos gerenciar com sabedoria a vida que ele nos deu.

A leitura deste salmos à luz da revelação de Cristo nos mostra que os preceitos do Senhor enchem o nosso intelecto, motivações e prazeres com sua glória. Para qual propósito? Para que a multiforme sabedoria de Deus seja manifestada por meio da igreja aos principados e poderes nas regiões celestiais (Efésios 3:10).

Desejo que este salmo seja um doce convite para sermos cheios da glória de Deus e revelá-la ao nosso tempo hoje através de uma vida de obediência a Deus.

Ter alguém que o acompanhe na fé é importante para lidar com os diversos desafios da caminhada cristã ajudando em uma transformação de dentro para fora. Essa caminhada envolve buscar uma espiritualidade vibrante e saudável que toca no interior de modo a iluminar o mundo.

Para que isso seja possível, como a Bíblia descreve essa caminhada conjunta? O cristão está sendo transformado para qual objetivo?

Estamos percorrendo uma corrida

A Bíblia descreve que a caminhada cristã é semelhante a uma corrida para ser feita com perseverança (Hebreus 12:1), enfrentando um combate e uma luta (2 Timóteo 4:7) e que na linha de chegada há uma coroa da vida (Tiago 1:12, Apocalipse 2:10), incorruptível e eterna (1 Coríntios 9:24,25), de justiça (2 Timóteo 4:8) e de glória (1 Pedro 5:4).

Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. Atos 20:24

Esta corrida é como nenhuma outra e de mais ninguém. O significado de percorrer esta corrida é que ela é com Jesus. Assim, com suas próprias lutas, próprias batalhas.

E mesmo que você falhe durante o percurso, Jesus já garantiu a vitória para você no final. Por isso, quando alguém se torna um novo habitante do céu, ela recebeu o convite para um relacionamento com Deus. Esta caminhada é uma obra trinitária (Pai, Filho e Espírito Santo) na vida do pecador.

É uma transformação conjunta

A corrida da fé é para todo o corpo de Cristo. Assim, enquanto um membro executa determinada função, o outro faz o que lhe foi designado, porque em Cristo somos muitos, formando um corpo e cada membro ligado a todos os outros (Romanos 12:4-5).

Cristo decidiu formar a sua igreja através da lógica de um corpo, em que um membro dá honras ao outro e não a si mesmo. Esta lógica de dar e receber vem do amor trinitário de Deus. Deus deseja formar uma comunidade de amor, porque ele é a fonte do amor.

A lógica do “dar e receber” funciona comente através do poder do Espírito Santo operando nos corações de cada membro. Somente Deus é capaz de tornar o cristão menos individualista e mais comunitário.

Discipulado cristão

O objetivo desta corrida conjunta é compartilhar de uma transformação recíproca das pessoas envolvidas. Isto é possível através do exemplo de Jesus aqui na terra. Qual é o objetivo do discipulado, então?

O objetivo do discipulado cristão é percorrer a corrida que Cristo percorreu. Ele foi rejeitado, negou a si mesmo, morreu na cruz e ressuscitou. Da mesma Ele nos convida a seguir seus passos: sofrendo rejeição pelo mundo e gloriar-se quando isso ocorrer. Morrer para os desejos da carne, negar a si mesmo e ser ressuscitado com Cristo no fim dos tempos.

Essa transformação de dentro para fora só pode ser vivida à companhia de Cristo e de seus irmãos na fé. Em todo o tempo, Deus convida os seus filhos a desfrutar deste banquete, porque todo o sofrimento presente terá um fim.

Enquanto isso, o cristão percorre o caminho sendo lapidado à semelhança de Cristo e levando outros a viverem isso também. “Até que Cristo seja formado em vós” (Gálatas 4:19). E como parte do percurso, aprenda a ser confrontado, a esperar, e a viver com um coração grato. Porque enquanto a última batalha não chegar, a transformação continuará sendo feita de dentro para fora.

É libertador saber que Jesus nos oferece a paz de Deus de modo que simplesmente a recebemos pela fé. O mérito e a tentativa de convencermos a Deus não é necessária. Na verdade, ele nos dá sua paz sem nos cobrar algo em troca.

Como Cristo é a própria revelação de Deus no mundo, a paz de Cristo é a paz de Deus, conquistada na cruz para partilharmos da comunhão com Ele.

Paulo alerta os gálatas sobre quem eles eram em Cristo e para os lembrarem de que eram filhos da promessa por meio da fé. E que somente por isso eles tinham acesso a frutos que não provinham de seu mérito, mas eram gerados pelo próprio Deus. E um deles é a paz.

 

Paz como fruto do espírito

Os gálatas viviam tristes, porque estavam voltando às obras da lei e da tradição judaica. O apóstolo Paulo estava relembrando que, assim, eles estavam voltando à vida passada, quando viviam sem Cristo e buscavam serem justificados pela esperança em si mesmos. 

Continuar praticando a lei era o mesmo que ignorar a obra sacrificial de Cristo na cruz. Com isso, o amor e a graça providenciais que lhes davam o presente de serem chamados filhos era desprezado.

Essa guerra na qual estavam vivendo era proveniente do falso evangelho que viviam. Isto, porque, falsos mestres ensinavam a igreja a uma esperança falha e terrena.

A paz que Paulo pregava aos gálatas sobre o fruto do espírito, era a paz de Deus proveniente da liberdade em Cristo, de um caminho livre até Deus.

Aqueles que viviam a esperança no que Cristo fez poderiam viver uma vida de liberdade e desfrutar da paz com Deus e com o próximo, uma paz que o mundo não dá.

“Eu lhes deixo um presente, a minha plena paz. E essa paz que eu lhes dou é um presente que o mundo não pode dar. Portanto, não se aflijam nem tenham medo. João 14:27

 

A paz que o mundo não dá

A paz que temos hoje é valiosa e abundante e, certamente, é o consolo que o mundo precisa. Em Cristo temos a paz que o mundo não tem.

Isto só é possível para pessoas que vivem a liberdade em Cristo, ou seja, a esperança na obra suficiente e salvadora de Jesus.

Esta paz não pode ser comprada, mas é dada generosamente. Esta paz é a certeza eficaz do próprio evangelho. Este é o evangelho da paz que o apóstolo Paulo também comunicou aos efésios quando falou sobre a armadura de Deus.

Esta paz é valiosa, porque a recebemos com muito sacrifício. Não um sacrifício que nós empregamos, mas um favor generoso, pelo qual não poderíamos retribuir a Deus.

Os efésios precisavam ter em mente os calçados do evangelho da paz para se lembrarem de que onde eles iam, a verdade e a esperança de Cristo estavam neles.

Se temos paz hoje é porque Cristo, sendo perfeito, sofreu a morte de um pecador, se entregou em obediência para nos oferecer tudo o que Ele tem, todas as bênção espirituais nas regiões celestiais em Cristo.

 

Temos paz com Deus no mundo

Temos a paz de Deus que o mundo não consegue nos dar, porque por meio de Jesus temos comunhão e amizade com Deus. Não somos mais seus inimigos, não vivemos mais como insensatos, mas como sábios e tementes a Deus.

Termos um Pai que é Criador do universo, que morreu por nós e que continua nos orientando e conduzindo as nossas vidas à semelhança de Cristo nos leva a viver com sabedoria nesta Terra.

Podemos dormir descansados depois de um dia de trabalho e de esforço, porque temos alguém que trabalha por nós. Podemos esperar pelo amanhã, porque ele é fiel para prover o pão de cada dia e as oportunidades. 

“Tu conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme em ti, porque ele confia em ti”. Isaías 26.3

Podemos entregar todas as nossas ansiedades a ele, porque Ele cuidará de nós. Não precisamos viver com pressa nem com medo, porque Ele é o dono do tempo, das estações e por isso podemos ser fiéis a sua vontade. E não podemos acrescentar uma hora sequer ao nosso dia, mas ele sabe de todas as coisas e nos dará a provisão que precisamos.

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” Filipenses 4:23

 

Você já se pegou sendo moldado em seu caráter por algum vício, hábito ruim, ou por algumas virtudes? É verdade que eles estão moldando a vida de cada indivíduo aos poucos.

É natural e muito mais fácil cultivar hábitos na vida sem pensar à respeito deles. Sem parar para refletir sobre eles, se estão sendo bons ou ruins; se agradam a Deus ou se não.

A vida está passando e a cada ano tem sido mais fácil se tornar mais ansioso, mais temeroso à respeito do futuro ou mais impaciente? Se algo na vida tem causado algum desespero aos filhos de Deus, é preciso parar e colocar esses desafios diante do Senhor como também, descobrir as respostas na Palavra.

O que a Bíblia adverte sobre cultivar vícios e virtudes?

Entendemos que as virtudes são qualidades que o Espírito Santo trabalha para imprimir naqueles que estão sendo transformados à semelhança de Cristo. Elas são inúmeras e podem ser demonstradas ao longo de toda a narrativa bíblica. Através de um Deus que se revela santo e que deseja formar um povo para si santo e irrepreensível, onde a adoração a Deus, as leis e essas virtudes serão escritas no coração dos homens.

Essas virtudes estão espalhadas em toda a Palavra de Deus, como por exemplo a sabedoria (em Eclesiastes e em Provérbios), a coragem (em Josué), a gratidão (principalmente em Filipenses), a justiça (nos Evangelhos), a humildade (na vida de Jesus) e, principalmente, os Frutos do Espírito (em Gálatas).

E os vícios são pecados e, que por desagradarem a Deus, não o glorificam como Deus, e, portanto, afastam os homens da comunhão com Ele. Eles também são descritos em toda a narrativa Bíblia tendo seu início em Gênesis com a queda de Adão e Eva.

Esses vícios são impurezas das quais todo ser humano é suscetível devido a sua natureza. As Escrituras advertem que o ponto crucial da relação entre a criação humana com o seu Criador é a comunhão com Deus, que direcionará a identidade dessas criaturas,  a fonte de todo sentido e a razão de se manter todas as virtudes.

E quais são alguns desses vícios? Por exemplo, a preguiça (descrita em Provérbios), o orgulho ou o egoísmo (descritos em várias porções das Escrituras), homicídios e roubos (descritos nos Dez mandamentos) e as obras da carne (descritas em Gálatas).

Cultivar virtudes para glorificar a Deus

Há uma diferença importante entre cultivar virtudes com o intuito de somente ser uma pessoa melhor, e viver de modo que glorifique a Deus. Entenda que Jesus mesmo diz que:  “bem aventurados os que choram, bem aventurados os pobres de espírito” (Mt 5:4). A diferença está em quem você adora.

Para os filhos de Deus, cultivar virtudes é caminhar na dependência do Espírito Santo e, antes de tudo, buscar conhecê-lo e adorá-lo. É primeiro maravilhar-se com Deus, para então maravilhar o mundo refletindo essas virtudes.

Além disso, antes de conquistar o mundo é preciso maravilhar-se com o único Deus verdadeiro de atributos infinitos.  Ademais, é ter em mente que as virtudes a serem impressas nos corações de carne refletem quem Ele é, e quem ele deseja que esses sejam.

Cristo, o mais virtuoso e sem pecado, o que o motivou a obedecer até a morte? Glorificar o Pai. No momento em que suou sangue, ele renovou o voto de entrega e submissão ao Pai. E por este mesmo motivo, o cristão é transformado pelo poder do Espírito Santo para glorificar cada vez mais o Pai.

A felicidade do mundo produz uma vida adequada e centrada em si mesmo, sem pretensões nenhuma de glorificar ou reconhecer a glória a Deus. Os cristãos não, uma vez que fazem parte de uma grande história sendo dirigida por Deus, desde há muito tempo, aguardam a volta de Cristo. Por isto, buscam ser aperfeiçoados!

Deste modo, o cristão precisa se lembrar que Jesus estabeleceu a centralidade de suas vidas e reordenou os seus amores. Por isso, a gestão de habilidades, do tempo e da capacidade de exercitar virtudes são decorrentes desta comunhão com Deus. Esta comunhão é a força motriz de se tornar uma pessoa melhor e mais feliz.

 Qual a raiz de todas as virtudes?

Pensar sobre virtudes sem mencionar o que as impulsionam, não tem sentido.  E diferente de todas as respostas de filósofos ao longo da história, o apóstolo Paulo respondeu com clareza esta pergunta. Ele afirmou que sem amor os sacrifícios mais nobres, as atitudes mais bonitas, não valeriam de nada. Porque o amor é a fonte de todas as virtudes.

Segundo o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13:

“O amor é paciente

O amor não é invejoso

O amor não se orgulha

O amor é benigno

O amor não se porta com indecência

O amor não busca os próprios interesses

O amor não se enfurece

O amor não guarda ressentimento do mal

O amor não se alegra com a injustiça

Mas o amor se alegra com a verdade

O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Assim, todas as virtudes estão reunidas em um só lugar e de lá todas elas partem, uma vez que do coração procedem as fontes da vida (Provérbios 4:23).

Então, amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento é o destino de todo cristão. Razão pela qual mais facilmente a mente, as emoções e as paixões do coração serão submetidas a Deus em comunhão e serão transformadas segundo sua vontade.

Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele. – John Piper

A comunhão com Deus precisa ser central na vida do cristão, porque este vive para ter relacionamento com Ele!

Moldando a rotina para moldar a mente

Para mudar os vícios e transformá-los em virtudes, segundo a Palavra de Deus, é necessário interferir essencialmente na rotina. Isto é, mudar a rotina é o meio mais efetivo de priorizar na mente e estabelecer no coração a comunhão com Deus.

Desse modo, isto moldará as prioridades de sua agenda de forma que eduque a sua mente e o seu corpo a se submeterem ao Senhor, como um culto racional a Deus, oferecendo-os como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 121:2).

Neste caso, as disciplinas espirituais fortalecerão o seu coração no lugar certo e o ajudaram a descansar em Deus quando as preocupações surgirem.  Ao invés de ser movido pela pressa, medo e por todos os outros vícios, a comunhão com Deus firmará os pés em rochas que não se abalam e produzirá em você mais da vida de Cristo.