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Sobre o autor

Nayla Cintra

Nascida em Mato Grosso, Nayla é missionária em tempo integral desde 2011, tendo já servido durante 4 anos na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) e quase 2 anos como missionária intercessora no FHOP (Florianópolis House of Prayer). Nayla carrega um coração para pessoas em situação de vulnerabilidade social, ama o mundo artístico e criativo, é apaixonada por missões, mas tem como maior desejo ver o nome de Jesus sendo conhecido entre todos os povos e tribos da Terra.

Sim, eu desejo ver minha nação transformada. Alguns de vocês já devem ter percebido que sou uma sonhadora. Na verdade, prefiro ver a vida sempre com muita esperança. Eu sei que os dias são maus. E que o mundo jaz no maligno. Contudo, também creio no poder transformador do Evangelho. Creio que a glória do Senhor será derramada sobre a terra, como as águas cobrem o mar. Então, me pego a imaginar, como essa realidade se dará?

Em Isaías 54.2 temos um versículo interessante. Diz assim:  “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.”

Portanto, pensemos um pouco nesta palavra. Não lhe parece um convite? Um convite para vencer o medo e nossas inseguranças e nos tornamos corajosos e visionários? Não o impeças”! Será que de alguma forma nossa falta de entendimento tem nos impedido de vivermos as escrituras de forma integral? Jesus orou dizendo: “Venha o teu reino e seja feita a tua vontade; assim na terra como no céu.” – Mateus 6.10. Refletindo sobre tudo isso, diga-me: o que podemos e devemos fazer como Igreja de Cristo?

Qual deve ser a resposta da Igreja para os problemas da Nação?

É verdade que o primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas. Esse é o coração do nosso chamado. O Senhor é o que temos de mais valioso, Ele é incomparável. Conhecer a Deus, andar com Ele e fazê-Lo conhecido é nossa maior missão. Entretanto, não pensa que é incoerente experimentarmos a graça desse amor e mesmo assim, não sentirmos nada pelo próximo? De fato, é contraditório amar a Deus e não nos movermos em direção às pessoas a nossa volta. Em direção às boas obras.

É muito claro nas escrituras o quanto Deus se importa com os povos. Ele se importa com o sofrimento do homem em uma sociedade. E como Igreja, o Senhor tem nos ensinado a cuidar do próximo. Somos chamados a realizar essas boas obras. A prestarmos um culto racional e verdadeiro. A nos importarmos com aquilo que importa para Deus. Afinal, Jesus entregou sua vida na Cruz por amor ao homem pecador. Para que fossemos redimidos. Ele deseja a nação transformada.

A Religião Pura

Semelhantemente, Tiago nos ensina qual é a religião pura e sem mácula: “A religião pura e sem mácula, para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. (Tiago 1.27). Similarmente, em Isaías 58 temos alguns princípios sobre o jejum que Deus escolhe. E isso, tem tudo a ver com olhar para o outro e clamar por justiça. Precisamos ousar e sair das quatro paredes.

“Não é este o jejum que eu tenho escolhido? Soltar os grilhões da perversidade, desfazer as pesadas cargas e permitir ao oprimido ir livre, e que vós quebreis todo jugo? Não é este, distribuir teu pão ao faminto, e que albergues o pobre que está errante em tua casa? Quando tu vires o nu, que o cubras; e que tu não te escondas do teu irmão?

Então, tua luz irromperá como a alva e tua cura brotará de repente. E tua justiça irá diante de ti; a glória do Senhor será tua retaguarda. Então, tu chamarás e o Senhor responderá; tu clamarás e ele dirá: Aqui eu estou. Se tu removeres do meio de ti a opressão, o dedo ameaçador e o falar arrogante. E se tu dilatares tua alma para o faminto e satisfizeres a alma aflita, então tua luz crescerá dentro das trevas, e tua escuridão será como o meio-dia.” Isaías 58.6-10

Importando-se o bastante para nos envolvermos

Se queremos ver uma nação transformada, precisamos nos importar ao ponto de nos envolvermos. Sendo assim, como de forma prática, podemos ser agentes de mudanças em nossa sociedade?

Por exemplo: Vamos pensar na cultura. Como as ideias são disseminadas? O que tem formado nossa história? Quais são as bases? As crenças e os valores tão arraigados em nossa forma de ver o mundo. Como tudo isso tem sido gerado?

Pois, ao longo da história, vemos dois momentos distintos da Igreja. Muitas universidades surgiram através dela. Mas também, observamos a Igreja se retirando da sociedade em outras situações. Afinal, ela não queria se corromper com o mundo. Neste caso, foi aí que perdemos o cinema. Don Grattus, afirma que temos que ter um compromisso com o poder transformador de Cristo em todas as áreas da sociedade.

“A salvação envolve um compromisso sério com o amor, com a verdade e com o poder transformador de Cristo. Como diz o poeta T.S. Eliot, é “uma condição de completa simplicidade, (custando nada menos do que tudo)”. Uma conversão por completa irá afetar tudo o que tocamos, e isso significa a sociedade como um todo. As piores expressões da “teologia da retirada” – a divisão entre secular e sagrado, a cosmovisão dicotômica e a falta de envolvimento com a sociedade fora de contexto da igreja local – foi resultado tanto de um evangelismo falho como de uma perspectiva social limitada. O que os evangélicos precisam não é uma dose de “evangelho social”, mas uma descoberta do senhorio de Cristo. Don Grattus

Um convite para participar

Deus quer gerar em nossos dias, projetos que nem conseguimos imaginar. Ele tem nos dado algumas peças como de um quebra-cabeça. Tem conectado pessoas de forma surpreendente. E ainda, tem aumentado nosso potencial criativo e de geradores de ideias. Ele tem nos ensinado e nos guiado. E a realidade é que não podemos fazer nada sem Ele. Somos um ramo da Videira.

Uma nação é transformada quando amamos a Deus de todo o nosso coração. Quando cumprimos o primeiro e o segundo mandamento.  Quando amamos ao próximo como a nós mesmos ao ponto de nos importarmos. E  de nos envolvermos em todas as esferas da sociedade e com o homem em sua forma integral: corpo, alma e espírito. 

O que podemos dizer é, “sim” ou “não”, para esse desafio. Podemos nos ajustar ao planos do Rei ou impedir que o “espaço” seja alargado. Quero ver esta nação transformada pelo poder do Sangue de Jesus derramado na Cruz do Calvário. Foi Seu amor! É Seu amor por nós que nos transforma. Quero fazer minha parte para que isso aconteça, mesmo que seja uma parte irrisória. E você? Deseja ver a nossa nação transformada?

Todos temos um propósito. Deus nos criou para Si e sabemos que há um propósito em tudo o que o Senhor faz. Sua vontade é boa, perfeita e agradável. Caminhar com o Deus e aprender com Ele, transforma a nossa história. Somos convidados a adentrar à Sua presença com ousadia e liberdade. Pois na cruz, Jesus rasgou o véu que nos impedia de estar com Ele.

Consequentemente, quebrou a força do pecado sobre nós. Aquilo que outrora nos separava, não pode mais nos separar. Nada deve nos impedir de vivermos diante de Sua presença. Portanto, precisamos refletir sobre as nossas vidas. Até que ponto temos experimentado tal liberdade na presença de Deus? Ou o pecado, de alguma forma, ainda nos impede de termos uma vida de plena abundância em Jesus? Temos vivido com propósito? Ou temos fugido do nosso chamado?

O pecado tenazmente nos assedia. Mas lembre-se, graça foi derramada e continua sendo derramada. Jesus venceu a morte. Ele vive! Sim, eu sei que não é fácil lutar contra nossa carne. E principalmente, quando somos tentados pelas paixões do mundo. Mas, o Senhor nos chama para o conhecê-lo. Então, sejamos ousados para o buscarmos de todo o nosso coração e encontrarmos direção na Sua voz.

Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” Hebreus 10:19-23

O primeiro propósito

“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” Apocalipse 4.11

Todas as coisas foram criados por Deus e para a Sua glória. Consequentemente, nosso primeiro chamado é vivermos para Ele de todo o nosso coração. E como fazemos isso? Que estilo de vida demonstram nosso compromisso de amor e lealdade ao Senhor? Quais as marcas de um verdadeiro adorador?

Acima de tudo, é preciso clareza para entender que isso não consiste em apenas ter uma vida religiosa. Ou de aparente devoção. Precisamos nos lembrar que cada árvore produz segundo sua espécie. Pensemos então, sobre os tipos de frutos que temos produzido.

Somos chamados para realizar boas obras

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, a qual Deus preparou antes para nós as praticarmos.” Efésios 2.10

Somos chamados para vivermos intensamente com o Senhor. Dias felizes e tristes chegarão sobre nós, mas andar com Deus e conhecê-Lo, fará toda a diferença. É importante saber que fomos criados para adorar a Deus. Fomos criados com dons e habilidades únicas. Nem mesmo nossas digitais são iguais. Temos cores e jeitos diferentes. E até mesmo nossos gostos são diversos.

Será que Deus, dotado de inteligência indescritível e incomparável, nos faria desse modo apenas por fazer? Encontrar sentido em nossas escolhas e no que de fato o Senhor deseja de nós, abrirá um leque de oportunidades e mais. Nos fará experimentar realizações com o Senhor.

Há um versículo que costumo orar, diz assim: “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos. sim, confirma a obra das nossas mãos.” Salmo 90.17. Um dia, cada um de nós estará diante de Deus. Tudo o que fizemos e deixamos de fazer está sendo registrado em seu livro. Que o Senhor se agrade da nosso vida, do nosso trabalho e das nossas escolhas.

Em suma, nosso primeiro propósito é amar a Deus sobre todas as coisas. Com todo o nosso ser e de toda a nossa alma. E depois, é lhe oferecer boas obras através de tudo o que fizermos. Nosso trabalho, nossos relacionamentos interpessoais e principalmente nossas decisões.

Você tem vivido com propósito? Tem sido intencional em seu trabalho? O que você acredita ser marcas de um verdadeiro adorador? Daqueles que gastam os dias vivendo com propósito diante de Deus?

Você consegue perceber que em todos os aspectos da vida, as pressões estão aumentando? O mundo está em constante frenesi. Basta apenas abrir as redes sociais para constatar conflitos dos mais variados temas. Todos podemos observar as crises e traumas expostos em cada parte da sociedade. Seja na família, nos negócios e nas nações. Como resistir a todas essas pressões?

A Bíblia tem resposta para todas as áreas da vida. E ao analisarmos a história da humanidade podemos julgar os diferentes caminhos. Por exemplo: quando uma nação aplica os princípios Bíblicos ordenados por Deus, se obtém liberdade e abundância para o povo. A isso podemos chamar verdadeiro avivamento.

Verdadeiro avivamento gera transformação

Todo avivamento verdadeiro é imbuído de sinal de transformação. Sejam eles culturais, familiares e sociais. Sim. Pois digamos que, um pai alcoólatra tem um encontro com Cristo, O Salvador. Sua vida é transformada por meio das Escrituras através de um discipulado profundo e pelo poder do Espírito Santo. Ele tem sede de Deus e ama a Jesus. Seus pecados são confrontados por meio da Palavra. E sua vida começa a ser transformada dia a dia. O que vai acontecer a sua volta?

De fato, o homem carnal vai se dissolvendo, seus antigos ideais vão sendo transformados pelos valores de Deus. Ele começa a se tornar um pai melhor. Afinal, agora ele valoriza a sua família de forma especial. Faz escolhas mais responsáveis para o bem de todos. Passa a ser um funcionário ou um chefe mais excelente. Enfim, esse homem se torna uma carta escrita do Salvador.

“Vós sois a nossa carta , escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito de Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. II Coríntios 3.2-3

Segundo o site nexojornal.com.br, em 26 anos, o número de evangélicos no Brasil saltou de 9% para 32%.  Então, a pergunta que não quer calar é: que tipo de cristianismo temos pregado? E principalmente, como temos vivido? Existem transformações ocorrendo em nossas comunidades?

Jesus não sofreu em vão

Gosto de explicar minhas intenções em fazer tantas perguntas. Mais uma vez, o intuito não é levantar acusações contra cristãos, afinal, também sou uma. A questão é refletirmos sobre o que falamos e como agimos. E que haja em nosso meio alinhamento intenso ao desejo do coração de Deus. Ele deixou sua Palavra e ela é viva e eficaz.

Em Isaías 53, temos uma palavra profética à respeito da Cruz. Jesus não sofreu em vão. Seu sacrifício é suficiente para nos libertar. Por outro lado, o pecado é uma prisão esmagadora. Precisamos compreender a Bíblia através do todo e não em partes isoladas. Devemos deixar que Ela nos leia, confronte e transforme. A graça é o nosso poderoso recurso para sermos livres. Definitivamente, ela não nos dá licença para vivermos em pecado e constante rebelião. O Pastor Marcos de Souza Borges (Coty), usa o termo “reabibliamento”. Devemos voltar a Palavra.

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. Gálatas 5:1

A Palavra nos instiga, pois faz refletir sobre os tipo de evangelho que temos vivido. Ele é real ou dicotômico? É poderoso ou apenas retórica? É filosofia presa ao mundo das ideias, ou é poder transformador para o homem? O que acontece é que, muitas vezes, lá no fundo temos nossas dúvidas… Se a cruz é assim tão suficiente ou se são as nossas obras?

Avivamento em comunidades locais

Deus tem trazido cura a vida de muitas pessoas nos bancos das Igrejas e nas ruas das cidades. Ele tira do monturo o necessitado e o faz assentar entre os príncipes do seu povo (Salmos 113.7). Isto é, Jesus salva o homem de alma quebrada e o coloca em um lugar de grande honra. Isso é lindo, não é mesmo? Quando o Senhor restaura a nossa sorte.

Tenho uma impressão em meu coração. Da mesma forma que aquilo que Jesus tem feito, às vezes, tão individualmente. Em um nível bem pessoal e singular. Ele fará também de forma coletiva. Ele fará no país que amamos e nas nações para onde nos desterrar.

Temos visto mudanças tão extraordinárias, apesar dos desafios serem da mesma medida. Meu coração sonha com esses focos de avivamentos tomando a terra, começando aqui no Brasil. Grupos de orações se levantando até que invadam estádios inteiros. Quebrantamento genuíno. Que aqueles que roubavam deixem de o fazê-lo e como Zaqueu se proponham a restituir os defraudados. Que mentira seja tirada do nosso meio e haja transparência e humildade.

A Palavra transformando destinos

Quero ver comunidades sendo transformadas pelo poder da Palavra de Deus. No meio das crianças, dos jovens e adultos. Deus restaurando relacionamentos entre pais e filhos. Mudando corações e atitudes. Miséria e pobreza sendo trocado por trabalho e dignidade. Mentiras sendo trocadas por verdades.

Definitivamente, homens aparentementes sem força nenhuma mudaram a história em suas gerações. Afinal, eles apenas se dobraram ao Deus que faz milagres acontecerem. Eles foram intercessores, profetas, reis e pastores e eram grandes diante de Deus, pois decidiram ousar em fé e se mover na direção da voz do Bom Pastor.

O que Deus tem te convidado a fazer? Que sonhos Ele tem plantado em seu coração? Quero te encorajar a olhar para Jesus e se jogar em fé. Enfim, existe uma promessa sobre nós:

“E a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar. Habacuque 2:14”

Deixe-me saber como é a sua ideia de transformação e avivamento? E me conte como tem ajustado seus planos aos planos de Deus. Você também deseja ver grandes milagres?

God bless

Antes de mais nada, acredito que se lembre que o assunto liderança eficaz já tem sido um dos nossos temas aqui no Blog da fhop. Esse tipo de liderança começa quando servimos. E aumenta em autoridade à medida que aprendemos a nos auto liderarmos. Todos nós temos o desejo de crescermos em nossa liderança. Tanto internamente (autogoverno), como externamente (quando lideramos sobre outros). Um importante aspecto desse tema, tem a ver com as relações familiares. Dessa forma, como governamos as nossas casas e conduzimos os nossos filhos?

Esta é uma reflexão muito importante que precisamos fazer diante do Senhor. Pedir que Ele sonde o nosso coração e nos dê sabedoria. Para assim, conduzirmos as pessoas que mais amamos a viver segundo os preceitos da Palavra. Hugo Grotius afirma:

“Aquele que não sabe como governar um reino não pode dirigir uma província; aquele que não pode lidar com uma província não pode comandar uma cidade; nem comandar uma cidade, aquele que não sabe liderar uma vila; não pode liderar uma vila aquele que não consegue guiar uma família; nem consegue governar bem uma família aquele que não sabe governar a si mesmo; ninguém pode governar a si mesmo a não ser que a razão comande, e a vontade e o apetite sejam submetidos a ela; nem a razão pode governar a não ser que ela seja governada por Deus, e (completamente) obediente a Ele.” Hugo Grotius

Como o homem governa a sua casa, governará tudo ao seu redor

Da mesma forma como homem governa a sua casa, ele governará todas as coisas ao seu redor. Esta afirmação pode soar um tanto dura para alguns. Mas ela é bem verdadeira e um dos maiores desafios da vida cristã.

Talvez, você já tenha ouvido aquela história em que, o filho do pastor, pede a mãe para se mudar para o prédio da igreja. A mãe questiona o filho sobre o motivo do desejo. Bom, para resumir a história, o filho responde que na igreja, o pai é uma boa pessoa. Descontando as nuances da narrativa, se é, pastor, presbítero ou diácono… A realidade continua sendo a mesma. Na igreja o pai é um tipo de pessoa. E em casa, isto é, no ambiente familiar, pode ser um homem bem diferente.

Quantos de nós não conhecemos tais histórias? De tantos filhos de cristãos que após um certo tempo, não querem mais os ensinamentos bíblicos da infância? O objetivo aqui não é levantar nenhum tipo de acusação. Na verdade, sejamos pragmáticos e sábios. Vamos olhar a história com o fim de aprendermos com os nossos erros e reparar as brechas do passado.

Sendo fiel nas pequenas coisas

Já ouviu aquela máxima que diz : “Aquele que não é fiel no pouco também não será fiel no muito?” “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito.” Lucas 16:10. Cada um de nós temos uma responsabilidade diante de Deus. De exercemos fidelidade em qualquer esfera social. Seja em nosso lar, no mercado de trabalho ou na igreja.

O que podemos perceber é que, antes que exerçamos qualquer tipo de liderança ou governo externo, é preciso que governo interno esteja fluindo em nós. E no ambiente familiar é o lugar onde temos mais liberdade para ser quem somos. No lar, somos alinhados. Nesse lugar, nosso cristianismo é provado. E assim, poderemos exercer tal liderança ensinando os filhos no caminho em que eles devem andar. E isso, além das palavras que pronunciamos, está principalmente relacionados ao jeito que vivemos. Timóteo assevera a respeito do dever pastoral do presbítero:

“Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?” 1 Timóteo 3:4,5

O que a gente faz fala muito mais do que só falar

O trecho acima é o refrão de uma música cristã dos anos 90, da Banda Fruto Sagrado. Essa frase expressa o ardente desejo do nosso coração. De que nossas ações sejam mais profundas do que aquilo que apenas falamos. Quebrar esses paradigmas não é tão fácil quanto gostaríamos. Mas é igualmente necessário para governar nossa casa de acordo com os princípios de Deus.

Por outro lado, isso não é um compromisso com o perfeccionismo. Sim, preste atenção. Vivemos em um mundo caído. Vamos cometer erros, mas estes não serão prisões. A graça eleva o padrão. Mas também é tudo o que precisamos para praticar a Palavra. E qual é o nosso modelo de liderança para a família? Provérbios nos dá uma resposta.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6

E como se ensina a Palavra?

Primeiramente é pelo exemplo. Aprendemos com nossos pais porque os imitamos. Isso não é consciente o tempo todo. Mas é assim. Se eles amam a Deus, temos grande chances de amar a Deus com a mesma intensidade. E principalmente, temos uma promessa. Sementes não serão perdidas, mas um dia, brotarão. Lembra que o filho pródigo não teve outra coisa a fazer além de voltar à casa do pai?

Vocês que são pais, têm sentido dificuldades em ensinar os filhos a respeito de Jesus? Como tem sido sua experiência diante dos desafios do mundo?

Enfim, precisamos ir mais profundo neste tema. Assim, teremos um estilo de vida que agrada ao Senhor. E daremos testemunho de quem Jesus É. Ele sempre liderou pelo exemplo e eu quero aprender com Ele, e você?

Há um prazer sem medidas quando descobrirmos o sentido de sermos filhos de Deus. Muito tem se falado sobre este assunto: “como nos tornamos filhos”. Essa filiação pode ser bem diferente da que conhecemos aqui na terra. Pois Deus é um pai perfeito. Enquanto, por melhor que tenham sido nossos pais, eles certamente falharam em alguns momentos.

Antes de mais nada, um filho deve experimentar aceitação, proteção e aconchego. A voz do pai guia e transmite segurança. Sem dúvida, os pais são a referência não apenas por aquilo que falam, mas principalmente pela forma com que vivem. E nesse ambiente familiar aprendemos o que é amor. E o Senhor reconstrói pontes quebradas. 

Assim, todos quanto receberam a Cristo como único e suficiente salvador, tem o poder de serem feitos filhos de Deus. O Senhor é tão graciosos para com as nossas vidas, não é mesmo? Ele nos chama para perto do seu amor e desvenda os nossos olhos para sua graça inefável. Que isso possa nos encher de vigor para caminharmos com incrível leveza diante de quem Ele É. Somos seus filhos.

“Mas, a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus;” João 1.12a

Enfim, o que eu e você precisamos experimentar como filhos de Deus? Que aspectos do caráter de Deus precisam nos tocar? Confesso que, muitas vezes, me sinto cansada diante das confusões da vida. Mas há tanta leveza quando sabemos como nos abrigar em Deus e vivenciar sua paternidade de forma real.

A fidelidade do Senhor

“Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas,

e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia.” Salmos 91:3-6

Definitivamente, não sei que tipo de problema você possa estar enfrentando ou se sua vida tem sido como um mar de rosas. Quem sabe você é do tipo que sempre tenta ser forte. E nunca deixa que os problemas te abaterem. Ou, quem sabe, está um pouco cansado de tentar ser forte o tempo todo. Quero que possamos olhar para a Palavra de Deus. E que saibamos que Ele nos livrará do laço do passarinheiro. A Sua fidelidade será o nosso escudo diante dos dissabores.

Provando a fidelidade de Deus de forma pessoal

Já compartilhei aqui no Blog da fhop que meu pai tem miocardiopatia e sua vida é um verdadeiro milagre. Parte do seu coração está necrosado. A minha herança de fé vem dos meus pais e de como eles sempre foram generosos, principalmente com os excluídos. Dessa forma, posso contar milhares de histórias sobre o testemunho de vida deles e como eles amam o Senhor.

Por exemplo, eles tem 30 anos de ministérios e nessa temporada tenho me preocupado muito com algumas circunstâncias. Este é um tempo que preciso experimentar fidelidade de Deus sobre a vida da minha família. Por mais que pareça que estou paralisada, sem poder fazer muita coisa. Sei que posso me abrigar na Fidelidade do meu Pai Celestial. O Senhor pode nos socorrer.

“Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.” Salmos 34.4

De forma pessoal, como você identifica a fidelidade do Senhor nos dias de hoje? Como ela se apresenta prática no seu dia a dia? Em que áreas você precisa experimentar desse escudo protetor? Derramemos o nosso coração diante de nosso Pai. Não estamos sós. Não precisamos nos sentir sós ou abandonados. Não somos órfãos. Somos seus filhos.

Orando com confiança

“Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça.” Salmos 143:1

Da mesma forma que o salmista orou, este tem sido meu clamor nos últimos dias. Que o Paizinho nos conduza em Sua Fidelidade. Que Ele Se lembre de cada uma de suas promessas. Deus ama a justiça e Ele nos ama também. Nós podemos orar com confiança. Nossas orações não estão impedidas de chegar até o ouvido do Senhor. Lembra que Ele não é como o juiz iníquo? Mas, é um Bom Pai.

Pense um pouco: como Deus te vê? O que Ele pensa sobre você? Você acredita que Ele quer te atender? Ele quer demonstrar amor leal. Você está pronto para receber esse amor? Pois bem, tire um tempo com o Pai e lhe escreva uma carta. Cantai-Lhe canções e deixe que o amor que Ele lhe tem, inunde a sua alma.  

Sua alegria será nossa força

“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Neemias 8:10

Primeiramente, saiba que encontrar alegria no Senhor nunca é por falta de provações ou exclusão de sofrimento. Não. Também não é apenas positivismo ou coisa do tipo. Encontramos alegria através do Espírito Santo que está em nós. Nos fortalecendo e revelando o coração Paterno de Deus. Há uma chama que queima em nós e renova fé e força. Nos faz corajosos para conquistar a história que Deus já nos deu. Amo o Salmo 16.11. Talvez você já tenha percebido, pois ele sempre aparece em minha meditações aqui no Blog. E meu coração deseja que esse versículo seja real em nós.

“Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” Salmos 16.11

Enfim, conte-me como você tem experimentado a Paternidade de Deus e Sua Fidelidade? Até o próximo texto e que Deus nos abençoe.

 

Posso lhe dizer, sem sombra de dúvida, que missões é meu tema preferido. Foi esse tema que me trouxe até aqui. Já faz um tempo que caminhamos juntos aqui no Blog da fhop. Ao longo da minha história, tenho entendido meu papel como missionária. São quase oito anos vivendo essa realidade e buscando compreender o que não aconteceu necessariamente como imaginei. Como ser missionário no Brasil?

Peço licença para compartilhar um pouquinho dessa minha história e como tem sido ser missionária em nosso próprio país. No Brasil existe um povo alegre e generoso. Mas, como nação, precisamos compreender nossa identidade diante de Deus. Precisamos perceber nosso propósito como povo e nos lembrarmos de Suas promessas.

A Grande Comissão

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minha testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.” Atos 1.8

Precisamos sempre voltar à Palavra para saber nosso propósito e o desejo do coração de Deus para as nossas vidas. Segundo Atos 1.8, um dos sinais do Avivamento é o movimento. Deus tem nos tirado de nossas zonas de conforto e nos levado a uma revelação profunda de seu coração pelas nações. Você já parou para pensar quantos heróis Bíblicos Deus moveu de sua casa, de sua terra e os levou para um lugar desconhecido? Nos tornamos como nômades. Nômades de Cristo.

Muitas vezes, nossos paradigmas têm que ser quebrados. Amo algo que o fundador da Jocum no Brasil diz: “Toda obediência tem que ser celebrada.” Jim Stier. E o que isso quer dizer? Não importa se nosso legado é dentro da Agência Missionária ou no mercado de trabalho. Não importa se fomos chamados para servir como missionário no Brasil ou fora dele. O que na verdade importa é a nossa obediência diante de Deus. É sermos suas testemunhas tanto em Jerusalém, como na Judeia, em Samaria e até os confins da terra. Neste tempo, Deus me chamou a Floripa. Antes estive em Curitiba. Antes de lá  ainda, servi em minha Igreja local, no interior do Mato Grosso. Como parte da comunidade e alguém no mercado de trabalho.

Os desafios financeiros e a provisão de Deus

Finanças é um tema delicado no que se refere a missões. Principalmente quando nossa carreira missionária é desenvolvida em nossa própria terra. Provavelmente, você tem um monte de idéias quanto ao que significa ser missionário e como é “difícil” confiarmos na provisão do Senhor. Será que todas às vezes a provisão vem? Você pode estar se perguntando.

Além disso, talvez já tenha replicado aqueles chavão: “Se Deus chamou, Ele mesmo sustenta.” E isso é verdade. Mas, sabia que Deus não faz dinheiro nascer em árvores? Na verdade, o propósito do coração de Deus é que seu povo sustente missões. Que Seu povo disponha dos recursos para enviar e manter sua obra. Pois Ele é que dá semente a quem semeia.

Um missionário é alguém que vive em miséria e sofrimento perpétuo, tendo que renunciar a tudo e fazer voto de pobreza?  Voltemos a Palavra de Deus:

“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. e ainda: O trabalhador é digno do seu salário.” 1 Timóteo 5.17.18

Orando para que Deus levante trabalhadores

Um último aspecto para refletir neste quesito é: Você enviaria seus filhos para servir ao Senhor nos campos missionários? Sejam eles: campos nacionais ou internacionais? Porque será que tantos de nós sentimos medo de que nossos filhos escolham essa vocação? Nossa visão sobre missões ainda é fragmentada pelas histórias que ouvimos. E por crenças que, muitas vezes, são distorcidas da Palavra de Deus. E do intuito do que Jesus pensa.

Em Eclesiastes 8.5-6 fala que: “o coração do sábio conhece o tempo e o modo.” Será que temos que fazer missões da mesma forma que foram feitas ao longa da história? Quando demorava dias, meses e anos para que informações chegassem onde era necessário chegar? Sim, eram meses e anos para cruzar os oceanos. Hoje, a informação chega tão rápida e de forma massiva pela internet. Mas muitas vezes, nosso coração ainda se torna resistente. E não damos com alegria, mas com pesar. Ou por pena. Querido, nunca sinta pena de um missionário. Pois é honra darmos nossas vidas a Cristo. É uma honra ser missionário no Brasil e em qualquer outro lugar da terra. 

Lembre-se que Jesus nos ensinou a orar para que o Senhor da seara enviasse mais trabalhadores para a seara.

“Então, falou aos seus discípulos: “De fato a colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, orai ao Senhor da seara e pedi que Ele mande mais trabalhadores para a sua colheita”. Mateus 9.37-38 (King James)

Abrindo o coração – lutando contra impressões erradas

Existem muitos sonhos missionários em meu coração. Muitos dos quais ainda não vivi. Uma de minhas maiores dificuldades em campo é a “solidão”. Sim, eu sei que Cristo está comigo e Sua mão tem me mantido em pé. Sua alegria tem me feito forte para prosseguir, mesmo quando penso em desistir. Quando me refiro a solidão, é que muitas vezes, o fato de não termos os “recursos necessários”, nos dá uma certa sensação de abandono da Igreja. Então, nos sentimos sós.

Mas, também sei que, como missionários, podemos frustrar os irmãos. E precisamos conversar sobre isso. Não como vítimas ou acusadores. Precisamos construir as pontes. Porque só alcançaremos “Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra” se formos um e revestidos do Espírito Santo. Não são dois lados separados. Somos um único lado, orando como Jesus. Para que Seu Reino venha e seja feita Sua vontade, assim na terra, como é no céu.

O que mais você deseja saber sobre missões? Como se sente como missionário? Como se sente como parceiro de missões? Você também deseja ser um missionário no Brasil?

No texto de hoje, vamos falar em como ser um líder eficaz. De certa forma, cada um de nós exerce algum tipo de liderança. Seja em meio a grandes corporações ou em níveis mais simples de relacionamentos. Muitos líderes podem se sentir sozinhos em sua trajetória. Mas saibam, lidar com pessoas é sempre ter a oportunidade de aprender com suas diversidades. Além disso, isso também nos leva a crescermos em maturidade. Ser um líder eficaz não consiste em se encher de trabalho e fazer todas as coisas sozinhos, vivendo sobrecarregado. Um bom líder aprende a servir destacando o melhor daqueles que o “seguem” e fazem parte de suas comunidades.

Sem dúvida, Aquele que exerce liderança suprema, nos ensina como agirmos de forma que agrade a Deus. Pois, Jesus, mesmo sendo Deus, não usurpou a sua posição. Antes, decidiu se esvaziar de Si mesmo e tornar-se homem como nós. Ele é nosso maior exemplo de como um líder deve proceder. Afinal, com 12 discípulos, Ele estabeleceu a Igreja que persiste até os dias de hoje.

“pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.” Filipenses 2.6-7

Feliz o homem que aprende a se auto liderar ou autogovernar

Acredito que vivemos em uma época de extremo privilégio. Isso é algo que me deixa muito animada. Deus tem nos dado a oportunidade de conhecermos tantas coisas sobre a mente humana e como o homem funciona. Se pararmos para pensar, vamos perceber que os princípios já estavam lá, descritos no Livro Sagrado. Davi dizia a sua alma: “Aquieta-te no Senhor”. Porque ele fazia essa oração? Davi sabia que precisava ter o coração pastoreado por Deus para se livrar de todas as suas ansiedades. Sim, precisamos aprender sobre “inteligência emocional” e outros aspectos da vida. Mas tudo isso, à luz da Palavra de Deus! Então, o que a Bíblia fala sobre tais questões?

“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.” Provérbios 16:32

“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se” Provérbios 25:28

Toda boa liderança começa com autoliderança. Pois somos daqueles que querem ensinar pelo exemplo e não por palavras e vãs filosofias, não é mesmo? Pois essa era a forma que Jesus fazia. Ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas e fariseus. Mas então, o que vem a ser autoliderança?

Geralmente, usamos a palavra governo relacionado às questões da sociedade civil. Mas, por exemplo, Stephen McDowell e Mark Beliles afirmam que, em um “sentido geral, governo significa direção, controle, regulamentação, restrição”. E essas “esferas podem ser divididas em governo interno e externo”, segundo afirma os mesmos autores. Isso não te faz lembrar do fruto do Espírito relacionado a domínio próprio? Então, podemos dizer que autoliderança é quando aprendemos a governar sobre nós mesmos. E não podemos fazer isso sem a ajuda do Espírito de Deus. A verdade é que Ele quer nos ajudar.

Autogoverno

“Todo governo começa internamente no coração do homem, com a sua capacidade de governar a consciência, vontade, caráter, pensamentos, ideias, motivos, convicção, atitudes e desejos. Como um homem governa a si mesmo internamente afetam as suas ações externas, discurso, conduta e uso da propriedade, etc. Cada esfera externa de governo é um reflexo de uma esfera interna. Em outras palavras, o interno é o que causa o externo. O tipo de governo que existe nas casas, igrejas, escolas, negócios, associações, ou plano civis de um país é um reflexo do autogoverno dos cidadãos.”  Stephen McDowell e Mark Beliles

Gostaria de trazer essa afirmação para nossa realidade. Por exemplo, pensemos um pouquinho apenas em nossa mesa de escritório ou quem sabe em nossos quartos. Como eles se parecem visualmente? Há organização e limpeza ou tudo é uma bagunça? Muita bagunça externa, muitas vezes é um reflexo das coisas que estão fora do lugar dentro de nós. De emoções e sentimento que precisamos organizar. E o Senhor quer nos ensinar a lidar com cada uma de nossas questões. De dentro para fora.

Assumindo nosso papel de servos

Em suma, podemos dizer que, toda liderança se inicia quando assumimos o papel de servos. Como líderes, serviremos a quem Deus colocar em nosso caminho com nossos dons e habilidades. Levando cada pessoa ao nosso redor a fluir em quem elas são. Nos dons e habilidades que possuem. Mas lembre-se: nossa capacidade de liderança aumentará em autoridade à medida que aprendermos a nos auto liderarmos primeiro.

Enfim, este é um assunto bem extenso, não é mesmo? E quero muito saber, o que você pensa sobre autoliderança? Como tem sido essa prática em sua vida? Você se considera um líder eficaz? Que saber mais sobre este assunto?

Talvez, hoje você esteja se sentindo um tanto enfraquecido, mas saiba que pode olhar todo desafio como uma oportunidade incrível de crescimento e superação. Em meio a dias difíceis, nosso caráter é provado e eu e você podemos encontrar aprovação no Deus que em tudo nos ajuda. Quando somos fracos, Ele se revela forte.

“Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e se compadecerá dos seus servos, quando vir que o seu poder se foi, e já não há nem escravo nem livre. Deuteronômio 32.36

Sim, Deus se compadece dos seus servos e fará justiça ao seu povo. Ele não está distante, inerte e impossibilitado de agir. Então, qual é o nosso papel diante das tribulações? Como devemos nos portar em nosso relacionamento com o Senhor quando tudo se torna difícil? O que a Bíblia diz sobre isso?

Um homem que provou escuridão

Lembra-se da história de Jó? E como ele passou de uma pessoa próspera a uma cheia de dores? Há muitas coisas que podemos falar sobre sua história. A Bíblia o destaca como “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1.1b). E bem podemos notar, que foi Deus mesmo que perguntou a Satanás se ele observara seu servo Jó: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém a na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal?” (Jó 1.8). Neste sentido, abramos parênteses e pensemos um pouco em como Deus nos descreve?

Jó, mesmo sendo justo, provou dos dissabores da vida, foi desafiado em suas emoções e na própria pele provou grande dor. Teve perdas incontáveis, mais do que posses e riquezas financeiras. Perdeu os filhos a quem tanto amava e oferecia por eles sacrifícios ao Senhor. Foi instigado por sua esposa a esbravejar contra Deus e até julgado por seus amigos mais leais, mas permaneceu firme. Em sua grande virada, podemos perceber que sua relação com Deus criou raízes profundas. Pois antes, um Deus que Ele conhecia de ouvir falar, agora era contemplado pelos seus olhos.

“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos podem ser frustrado. (v-2) … Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia (v-3b) Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. (v-5)” Jó 42.2,3b,5

Igreja e o desafio de ser luz em meio às trevas

Como cristãos, nosso desafio é viver a Palavra tanto individualmente como coletivamente. Jesus nos chamou para sermos Seu corpo e andarmos em unidade. Afinal, sabemos que enfrentamos oposição das trevas, desgastes, divisões. E se não nos mantermos atentos e vigilantes podemos nos tornar uma Igreja amarga e sem força de autoridade. Se o amor de Cristo não for latente em nós como Comunidade Cristã, seremos apenas como o sino que ressoa. Apenas muito barulho e nada mais.

Em Apocalipse, há conselhos preciosos às sete Igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia (Apocalipse 2 e 3). Esse manual serve para sondar nossas comunidades e para voltarmos sempre para a essência de quem somos chamados a sermos. Quero destacar alguns versículos para meditação e te encorajo a se aprofundar nesse estudo.

“Conheço as tuas obras, tanto o seu labor como a sua perseverança… (v-2a) Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. (v-4) Lembra-te, pois, onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras… (v-5)” Apocalipse 2.2a,4-5

“Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. (v-18) Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (v-19)” Apocalipse 3.18-19

Sete princípios que norteiam a vida dos que confiam

Deus é Fiel – Isso é uma marca do Seu caráter. Ele não permite que sejamos tentado além do que podemos aguentar e providencia para nós o socorro.

“Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar.” 1 Coríntios 10:13

Superação – Deus no leva além do que podemos imaginar. Ele renova a nossa força quando nos sentimos fracos.

“Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” Isaías 40:31

Gratidão – Nosso coração é provado e aprendemos a ser gratos por tudo o que Ele tem feito.

“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17,18

Alegria – Mesmo em meio ao sofrimento. Podemos nos alegrar no Senhor e ter esperança de que Ele mudará as circunstâncias.

“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Neemias 8:10

Paz – Mesmo no olho do furacão ou no meio da tempestade podemos sentir a paz que excede o entendimento, tão tranquila e plena dentro de nós.

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” Filipenses 4:7

Amor  – Nada pode nos separar do amor de Deus. Nem mesmo as nossas tribulações e angústia, nem mesmo os nossos pecados, principados ou potestades.

“Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8:36-39

Eternidade – Todas as coisas vão passar, nossas dores, nossos medos e Ele sempre estará conosco.

“Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”1 Crônicas 16:17

Conclusão

Em síntese, sabemos que neste mundo enfrentaremos oposição, trevas e muitas lutas. Sabemos também que não fomos abandonados como órfãos. Jesus morreu para nos dar a salvação e nos levar de volta ao Pai. Ele reconstruiu essa ponte e não nos deixou sós. O Senhor nos deu o Espírito Santo, O Consolador, que nos ajuda e nos ensina. Sendo assim, que de forma bem prática, possamos entender essa verdade e ter a Bíblia arraigada em nós. Pois Ele nos fará lembrar de tudo o que for importante para cada situação da vida. Que sejamos ousados e plenos para viver intensamente em louvor e glória a quem Ele É. Afinal, Ele é Digno!

Talvez você se pergunte: o que preciso fazer para ser salvo? Essa pergunta é genuína, mas algumas vezes, tal questionamento foi feito a Jesus apenas com a finalidade de testá-lo. Sabiamente, o Senhor discerne o coração humano e lida com cada um de nós segundo as verdades internas que até mesmo desconhecemos. Ele reconhece a nossa sinceridade e também os nossos enganos, e melhor, joga verdade e luz sobre as trevas.

Há uma história que foi contada por Jesus em certa ocasião quando um mestre da Lei o questionou a respeito da vida eterna e de como ser salvo. Infelizmente, em tal episódio não havia sinceridade. Tudo o que o intérprete desejava era encontrar algo para acusar a Jesus. Mesmo assim, sabendo que tais questões eram reais, Jesus aproveitou a ocasião para ensinar sobre eternidade e amor verdadeiro.

“E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretar? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a Ti mesmo.” Lucas 10.25-27

Jesus contou a história para ensinar importantes princípios do reino de Deus e como ser salvo. Você também ama quando Ele faz isso? Instrui de forma simples e direta? Ele disse que um homem caiu nas mãos de ladrões, ficando ferido pela estrada, sem condições para prosseguir no caminho, roubado, desnudo, extremamente machucado. O homem estava quase morto!

Então, a história continua com o sacerdote e depois um levita vendo o homem ferido no chão, mas se esquivaram, passando longe. Aqueles que representavam a Deus, não conseguiram ter o coração movido a favor de um irmão. Será que, de alguma forma, também não agimos assim em determinadas circunstâncias? Há tantas pessoas feridas em nossos caminhos, roubadas, quase mortas, mesmo que não sempre seja literal. 

Jesus continua nos ensinando

Jesus continuou contando a história, dizendo que o samaritano agiu de forma diferente. Na ocasião, ele resolveu se envolver naquele “negócio estranho”. Compadeceu-se, pagou do próprio bolso o valor equivalente a dois meses de pensão, para que o homem quase morto pudesse ser trazido de volta à vida. Quem é o nosso “próximo” nessa jornada em que estamos vivendo até a Eternidade? Confesso que me sinto desafiada a amar. Algumas vezes me sinto tão seca. Tão fria e sem paciência com aqueles que estão ao meu lado. Dá trabalho parar o nosso próprio caminho, não é verdade? Andar mais devagar para acompanhar o passo do outro? Passar óleo e vinho em ferimentos alheios e dispor dos nosso recursos financeiros para demonstrar o amor que é real?

Os samaritanos eram considerados a escória para os judeus, mas Jesus, lhe dera lugar de destaque. “Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho, e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-lhe para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com Ele. Então, lhe disse: vai e procede tu de igual modo.” Lucas 10.33-37

Significado da Salvação

A Salvação é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, isto é, amar de forma genuína. E, mesmo que seja desafiador, não é apenas um “esforço” humano, feito com nossos braços, mas é a graça de Deus jorrando em nós quando não temos o que dar. É o fruto do Espírito Santo crescendo todos os dias: “afeição pelos outros, uma vida cheia de exuberância, serenidade, disposição de comemorar a vida, um senso de compaixão no íntimo e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas pessoas.” (Gálatas 5.22-23). É Jesus ensinando a amar como Ele ama.

Começamos este devocional falando sobre perguntas feitas com intenções equivocadas. Se Jesus respondeu com profundidade ao intérprete da Lei que apenas queria testá-lo, imagine como Ele age com o sincero de coração. Sim, nossa ânsia pela verdade será satisfeita. Ele é bom e sabe como nos ensinar. Que hoje, possamos usar de misericórdia para àqueles que O Senhor colocar em nosso caminho. E que possamos amar o Pai, o Filho e Espírito Santo com todo a intensidade da nossa alma.

“… Mestre, o que preciso fazer para ter a vida eterna?” Ele respondeu: “O que está escrito na Lei de Deus? Como você a interpreta?” Ele disse: “Ame o Senhor seu Deus com toda a paixão, toda a fé, toda inteligência e todas as forças; e ame ao próximo como a você mesmo.” “Boa resposta!”, disse Jesus: “Faça isso e viverá.”” Lucas 10.25, 26, 28

“Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; Êxodo 33.11a”

Existe tanta beleza nas escrituras, a própria beleza de Deus vai sendo desvendada e ficamos iluminados. E ao nos encontrar com o nosso coração cansado nos faz reviver. A Palavra, quando revelada pelo Espírito de Deus, tem o poder de nos fazer livres. E verdadeira liberdade é tudo que precisamos, não é mesmo?

Quando lemos as escrituras nos deparamos com aventuras sobrenaturais, algumas dessas histórias até já se tornaram filmes. Muitas vezes, mesmo que de forma inconsciente, acreditamos que as histórias bíblicas são mais uma ficção hollywoodiana.

Você pode se perguntar: “o que “heróis”, como Moisés, tinham em seus corações que lhes dera acesso ao tipo de experiência pessoal e sobrenatural que eles viveram? Era apenas o propósito de Deus se cumprindo ou, de alguma forma, cada personagem respondeu de forma pessoal? Será que, como cristãos, nós também podemos experimentar desses feitos?”

No Êxodo, podemos ver o povo hebreu sendo liberto pelo Senhor, e tudo isso com um propósito de terno amor. Ao falar com Moisés no monte Sinai, Deus ordena ao povo que se santifique pois Ele mesmo iria descer ao arraial. O propósito de Deus era habitar com seu povo, fazer deles seu tesouro pessoal.   

“Agora, se ouvirdes a minha voz e obedecerdes à minha aliança, sereis como um tesouro pessoal dentre todas as nações, ainda que toda a terra seja minha propriedade. Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que dirás aos filhos de Israel.” (Êxodo 19.5-6)

Sabendo da santidade de Deus e de quão poderoso Ele é, o povo temeu, mesmo após terem se santificado, eles pediram a Moisés: “fale vós conosco, porém não fale Deus para que não morramos”. Moisés, porém, se chegou a nuvem escura onde Deus estava. Esses encontros com Deus o iluminava, seu rosto resplandecia.

Que nós não tenhamos medo de dizer sim ao Senhor quando Ele nos convidar a sermos parte do que está a fazer. Que assim como Moisés, subamos ao monte. Que sejamos iluminados pela sua Glória. Que Jesus nos santifique em seu sangue derramado na cruz. Que sejamos os homens de rostos iluminados brilhando a luz de Cristo pelas nações.