Sim, eu desejo ver minha nação transformada. Alguns de vocês já devem ter percebido que sou uma sonhadora. Na verdade, prefiro ver a vida sempre com muita esperança. Eu sei que os dias são maus. E que o mundo jaz no maligno. Contudo, também creio no poder transformador do Evangelho. Creio que a glória do Senhor será derramada sobre a terra, como as águas cobrem o mar. Então, me pego a imaginar, como essa realidade se dará?
Em Isaías 54.2 temos um versículo interessante. Diz assim: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.”
Portanto, pensemos um pouco nesta palavra. Não lhe parece um convite? Um convite para vencer o medo e nossas inseguranças e nos tornamos corajosos e visionários? “Não o impeças”! Será que de alguma forma nossa falta de entendimento tem nos impedido de vivermos as escrituras de forma integral? Jesus orou dizendo: “Venha o teu reino e seja feita a tua vontade; assim na terra como no céu.” – Mateus 6.10. Refletindo sobre tudo isso, diga-me: o que podemos e devemos fazer como Igreja de Cristo?
Qual deve ser a resposta da Igreja para os problemas da Nação?
É verdade que o primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas. Esse é o coração do nosso chamado. O Senhor é o que temos de mais valioso, Ele é incomparável. Conhecer a Deus, andar com Ele e fazê-Lo conhecido é nossa maior missão. Entretanto, não pensa que é incoerente experimentarmos a graça desse amor e mesmo assim, não sentirmos nada pelo próximo? De fato, é contraditório amar a Deus e não nos movermos em direção às pessoas a nossa volta. Em direção às boas obras.
É muito claro nas escrituras o quanto Deus se importa com os povos. Ele se importa com o sofrimento do homem em uma sociedade. E como Igreja, o Senhor tem nos ensinado a cuidar do próximo. Somos chamados a realizar essas boas obras. A prestarmos um culto racional e verdadeiro. A nos importarmos com aquilo que importa para Deus. Afinal, Jesus entregou sua vida na Cruz por amor ao homem pecador. Para que fossemos redimidos. Ele deseja a nação transformada.
A Religião Pura
Semelhantemente, Tiago nos ensina qual é a religião pura e sem mácula: “A religião pura e sem mácula, para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. (Tiago 1.27). Similarmente, em Isaías 58 temos alguns princípios sobre o jejum que Deus escolhe. E isso, tem tudo a ver com olhar para o outro e clamar por justiça. Precisamos ousar e sair das quatro paredes.
“Não é este o jejum que eu tenho escolhido? Soltar os grilhões da perversidade, desfazer as pesadas cargas e permitir ao oprimido ir livre, e que vós quebreis todo jugo? Não é este, distribuir teu pão ao faminto, e que albergues o pobre que está errante em tua casa? Quando tu vires o nu, que o cubras; e que tu não te escondas do teu irmão?
Então, tua luz irromperá como a alva e tua cura brotará de repente. E tua justiça irá diante de ti; a glória do Senhor será tua retaguarda. Então, tu chamarás e o Senhor responderá; tu clamarás e ele dirá: Aqui eu estou. Se tu removeres do meio de ti a opressão, o dedo ameaçador e o falar arrogante. E se tu dilatares tua alma para o faminto e satisfizeres a alma aflita, então tua luz crescerá dentro das trevas, e tua escuridão será como o meio-dia.” Isaías 58.6-10
Importando-se o bastante para nos envolvermos
Se queremos ver uma nação transformada, precisamos nos importar ao ponto de nos envolvermos. Sendo assim, como de forma prática, podemos ser agentes de mudanças em nossa sociedade?
Por exemplo: Vamos pensar na cultura. Como as ideias são disseminadas? O que tem formado nossa história? Quais são as bases? As crenças e os valores tão arraigados em nossa forma de ver o mundo. Como tudo isso tem sido gerado?
Pois, ao longo da história, vemos dois momentos distintos da Igreja. Muitas universidades surgiram através dela. Mas também, observamos a Igreja se retirando da sociedade em outras situações. Afinal, ela não queria se corromper com o mundo. Neste caso, foi aí que perdemos o cinema. Don Grattus, afirma que temos que ter um compromisso com o poder transformador de Cristo em todas as áreas da sociedade.
“A salvação envolve um compromisso sério com o amor, com a verdade e com o poder transformador de Cristo. Como diz o poeta T.S. Eliot, é “uma condição de completa simplicidade, (custando nada menos do que tudo)”. Uma conversão por completa irá afetar tudo o que tocamos, e isso significa a sociedade como um todo. As piores expressões da “teologia da retirada” – a divisão entre secular e sagrado, a cosmovisão dicotômica e a falta de envolvimento com a sociedade fora de contexto da igreja local – foi resultado tanto de um evangelismo falho como de uma perspectiva social limitada. O que os evangélicos precisam não é uma dose de “evangelho social”, mas uma descoberta do senhorio de Cristo. Don Grattus
Um convite para participar
Deus quer gerar em nossos dias, projetos que nem conseguimos imaginar. Ele tem nos dado algumas peças como de um quebra-cabeça. Tem conectado pessoas de forma surpreendente. E ainda, tem aumentado nosso potencial criativo e de geradores de ideias. Ele tem nos ensinado e nos guiado. E a realidade é que não podemos fazer nada sem Ele. Somos um ramo da Videira.
Uma nação é transformada quando amamos a Deus de todo o nosso coração. Quando cumprimos o primeiro e o segundo mandamento. Quando amamos ao próximo como a nós mesmos ao ponto de nos importarmos. E de nos envolvermos em todas as esferas da sociedade e com o homem em sua forma integral: corpo, alma e espírito.
O que podemos dizer é, “sim” ou “não”, para esse desafio. Podemos nos ajustar ao planos do Rei ou impedir que o “espaço” seja alargado. Quero ver esta nação transformada pelo poder do Sangue de Jesus derramado na Cruz do Calvário. Foi Seu amor! É Seu amor por nós que nos transforma. Quero fazer minha parte para que isso aconteça, mesmo que seja uma parte irrisória. E você? Deseja ver a nossa nação transformada?