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O Paradigma da Noiva e a Volta de Cristo

Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.  Mateus 9:15

A Volta de Cristo inegociávelmente faz parte da ortodoxia cristã. Ou seja, todo cristão precisa saber e crer que essa é uma promessa certa e verdadeira (At 1:6; 2 Pe 3:4; 2 Ts 2:2). Contudo, ainda que essa seja uma realidade de crença da fé cristã, nem todo cristão tem a ortopraxia nesse sentido (a prática da crença). Muitas vezes, vivemos de maneira desconexa ao que a Bíblia nos ensina sobre a esperança da Segunda Vinda.

Existem muitas maneiras em que a Volta de Jesus deve afetar nosso viver. Na verdade, é mais correto dizer que nem um centímetro quadrado da nossa vida pode ficar intocado por essa promessa. Por exemplo, 1 Ts 4:13-18 nos diz que os cristãos não devem sofrer um luto desesperançados quando os seus irmãos em Cristo morrem como os ímpios sofrem, visto que aqueles ressuscitarão e se reunirão novamente com eles no Dia da Sua Vinda.

Então, se a vinda de Jesus deve promover em nós uma resposta adequada (a ortopraxia), por onde podemos começar? O que podemos fazer para nos engajarmos com essa verdade hoje?

VIVENDO PELO PARADIGMA DA NOIVA QUE ESPERA

O ensino do paradigma da noiva está intimamente relacionado à vida cristã à luz do fim dos tempos. Ele não só é solidamente bíblico, como é útil para tocar-nos de forma eficaz, pessoal e graciosa nos nossos corações. 

Vamos ver a seguir onde as Escrituras providenciam um dos alicerces do comportamento da Noiva nos últimos dias e o que isso pode somar ao nosso estilo de vida enquanto aqueles que verdadeiramente amam a Sua vinda (2 Tm 4:8).

A NOIVA QUE DESEJA ESTAR JUNTO DO NOIVO MAIS UMA VEZ PARA SEMPRE

Talvez este seja o ponto mais crucial. Quando falamos de escatologia da maneira correta, creio que é impossível não se apaixonar por esse estudo, tendo em vista que a grande trama da volta de Cristo tem no cerne um casamento. E, embora existam casamentos sem amor, é bastante seguro afirmar que Jesus não irá se casar com a Igreja por “interesse” ou sob coerção.

O que arde no coração de Jesus é o combustível para a chama no coração da Noiva. Nós queremos estar juntos porque Ele quer estar conosco.

Ou nas palavras de João, “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19

O teólogo e pastor John Piper ilustra este princípio assim: “O Noivo partiu numa jornada logo antes do casamento e a Noiva não pode agir como se tudo estivesse bem. Se ela O ama, ela vai desejar o Seu retorno.”

O que é agir como se as coisas não estão bem ou normais? 

Por mais chocante que isso possa soar, existe um aspecto de dor no estilo de vida do cristão que aponta para o fato de que até Jesus voltar, as coisas não estão bem como elas devem ser.

O próprio Senhor profetiza que quando Ele fosse para o Pai e não estivesse mais na presença dos seus discípulos, eles, como noiva, ficariam de luto e até mesmo redefiniriam o sentido do jejum como era conhecido.

Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão. Mateus 9:15

A Sulamita do Cântico dos Cânticos de Salomão usa a seguinte expressão: Ó mulheres de Jerusalém, eu lhes faço jurar: se encontrarem o meu amado, o que dirão a ele? Digam-lhe que estou doente de amor. Cânticos 5:8

O CUIDADO COM O CORAÇÃO DE NOIVA

O abraçar do paradigma da noiva fala em primeiro lugar de cultivar um coração vibrante diante do Senhor. Como dito, é importante que a Noiva deseje, arda em saudade e até sinta dor diante da ausência física de Jesus literal na terra. O coração vibrante também fala de uma vida interna de oração fervorosa. A noiva preza pela comunhão com o Seu Senhor. Ela está engajada num relacionamento íntimo com Ele e o cultiva.

Isso deve ser mais que jargões como “maranata” vazios. O verdadeiro clamor maranata é um grito percebido no estilo de vida daquele que ama o Senhor e aceita as Suas palavras. Isso também quer dizer que o cristão não deve permitir que o mundo o console a ponto de estar tudo bem para ele se Jesus não voltar. Quem coloca o seu amor no mundo não tem espaço para colocar seu amor em Jesus. Não podemos nos embaraçar tanto com as paixões passageiras do mundo, os confortos e as “ansiedades da vida” a ponto do nosso coração e mente tenham um tráfego tão intenso de coisas que não sobra espaço para desejar Seu retorno.

 Se alguém não ama o Senhor, seja amaldiçoado. Maranata! 1 Coríntios 16:22

Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Lucas 21:34

DE DENTRO PARA FORA

Tal como ressaltado, a crença na promessa da vinda do Senhor deve ter efeitos na forma com que praticamos o cristianismo. Isso influência nossa vida de oração, jejum, as escolhas que fazemos com o que nos ocupar e dentre outras coisas. Talvez precisamos acordar para a realidade da Noiva e se comportar de tal maneira. Ao considerar textos nas Sagradas Escrituras que apontam para isso, podemos nos perguntar: o que a Noiva deve fazer diante dessa realidade?

O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. 2 Coríntios 11:2

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Podemos mudar a Deus através da intercessão? Por que devemos orar a um Deus soberano que já conhece todas as nossas necessidades? Quem é chamado à intercessão? Em favor de quem devemos interceder?

Conhecer a Deus implica também em vivermos de acordo com a sua vontade. Em nenhum momento, a soberania divina exclui a responsabilidade humana. Por isso conheceremos o chamado que o Senhor deu a todos os seus filhos de intercederem.

 

A soberania de Deus e o chamado à intercessão

Deus é soberano. Ele faz todas as coisas segundo o seu propósito e vontade. Quando Deus fala e age na História, nada nem ninguém é capaz de resistir à sua voz. As superpotências mundiais são extremamente pequenas diante de sua glória e majestade. Não há outro que possa ser comparado ao Deus Todo-Poderoso.

Porém, como Hernandes Dias Lopes afirma, “o próprio Deus Todo-Poderoso, assentado no trono, revestido de glória e majestade, também determinou agir em resposta às orações de seu povo.” Por isso, a soberania de Deus não exclui a nossa responsabilidade como intercessores.

A intercessão é um instrumento para moldar o nosso coração diante das circunstâncias.  E para Deus agir no mundo em resposta às nossas petições, assim como Ele mesmo agiu na Bíblia em resposta às intercessões de seu povo. Deus decidiu nos incluir em seus planos e nos permitiu ser cooperadores em sua grande obra.

 

Todos nós somos chamados à intercessão, porque buscamos em nosso Pai Celestial tudo o que precisamos. 

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. 8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Mateus 7:7-8

 

Devemos buscar nas coisas celestiais e na vontade divina a motivação para que o nosso agir seja como de filhos de Deus, porque: “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1.12

 

Os intercessores

Em vários momentos na história, os intercessores aprenderam a serem fiéis a Deus mesmo não presenciando seus pedidos serem realizados em vida. Hoje, nós somos chamados a interceder, não para mudarmos a Deus, mas confiarmos em seu caráter, orarmos a sua palavra e crermos que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Agostinho disse que “a verdadeira e completa oração não é outra coisa senão o amor”. John Wesley também afirmava que tudo o que Deus faz, Ele o faz em resposta às orações de seu povo.

Deus atendeu o pedido de Israel diversas vezes quando este estava em aflição ou sofria escravidão diante de um imperador opressor. Quando o povo clamou ao Senhor, pois estava debaixo do poder de faraó no Egito, como registrado no livro de Êxodo, Deus ouviu e atendeu o seu clamor. 

Já em outro momento, quando, no livro de Ezequiel, Deus procurou alguém que se colocasse em favor da nação, mas não houve ninguém, o povo foi entregue ao cativeiro.

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18

Temos testemunhas fiéis em toda a história capazes de edificar a nossa fé. Hoje, porém, o bastão está em nossas mãos. Quem se levantará para interceder e edificar a próxima geração? A intercessão é o instrumento que utilizamos para nos relacionarmos com aquele que é soberano e que deseja responder às nossas orações.

Mas os desejos do nosso coração precisam estar alinhados à sua palavra. Precisamos crescer em amor a  Deus, a sua palavra e as pessoas, a ponto de inclusive intercedermos pelos nossos inimigos.

Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Mateus 5:44

 

Como devemos interceder?

A intercessão não funciona como mágica. Ela é um instrumento de Deus para moldar o nosso coração à medida da vontade de Deus, através da poderosa obra do Espírito Santo em nossas vidas.

Enquanto oramos somos transformados. Não temos o poder de mudar a Deus, mas o propósito é que confiemos em seu caráter, orando a sua palavra e crendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu. 

  • Precisamos orar a palavra de Deus aplicando-a em nossas petições (Colossenses 3.16-17)
  • Precisamos buscar o Senhor no lugar secreto (Mateus 6.6)

 

A oração tem sido um dos temas  que tenho escutado muito em diferentes países e por diferentes pessoas. 

Certamente, as pessoas estão interessadas em aprender a orar e realmente ter uma vida de oração na prática. 

Aliás, por incrível que possa parecer algumas dessas pessoas não tinham escutado sobre o movimento de oração e que existem pessoas que fazem isso no modelo 24/7.

Ademais existe algo que todos nós temos em comum com o rei Davi que é o nosso clamor por aquilo que chamamos de “Uma coisa”. 

Observe o versículo abaixo: 

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Salmos 27:4 

Inegavelmente, esse anseio por uma coisa é algo que podemos observar na vida de Davi. O pastor de ovelhas que se tornou rei entendeu muito cedo a importância que o Senhor e tudo o que diz respeito a Deus tem que ter em nossa  vida.  

Decerto, quando penso em Davi e no seu anseio pelo Senhor me lembro de outro Salmo escrito também por ele. 

Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. Salmos 69:9 

Entretanto, qual é esse anseio e zelo que Davi fala aqui?

Foi esse zelo que levou Davi a buscar a Arca da Aliança e preparar um lugar especial para ela. 

Chamados para comunhão 

Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre Jesus e aqueles que escolheram deixar tudo e seguir o Mestre. 

O que levou esses homens a deixarem suas famílias, como o que Pedro fez ou largar tudo como Mateus, ou até mesmo o encontro de Paulo com o Senhor que fez com que ele mudasse radicalmente  e o seguisse. 

Nosso Deus deseja comunhão com aqueles que escolhem segui-lo. 

A oração é um dos meios mais poderosos de nos aproximarmos Dele. 

Jesus enquanto estava nesta terra separava muitos momentos para falar com Deus Pai. 

Pois, ele sabia que uma vida de oração fortalece mais do que qualquer outra coisa.  Então, é por isso que devemos orar, porque quando as adversidades chegarem você estará melhor preparado para elas. 

Oração nos fortalece

A oração fortalece nosso homem interior e nos torna íntimos de Deus. 

Nosso chamado a oração pode ser traduzido a uma busca por Deus que irá nos consumir até o dia que estivermos diante Dele. 

O significado de “Uma coisa”  fala de intimidade,  colocar sua ótica em Deus e olhar tudo à sua volta através deste olhar.  

Quando o Salmo 27:4  diz sobre a  casa do Senhor devemos entender que  é algo muito além do que as paredes físicas das nossas igrejas. 

Nós somos a igreja, então aqui também podemos entender como um chamado à comunhão com nosso Deus. 

Por isso, deixe o anseio por Ele consumir e fascinar você.

Querer Deus como a única coisa foi o que levou homens como Davi e tantos outros através da história a buscarem Deus de todo o coração e com todo o entendimento. 

Finalizo este texto com dois versículos de um Salmo de Asafe: 

A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. Salmos 73: 25,26

Certa vez Jesus estava orando em um determinado lugar, quando terminou um dos seus discípulos pediu que Ele os ensinasse a orar (Lucas 11:1). Vemos aqui que aqueles homens que caminhavam com Jesus vendo-o em sua vida de oração se depararam com a necessidade de aprender a orar. Nós não vemos na Bíblia os discípulos pedindo que Jesus os ensinasse a pregar, realizar milagres, expulsar os demônios, mas o anseio que Jesus provocou no coração de seus discípulos foi “ensina-nos a orar”.

Segundo E. M. Bounds :

“Os homens são naturalmente avessos a aprender essa lição de oração. É uma lição de humildade. Ninguém senão Deus pode ensiná-la”.

Portanto, à medida em que crescemos na fé, somos convidados a crescer também em vida de oração, e este pedido dos discípulos nos mostra que é possível aprender a orar.

Tudo quanto pedirdes em meu nome vos será feito 

Dessa forma, imagine que você pudesse pedir o que quisesse e isso acontecesse, o que você pediria?  Em João 15:7, Jesus disse: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Podemos encontrar aqui neste versículo uma chave para crescer em uma vida de oração. Observamos aqui que a condição para termos orações respondidas é permanecermos em sua palavra, em oração e unidade com Cristo. E. M. Bounds comenta sobre esse versículo: 

“Aqui temos um posicionamento de vida permanente como condição de oração. Não apenas um posicionamento de vida permanente em relação a grandes princípios ou propósitos, mas um posicionamento permanente e unidade de vida com Cristo Jesus. Viver nele, habitar nele, ser um com Ele, ter a fonte de toda sua vida nele, permitir que toda a vida dele flua através de nós – esse é o posicionamento de oração e habilidade de orar. O permanecer nele não pode ser separado da Sua palavra permanecendo em nós. Ela precisa estar viva em nós para que faça nascer e alimente a oração. O posicionamento da Pessoa de Cristo é a condição da oração”.

Portanto, para crescermos em oração, precisamos permanecermos nele e em suas palavras. Somente assim conheceremos o que está em seu coração para enfim podermos orar segundo a sua vontade na certeza de que crendo, iremos receber.

Aprendendo a orar 

Sendo assim, para orarmos segundo a vontade de Deus precisamos conhecer sua vontade, certo? Em sua palavra, o Senhor nos revelou a sua vontade, logo meditar nas Escrituras nos ajuda a desenvolver uma vida de oração. Logo, é muito importante colocarmos a Bíblia em nossa linguagem de oração. Corey Russel em seu livro “Oração” nos mostra que, “Quando oramos a Bíblia, nossos espíritos são edificados e podemos ter a certeza de que nossas orações serão respondidas”. 

Portanto,  uma forma prática para isso é utilizar as orações apostólicas das cartas de Paulo nos tempos de intercessão, pois são orações centradas em Deus e cheias da revelação do propósito e vontade de Cristo. Um exemplo de oração apostólica que temos utilizado constantemente em nossa Sala de Oração é a que Paulo faz em sua carta à igreja de Éfeso:

“…não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas orações. Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força”. (Efésios 1:16-19)

Como aplicar?

Podemos incluir essa poderosa oração de Paulo em nosso dia-a-dia devocional, ou nas reuniões de oração da igreja. À partir desse texto bíblico podemos orar por nós mesmos, pelos nossos familiares, amigos, pela própria igreja, e até mesmo para aqueles que não O conhecem. A fim de que o Senhor se revele, para que a luz da Sua face resplandeça, para que Ele compartilhe os seus pensamentos. Podemos rogar para que Ele abra os olhos do entendimento para que possamos ver claramente e compreender a esperança da Sua vocação, daquilo que Ele nos chamou, de qual o nosso destino nesta era e na que virá. 

Podemos pedir também para que Ele nos revele as riquezas da herança que temos com Ele, da família a qual fazemos parte e a força que existe em saber a quem pertencemos. E portanto, orar para que Ele nos faça conhecer a suprema e incomparável grandeza do seu poder. Tão grande que é capaz de ressuscitar mortos, soprar vida e esperança em causas impossíveis, poder que sustenta todas as coisas pela Sua palavra.

Sendo assim, orar a Palavra pode encher o nosso coração de fé e nos ajuda a crescer em nossa vida de devoção diária. Comece hoje a colocar isso em prática, peça ajuda ao Senhor pois certamente é de sua vontade que nossa vida de oração e comunhão com Ele cresça. Coloque-se hoje diante de Cristo e peça “Senhor, ensina-me a orar”. E busque meditar em Sua palavra e acesse as lições preciosas que existem ali sobre vida de oração.

Leia mais sobre oração aqui

Hoje, nós conversaremos sobre o tabernáculo de Davi. E para começarmos é importante lembrar que no contexto histórico, a arca de Deus tinha sido levada no cativeiro e passou cem anos longe de Israel. Então, quando Davi assume o reinado, a primeira coisa que ele faz é construir o tabernáculo e trazer a arca para Jerusalém.

O Tabernáculo de Davi foi a primeira habitação de Deus em Jerusalém. Ele foi o único santuário a ser estabelecido no Monte Sião em toda a história. Se você lembrar, Sião passa a ser muito importante nas escrituras, pois a palavra diz: “De Sião virá a salvação” (Rm 11:26); “Sião é o monte do Senhor” (Is 2:3). Sião tem uma conotação fortíssima, pois ali é a habitação de Deus. E Davi tem um papel principal no Antigo Testamento que aponta para Aquele que é a salvação, ou seja, Jesus. 

Davi acrescentou elementos à liturgia da tenda de Moisés

Deus deu ordens específicas a Moisés quando ele armou a tenda. Deus habitava também na tenda de Moisés e ela era uma tenda móvel, diferente da fixa que Davi fez em Jerusalém. Na tenda de Moisés não havia instrumentos e as  trombetas eram tocadas apenas no momento das ofertas ( Nm 10:9-19).

 Ademais, a tenda de Moisés era dividida em três sessões, mas no tabernáculo de Davi era um espaço só. Apesar de ser arquitetonicamente diferente, Davi manteve o cuidado com a lei do Senhor: ”E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os ombros, usando as varas que estavam nela, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor” ( I Cr 15:15).

Davi não exclui a liturgia já dada por Deus, mas ele acrescenta elementos à liturgia do culto. Perceba, não há conflito no tabernáculo de Moisés e no de Davi, pois o tabernáculo de Davi adiciona ao que já foi dado a Moisés. 

Porém, nós percebemos que Davi trouxe uma revolução na liturgia do culto. No tabernáculo de Davi tinha música e a presença de cantores. Davi inclusive manteve músicos e cantores para estabelecerem adoração contínua ao Senhor, ou seja, adoração 24 horas e sete vezes por semana. “ E com eles a Hemã, e a Jedutum, e aos mais escolhidos, que foram apontados pelos seus nomes, para louvarem ao Senhor continuamente, porque a sua benignidade dura perpetuamente”. (I Cr 16:41). Leia I Crônicas capítulo 15 e 16 para mais detalhes.

O tabernáculo de Davi e a liturgia que nos influenciou

Em um conceito geral, liturgia é a forma como as coisas costumam ser feitas, como um ritual. Um conjunto de elementos ou práticas que compõem um culto, por exemplo. Em um contexto fora do culto, temos liturgia também, por exemplo: a forma como nós vivemos nosso dia a dia e como nós celebramos um aniversário ( onde o aniversariante sopra as velas), tudo isso formam rituais que estabelecem uma liturgia. 

Como resultado, nós sabemos que a liturgia daquela época nos influencia até hoje em nossos cultos e adoração. No momento do culto, na sua liturgia, cada momento é importante. Desde a abertura, o louvor, a oferta e a Palavra, em tudo Deus está presente.  A liturgia também existia ali no tabernáculo de Davi e isso afetou a forma como Israel se relacionava entre família. 

O tabernáculo de Davi é um prenúncio do porvir

Todavia,  quando a arca de Deus chegou e Davi celebrou com cânticos, danças e músicas, isso pode ter chocado as pessoas. Afinal, elas estavam acostumadas com a tenda de Moisés. Vemos isso, pois a esposa de Davi o desprezou neste momento ( I Cr 15:28). 

Mas, eu e você precisamos entender que Davi está anunciando uma revolução litúrgica, isso era um sinal do que também acontecia no céu. A centralidade ainda assim era a presença de Deus, a arca estava naquele local. Tanto é, que Sião, a cidade que Deus habita, recebeu muitas profecias. Ou seja, Deus se agradou do que foi feito ali. 

E isso  também é uma imagem profética do que Amós escreveu sobre a restauração do tabernáculo de Davi. “Naquele dia, levantarei o tabernáculo de Davi que está caído e repararei suas brechas, levantarei as suas ruínas e as reedificarei como nos dias antigos” ( Amós 9:1). Tiago também vai falar sobre a restauração do tabernáculo em seu discurso em Atos 15:16-18. Como um prenúncio da alegria celestial e  da reunião que teremos no porvir. Na eternidade isso vai acontecer, assim como Deus é eterno, sua presença e a forma como ele estabelece, estão relacionados  ao que viveremos no porvir. Que alegria, não é mesmo?

O tabernáculo de Davi influenciou nossa liturgia de culto 

Como resultado, a forma como nós adoramos até hoje tem influência da época do estabelecimento do tabernáculo de Davi. O fato de hoje nós termos instrumentos na adoração corporativa é porque Davi introduziu isso ao culto a Deus. Logo, podemos dizer que o tabernáculo de Davi era musical, pois havia muitos instrumentos. 

Assim, o homem  passou  a expressar o sentido daquilo que ele não conseguia explicar e Deus se manifestava no meio do seu povo. Hoje é assim também. Há expressões artísticas nos cultos e a música é uma delas. E Deus se manifesta em nosso meio. Naquele momento, Davi estava anunciando que Deus ia habitar no meio deles e isso era motivo para celebrar. 

Em suma, doxologia é o que chamamos dessa resposta do povo aos feitos de Deus. Criar um momento em que cantamos a palavra é doxologia. Quando Deus está presente e ele se manifesta, nós respondemos adorando seu nome e sua glória. Isso era o que acontecia no tabernáculo de Davi, os salmos escritos são essas expressões deles a Deus.  Elas são músicas que expressam a resposta do povo adorando a Deus. 

Por fim, entendemos que o tabernáculo de Davi tem influência direta na liturgia dos nossos dias.  Ou seja, a importância de nós estarmos juntos adorando ao Senhor, transforma nossa caminhada. Assim como aconteceu com o povo em Israel na época do estabelecimento do tabernáculo de Davi. Hoje  também nós estamos respondendo para aquele que nos sustenta de geração em geração com cânticos, Salmos, louvores e orações.

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” MT 5:14 – 16 (NVI)

Foi no monte das bem-aventuranças que Jesus fez tal declaração aos discípulos e o povo que estava ali reunido. No início do capítulo 5, Jesus começa ensinando o famoso Sermão do Monte, explicando uma série de condutas que os seguidores de Cristo deveriam ter como prática de vida. Interessante observar que, logo após Jesus nos desafiar a termos tal estilo de vida, Ele define Seu povo como sal da terra e luz do mundo.

O que é ser luz do mundo?

Hoje, nessa breve reflexão, quero me deter ao que Jesus fala sobre sermos luz do mundo, nos versos 14 a 16. Convido você a pensarmos juntos sobre o que de fato significa ser luz em nossa sociedade? O que outros versículos da Bíblia falam sobre isso? De onde vem tal Luz? E como podemos expressá-la?

Ao pesquisar no dicionário Strong o termo luz, expresso nos versos do capítulo, encontramos as seguintes definições: brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios; fogo: porque brilha e espalha luz.
Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura e brilhante.

Em tua Luz vemos a luz

O que podemos compreender do significado da palavra luz empregado nos versos é que o próprio Senhor é a Luz que se manifesta através de nós. Em dezenas de trechos da Bíblia encontramos versículos que definem o próprio Deus como Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago 1:17).

“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1 João 1:5

Observamos em Gênesis que a primeira criação de Deus foi a luz. Por meio da palavra de Deus, Ele disse: “Haja Luz, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão” (Gn 1:3-4). O escritor e pastor, Brian Schwertley, diz:“como a luz foi a primeira coisa na criação original, a luz de Cristo é o fundamento da recriação salvadora”. Por intermédio da Luz a condição do nosso coração é exposta. Ela revela o mais profundo do nosso interior, mostrando todos os nossos pecados e transgressões. A luz de Cristo também nos chama ao arrependimento e a trilhar o caminho da santificação.

A Luz que ilumina o entendimento

Além de Cristo ser a própria Luz, vemos que o termo também se refere a revelação escrita de Deus. As sagradas Escrituras são a luz que traz o conhecimento sobre quem Deus é, aprendemos através dela a Lei do Senhor e como devemos viver dignamente o propósito para o qual o Senhor nos designou.

“Das trevas resplandecerá a luz – Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.4-6).

Em nós mesmos não há nada de bom. Mas, como vimos o versículo de Tiago 1:17, toda boa dádiva vem do Senhor, o Pai das luzes. Conforme crescemos no entendimento dessa verdadeira Luz, começamos a compreender o Seu coração e seus planos. Dia após dia, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós e o fruto do Espírito começa a transbordar em nossas atitudes e palavras.

Manifestando a Sua Luz

A Palavra de Deus se torna tão viva em nós, mediante a graça do Senhor, que buscamos a ter uma vida reta e obediente aos olhos dele. A Palavra de Cristo precisa encarnar em nossos sentidos e afetar toda a nossa existência, a ponto de que aqueles que estão ao nosso redor possam sentir o perfume de Cristo. No versículo de Mateus 5:14b, Jesus diz que “é impossível escondermos uma cidade construída no alto de um monte” e “ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha”
Ele utiliza tais frases justamente para reforçar a ideia de que é inevitável, impossível, escondermos do mundo a Luz de Cristo que habita em nós.

Nós manifestaremos a Luz de Cristo ao mundo, através da proclamação das boas-novas de salvação, por meio das nossas atitudes e palavras que demonstrem o fruto do espírito em nós – bondade, mansidão, amor, fidelidade, amabilidade, alegria, paz, paciência e domínio próprio – por meio do serviço ao próximo e nos locais que estamos inseridos; sabendo que tudo é para a glória dele, até que o mundo reconheça que Jesus Cristo é o Senhor.

Originalmente publicado em 19 de fevereiro de 2020

Ao longo da semana temos conversado aqui no blog sobre sermos casa de oração. Neste devocional, vamos falar um pouco sobre a relação entre a nossa identidade eterna como casa de oração e o fim dos tempos.

Em Isaías 56:6-7 diz assim:

“E os estrangeiros que se unirem ao SENHOR para cultuá-lo e amar o nome do SENHOR, tornando-se assim seus servos, todos os que guardarem o sábado, sem profaná-lo, e os que abraçarem a minha aliança, eu os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”

Somos casa de oração

Como dissemos nos devocionais anteriores, uma das identidades primárias da igreja no Novo Testamento é como casa de oração. A igreja nunca foi feita para existir separada da sua identidade eterna de casa de oração. Inclusive, o próprio Jesus falou sobre isso em Mateus 21:13, citando a promessa de Isaías:

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;

Todo este movimento que tem surgido na igreja global, de resgatar o espírito profético de oração e intercessão do tabernáculo de Davi, não é algo novo e não é exclusivo de alguns ministérios. Segundo Mike Bickle, Deus está estabelecendo um novo paradigma em sua igreja, que na verdade é tão antigo quanto Isaías 56. É uma resposta da igreja ao que o Espírito Santo está gerando no lugar de intimidade, jejum e oração.

A igreja está despertando para a sua identidade eterna de casa de oração. Não é algo somente para esta era, mas algo que faremos no Milênio e na eternidade: a comunhão com Deus e a participação nos seus planos. Isso é o que Deus sempre desejou para Sua Igreja.

O lugar de oração no fim dos tempos

Qualquer cristão atento percebe que estamos vivendo em tempos próximos do fim. Porém, não precisamos nos desesperar, pois fazemos parte de um povo que não será pego de surpresa. À medida que a perversidade, a iniquidade e as trevas aumentam, Deus chama a sua igreja para ser a luz na escuridão e participar do que Ele deseja derramar sobre a terra nos últimos dias. E como faremos isso?

Nosso primeiro impulso como seres frágeis e amedrontados é tentar buscar soluções humanas para a crise. Isto é, queremos respostas práticas, queremos encontrar uma nova abordagem ou uma nova solução. Queremos algo inédito e que nos ajude a sair dessa crise vitoriosos.

Entretanto, quanto mais lemos as Escrituras, vemos que Deus tem a mesma ideia desde Isaías. Ele deseja que a sua igreja caminhe em jejum e oração, vigiando e sendo sentinela sobre os muros. Seremos luz na escuridão, sustentando a Grande Comissão a partir de uma vida de intimidade como casa de oração.

Quando o próprio Deus promete que seremos casa de oração, Ele não está falando sobre algumas igrejas locais ou ministérios específicos. Deus estava falando sobre toda a sua igreja, o corpo de Cristo, profetizando que caminharíamos em um estilo de vida de profunda intimidade e cooperação com o Espírito Santo na terra.

A igreja no fim dos tempos estará vigilante às profecias bíblicas e à voz do Senhor, não se desesperando, mas buscando a Deus intimamente e acima de tudo. Além disso, Deus nos promete que encontraremos alegria neste lugar. Ou seja, é caminhando em nossa verdadeira identidade como igreja que experimentamos a alegria do Senhor. Essa alegria nos sustentará para permanecermos com Ele até o fim.

Bem-vindos ao nosso quarto dia do devocional!

Durante essa semana temos conversado no blog sobre as bases bíblicas do que significa ser uma Casa de Oração e o papel daqueles que dedicam suas vidas integralmente à oração, como missionário intercessor. Mas, talvez tenham ficado algumas perguntas: De maneira prática, como abraçar esse chamado à oração no dia a dia? Qual o lugar da oração na vida ordinária? Visto que as demandas e urgências do nosso tempo parecem nos afastar cada vez mais do exercício da solitude, meditação bíblica e da oração. 

Orai sem cessar.” 1 Ts 5:17

Como temos conversado, ser uma Casa de Oração não é uma moda ou apenas um movimento, é algo que o próprio Senhor nos designou para ser. E quando lemos o versículo de 1 Tessalonicenses, vemos a recomendação de Paulo à igreja dos tessalonicenses para eles se apegarem ao exercício da oração em todo tempo. Não abandonassem o lugar da oração, mas que cultivassem o hábito de buscar o Senhor. 

Esse desejo também foi expresso na última oração de Jesus, antes de ser crucificado. Ele pediu ao Pai que andássemos em comunhão com ele: 

E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; (…) Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo. “João 17:20, 24

Você já parou pra pensar na profundidade dessa oração e no seu impacto? Esse é o desejo do Filho do Homem para nós. 

O Senhor é um Deus relacional e ele busca aqueles que irão responder ao seu convite para a comunhão. Isso nos lembra a história da vida de Davi, vemos que ele compreendeu o desejo do coração de Deus. 

Rotinas e prazeres superiores

Davi não foi perfeito e a bíblia mostra os seus erros e pecados. Mas ele entendeu que no Senhor há prazeres superiores e deleites maiores do que as coisas dessa terra poderiam oferecer. Relacionando com o contexto dos nossos dias, é como se Davi tivesse entendido que às urgências do nosso tempo e as horas gastas com entretenimento não se comparam com o prazer de estar em comunhão com o Senhor por meio da oração. 

Há muitas atividades boas e entretenimentos que são lícitos, mas o que estou escrevendo é sobre priorizarmos o nosso tempo de oração com o Senhor. E uma das formas de conseguirmos fazer isso, é compreendendo que no Senhor há satisfação e prazeres maiores do que em qualquer lugar que possamos buscar. 

“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.” Salmos 27:4

Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus, pois ele compreendeu a parceria que o Senhor quer estabelecer com os seus filhos por meio da oração. 

Priorizando por amor

Evidentemente, Deus não depende do homem e pode fazer todas as coisas. Contudo, Ele escolheu o caminho da comunhão e compartilhar o seu coração com os seus filhos. Quando oramos é isso que acontece. Nós oramos a Palavra de Deus e ouvimos o que está no coração do Senhor, e isto alinha as nossas emoções e pensamentos, nos dá satisfação e sabedoria em como viver. Além disso, quando oramos nós estamos participando daquilo que o Senhor está fazendo na terra. 

Então, de forma prática é preciso compreender que há completa satisfação no Senhor e ele deseja comunhão conosco. Segundo, é importante dedicarmos um tempo todos os dias para o exercício da solitude e oração, por isso, estabeleça metas reais. Não há problema em começar com cinco minutos por dia. Apenas comece e seja constante no que você se propôs. Terceiro, ore a Palavra: os textos bíblicos nos ajudam com a linguagem e elas foram deixadas pelo próprio Senhor para que nós pudéssemos nos apoiar. 

Por fim, lembre-se que há graça do Senhor disponível para você, peça ajuda do Espírito Santo. Além disso, o seu tempo de oração não precisa ser somente no seu momento de devocional, você pode continuar o seu diálogo com o Senhor durante todo o seu dia. 

Deus te abençoe! 

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Esse é um tema que causa bastante curiosidade ao sermos despertados à vida missionária. Muitas vezes não temos noção de como ou por onde começar. Nem mesmo ideia de qual seria a realidade dessa vida de servir em tempo integral como missionário intercessor. Mas queima em nosso coração um desejo por isso. E no Brasil a denominação de casa de oração ainda é algo muito novo em nosso contexto. A fhop é uma das primeiras no Brasil no modelo harpa e taça.

No entanto, minha intenção ao escrever esse texto é trazer clareza e respostas a respeito da rotina e da vida de um missionário intercessor. Isso pela perspectiva e opinião de alguns missionários que servem em tempo integral aqui na Florianópolis House of Prayer fhop e também sob o meu olhar pelos quatro meses vivendo essa realidade dia a dia.

Papel do missionário intercessor

Vamos partir do entendimento que TODOS somos chamados ao lugar de intercessão; é importante que tenhamos essa convicção. Porém, alguns sãos chamados a isso por tempo integral. Também já sabemos que podemos fazer missões independente da região geográfica que estamos.

Então, missionário intercessor é uma pessoa que doa seus dons, habilidades e recursos para ministrar ao Senhor no lugar de adoração em tempo integral. De maneira a cumprir o primeiro mandamento: amando a Deus com todo o seu ser.  Na fhop, temos missionários intercessores que trabalham no departamento financeiro, que trabalham com ensino, outros com música etc.

Sãos chamados de missionários porque saíram de suas casas, deixando tudo para trás e entregando todo o seu tempo ao ministério. Esse é o termo para quem trabalha na obra em tempo integral. O que os torna diferentes é intercessão. Como  missionários intercessores, seu trabalho é interceder.

E, é no lugar de intercessão que nasceu uma das maiores agências que trabalha contra tráfico humano. Que nascem programas e recursos para alcançar os pobres. É do lugar de intercessão que vemos o Senhor liberando ideias para negócios, para empresas, para mudanças na vida dos cristãos. Deus quer afetar o mundo.

Missões não é evangelização?

Ao caminhar por esse chamado, muitas pessoas perguntam: mas missões não é para evangelizar? Missionário não é aquele que vai cuidar do órfão? Sim, faz sentido. Porém, “nós já estamos fazendo isso, só que começando a partir do lugar de oração. Então, missionário é aquele que é enviado para pregar, carregar, declarar as boas novas. Só que a questão é o declarar das boas novas, pois começa no lugar de oração. Ou deveria”, afirma Ana Duarte, missionária intercessora.

E, ao mesmo tempo, isso seria ministrar ao Senhor. Porque tudo começa adorando a Ele. Tudo começa exaltando a Ele, porque Ele é digno. Na Bíblia, vemos diversos capítulos que nos revelam o que está acontecendo nos céus (Apocalipse 4). Há diversas interações de profetas onde eles descrevem essa mesma estrutura de adoração.

Então, partindo do entendimento de que aquilo que existe no céu também deve existir na terra, “acreditamos que o Senhor está chamando de volta o seu povo, aqueles a quem Ele redimiu, a esse lugar de adoração. E nós somos missionários no quesito de levarmos essas boas novas como nosso trabalho em tempo integral de ministrar ao Senhor, e a partir desse lugar, ministrar à outros”, Ana Duarte.

Você não está desperdiçando sua vida?

Apocalipse 4 nos diz que existem quatro seres viventes, 24 anciãos, e toda uma nuvem de testemunha que 24 horas por dia, durante toda eternidade, diz que Ele é: “Santo, santo, santo o Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”. (Ap. 4:8).

Então por que nós não faríamos isso? Porém, a pergunta normal e outra constante que se ouve ao caminhar em ser um missionário intercessor é: você não está desperdiçando a sua vida? Vai alimentar os órfãos. Porém, há diferentes formas de alcançar todos estes e de trazer a vontade de Deus sobre a terra.

E a partir de Lucas 11 e 18, que Jesus nos ensina a respeito de oração persistente, e de Apocalipse que João nos fala que existem harpas e taças de ouro cheias de incenso, que são todas as orações dos santos, no lugar de governo na frente do torno. “Então nós acreditamos que da mesma forma que Ele governa a terra na sala do trono. Ele também escolhe trazer o governo dele a nós através das nossas orações”, Duarte.

Como Davi

Não é possível abordar, em um único texto, tudo sobre este desse assunto, que é tão rico e extenso. No entanto, oro para Deus traga luz sobre sua mente à respeito de que devemos ter uma vida de dedicação à adorá-lo.

Que sejamos como o rei Davi, que durante a vida, buscou morar na casa do Senhor, para contemplar sua beleza e buscar a orientação de Deus em seu templo. (Sl 27:4). E, assim, na medida que declararmos as Suas verdades, a Sua Palavra, de volta a Ele, Sua justiça venha sobre a terra.

O Senhor está despertando aqueles que levarão as boas novas a partir do lugar de ministrar primeiramente a Ele, em tempo integral. Que Ele fortaleça as Casas de Oração, que Ele tem feito surgir, em toda a nação. 

Originalmente publicado em 29 de novembro de 2018

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Para nós da fhop, falar sobre Casa de Oração e Modelo Harpa e Taça é, de fato, muito especial. Eu mesma já tinha ouvido sobre a International House Of Prayer (IHOP), de Kansas City. Mas meu contato mais profundo com Oração Ininterrupta foi em 2014 com o Projeto Liberdade. Realizado durante a Copo do Mundo nas capitais brasileiras.

Nessas capitais foram abertas Sala de Orações 24/7. O foco era orarmos pelo fim do tráfico humano, promover unidade entre igrejas brasileiras e levantar adoração e intercessão ininterrupta. 

Muitas Casas de Orações utilizam-se dessa “metodologia”. Dessa forma, gostaria de explicar como o Modelo Harpa e Taça nasceu. É importante ressaltar que nossas orações aqui na base da fhop tem como um dos princípios, as orações positivas e orações na Palavra. Eu te pergunto: você sabe o que isso significa?

Orações Positivas

Primeiro, ao invés de focarmos nos problemas ou pontos negativos, preferimos nos lembrar das promessas de Deus e orar com base em sua Palavra. Por exemplo: ao orarmos pela Igreja Brasileira, nós não falamos tanto contra a falta de unidade que pode nos separar ou possa haver. Mas preferimos enfocar em um versículo Apostólico e orar com base nele.

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” Filipenses 1.9-11

Sendo assim, nós oramos para que: O amor de Deus resulte em unidade no meio do Corpo de Cristo. Traga quebrantamento e fruto de justiça. Talvez, em um primeiro momento, nosso vocabulário possa parecer-lhe um pouco estranho ou difícil de entender. Mas a medida em que seguimos, os pontos da Casa e Oração ficaram mais claros.

Qual o foco das Orações Positivas e por que elas são importantes?

No Novo Testamento temos inúmeros exemplos de orações positivas. O foco principal dessas orações abrangem temas como: gratidão, amor, fé e o liberar da graça de Deus sobre nós, sobre a igreja e em nossa sociedade. Ao invés de focar nos pecados, divisões ou demônios.  

É incrível perceber como tais orações nos conectam com Deus e nos fazem entrar em uma unidade de amor com o Senhor. Mesmo assim, saiba que Deus pode responder até mesmo as orações feitas de forma negativa. Pois, Ele pode pegar mesmo uma oração confusa e transformá-la em resposta a um genuíno clamor. Isto é um sincero coração. Lembra? Ele nos traduz pois nos conhece como ninguém.

Além disso, se formos bem francos, podemos admitir que orações negativas geram em nosso coração sentimentos também negativos. Por exemplo, se focarmos no pecado. Isso poderá resultar em julgamentos dos mais diversos, seja contra a igreja local ou mesmo contra nossos irmãos, e até contra o mundo. Sendo assim, nós podemos repudiar, ao invés de amar. E aqui, não estou falando de amar o pecado, mas de orarmos com a motivação que vem de Deus.  

Já mencionei que, certa vez, quando eu estava orando com um certo time aqui da base, Deus me lembrou da mulher pega em adultério e Ele me fez largar as “pedras de acusação” para orar com um coração livre. E foi incrível sentir o coração de Jesus e como Ele desejava que eu orasse em tais circunstâncias.

Introdução ao Modelo Harpa e Taça

“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. Apocalipse 5:8”

O modelo que denominamos “Harpa e Taça” foi elaborado por Mike Bickle e sua equipe com referência a Apocalipse 4 e 5. Este modelo combina linguagem intercessória e bíblica. Uma das vantagens desse modelo, é que ele é “sustentável”. O que isso quer dizer?  

Por exemplo, por muitos anos vimos oração como algo difícil de fazer e para alguns até mesmo monótona. Acreditávamos que precisávamos de longos anos e sermos mais velhos para cultivar uma vida de oração. Mas, a verdade é que oração pode ser prazerosa. Quando adicionamos elementos musicais, orações positivas, coros participativos, as orações individuais tornam-se um clamor coletivo.

Harpa – Ela representa os cânticos, as músicas de adoração que sobem a Deus através das vozes e dos instrumentos musicais.

“E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão;  uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” Apocalipse 14:2-3

Taças – Nelas são colocadas as orações dos santos que sobem diante de Deus como incenso. Representa as orações intercessórias da Igreja.

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro;  foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” Apocalipse 8:3-4

Enfim, esta foi apenas uma pequena introdução a respeito do Harpa e Taça. Você quer saber mais sobre a dinâmica da Casa de Oração e como funciona o nosso dia a dia? Quer saber como funciona o Modelo Harpa e Taça? Deixe seu comentário e que o Senhor nos mostre o caminho da oração poderosa.

Originalmente publicado em 20 de novembro de 2018