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O agir de Deus em meio à transições

Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Romanos 8:32

A vida é feita de transições. E se não soubermos lidar com isso, não saberemos lidar com a vida. Mudanças trazem o novo, desconhecido e incerto. E devemos ter total confiança Nele durante essas transições.

Muitas vezes, não queremos confiar em Deus, e sim na nossa vontade. Pois o desconhecido nos paralisa e nos deixa ansiosos. Por isso, a estratégia para transições é confiar no Senhor, fixar os olhos Nele.

2 Coríntios 2:5 – Paulo escolheu fazer-se fraco, apresentando Jesus aos Coríntios para
que Ele agisse no meio deles.

Apoiados na força do Senhor

Transição tem a ver com realizar a boa obra, segundo a vontade de Deus. Assim, Deus permite situações, para que o agir Dele prevaleça e Ele nos mostre que não é na nossa força, e sim por meio e estratégia Dele.

Deus permite transições para que os nossos olhos não fiquem por muito tempo nos homens, e sim Nele.

E disse o Senhor a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. Juízes 7:2

Gideão era estrategista de guerra, e pensou que tudo estava sob seu controle. Deus não permitiu que o exército completo fosse à guerra, pois Israel pensaria que a vitória foi por força deles, e não de Deus. Gideão recebeu uma estratégia sobrenatural de Deus e precisou confiar nisso.

Devemos lembrar que no final do dia, o Senhor dos Exércitos é Ele, a glória é somente Dele. Os pensamentos Dele são sempre maiores que os nossos. Se individualmente permanecermos Nele, então corporativamente estaremos Nele também.

Deus é o Senhor das transições

Assim, não devemos temer transições e o desconhecido. Porque é Jesus que edifica a igreja, e vai continuar edificando.

Sobre nós está a responsabilidade de discipular homens que se pareçam com Ele. O apóstolo Paulo pregava com eloquência, mas se Deus, que era o fator decisivo, não fosse a experiência real, a casa não seria edificada.

Em Mateus 16, Jesus disse que Ele edificaria sua igreja, abrindo o caminho de volta ao Pai.

Hebreus 3:6 – “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se
tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”.

Assim, fazemos parte de uma noiva que está sendo preparada por Jesus em meio à transições. Somos cooperadores da obra! Nos momentos de mudança, devemos voltar os nossos olhos para Deus, pois Ele está liderando a igreja.

Você anda em simplicidade?

O Senhor, nesta última estação, tem me ensinado muito sobre simplicidade. Bom, é o que Ele faz, não é mesmo? Ele ensina, ajuda, corrige e nos faz crescer.

E uma palavra em especial que tem pairado em meus pensamentos é a palavra Simplicidade. Você já passou por uma experiência assim? Onde tudo o que faz e pensa, acaba girando em torno daquele simples hiato? Palavras que martelam sem parar? No caso em questão: Simplicidade, simplicidade e mais simplicidade era a minha constante meditação.

O benefício de ser filho de Deus, em primeiro lugar, é ser filho de Deus.  O segundo, é poder aprender direto da fonte. Comecei a fazer inúmeros questionamentos, alguns eu até encontrei respostas. Ao passo que, ainda estou aguardando. 

Contudo, algo interessante que ajuda nos seus processos de aprendizagem, é ter um coração aberto para ser confrontado. Da mesma forma ser vulnerável. Não posso prometer que é fácil, mas, é sem dúvida recompensador.

Primeira coisa que pude ouvir do Senhor é: “Seja uma pessoa simples”. Outra coisa: “Caminhe como meu filho Jesus, olhe para a vida do meu filho”.

Abra a sua bíblia em Filipenses 2.

“ Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”  Filipenses 2:1-8

Entendendo Filipenses 2

Por um momento apenas, achei cruel da parte do Senhor me fazer ler estes versos novamente. Enquanto na minha ignorância achava que já entendia tudo sobre Filipenses 2 (risos).

Veja bem, não é que não devamos estudar as escrituras sempre. Mas a questão era pensar que já sabia o bastante para não continuar aprendendo. De forma que outros saibam, chega a dar uma vergonha alheia, contudo, procuro ser verdadeira com vocês.

Meus amigos, com sinceridade de coração, pensei ter conseguido viver de forma simples. Mas percebi que muito se tem a aprender com a vida simples do filho de Deus.

Então, vejamos atentamente o que o Senhor quer nos ensinar novamente. Se nós estamos em Cristo Jesus, e caminhamos no amor e compreendendo o que Jesus fez em nosso lugar? A fim de que, consideramos ter alguma glória pessoal? Por quê? Constantemente achamos que somos suficientes e que somos capazes de fazer todas as coisas e usamos o nome de Jesus para promover o nosso ministério e obras.

Mesmo sabendo que não devemos nos entregar à vaidade do nosso coração e às vanglórias dessa era passageira, insistimos em nos considerar “bons” e “poderosos” para fazer o nosso nome maior do que o de Cristo Jesus. É muito, muito sério isso! Não devemos nos considerar melhor do que Cristo.

Pois, nada é pela nossa força. Não conseguimos fazer nada sem o poder que há na vida de Cristo, sem a revelação da poderosa vida de Jesus.

Andar em humildade e simplicidade

Agora, vem a parte que em particular pode ser bem confrontante. Se foi-nos ensinado sobre amar e promover o nosso irmão, e considerar a ele de maior importância que a nossa própria vida, por que continuamos a fazer o contrário? Por que a necessidade de se fazer maior e melhor que os nossos irmão? Pois, andar em humildade e simplicidade é tão raro de  se ver no meio daqueles que dizem estar em Cristo e na comunhão do Espírito?

Queridos, tudo o que escrevo, faço me colocando no lugar de viver novamente em humildade, se é que algumas vez andei verdadeiramente nesse lugar. O lugar de simplicidade não é apenas abster de coisas, e sim, fazer ausência do seu eu, para amar e cuidar dos interesses do reino de Jesus.

Cristo  entregando-se na cruz, por amor e por cuidar dos interesses do seu Pai.

Jesus é simples e ama o simples.

Lembre-se que, viver conforme Jesus é andar em simplicidade, é não achar valor dos títulos e nos rótulos de glória que o próprio homem dá. Gostaria que soubessem, somos mais do que mercenários do reino, somos mais do que roubadores de glória, somos filhos e escolhidos do Pai. E somos hoje e amanhã e depois, depois e depois aqueles  vivem e viverão a vida que Jesus viveu.

Que a bondade de Jesus alcance o seu coração hoje e que você possa aprender todos os dias que Jesus é manso e humilde, que não se importou com posição, mas simplesmente, em fazer a vontade do seu Pai.

“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.” Colossenses 3:12

Texto originalmente publicado em 05 de dezembro de 2018


Texto repostado 
Originalmente publicado em 28 de dezembro de 2017 

Mais um ano chegando ao fim, logo logo entramos em 2018 e espero que tenhamos bom ânimo para seguir. Não sei como foi o seu ano, mas com certeza existem motivos para sermos gratos mesmo que muitas lágrimas rolaram pelo caminho. Para alguns é o momento de traçar novas metas e reavaliar os planos. Outros tiveram perdas irreparáveis com a morte de entes queridos e começam o ano enfrentando o luto e a saudade. Não sei como está o teu coração, mas há alguém que se importa com cada detalhe de nossas vidas. Jesus é Aquele que nos fortalece quando nossa esperança se torna escassa.

Quando Jesus fala aos seus discípulos sobre as coisas que eles terão que enfrentar, Ele os adverte que passarão por aflições. Mas, deixa também uma palavra de consolo e esperança, até mais que isso. Ele libera sua paz. Aquela paz que não se pode explicar porque ela excede o entendimento como descrito nas escrituras. Jesus destaca que passaremos por aflições, mas que deveríamos manter o bom ânimo.

“… No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” João 16.33b

Bom ânimo

Então, reflitamos um pouco sobre as palavras do nosso Amado Mestre Jesus. Caro amigo, o que significa ter bom ânimo? Que imagens vêm à sua mente quando essas palavras chegam aos seus ouvidos? O que você acredita que Jesus queria dizer considerando todas as coisas que Ele iria passar na cruz e que seus próprios discípulos enfrentaram?

Se dermos uma olhada no Google na palavra ânimo chegaremos a conceitos tais como, “condição emocional do ser humano, relacionado ao seu estado de espírito”; “excesso de determinação diante de uma circunstância perigosa”. Se pararmos para pensar, concluiremos que não se relaciona apenas a um sentimento passageiro, mas dá a ideia de, com que espírito se enfrenta as circunstância da vida, as perseguições e os desafios cotidianos. Como eu e você temos olhado todas as intemperanças? Como temos enfrentado cada desafio desolador?

A Bíblia está repleta de histórias traumáticas, guerras, pecados, lutas, dores. Mas também há tanta vida, esperança, milagre, alegria e glória da presença de Deus. Por exemplo, Davi foi alguém que muitas vezes olhou para dentro de si e mandou que sua alma se acalmasse diante de Deus, e de quem Deus É. Ele aprendeu a levar sua ansiedade ao Senhor. E, muitas vezes, nós precisamos fazer o mesmo declarando a Palavra de Deus como verdade. A Palavra é maior do que as circunstâncias que tentam nos engolir e anular a nossa fé.

“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” Salmos 42.5

Uma oração 

Escolhamos nossos heróis Bíblicos, meditemos profundamente na Palavra, lembremo-nos do que é mais importante! Que tenhamos bom ânimo! Que neste ano de 2018 possamos crescer em nosso conhecimento de Cristo, de seu profundo amor por nós e que andemos com propósito em tudo aquilo que Ele tem nos convidado a participar. Que a sua glória inunde o nosso coração de dentro para fora e que sua luz possa brilhar através de nossas vidas. Em nome de Jesus.

Para encerrar a nossa série de textos sobre a vida prática de oração, gostaria de falar sobre uma dimensão da oração onde poucas pessoas ousam entrar: a intercessão regada por lágrimas. Não posso dizer que já alcancei este lugar, porém, quanto mais estudo a Palavra e a vida de grandes homens e mulheres de oração, vejo que este é o caminho a ser trilhado por quem deseja ser amigo de Deus.

Quando falamos de intercessão , estamos falando de sermos parceiros naquilo que Deus deseja fazer (e prometeu que faria) na terra. Porém, há um lugar mais profundo de intimidade ao qual Deus nos chama, onde conhecemos o seu coração.

Jesus, quando estava perto de ser levado para ser entregue à morte, chamou seus três amigos, Pedro, Tiago e João, para vigiarem e orarem com ele (Mc 14:33-34). A passagem relata que assim que eles se achegaram mais perto dele, Jesus começa ficar aflito e agoniar-se. É nesse lugar de intimidade que Ele quer nos levar, pois amigos íntimos acessam o coração um do outro. Jesus se fez acessível e vulnerável ali naquele momento, pedindo que estivessem com ele.

Entretanto, logo mais na passagem, vemos que os discípulos não são capazes de vigiar e orar com Jesus, pois adormecem. É de se admirar que eles conseguiram dormir em um momento tão importante, mas quantos de nós não faríamos o mesmo?

VIGIAI E ORAI

O coração de Deus chora por tanta iniquidade, injustiça e maldade que há no mundo. Ele não está indiferente a todas essas situações, mas Ele procura aqueles que se achegarão ao Seu trono de graça e misericórdia para vigiar e orar. Deus quer compartilhar o seu choro conosco, mas enquanto estivermos distraídos, ocupados e insensíveis ao seu chamado, não iremos chegar neste lugar de intimidade.

Uma vida de oração também envolve sensibilizarmos nossos corações por aquilo que toca o coração de Deus. Podemos sim orar a Palavra, mas Deus quer corações disponíveis acima de tudo. Ele não precisa saber que suas palavras são bonitas ou gramaticalmente corretas. Ele quer um coração que está chorando pelo o que Ele chora, amando o que Ele ama. A partir desse lugar, e não o contrário, fluímos em oração, lembrando de suas promessas e da Sua Palavra.

Ainda que o lugar de intercessão pareça solitário muitas vezes, devemos ter a dimensão do privilégio que é ser chamado para estar neste lugar. Ao redor do Brasil e do mundo, Deus está levantando os seus amigos e os chamando para mais perto, para vigiar e orar com Ele.

Deus deseja compartilhar o seu coração conosco, por isso, podemos descansar sabendo que não choramos sozinhos.

É nesse lugar de intimidade coletiva, de Deus com a Sua Igreja, que tocamos o Seu coração. O convite ao choro com Jesus está estendido a nós, mas será que estamos sensíveis para ouvi-lo nos chamando?

Que possamos ser aqueles que vigiam e oram com Jesus.

Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.  Mateus 9:15

A Volta de Cristo inegociávelmente faz parte da ortodoxia cristã. Ou seja, todo cristão precisa saber e crer que essa é uma promessa certa e verdadeira (At 1:6; 2 Pe 3:4; 2 Ts 2:2). Contudo, ainda que essa seja uma realidade de crença da fé cristã, nem todo cristão tem a ortopraxia nesse sentido (a prática da crença). Muitas vezes, vivemos de maneira desconexa ao que a Bíblia nos ensina sobre a esperança da Segunda Vinda.

Existem muitas maneiras em que a Volta de Jesus deve afetar nosso viver. Na verdade, é mais correto dizer que nem um centímetro quadrado da nossa vida pode ficar intocado por essa promessa. Por exemplo, 1 Ts 4:13-18 nos diz que os cristãos não devem sofrer um luto desesperançados quando os seus irmãos em Cristo morrem como os ímpios sofrem, visto que aqueles ressuscitarão e se reunirão novamente com eles no Dia da Sua Vinda.

Então, se a vinda de Jesus deve promover em nós uma resposta adequada (a ortopraxia), por onde podemos começar? O que podemos fazer para nos engajarmos com essa verdade hoje?

VIVENDO PELO PARADIGMA DA NOIVA QUE ESPERA

O ensino do paradigma da noiva está intimamente relacionado à vida cristã à luz do fim dos tempos. Ele não só é solidamente bíblico, como é útil para tocar-nos de forma eficaz, pessoal e graciosa nos nossos corações. 

Vamos ver a seguir onde as Escrituras providenciam um dos alicerces do comportamento da Noiva nos últimos dias e o que isso pode somar ao nosso estilo de vida enquanto aqueles que verdadeiramente amam a Sua vinda (2 Tm 4:8).

A NOIVA QUE DESEJA ESTAR JUNTO DO NOIVO MAIS UMA VEZ PARA SEMPRE

Talvez este seja o ponto mais crucial. Quando falamos de escatologia da maneira correta, creio que é impossível não se apaixonar por esse estudo, tendo em vista que a grande trama da volta de Cristo tem no cerne um casamento. E, embora existam casamentos sem amor, é bastante seguro afirmar que Jesus não irá se casar com a Igreja por “interesse” ou sob coerção.

O que arde no coração de Jesus é o combustível para a chama no coração da Noiva. Nós queremos estar juntos porque Ele quer estar conosco.

Ou nas palavras de João, “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19

O teólogo e pastor John Piper ilustra este princípio assim: “O Noivo partiu numa jornada logo antes do casamento e a Noiva não pode agir como se tudo estivesse bem. Se ela O ama, ela vai desejar o Seu retorno.”

O que é agir como se as coisas não estão bem ou normais? 

Por mais chocante que isso possa soar, existe um aspecto de dor no estilo de vida do cristão que aponta para o fato de que até Jesus voltar, as coisas não estão bem como elas devem ser.

O próprio Senhor profetiza que quando Ele fosse para o Pai e não estivesse mais na presença dos seus discípulos, eles, como noiva, ficariam de luto e até mesmo redefiniriam o sentido do jejum como era conhecido.

Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão. Mateus 9:15

A Sulamita do Cântico dos Cânticos de Salomão usa a seguinte expressão: Ó mulheres de Jerusalém, eu lhes faço jurar: se encontrarem o meu amado, o que dirão a ele? Digam-lhe que estou doente de amor. Cânticos 5:8

O CUIDADO COM O CORAÇÃO DE NOIVA

O abraçar do paradigma da noiva fala em primeiro lugar de cultivar um coração vibrante diante do Senhor. Como dito, é importante que a Noiva deseje, arda em saudade e até sinta dor diante da ausência física de Jesus literal na terra. O coração vibrante também fala de uma vida interna de oração fervorosa. A noiva preza pela comunhão com o Seu Senhor. Ela está engajada num relacionamento íntimo com Ele e o cultiva.

Isso deve ser mais que jargões como “maranata” vazios. O verdadeiro clamor maranata é um grito percebido no estilo de vida daquele que ama o Senhor e aceita as Suas palavras. Isso também quer dizer que o cristão não deve permitir que o mundo o console a ponto de estar tudo bem para ele se Jesus não voltar. Quem coloca o seu amor no mundo não tem espaço para colocar seu amor em Jesus. Não podemos nos embaraçar tanto com as paixões passageiras do mundo, os confortos e as “ansiedades da vida” a ponto do nosso coração e mente tenham um tráfego tão intenso de coisas que não sobra espaço para desejar Seu retorno.

 Se alguém não ama o Senhor, seja amaldiçoado. Maranata! 1 Coríntios 16:22

Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Lucas 21:34

DE DENTRO PARA FORA

Tal como ressaltado, a crença na promessa da vinda do Senhor deve ter efeitos na forma com que praticamos o cristianismo. Isso influência nossa vida de oração, jejum, as escolhas que fazemos com o que nos ocupar e dentre outras coisas. Talvez precisamos acordar para a realidade da Noiva e se comportar de tal maneira. Ao considerar textos nas Sagradas Escrituras que apontam para isso, podemos nos perguntar: o que a Noiva deve fazer diante dessa realidade?

O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. 2 Coríntios 11:2

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Podemos mudar a Deus através da intercessão? Por que devemos orar a um Deus soberano que já conhece todas as nossas necessidades? Quem é chamado à intercessão? Em favor de quem devemos interceder?

Conhecer a Deus implica também em vivermos de acordo com a sua vontade. Em nenhum momento, a soberania divina exclui a responsabilidade humana. Por isso conheceremos o chamado que o Senhor deu a todos os seus filhos de intercederem.

 

A soberania de Deus e o chamado à intercessão

Deus é soberano. Ele faz todas as coisas segundo o seu propósito e vontade. Quando Deus fala e age na História, nada nem ninguém é capaz de resistir à sua voz. As superpotências mundiais são extremamente pequenas diante de sua glória e majestade. Não há outro que possa ser comparado ao Deus Todo-Poderoso.

Porém, como Hernandes Dias Lopes afirma, “o próprio Deus Todo-Poderoso, assentado no trono, revestido de glória e majestade, também determinou agir em resposta às orações de seu povo.” Por isso, a soberania de Deus não exclui a nossa responsabilidade como intercessores.

A intercessão é um instrumento para moldar o nosso coração diante das circunstâncias.  E para Deus agir no mundo em resposta às nossas petições, assim como Ele mesmo agiu na Bíblia em resposta às intercessões de seu povo. Deus decidiu nos incluir em seus planos e nos permitiu ser cooperadores em sua grande obra.

 

Todos nós somos chamados à intercessão, porque buscamos em nosso Pai Celestial tudo o que precisamos. 

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. 8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Mateus 7:7-8

 

Devemos buscar nas coisas celestiais e na vontade divina a motivação para que o nosso agir seja como de filhos de Deus, porque: “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1.12

 

Os intercessores

Em vários momentos na história, os intercessores aprenderam a serem fiéis a Deus mesmo não presenciando seus pedidos serem realizados em vida. Hoje, nós somos chamados a interceder, não para mudarmos a Deus, mas confiarmos em seu caráter, orarmos a sua palavra e crermos que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Agostinho disse que “a verdadeira e completa oração não é outra coisa senão o amor”. John Wesley também afirmava que tudo o que Deus faz, Ele o faz em resposta às orações de seu povo.

Deus atendeu o pedido de Israel diversas vezes quando este estava em aflição ou sofria escravidão diante de um imperador opressor. Quando o povo clamou ao Senhor, pois estava debaixo do poder de faraó no Egito, como registrado no livro de Êxodo, Deus ouviu e atendeu o seu clamor. 

Já em outro momento, quando, no livro de Ezequiel, Deus procurou alguém que se colocasse em favor da nação, mas não houve ninguém, o povo foi entregue ao cativeiro.

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18

Temos testemunhas fiéis em toda a história capazes de edificar a nossa fé. Hoje, porém, o bastão está em nossas mãos. Quem se levantará para interceder e edificar a próxima geração? A intercessão é o instrumento que utilizamos para nos relacionarmos com aquele que é soberano e que deseja responder às nossas orações.

Mas os desejos do nosso coração precisam estar alinhados à sua palavra. Precisamos crescer em amor a  Deus, a sua palavra e as pessoas, a ponto de inclusive intercedermos pelos nossos inimigos.

Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Mateus 5:44

 

Como devemos interceder?

A intercessão não funciona como mágica. Ela é um instrumento de Deus para moldar o nosso coração à medida da vontade de Deus, através da poderosa obra do Espírito Santo em nossas vidas.

Enquanto oramos somos transformados. Não temos o poder de mudar a Deus, mas o propósito é que confiemos em seu caráter, orando a sua palavra e crendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu. 

  • Precisamos orar a palavra de Deus aplicando-a em nossas petições (Colossenses 3.16-17)
  • Precisamos buscar o Senhor no lugar secreto (Mateus 6.6)

 

A oração tem sido um dos temas  que tenho escutado muito em diferentes países e por diferentes pessoas. 

Certamente, as pessoas estão interessadas em aprender a orar e realmente ter uma vida de oração na prática. 

Aliás, por incrível que possa parecer algumas dessas pessoas não tinham escutado sobre o movimento de oração e que existem pessoas que fazem isso no modelo 24/7.

Ademais existe algo que todos nós temos em comum com o rei Davi que é o nosso clamor por aquilo que chamamos de “Uma coisa”. 

Observe o versículo abaixo: 

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Salmos 27:4 

Inegavelmente, esse anseio por uma coisa é algo que podemos observar na vida de Davi. O pastor de ovelhas que se tornou rei entendeu muito cedo a importância que o Senhor e tudo o que diz respeito a Deus tem que ter em nossa  vida.  

Decerto, quando penso em Davi e no seu anseio pelo Senhor me lembro de outro Salmo escrito também por ele. 

Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. Salmos 69:9 

Entretanto, qual é esse anseio e zelo que Davi fala aqui?

Foi esse zelo que levou Davi a buscar a Arca da Aliança e preparar um lugar especial para ela. 

Chamados para comunhão 

Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre Jesus e aqueles que escolheram deixar tudo e seguir o Mestre. 

O que levou esses homens a deixarem suas famílias, como o que Pedro fez ou largar tudo como Mateus, ou até mesmo o encontro de Paulo com o Senhor que fez com que ele mudasse radicalmente  e o seguisse. 

Nosso Deus deseja comunhão com aqueles que escolhem segui-lo. 

A oração é um dos meios mais poderosos de nos aproximarmos Dele. 

Jesus enquanto estava nesta terra separava muitos momentos para falar com Deus Pai. 

Pois, ele sabia que uma vida de oração fortalece mais do que qualquer outra coisa.  Então, é por isso que devemos orar, porque quando as adversidades chegarem você estará melhor preparado para elas. 

Oração nos fortalece

A oração fortalece nosso homem interior e nos torna íntimos de Deus. 

Nosso chamado a oração pode ser traduzido a uma busca por Deus que irá nos consumir até o dia que estivermos diante Dele. 

O significado de “Uma coisa”  fala de intimidade,  colocar sua ótica em Deus e olhar tudo à sua volta através deste olhar.  

Quando o Salmo 27:4  diz sobre a  casa do Senhor devemos entender que  é algo muito além do que as paredes físicas das nossas igrejas. 

Nós somos a igreja, então aqui também podemos entender como um chamado à comunhão com nosso Deus. 

Por isso, deixe o anseio por Ele consumir e fascinar você.

Querer Deus como a única coisa foi o que levou homens como Davi e tantos outros através da história a buscarem Deus de todo o coração e com todo o entendimento. 

Finalizo este texto com dois versículos de um Salmo de Asafe: 

A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. Salmos 73: 25,26

Certa vez Jesus estava orando em um determinado lugar, quando terminou um dos seus discípulos pediu que Ele os ensinasse a orar (Lucas 11:1). Vemos aqui que aqueles homens que caminhavam com Jesus vendo-o em sua vida de oração se depararam com a necessidade de aprender a orar. Nós não vemos na Bíblia os discípulos pedindo que Jesus os ensinasse a pregar, realizar milagres, expulsar os demônios, mas o anseio que Jesus provocou no coração de seus discípulos foi “ensina-nos a orar”.

Segundo E. M. Bounds :

“Os homens são naturalmente avessos a aprender essa lição de oração. É uma lição de humildade. Ninguém senão Deus pode ensiná-la”.

Portanto, à medida em que crescemos na fé, somos convidados a crescer também em vida de oração, e este pedido dos discípulos nos mostra que é possível aprender a orar.

Tudo quanto pedirdes em meu nome vos será feito 

Dessa forma, imagine que você pudesse pedir o que quisesse e isso acontecesse, o que você pediria?  Em João 15:7, Jesus disse: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Podemos encontrar aqui neste versículo uma chave para crescer em uma vida de oração. Observamos aqui que a condição para termos orações respondidas é permanecermos em sua palavra, em oração e unidade com Cristo. E. M. Bounds comenta sobre esse versículo: 

“Aqui temos um posicionamento de vida permanente como condição de oração. Não apenas um posicionamento de vida permanente em relação a grandes princípios ou propósitos, mas um posicionamento permanente e unidade de vida com Cristo Jesus. Viver nele, habitar nele, ser um com Ele, ter a fonte de toda sua vida nele, permitir que toda a vida dele flua através de nós – esse é o posicionamento de oração e habilidade de orar. O permanecer nele não pode ser separado da Sua palavra permanecendo em nós. Ela precisa estar viva em nós para que faça nascer e alimente a oração. O posicionamento da Pessoa de Cristo é a condição da oração”.

Portanto, para crescermos em oração, precisamos permanecermos nele e em suas palavras. Somente assim conheceremos o que está em seu coração para enfim podermos orar segundo a sua vontade na certeza de que crendo, iremos receber.

Aprendendo a orar 

Sendo assim, para orarmos segundo a vontade de Deus precisamos conhecer sua vontade, certo? Em sua palavra, o Senhor nos revelou a sua vontade, logo meditar nas Escrituras nos ajuda a desenvolver uma vida de oração. Logo, é muito importante colocarmos a Bíblia em nossa linguagem de oração. Corey Russel em seu livro “Oração” nos mostra que, “Quando oramos a Bíblia, nossos espíritos são edificados e podemos ter a certeza de que nossas orações serão respondidas”. 

Portanto,  uma forma prática para isso é utilizar as orações apostólicas das cartas de Paulo nos tempos de intercessão, pois são orações centradas em Deus e cheias da revelação do propósito e vontade de Cristo. Um exemplo de oração apostólica que temos utilizado constantemente em nossa Sala de Oração é a que Paulo faz em sua carta à igreja de Éfeso:

“…não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas orações. Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força”. (Efésios 1:16-19)

Como aplicar?

Podemos incluir essa poderosa oração de Paulo em nosso dia-a-dia devocional, ou nas reuniões de oração da igreja. À partir desse texto bíblico podemos orar por nós mesmos, pelos nossos familiares, amigos, pela própria igreja, e até mesmo para aqueles que não O conhecem. A fim de que o Senhor se revele, para que a luz da Sua face resplandeça, para que Ele compartilhe os seus pensamentos. Podemos rogar para que Ele abra os olhos do entendimento para que possamos ver claramente e compreender a esperança da Sua vocação, daquilo que Ele nos chamou, de qual o nosso destino nesta era e na que virá. 

Podemos pedir também para que Ele nos revele as riquezas da herança que temos com Ele, da família a qual fazemos parte e a força que existe em saber a quem pertencemos. E portanto, orar para que Ele nos faça conhecer a suprema e incomparável grandeza do seu poder. Tão grande que é capaz de ressuscitar mortos, soprar vida e esperança em causas impossíveis, poder que sustenta todas as coisas pela Sua palavra.

Sendo assim, orar a Palavra pode encher o nosso coração de fé e nos ajuda a crescer em nossa vida de devoção diária. Comece hoje a colocar isso em prática, peça ajuda ao Senhor pois certamente é de sua vontade que nossa vida de oração e comunhão com Ele cresça. Coloque-se hoje diante de Cristo e peça “Senhor, ensina-me a orar”. E busque meditar em Sua palavra e acesse as lições preciosas que existem ali sobre vida de oração.

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Hoje, nós conversaremos sobre o tabernáculo de Davi. E para começarmos é importante lembrar que no contexto histórico, a arca de Deus tinha sido levada no cativeiro e passou cem anos longe de Israel. Então, quando Davi assume o reinado, a primeira coisa que ele faz é construir o tabernáculo e trazer a arca para Jerusalém.

O Tabernáculo de Davi foi a primeira habitação de Deus em Jerusalém. Ele foi o único santuário a ser estabelecido no Monte Sião em toda a história. Se você lembrar, Sião passa a ser muito importante nas escrituras, pois a palavra diz: “De Sião virá a salvação” (Rm 11:26); “Sião é o monte do Senhor” (Is 2:3). Sião tem uma conotação fortíssima, pois ali é a habitação de Deus. E Davi tem um papel principal no Antigo Testamento que aponta para Aquele que é a salvação, ou seja, Jesus. 

Davi acrescentou elementos à liturgia da tenda de Moisés

Deus deu ordens específicas a Moisés quando ele armou a tenda. Deus habitava também na tenda de Moisés e ela era uma tenda móvel, diferente da fixa que Davi fez em Jerusalém. Na tenda de Moisés não havia instrumentos e as  trombetas eram tocadas apenas no momento das ofertas ( Nm 10:9-19).

 Ademais, a tenda de Moisés era dividida em três sessões, mas no tabernáculo de Davi era um espaço só. Apesar de ser arquitetonicamente diferente, Davi manteve o cuidado com a lei do Senhor: ”E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os ombros, usando as varas que estavam nela, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor” ( I Cr 15:15).

Davi não exclui a liturgia já dada por Deus, mas ele acrescenta elementos à liturgia do culto. Perceba, não há conflito no tabernáculo de Moisés e no de Davi, pois o tabernáculo de Davi adiciona ao que já foi dado a Moisés. 

Porém, nós percebemos que Davi trouxe uma revolução na liturgia do culto. No tabernáculo de Davi tinha música e a presença de cantores. Davi inclusive manteve músicos e cantores para estabelecerem adoração contínua ao Senhor, ou seja, adoração 24 horas e sete vezes por semana. “ E com eles a Hemã, e a Jedutum, e aos mais escolhidos, que foram apontados pelos seus nomes, para louvarem ao Senhor continuamente, porque a sua benignidade dura perpetuamente”. (I Cr 16:41). Leia I Crônicas capítulo 15 e 16 para mais detalhes.

O tabernáculo de Davi e a liturgia que nos influenciou

Em um conceito geral, liturgia é a forma como as coisas costumam ser feitas, como um ritual. Um conjunto de elementos ou práticas que compõem um culto, por exemplo. Em um contexto fora do culto, temos liturgia também, por exemplo: a forma como nós vivemos nosso dia a dia e como nós celebramos um aniversário ( onde o aniversariante sopra as velas), tudo isso formam rituais que estabelecem uma liturgia. 

Como resultado, nós sabemos que a liturgia daquela época nos influencia até hoje em nossos cultos e adoração. No momento do culto, na sua liturgia, cada momento é importante. Desde a abertura, o louvor, a oferta e a Palavra, em tudo Deus está presente.  A liturgia também existia ali no tabernáculo de Davi e isso afetou a forma como Israel se relacionava entre família. 

O tabernáculo de Davi é um prenúncio do porvir

Todavia,  quando a arca de Deus chegou e Davi celebrou com cânticos, danças e músicas, isso pode ter chocado as pessoas. Afinal, elas estavam acostumadas com a tenda de Moisés. Vemos isso, pois a esposa de Davi o desprezou neste momento ( I Cr 15:28). 

Mas, eu e você precisamos entender que Davi está anunciando uma revolução litúrgica, isso era um sinal do que também acontecia no céu. A centralidade ainda assim era a presença de Deus, a arca estava naquele local. Tanto é, que Sião, a cidade que Deus habita, recebeu muitas profecias. Ou seja, Deus se agradou do que foi feito ali. 

E isso  também é uma imagem profética do que Amós escreveu sobre a restauração do tabernáculo de Davi. “Naquele dia, levantarei o tabernáculo de Davi que está caído e repararei suas brechas, levantarei as suas ruínas e as reedificarei como nos dias antigos” ( Amós 9:1). Tiago também vai falar sobre a restauração do tabernáculo em seu discurso em Atos 15:16-18. Como um prenúncio da alegria celestial e  da reunião que teremos no porvir. Na eternidade isso vai acontecer, assim como Deus é eterno, sua presença e a forma como ele estabelece, estão relacionados  ao que viveremos no porvir. Que alegria, não é mesmo?

O tabernáculo de Davi influenciou nossa liturgia de culto 

Como resultado, a forma como nós adoramos até hoje tem influência da época do estabelecimento do tabernáculo de Davi. O fato de hoje nós termos instrumentos na adoração corporativa é porque Davi introduziu isso ao culto a Deus. Logo, podemos dizer que o tabernáculo de Davi era musical, pois havia muitos instrumentos. 

Assim, o homem  passou  a expressar o sentido daquilo que ele não conseguia explicar e Deus se manifestava no meio do seu povo. Hoje é assim também. Há expressões artísticas nos cultos e a música é uma delas. E Deus se manifesta em nosso meio. Naquele momento, Davi estava anunciando que Deus ia habitar no meio deles e isso era motivo para celebrar. 

Em suma, doxologia é o que chamamos dessa resposta do povo aos feitos de Deus. Criar um momento em que cantamos a palavra é doxologia. Quando Deus está presente e ele se manifesta, nós respondemos adorando seu nome e sua glória. Isso era o que acontecia no tabernáculo de Davi, os salmos escritos são essas expressões deles a Deus.  Elas são músicas que expressam a resposta do povo adorando a Deus. 

Por fim, entendemos que o tabernáculo de Davi tem influência direta na liturgia dos nossos dias.  Ou seja, a importância de nós estarmos juntos adorando ao Senhor, transforma nossa caminhada. Assim como aconteceu com o povo em Israel na época do estabelecimento do tabernáculo de Davi. Hoje  também nós estamos respondendo para aquele que nos sustenta de geração em geração com cânticos, Salmos, louvores e orações.

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” MT 5:14 – 16 (NVI)

Foi no monte das bem-aventuranças que Jesus fez tal declaração aos discípulos e o povo que estava ali reunido. No início do capítulo 5, Jesus começa ensinando o famoso Sermão do Monte, explicando uma série de condutas que os seguidores de Cristo deveriam ter como prática de vida. Interessante observar que, logo após Jesus nos desafiar a termos tal estilo de vida, Ele define Seu povo como sal da terra e luz do mundo.

O que é ser luz do mundo?

Hoje, nessa breve reflexão, quero me deter ao que Jesus fala sobre sermos luz do mundo, nos versos 14 a 16. Convido você a pensarmos juntos sobre o que de fato significa ser luz em nossa sociedade? O que outros versículos da Bíblia falam sobre isso? De onde vem tal Luz? E como podemos expressá-la?

Ao pesquisar no dicionário Strong o termo luz, expresso nos versos do capítulo, encontramos as seguintes definições: brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios; fogo: porque brilha e espalha luz.
Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura e brilhante.

Em tua Luz vemos a luz

O que podemos compreender do significado da palavra luz empregado nos versos é que o próprio Senhor é a Luz que se manifesta através de nós. Em dezenas de trechos da Bíblia encontramos versículos que definem o próprio Deus como Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago 1:17).

“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1 João 1:5

Observamos em Gênesis que a primeira criação de Deus foi a luz. Por meio da palavra de Deus, Ele disse: “Haja Luz, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão” (Gn 1:3-4). O escritor e pastor, Brian Schwertley, diz:“como a luz foi a primeira coisa na criação original, a luz de Cristo é o fundamento da recriação salvadora”. Por intermédio da Luz a condição do nosso coração é exposta. Ela revela o mais profundo do nosso interior, mostrando todos os nossos pecados e transgressões. A luz de Cristo também nos chama ao arrependimento e a trilhar o caminho da santificação.

A Luz que ilumina o entendimento

Além de Cristo ser a própria Luz, vemos que o termo também se refere a revelação escrita de Deus. As sagradas Escrituras são a luz que traz o conhecimento sobre quem Deus é, aprendemos através dela a Lei do Senhor e como devemos viver dignamente o propósito para o qual o Senhor nos designou.

“Das trevas resplandecerá a luz – Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.4-6).

Em nós mesmos não há nada de bom. Mas, como vimos o versículo de Tiago 1:17, toda boa dádiva vem do Senhor, o Pai das luzes. Conforme crescemos no entendimento dessa verdadeira Luz, começamos a compreender o Seu coração e seus planos. Dia após dia, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós e o fruto do Espírito começa a transbordar em nossas atitudes e palavras.

Manifestando a Sua Luz

A Palavra de Deus se torna tão viva em nós, mediante a graça do Senhor, que buscamos a ter uma vida reta e obediente aos olhos dele. A Palavra de Cristo precisa encarnar em nossos sentidos e afetar toda a nossa existência, a ponto de que aqueles que estão ao nosso redor possam sentir o perfume de Cristo. No versículo de Mateus 5:14b, Jesus diz que “é impossível escondermos uma cidade construída no alto de um monte” e “ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha”
Ele utiliza tais frases justamente para reforçar a ideia de que é inevitável, impossível, escondermos do mundo a Luz de Cristo que habita em nós.

Nós manifestaremos a Luz de Cristo ao mundo, através da proclamação das boas-novas de salvação, por meio das nossas atitudes e palavras que demonstrem o fruto do espírito em nós – bondade, mansidão, amor, fidelidade, amabilidade, alegria, paz, paciência e domínio próprio – por meio do serviço ao próximo e nos locais que estamos inseridos; sabendo que tudo é para a glória dele, até que o mundo reconheça que Jesus Cristo é o Senhor.

Originalmente publicado em 19 de fevereiro de 2020