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Rasgue o coração e não as vestes

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de seu manto enchiam o templo. Acima dele havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. E clamavam uns aos outros: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E as bases das portas tremeram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou até mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz; e tocou-me a boca com a brasa e disse: Agora isto tocou os teus lábios; a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu disse: Aqui estou eu, envia-me.” Isaías 6:1-8

A visão de Isaías

A morte do rei Uzias veio acompanhada de tristeza e incertezas para o povo de Israel. No ano em que este grande rei morreu, Isaías teve uma visão do Senhor, o Rei dos reis, o Rei soberano cujo reinado jamais terá fim.

Aquele que Isaías viu era o próprio Jesus (João 12:41) em toda a sua glória. Jesus se assenta eternamente no trono como o Rei que reina sobre todas as coisas. Ele permanece sempre o mesmo.

As vestimentas do rei representam o seu poder e autoridade. O manto daquele que se assenta no trono dos céus é tão imenso que ocupa toda a sua habitação (v. 1); não há um único centímetro quadrado em toda a criação que não esteja sob o domínio e autoridade de Cristo.

Como seres celestiais criados para estar na presença de Deus, suas seis asas tinham sua finalidade (v.2):

a) a glória de Deus é intensa a ponto de ofuscar o brilho do sol (Apocalipse 21:3) e por isso os serafins
precisam cobrir os seus rostos.

b) como habitam no lugar da plenitude da glória de Deus, os serafins cobrem os seus pés, vigiando e cuidando onde eles os colocam.

c) eles voavam ao redor do trono, de modo que contemplavam todo o esplendor da glória de Deus.

Os serafins exaltam o Senhor a um lugar mais alto e separado de tudo e de todos, declarando a verdade suprema da Sua santidade (v. 3).

A Santidade de Deus

Santidade diversas vezes se refere a algo separado única e exclusivamente para o uso de Deus, tornando-o santo, sagrado. Porém, quando a Palavra se refere ao Senhor como Santo, significa que Ele é acima de tudo e de todos. Ele é incomparável.

A glória de Deus é a manifestação dos Seus atributos; é a forma como conseguimos contemplar aspectos do Seu caráter. Quando nós entendemos que o Senhor é bom, podemos dizer que vimos a Sua glória pois Ele nos revelou um aspecto da Sua santidade.

Ao olharmos para Cristo, também contemplamos a glória de Deus. Cristo é a imagem do Deus invisível, a expressão exata de quem Deus é.

Quando contemplamos a glória de Deus e compreendemos quem Ele é, somos constrangidos a ponto de gerar temor em nossos corações (v.5). Ninguém pode permanecer em Sua presença sem se tornar consciente da sua própria miséria e pecaminosidade.

Um chamado para nós: Rasgue o coração e não as vestes

Em Joel 2:12-14, o profeta exorta o povo a rasgar não as suas vestes, mas a rasgar o seu coração. Assim, o nosso encontro com o Senhor deve nos levar ao arrependimento, reconhecendo nossa pequenez diante dele e a necessidade de sermos transformados.

Então, a vida cristã se trata de conversão após conversão. À medida que o Senhor revela as áreas da nossa vida onde precisamos nos arrepender, nós vamos sendo transformados de glória em glória.

É impossível conhecer o Senhor e permanecer o mesmo (1 João 1:8-9). Porque  quando contemplamos Sua glória, somos constrangidos ao arrependimento; se não somos é porque não conhecemos a Deus. Se o Senhor tem nos visitado, isso deve gerar um santo temor nos nossos corações. O que resultará também em nós uma mudança interior e exterior.

Como ser efetivo em virar o mundo de cabeça para baixo? Qual o meio de nos levantarmos como farol que brilha a imagem de Cristo nessa geração? Como parecer com Paulo e com os apóstolos, que por onde passavam chocavam e atraíam pessoas a Cristo pela autoridade e poder de Deus? Já vimos até aqui que certamente o mundo precisa de transformação e clama por isso. E que devemos adotar uma postura de obediência. Agora falaremos sobre o conhecimento que transforma.

O DEUS DESCONHECIDO PARA O MUNDO

O mundo não conhece a Deus, sendo assim, nós anunciamos o Deus desconhecido, e por isso somos aqueles que estão virando o mundo de cabeça para baixo! (1 Jo 3:1; Atos 17:6; At. 17:23). Mas antes de falarmos a respeito dEle, somos convidados a andar com Ele e conhecê-lO intimamente e assim proclamarmos a vinda do reino de Cristo, quando toda a terra se encherá do conhecimento de Deus (Hc 2:14; Is 11:9).

Deus não apenas nos deu uma ordem, mas Ele nos chamou a sermos seus cooperadores (1 Co 3:8-9), ou seja, tudo o que fazemos, fazemos juntamente com todos aqueles que amam ao Senhor, e também fazemos o que Ele mesmo fez por nós. Tomamos parte em uma parceria gloriosa com Jesus, nos relacionando com Deus e com nossos irmãos do corpo de Cristo, e assim vivemos nesse amor!

CHAMADO PARA ESTAR E PERMANECER EM CRISTO

 Você foi chamado a estar em Cristo e permanecer nEle. O principal propósito de Deus é que as pessoas encontrem Jesus e assim conheçam ao Pai através dEle. (Jo 12:45, Jo 14, Jo 10:14-15).

“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3”.

Fomos criados a imagem de Deus, uma imagem que se baseia em um relacionamento entre Pai, Filho e Espírito. Fomos criados assim, para o propósito de nos relacionarmos intimamente com Deus e compartilharmos do seu coração. Jesus orou para que a igreja, sua noiva, fosse perfeitamente unida, como a trindade é, e dessa forma o mundo conheceria Jesus (Jo 17:23). Nossa salvação nos restaura à comunhão com o Deus trino para da mesma forma levamos outros a se reconciliarem com Deus.

” Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por intermédio de Cristo e nos outorgou o ministério da reconciliação.” (2 Co 5:18-21)

NOSSA RECOMPENSA 

Conhecer a Deus também é a nossa maior recompensa e a nossa maior força para a jornada de virar o mundo de cabeça para baixo! Quando Paulo teve um encontro com o Senhor Jesus, ele foi transformado, e por causa da visão que teve a respeito de Jesus, ele deu um novo rumo a sua vida, e se tornou de perseguidor a cooperador do evangelho. Contemplar a Majestade (Glória) de Cristo nos transforma, muda a nossa cosmovisão, e nos fortalece para suportarmos qualquer situação. (Sl 147:5; Sl 48:2; Jr 10:6).

 “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Co 2:9)

Deus deseja se revelar a você nessa jornada, e essa revelação irá te impulsionar a agir com amor em direção ao mundo. Acima de tudo é o amor com que nós amamos que testifica á respeito dAquele a quem nós pregamos.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. (1 João 4:8)

Este mês no blog estamos falando sobre a vida de oração de alguns personagens bíblicos. Neste post, quero falar sobre uma mulher que aparece rapidamente em Lucas 2:36-38, a profetisa Ana. Não sabemos muito sobre toda a vida dela, mas o pouco que é relatado nos versículos é o suficiente para entendermos como era a vida de oração dessa grande mulher.

 

O contexto de Ana

O texto nos mostra que Ana tinha quase oitenta e quatro anos e era viúva. Não somente isso, mas ela foi casada apenas 7 anos com seu marido e desde então não tinha se casado novamente. Podemos inferir, então, que ela era viúva há muitos anos. A Bíblia a chama de “profetisa Ana”, ou seja, ela provavelmente servia no templo e às pessoas com o seu dom de profecia.

A cena em que a conhecemos é muito marcante. Não é um dia qualquer, mas o dia em que o bebê Jesus é apresentado no templo, conforme era exigido na tradição judaica. Perceba a tensão desse momento. O povo esperava pelo Messias, pois eles sabiam que havia uma promessa de que Ele viria. O profeta Zacarias, alguns capítulos atrás, tinha sido o primeiro profeta a trazer uma mensagem de Deus ao seu povo depois de 400 anos de silêncio e espera.

 

Ana esperava pela redenção

Imagine fazer parte de um povo que espera por uma promessa se cumprir e parece que ela nunca se concretiza. Anos se passam, gerações nascem e morrem, e o povo não vê a promessa se cumprindo. Quantos devem ter desistido de esperar pelo Messias! Muitos devem ter se distraído com suas famílias, suas vidas, seus afazeres e parado de vigiar e ansiar pela vinda do Rei.

Ana, porém, continuou esperando pela redenção de Jerusalém. Lendo o versículo 38, imagino que havia um grupo de pessoas que permaneceram esperando. Então, depois de anos indo diariamente no templo, depois de anos de jejum e oração, Ana contemplou o cumprimento da promessa.

Quando Jesus foi apresentado no templo e Simeão profetiza sobre a vida dele, Ana reconhece que aquele era o Messias pelo qual ela esperava e rende graças ao Senhor. A Bíblia também relata que “ela falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Ou seja, o momento tão aguardado havia chegado e ela não se conteve em compartilhar essa mensagem.

 

O chamado dos cristãos da última hora

Assim como Ana, nós fazemos parte de um povo que não perdeu a esperança. Por isso, somos chamados a vigiar e orar pela segunda vinda do Rei Jesus. A vida de oração de Ana nos ensina como se parecem os intercessores da última hora. Não sabemos os detalhes da sua rotina, mas o texto nos conta que “ela não se afastava do tempo, cultuando a Deus dia e noite com jejuns e orações”. Somente por essa frase, podemos ver que a vida de oração da profetisa Ana era intensa e constante.

Nem todos irão viver no templo como ela, que era viúva e cuidava das coisas do Senhor. Porém, todos somos chamados a não sermos pegos de surpresa pela vinda do nosso Messias. Precisamos ser constantes e vigilantes, sem nos esquecermos da nossa grande promessa.

Eu quero fazer parte do grupo daqueles que esperam pela redenção de toda a humanidade e de todo o cosmos. Não somente isso, mas espalhar essa mensagem para que mais pessoas também esperem. Minha oração é que o Senhor levante uma igreja que é constante em sua espera. Uma igreja que ensina a cada geração sobre onde deve estar a nossa esperança, para que no grande dia sejamos encontrados esperando nosso Messias.

 

Como era  a vida de oração de Daniel? Um homem que viveu no período que chamamos de 70 anos de cativeiro. Ele foi arrancado de sua casa em Jerusalém no primeiro cerco que a Babilônia fez. Ele era de uma família nobre e ainda era muito jovem quando foi separado de sua família junto com outros companheiros. Foi levado como escravo para o palácio do grande rei Nabucodonosor. A história poderia caminhar para um rumo diferente ao que tudo indica, mas na verdade ela trilha para uma vida de oração exemplar.

Certamente conhecemos a sua história, Daniel  amava a Deus e era fiel em sua devoção e Deus concedeu inteligência a ele e seus companheiros: “Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”.Daniel 1:17

Daniel tinha constância na oração

Nesse meio tempo, Daniel se torna muito influente, a ponto do rei o nomear governador na Babilônia (Dn 2:47). Ainda assim, Daniel foi sentenciado à morte. Um decreto foi assinado pelo rei e Daniel se enquadrava nos que deviam morrer. Por qual motivo? Pelo motivo de que pelo período de 30 dias não se podia adorar a ninguém, apenas ao rei.

Ao saber do decreto, o que ele fez? Fez o que sabia fazer: “Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém, e, como antes costumava fazer três vezes ao dia, ajoelhou-se, orou e deu graças diante do seu Deus”. Daniel 6:10

Ora, você percebe a palavra “costumava” neste texto? Constância é o que podemos aprender com Daniel. No momento mais difícil ele fez o que costumava fazer. Quando temos constância em nossa vida de oração não somos abalados por circunstâncias externas. Mas, é uma regra orar três vezes ao dia, então? Não, mas será que temos orado ao menos uma vez em nosso dia? Daniel tinha constância na oração.

Por conseguinte, Deus livrou Daniel da sentença de morte, quando jogado na cova dos leões, nenhum dano sofreu. E o nome de Deus foi glorificado:

Paz e prosperidade! “Estou editando um decreto para que nos domínios do império os homens temam e reverenciem o Deus de Daniel. “Pois ele é o Deus vivo e permanece para sempre; o seu reino não será destruído, o seu domínio jamais acabará. Ele livra e salva; faz sinais e maravilhas nos céus e na terra. Ele livrou Daniel do poder dos leões”. Daniel 6:25-26.

Daniel examinava as escrituras

Outra marca que podemos notar na vida de Daniel era o estudo da palavra. Ao examinar o livro de Jeremias, ele entende que o seu povo sofreria por 70 anos. E o que Daniel faz? Ele intercede a Deus com orações, súplicas e jejum.

Inegavelmente, precisamos interceder por nosso povo, ter esse amor por nossa nação, assim como ele o fez. Mas para isso, eu e você precisamos que nossos corações sejam quebrados. Vemos Daniel intercedendo em prantos, pois ele se colocou na brecha e sentiu a dor pelo seu povo. Seu coração estava em orar por sua gente.  (Dn 9:3). Nós precisamos sentir isso ao intercedermos por nossa nação.

Ademais, você percebe que, oração, jejum e leitura da bíblia, caminham juntos? Daniel examinava as escrituras. E ao fazer isso, entendeu que precisava suplicar e jejuar por seu povo. Ele teve então, revelação sobre o que viria acontecer. Existe uma conexão na oração e no entendimento das escrituras.

A oração prontamente respondida de Daniel

Nesta época, Daniel percebe que muitos judeus permaneceram na Babilônia e não voltaram para Jerusalém. E os que voltaram, encontraram apenas ruínas e por isso desistiram de reconstruir o templo. Daniel então ora e jejua pelo seu povo e ele pede urgência a Deus: Senhor, ouve! Senhor perdoa! Senhor vê e age! Por amor de ti, meu Deus não te demore, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome“. Daniel 9:19

Nos versículos seguintes descobrimos que sua oração é prontamente respondida. Deus envia um anjo enquanto Daniel ainda estava confessando os pecados de seu povo. Essa é uma promessa linda que temos, de que algumas de nossas orações serão respondidas rapidamente: Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei”. Isaías 65:24

Para isso, precisamos de constância, assim como Daniel costumava orar três vezes ao dia, precisamos aprender a ter nosso tempo diário e constante com Deus.

Aliás, sabe o que é mais lindo e profundo nessa oração do capítulo 9 de Daniel? Ele orou por Israel e pela restauração da cidade de Jerusalém e Deus o responde com segredos mais profundos. Daniel pediu pela restauração do seu povo, mas Deus o respondeu sobre a salvação eterna deles através da revelação do próprio Messias que haveria de vir (Dn 9:25-27).

Assim sendo, aos que possuem um relacionamento constante com Deus, ele revela segredos profundos. “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança”. (Salmos 25:14) Isso com certeza deve nos encorajar.

A vida de oração de Daniel

Em resumo, podemos ler o livro de Daniel e nos encher de alegria ao perceber, o quanto podemos ganhar em ter uma vida constante de oração. A bíblia diz que Daniel era amado no céu: “Ele disse:Não tenha medo, homem muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte! “Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: “Fala, meu senhor, visto que me deste forças”. (Daniel 10:19) Você não gostaria de ser conhecido assim também no céu?

Com efeito, Daniel desde muito novo decidiu não se contaminar e se manteve íntegro ao seu Deus. Ele andou com Deus quando era nobre e quando foi escravo, na humilhação e no momento de ser reconhecido. Daniel estabelecia horários para suas orações e orou em momentos de dificuldades. Ele orou quando sofreu ameaça de morte, orou por seus companheiros, orou confessando o pecado de seu povo, orou pedindo livramento por sua nação. Daniel tinha intimidade com Deus, pois só quem tem constância na oração consegue alcançar isso.

Por fim, que Deus nos dê a graça de alcançar a constância em nossa vida de oração para alcançarmos essa intimidade com Ele. Que eu e você possamos ser fortalecidos na esperança de sermos tão íntimos de Deus a ponto de Ele confiar seus segredos a nós.

“E ele prosseguiu: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas”. Daniel 10:12

Nós temos insistido no assunto de oração semanalmente aqui no blog (você pode conferir tudo pela nossa categoria ‘oração’), pois sabemos que tudo parte desse lugar de conversa com Deus. Então, se você ainda não leu os outros artigos, clique aqui para ler e acompanhar. Além disso, é nosso desejo ver a Igreja crescer em intimidade com Deus e queremos dar ferramentas e dicas práticas para que isso aconteça.

Separando um lugar para orar

Todos nós sabemos que Deus ouve nossas orações e nada está oculto aos olhos dele (Hebreus 4:13). Nós temos o privilégio de poder orar em qualquer lugar e em qualquer momento, mas há algo especial em separar um momento específico para estar com Deus. E sim, se trata do estar a sós com Deus. Nós chamamos isso de ‘lugar secreto’. É quando não há distrações, interrupções ou pressa.

Quando olhamos para a vida de Jesus, vemos que ele mesmo separava um tempo para estar com o Pai. Jesus nos deixa o exemplo ideal de como se relacionar com Deus e isso fica claro em muitos momentos:

“Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar“.” – Mateus 26:36

“De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.” – Marcos 1:35

“Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava.” – Lucas 5:16

“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.” – Lucas 6:12

“Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos; então lhes perguntou: “Quem as multidões dizem que eu sou? ” – Lucas 9:18

Diálogo íntimo

As coisas que acontecem quando estamos a sós com Deus são preciosas. As conversas mais francas e sinceras, o derramar do coração, o choro, o riso, o silêncio, as experiências mais incríveis. É passar tempo com seu melhor amigo, apenas ele e você. É verdadeiramente crescer em intimidade. E o melhor é que ninguém precisa ficar sabendo como foi. É guardar segredos com Deus, ouvir o coração dele, sendo um amigo confidente e fiel.

Se você não tem o costume de preparar um lugar, então busque um. Você pode todos os dias fazer isso em um lugar diferente, mas, acredite: com o tempo, será sustentável se você fizer em um local que te permite ter constância. Se você deixar para todo dia decidir um local diferente, será muito mais difícil permanecer. Busque um local no qual você pode ficar um tempo sem ser interrompido. Um local onde você esteja a sós e possa falar com Deus.

Separando um tempo para orar

Em nossos dias há muitas distrações que lutam pela nossa atenção. Mas nós podemos vencer a falta de disciplina, a preguiça, o sono e deixar que o anseio por relacionamento com Deus seja maior do que todas as outras coisas. É ter fome e sede no nosso interior, deixando crescer nosso anseio por Deus, mas direcionar ao único lugar onde somos plenamente satisfeitos.

Com a correria do dia-a-dia alguns podem escolher o tempo que restar. E eu quero te sugerir algo diferente. Escolha um tempo determinado para a oração. Se necessário estabeleça horários fixos (por exemplo: todos os dias às…). Esta é a conversa mais importante que você terá em seu dia. E quando você experimentar o fato de que a partir dela tudo flui melhor, tudo acontece melhor, então você vai querer passar muito mais tempo com Deus.

Conexão com Deus

Mesmo com nosso pouco tempo, ou muito tempo, devemos sempre ter em mente que não se trata de cumprir uma agenda. Falar com Deus não é sobre mais uma tarefa do dia. Mesmo ao separar um tempo, mesmo ao preparar um lugar, nosso coração precisa estar no propósito de tudo isso. A preparação não é o ponto final, mas sim a conexão com Deus.

Não precisamos de longas horas orando para enfim nos sentirmos aceitos e permitidos para estar com Deus. Nem precisamos de ir ao ponto mais escondido da cidade para estarmos a sós com ele. Tudo se volta para nosso coração. Longas horas ‘no secreto’ pode vir de um coração que ainda busca obras para sentir que merece. E poucos minutos pode vir do mais singelo e sincero coração. Consegue ver a diferença? Separar tempo e um local não é para se sentir aceito, justo ou superior aos outros. Mas porque já somos aceitos, então gerenciamos nossas vidas para permanecer em um relacionamento que amamos ter.

Você pode crescer em sua vida de oração

Todo o texto de hoje é com o objetivo de te dar maneiras práticas para crescer e permanecer em oração. Amadurecer sua no relacionamento com Deus. Olhe para sua agenda, crie um espaço para ter tempo de qualidade com Deus. É sobre administrarmos nossa vida em torno de Deus, não o contrário. Nós podemos fazer isso. Podemos falar com ele em todos os lugares, mas também podemos separar tempo e lugar para que ele venha e fale a nós. É como preparar o solo e esperar que ele venha no momento certo trazer a semente e a chuva. Grandes coisas podem acontecer na história e no tempo em que vivemos se buscarmos a Deus  de todo coração e levarmos a oração como algo essencial e totalmente insubstituível.

O apóstolo Paulo e sua vida de oração são uma fonte na qual podemos tirar grandes lições para nossas vidas. 

Neste texto quero abordar algumas das características da vida de oração de Paulo. 

Ele foi um homem que buscava êxito mesmo antes de servir a Deus. Pelos relatos que temos da vida dele podemos ver um homem de muito conhecimento e com sede de vencer limites. A sua jornada de conversão e também sua vida de pregador da palavra nos mostram isso claramente. 

Paulo entendia plenamente o poder de se fazer orações de ações de graça, petições e súplicas e intercessões. 

Nós, como servos de Cristo, pouco usamos as orações bíblicas que nos foram deixadas. 

Paulo entendia o poder de ser grato ao Senhor e demonstrava isso

Uma das grandes marcas da vida de oração de Paulo ficava claro quando ele orava por seus amigos e aqueles que Deus tinha dado a ele como suporte na jornada. 

Pare por um momento e pense: Qual foi a última vez que você fez uma oração somente para agradecer? 

Quase nunca tiramos um tempo para agradecer ao nosso Deus pelo muito que Ele tem nos feito. 

Nossa busca incansável por coisas ou posições nos afasta deste lugar, no qual exercemos um coração agradecido. Um posicionamento de gratidão que certamente agrada nosso Pai. 

 

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. Dou graças a Deus, a quem sirvo com a consciência limpa, como o serviram os meus antepassados, ao lembrar-me constantemente de você noite e dia em minhas orações. Lembro-me das suas lágrimas e desejo muito vê-lo, para que a minha alegria seja completa.  2 Timóteo 1:1-4 

Perseverai em oração, velando nela com ação de graças;  Colossenses 4:2 

Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês. Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria por causa da cooperação que vocês têm dado ao evangelho, desde o primeiro dia até agora.  Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. É justo que eu assim me sinta a respeito de todos vocês, uma vez que os tenho em meu coração, pois, quer nas correntes que me prendem quer defendendo e confirmando o evangelho, todos vocês participam comigo da graça de Deus. Filipenses 1:3-7

Paulo e suas orações em diferentes circunstâncias

Paulo entendia o que muitas vezes nos esquecemos ou até mesmo nunca entenderemos, a vontade que o Senhor tem de se relacionar com seus filhos. 

A verdade é que podemos acessar nosso Deus de diferentes maneiras. O que isso quer dizer? 

Talvez você precise orar ao Deus que cura, ou aquele que provê, quem sabe você anseie neste momento do Deus de amor ou o Deus que é Poderoso para guerrear? 

Além disso, Paulo estava sempre clamando, pedindo por outros, mas também pedia que lembrassem de orar por ele. 

Uma das coisas mais lindas da vida de oração de Paulo era o quão verdadeiro ele era. 

Esse apóstolo não tinha medo ou vergonha de se expor diante daqueles que ele confiava, mas principalmente Paulo não tinha vergonha de conversar com o Seu Deus. 

Lembre-se, a oração é uma conversa íntima entre dois amigos, quanto mais você exercitar isso mais fácil irá se tornar. 

Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;  Para que o manifeste, como me convém falar. Colossenses 4: 3-4 

Oração por conhecimento, sabedoria e revelação 

Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção,

para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo,

cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. Filipenses 1:9-11 

Paulo clamava por sabedoria e conhecimento, aqui vemos uma lição a ser aprendida. 

Um homem culto e com muito conhecimento adquirido que sabia que conhecimento e sabedoria vem do alto, não podem ser encontrados somente com bons livros ou em nossa aptidão natural. 

Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força. Efésios 1: 17-19 

Neste texto temos somente parte do que foi a vida de oração de Paulo, um pouco das características que vemos na sua jornada com Deus. 

Assim, que possamos fazer orações de agradecimentos, mas também levantar clamor de intercessão por nossos irmãos. 

Ademais, que constantemente nossas orações sejam para buscar conhecimento e sabedoria dos céus. E o nosso entendimento seja aberto para que venhamos a orar a palavra de Deus e nossas orações sejam conhecidas pela intensidade e constância como foram de Paulo. 

Deus te abençoe 

Há inúmeras lições aprendidas com os personagens bíblicos, especialmente com a vida de oração de Jesus. Muitas vezes, o Senhor se afastou da multidão apenas para estar a sós com Deus e em outra ocasião, seus discípulos insistiram para que ele se alimentasse, mas havia algo mais importante.

“Enquanto isso, os discípulos insistiam com Ele. “Mestre, come!” Mas Ele lhes disse: tenho um alimento para comer que vós não conheceis.” Então, os discípulos disseram uns aos outros: “Será que alguém lhe teria trazido algo para comer?” Explicou-lhe Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.” João 4.31-34

Como Jesus sabia qual era a vontade do Pai? Simples: Ele o conhecia de forma intensa e pessoal. Pois Jesus, assim como Enoque, andava com Deus (Gn 5.22-24). Além disso, sua vida de oração fora intensa que até seus discípulos pediram que os ensinasse a orar. No livro Eles, Ann Spangler e Robert Wolgemuth afirmam que:

“… A vida de oração de Jesus deve ter sido tão atraente para seus amigos íntimos que eles não tiveram paciência para esperar que lhes falasse a respeito da oração. Pediram que os ensinasse.”

Nós também somos desafiados a viver como Jesus. Por isso, neste devocional, refletiremos sobre alguns ensinos do Senhor a respeito da oração.

 Jesus orou do começo ao fim

Após Jesus ter sido batizado por João Batista, o vemos caminhando para o deserto para um período de 40 dias de jejum (Mateus 4.1-11; Marcos 1.12,13; Lucas 4.1-13). Podemos imaginar que foi um tempo de consagração para o lançamento de seu ministério e também de preparo espiritual para os desafios que certamente enfrentaria no decorrer de sua missão.  O vemos repetindo o padrão de oração ao longo de sua trajetória. Inclusive na cruz.

“Apesar de tudo, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!” Lucas 23.34

Poucos minutos antes de entregar a vida na cruz, Jesus intercedeu pelos pecadores. O seu desejo e a sua oração foram em favor dos seus assassinos no ato do seu assassinato. Independente das circunstâncias, nele há pleno e imediato perdão. Dessa forma, Cristo nos ensina a perdoar e a orar até mesmo pelos nossos perseguidores:

“Mas, quando estiverdes orando, se tiverdes algum ressentimento contra alguma pessoa, perdoai-a, para que, igualmente, vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Entretanto, se não perdoardes, vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará os vossos pecados”. Marcos 11.25-26

Ele ensina a orar desde o começo até o fim da jornada. E a permanecer fiel aos seus ensinos. Este é um exemplo a ser seguido para tomada de decisões ao longo da vida. As disciplinas espirituais nos fazem crescer em nosso homem interior. 

 Oração em Secreto

“Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.” Mateus 6.6

Jesus ensinou qual o padrão da oração e isso tem a ver com as motivações do coração. Há pessoas que em suas carências desejam receber a atenção dos homens. Estes podem ter uma postura externa, mas em profundidade, o coração está bem longe de Deus.

Porém, há aqueles que aparentemente não são vistos pelos homens, mas podem mudar as circunstâncias através da oração. Não porque exista algum tipo de poder mágico sobre eles, mas simplesmente, porque estes ouvem a Deus e se tornam seus parceiros naquilo que o Senhor mesmo está fazendo entre os homens.

Talvez você já tenha lido sobre estes personagens bíblicos e heróis da fé que inspiram o seu coração. Seja encorajado a fechar a porta do quarto para buscar aquele que quer ser encontrado no secreto. Lembre-se:

“Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá. Ou qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe entregará uma cobra? Assim, se vós, sendo maus, sabeis dar bons presentes aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará o que é bom aos que lhe pedirem!” Mateus 7.7-11

Orando a vontade do Pai

No momento mais angustiante da vida de Jesus, o vemos orando para que não fosse feita a sua vontade, mas a vontade do Pai. Isto ocorreu no Getsêmani quando se aproximava o tempo da crucificação e demonstra uma confiança inabalável no caráter de Deus.

“Seguiu Jesus com seus discípulos e chegando a um lugar chamado Getsêmani disse-lhes: “Assentai-vos por aqui, enquanto vou ali para orar”. Levou consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, e começando a entristecer-se ficou profundamente angustiado. Então compartilhou com eles dizendo: “A minha alma está sofrendo dor extrema, uma tristeza mortal. Permanecei aqui e vigiai junto a mim”. Seguindo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Ó meu Pai, se possível for, passa de mim este cálice! Contudo, não seja como Eu desejo, mas sim como Tu queres”. Mateus 36-39

Nem mesmo os discípulos, seus amigos mais íntimos, entenderam a gravidade daquele instante e tudo o que Jesus estava sentindo no mais profundo da alma. Ele carregaria o pecado da humanidade e receberia todo o castigo de Deus. Além de tudo isso, ficou só, pois seus amigos não conseguiram vigiar e orar com ele. Ainda assim, diante do desejo de que o Pai passasse dele aquele cálice, por três vezes orou: “para que não fosse feita a sua vontade e sim a vontade do Pai.”

Consegue imaginar a profundidade dessa postura do coração de Jesus? O que nos aconteceria se ele não tivesse sido obediente até a morte de cruz? Diante dos nossos próprios desafios e até do abandono conseguimos fazer a mesma oração?  Consideramos a nossa vontade abaixo da vontade de Deus?

 Orando pelos amigos

Antes de subir aos céus Jesus preparou os discípulos para sua partida. Logo se aproximava o tempo do liberar do Espírito. Neste momento, Jesus cobriu seus amigos de oração e o mais legal é que Ele não fez isso apenas pelos seus amigos do presente, pelos discípulos que estavam com ele naquela ocasião. Mas, Jesus se lembrou daqueles que ainda viriam a conhecê-lo.

Ele orou por mim e por você com amor profundo, pedindo que fôssemos guardados do maligno enquanto estivéssemos aqui. Pedindo que fôssemos santificados nele. Que fôssemos um com Ele para permanecermos no Pai.

“Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” João 17.15,20

 A oração que Jesus ensinou

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Mateus 6:9-13

A oração que Jesus nos ensinou revela princípios profundos de gratidão, confiança e amor. Em um relacionamento saudável entre pais e filhos há liberdade e respeito e por isso Jesus orava confiadamente no Pai. Essa oração, de forma bem simples, alcança cada pequeno detalhe da vida mostrando o que é verdadeiramente importante.

Começamos reconhecendo que Deus é o nosso Pai. Demonstramos gratidão por tudo que Ele tem nos dado todos os dias de novo e de novo. Declaramos confiança em sua vontade. Pedimos perdão pelos nossos pecados e somos desafiados a perdoar.  Também oramos por proteção contra mal e adoramos o nome de Deus por sua Santidade.

Este é um modelo de oração diário, pois diz: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. É uma oração para todos os dias não como um mantra a ser repetido, mas como um princípio de devoção. 

Será que Jesus esperava que tivéssemos tempo de oração diário? Será que esperava que jejuássemos e déssemos ofertas? Afinal, podemos observar nas escrituras Jesus dizendo: “Quando orares… Quando jejuares… quando…”. Isto demonstra a convicção de que aqueles que o seguem fariam essas coisas sempre e sempre. 

 Conclusão

Estes são apenas alguns exemplos, mas há muitos outros ensinos sobre a vida de oração de Jesus. Queremos encorajá-los a buscar essas referências bíblicas no evangelho e a crescer em sua vida de oração. Este mês aqui no blog falaremos sobre personagens inspiradores e como eles se moveram nessa disciplina espiritual. Lembre-se:

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Colossenses 4.2

 “Orai sem cessar.” I Tessalonicenses 5.17

Que o Senhor nos faça fluir em oração. Deus te abençoe.  

O que a história de Bartimeu tem em comum com a nossa? Quais são as lições que podemos extrair dessa narrativa? Na reflexão de hoje vamos entender de que forma podemos crescer em intimidade e desejo por mais de Deus.

“…E Jesus lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu
volte a ver. Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi
seguindo Jesus pelo caminho. ” Mc 10:46-52 

A cura do cego Bartimeu foi a última realizada por Jesus, antes que ele subisse ao calvário. Jesus estava passando por Jericó, a caminho de Jerusalém, onde ele sabia que seria crucificado.

Na grande multidão havia não apenas seguidores de Jesus, mas outros judeus a caminho de Jerusalém para celebrarem a Páscoa, a fim de não passarem por Samaria. Nessa mesma cidade Jesus encontra-se com Zaqueu, o cobrador de impostos, assim como o cego Bartimeu.

Histórias semelhantes

Do mesmo modo que o cego Bartimeu, todos nós nascemos com uma cegueira espiritual. Até que o Senhor brilhou sua luz sobre nós e através do Espírito Santo recebemos a revelação de Jesus e do seu amor.  Nos trazendo a consciência de que antes éramos cegos e que não percebíamos que necessitamos de Deus.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” Romanos 3:23

Não somente cegos, mas também pobres, nascemos destituídos da glória de Deus. Fomos criados para um propósito específico. Porém, o pecado adentrou na humanidade e devido a ele fomos separados de Deus, o que nos coloca em um estado de pobreza.

Essa cegueira é “tratada” de glória em glória, por mais que nossos olhos tenham sido abertos pelo Senhor, ainda não o conhecemos em sua plenitude. Portanto precisamos que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento para que possamos conhecer mais de Deus.

Por mais que fisicamente ele fosse cego, Bartimeu espiritualmente via bem o suficiente para entender que era o próprio Messias que passava diante dele. Por entender quem estava ali, ele clamava.

Ao chamá-lo de “filho de Davi”, ele reconhecia que Jesus era o Messias, uma vez que está ligada a promessa de que o trono de Israel seria entregue a descendência de Davi. Foi a fé de Bartimeu que o fez clamar cada vez mais alto.

Como desejar por mais de Deus?

Assim como as pessoas que passavam, tentavam calar a voz de Bartimeu, muitas coisas na nossa vida tentam calar o nosso clamor, a fim de nos tirar do lugar de busca ao Senhor. Por mais que conheçamos a Cristo, muitas vezes nos vemos distantes de Jesus. Devido a situações e circunstâncias, pensamentos e ideias na nossa mente, o sentimento de vergonha ao nos sentirmos impuros, todas essas coisas nos fazem parar de clamar, nos afastando de Deus.

Bartimeu nos ensina em sua situação, que por mais que ele estivesse sujo, era a esse estado que ele se encontrava, era a necessidade que ele possuía que o fez clamar para que Cristo se revelasse a ele.

Da mesma forma que Bartimeu sabia que sua maior necessidade era ter os olhos abertos, precisamos acima de qualquer coisa que possamos pedir do Senhor, ter os nossos olhos abertos para que possamos ver a Ele e conhecê-lo.

Ao conhecermos quem Deus é, todas as outras coisas tomam o seu devido lugar.

Amém!

Processos da vida:  o que são e o que podemos aprender com eles? 

A vida em si é um grande processo. Nosso maior problema sempre foi tentar descobrir o fim das coisas ao invés de desfrutar do presente, seja ele bom ou mau. 

Contudo, se você é como eu e sempre está se preocupando com algo, provavelmente não irá desfrutar dos processos. 

Sabe quando queremos muito algo e então alcançamos, mas ao começar a viver neste novo tempo tão desejado, nos esquecemos do quanto lutamos para estar nesta estação. Entretanto, nos preocupamos e muitas vezes não damos a devida importância a jornada que vivemos para chegar a este lugar. 

O pior de tudo é quando nos esquecemos do quão grande é nosso Pai de amor. 

Precisamos aprender que o Deus que nos ama sabe o fim das coisas e cuida de cada parte da nossa jornada. 

Os processos da vida nada mais são do que situações que iremos enfrentar e iremos precisar ser perseverantes em todo o tempo. 

Meu conselho para você hoje é abraçar cada um dos seus processos por mais dolorosos que sejam. 

Processos da vida são algo que precisam de um forte desejo de adaptação

Muitas vezes são uma mudança de emprego, o começo ou o fim de um casamento, um filho que nasceu, o luto, a falta de dinheiro, a perda de um amigo, um colega que foi provido a uma vaga que você estava esperando. 

E em geral vão mexer com nossos sentimentos. Iremos chorar muitas vezes e fazer perguntas que muitas vezes não terão respostas. 

Contudo, processos nem sempre são sobre coisas ruins, às vezes serão somente mudanças que iremos viver. 

Portanto, processos são algo que precisam de um forte desejo de adaptação. 

Primordialmente, durante os processos da vida precisamos ter claro o que são e não o porquê. 

Deus quer me ensinar o que com isso? 

O que posso ensinar aos meus irmãos depois de chegar ao fim desta situação? 

O que foi mudado dentro de mim durante essa situação. 

A seguir dois exemplos de pessoas que passaram por processos e obedeceram ao Senhor.

Abraão – o pai da fé

Abraão é um exemplo claro de alguém que abraçou seus processos. Veja:

O Senhor tinha dito a Abrão: “Deixe sua terra natal, seus parentes e a família de seu pai e vá à terra que eu lhe mostrarei.
Farei de você uma grande nação, o abençoarei e o tornarei famoso, e você será uma bênção para outros.
Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. Por meio de você, todas as famílias da terra serão abençoadas”.
Então Abrão partiu, como o Senhor havia instruído, e Ló foi com ele. Abrão tinha 75 anos quando saiu de Harã.  Gênesis 12: 1-4

Diferente de muitos de nós, o pai da fé não perguntou o porquê, mas ele simplesmente obedeceu. 

Aliás, este grande homem sabia quem era o seu Deus. Hoje nos falta sermos um pouco como ele. 

Temos muito medo do lugar para onde Deus está nos levando. Precisamos aprender a ser como Abraão e confiar na liderança do nosso Deus. Em Gênesis 17 vemos Deus novamente levando este homem a mais um processo, agora de mudança de nome, e mais uma vez ele obedece e colhe frutos da sua obediência. 

Davi – o pastor de ovelhas que se tornou rei

Davi é outro exemplo de um homem que entendeu que Deus tem uma liderança perfeita e se confiarmos Nele, viveremos seus planos plenamente. 

Entre o tempo que Davi teve que continuar pastoreando as ovelhas mesmo depois de ser ungido pelo profeta, foi um processo que serviu de muito aprendizado. Ele expressou muitos deles através dos Salmos que escreveu. 

Clamo a ti, Senhor, e digo: “Tu és o meu refúgio; és tudo o que tenho que na terra dos viventes.

Dá atenção ao meu clamor, pois estou muito abatido; livra-me dos que me perseguem, pois são mais fortes do que eu.

Liberta-me da prisão, e renderei graças ao teu nome. Então os justos se reunirão à minha volta por causa da tua bondade para comigo”. Salmos 142:5-7 

Processos da vida ajustam nosso entendimento 

Certamente, somos rápidos em avaliar as vitórias de alguém sem entender o tempo e maneira que essa pessoa passou para chegar a este lugar. 

Inegavelmente, processos da vida são uma das formas preferidas de Deus para alinhar nosso coração aos propósitos eternos. 

Então, hoje não tente obter as respostas do porquê ou para que, prossiga em obedecer para que você seja aprovado por Deus neste processo que está passando. 

Ademais, Deus sabe dos tempos e conhece o limite de cada um dos seus filhos. Ele é bom e está caminhando com você nesta jornada na qual existem dias bons e ruins mas tenha a certeza de que Deus é fiel em cada um destes dias. Acredite e confie.

Deus te abençoe 

O que podemos aprender com a igreja primitiva? Quais são as marcas de uma igreja saudável? No texto de hoje, vamos refletir sobre os versículos bíblicos de Atos, o impacto da unidade e a forma como devemos expressá-la.

“E perseverando de comum acordo todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e contando com o favor de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava a cada dia os que iam sendo salvos” At 2:46-47

Lucas enfatiza a união, a harmonia, a alegria e a sinceridade dos crentes como elementos dos frutos do Espírito Santo atuando no coração das pessoas. Os frutos do espírito fluíam em meio a comunidade e a união entre todo era algo real e verdadeiro.

A verdadeira unidade

Todavia, o autor (Lucas) compara a união e harmonia dos crentes no templo e em sua intimidade com as refeições comuns nos lares, deixando implícito de que agiam de igual modo tanto a vista de todos e quanto no lugar secreto.

Ou seja, a união precisa ser cultivada nos lares entre familiares, antes que seja proliferada na comunidade. Uma vez que ela será apenas o reflexo daquilo que é vivido nos lares. Uma casa sem união não pode prosperar.

O reino dividido não pode prevalecer, assim como a igreja não pode subsistir de tal forma, seja essa divisão perceptível aos olhos ou não.

A igreja se vê ausente da graça em pregar o evangelho com eficácia, pois a indiferença é presente em seu interior e a pretensão de reproduzir algo que não veio a existência no cotidiano.

“Como é bom e agradável os irmãos viverem em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce para a barba, a barba de Arão, e desce sobre a gola de suas vestes; como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR ordena a benção e a vida para sempre”. Sl 133

O significado do óleo e o orvalho

O salmista utiliza dois elementos para explicar a beleza da união: o óleo e o orvalho. O óleo em seu sentido natural se trata de algo com teor terapêutico, de suavidade e propriedades de cura

Ao se referir no orvalho, a região no qual foi citado (Hermom), possui uma geografia extremamente árida onde a vegetação não subsistiria senão pelo orvalho que recai sobre a terra durante a noite, trazendo vida sobre tudo em que repousa. Essa analogia diz respeito a prosperidade, uma das consequências que a unidade gera.

Outra marca da igreja primitiva que atraía pessoas era o compartilhar de bens e a união. As pessoas queriam viver e experimentar a realidade que a igreja e sua comunidade viviam.

“Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Jo 13:35

As pessoas que faziam parte dessa igreja e haviam sido transformadas, demonstravam tamanho amor mútuo a ponto de serem usadas para realizar maravilhas e sinais.

Igreja Gloriosa

Em suma, ao meditarmos em Atos e nos relatos da igreja primitiva, podemos extrair lições valiosas sobre o modo como viviam. E isto serve como um modelo para a igreja nos dias de hoje.

Assim, devemos nos lembrar também que a unidade é uma das marcas da igreja gloriosa. A noiva que Cristo irá buscar será cheia do Espírito Santo, movida por compaixão e com um estilo de vida que trará profundo impacto.