Deus é amor e este talvez seja o Seu atributo mais popular. Entretanto, precisamos já iniciar este texto destacando que o amor de Deus é completamente superior e diferente do nosso. Ainda que este seja um atributo comunicável, precisamos nos lembrar da transcendência de Deus e, a partir desta lente, compreender que não estamos falando de um amor frágil e condicional como o nosso.
Se você chegou agora, estamos há aproximadamente 1 mês conversando a respeito dos Atributos de Deus, e você pode conferir todos os textos aqui.
Deus é amor
Quando fazemos esta afirmação, estamos nos referindo a um dos aspectos mais profundos e essenciais de Sua natureza. Esse conceito, simples à primeira vista, carrega em si uma profundidade que desafia nossa compreensão limitada. A declaração de que “Deus é amor” aparece em 1 João 4:8 e 16, e tem sido um ponto central na teologia cristã ao longo dos séculos. No entanto, para entender plenamente o que isso significa, precisamos olhar para além de nossas definições humanas de amor e adentrar no mistério do ser de Deus.
Sua natureza inerente
Primeiramente, precisamos partir do entendimento que Deus não é apenas o maior dos seres, mas também o melhor. Nele o amor é parte de Sua própria natureza, inseparável de quem Ele é. Esse amor não é algo adquirdo ou desenvolvido ao longo do tempo; é inerente à Sua existência. Ele é bom e amoroso essencialmente, não dependendo de nada ou ninguém para ser assim. Seu amor, portanto, é perfeito e completo, derivado de Sua própria essência eterna.
📖 Salmos 100:5 “Porque o Senhor é bom! Seu amor dura para sempre, e sua fidelidade, de geração em geração.”
Muito Além da Compreensão Humana
Portanto, para realmente entender o amor de Deus, precisamos considerá-lo através das lentes da transcendência divina. Deus é amor, mas Ele não está sujeito ao amor. Diferente do amor humano, que pode ser sentimental, mutável e egoísta, o amor de Deus é eterno, imutável e santo. Ele é um amor que não conhece limites, um amor que é puro e incompreensível para nós, seres humanos limitados.
A.W. Tozer diz: “Porque Deus é autoexistente, Seu amor não teve começo. Porque Ele é eterno, Seu amor não tem fim. Porque Ele é infinito, Seu amor não conhece limites. Porque Ele é santo, é o mais puro dos amores. Porque Ele é imenso, Seu amor é um amor incompreensível, vasto, incomensurável, abrangendo todos os seres.”
Sendo assim, este amor transcendente não é algo que Deus deve a qualquer um; Ele ama porque é de Sua natureza amar. Isso é o que torna o amor de Deus tão distinto do amor humano. Ele ama não porque somos dignos ou porque temos algo a oferecer, mas porque Ele escolhe amar. Este amor é livre, imutável e eterno.
O Amor de Deus em Ação
Com base nisso, podemos afirmar sem sombra de dúvidas que o amor de Deus se manifesta de várias maneiras no mundo e em nossas vidas. Ele não é um amor passivo, mas um amor ativo que se expressa em ações concretas. A criação, a providência e, acima de tudo, a redenção são expressões do amor divino. A cruz de Cristo é o ponto culminante desse amor, onde Deus entregou Seu Filho para resgatar a humanidade perdida.
📖 Romanos 5:8: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Este versículo mostra que o amor de Deus não é apenas um sentimento ou uma ideia abstrata, mas uma realidade tangível que se manifesta em atos concretos de salvação e graça.
A Compreensão do Amor de Deus e Suas Implicações
Entender que Deus é amor nos leva a refletir sobre a maneira como vivemos e como nos relacionamos com Ele e com os outros. Somos chamados a refletir esse amor em nossas vidas, vivendo de acordo com os princípios divinos de misericórdia, graça e fidelidade. Somos convidados a amar como Ele ama, com um amor que não busca o seu próprio interesse, mas que é abnegado e sacrificial.
📖 1 João 4:11: “Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.”
Dizer que Deus é amor é reconhecer a natureza mais íntima e essencial do Criador. Este amor é vasto, eterno e imutável, e Ele o manifesta de inúmeras maneiras em toda a criação e, especialmente, na redenção da humanidade. Como respondemos a esse amor divino? Amando a Deus com todo o nosso coração, alma e mente, e amando ao próximo como a nós mesmos. Que a compreensão desse amor nos leve a viver vidas que refletem a bondade, a graça e a misericórdia de Deus em cada ação e palavra.