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Somos todos peregrinos

Devocional

Eu amo ler o livro de salmos e poder encontrar expressões tão genuínas de louvor, devoção, arrependimento e lamento. Isso me dá a convicção de que adoração não é simplesmente algo místico e desligado da realidade, mas que em cada aspecto das nossas vidas e em qualquer circunstância podemos glorificar o Senhor.

Entre os salmos, um dos meus favoritos é o 84. Nele vemos um cântico de peregrinação escrito pelos filhos de Corá. 

“Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos! A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo.” Salmos 84:1,2

Ao observarmos, vemos que essa passagem narra a jornada do peregrino. Da saudade pela casa do Senhor, passando por um caminho cheio de vales, até o seu deleite em avistar Sião. 

Essa é uma canção de esperança para todos nós, pois todos nos encontramos nesse intervalo entre a promessa e o encontro. 

Peregrinos de coração

“Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração!” Salmos 84:5

Esse outro trecho traz algumas bem-aventuranças que me chamam atenção, afinal, o que significa ser peregrino de coração ou, como dizem algumas versões, ter um coração cujo caminho está aplainado? 

Significa que há apenas um caminho e que não existem atalhos. E que essa peregrinação, por mais longa e árdua que seja, é reta.

Assim, não podemos desviar os nossos olhos. Nós precisamos manter um coração peregrino, que enquanto espera ansiosamente raiar o dia perfeito, continua caminhando e cantando. 

E mesmo que passemos pelos vales de choro e lamento sabemos que ainda não é o fim da jornada. Ainda não estamos em nossa casa. Somos todos peregrinos rumo a Sião! 

Tristes são os que fizeram do vale o seu lar ou armaram suas tendas nos altos montes. Saiba, os encantos desta vida não podem nos roubar o desejo pela cidade do Senhor, nem as tristezas da caminhada podem abafar a esperança da promessa que Ele nos fez “na casa do meu Pai há muitas moradas”. 

Um caminho reto 

Ao passarem pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; as chuvas de outono também o enchem de cisternas. Salmos 84:6

Tenha certeza de que vales, desertos e terrenos acidentados virão, porém em nosso coração o caminho é reto e direto para Sião. Nossos olhos estão no Senhor e ainda que o vale da sombra da morte nos cerque, a luz que ilumina Sião nos aponta para a direção certa. Por isso, não temos  do que temer.

Não somos andarilhos, indo de um lado para o outro sem direção, somos peregrinos com lugar e hora marcada para o encontro com nosso Amado.

A grande verdade que podemos concluir é que felizes são aqueles que descobriram que há um propósito eterno para a jornada e que por isso perseveram confiantes.

O evangelho tem sido, muitas vezes, pregado e vivido de forma individualista nos nossos dias atuais. Uma fé individual tem sido promovida, infelizmente. Por isso, a igreja é tão distante e desunida hoje em dia. O individualismo faz a pessoa tratar a igreja como um objeto só para ela. Ela quer orar só para ela, ser abençoada, ser motivada, ouvir uma mensagem motivacional. Mas a nossa fé não é individualista, isso vai contra a Palavra de Deus. 

A Igreja tem sido confundida como um lugar onde você vem só para receber: dinheiro, dicas de auto ajuda, palavras de que você está bem na sua vida com Deus porque tem sido frequente nos cultos, elogios, mensagem dizendo que sua vida será maravilhosa daqui para frente e que você é vencedor.

Igreja é um lugar de entregas

O problema é que a Igreja não é lugar para receber dicas de auto ajuda. Não é lugar para você ser sempre servido. Não é o lugar que você começa a ir e começa a ganhar muito dinheiro, na verdade você vai perder dinheiro. Na verdade a Igreja é onde você vem para servir, para dar, para compartilhar, para doar-se, para perder a sua própria vida, onde demonstra seu amor por Cristo amando seus irmãos. Não temos como fugir dessa realidade. 

Igreja é lugar para você ajudar. Não é para você vir esperando ser servido, não é lugar para você ganhar, mas lugar para você perder. Não é movimento para você ganhar dinheiro, é para você perder dinheiro. Não é fonte de lucro, igreja não pode reter, tem que ser um canal aberto, tem que aprender a perder, e quando ela perde e se torna generosa é quando ela ganha. 

O reino do céu é daqueles que aprenderam a mensagem do Rei. A mensagem do Rei é aquela que nos ensina a perder a própria vida para que o reino de Deus seja conhecido de todos os homens. 

Lugar para miseráveis

A igreja não é lugar para atrair consumidores que se sentem mal consigo mesmo e que querem encontrar uma paz interior. É lugar para miseráveis. Gente que sabe que não é boa gente, gente que sabe que luta todos os dias contra pecados, que luta todos os dias com dificuldades internas. 

A igreja é lugar para gente que descobriu que o dinheiro não é tudo na vida. Que descobriu que fazer com que todas as coisas girem ao seu redor não vai lhe fazer feliz. É para pessoas que descobriram que nada vai servir elas, que nada vai satisfazê-las. 

A igreja é lugar para pessoas que descobriram o Rei, que conheceram o seu Rei e que vivem para uma era vindoura. 

Você faz parte de um reino

Todas as vezes que uma pessoa sente dúvidas sobre sua conversão, toda vez que ela se questiona se é de fato filha de Deus, ela volta para embaixada para pegar o passaporte (identidade) que perdeu. 

Não podemos ficar a mercê da nossa própria compreensão da realidade. Mas sim, a mercê de algo maior que nós, e o Reino é maior do que a Igreja, mas a Igreja é maior do que você. A igreja não é maior do que o reino, mas ela é maior do que você. Ela é aquilo que você precisa, para dizer que você não pertence a esse mundo. Ela é aquilo que você precisa nos momentos que se questiona pela luta interna que tem com o pecado. Você precisa entender que faz parte do povo de Deus. 

Ser membro de uma igreja não é fazer parte de um clube. Ser membro é ser reconhecido como cidadão do céu e a igreja faz isso.

Nós não somos a igreja individualmente. Você é membro de uma igreja e isso é sempre plural. Meus irmãos, nós somos a igreja de Jesus. Significa que você nunca vai conseguir ser igreja sozinho. 

Quantas vezes temos nos encontrado com os irmãos para conversarmos, falarmos sobre o evangelho. Quanto tempo temos passado nos envolvendo com a comunidade de Cristo Jesus?

A Igreja é para quem ouve a Palavra do Rei

Muitas vezes nós reduzimos a Igreja a uma espécie de organização programada para entreter pessoas que estão cansadas de trabalhar de segunda a sexta sem encontrar sentido no trabalho que estão fazendo no dia a dia. Mas ela não é um circo, não é entretenimento. Não é um cinema onde você vem assistir um filme, não é um teatro, não é uma ONG. É o lugar onde nos reunimos para confessarmos a Jesus e reconhecermos a verdadeira confissão de quem é Jesus. 

A edificação da Igreja está fundamentada no discipulado, que é aquilo que Jesus nos disse em (Mateus 28:18-20). Temos a sagrada escritura nas mãos do povo de Deus e quando esse povo tem a palavra de Deus em suas mãos, esse povo não somente lê, mas profere, canta. Portanto, fazer parte da igreja é ouvir e responder a sua palavra com toda sua vida. É para quem ouve a Palavra do Rei.

Por isso, é importante se perguntar se conhecer a Deus é algo que você tem sentido de urgência? Será que a Bíblia não exagera um pouco nesse ponto? E por fim, será que isso não interfere na sua vida mais do que você imagina?

Esses são os tipos de perguntas que confrontam qualquer cristão. Não importa o cargo que você exerça em sua igreja local, refletir sobre a sua jornada com Deus é um caminho benéfico que o faz rever muitas de suas ações. 

Imagina que o conhecimento que Deus tem a seu respeito não muda o fato de ele te amar e buscar se relacionar com você. A diferença está que ser conhecido por Deus é também saber que ele fala como um amigo sobre aquilo no qual ele se sentiu ofendido,  e o perdoa como alguém muito famoso que abre o coração para deixar você participar de tudo como membro da casa, parafraseando J. Parker em Conhecimento de Deus.

 

O que você deseja quando está buscando conhecer a Deus?

 

Jeremias registra o sentimento de Deus em relação ao seu povo: “O meu povo é tolo, eles não me conhecem. São crianças insensatas que nada compreendem. São hábeis para praticar o mal, mas não sabem fazer o bem.” Jeremias 4:22

A questão aqui não é sobre saber fazer o bem, muito menos sobre fazer o bem sem precisar de Deus. Esse pensamento apenas revela as reais motivações do coração humano, de continuar vivendo autônomo, sem Deus. E também, retrata uma tentativa de justificação própria.

Por outro lado, a questão é que se você está buscando amar a Deus, pois em algum momento você precisará amá-lo mais que a si mesmo. Porque conhecer a Deus é entender que as coisas giram em torno de Deus e não de si próprio.

 

Tenha consciência de seus desejos

 

É fácil nascer esforços quando a sua imagem está em jogo. E muito acontece que as pessoas amam a sua própria imagem, mas vivem como insensatas. Amam sua posição, mas não são aptas a lidar com as consequências de sua ganância. 

É verdade, amar a si próprio é mais fácil. E com isso, amar a Deus de graça é impossível. Não há freios que o parem. O ser humano é como uma locomotiva desgovernada. E é verdade que ele é governado pelos seus desejos. Porém, Deus afirma que são desejos maus.

Amplie a sua compreensão da graça de Deus

 

Já as Escrituras apresentam Deus como aquele que merece toda a glória, e que se importou com a humanidade ao encontrá-la desse jeito. Ela estava devastada por sua própria avareza e falta de freios.

E deste mesmo modo, as Escrituras nos mostram que comparado a Deus, tudo é insignificante. Mas, ele, mesmo assim, continua a dar coisas boas para o seu prazer e gozo, porque ele sabe que você é capaz de honrá-lo com essas coisas.

 

Faça tudo para a glória de Deus

 

Então a vida não precisa ser pesarosa. Pois fazer muitas coisas não melhora a sua imagem diante de Deus. No entanto, conhecer a Deus e ser conhecido por ele, melhora tudo o que você sabe a respeito dele. Deste modo, conhecê-lo é motivo de glorificá-lo, e sim, glorificá-lo passa a ser sua missão de vida.

Saber quem Deus é interfere na sua identidade

 

Deus ama você por pura graça e misericórdia. Ele se inclinou a você para ouvi-lo e para considerar a sua existência. Mesmo que ninguém o conheça, ele o conhece profundamente, e também está ciente de seus desejos maus. Mas a verdade é que ele deseja transformar os seus maus desejos em pensamentos que percebam a graça dele presente em toda parte de sua vida. Se arrepender e buscá-lo de todo coração é a melhor oferta.

Não deixe a vida passar sem perceber o quanto Deus o ama. Não só isso, mas também, o quanto ele é fiel, bom, justo, misericordioso e o quanto nos falta entendê-lo melhor para o amar mais e da melhor forma possível. Pois, disso depende a sua vida, conhecer a Deus e ser conhecido por Ele.

“Deleita-te no Senhor e Ele concederá os desejos do seu coração.” Salmos 37:4. Deleitar e descansar diz muito a respeito do que nós adoramos e amamos. E estamos cientes que vivemos num mundo cheio de prazeres. Temos objetivos, desejamos coisas, afetos e felicidade.

E diante disso tudo, Deus nos chama a sermos seus por meio de Cristo Jesus. Ele nos convence do pecado e do juízo que virá. E agora a nossa fonte de satisfação é Ele, que se faz a recompensa e a herança dos santos, o próprio Cristo é o deleite. Deleitar em Jesus é um convite e uma realidade maravilhosa!

Com isso, não estamos mais diante de um legalismo e regras que nos moldam a sermos irrepreensíveis, mas diante dos nossos corações sendo provados por Deus.

 

Buscar deleitar no Senhor muda as intenções do coração

 

Amar a Deus é se deleitar Nele. E com isso, certamente, uma chave vira em nossas vidas, quando abrimos os nossos olhos para a realidade e centralidade de Jesus.

Mas, também é verdade que Deus não tirou de nós o uso ou abuso das dádivas que Ele nos deu¹. Ele nos proporcionou uma natureza que não descansa em coisas perecíveis. E o que isso quer dizer?

As coisas da terra são dadas por Deus para nosso desfrute, mas ainda assim não são um fim em si mesmas. Elas cooperam para o propósito divino. Elas revelam a glória de Deus. E, é a Deus que devemos entregar todo o nosso amor.

Quando nos deleitamos em Deus, nossos desejos são mudados e alinhados aos dele, e neste caso Deus deseja realizá-los.

 

Deleitar no Senhor é a dádiva mais suprema

 

A caminhada cristã nos oferece deleite e descanso. E Deus sempre escolheu o descanso dos homens. Ele nunca nos cobrou uma performance, mas nos ensinou sobre louvores em espírito e em verdade. Neste sentido, gratidão e satisfação em Deus fluindo de nós é um fim em si mesmo. Pois neste caso, é descanso verdadeiro em Deus.

Desse modo, o descanso tem o papel de centralizar as nossas vidas e inquietações àquele que é nosso Pai. Sendo assim, a vontade de Jesus é alinhar o nosso coração aos propósitos dele, para que tenhamos unidade com Ele e o Pai, como em João 17¹.

 

Temos algo mais excelente que as coisas perecíveis

 

Não desprezamos aquilo que Deus nos deu e aquilo que envolve as nossas escolhas nesta terra. Por outro lado, o intuito da Bíblia é nos mostrar de onde procede o valor supremo que rege todas as coisas.

As outras preocupações de futuro, namoro e carreira fazem parte da nossa vida. Mas elas não devem ser um plano de felicidade. Elas são a gestão daquilo que Deus coloca em nossas mãos.

E no Espírito Santo nós temos a capacidade de amar a Deus plenamente. E permitir que outros provem desse mesmo amor ao estendermos o amor de Cristo ao nosso próximo.

 

A Bíblia nos dá direção de como orar

 

Precisamos fazer as orações de Paulo as nossas, pedir que nosso amor por Jesus seja aumentado (Efésios 3:16-19). E como o salmista, também pedir que a nossa alma se satisfaça no Senhor como quando tem rico banquete (Salmos 63:5).

Pois a verdade que carregamos é que Jesus é precioso. E que nossas vidas em algum momento da história se deparou com a agonia de viver sem tal precioso tesouro. Jesus nos chama a um convite de conhecê-lo e crescer em compreensão de sua graça infinita.

Por isso, o Amado das nossas almas deseja que dediquemos o restante das nossas vidas buscando amá-lo de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o entendimento e de todas as nossas forças (Marcos 12:30). Porque isso vale muito mais a pena do que conquistar o mundo inteiro para si.

 

¹ RIGNEY, Joe. Coisas da Terra. Monergismo, 1ª edição. Brasília, 2017.

Afinal, o que é a Igreja?

Deus escolhe e preserva para si uma comunidade unida pela fé, que ama, segue, aprende e adora a Deus. Deus envia essa comunidade para proclamar o evangelho e resplandecer o reino de Cristo através da forma como vivem juntos. Amando uns aos outros.

E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou.” 1 João 3:23

A importância de sermos Igreja 

Talvez você está passando por um momento difícil. Onde descobriu que está doente, ou está com problemas em seu relacionamento, em sua família. Ou perdeu seu emprego e o dinheiro acabou. Talvez esteja lutando contra ansiedade ou depressão ou medo.

Falar sobre a Igreja abrange tudo da vida. Você sabe onde Deus é encontrado da forma mais tangível? Com seu povo, seu corpo. Qualquer pessoa que tenha passado por um momento difícil e foi conectada ao povo de Deus, sabe que isso é verdade. Portanto, se você for membro de uma igreja sólida, que exalta a Cristo e que crê na Bíblia, você já viu exemplos práticos acontecerem. Alguém fica doente, os irmãos em Cristo vão acompanhar ao hospital. Eles vão alimentar, levar os filhos para a escola, cortar a grama e o que mais for necessário. Porque é isso que a igreja faz. Você sabe como o Senhor se sente? Deus diz: “Eu estou com você. Eu estou aqui para você através de cada uma dessas pessoas.” 

Se seu casamento está um desastre e você se achega a alguém de confiança do povo de Deus e diz: “Não está funcionando mais, eu preciso de ajuda!” Você verá a rapidez que encontrará alguém para te ajudar e te resgatar neste momento. Você encontrará encorajamento. Porque encontrará pessoas se unindo para o bem do seu casamento. Se você perder seu emprego, veja como as pessoas de Deus se reúnem em torno de você para te apoiar. 

Poderíamos citar tantos outros exemplos onde vemos Deus se fazendo conhecido tangivelmente através do seu Espírito Santo através do seu povo! Então, independentemente de como você está, a igreja tem tudo a ver com isso. Por favor não pense: “O que eu preciso é ouvir coisas práticas de autoajuda”. Saiba, não é isso que precisa.

Quem é parte do corpo de Cristo?

Segundo a bíblia, para uma igreja ser considerada cristã, ela deve crer e confessar que Jesus é o filho de Deus, que ele nasceu de uma virgem, morreu por nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Que a salvação nos é dada gratuitamente por Deus mediante a fé em seu sacrifício e na sua ressurreição. E que somos pecadores incapazes e indignos do perdão de Deus, impotentes para resolver nosso problema espiritual. Que o pecado nos afasta de Deus, nos torna devedores dele. E, por isso, não podemos nos salvar. Por nós mesmos não podemos merecer perdão e salvação divinos, mas apenas na pessoa de Jesus.  

Se uma igreja crê e confessa isso, que Jesus é nosso único e suficiente salvador, o único mediador entre Deus e os homens, então temos uma igreja que estará fundamentada sobre a verdade essencial do cristianismo (Ts 3.4-6; 1tm 2.5). 

Uma igreja verdadeira, acima de tudo, anunciará a palavra de cristo, ensinará os valores do senhor, desejará que seus adeptos sigam aquilo que o mestre ensinou. Igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada. Uma igreja saudável foca o ensino e o discipulado e procurará tratar das necessidades pessoais diárias daquelas pessoas que professam a fé em Jesus cristo. 

 

 

Aprendemos como fazer um jejum bíblico corretamente e o porquê jejuar. Hoje, nós iremos falar um pouco acerca do que você precisa saber sobre o seu físico durante o jejum. Existe um ajuste no seu corpo durante este período. Dependendo do tipo de jejum que você irá fazer, é necessário cuidado.

Definindo o seu jejum

Uma coisa que você precisa saber de primeira, é que não se começa com um jejum de água. Se você nunca jejuou antes, não comece com um: “ah, eu vou fazer um jejum de 21 ou de 40 dias apenas com água”, isso não é recomendável e pode trazer malefícios para a sua saúde. Um jejum de Daniel, com apenas frutas e vegetais é uma maneira brilhante de jejuar, especialmente se você tem um trabalho que exige muito de você. É possível jejuar de forma saudável.

Vencendo a abstinência ao jejuar

Preciso te alertar: existem essas coisas horríveis chamada abstinência e desintoxicação e elas são reais. Então, você pode não saber, mas muito provavelmente é viciado em açúcar. SIM, muito provavelmente você é viciado em açúcar, pois açúcar está em tudo. Se você está pegando um pequeno copo de café e colocando dois pacotes ali dentro, isso é muito açúcar! Existe mais açúcar do que você se dá conta em sua dieta, e quando de repente se para de consumir esse açúcar, o seu corpo fica bravo com você. É como se ele estivesse dizendo: me dê açúcar, eu quero açúcar! Pode ser que você sonhe com açúcar, pense nele dia e noite e até fique emburrado por não estar ingerindo o mesmo. Lute contra isso! Não desista, diga não! Eu prometo, isso vai passar.

Os sintomas

Agora, o que é esse “isso” que eu estou falando? Estou falando das dores de cabeça, mau humor, sintomas como os da gripe no seu corpo. Tudo isso por causa do açúcar? Sim! Açúcar, farinha branca e cafeína, por mais que não tenhamos noção, nós somos viciados nessas coisas. Eu sei que sou, eu preciso do meu chocolate. Quando eu não como chocolate eu fico mau humorada, tenho dores de cabeça, tudo isso. Quando você para de consumir essas coisas, o seu corpo não aceita, pois ele aprendeu a depender delas. Você descobre que o seu corpo, tem uma mente própria e ele quer que façamos as coisas que ele ama, te fazendo acreditar que tudo fica melhor na sua vida quando você está comendo açúcar, farinha branca ou consumindo cafeína.

Isso é o que corpo te dirá, por isso, é necessário você ser firme, pois há algo tão bom no terceiro dia. Honestamente, são aproximadamente três dias em que você irá lutar, após o terceiro dia você vai começar a se sentir um pouco melhor, e após o quinto dia, se sentirá fantástico(a); sua mente estará limpa, você será capaz de pensar mais uma vez, você não se sentirá mais dependente de algo para se animar durante à tarde, não precisará daquele pedaço de bolo, daquele copo de café da manhã.

Nós desejamos mais do que especiarias

Você purificou o seu corpo, mas deve estar ciente de que o seu corpo irá lutar com você, ok? Nós não damos crédito ao poder que a comida têm sobre nós. Os filhos de Israel, quando deixaram o Egito, pensaram em voltar à escravidão. Sabe por quê? Porque havia alho e temperos na terra da escravidão. Eles sentiam falta dessas especiarias, sentiam falta de comida com sabor e consideraram ser melhor voltar para a terra da escravidão do que entrar na Terra Prometida. Agora, se alguém está disposto a voltar à escravidão pela comida, você precisa entender que a comida tem uma forte influência e poder.

Parceria com o Noivo ao jejuar

Esteja ciente do que virá para você. Tenha consciência de que talvez haja problemas até mesmo de gula na sua vida e use esse tempo para quebrar isso, para receber liberdade, caminhar em graça e entrar em parceria com o Senhor. Isso faz sentido? Eu espero que sim! Então, não fique chocado se o seu corpo começar a surtar, lembre-se que isso pode acontecer. Então continue, não desista, permaneça firme e decidido(a) a jejuar.

Viver a inimizade com uma pessoa é realmente devastador. Semelhante também é a insatisfação, derivada da busca pelos prazeres – conhecida como hedonismo. Hoje, facilmente nos isolamos, e o nosso tempo tem nos ensinado a reservarmo-nos em uma rasa consciência do outro, do que o nosso vizinho ou amigo tem vivenciado. 

Vemos pouca consistência nos relacionamentos, pouco altruísmo, e falta do que é verdadeiro. Procuramos estratégias, nos rendemos às técnicas do autoconhecimento e à capacitação para enfrentarmos a realidade que não sabemos encarar. Porque, infelizmente, parece que sabemos viver sem Deus (realidade atual), mas a verdade  é que sem Deus não sabemos viver com esperança. 

Além disso, à medida em que a tecnologia tem entrado em nosso cotidiano, seus efeitos têm surtido facilidades e cada vez mais isso nos faz indivíduos independentes e solitários. E em contrapartida, a necessidade social destacada tende a ser a empatia, a interdependência e o desenvolvimento orgânico e natural das relações, visto que precisamos uns dos outros! Todavia, antes de tudo isso, precisamos ter paz com Deus e entender a amizade que a nos está reservada.

 

Tendo amizade e paz com Deus

 

Vivemos consequências da falta de paz com Deus no mundo. E o que seria de nós se não pudéssemos ter paz com Deus? Não poderíamos crer nele, nem conhecê-lo. E ter esta paz não diz respeito a mais uma fórmula de enriquecimento pessoal. Mas a paz com Deus, descrita em Efésios 2:13-14, é o início da vida. É a boa notícia de que agora, podemos ter fé em Deus, pois a vida com Deus tem esperança e um propósito.

A partir daí, entendemos que existe um dono de tudo o que vemos. E Ele continua tendo compromisso com a sua criação por meio da aliança que Ele mesmo firmou em Jesus Cristo na cruz. Jesus é a prova de que Deus existe e que não é distante! Jesus concedeu o acesso do homem a Deus. E agora podemos amá-lo e aprender a amar e a viver, e além disso, ter os nossos prazeres harmonizados. E aí nos relacionaremos melhor com as nossas amizades.

 

Tendo amizade com as pessoas

 

Deus organizou o mundo de forma orgânica e dinâmica. As pessoas devem ser valorizadas. E aprender a conviver com as diferenças não é o bastante. Precisamos de inteligência que nos ajude a exercer misericórdia e perseverança para recomeçar, quando houver desentendimento.

E, as pessoas são mais importantes que esses impasses. Até pelo fato de que podemos provar deste padrão, porque Deus mesmo o instituiu. Ele nos deixou claro seu interesse por relacionamentos.

Deus se demonstrou um ser relacional e amigo dos homens. Mas, ao mesmo tempo, ele não pode ter amizade com todos, porque nem todos o compreendem, pois para nos aproximarmos dele é preciso crer que ele existe (Hebreus 11:6).

 

A suficiência de Jesus para a vida humana

 

Deus se define como “Eu Sou”. Ele é a suficiência, porque Ele é a plenitude e a perfeição que ansiamos. E isso externa a nossa necessidade de Deus. Em todo lugar, sempre iremos desejar características referentes aos atributos inerentes de Deus. Isto é, por desejarmos o que é pleno e perfeito, ansiamos por apreciar a vida e fazê-la valer a pena.

Desejar apreciar a vida não é errado. Porém, é importante termos em mente que a paz com Deus é uma dádiva e a maior de todas. Desejamos uma vida feliz, e nos esforçamos para colher bons resultados. Mas se pudéssemos começar por algum lugar, seria apropriado que fosse pela paz com Deus, através de Jesus Cristo.

Isto, porque a consciência ou o conhecimento que temos acerca de Deus afeta toda a compreensão de nós mesmos e da nossa vida. Termos paz com Deus é saber que não estamos nos referindo a um desconhecido, mas a alguém com quem podemos ter um relacionamento profundo.

E quando nos tornamos cristãos, podemos e devemos nos debruçar na compreensão do conhecimento de Deus. E isto ocorre por meio das Escrituras, dado o valor inestimável a qual fomos expostos. Jesus é a suficiência de que necessitamos conhecer e que dá o sentido de todas as coisas.

Pois vivermos sob a perspectiva cristã é termos consciência de que todos sem exceção prestamos conta das nossas vidas a Deus. E saber que foi nos apresentada a oportunidade de não mais vivermos a inimizade com Deus, mas a submissão prazerosa, em adoração àquele que é. E somente a partir disso temos uma compreensão correta e ajustada da nossa vida aqui e também do nosso papel para com o próximo.

Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”

Todos responderam: “Crucifica-o!”

“Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!” (Mt. 27:20-26)

Lemos isso e pensamos como essas pessoas poderiam ser tão más e cruéis em desejar a morte do único homem verdadeiramente justo e perfeito que já pisou nessa terra. O que não percebemos é que esse mesmo pecado nós também cometemos, pois rejeitamos Jesus. Essa é a condição dos nossos corações quando somos cheios de descrença: rejeitamos Deus, seu Filho e seu sacrifício. Todos nós pecamos e fomos destituídos da  glória de Deus (Romanos 3). Essa é a nossa realidade longe de Cristo. Nós gritamos “crucifica-o!” com nossa desobediência e rebeldia declaramos junto com aqueles que o condenaram “Ele não é nosso Rei!”, “Ele não é nosso Messias!”, “que o seu sangue esteja sobre nós!”

Nosso grito é tão raivoso quanto o deles. Nosso grito ressoou junto com o deles, enquanto caminhamos desprezando Cristo e seu sacrifício. Não temos como nos defender disso, pois somos indesculpáveis!

Ele se entregou por nós

Cristo se entregou e morreu pelos nossos pecados. A morte que nós merecíamos Ele tomou sobre si. A ira de Deus destinada a nós por causa do nosso pecado, foi derramada sobre Ele (Romanos 5). O único justo foi julgado como o maior dos pecadores, pois foi do agrado dEle entregar a sua vida.

A boa notícia do Evangelho é que a história não acaba aqui.

“No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galiléia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’“. (Lucas 24:1-7)

A morte não pôde contê-lo. Ao terceiro dia Ele ressuscitou. Por isso, proclamamos e nos regozijamos na morte e na ressurreição dEle, porque no seu sangue somos justificados, redimidos e transformados.

“Onde está, ó morte, a sua vitória?

Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Cor. 15:55)

O sangue de Jesus está sobre nós

Deus, sendo cheio de misericórdia, amor e paciência tem aberto os nossos olhos através do Espírito Santo, fazendo-nos ver nossos pecados e nos levando ao arrependimento. Por isso nos apegamos e nos inclinamos para a cruz onde nosso Salvador morreu. É por meio de seu sangue que somos perdoados e libertos da morte eterna e da separação que havia entre nós e Deus.

Agora podemos dizer com um significado totalmente diferente “Que o seu sangue esteja sobre nós!”. E não em rebeldia, desafiando-o como antes, mas clamando desesperados em arrependimento, cheios de esperança, cheios de gratidão e em adoração, sabendo que somos frutos de seu sacrifício.

Jesus, que o seu sangue esteja sobre nós! O sangue que fluiu de sua cabeça, suas mãos, seus pés, nos limpa de todas nossas iniquidades.

Por isso adoramos ao Cordeiro que se entregou, foi morto, ressuscitou e nos libertou. Sua morte é a nossa vida, sua ressurreição é a nossa esperança. Com Ele ressuscitaremos e com Ele viveremos por toda eternidade, pois seu sangue está sobre nós!

Tem momentos em nossas vidas nos quais não conseguimos enxergar a misericórdia de Deus. Temos o costume, como cristãos, de associar a misericórdia à uma espécie de “livramento” de coisas ruins em nosso cotidiano. Quando nada de muito ruim acontece, não lembramos de clamar por misericórdia ou de agradecer por ela. Usamos essa palavra o tempo todo e, talvez, não pensemos muito sobre o peso que ela carrega. Na verdade, há algo muito forte por trás, que não pode ser tratado de forma banal.

O maior ato de misericórdia

A misericórdia faz parte de quem Deus é. Quando Jesus morreu na cruz por nós, foi um grande ato de amor. Em um mesmo evento, houve juízo sendo derramado sobre Ele em favor de toda a humanidade e, ao mesmo tempo, compaixão sendo estendida a nós. Nosso Deus é juiz, mas também é misericordioso; e na cruz vemos o cumprimento desses seus dois atributos de maneira clara.

Sendo homem, como eu e você, Jesus sofreu tudo o que um ser humano poderia sofrer ao longo de sua vida. Não sabemos detalhes da sua vida antes de começar seu ministério, mas sabemos que tudo o que Ele fez, ele aprendeu com o Pai, inclusive como ser misericordioso. Na sua intimidade com o Pai, Jesus aprendeu a estender compaixão aos outros, e seu maior ato de misericórdia se cumpriu na cruz.

Poupados por amor

A misericórdia de Deus mostra que Ele tem zelo pelo nosso relacionamento com Ele. Mostra seu amor por nós de maneira que não conseguimos entender pela nossa sabedoria. Ele deseja derramar seu amor sobre nós, e para isso é preciso que não recebamos o que merecemos. Somente dessa forma podemos ter completo acesso ao Pai e ao seu amor. Como diz Dale Anderson, no livro Misericórdia Triunfante: “Ele age conosco em misericórdia, não porque mereçamos, mas porque é da Sua natureza agir assim”.

Todos os dias somos poupados do seu juízo, pela misericórdia que se renova a cada manhã. Todos os dias somos poupados em nome do seu amor por nós. Através dessa certeza – de que não recebemos o que merecemos -, sabemos que não podemos fazer nada sem Ele. Afinal, isso nos impulsiona a estendermos as mãos aos outros e sempre sermos gratos por essa misericórdia que triunfa sobre o juízo, manifestando Seu amor por nós.

 

Sabe aquela sensação horrorosa de não ser capaz de fazer alguma coisa? É um misto de frustração, decepção, revolta e tristeza. Uma das piores sensações que podemos sentir como seres humanos, pois sempre vem carregada de culpa e auto-condenação. Esse sentimento normalmente nos leva a seguinte pergunta: por que Deus não me ajuda?

Você deve estar pensando: nossa, que jeito deprimente de começar um texto. Sim, não vou negar, mas apenas confie em mim, vamos conversar um pouco sobre fracassos.

Fracassos na Bíblia

A bíblia está repleta de histórias de frustrações. Desde viagens que Paulo não pôde fazer e o espinho na carne do qual não pôde se livrar, passando por profetas que foram levados como escravos e forçados a servir novos reis, chegando a José, que entre tantas coisas, fracassou em provar sua inocência, o que lhe garantiu dois anos de prisão.

Cada uma dessas histórias, e tantas outras descritas nas escrituras, nos mostram em primeiro lugar que a frustração faz parte das nossas vidas. Sempre foi assim e continuará sendo até o retorno de Jesus. Em segundo lugar, e talvez o mais importante, Deus está envolvido em cada um dos nossos fracassos.

Quando as coisas não vão bem é fácil pensarmos que estamos longe da vontade de Deus. Pensarmos que, por alguma razão, Ele se “esqueceu” de nós ou simplesmente não está disposto a nos ajudar naquele momento. Mas a verdade é que essa é uma das faces de Sua misericórdia.

Isso se chama MISERICÓRDIA

Aprendi recentemente que umas das maiores expressões da misericórdia de Deus são os “nãos”, ainda que eles sejam completamente desagradáveis. Deus é soberano sobre todas as coisas, Ele possui o domínio de tudo e nada foge ao Seu controle – inclusive as nossas limitações.

Em sua soberania e perfeita sabedoria Ele escolheu que tivéssemos problemas, portas fechadas e tempos difíceis, pois sabe que essa seria a melhor maneira de se revelar a nós e de nos levar a um relacionamento profundo e íntimo com Ele.

Sim, eu sei que é algo muito mais fácil de falar do que viver, mas posso te garantir (por experiência própria) de que a dor do “não”, por pior que seja, não se compara a alegria do “sim”. Essa é Sua misericórdia: nos dar todos os “nãos” que precisamos para encontrarmos nosso caminho. Fechar todas as portas erradas para que atravessemos aquela que nos levará ao maior conhecimento de quem Ele é.

Por pior que seja não conseguir o emprego dos seus sonhos, terminar um relacionamento ou não conseguir se livrar de um problema como orgulho ou ansiedade, posso te prometer que, mesmo que pareça confuso, esta é a misericórdia de Deus em ação. Ele está te guiando por um caminho melhor e continua cheio de pensamentos de paz a seu respeito. Ainda que seja difícil, apenas confie em Sua liderança e deixe Ele te mostrar o que Sua misericórdia e amor podem fazer.