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Seguir o padrão de Cristo

Devocional

Seguir a “massa” é uma tendência quase natural da vida humana. Fazer o que outros estão fazendo ou imitar padrões (mesmo que estes estejam em desacordo com a palavra de Deus) parece “normal”. A maneira como vivemos, nos relacionamos e agimos revela o molde no qual nossa vida está sendo formada. Entretanto, somos, de modo imperativo, instruídos a não nos conformar com este mundo, mas experimentarmos uma mudança de mentalidade que resultará em transformação plena do nosso viver.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”   (Rm. 12.2)

Repensando padrões

Já pensou que você pode ser a mudança que deseja ver? Este século diz que pra crescer em qualquer área você precisa passar por cima de quem estiver a sua frente; ou que para ser considerado maduro, o ideal é não aceitar conselhos de ninguém; ou ainda que “amor é só de mãe, e olhe lá”. Exitem padrões criados, pré-estabelecidos para que as pessoas vivam da forma como estão vivendo.

A humanidade está desacreditada em muitos quesitos, principalmente no que diz respeito ao amor, tanto a Deus quanto ao próximo. Se não tivermos cuidado, nós, os que professamos a fé em Jesus (ou seja, que dizemos que morremos pra nós mesmos e que Cristo vive em nós), estamos fadados a vivermos como, nada menos, que hipócritas. Certamente não queremos ouvir de Deus, a nosso respeito, as mesmas palavras ditas ao povo por intermédio de Isaías:

“Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”  (Is. 29.13)

Devemos agir em conformidade com a fé que declaramos, seguir o padrão de Cristo. Se já não vivo mais eu, então é necessário que o caráter e a atitude de Jesus seja manisfestada através da minha vida.

“Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.” (Gl. 5.16)

Uma vida por meio do Espírito é o que nos capacita a viver de acordo com Cristo. O fruto do Espírito é ferramenta, é o “upgrade” que o nosso ser precisa pra agir de modo que agrade a Deus. O Senhor não nos pede que construamos uma casa sem nos fornecer os tijolos; isto é, ele não nos pede coisas difíceis demais, o seu fardo é leve e o seu jugo é suave. Amar o nosso próximo se torna possível quando estamos aperfeiçoados no amor do Pai; quando longanimidade , paciência e mansidão são parte da nova vida que ganhamos pela graça!

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gl. 5.1)

Eu estava lendo a respeito de Ló esses dias… Você o conhece? Existem muitos personagens controversos na bíblia, mas esse consegue me deixar confusa todas as vezes que leio sua história. Já ouvi algumas pregações que destacavam suas falhas, li textos que exaltavam sua fidelidade e analisei sua história por diversos pontos de vista buscando um veredicto para sua vida quando finalmente me dei conta: nós não vivemos em um filme da Marvel!

Ok, pode ser que para você essa afirmação soe óbvia demais, ou completamente desconexa da história de Ló, então deixe-me explicar meu raciocínio. Enquanto lia percebi que estava, através da minha própria “sabedoria”, tentando determinar se Ló era herói ou vilão. Já havia feito isso tantas vezes antes de forma inconsciente que tornou-se natural. Davi? Herói. Saul? Vilão. José? Super-herói, seus irmãos? Bem, você entendeu…

Nem herói, nem vilão

Enquanto eu tentava julgar o seu caráter, pude ouvir a doce voz do Espírito Santo me lembrando que, assim como todos os homens na bíblia (exceto Jesus), Ló foi apenas um ser humano. E o que todos os seres humanos têm em comum? Todos pecaram, foram separados da glória de Deus e precisam desesperadamente de um herói. Por isso aquele que era desde o princípio, a própria essência de Deus, se fez carne e habitou entre nós e essa é uma história grande e gloriosa que nós já conhecemos.

Diferentemente de Jesus, Ló não tinha nada de super e com isso eu consigo me identificar facilmente. Olhando para cada ponto baixo de sua história, fui levada a pensar nas minhas próprias fraquezas e limitações e aceitar que, por mais que eu tente, também não sou uma heroína e esse é exatamente esse o ponto. Jesus não nos chamou para sermos super-heróis, muito pelo contrário, Ele conheceu a nossa humanidade e sabia que teríamos fraquezas.

O propósito das nossas fraquezas

Cada uma das nossas fraquezas pode expressar com eficiência a glória e soberania de Deus, revelar para aqueles que nos cercam, quem Ele é. Quando Sodoma e Gomorra foram destruídas, Ló não queria deixar sua cidade. Foi então necessário que um anjo viesse e o carregasse para fora. Por mais absurdo que pareça, essa é a primeira menção de misericórdia na bíblia.

A misericórdia é a essência de quem Deus é e Ele escolheu nos revelar isso através das falhas de um homem comum. Da mesma forma Ele nos chama a compreender que não sermos heróis, não nos faz vilões. Somos humanos. Quando aceitamos e encaramos os desafios que nos foram propostos nessa vida, abandonando a ideia de perfeição, um peso enorme é tirado das nossas costas e podemos expressar os atributos daquele que é o verdadeiro herói na nossa história.

Mas ele me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza;. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12:9,10

O que você pensa sobre ser cristão de verdade? Por acaso já aconteceu de perguntarem algo a você e, por vergonha ou medo, você não deu uma resposta verdadeira (aquilo que você realmente pensa ou queria dizer)? Mas deu uma resposta para agradar as pessoas ou para não ser julgado? Isso provavelmente é resultado do politicamente correto que invadiu as igrejas e afetou o cristianismo. Já tive a sensação de que precisaria ser perfeita. Que se eu falasse o que realmente sinto e penso, a Igreja não me aceitaria. Entendi com o tempo que Deus não espera perfeição.

A era das redes sociais

Te dá uma vontade de ser verdadeiro, mas aí você mantém a máscara? Na era do youtube e instagram, os mais politicamente corretos são ovacionados. Vivemos numa época em que falamos sobre quem deveríamos ser, mas infelizmente falamos pouco sobre quem realmente somos. Por acaso você já viu alguém dando sua cara a tapa ao demostrar quem realmente é, e não aquilo que esperava realmente ser? São raras exceções. Não é comum falar da natureza humana, mas é bem
provável sermos tentados a falar sobre uma natureza idealizada.

Pena que isso também afeta a nós cristãos. Pena que isso torna mais pesada a bagagem da perfeição cristã. Pena que isso nos impede de ver quem somos e reconhecer nossas fraquezas. Pena que nós cristãos continuamos usando máscaras. Pena que não conseguimos ser vulneráveis. Quando paro para ler e meditar na Bíblia, percebo que esse livro nos instiga a colocar para fora toda a nossa sujeira, porque somente após a consciência da posição que estamos – de pecadores – podemos analisar e enxergar as verdades antes escondidas pelas crostas do politicamente correto. O que lemos na Bíblia não são ensinos que amaciam nosso ego, mas que nos confrontam o tempo todo.

Utopia da perfeição

A Bíblia é repleta de histórias como as que vemos hoje, de homens que viviam na utopia de perfeição e aqueles que viviam sua realidade imperfeita. Do lado da perfeição estão os fariseus, que chegaram a ponto de seguir regras só para manterem a aparência, mas esqueceram que ter um coração sincero e arrependido era mais importante. Jesus condenou esse comportamento deles chamando-os de hipócritas e alertando-os sobre parecem justos por fora. Mas por dentro estarem cheios de maldade.

Do lado imperfeito, temos os exemplos de profetas como João Batista quando diz “não sou digno de desamarrar as correias de sua sandália, Jesus” ou do apóstolo Paulo ao dizer que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais ele era o pior. Essas afirmações são carregadas de autenticidade, de humildade em reconhecer sua humanidade caída, de consciência sobre a necessidade da graça e principalmente de coragem em se fazer vulnerável. É importante pensar que João Batista estava num contexto em que haviam várias pessoas com ele, e ainda assim foi ousado em expor quem realmente era. Indigno. Ele venceu a tentação de falar sobre quem ele deveria ou desejaria ser. Pensar nisso me leva a crer que o politicamente correto contaminou o cristianismo. É um fardo ter que lidar com pessoas perfeitas.

Cristianismo verdadeiro

Eu quero viver o cristianismo verdadeiro, a mensagem do único Homem Perfeito que morreu pela humanidade caída. É como se eu precisasse ver e viver essa mensagem. A verdade que nós ainda não somos quem deveríamos ser, mas tentamos viver como se já estivéssemos glorificados.

É intrigante ver um youtuber cristão dizendo que ele não espera nada do homem, que suas recompensas estão somente em Deus. É intrigante também ver uma blogueira cristã falando sobre ser manso e vencer o orgulho. É intrigante ver um cristão falando sobre sua vida de oração nível hard e como ele ignorou escolhas legítimas. Sabe por que isso soa tão intrigante? Porque parece tão simples e fácil. Mas ao mesmo tempo causa um sentimento de impotência diante das fraquezas e incertezas. É difícil ser cristão numa era em que ser quem ainda somos parece o maior pecado de todos. Sinto falta de ver cristãos compartilhando suas fraquezas e sobre o quanto tem sido difícil ler a Palavra e conseguir praticar. Ou o quanto tem sido duro descobrir que ainda existem tantos lugares obscuros para a Luz de Jesus clarear.

Sinto falta de conversar com cristãos que dão a cara a tapa e dizem: “eu preciso vencer a inveja”, “eu ainda mato as pessoas no meu coração”, “quando eu canto tento não receber a glória que é de Deus”, “não sei lidar com o silêncio de Deus”, ou “eu tenho pouca fé”. Sinto falta de saber que existem pessoas como eu, aguardando ser quem realmente Deus criou para ser, mas que ainda sabe… Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.

A resposta de Deus

Deus não espera uma resposta sua dizendo que é aquilo que Ele espera que você fosse. Ele sonda os nossos corações e sabe quem somos por mais que digamos ou tentemos ser quem deveríamos ser e ainda não somos. E lembra-se sempre, isso não faz Ele o amar menos.

Sem medo de meditar

Meditação é uma palavra que tem levado as pessoas a imaginarem algo complexo. Meditar parece estar além do alcance delas porém, de fato não está e eu quero mostrar como.

Não é preciso ser um monge cristão nem horas dedicadas ao monastério mas, é preciso de fato, de algumas coisas. Eu diria que um coração desejoso pela verdade, que não teme em ser confrontado e disponível a obedecer já seria um bom começo para que os primeiros obstáculos sejam removidos.

A palavra meditação está relacionada ao ruminar de algo. Os animais que ruminam seu alimento precisam mastigar de forma intensa e constante para que eles consigam absorver os nutrientes daquele alimento. Além disso, o significado de meditação para o judeu é o de refletir, ponderar, imaginar, e ainda, falar consigo mesmo em voz alta. Grande parte das vezes em que meditar aparece nas Escrituras está relacionado com o meditar da Lei e das promessas de Deus.

“Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nela está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.” (Josué 1:8)

Portanto, aqui vão 5 dicas simples e práticas para meditação nas Escrituras.

5 dicas/ferramentas para meditação bíblica

  1. Medite em uma única sentença. Não precisa ser um versículo inteiro. Você pode pensar e ruminar todo o seu dia sobre uma única sentença e assim experimentar a profundidade dela. Exemplo: experimente meditar a semana toda em “O Senhor é o meu pastor” (Sl 23)
  2. Medite dia e noite. Tente trazer sempre ao seu pensamento aquela sentença de modo que ela faça parte do seu dia-a-dia. É para ser natural. Exemplo: pense sobre ela escovando os dentes, tomando café da manhã, no ônibus ou até mesmo conversando com alguém no trabalho.
  3. Faça perguntas. Seja honesto e procure ter um coração corajoso que deseja aprender. Faça perguntas ao versículo. Faça perguntas a Deus. Faça perguntas aos seus amigos. Exemplo: “O Senhor é o meu pastor.” Quem é o Senhor? O que um pastor faz? Se ele é o meu pastor o que eu sou diante dele?
  4. Registre. Grande parte das coisas que passam por nossa mente são facilmente esquecidas. Quando as escrevemos a chance de algo permanecer por mais tempo na nossa cabeça aumenta exponencialmente. Portanto tente escrever os pensamentos que vem a você sobre o versículo. Exemplo: escreva num papel, num caderninho, no bloco de notas do seu smartphone, no seu computador.
  5. Ore a Bíblia. Você pode agradecer, pedir ou simplesmente declarar seu versículo em oração. Quando você ora as Escrituras você ora conforme a vontade de Deus usando a linguagem de Deus. Exemplo: “Senhor, guia-me no meu trabalho pois você é o meu pastor”; “Senhor, obrigado porque você é o meu pastor e você me satisfaz.”

Não despreze os pequenos começos

Pode parecer pequeno e relativamente fácil mas essas simples ferramentas são poderosas quando realizadas por alguém que tem fome de Deus. O desafio da meditação é fazer com que as verdades que o teu intelecto processa desçam para o seu coração. E assim se torna mais natural ouvirmos a voz dAquele que tem as palavras de vida.

“Sei que desejas a verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria.” (Salmo 51:6)

Toda sexta-feira à noite começa o shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção inspirado no descanso divino do sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, essa pausa é entendida como algo fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual ter 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga e as pessoas mesmo não suportam mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. É possível ver que hoje o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Além disso, lazer não é feito de descanso, mas de ocupações. Igualmente, o entretenimento, que indica o desejo de não parar. E essa incapacidade de parar é uma forma de depressão.

Então, vamos o mundo deprimido e a indústria do entretenimento crescendo nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas, e o fim de cada dia, fica com gosto de vazio. Porquanto, um divertido que não é nem bom nem ruim. Em suma, um dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada.

Geração fast-food

Inegavelmente, esse milênio pode ser comparado como um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Dessa maneira, não há mais insônia solitária. Pois solitário é quem dorme. As bolsas de valores do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. Ora, o futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado.

Os relacionamentos estão sendo definidos por “ficar”, trocando o ‘ser’ pelo ‘estar’. E quem tem tempo não é sério, logo quem não tem é considerado uma pessoa importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é reservado para se distrair – literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. Porém, a pergunta que as pessoas se fazem no descanso é ‘o que vamos fazer hoje?’ – já marcada pela ansiedade. Sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.

Uma pausa

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo fere-se mortalmente. É este o grande “radical livre’ que envelhece nossa alegria – o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.

Por que o Criador descansou? Porque mais difícil do que iniciar um processo do nada, é dá-lo como concluído.

Você já ficou desapontado porque esperava que alguém tivesse mais maturidade? A única maneira que a imaturidade fica exposta é quando você caminha com os outros de perto e ferro afia o ferro. Isso é ser moldado à maneira de Cristo.

Engraçado que muitas pessoas amem esse verso:

“Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro.” Provérbios 27:17

Você já viu ferro sendo afiado? Não é um processo agradável, mas é como somos aguçados. Por quê? Por faíscas acontecendo. Isso significa que sua imaturidade é mais frequentemente revelada quando você interage com o povo de Deus, então prepare-se para faíscas. Prepare seu coração para ser gentil com os outros, e prepare-se (várias vezes em sua jornada) para descobrir que você não é tão maduro quanto você pensou que fosse. 

Estendendo amor e graça

Seja rápido para estender graça àqueles que o prejudicam e perdão para aqueles que o fazem mal. Na reunião dos santos, há bebês presentes, e há muitos bebês que podem se barbear. Bebês espirituais podem ter 50 ou 60 anos de idade.

A maturidade espiritual tem pouco a ver com o tempo gasto fazendo coisas religiosas que não provocam afeição ou constroem relações com Cristo, e é para isso que estamos trabalhando. 

Se nós dizemos: “Bem, eu quero amar Jesus, mas isso não significa necessariamente que eu precise da igreja… ” “O que Deus quer de mim é simplesmente que eu o ame”. Quando pensamos assim estamos em contradição com a Palavra de Deus, porque Ele nos chamou para amarmos uns aos outros. De fato, repetidamente nas Escrituras, diz: “uns aos outros… uns aos outros… uns aos outros…” Como e por quê? Porque ele cuidará de nós nesse lugar, e porque é nesse lugar que revelamos a multiforme sabedoria de Deus para o mundo, para os lugares celestiais, e nos tornamos sal e luz.

Moldado à maneira de Cristo – o papel da Igreja

Muitos de nós evitamos aprofundar nossos relacionamentos com pessoas porque fomos feridos por outros e queremos nos proteger, então essa proteção parece ser a melhor opção. Queremos proteger nossos corações, então passamos uma aparência de pertencer aquele lugar, sem pertencer. Conhecemos todo mundo, mas não conhecemos ninguém. Tudo fica na superficialidade.

Pensamos: “Eu vou proteger meu coração, mas vou aparecer nos finais de semana. Eu vou conhecer alguns nomes de pessoas. Eu vou, talvez, ir para um pequeno grupo uma ou duas vezes, mas eu provavelmente vou passar para outro depois disso. Eu vou me doar um pouco, mas não totalmente.” É possível que o que realmente causa essa barreira é que muitos de nós guardamos alguma mágoa, algum ressentimento, amargura e falta de perdão.

Você provavelmente foi consistentemente desapontado pela igreja, pelas pessoas. Você provavelmente foi ferido. Você provavelmente já viu coisas que não faziam sentido, que pareciam erradas, pesadas e desamorosas, pareciam julgadoras e erradas. Mas nesse lugar de falta de perdão quem acaba sofrendo somos nós e as pessoas mais próximas da gente.

Precisamos perdoar e abrir nosso coração para o povo do Senhor, sabendo que podemos ser machucados novamente, mas tendo a certeza que nesse lugar de comunhão é onde vivemos o verdadeiro cristianismo, amando, perdoando e servindo nosso próximo.