Hoje vamos falar das dores que nos fazem plenos em Deus. Não sei se você, assim como eu, já se sentiu infantil diante do Senhor? Não porque o coração se torna sincero e puro como de uma criança. Na verdade, tem mais a ver com ser menino mimado e sem maturidade para lidar com o que é real. Podemos nos tornar “birrentos” diante do não, diante do espere e principalmente do confie. Sabemos que Deus sempre ouve as nossas questões e entende como ninguém, porém nossas “birras” não movem Seu coração, mas nossas orações podem fazê-lo.
“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.” Salmos 66.20
Muitos de nós, ouvimos aquela expressão: “crescer doí!”. De alguma forma ela é verdadeira. Pois, assim como uma criança sente certa dor quando os ossos começam a esticar-se, chegar a maturidade emocional e espiritual nos fazem sofrer aflições semelhantes. Então, devemos olhar com esperança tais momentos, pois nos levará à uma vida de saúde plena e entendimento de quem somos. No fogo seremos provados e nesse lugar também podemos experimentar aprovação. Sim, eu e você podemos nos tornar plenos em Deus.
Quando sabemos quem Jesus É e as motivações de Seu coração, nos achegamos a Ele com confiança. Percebemos que Ele É quem transforma o nosso ser, santificando-nos de dentro para fora. Não são meras expressões externas, aparente, mas um fogo que nos incendeia e nos eleva. Um fogo que nos purifica.
O que levou Ananinas, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego) a enfrentarem de forma corajosa a fornalha? O que os levou a dar a Nabucodonosor a resposta que o surpreendeu e do mesmo modo o enfureceu? Eles conheciam ao Deus que serviam e estavam disposto a qualquer sacrifício. Eles sabiam que apesar de qualquer resultado, o Senhor continuaria a Ser Deus e que nenhuma circunstância alteraria tal verdade. Alguém pode duvidar que mesmo diante de uma resposta de fé, não houve nenhum tipo de medo ou incerteza quanto ao que aconteceria? Eles estavam plenos em Deus.
“Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Daniel 3. 15-18
Não foi apenas uma resposta corretamente aceitável dadas pelos jovens hebreus. Não fora história da carochinha. A vida daqueles rapazes estava em risco, mas Eles sabiam que Deus É Digno e que não precisava provar nada a ninguém. Este também é o nosso coração diante dos desafios que enfrentamos todos os dias? Quais são as nossas respostas perante os olhos que nos cercam e principalmente d’Aquele que sonda o nosso coração? E o mais importante, como andaremos daqui para frente?
Há muito, esses jovens e de forma especial Daniel tinham tomado uma decisão, manter-se puro aos olhos do Senhor, guardar tudo o quanto haviam aprendido de seus pais e nem mesmo uma cultura nova os haviam persuadidos a mudarem. Que hoje, eu e você, renovemos o nosso compromisso com o Senhor, a nossa decisão de dedicação Aquele que amamos. Sim, que sejamos plenos em Deus.
“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.” Daniel 1.8