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Adoração: Convite a se render

Identidade

Gosto de pensar em adoração como um convite. Um convite a se render. É semelhante a entrega que fazemos quando nos apaixonamos. Por exemplo, diante da possibilidade do amor, nos rendemos ou resistimos. Abrimos o coração ou o fechamos. Pois, não é como ser coagido por um bandido, alguém que vem para nos roubar. E, diante dessa arma apontada, não temos outra escolha, a não ser nos entregarmos. Quando reconhecemos quem Deus é e como somos dependentes Dele, adoramos com um coração sincero. Muitos Salmos expressam esse convite:

“Vinde, cantemos ao Senhor; jubilemos à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos. Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.” Salmos 95:1-6

No jardim Deus nos criou

Deus criou um jardim e dentro dele formou Adão e Eva. Pois, foram feitos a própria imagem e semelhança do Senhor. Na viração do dia, Ele estava ali, passeando e conversando“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia.” Gênesis 3.8a.

Em primeiro lugar, Deus os criou para Si, assim como também nos fez para o Seu deleite. Criou Adão e Eva para um relacionamento de profundo amor. O jardim, era para ser o lugar de comunhão, alegria e contentamento entre o homem e seu Senhor. Portanto, quando nos perguntam para que o homem foi criado? Podemos responder que o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Mas, você já imaginou: o que isso significa?

Quando  pensamos na palavra gozo, nos lembramos de intensa alegria,  um prazer sem igual. Deus nos criou para desfrutar de nós. E, para que nós, desfrutemos dele. Sendo assim, esse é o nosso chamado principal. Nosso fim em essência é  em Sua presença dia e noite. Sim, esse é nosso propósito aqui na terra: Viver em comunhão com o Senhor. Nos alegrar Nele. Caminharmos em obediência a sua Palavra, em fé e devoção. O convite de se render está lançado. 

Verdadeiros adoradores X falsos adoradores

Jesus ensinou a mulher no poço que Deus está a procura dos verdadeiros adoradores. Aqueles que adoram  ao Pai em “espírito e em verdade”. Se existe o verdadeiro, também existe o falso. Precisamos que Espírito Santo sonde os nossos corações. Ele esquadrinha e conhece nossas motivações. Lembra que Ele ensinou que não se trata de um lugar? Não é sobre um monte ou outro. Mas é sobre um coração quebrantado. Você também quer se render?

O Pai tem procurado adoradores que sejam verdadeiros. Homens e mulheres guiados pelo Espírito de Deus, cheios de autoridade e da Beleza de Jesus. Homens e mulheres que  resplandecem a glória do Pai. Que sejam cheios de de justiça e que manifestem os frutos do Espírito Santo. É mais do que palavras, são ações. Mais importante, não são apenas expressões externas, mas o fruto de mudanças interiores profundas. É o que chamamos de adoração como estilo de vida.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:23,24

O Canto das Estrelas

Não sei se você já teve a oportunidade de ver este vídeo no YouTube: “O Canto das Estrelas”. Sem dúvida é um dos meus preferidos. Pois, o Pastor Louie Giglio faz uma junção entre o canto de algumas estrelas (através de tecnologia apropriada é possível ouvir os sons que elas emitem). Então, ele acrescenta o canto das baleias. E, por último, adoração dos homens. Tudo isso porque Giglio ficou imaginando o que é estar no lugar de Deus por um minuto e escutar o que Ele escuta.

Jesus não está inseguro quanto a quem Ele É. Ele não precisa das nossas afirmações para demonstrar sua glória e poder. Ele nem mesmo precisa da nossa adoração. A verdade é que nós é que precisamos Dele. Nossa alma é que tem essa necessidade. Toda a natureza clama diante Dele, toda a natureza  adora. E nós, precisamos nos juntar a essa grande sinfonia. O se render está em nossas mãos.

“Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão. Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; As feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; Moços e moças, velhos e crianças.” Salmos 148:1-12

Adoração como fruto do amor

Adoração precisa ser fruto de nosso reconhecimento da Divindade de Deus. Ele é Sublime e nós filhos amados. Fomos criados para Sua glória e para Seu amor. Adoração que não seja fruto do amor, é vazia. Torna-se apenas barulho. Sem essência.

Ou seja, que nossa adoração seja fruto do amor que Deus tem por nossas vidas. Acima de tudo, que seja a resposta por tudo o que o Senhor tem feito, por nós, em nós e no mundo. Pois, temos tantos motivos para sermos gratos, só precisamos nos lembrar. O Senhor é nosso Rochedo, é nossa força, a alegria da nossa salvação. Se render é nossa decisão.

Escrevamos nossos próprios Salmos. Sejamos agradecidos. Pois o Senhor é Bom e a Sua fidelidade dura para sempre! 

 

Alguma vez já aconteceu de você estar orando e, de repente, sentir vontade de interceder pela vida de alguém? Ou quando aquilo que te incomoda na sociedade queima o seu coração e te faz clamar pela intervenção de Deus?

Muitas vezes, pensamos que nossas orações partem das nossas emoções, ou da nossa própria vontade para que algo aconteça. Na verdade, o Espírito Santo está nos levando a orar por aquilo que está no coração de Deus. O próprio Deus, mesmo tendo todo o poder, nos permite participar do que Ele já vai fazer. Nos levando a interceder para que Ele faça o que Ele prometeu. Pode parecer um pouco confuso, mas veja essa explicação:

“Os pensamentos de Deus expressos através da Palavra de Deus trazem o Espírito de Deus. Essas orações transcendem o tempo e a distância, e seu poder não pode ser contido ou retido. Quando os cristãos declaram a Palavra em concordância com Deus, até mesmo os lugares mais sombrios e impenetráveis são preenchidos com a luz do Espírito”. (Corey Russell, em Oração: por que nossas palavras importam para Deus?)

Simples e complexo

Então, a intercessão nada mais é do que declarar de volta para Deus aquilo que Ele já declarou na sua Palavra. Deus nos convida a fazer uma parceria com Ele através do Espírito Santo. Ele nos usa como instrumentos de intercessão nessa terra. É algo tão simples e tão complexo ao mesmo tempo, que muitas vezes não entendemos seu poder. Acabamos por desconsiderar a intercessão como algo que não vai surtir efeito. Ou a complicamos a um nível que não nos sentimos aptos a interceder. É simples: declarar e pedir pelo o que Ele já prometeu que vai fazer. Entretanto, é complexo, porque exige confiança de que Ele deseja que nós participemos do que Ele quer fazer.

Davi nos ensina sobre intercessão 

Já ouvimos muitas vezes sobre Davi ser “um homem segundo o coração de Deus”. Sempre relacionamos essa característica à sua intimidade com Deus. Realmente, Davi foi um dos poucos na Bíblia chamado de amigo de Deus. Entretanto, olhando para a história de Davi, vemos que suas orações estavam alinhadas com o que Deus desejava para o seu povo, e Ele se agradava disso. Não somente porque Davi era íntimo, mas porque essa intimidade o levava a se importar com as mesmas coisas que estavam no coração de Deus.

Entrar em parceria com Deus em intercessão é entender que Ele deseja que nós participemos da história que Ele está escrevendo na humanidade. E não estamos sozinhos nessa. O próprio Espírito Santo revela os desejos do coração do Pai aos nossos corações para estarmos alinhados com a Sua vontade.

Tudo bem que alguns vão dizer que Deus não existe e  que somos resultado de uma composição química sem propósito e significado. Mas para aqueles que têm como base de vida a fé cristã, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. A Bíblia traz explicações essenciais à compreensão e consciência da vida, ao passo que a vida vinculada a Cristo passa a ter um significado ainda maior. Para ela, basta ser humano, mesmo da pior espécie, todos fomos criados por Deus.

Deus designou a humanidade com características divinas que conservam a vida humana. Não somente a ética e a moral, mas reações químicas e físicas as quais estamos suscetíveis. Elas fazem parte de toda a ciência e composição da vida humana e natural. Precisamos mais do que descanso e nos alimentar bem. Precisamos de Deus, e isso também constitui a vida humana.

Não somos parcialmente religiosos. Somos seres religiosos que acreditam e depositam fé, seja em coisas criadas ou divinas. O problema central que encontramos é o pecado. Ele é degenerativo, é uma raiz amarga da qual somos todos afetados.

A o que a imagem e semelhança submete as nossas vidas?

A vida humana é essencialmente constituída pela semelhança à trindade e pela graça divina. A lei natural humana, comentada por C. S. Lewis em Cristianismo puro e simples, a que estamos fadados, governa implicitamente nosso senso de certo e errado. Ela é a razão de termos uma conduta moral que nos permite respeitar e amar o próximo, que provém desta semelhança. A sociedade seria extinta se no mínimo não tolerássemos uns aos outros.

Estamos cientes que vivemos um enigma humano. G. K. Chesterton comenta sobre isso em seu livro Ortodoxia. Ao mesmo tempo em que nos sentimos em casa neste mundo vivemos assombrados com ele. E nisto consiste esta sujeição. A imagem e semelhança conserva a vida humana, a vida social, o meio ambiente, de modo a buscarmos bondade, justiça, significado, sentido e propósito para esta vida, enquanto aprendemos a lidar com suas tragédias, com nossos defeitos e com o próximo.

Não somos seres humanos dotados de razão à toa. Somos planejados à imagem e semelhança de Deus para cumprirmos o mandato cultural de preservarmos a vida humana e a natureza. Mas a vida humana não diz respeito a si mesmo somente, porém isso é prosa para uma outra oportunidade.

Veremos agora um pouco de como a vontade de Deus afeta a nossa vida. Ele tem o propósito de santificar a humanidade para que ela tenha características justas como as dele.

A nossa obediência e santificação testemunham a santidade de Deus

O sacrifício de Cristo é a resposta para a santificação do homem e a purificação que o livra de suas concupiscências.

“Sede santos, porque eu sou santo.” 1 Pedro 1:16

Tudo bem que a santificação nos torna pessoas melhores, mas o propósito dela não é apenas nos transformar. É amadurecer a salvação que recebemos pela fé. A santificação nos leva a amar Jesus pelo que ele é. Porque, afinal de contas, nós é que precisamos de Deus, e não Deus que precisa de nós.

Estamos diante da decisão que diz respeito aos nossos destinos eternos

A semelhança a Deus nos difere de toda a criação. Mesmo nem todos acreditando em Deus, elas carregam a imago dei. E hoje, infelizmente, imprimimos uma imagem distorcida. Entretanto, a missão de Jesus foi resgatar essa semelhança, nos trazer a consciência de um Deus interessado na humanidade e levá-la a conhecê-lo. Hoje, podemos ser semelhantes a Jesus e encontrar propósito e sentido nele.

É fato, todos nós precisamos de Deus. E tomamos consciência disso, quando somos confrontados em nossa maneira vazia de viver (1 Pedro 1: 18).

O amor de Deus alcançou toda a humanidade e não somente as pessoas mais corretas. Nem as mais corretas podem salvar-se. Mas quando nos damos conta de que o maior desafio apresentado diante de nós não é aquilo que podemos conquistar neste mundo nem o que podemos fazer, mas o quanto estamos dispostos a acreditar em Cristo, estaremos diante de uma verdade confrontadora, rendidos diante da cruz. E saberemos que ela diz respeito a vida que levamos e a esperança eterna que não somos capazes de conquistar.

Corey Russell, em seu livro Oração, apresenta quatro principais barreiras que impedem de nos entregarmos à vida de oração. Todas essas barreiras estão relacionadas com o nosso interior.

Orgulho

O orgulho impede de reconhecer nossa condição de dependência diante de Deus. Quando Jesus diz que “bem-aventurados são os pobres de espírito” (Mateus 5:3), ele mostra a importância de reconhecer que há falta em nós. E que encontramos o que nos falta n’Ele. Assim, apenas quando enxergamos esse vazio que só pode ser preenchido por Ele, conseguimos ultrapassar a barreira do orgulho e nos achegar a Ele. Nossa autossuficiência e independência nos dá a sensação de que conseguimos sozinhos. Mas apenas Ele é a fonte de tudo o que precisamos para viver. Sobretudo, é no lugar de oração que depositamos nossas necessidades mais íntimas. E nos humilhamos reconhecendo que ele é o único que pode supri-las.

Incredulidade

O autor de Hebreus diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Pois precisamos acreditar que Ele existe e recompensa quem o busca (Hebreus 11:16). Ele tem prazer em ter comunhão conosco e não dispensa um coração quebrantado. Ainda assim, muitas vezes a falta de fé e conhecimento sobre quem Deus é nos impede de os achegarmos a Ele. Começamos a inventar um Deus distante. Que não tem interesse na nossa vida, que nos acusa e nos afasta da sua presença. A incredulidade afasta o homem do principal motivo de orarmos ao Senhor: declarar a nossa fé nas verdades sobre quem Ele é. Assim, precisamos ter fé que Ele deseja nos encontrar no lugar de oração, e que nos recompensa com a sua própria presença.

Como não são coisas externas, essas barreiras são difíceis de reconhecer. Elas têm nos impedido de ter a vida de oração como deveríamos. Principalmente, temos que estar constantemente sondando nossos corações para que se encontrem completamente limpos de todo orgulho e incredulidade. Para nos achegarmos com liberdade e humildade diante de Deus.

Como cristãos, sabemos que devemos orar. Entendemos que é algo importante para ter comunhão com Deus. Sabemos que só nos traz benefícios e cremos na sua eficácia. Ainda assim – sejamos sinceros – não oramos. Dentre as coisas que Deus nos pediu para fazer, a oração é a que menos exige nosso esforço físico, mental e emocional. É algo que só depende de nós e não conseguimos colocar em prática como deveríamos.

Nossa identidade

A falta de revelação sobre nossa identidade como sacerdotes nos impede de exercermos o nosso papel como intercessores diante de Deus. Antes de termos
qualquer outra função no Corpo de Cristo, o chamado principal do cristão é a oração. E esse é um chamado para todos. Não precisamos ser do ministério de intercessão, ou fazer parte da reunião de oração para nos sentirmos aptos a esse chamado. Imediatamente quando aceitamos Jesus, nos tornamos participantes do seu ministério sacerdotal e da comunhão que Ele tem com o Pai (Hebreus 3:1). Assim, não precisamos esperar pelo pastor ou o líder de louvor orar por nós para nos encontrarmos com Deus. Todos somos chamados igualmente a estar nesse lugar de intimidade.

O impacto da oração

A quarta barreira que nos impede de orar é a falta de revelação quanto ao impacto da oração. É muito fácil cair no erro de pensar que nossa oração não tem efeito quando não vemos o resultado imediato ou não quando não temos a resposta de um interlocutor. A impressão que temos é que estamos perdendo tempo. Para nós faz mais sentido tentar estabelecer o Reino pelas nossas próprias forças e nossos recursos. Mas Jesus foi claro ao dizer que devemos buscar em primeiro lugar o Reino e todas as outras coisas nos seriam acrescentadas (Mateus 6:33). Nossa mente humana não consegue entender que ajoelhar e orar dia e noite, deixando Deus resolver o problema, seria mais eficaz do que tentar resolvê-lo por conta própria. Nos sentimos inúteis quando dizemos que estamos “só orando” por algo. Entretanto, ao orar, na verdade fazemos a única coisa realmente necessária.

Deus nos chama ao lugar de oração para cumprirmos nosso chamado principal. Que possamos sondar nossos corações e rever as verdades sobre nossa
identidade, reconhecendo o que tem nos impedido de nos achegar nesse lugar. Precisamos ter a convicção de que Ele é tudo o que precisamos, de que Ele deseja se encontrar conosco, nos deu liberdade para nos encontrarmos com ele e que há poder em nossa comunhão com Ele.

Todos nós precisamos ter uma visão de amadurecimento. Para isso, devemos permanecer fiéis na nossa busca por Deus. Jesus resumiu toda a Lei quando trouxe a visão do primeiro e do segundo mandamento. Para sermos cristãos maduros, temos que estar conscientes da prioridade de vivermos diante do Senhor seguindo estes mandamentos. O texto de João 14:21 nos dá uma visão clara de como devemos amar a Deus. Ele nos mostra que nossa maior expressão de amor ao Senhor é guardarmos seus mandamentos e assim, nos parecermos com Jesus. Logo, o nosso desejo sincero de amar a Deus precisa evidenciar o nosso desejo de amadurecer.

Muitas vezes falta-nos entendimento sobre a graça. Por isso deixamos que nossa vida diante de Deus se torne uma “lista” daquilo que podemos ou não fazer. E essa mentalidade deturpa nossa motivação nos levando a um lugar de justiça própria. Portanto, se olhamos para a Cruz e para o amor de Cristo, percebemos que não podemos fazer nada para sermos aceitos e justificados. Ele é quem faz isso por nós. Nos foi dado como um presente e a nossa justiça própria não pode nos levar a lugar algum.

Quando olhamos para o amor e para o sacrifício de Cristo podemos reconhecer que precisamos Dele para nos aproximarmos de Deus. Logo, uma visão de amadurecimento não vem da nossa justiça própria. Essa visão precisa vir a partir de um ponto onde desejamos responder ao amor Dele por nós, pois nós só podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro.

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.  Mateus 5:48

Deus vê perfeição em nós

O Pai olha para nós e vê Jesus. Ele vê a obra da salvação que Seu Filho realizou, então toda vez que me volto a Ele e me arrependo, o Pai vê a perfeição. Através da revelação dessa verdade o Senhor nos convida a trilharmos esse caminho da perfeição. Pois expressamos amor a Deus quando posicionamos nosso coração buscando um lugar de obediência perfeita a Ele. É um convite de sermos perfeitos como Ele é. Em Salmos 36:9 vemos que graças a luz do Senhor, podemos ver a luz. E olhando para Deus nos tornamos conscientes da nossa própria necessidade de amadurecimento. Olhar para a luz traz revelação e entendimento das áreas onde precisamos crescer.

Jesus é nosso exemplo de fé

A visão de guardar os ensinamentos de Deus gera impacto no céu. Podemos olhar para a vida de Enoque (Gn. 5:22), que, no meio de uma geração perversa, caminhou com Deus e O agradou. Por isso, Deus o tomou para si. Enoque viveu sua vida de um modo que o céu sorriu para ele. Tornou-se um herói da fé, e assim como ele, devemos viver uma vida nessa visão de agradarmos a Deus. Crescendo e sendo aperfeiçoados em nossa fé.

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, 3pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. 4E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. 5Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:2–5

Essa declaração nos dá uma perspectiva diferente sobre a tribulação pois nos mostra que os desafios devem ser encarados como uma oportunidade de sermos aperfeiçoados em nossa fé. As provações produzem profundidade em nossas vidas, através delas, é oportuno nos tornamos cada vez mais parecidos com Cristo. E essa não é uma jornada que temos que encarar sozinhos, pois o Senhor nos chama a pedirmos por sabedoria. Desse modo, se não soubermos o que fazer em meio aos desafios, podemos pedir que Ele nos mostre o caminho que devemos trilhar para que nossa resposta seja uma evidência de que nos parecemos com Ele.

Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. 13Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, 14prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:12–14

Recompensa eterna

Precisamos viver nossa vida com uma visão de vencer, pois há uma recompensa eterna nos aguardando. Quando vierem as distrações, as dificuldades e as dores, não devemos deixar essas coisas definirem nossa jornada. Temos que prosseguir para o alvo, olhando para o autor e consumador da nossa fé a fim de nos parecermos com Ele. A minha maior expressão de amor é ser provado e testado e ainda assim continuar prosseguindo, e responder saindo desse teste mais parecido com Jesus.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Timóteo 4:8

Paulo diz: “eu vivo uma vida de sabedoria, então há uma recompensa me esperando por causa da forma como eu vivi. Eu amei a Deus com todo meu coração, guardei Seus mandamentos, logo, a coroa da justiça está guardada.” Nossa vida deve ser vivida para agradar a Deus. É a opinião Dele que realmente importa. Estamos em uma jornada de amadurecimento, e é necessário compreendermos o papel das tribulações e dificuldades nesse processo. Acima de tudo, precisamos nos lembrar de que nosso principal objetivo a amar a Deus de todo o nosso coração, alma, força e entendimento, entregando nossas vidas àquele que deu a Sua vida por nós.

Por que devo ler a Bíblia? Se você já foi honesto consigo mesmo eu aposto que esse tipo de pergunta já lhe passou pela cabeça. Quer dizer, é possível amar a Deus sem ler a Bíblia? Ou mesmo que eu já a tenha lido toda, por que continuar lendo?! Sobre isso eu gostaria de dar três motivos para se envolver com a leitura bíblica.

Hábito de Leitura

A primeira coisa que eu queria falar não parece ser muito espiritual mas de fato é. Antes de mais nada, eu pessoalmente acho que as pessoas deveriam ler livros e sempre reler os melhores. Não é uma regra, mas se você parar pra pensar, poder ler e se conectar com o autor através de uma obra por si só já é algo extremamente incrível. Pense nas descrições que Moisés dá em Êxodo capítulo 19 sobre a Glória do Senhor no monte Sinai. Ler com o coração, no mínimo deveria nos “transportar” para aquele dramático espetáculo. Só o hábito da leitura mesclado com um coração desejoso em amar a Deus já é capaz de produzir alguns frutos.

A Palavra de Deus

Indo um pouco mais fundo e usando alguma lógica, eu preciso argumentar que devo ler a Bíblia simplesmente porque eu posso lê-la. Eu quero dizer, é um privilégio! Pense que o próprio Deus decidiu se comunicar a humanidade usando homens de várias épocas em vários estilos literários. Deus falou e se fez conhecido. Eu posso conhecê-Lo porque Ele falou e se revelou. Hoje eu vejo muitas pessoas acessando conteúdo de vários autores de livros, filmes e isso tudo é muito legal. Porém, se o Autor da criação também tem algo a dizer eu quero muito saber o que é!

Autoridade

Paulo falou da natureza das Escrituras ao seu amado discípulo Timóteo:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2 Tm 3:16-17)

O cristão de fato, digo aquele que verdadeiramente crê, é o único homem que consegue desfrutar do propósito das Escrituras. Em certo ponto, qualquer um pode ler muitas vezes a Bíblia. Em certa medida, qualquer um até mesmo pode levar em consideração que Deus tenha falado através dela. Porém, o cristão vai além. Ele toma as Escrituras como autoridade sobre todos os aspectos da sua vida: seja a sua moral, ética, seu cotidiano, etc. “As escrituras são os óculos que nos permitem ver e focalizar coisas, e sem os quais tudo será confuso.”  João Calvino

Eu poderia enumerar várias outras motivações, mas todas elas se concentram na verdade de que você nasceu para conhecer o Deus das Escrituras. Ele está querendo comunicar algo pra esse tempo, mas também está comprometido em forjar raízes profundas no seu coração. Lembre-se: as maiores árvores têm raízes mais profundas.

“Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!” (Sl 1:2-3)

A palavra-chave aqui é comum a muitos de nós: comparação. Um dia me percebi profundamente frustrada e decepcionada comigo mesma, mas não sabia identificar a justificativa para ele. A questão é que me sentia frustrada com minha vida e fracassada em ser quem eu era. E em oração senti Deus sussurrar firmemente algumas perguntas e as faço a você hoje: qual medida você está usando para medir a sua vida? Com base em que você está definindo sucesso ou fracasso?

A partir daí começo a escrever esse texto. Comparação foi a resposta rápida e obvia (e bem dolorida) que veio em minha mente após essas perguntas. É  fácil pararmos para avaliar nossa vida e findar fazendo isso se fundamentado na vida das outras pessoas. Porém, esse é um lugar perigoso para o nosso coração. O caminho sugerido é: silencie a voz da comparação na sua vida.

Até entre os discípulos de Jesus nós vemos isso. Quando Jesus restaura Pedro após a ressurreição, Pedro indaga Jesus sobre a vida de João. É claro que nitidamente Jesus não gosta muito da pergunta de Pedro e o responde deixando claro isso. (Jo 21:21-22). Vemos também os discípulos discutindo sobre quem seria o maior, e novamente Jesus apresenta uma nova mentalidade sobre medir grandeza (Mt 20:26)

Fruto da Comparação

A comparação surge da nossa natureza humana que é voltada para relacionamentos e pessoas. Somos seres sociais! Pensamos sobre as pessoas, precisamos de relacionamentos, e isso foi divinamente planejado. Porém, compartilhamos de uma natureza caída que distorce os aspectos da imagem de Deus em nós.

Por meio disso a comparação frutifica em inveja, inferioridade, medo, vergonha, fofoca, temor dos homens, maldade, incredulidade, superioridade, orgulho, presunção e a lista pode ir bem longe. Além de produzir dor emocional real e servir como catalisador pra o retrocesso ou estagnação. Ela também  nos afasta da singularidade e da porção e conjunto de dons e talentos que foi dada a cada ser humano, que revela Deus de maneira única e que é fruto de sua graça.

E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Por isso, é que foi declarado: “Quando Ele subia em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos homens”. (Ef 4:7-8)

Sobre sucesso

O caminho saudável para encarar é medir sucesso pessoal de acordo com sua própria vida, e não com a vida de outro. A sua pele só serve em você e a minha em mim. Então preciso avaliar a minha vida na medida e porção que o Senhor colocou sobre mim. Seremos considerados bem-sucedidos se estivermos no lugar correto para cada um, baseado na avaliação do Criador.

“Você não pode usar a aparência de outra pessoa para medir o valor da sua essência” (Pedro Calabrez)

Posso trazer um exemplo bem comum no meio da igreja. Algumas pessoas podem considerar que só serão cristãos bem sucedidos se optarem por trabalhar integralmente no ministério, em missões ou na igreja, e se sentem frustradas e inferiores por estarem na faculdade ou no mercado de trabalho. Mas devemos pensar será mesmo que Deus chamou todos para estarem no ministério eclesiástico? Claro que não! Posso ser bem sucedida como missionário ou como empresário dependendo do que é a minha porção de graça nesse tempo. Ele nos criou diferentes para que formássemos um corpo coerente.

Tudo bem não ser perfeito

Outro ponto no qual podemos caminhar é sobre buscar estar bem na própria pele. Aceitar que seremos bons em umas coisas e péssimos em outras. Seremos fortes em algumas áreas e cheios de fraquezas a serem vencidas em outras. E tudo bem! Sempre haverá alguém melhor ou pior que nós em uma coisa ou outra.

E sabe de algo? Deus não está se descabelando e andando de um lado para outro na sala do trono porque você não é perfeito. Ele já sabe o que nos tornaremos e confia no que o Espírito Santo está fazendo em nós até a sua vinda. (Fl 1:6) Ele é capaz de nos ensinar a manejar cada detalhe de fraqueza e força.

A ideia de buscar perfeição em nós mesmo é uma fantasia que não será concretizada, não existe perfeição fora de Deus. Nós caminhamos sendo justificados e aperfeiçoados em Cristo. E nesse contexto Paulo em Filipenses 3:16 dá uma dica interessante: “Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Ou seja ele nos adverte a viver de acordo com a graça que nos foi e nos vai sendo concedida. A comparação atrapalha esse fluir da graça, porque nos faz olhar para graça que há sobre as outras pessoas e ignorar a que o Senhor tem para nós.

Dica Prática

Para concluir deixo um resumo de dicas práticas para silenciar a voz da comparação na sua vida: Fique em paz com quem você é, com suas fraquezas, seus defeitos, seus talentos e dons, sua personalidade e expressão de graça.  Submeta todas essas essas coisas ao governo dEle na sua vida, busque saber o que o Senhor quer fazer com isso. Desligue os gatilhos que levam você a comparação (ex.:conversas ou redes sociais são gatilhos bem eficazes em nos levar a comparação).  Busque uma vida para a audiência de um – isso é sucesso. Posicione seu coração na consciência do olhar do Senhor que não usa a mesmas medidas que nós para nos avaliar. Viva na confiança do bom pastoreio e liderança do Senhor sobre sua vida.

Um novo ano chegou e com ele, uma série de dúvidas e incertezas. É comum que nessa época pessoas se sintam sobrecarregadas, inseguras ou até com medo. Diferentes personagens bíblicos se sentiram assim e temos muito a aprender com eles.

Alguns personagens bíblicos sofreram depressão

Você sabia disso? Temos diferentes exemplos na Bíblia de pessoas que sofreram de dores na alma, nas emoções. Em Salmos 42:11 Davi escreve: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.” Ele fala sobre solidão, medo, angústia. Davi lutou contra a culpa do pecado e também com a tristeza quando perdeu seus filhos (2 Samuel 12:15-23 e 2 Samuel 18:33).

Alguns personagens sentiram até vontade de morrer. Elias se sentiu assim por causa das ameaças de Jezabel (1 Reis 19:4). Jonas é outro personagem que pediu a Deus a morte (Jonas 4:3). Sem falar de Jó! Em Jó 3:11 ele pergunta porque nasceu e demonstrou desejo de ter morrido enquanto ainda estava no ventre de sua mãe. Ele se sentiu dessa forma porque, literalmente, perdeu tudo que tinha.  

Moisés se frustrou quando seu povo pecou. Em meio a sentimentos de raiva, ele clamou a Deus: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; senão, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.” Êxodo 32:32

Outro homem que sabemos que lutou com sentimento de solidão e derrota é Jeremias. A Bíblia nos mostra que ele vivia sozinho e foi rejeitado pelas pessoas que amava. Em Jeremias 20:14, exaltado ele diz: “Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz.” No versículo 18, ele continua: “Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha?”

Até mesmo Jesus esteve profundamente angustiado sobre o que ia acontecer em sua vida. Isaías profetizou que Cristo seria “um homem de dores, e experimentado no sofrimento.” Isaías 53:3 

Forças renovadas pelo amor de Jesus

Um novo ano chegou… E você pode não estar exatamente como imaginava! Todos os anos é comum se fazer planos, alimentar sonhos, criar metas. Quando nossas esperanças estão em nós mesmos, ou em um emprego, ou em uma pessoa, ou em uma determinada situação, ou quando objetivos não são alcançados ou algo “fora do comum” acontece, a frustração vem. Algumas situações inesperadas podem acontecer, afinal, pouca coisa está no controle das nossas mãos. Mas só há uma única forma de termos nossa esperança renovada.

Antes de mais nada, é importante saber que assim como Jeremias, Moisés, Elias, Jonas, Jó, Davi, é comum nos sentirmos tristes, deprimidos, inseguros. Mas para sairmos desse lugar e para mantermos a chama da esperança acesa, as nossas esperanças precisam estar exclusivamente em Jesus. Assim, independente do que acontecer, você pode saber que sempre terá em quem confiar.

Ler a Bíblia, compreender o plano de salvação, saber sobre os planos de Jesus para sua vida, caminhar com pessoas de fé, te ajudam a ter uma vida de esperança e alegria. Lembre-se sempre, o amor de Jesus é capaz de curar qualquer dor, enxugar lágrimas e fortalecer para um futuro belo.

Que Deus te abençoe!

 

 

Feitos para receber tão grande amor.

Se eu pudesse, certamente pararia tudo que estou fazendo para poder conversar contigo, meu querido amigo leitor. Só para que você pudesse escutar que: Você foi feito para receber AMOR.

Gostaria de acrescentar também: Que essa verdade precisa penetrar em seu coração, agora mesmo!! Você é totalmente amado por Deus.

Fomos feitos para receber tão grande amor. E quando começamos a entender que Deus não é como nós, mas sim totalmente diferente,  um alívio surge em nosso coração. Toda pressão simplesmente desaparece, todo tipo de cobrança acaba.

A natureza de Deus é diferente da nossa, por essa razão, seu amor é divino. Deus é amor e isso é totalmente inédito,  portanto estar ciente e ter entendimento a respeito disso faz grande diferença em nossa vidas.

A natureza de Deus é amor. A definição do Seu grande amor é relacionamento. Nós apenas podemos entender os propósitos eternos de Deus, e a forma com que Ele nos vê a partir de uma vida de relacionamento com Ele. Passar tempo em intimidade com o Senhor nos ajuda e entender como Ele é.  Nós temos um Deus que ama se relacionar. Um Senhor que nos ama. Nós possuímos um Pai que quer derramar grande amor sobre nossos corações.

Deus é amor

“Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.”   – 1 João 4:16

Deus deseja compartilhar a alegria do Seu amor. O amor e desejo de Jesus por nós é infinito em medida e eterno em duração. Ele sempre está a amar em plenitude, sem esforço algum. Ele nunca tem um aumento de amor ou uma diminuição.

E nós fomos criados com o propósito de nos relacionarmos com Ele.  Fomos feitos para sermos amados por Deus.  Abra seu coração, repetindo abra seu coração e apenas desfrute do amor.


Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.”  – 1 João 3:1


De fato somos filhos de Deus. Creia nessa verdade, e ande por ela. Deus te ama de maneira poderosa e intensa e você é feito para receber tão grande amor.

Eu olho para trás e fico impressionado com a minha ousadia e coragem quando criança. Eu, menino de seis-sete anos, confiante… Andando pela minha casa sem nenhuma preocupação e usufruindo de graça de coisas que meus pais conquistaram. Quando chegava meu aniversário os meus pedidos eram: aquele tal carro de controle remoto, ou aquela festa com tal tema, etc. Eu nunca fui um garoto que meus pais realizassem todas as vontades (essa normalmente é a função das avós). Mas eu sabia algumas coisas. Podia conversar e pedir coisas e eles iriam realmente me ouvir, ponderar e fazer o máximo para me atenderem. Eles se alegravam simplesmente por me presentearem. Eu realmente era importante e não sabia. Inesperadamente, o que eu falava movia o coração de dois adultos.

Decerto, sei que fui um garoto privilegiado por ter pais como os meus. Mas o que eu gostaria de frisar é: mais do que o privilégio de se ter pais amáveis, nós temos um Pai que é Amor.

“Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” Mateus 7:9-11

Jesus quando ensina a orar. Nos diz que estamos falando com um Pai celestial que é melhor do que o melhor pai que esse mundo pode conhecer. O interessante é que Jesus divide conosco a paternidade do Pai que está nos céus. Ele como Filho revela o Pai.

Desfrutando da paternidade

Hoje eu observo que dois fatores me davam um comportamento corajoso de desfrutar do que eu recebia dos meus pais. Primeiro era a paternidade deles. Sabe o desejo, o afeto, o zelo e amor que pais tem pelos filhos?! Aquilo gerava em mim o segundo fator, a minha identidade de filho. Pra mim ser filho não era bom ou gratificante. Porque “eu calculei os pontos negativos e positivos da nossa relação e vi que eu iria lucrar”. Pra mim o sentimento era de que eu nasci para aquilo. Eu não aprendi tudo (muitas vezes fui rebelde). Mas eu sabia que eu nasci para ser o filho dos meus pais e isso me dava confiança diante deles e do mundo a minha volta.

“eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” Jo 17:23

A impacto que essas palavras trouxeram sobre mim, desde a primeira vez que li, reverberam eternamente em meu coração. Jesus no seu momento íntimo com o Pai disse que o Pai me amava do mesmo jeito que o Pai ama ao próprio Jesus. Essa é a verdade: Deus Pai te ama na mesma proporção que Deus Pai ama Deus Filho. Esse é o desejo dele.

deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Jo 1:12b,13

Ele nos ama como ama à Jesus

Deus Pai te ama na mesma medida e proporção que ele ama Jesus e foi sua vontade te tornar filho legítimo Dele. Essas verdades estavam completamente em chamas no coração do escritor de Hebreus quando ele diz

…temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Hb 10:19,20

Temos uma voz diante de Deus Pai

Assim, nós podemos entrar confiadamente diante do Pai e nos posicionar com convicção de que nós temos uma voz nos céus. Nós temos uma voz diante de Deus Pai, ele nos ouve e nos responde! Por certo, isso é poderoso. Surpreendentemente, Ele pagou um preço por essa realidade que ele desejou dar aos seus Filhos.

Quanto mais os anos passam, mais eu caio na realidade de que o que Deus espera de mim é que eu simplesmente seja o seu filho. É que eu me comporte como filho, em relacionamento, em amor, em sinceridade. Isso é o que ele espera de nós. Essa parceria e amizade tem o poder de trazer os céus na terra. Tem o poder de fazer o amor por Ele e pelo próximo crescerem. Assim, nada é impossível para o nosso Pai que está nos céus e para aqueles que tem uma voz diante dele.