Há muitas histórias inspiradoras sobre os movimentos de oração mundo afora E nós estamos vivendo um tempo tão precioso onde há um número crescente de movimentos de orações surgindo. Isso faz parte do tempo que se caminha para o fim. Fim do mundo? Não. Fim desta era corrompida para uma era onde Deus voltará a habitar conosco em plenitude.
Nós, com certeza, não temos a capacidade de reproduzir esses despertamentos espirituais registrados na história, mas podemos aprender muito com eles. Como na história dos morávios juntamente com o Conde Zinzendorf onde eles mesmos reconheceram que este acontecimento foi obra da graça de Deus. Assim como Paulo também escreveu reconhecendo a graça de Deus em I Coríntios 15:10: “ Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”.
O casal Zinzendorf e os irmãos Morávios
O conde Nikolaus Ludwig von Zinzendorf era de uma família da alta sociedade da Alemanha de origem luterana e um cristão muito dedicado. Após estudar direito e teologia na Universidade de Wittenberg, casou-se com a condessa Erdmuth Dorothea Reuss. Erdmuth seria uma ajudadora incansável do seu marido e da igreja. No seu túmulo, os refugiados morávios gravaram os seguintes dizeres: “Mãe Adotiva da Igreja dos Irmãos.”
Conde Zinzendorf adquiriu de sua avó a vila de Berthelsdorf e, sendo um proprietário feudal, instalou seu amigo João Rothe como pastor. Prometeu a ele que ajudaria a transformar a vila numa verdadeira comunidade de crentes, sem ainda saber como Deus responderia a esse desejo mais profundo do seu coração. Essa vila, anos mais tarde, serviria de abrigo para cristão perseguidos da Morávia e Boêmia, cidades pertencentes ao que seria hoje a atual República Tcheca.
Parecia o fim dos cristãos da Boêmia e Morávia com perseguições tão intensas. Mas Deus usou um jovem pastor da Morávia, chamado Christiano David, apelidado de “o servo do Senhor” para reanimar os irmãos.
Sua pregação causou um despertamento espiritual, o que provocou novamente muitas perseguições. Christiano foi apresentado então ao pastor Rothe, o qual levou-o para falar com Zinzendorf. Este concordou em receber os irmãos perseguidos em Herrnhut, sua propriedade. Cinco famílias da Morávia inicialmente aceitaram o desafio de se mudarem para Herrnhut e assim em 1722 chegaram à vila de Berthelsdorf.
O início do maior movimento de oração da história
No ano seguinte outros cristão perseguidos chegaram na propriedade do Conde Zinzendorf, dentre eles os irmãos da Boêmia e mais refugiados da Morávia. Após alguns ajustes por divergência étnicas e de visões teológicas, eles iniciaram todas as noites reuniões de oração, cânticos ou estudos bíblicos. O movimento era calmo e de regozijo no Senhor. Sem brigas e com a igreja reorganizada e unida na busca pela santificação, o pastor Rothe convidou toda a igreja para a Ceia do Senhor na igreja central de Berthelsdorf, num culto marcado para a manhã de uma quarta-feira no dia 13 de agosto de 1727.
Antes mesmo do culto começar, um senso de reverência era fortemente sentido. Durante o culto, quando o conde fez a oração de confissão antes da ceia do Senhor, todos foram tocados por um sentimento de arrependimento e muitos suplicaram perdão pelo sangue de Cristo. Houve um profundo senso de comunhão com Cristo e com os outros, e eles reconheceram: “Aprendemos a amar”.
Sem perder esse toque celestial, duas semanas após aquela Ceia memorável, Herrnhut iniciou a “Intercessão de Hora em Hora”: durante 24 horas por dia havia oração e cada irmão ou irmã tomava o seu lugar nesse rodízio. Essa foi a reunião de oração mais longa da história, pois estendeu-se por mais de um século. Esse movimento de oração nos mostra que é possível com constância manter essa chama acessa.
O que podemos aprender com o movimento de oração dos Morávios
Contei essa história para que possamos aprender com esse movimento. Sabe o que mais aconteceu depois desse dia? Um grupo de jovens solteiros começou a estudar a Bíblia, Geografia, Medicina e línguas. Sentiam que Deus estava preparando-os para uma obra maior. E Deus estava mesmo, pois nos anos seguintes se iniciaria o trabalho missionário dos morávios.
Aquela cidade da Alemanha, Herrnhut, em vinte anos enviaria mais missionários ao exterior do que qualquer outra igreja protestante em seus primeiros duzentos anos de existência. A igreja Morávia se tornou mais tarde maior que a própria igreja inicial. Podemos aprender com essa história que esses despertamentos começam com arrependimentos individuais e coletivos, o que resultam em grandes despertamentos para movimentos evangelísticos. Sim é natural o desejo por anunciar as boas novas para que mais pessoas façam parte do reino de Deus.
Movimentos de orações estão crescendo
Estamos vivendo um tempo único na história. Podemos comprovar um crescente número de movimentos de oração e adoração espalhados pelo mundo. Em muitos lugares há reuniões de adoração e intercessão 24 horas por dia e sete vezes na semana.
Talvez você esteja lendo isso e fique triste por não ter esse movimento de oração perto de você ainda, mas te encorajo a orar pedindo a Deus por um despertar em sua cidade. E enquanto isso não acontece, temos o privilégio de acompanhar transmissões online de movimentos que transmitem através da internet.
Deus é o mais interessado no movimento de oração. Ao passo que o dia do Senhor se aproxima, o Espírito Santo está iniciando um clamor em nossos corações para o retorno de Jesus. Pois o versículo diz: “O Espírito (primeiro) e a noiva (segundo) dizem “Vem”. (Apocalipse 22:17)
A consequência disso será movimentos de oração dia e noite se intensificando no clamor pelo desejo do retorno de seu Noivo, mais que qualquer outro desejo. É claro que no decorrer desse tempo experimentaremos o sopro sobrenatural de Deus nos sustentando e também teremos que lutar com nossa apatia e fraqueza tentando nos distrair.
Por certo devemos nos animar. Estamos tendo o privilégio de participar do início de um despertamento a respeito dos movimentos de adoração e oração. Com a finalidade de juntos clamarmos pelo retorno de nosso noivo.
E o Espírito e a noiva dizem: “Vem!” E quem ouve, diga: “Vem!” E quem tem sede venha. Quem quiser, receba de graça a água da vida. Apocalipse 22:17.