A existência de um rival pressupõe a presença de alguém competindo conosco, certo? Essa competição só poderia ser real se a pessoa em questão pudesse ser comparada com você, correto?
Quero bombardear essa muralha que erguemos em nosso interior, cujo alicerce é engano. Nossa principal munição é a palavra, já que ela nos diz que é o conhecimento da verdade que nos liberta (Jo. 8.32). A verdade é que fomos formados com uma única impressão digital. Temos um DNA exclusivo, por isso até em gêmeos univitelinos se observam diferenças genéticas. Portanto, é a singularidade de nossa existência, que elimina por completo a possibilidade de que tenhamos um rival. O salmo 139 é um de meus favoritos, é dele que extraio os seguintes versículos:
“Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” Sl. 139:14-16
O simples fato de sermos únicos, descarta a rivalidade. Já que, nosso rival é produto de uma série de mentiras que alimentaram sofismas em nossa mente, ele não existe. Quando comparamos nossas capacidades e talentos com quem quer que seja, construímos uma muralha escura que nos distancia de nosso destino e chamado. Somos poderosos quando abraçamos nossa individualidade. Ninguém pode fazer o que eu faço. Ninguém jamais viveu o que eu vivi, por isso, não tenho um rival. O simples fato de ser único elimina essa possibilidade.
Isso é algo simples de se constatar. Mas, difícil é aniquilar completamente os vestígios de rejeição que alimentaram nossa visão a respeito de nós mesmos. Com a ajuda do Espírito Santo, essas escamas precisam ser removidas de nossos olhos, já que o inimigo deseja nos manter cativos em prisões que sufocam nossa identidade e valor. A cruz possibilita acesso a um relacionamento com o Pai. É do Pai que ouviremos as palavras de afirmação que destruirão esse engano.
Quando uma joia é lançada no lixo, ela perde o valor? É óbvio que não. A pessoa que jogou-a no lixo é que perde um bem precioso, portanto ela perdeu com isso, não você. Por isso, o fato de termos essa sensação não deveria determinar nosso valor. Esse sentimento de estar no lixo pode ser resultado de uma criação que formou lacunas importantes em nossa personalidade. Muitos de nós, de fato, fomos jogados no lixo. Outros lidam com traumas. Talvez seja um aspecto físico que interfira em nossa capacidade de aceitação de nós mesmos. Várias são as razões que contribuem para que nossa identidade seja contaminada.
Embora isso tudo deva ser considerado, nem sempre os agentes são pessoas que nos rejeitaram ou magoaram. Com frequência o principal responsável por abrigar essa fraude somos nós mesmos. Nossa mente nos trai. Nossas emoções feridas nos transformam em nosso principal inimigo.
Já que todos carregamos níveis de mentiras, precisamos ser confrontados com a verdade de quem somos em Jesus. Somos essa joia que não perdeu o valor aos olhos do Pai. Portanto, não importa a espécie de lixo em que nos encontremos, podemos dizer basta hoje. Convido-o a alimentar sua mente com a verdade de quem Jesus diz que você é. A sombra do rival deve ser banida de nossa mente e emoções. A fórmula para cura e libertação é a renovação de nossa mente.
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rm.12:2
A verdade de quem Jesus diz que somos nos define, por isso, não devemos nos moldar à opinião alheia. A palavra deve ditar nossa percepção a respeito de quem somos. Viva sua individualidade com entusiasmo. Tenha coragem de ser a pessoa com quem Deus sonhou quando o criou.