A oração é uma dádiva maravilhosa que nos coloca em conexão com Jesus. É aquilo que nos permite conhecer o Seu coração e derramar o nosso em um relacionamento sincero e essencial.
Creio que uma das melhores definições para este relacionamento, a oração, é o próprio “lugar de encontro”, onde nossas almas sedentas embarcam em direção à nossa origem e destino. Ao navegar em um mar de descobertas infinitas com o Deus criador que se fez profundo e interessado em nossas vidas e anseios!
Esse momento tão particular e único não deve ser buscado pelos fins ou lucros, ainda que nos forneça grandes benefícios, mas sim como um prazer que constantemente precisa ser experimentado e proporcionado ao coração de um Pai que deseja ouvir nossa voz, tanto quando desejamos ouvir a dEle.
Existe algo peculiar na oração. Um toque de mistério, de segredo e de intimidade que se desenvolve no secreto de nossos quartos, deixando assim a conversa com o nosso Amado algo tão particular e único, já que é justamente desta forma que Ele deseja nos tocar: em profundidade e pessoalidade.
Embora pareça um princípio totalmente básico, constantemente somos conduzidos à oração quando algo nos falta, quando adversidades nos cercam ou por algum tipo de necessidade, mas esse não é o desejo do Senhor para nós. Podemos estar com Ele em todo o tempo, em todas as circunstâncias caminhado lado a lado com um bom amigo, sem motivos aparentes, se não pelo fato de nos identificarmos com Sua entrega, com Seu coração de Pai e irmão, assim como em nossos relacionamentos naturais.
Em Mateus 6, encontramos uma das passagens mais citados sobre oração e percebemos nela toda a simplicidade que Jesus nos propõe ao orar:
“Tu porém, quando orares, entra no teu quarto e fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto, e teu Pai, que vê em secreto te recompensará. E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. Mateus 6:6-8.
Parece que essa passagem se renova a cada leitura! É como se os profundos anseios de Jesus fossem revelados a nós, destacando com precisão as palavras: DESEJO E RELACIONAMENTO.
Uau! A oração não se trata do que falamos, do que repetimos ou até mesmo de nossas necessidades expostas, mas se trata de intimidade. De nos colocarmos no silêncio da solidão e buscarmos a melhor companhia disponível: o colo do Pai! Isso, algumas vezes pode significar até mesmo não utilizar palavras, mas sermos constrangidos pela doce presença que invade e transforma quem somos.
Temos a promessa de uma recompensa, mas que melhor recompensa seria do que a Sua presença? Do que o benefício tão precioso de buscá-lo e encontrá-lo?
Eu amo esse mistério maravilhoso que é descobrir e encontrar o coração do Pai. Quão precioso é saber que nossas experiências com Ele podem permanecer em segredo, como bons amigos que se comunicam e entendem apenas por entre olhares!
Que cada um de nós possa desfrutar da pessoalidade da oração. Que conheçamos as recompensas genuínas de permanecermos embarcados com o Senhor em nossos secretos, buscando aprofundar o acessível relacionamento com Cristo!