A Páscoa é a proclamação do plano perfeito de Deus. É o brado que anuncia que Ele tem todo poder, sabedoria e soberania e usa disso para amar e agir em favor e bondade com sua criação, para sua própria glória.
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Rm 11:33-36)
Pode parecer um plano B ou improviso. Mas com muita verdade ouvi de um professor de teologia certa vez: quando Deus se propôs a criar, ele se propôs a redimir. A cruz sempre fez parte do seu plano, porque aquilo que esperamos – a consumação – também foi. Quem pode questioná-lo? O Cordeiro foi imolado antes da fundação no mundo (Apc 13:8). Quem poderia ser seu conselheiro? Seu plano é perfeito. Dá para imaginar você e eu habitando nos pensamento de Deus enquanto ele arquitetava tudo isso?
VESTÍGIOS DE SALVAÇÃO
Desde Gênesis vemos o plano de redenção. Por toda a história e narrativa bíblica lá víamos o mesmo padrão que sinalizava o desejo de um Salvador de redimir. A provação de Abraão o fez encontrar o Deus que provê para si o sacrifício. O cordeiro provindo de Deus foi morto no lugar do filho da promessa – Isaque (Gn 22). Essa história te lembra alguma coisa?
A História constantemente se repetia um povo obstinado, crente de sua própria independência e um Deus gracioso e zeloso a persegui-lo para salvar. Salvar de que? Eu sempre me perguntava. Do pecado? Também. Mas principalmente nos salvar de uma vida distante do sentido, uma vida que nem mesmo é a vida, porque a vida eterna é conhece-Lo (Jo 17:3). Deus queria ensinar o ser humano a ser ser humano.
E o padrão repetitivo do homem é sempre querer ensinar Deus a ser deus. É errar presumindo que temos um plano melhor que o Dele. Vemos isso na Bíblia mas também no livro da minha e da sua vida. A independência, a rebelião contra o fato de ser finito, a descrença sobre a confiabilidade de Deus, levou o homem (desde Adão em diante) a cair, daí o pecado entrou. Mas o plano de redenção já estava ativo.
O SALVADOR ENCARNOU
Por anos e anos a humanidade esperou aquele que pisaria na cabeça da serpente (Gn 3:15). Que restauraria a comunhão do jardim. Até que no ventre de uma adolescente na palestina o Deus Emanuel encarnou.
Cem por cento homem, mas cem por cento Deus. Jesus, O Cristo. Aquele que haveria de vir, veio. O Verbo que criou e sustentou agora veio para salvar e redimir seus amados. Poucos o reconheceram como Cristo (Jo 1 :11). Mas caminhou sobre a Terra a expressão exata de Deus (Hb 1:1), a imagem do Deus invisível (Cl 1:15).
Cem por cento homem, mas cem por cento Deus. Jesus, O Cristo. Aquele que haveria de vir, veio. O Verbo que criou e sustentou agora veio para salvar e redimir seus amados. Poucos o reconheceram como Cristo (Jo 1 :11). Mas caminhou sobre a Terra a expressão exata de Deus (Hb 1:1), a imagem do Deus invisível (Cl 1:15).
A PÁSCOA
Os que o reconheceram o adoravam, estavam cheios de esperança. O seu Rei Messias prometido estava ali. Algo estava para acontecer. E aconteceria, mas não como eles esperavam. Então chega à semana antes da Páscoa.
Você consegue ver esse cenário de João capítulos 12 ao 21?
Você consegue ver esse cenário de João capítulos 12 ao 21?
Consigo imaginar pouco as emoções que percorreram aqueles dias. Quinta feira Jesus começa a se “despedir” solenemente. Ele dá as últimas instruções. Ele diz e faz coisas importantes, na verdade acredito que Ele expressa naquelas últimas conversas o que há de mais importante. Imagine alguém que está preste a morrer, não gastaria seu tempo com o desnecessário, pelo contrário certo?
Humildade, servir e elevar os outros, amar como Ele estava amando, permanecer no seu amor, dar fruto, se deixar podar, receber o conselheiro o espírito da verdade, pedir e orar em seu nome, ter ânimo nos dias maus. Ele revela o propósito de tudo: conhecê-Lo, estar onde Ele estiver, contemplar a sua glória, e amá-Lo como o Pai o amou e ser amado por Ele como Deus o amou. (João 13-17)
Quantos pensamentos!! A quinta e a sexta-feira era de confusão, despedida, luto, saudade, angústia, desentendimento. Os discípulos desesperados queriam saber para onde Jesus estava indo. O que ia acontecer? Como seria agora? Por que ele estava indo?
A CRUZ ECOARÁ POR TODA ETERNIDADE
E o Mestre mal termina de falar e tudo muda. Jesus é preso, maltratado, eles se espalham, o traem. Então, Jesus é crucificado, morto e sepultado. Mas o domingo chegaria! Porém era necessário passar pela dor, desapontamento e desesperança da sexta feira de morte e pelo sábado de silencio ensurdecedor.
Na madrugada Maria não se aguentava de saudades, se recusava ser consolada, ela só queria Ele! E o teve, a glória de tudo foi revelada ali e enxugou suas lágrimas. A notícia menos possível e as boas novas para toda a humanidade ecoaram na entrada do sepulcro: ELE RESSUSCITOU! (Jo 20:11)
Por toda a eternidade ecoará a Cruz, o centro da história: Deus veio a terra resolver nosso problema, aquilo que não poderíamos fazer por nós mesmos. Perpetuamente celebraremos a Páscoa. Do outro lado da eternidade no seu Reino plenamente estabelecido, lembraremos que por causa do Cordeiro de Deus que estaremos lá. Assim, por toda eternidade adoraremos o Cordeiro de Deus, que Em perfeito amor nos capturou de volta para o Pai! Pois somos sua herança e Ele é nosso galardão.
Gabriella Conde – Diretora da Fhop School