É interessante analisarmos que a fidelidade não significa simplesmente um alinhamento entre nosso discurso e nossas ações. Muito além disso, é um compromisso genuíno. Uma resposta imediata ao nosso chamado original, que não comporta um “plano B”. Que coloca abaixo todas as “pontes” que nos ligam ao passado e bem, isso soa como um grande desafio!
A verdade é que muitas vezes somos movidos ao comodismo, às funções anteriores, quando o propósito de Deus para nossas vidas esbarra em alguma frustração.
Isso é um pouco parecido com a história de Pedro, que fora chamado por Jesus para ser pescador de homens (Mt 4:19), mas que ao perder de vista o Seu Senhor, voltara a pescar (Jo 21:3) abandonando de uma vez sua verdadeira identidade.
Você já reparou que, assim como com esse discípulo, nossas frustrações tendem a tornar-se o parâmetro para a tomada de decisões? É como se nossos projetos fossem moldados pelas experiências negativas. Nossa alma evidencia não somente a infidelidade e falta de inteireza na entrega, mas os medos que nos fazem fugir de novas dores e fracassos.
Ufa! Isso parece um pouco forte não é mesmo? Mas precisamos ser movidos para o lugar onde a fé é mais do que suficiente. Onde o plano “A” não comportará a opção de ser abandonado.
Gostaria de te convidar: Neste exato momento peça graça ao Senhor para encarar suas frustrações. Não deixe que elas definam você e sua jornada com Cristo. Ele continua te chamando!
A esperança está no fato de que Jesus tem prazer em reafirmar quem somos. Assim como fez com Pedro, Ele restaura nossa identidade e nos convida a segui-lo novamente, alinhando-nos ao propósito original:
“Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes? “Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”… E então lhe disse: “Siga-me!“”. (Jo 21: 15-19).
Que possamos ter coragem de enfrentar nossos medos e frustrações sem voltar atrás na caminhada. Que pela força do Senhor sejamos radicais em decidir. Em dizer não aos acessos que nos dão retorno ao passado, que nos fazem remoer quem não deveríamos mais ser.
Queimemos as pontes que nos fazem regredir e ouçamos a voz do Único que pode nos definir!