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Salmo 23: o bom pastor – parte 1

Vida Cristã

O Senhor é o meu pastor

Hoje, começamos uma nova série sobre o Salmo 23. E nessa primeira parte, vamos nos debruçar nos primeiros versos e compreender o papel do pastoreio do Senhor em nossas vidas. A partir dos seus atributos e dos seus atos, descritos ao longo dos versos. 

O Salmo 23 foi escrito por Davi, que também era pastor de ovelhas e futuramente se tornou pastor de Israel. No texto, vemos os detalhes da função de um bom pastor, uma delas é a proteção. O pastor está em todos os momentos com as suas ovelhas para livrá-las de caminhos perigosos e animais selvagens. 

O bom pastor é aquele que tem consciência de que o seu trabalho é perigoso e que possivelmente viverá em constante ameaça, mas a sua principal missão é estar disposto a dar sua vida pelas ovelhas. 

O constante pastoreio

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” – João 10:10

Este é o cuidado de Deus para com as nossas vidas. Ele é o bom Pastor, e neste salmo podemos ver todos os processos que nós, suas ovelhas, iremos passar. Desde o mais belo pasto verdejante ao vale da sombra da morte, porém sabemos que em todos esses momentos contamos com o pastoreio do Senhor. 

Comprados por um alto preço

“Porque fostes comprados por bom preço, glorificai, pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” – 1 Coríntios 6:20

Em um rebanho, a qualidade de vida das ovelhas depende muito do quão bom é esse Pastor. Existem apenas duas formas de se ter ovelha em um rebanho e são elas: as que nascem no próprio rebanho ou aquelas que são compradas e trazidas.

Nós não tínhamos pastor éramos como ovelhas perdidas. No pecado estávamos sem donos e sem cuidado, então o nosso bom Pastor se torna ovelha e encara a morte para que nós, suas ovelhas, pudéssemos ser salvas.

 Nada nos faltará 

“ As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém arrebatará da minha mão.” – João 10:27-28

 Quando o bom Pastor afirma que nada nos faltará, é porque ele é o dono da ovelha. A  função dele é alimentá-la, protegê-la e guiá-la pela jornada do campo. 

As ovelhas não conseguem sobreviver sozinhas, elas precisam de um Pastor e serem cuidadas, pois sem isso elas morrem. O Pastor é o único que pode fazer isso. A ovelha não pode fazer por si própria.

O pastoreio do Senhor é leve

Além disso, entender o pastoreio do Senhor torna a nossa jornada mais leve, pois sabemos que temos o Pastor para nos conduzir onde devemos caminhar, nos corrigir, proteger e amar. Ele sabe o que é melhor para as suas ovelhas. 

Oro para que hoje possamos voltar os nossos olhos para o Salmo 23, sabendo quem é o nosso bom Pastor e o dono das nossas vidas. Caminhando com a plena certeza que Ele nos guia durante toda a jornada, sem que existam preocupações em nosso interior. Com o pastoreio do Senhor nada nos faltará, pois o bom Pastor é tudo o que precisamos. 

Ler a segunda parte da série aqui.

Chegamos ao fim de mais um ano. Não um ano qualquer, pois com certeza ele ficará em nossa memória. Talvez por perder pessoas queridas e amadas por nós, por precisar lidar com luto, com a frustração e o medo. E agora, você pode estar se perguntando: como prosseguir para 2021? Será que o próximo ano não vai ser uma continuação de 2020? O que espera por nós? 

Definitivamente não é possível nos apoiarmos em circunstâncias tão instáveis. Mas, hoje eu quero te ajudar a trazer à memória algumas verdades que têm consolado meu coração nesse último mês do ano. Não são verdades apoiadas em pensamentos humanos, em auto ajuda. Quero te relembrar sobre as verdades da Palavra de Deus, a respeito de esperança, fé e coragem.


Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim. Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.” Lamentações 3:19-22

 

Olhando para a história 

Analisando o contexto histórico do texto de lamentações vemos que o livro foi escrito pelo profeta Jeremias. E ao longo dele, o foco central é descrever o sofrimento que sobreveio a Jerusalém, após os exércitos de Nabucodonosor, da Babilônia, invadirem a cidade, em 586 a.C. 

Jerusalém foi devastada e levada a completa ruína. 

Além disso, Jeremias, já  havia profetizado durante muito tempo o que haveria de acontecer, caso o povo não se arrependesse e voltasse aos caminhos do Senhor. Porém, o povo não ouviu e tampouco abandonou a rebeldia. Tanto o rei Zedequias como seus filhos, seus homens de confiança, o sumo sacerdote e os líderes da cidade foram levados para o cativeiro. 

E, agora? Como estava o coração do profeta? Ele havia avisado e falado tanto para o povo de Deus se arrepender. Porém, Jeremias foi movido por grande compaixão e, então, o que lemos no livro de Lamentações é a sua profunda agonia e tristeza diante da destruição de Jerusalém. Além disso, lemos a respeito do seu clamor ao Senhor, para que Ele não rejeite seu povo para sempre e volte seus olhos para ele. 

 

O Clamor de Jeremias 

Há algo interessante quando analisamos o capítulo 3 de Lamentações. Ele começa em tom de profundo lamento:

“Eu sou o homem que viu a aflição trazida pela vara da sua ira. (…) Fez que a minha pele e a minha carne envelhecessem e quebrou os meus ossos. Ele me sitiou e me cercou de amargura e de pesar.” Lm 3:1,4-5 

Mas, ao longo do capítulo vemos uma mudança de narrativa, chegando no ápice, no verso 21: “Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança” Lamentações 3:21

É sobre esse trecho que gostaria de me ater por um momento. Mesmo diante das adversidades que o povo de Jerusalém estava vivendo, mesmo com a ruína e destruição, o profeta tem fé. Em uma postura diante do Senhor, ele diz que quer lembrar o seu coração aquilo que pode dar esperança. 

Como vemos e estudamos na Palavra de Deus, o povo de Israel carrega muitas promessas do Senhor. Mesmo com todas as manifestações da graça de Deus, os livramentos que eles tiveram no Egito, e tudo que a história nos relata durante as gerações, isso não foi suficiente para que eles se mantivessem firmes no Senhor. 

E agora eles se encontram em ruína e no cativeiro. Como prosseguir diante dessa realidade? Jeremias entende e nos ensina nesse momento do versículo (Lm 3:21) uma importante lição sobre esperança e como podemos lidar com as adversidades a nossa volta. 

O profeta se lembra de trazer à memória o coração de Deus, quem Ele é, seus atributos imutáveis. 

Olhando para o Senhor

 

Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!  Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança.  O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; é bom esperar tranqüilo pela salvação do Senhor. “ Lamentações 3:21-26

Jeremias entende que ele precisa lembrar ao seu coração, não sobre as coisas do passado, mas lembrar sobre as que estão adiante e sobre quem o Senhor é. Ao longo dos versos (21-26), vemos os atributos de Deus serem descritos: sua misericórdia, compaixão, fidelidade, bondade e salvação. 

Lembrar e informar a sua mente sobre quem o Senhor é, foi o segredo de Jeremias. Isso que trouxe esperança. Lembrar sobre o caráter imutável de Deus, a sua soberania e misericórdia, traz descanso, consolo e paz ao coração. 

Deus é totalmente digno de confiança, pois ele não pode negar a si mesmo e sua natureza. É por isso que podemos nos apegar nesta rocha eterna, que não muda diante das imprevisibilidades da vida e do nosso coração frágil e instável.

O Deus que intervém na história

Depois, ao lermos a história do povo de Israel, vemos que o Senhor se voltou para o Seu povo. E declarou diversas promessas sobre restauração, livramento e cura para eles.

Pois, o Senhor, sempre se mantém no controle diante do caos. E provê um escape para o seu povo. Ele é especialista em reverter o mal em bênção. Porque Ele é rico em bondade e misericórdia. 

 

Trazer à memoria: a nossa verdadeira Esperança

Quanto a nós? Esse deve ser o nosso segredo também, devemos aprender com o profeta Jeremias. E lembrar de voltar o nosso coração e mente para quem é o Senhor, sua natureza infalível. 

Nós somos um povo que carrega promessas. A confiança de que o Senhor voltará para reinar na Terra. Ele irá  governar com justiça e retidão. O Rei enxugará todas as nossas lágrimas e vai restaurar todas as coisas (Ap.21:4). Ele encherá o nosso coração de completude e seremos plenos diante Dele. 

A nossa viva Esperança para os dias que estamos vivendo é o próprio Jesus. 

É estabelecermos nossas raízes no que Sua Palavra nos diz e relembrarmos todos os dias dela.

 

Olhos confiantes em 2021 

Nós podemos caminhar para o próximo ano, pois sabemos quem é o nosso pastor. Faça o exercício, e volte os seus olhos para Ele, hoje mesmo. Relembre sobre a fidelidade, bondade e paz do Senhor. 

Tenha expectativas em seu coração, pois você sabe o final dessa história: o Rei voltará em breve!

 

“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. “2 Pedro 3:13,14

 

Maranata, Ora Vem! 

Neste estudo bíblico, vamos abordar o contexto histórico e compreender exatamente o que significa o texto de Salmos 2. Podemos dividi-lo em quatro partes para melhor compreensão de todo o texto.

Nesse estudo veremos as primeiras partes do salmos 2: A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido; Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião;

Esperamos que esse estudo bíblico possa edificar a sua vida

 

O livro de Salmos faz parte da literatura sapiencial, ou seja, são livros de sabedoria, e também são caracterizados como poéticos, em função de sua estrutura literária.  Todo livro ou texto de sabedoria tem como propósito o ensino e a instrução a um povo. E especificamente para o povo judeu, a sabedoria era expressa na habilidade de viver, aplicando os poderes de observação, as capacidades do intelecto humano, as experiências e o conhecimento ao cotidiano. Ou seja, explora o mais profundo da experiência humana de uma forma muito pessoal e prática.

Neste sentido, os Salmos foram escritos para serem entoados com o acompanhamento de instrumentos de corda. E serviram como hinário do templo e guia devocional para o povo judeu – foram a grande escola de oração que levou o povo à adoração. A história de Israel foi moldada pelos livros de sabedoria e sustentou o povo no seu relacionamento com Deus.

Contexto histórico de Salmos 2

A canção SALMOS 2 tem como pano de fundo, como o nome já indica, o texto de Salmos 2, ou Salmo segundo como foi identificado em At 13:33 e sua autoria foi atribuída à Davi.

Muitos estudiosos afirmam que o Salmo 2 é uma continuação do Salmo 1, e que originalmente formavam uma única referência, mas foram separados na Septuaginta (tradução da Bíblia Hebraica para o grego). Este Salmo é uma requintada peça artística que retrata de forma riquíssima uma das maiores promessas que YHWH fez ao seu povo, a aliança davídica, por meio da qual o Senhor estabeleceria eternamente o trono de Israel para a descendência de Davi (2Sm7).

Este Salmo possui 4 grandes atos: A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido; Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião; Proclamação do decreto e concessão de domínio e Admoestação aos reis hostis.

A conspiração de reis hostis que querem derrubar o reino de Deus e seu rei Ungido

Salmos 2 inicia diretamente no tema que quer abordar e o Por que inicial define o tom desta abordagem – o espanto e a indignação diante da estupidez daqueles que conspiram contra a própria extinção.

Na primeira parte desse texto o salmista expõe a história que começa com os reis que se opõem ao Rei escolhido, ao Ungido de Deus, e tramam contra seu reinado.

No Antigo Oriente, reis geralmente se revoltavam com a coroação de um novo governante estrangeiro, e por vezes declaravam guerra a ele, e este era o intento das “nações” e “povos” representados pelos “reis da terra” e seus “governantes”.

Assim, o mundo inteiro, sem exceção, opõe-se ao reinado de YHWH e seu rei. Ora, quem se rebela contra o rei instituído por Deus, rebela-se também contra Deus (Rm 13.2).

O rei Ungido

Cabe lembrar que na época, o rei era uma representação divina. Nos salmos o termo Ungido designa os herdeiros do trono de Davi, descendência real instituída por Deus, raiz da qual surgiu Jesus Cristo.

Entretanto, a conspiração maliciosa dos governantes e povos não passa de uma revolta fútil, sem a menor chance de êxito, pois por trás do rei de Israel está o trono do céu, e o Deus Todo Poderoso.

Esta parte do Salmos 2 também é um prelúdio ao Calvário, conforme o texto bíblico:

“que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram”. At 4.25-28

A tentativa de frustrar o propósito divino de salvar o seu povo e exaltar o seu Ungido, arquitetada pelos reis e governantes, aos seus olhos foi bem sucedida. Porém, Deus mostra que Seu plano é perfeito e que Ele é Soberano, transformando o intento dos hostis mera futilidade.

 

Deus resolve estabelecer seu rei no Monte Sião

 Ao perceber o desafio insensato e despropositado à autoridade divina, Deus não brinca com os governantes do mundo. Mas fala de modo irado devido à guerra que travam contra o seu justo reinado e seu sagrado rei.

O segundo ato de Salmos 2 começa com o Senhor entronizado nos céus e termina com seu rei Ungido no “meu monte santo”, representando a transcendência de Deus sobre toda a terra e a sua imanência na pessoa do rei Ungido que estende o Seu domínio sobre toda a terra.

O Senhor zomba daqueles que acreditam que podem intentar contra ele expressando seu desprezo e ira contra eles. Ao mesmo tempo em que enfrenta a oposição mundial ao seu império, declarando soberanamente que Ele estabelece o seu rei na cidade que Ele escolheu, – o  Senhor elegeu o rei davídico e escolheu Sião como a cidade real. A partir do momento em que Davi conquista a cidade de Jerusalém, habita nela e traz consigo a arca da aliança, local em que, anos depois, também seria construído o templo.

Continua na parte 2.

Ficou interessado em compreender as outras duas partes do Salmos 2? Fique atento no próximo texto.

Um coração satisfeito em Deus é abundante na obra do Senhor. Aquele que possui esse coração trabalha sem se cansar, sendo firme e constante.

“Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”. “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.” 1 Coríntios 15:54-58

Todo aquele que pertence à família de Cristo é chamado para colocar a mão no arado. Sendo assim, devemos nos doar abundantemente para a Sua obra. O Senhor nos garante que o tempo empregado para trabalhar na Sua obra não é em vão.

Através do ensino da doutrina da ressurreição (a ressurreição de Cristo, a ressurreição dos santos e o corpo glorificado que haveriam de receber), Paulo lembrava constantemente a Igreja de que deveriam viver o presente tendo o entendimento e a esperança do dia que estava por vir – o dia da nossa glorificação.

Assim, aquele que reconhece Cristo como Senhor e crê em Sua morte e ressurreição, possui a promessa da restauração de todas as coisas. A promessa do dia em que não haverá mais lágrimas ou dor. Graças a Deus pela vitória que foi concedida por meio de Jesus Cristo.

No texto, temos quatro pontos que nos orientam a ser uma Igreja firme, constante e abundante na
obra do Senhor:

1. A grande transformação

Estamos sujeitos a feridas físicas e emocionais; somos reféns do cansaço, da tristeza, da frustração, das dores e tudo o mais que tenta nos desanimar e tirar o nosso foco.

Portanto, é necessário se ater à Palavra de Deus a fim de lutar constantemente contra tais coisas, até que chegue o grande dia em que será glorificado com Cristo e não mais sentirá os sintomas e efeitos da morte e do pecado.

Jesus sabia que era necessário vigiar e orar, meditando no caminho a ser seguido até chegar à esperança gloriosa que o aguardava do outro lado da cruz. Assim, também nós devemos fazer para nos sustentarmos e nos fortalecermos.

2. O grande triunfo

Devemos colocar nossos olhos na grande vitória prometida por Cristo; viver essa antecipação é algo tão glorioso quando aquele dia vindouro. Vivendo sob essa perspectiva, temos a chave que nos ajudará a permanecer firmes, sem sermos entregues aos sintomas da morte e do pecado.

3. A grande gratidão

Cristo já nos deu a vitória sobre a morte. Assim como Paulo, devemos caminhar tendo o coração grato. Podemos esperar e viver em gratidão para, assim, vencermos os inimigos de nossa alma – a Lei, o pecado e a morte.

4. O grande “portanto”

Visto que se vive em luz da ressurreição, creia que tudo o que fizer na obra do Senhor será recompensado. Assim, você é convidado a viver em antecipação àquele grande Dia. Por isso, seja firme, constante e abundante na obra do Senhor.

Somos firmes quando as circunstâncias da vida não nos param e continuamos tendo as mãos no arado;

Constantes quando seguimos em frente, sem distrações, vivendo a maturidade da fé;

Abundantes quando nos doamos além dos nossos limites para trabalhar na obra do Senhor.

Assim devemos viver, comprometidos com Sua obra e fazendo o Seu nome conhecido.

Você consegue identificar a teologia por trás das canções? Ou seja, você sabe o que a nossa geração acredita a partir das letras que ela canta? 

Se nós analisarmos hoje, as canções do momento, podemos conhecer a teologia por trás das canções que está sendo propagada. 

Por isso, cantores e compositores precisam se posicionar no lugar da oração, ler a Palavra e conhecer quem Deus realmente é. Pois, as canções vão revelar aquilo que nós acreditamos acerca do Senhor.

Uma das coisas mais essenciais do cristão é momento que ele abre as Escrituras, medita em um versículo e ali o Senhor fala ao seu coração. Além disso, aquele se deleita na Palavra de Deus pode experimentar no seu dia a dia, como ela é viva, eficaz. Por isso, antes de sermos cantores, compositores ou desempenharmos qualquer função, nós somos chamados a conhecer a bíblia. 

O valor de cantar a Palavra 

“A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.” Salmos 19:7-10

No Salmo 19 podemos compreender o que o salmista queria dizer a respeito do valor da Palavra, o que ela gera em nosso interior e como nos transforma. Então, cantar a Palavra é algo poderoso que nos muda. 

Porque a medida que nós lemos a Palavra, ela toma conta de nós. E como diz o texto bíblico, a fé vem pelo ouvir. Então, conforme cantamos o que a bíblia diz, nossa fé é renovada. 

Cantar as Escrituras gera confiança em nosso interior. 

Existe a luta entre a nossa carne e nosso espírito. Muitas vezes pensamos, que é impossível um Deus santo, reto, se importar conosco e nossos problemas. Ao mesmo tempo o nosso espírito quer crer em quem o Senhor é. Então, a medida que estamos cantando Sua Palavra, estamos ministrando para nós mesmos e as mentiras que acreditamos sobre o Senhor vão sendo rejeitadas.

Nós começamos a ter convicção do que o Senhor diz nas Escrituras.   

Ao cantar a Palavra lembramos das promessas do Senhor e da Sua vinda. 

Quando cantamos recordamos que o Senhor vai cumprir o que prometeu. Pois ele é um Deus comprometido com a Sua Palavra. O espírito Santo gera essa convicção e expectativa em nosso coração, quando cantamos a respeito do que ele fez e fará. 

Uma resposta: contemplar a beleza de Deus 

Quando entendemos quem o Senhor é,  a sua grandeza e contemplamos sua bondade, a nossa resposta é adorar a Ele com mais intensidade.

Isso porque, ao cantarmos a Palavra, não estamos colocando nossa opinião acerca de quem o Senhor é, mas cantamos a partir de um entendimento correto Ele. 

Por fim, todos nós, precisamos estudar a Palavra. Agora, se você é um músico ou compositor, as nossas comunidades de fé carecem de letras irão instruir esta geração a partir da Palavra de Deus. Portanto, tome tempo em mergulhar no conhecimento do Senhor e edificar sua igreja local com canções bíblicas 

 

Uma das perguntas mais importantes da fé cristã é: Quem é o Espírito Santo? Primeiro de tudo, ele é essencial nas nossas vidas. Opera em nossos corações de modo a nos revelar o Pai.

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Ef 5:18-21

Quem é o Espírito Santo?

O Espírito Santo não é um poder ou força impessoal, um sentimento ou uma energia, mas uma pessoa. Ele não é um aspecto ou uma característica de Deus; Ele é o próprio Deus. Portanto, o Espírito não é menor ou menos importante, mas é plenamente Deus.
O Espírito é um ser pessoal. Ele fala e se relaciona conosco, nos encorajando e fortalecendo. Ele é quem nos ensina e testemunha a respeito de Cristo.

Ao subir aos céus, Jesus enviou o Seu Espírito para habitar em nosso meio. Com isso, temos o espírito do próprio Deus conosco. Todo aquele que está em Cristo e é, portanto, filho de Deus, tem o Espírito Santo em sua vida (Gálatas 4:6). Não há como ser um cristão e não ter o Espírito Santo (Romanos 8:9).

Por isso, assim como os discípulos de Jesus tiveram o Espírito Santo como seu companheiro de vida e jornada, também nós temos esse privilégio. Não andamos sós; temos o espírito do Senhor presente em nossas vidas, nos guiando e nos ajudando. Ele nos salva, nos justifica e santifica, através de um relacionamento de comunhão e intimidade.
Encher-nos do Espírito é uma ordenança, e não algo opcional. Também não se trata de uma única experiência, mas de algo contínuo de que necessitamos diariamente. O apóstolo Paulo nos exorta a viver esta realidade.

Como o Espírito Santo nos transforma?

A evidência de que temos vivido uma vida cheia do Espírito são os frutos de transformação e santidade. Não permanecemos estagnados, mas somos impulsionados pelo seu poder. Ele nos santifica em um processo que dura por toda a nossa vida; somos transformados de glória em glória.

Além disso, quando recebemos o Espírito Santo, não recebemos apenas parte dele; a plenitude do Espírito já está em nós. Mas à medida em que cresce a nossa comunhão com Ele é que vivemos este processo de transformação. Por isso é importante compreendermos que temos um papel e uma responsabilidade neste processo, que é: vivermos uma vida rendida a Ele, esvaziando-nos e crucificando o nosso eu, para que Ele viva em nós.

Uma vida cheia do Espírito tem Jesus no seu centro. Quando Cristo é o centro das nossas vidas, Ele detém o senhorio sobre todas as áreas.

Dessa forma, ser cheio do Espírito não é algo estático, é algo que muda nosso viver. Influencia o nosso dia a dia, nossos relacionamentos com Deus e também com o próximo. Encorajamos uns aos outros; a Palavra habita em nós de tal forma que está presente em nossas conversas.

Busque a comunhão

Por fim, não se trata de algo profundamente místico, e sim, muito simples: manter a comunhão com o Senhor através da oração e da Palavra. Quando mais a Palavra habita em nós, mais somos cheios do Espírito, mais transformados somos, maior é o Seu controle sobre as nossas vidas.

Assim, que possamos nos encher da Palavra até que nossas vidas sejam moldadas de forma que agradem ao Senhor. Sejamos como um veleiro movido pelo vento do Espírito. Ele se moverá em nossas vidas e nos guiará à medida que o buscarmos através da oração e da Palavra.

A regeneração do coração humano é uma obra do Espírito Santo, e também uma promessa de Deus. O Senhor promete tornar o nosso coração de pedra em um coração de carne: um coração vivo que sente, reage e responde ao Seu convite.

Também vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós;
tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne.
Também porei o meu Espírito dentro de vós e farei com que andeis nos meus estatutos; e obedecereis aos meus mandamentos e os praticareis. Ez 36:26-27

O milagre da transformação ocorre na mente, no coração e na vontade humana. Portanto, quando Cristo traz luz à mente do homem, Ele traz luz também ao seu coração e à sua vontade.

A regeneração do coração

Quando somos tocados por Cristo, somos 100% regenerados — estamos em Cristo não em partes, mas por inteiro. Tudo o que pensamos, sentimos e desejamos, e aquilo que fazemos como resultado disso, estão totalmente interligados.

Deus brilha a Sua luz no coração do homem, trazendo cura ao coração para que cesse a cegueira (falta de compreensão) da mente (2 Co 4:4,6).

Aquele que se entrega ao pecado tem o entendimento obscurecido. Por trás de toda escuridão há um coração endurecido (Ef 4:18-19).

Não há como o Evangelho fazer sentido à mente, mas não tocar o coração do homem (Mc 12:30). Se alguém afirma conhecer o Evangelho, mas que ele ainda não alcançou seu coração, há uma grande probabilidade de que em sua mente exista uma versão errada do evangelho. Podemos afirmar que conhecemos o Evangelho, mas se não provarmos dele, não teremos de fato o experimentado.

Ainda que estejamos em Cristo, podemos encontrar em nós características de que o nosso coração está se tornando endurecido. Quando o coração humano esfria, ele está se tornando um coração de pedra (Mt 24:12).

O que pode endurecer o nosso coração?

As pessoas que amamos podem se tornar pedras na nossa caminhada (Mt 10:37). Isso ocorre quando amamos nossos entes queridos mais do que a Deus, quando entregamos o coração para alguém que não possui os mesmos valores.

Outra pedra que nos impede de seguir Jesus é o dinheiro (Mc 10:25). Se o coração está voltado para o dinheiro e para aquilo que ele pode comprar, a pessoa não pode entrar no reino de Deus, pois não se encontrará apta, qualificada para ser um discípulo de Cristo.

Pecados de estimação (Jo 3:19-20): Muitos cristãos tratam o pecado como algo que não afeta suas vidas, mas com o tempo o pecado se torna um deus para essas pessoas. Quando manter o pecado é mais importante do que aquilo que Deus pensa a respeito do pecado, isso se torna uma pedra no coração do homem. O amor pelas trevas cresce porque suas obras são ruins.

Quando o coração está empenhado em ter uma vida de conforto, existe aí um impedimento para seguir Jesus (Lc 14:27). Muitas pessoas desejam ouvir palavras que acomodem sua experiência mundana do que é o Evangelho. Porém, não há conforto fora de Cristo; o único conforto que Jesus nos oferece é nele próprio.

O “eu” pode se tornar uma pedra na caminhada com Cristo (Gênesis 3:5). Quando o “eu” está determinado a ser o seu próprio deus – ter o controle da própria vida e decidir por si mesmo o que é bom ou mal – é impossível adorar a Deus. Não se pode adorar a Deus enquanto se é determinado apenas a cumprir seus objetivos terrenos e egoístas.

O espírito trava constantes batalhas contra a carne; é preciso pedir ajuda ao Senhor para não permitir que o coração seja petrificado. Portanto, é necessária uma autoanálise constante ao longo da caminhada para verificar se temos áreas em nosso coração que estejam prestes a petrificar.

Quando nos tornamos cristãos, o Senhor nos dá um novo coração. Então, o que antes era um coração de pedra, morto para as coisas de Deus, agora se torna um coração de carne, vivificado (Ez 36:26). Junto com este presente, recebemos também um mandamento: cuidar e zelar por este novo coração.

É importante cuidarmos do nosso coração, isto é, da nossa alma — o lugar onde residem nossos anseios, desejos e impulsos. Embora seja Deus aquele que cuida do nosso coração, existem práticas que nós, juntamente com a obra do Espírito Santo, precisamos ter em nossas vidas. Além disso, é responsabilidade e dever de todo aquele que se torna um cristão.

O processo da vida cristã

O pensador, John Flavel, afirmou que “a maior dificuldade na conversão é ganhar o coração para Deus; e a maior
dificuldade após a conversão é manter o coração em Deus”. Ou seja, a salvação não se trata de um momento específico somente – ela é desenvolvida com zelo ao longo da vida.

Como um instrumento musical que, de tempos em tempos, precisa ser afinado, assim também o coração precisa ser ajustado para que não emita “canções desafinadas” para o Senhor. Existe o potencial para coisas ruins em nosso coração, e é necessária uma análise constante para que o som que emitimos a partir dele seja um som agradável a Deus. Para isso, temos o Espírito Santo dentro de nós que é capaz de nos guiar neste processo de alinhar e reposicionar o coração.

As fontes de vida vem do coração; é a vida do próprio Deus fluindo de dentro de nós. Se essa fonte estiver bloqueada, não há como usufruirmos das bênçãos que ela pode trazer.

Como cuidar do nosso próprio coração?

Vigie cuidadosamente o seu coração. Jesus nos diz para vigiar e orar para que não entremos em tentação (Mt 26:41).

Visto que seguir Jesus não é uma experiência circunstancial. A obra completa do Espírito Santo acontece quando olhamos para dentro de nós mesmos e submetemos o nosso coração a Ele. Assim, ocorre a conversão e uma renovação de mente, uma metanóia.

Ninguém está em posição melhor para cuidar do nosso coração do que nós mesmos. Portanto, é necessário estarmos atentos aos impulsos da alma que tem a tendência de nos afastar de Deus: sentimentos como medo, orgulho, ganância, autocomiseração, ressentimentos etc.

O ímpeto do pecado sempre começa no coração. Ignorar os alertas do Espírito de que impulsos carnais estão urgindo em nossa alma é caminhar rumo à queda e a um colapso moral.

Confessar após investigar o que se passa em nossa alma (Salmos 139:23-24).

A confissão sempre vem em primeiro lugar. O Senhor irá nos ajudar, a partir do momento em que formos honestos a respeito de nossos erros e pecados. Um coração contrito que percebe e admite suas falhas, que se volta para Deus e confessa seus pecados, é capaz de alcançar o perdão do Senhor (1 João 1:9).

A cada alerta, para cada impulso carnal, temos que nos comprometer a mudar essa realidade em nossa alma. Isso acontece quando renunciamos ao pecado e o substituímos pela paixão e fascínio por Jesus; quando tornamos Jesus um objeto de adoração mais valioso aos nossos olhos do que o pecado. É assim que o crescimento cristão acontece: identificamos as áreas da vida que precisam de ajustes.

A alegria da salvação

A alegria da salvação vem sobre aquele que se separa das coisas do mundo e torna o pecado algo odiável em sua vida. Cristo se torna amado por ele; a verdade é valorizada e os erros, abandonados.

Podemos confiar na obra do Espírito Santo — Ele é o maior interessado em cuidar do nosso coração. Jesus nos oferece uma fonte de vida que desbloqueia nosso coração; através desta fonte, a vida de Deus começa a fluir de dentro de nós.

Chamando a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la; mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, irá preservá-la. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
Ou, que daria o homem em troca da sua vida? Mc 8:34-37

O valor da Cruz

A nossa alma possui um grande valor; ela é preciosa. Mas existe uma forma de preservá-la e uma forma de perdê-la. Jesus enfatiza o valor e a necessidade da alma ser preservada.
A maior tragédia é viver crendo que a salvação é conquistada por méritos pessoais ou por meio de uma falsa fé. Isso ocorre devido a distorções da Palavra que podem nos enganar a respeito da nossa saúde espiritual:

“Jesus já morreu por mim, então estou bem, independente de como eu viva.”

Esta declaração é uma distorção que leva a uma perda eterna. De fato, Jesus morreu por você. Ele suportou o
castigo da justiça divina em nosso lugar; o castigo que nos trouxe a paz estava sobre Ele (Isaías 53:5).

Porém, não há perdão sem arrependimento e sem mudança de vida. Há um motivo para o qual Cristo se entregou por nós: para que morramos para o pecado e vivamos para a justiça (1Pe 2:24-25). Jesus morreu por nós, pecadores, para que houvesse uma mudança; Ele carregou os nossos pecados para que hoje possamos morrer para o pecado.

“Deus não prometeu perdoar um pecado que você não está disposto a abandonar.”

Andando em submissão

Matthew Henry afirma que “nenhum homem pode confiar com segurança em Cristo tendo suportado seu pecado e expiado sua culpa, até que morra para o pecado e viva para a justiça”.
Não se trata de merecimento, mas de posicionamento. Não há nada que você possa fazer para merecer a salvação, mas há muito que se possa fazer para se posicionar diante de Deus, que lhe oferece a salvação.

“Houve um dia em que eu confessei Jesus, então agora já está tudo garantido.” Esta é outra leve distorção que pode se tornar uma verdade para muitos. Ser cristão é mais do que apenas afirmar que Jesus morreu pelos seus pecados. Ser cristão é mais do que acreditar no Salvador que morreu; é submeter-se ao senhorio de Jesus, oferecer-se a Ele em total devoção. Além disso, é uma entrega voluntária de si mesmo nas mãos deste pastor.

“Eu estou numa jornada espiritual”. Novamente, esta é uma distorção perigosa porque contém uma verdade, a de que nós todos estamos numa jornada de fé. Porém, tal jornada não levará à salvação se nessa caminhada não formos confrontados e exortados pelo Senhor.

O bom Pastor

A caminhada cristã começa em um definitivo retorno ao senhorio de Jesus: retornar a submeter-se e colocar sua vida debaixo da direção desse Pastor. Se hoje você não está sob a direção do Pastor da sua alma, você é uma ovelha perdida, desgarrada e confusa.

Existem duas coisas que podem acontecer com a nossa alma: ou nós a submetemos ao senhorio de Jesus, ou nós a perderemos. Nenhuma pessoa que vem a Ele será rejeitada; nenhuma alma que for confiada a Jesus se perderá. Deus não resiste a um coração quebrantado e humilde.

“Chamando a multidão com os discípulos, disse-lhes:
Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Pois quem quiser preservar sua vida, irá perdê-la;
mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, irá preservá-la.
Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?
Ou, que daria o homem em troca da sua vida?” Mc 8:34-37

A alma é basicamente a sua identidade; trata-se de quem você realmente é. É a sede da memória, das emoções e sentimentos, das convicções e medos. Por que é importante cuidar da alma e por que é importante estarmos alertas a respeito do que a afeta?

Sua alma é importante porque foi soprada em você por Deus (Gn 2:7).

Não somos apenas formados do pó, mas temos o sopro de vida do próprio Deus fluindo em nós e isso nos distingue de toda a criação. A nossa alma tem a capacidade de conhecer Deus e se relacionar com Ele.

Sua alma é importante porque é a fonte de todas as suas realizações.

A inspiração artística vem da criatividade soprada por Deus; as explorações científicas nascem da necessidade de buscar conhecimento; as conquistas esportivas nascem da determinação. Tudo aquilo que realizamos parte de uma motivação nascida na nossa alma.

Sua alma é importante porque é a fonte de todos os pecados (Tg 1:14; Mc 7:21-23).

Somos seres destituídos da glória de Deus que aguardam o dia da bendita redenção dos nossos corpos. Até que chegue esse dia, travaremos uma luta contra a tentação que vem do mundo e contra os desejos pecaminosos que surgem em nossa alma.

Sua alma é importante porque ela vai durar para sempre (Mt 10:28).

Nossa alma é imortal e viverá além do nosso corpo. Por isso devemos temer aquele que possui o poder de determinar o futuro da nossa alma, o Senhor Deus.

Sua alma é importante porque ela irá experimentar alegria eterna ou miséria eterna (Lc 16:22-23).

Não há nada mais desastroso do que perder sua alma (Mc 8:35). Devemos analisar as motivações que nos levam a ser quem somos e a seguir o caminho que seguimos, aquelas motivações que só o Senhor pode ver, para que cheguemos ao fim da nossa carreira tendo a convicção de que para nós foi reservada uma coroa de justiça (2 Tm 4:8).

Como podemos preservar nossa alma?

Cuidando de alimentar não somente o corpo físico, mas alimentar a alma. A Palavra de Deus é o que sustenta a alma (Mt 4:4) e a ela deve ser dada importância ainda maior do que damos para a comida física.
Esteja atento ao seu compromisso com Cristo. O conforto da vida pode ser sutil e enganoso, e dar a falsa impressão de que está tudo bem, porém não viveremos apenas do mantimento armazenado para a vida terrena.

Outra maneira de perder a alma é permitindo que ela seja sufocada pelas preocupações e o desejo pelas coisas deste mundo (Mc 4:19). Devemos viver tendo a mentalidade de que não pertencemos a este mundo; logo, os seus valores e princípios não são os nossos (1 Pe 2:11).
“O primeiro passo em direção ao céu é descobrir o valor da sua alma”. A alma é salva quando nossa vida é entregue ao senhorio de Jesus Cristo.
O discipulado de Jesus trata-se de olhar para a própria vida e não tê-la como valiosa para si mesmo. É necessário morrer para si e viver para Cristo.